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ANEXO À RESOLUÇÃO N.º 383, DE 1º DE OUTUBRO DE 2004.

NORMA PARA CERTIFICAÇÃO E HOMOLOGAÇÃO


DE CABOS COAXIAIS RÍGIDOS DE 75 OHMS

1. Objetivo
Esta norma estabelece os requisitos mínimos a serem demonstrados na avaliação da conformidade
de cabos coaxiais rígidos de 75 ohms, para efeito de certificação e homologação junto à Agência
Nacional de Telecomunicações.

2. Abrangência
I - Esta norma aplica-se aos cabos coaxiais rígidos de 75 ohms, para aplicação em redes internas e
redes externas aéreas ou subterrâneas em dutos, para transmissão de sinais de banda larga e outros
sinais de telecomunicações.
II - Os requisitos mínimos a serem demonstrados na avaliação da conformidade de cabos coaxiais
não contemplados nesta norma, para efeito de certificação e homologação, deverão ser estabelecidos
em normas específicas.

3. Referências
Para fins desta norma, são adotadas as seguintes referências:
I - NBR 8094: 1983 – Material metálico revestido e não revestido – Corrosão por exposição à névoa
salina;
II - NBR 9141: 1998 – Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos – Ensaio de tração e alongamento à
ruptura –Método de ensaio;
III - NBR 9148: 1998 – Cabos ópticos e fios e cabos telefônicos – Ensaio de envelhecimento
acelerado – Método de ensaio;
IV - NBR 9149: 1998 – Cabos telefônicos – Ensaio de escoamento de composto de enchimento –
Método de ensaio;
V - NBR 13977: 1997 – Cabos ópticos – Determinação do tempo de indução oxidativa (OIT) –
Método de ensaio;
VI - NBR 14705: 2001 – Classificação de cabos internos para telecomunicações quanto ao
comportamento frente à chama – Especificação;
VII - NBRNM-IEC-60811-1-1 - Métodos de ensaios comuns para os materiais de isolação e de
cobertura de cabos elétricos - Parte 1: Métodos para aplicação geral - Capítulo 1: Medição de
espessuras e dimensões externas - Ensaios para a determinação das propriedades mecânicas.
VIII - ASTM A 641: 1998 – Specification For Zinc-Coated (Galvanized) Carbon Steel Wire;
IX - ASTM D 1603: 1994 – Standard Test Method for Carbon Black in Olefin Plastics;
X - ASTM D 3349: 1999 – Standard Test Method for Absorption of Ettylene Polymer Material
Pigmented With Carbon Black;
XI - ASTM D 746: 1998 – Standard Test Method for Brittleness Temperature of Plastics and
Elastomers by Impact;
XII - ASTM D 1505: 1998 – Standard Test Method for Density of Plastics by the Density-Gradient
Technique;
XIII - ASTM D 4565: 1999 – Standard Test Methods for Physical and Environmental Performance
Properties of Insulations and Jackets for Telecommunications Wire and Cable;
XIV - ASTM D 4566: 1998 Standard Test Methods for Electrical Performance Properties of
Insulations and Jackets for Telecommunications Wire and Cable;
XV - ANSI/SCTE 66 2003 – Test Method for Coaxial Cable Impedance;
XVI - ANSI/SCTE 03 2003 – Test Method for Coaxial Cable Structural Return Loss;
XVII - SCTE IPS TP 008– 1994 – Test Method for DC Loop Resistance;
XVIII - SCTE IPS TP 012 – 1993 – Test Method for Dielectric Withstand;
XIX - ANSI/SCTE 12 2001 – Test Method for Center Conductor Bond to Dielectric for Trunk,
Feeder, and Distribution Coaxial Cables;
XX - IEC 61196-1: 1995 – Generic Specification – General definitions, requirements and test
methods.
XXI - Regulamento para Certificação e Homologação de Produtos para Telecomunicações,
aprovado pela Resolução Nº 242, de 30 de novembro de 2000.

4. Definições
Para fins desta norma, são adotadas as seguintes definições:
I - Condutor externo (blindagem): consiste de um tubo de alumínio contínuo extrudado ou soldado;
II - Composto vedante (opcional): material de consistência gelatinosa, não higroscópico, que pode
ser aplicado no cabo coaxial rígido com o objetivo de protegê-lo contra a corrosão e de bloquear a
penetração de umidade;
III - Dielétrico: camada de material polimérico aplicada sobre o condutor central;
IV - Jaqueta: camada de material polimérico aplicada sobre o condutor externo atuando como
revestimento externo nos cabos sem armação;
V - Armação (opcional): Proteção mecânica constituída de material metálico, aplicada sobre a
jaqueta;
VI - Capa externa: Camada de material polimérico aplicada sobre a armação atuando como
revestimento externo;
VII - Lance: comprimento contínuo sem emendas;
VIII - Núcleo do Cabo: conjunto formado pelo condutor central e dielétrico;
IX - Família de cabos: serão considerados como componentes de uma mesma família os cabos que
apresentarem uma mesma característica dimensional em relação ao condutor central e ao dielétrico.

5. Requisitos Gerais

5.1 O cabo coaxial rígido de 75 ohms é constituído, no mínimo, por um condutor central de
alumínio cobreado, uma camada de material polimérico expandido aplicada concentricamente sobre
o condutor central, um condutor externo tubular de alumínio ou de cobre e sobre este uma jaqueta
de material polimérico.

5.2 O dielétrico deve ser constituído de material polimérico expandido.

5.3 O dielétrico deve ser aderido ao condutor central por um pré-revestimento de material adesivo.

5.4 Materiais alternativos para o dielétrico poderão ser utilizados desde que aperfeiçoem a eficiência
do isolamento.

5.5 O condutor externo deve ser perfeitamente fechado e aderido em torno do núcleo do cabo.

5.6 O cabo coaxial rígido poderá ter aplicado entre o condutor externo e a jaqueta, ou entre a
armação e a capa externa, quando houver, um composto vedante constituído de material não
higroscópico, cujo objetivo é proporcionar proteção contra a penetração de umidade e contra a
corrosão.

5.7 O cabo coaxial rígido poderá possuir uma armação de material metálico sobre a jaqueta, cujo
objetivo é incrementar a resistência mecânica do cabo.

5.8 A conformação da armação poderá ser corrugada anelar ou corrugada helicoidal.


5.9 Sobre a armação deverá ser aplicada uma capa externa constituída de material polimérico,
atuando como revestimento externo.

6. Requisitos Específicos e Métodos de Ensaio

6.1 Requisitos e métodos de ensaio para o condutor central

6.1.1 O condutor central deve ser em alumínio com uma camada de cobre uniformemente
distribuída na superfície.

6.1.2 A camada de cobre deve ser metalurgicamente aderida e cobrir totalmente o núcleo de
alumínio anteriormente processado.

6.1.3 O diâmetro do condutor central deve ser conforme tabela 1, e deve ser verificado conforme o
seguinte procedimento:
a) Utilizar micrômetro com apreciação centesimal;
b) Devem ser tomadas duas medidas perpendiculares de uma mesma seção transversal e anotada a
média aritmética dos valores obtidos.

6.2 Requisitos e métodos de ensaio para condutor externo

6.2.1 O diâmetro sobre o condutor externo deve estar de acordo com os valores constantes na tabela
1, e deve ser verificado conforme seguinte procedimento:
a) Utilizar paquímetro com apreciação centesimal.
b) Devem ser tomadas quatro medidas, defasadas em aproximadamente 45° uma da outra, de uma
mesma seção transversal e anotada a média aritmética dos valores obtidos.

6.2.2 Materiais alternativos para o condutor externo poderão ser utilizados desde que aperfeiçoem a
eficiência do cabo.

Tabela 1 – Dimensões dos condutores

Diâmetro do Diâmetro sobre o Diâmetro sob o Espessura do


condutor central condutor externo condutor externo condutor externo
Tipo de cabo (mm) (mm) (mm) (mm)
Tolerância: Tolerância: (Valores (Valores
± 0,03 mm ± 0,05 mm nominais) nominais)
412-F 2,24 10,46 9,19 0,64
500-F 2,77 12,70 11,43 0,64
540-F 3,15 13,72 13,03 0,34
565-F 3,28 14,35 13,18 0,58
625-F 3,45 15,88 14,30 0,79
700-F 4,14 17,86 16,59 0,64
715-F 4,22 18,16 17,42 0,38
750-F 4,22 19,05 17,22 0,91
840-F 4,93 21,34 19,81 0,76
860-F 5,16 21,84 21,03 0,41
875-F 4,93 22,23 20,24 0,99
1000-F 5,59 25,40 22,61 1,40
1125-F 6,68 28,58 27,46 0,56
1160-F 6,83 29,46 26,97 1,24

6.3 Requisitos e métodos de ensaio para a jaqueta e para a capa externa

6.3.1 A jaqueta e a capa externa, quando houver, devem ser constituídas de material termoplástico,
contendo aditivos adequados, que atendam os requisitos desta norma e garantam o bom desempenho
do cabo durante sua vida útil.

6.3.2 Os materiais da jaqueta e da capa externa deverão estar de acordo com as características
especificadas na tabela 2.

6.3.3 Caso o material do revestimento externo (jaqueta ou capa externa), possua cor preta, o mesmo
deve atender aos requisitos das tabelas 2 e 3.

6.3.4 O revestimento externo deve ser contínuo, homogêneo e isento de imperfeições.

6.3.5 O cabo coaxial rígido para aplicação em redes internas, mesmo que parcial, deve possuir
revestimento externo de material retardante à chama, sendo que sua classificação deverá ser
comprovada através do método de ensaio correspondente, conforme estabelecido na NBR 4705.

6.3.6 O diâmetro mínimo sobre o revestimento externo dos cabos coaxiais rígidos deve ser
conforme tabela 4, e deve ser verificado conforme o seguinte procedimento:
a) Utilizar paquímetro com apreciação centesimal.
b) Devem ser tomadas quatro medidas, defasadas em aproximadamente 45° uma da outra, de uma
mesma seção transversal e anotada a média aritmética dos valores obtidos.

Tabela 2 - Características dos materiais da jaqueta e da capa externa

Método de
Propriedade PE PVC
ensaio
Densidade (g/cm3) ASTM D 1505 0,900 a 0,955 1,45 (máximo)
Tração à ruptura
NBR 9141 8,2 12,40
mínima (MPa)
Alongamento
NBR 9141 400 250
mínimo (%)
Mínimo de 75 % Mínimo de 50%
Retenção do NBR 9141 e do original após do original após
alongamento NBR 9148 acondicionamento a 100 acondicionamento a 100
°C por 48 h °C por 168 h
Resistência à baixa ASTM D 746,
-20 -5
temperatura (ºC) método A

Tabela 3 – Características adicionais para material da capa externa na cor preta

Propriedade Método de ensaio PE PVC


Teor de negro de fumo ASTM D 1603 2,35 1,00
mínimo (%)
Coeficiente de
Absorção mínimo em ASTM D 3349 4000 2800
375nm (ABS/cm)

Tabela 4 - Diâmetro externo mínimo (mm)

Armado Armado
Tipo Aéreo Subterrâneo
Corrugado Helicoidal
412-F 11,99 12,24 17,02 15,24
500-F 14,22 14,48 18,16 17,53
540-F 15,49 15,49 19,43 NE
565-F 15,88 16,13 NE 19,18
625-F 17,40 17,65 21,21 20,70
700-F 19,43 19,69 NE 22,50
715-F 19,94 19,94 23,75 NE
750-F 20,83 21,08 25,40 24,13
840-F 23,11 23,37 NE 26,42
860-F 24,38 24,38 28,19 NE
875-F 24,00 24,26 27,86 27,31
1000-F 27,43 27,69 32,00 30,73
1125-F 31,12 31,12 35,05 NE
1160-F 31,75 32,00 NE 35,05
NOTA – NE = valor não especificado

6.3.7 A excentricidade da capa externa não deve ser superior a 43%, quando calculada como segue:

e = {(Emax – Emin) / Emed} x 100

Onde: e - excentricidade (%);


Emax - espessura máxima;
Emin - espessura mínima;
Emed - espessura média.

6.3.8 A menor espessura em qualquer ponto de uma mesma seção transversal do revestimento
externo não deve ser inferior ao estabelecido na tabela 5, e deve ser verificada conforme o método
estabelecido na NBRNM-IEC-60811-1-1.

Tabela 5 - Espessura mínima absoluta do revestimento externo (mm)

Tipo Aéreo Subterrâneo


412-F 0,51 0,51
500-F 0,53 0,53
540-F 0,53 0,53
565-F 0,53 0,53
625-F 0,53 0,53
700-F 0,61 0,66
715-F 0,64 0,64
750-F 0,64 0,63
840-F 0,64 0,76
860-F 0,89 0,89
875-F 0,64 0,63
1000-F 0,71 0,71
1125-F 0,89 0,89
1160-F 1,02 1,02

6.4 Requisitos para mensageiro integrado (opcional)

6.4.1 Quando o cabo coaxial rígido possuir mensageiro integrado, este deverá ser de aço
galvanizado e atender aos requisitos especificados na tabela 6.

Tabela 6 - Requisitos e métodos de ensaios do mensageiro integrado

Propriedade Método de ensaio Tipo 540-F


Diâmetro * Vide observação 2,77±0,10mm
Carga de Ruptura (Mpa) ASTM A 641 1324 (min.)
Alongamento mínimo (%) ASTM A 641 2
Camada de Zinco (g/m2) ASTM A 641 46 a 120
* Obs. - Procedimento para medição do diâmetro:
a) Utilizar paquímetro ou micrômetro com apreciação centesimal;
b) Devem ser tomadas duas medidas perpendiculares de uma mesma
seção transversal e anotada a média aritmética dos valores obtidos

6.5 Requisito e método de ensaio para resistência elétrica

6.5.1 Os valores da resistência elétrica do condutor central, condutor externo e da resistência elétrica
de laço (loop), medidos em corrente contínua a 20ºC conforme SCTE-IPS-TP-008, não devem ser
superiores ao estabelecido na tabela 7.

6.5.2 O equipamento de ensaio não está restrito ao citado no método especificado em 6.5.1,
podendo ser utilizado um equipamento equivalente.

Tabela 7 – Resistência elétrica máxima (Rcc - ohm/km a 20oC)

Tipo Condutor Central Condutor Externo Laço (Loop)


412-F 7,12 1,77 8,89
500-F 4,66 1,24 5,87
540-F 3,48 1,98 5,45
565-F 3,31 1,18 4,49
625-F 2,95 0,82 3,77
700-F 2,03 0,85 2,89
715-F 2,00 1,48 3,48
750-F 1,90 0,68 2,55
840-F 1,48 0,59 2,07
860-F 1,34 1,05 2,39
875-F 1,38 0,43 1,81
1000-F 1,15 0,26 1,41
1125-F 0,79 0,59 1,38
1160-F 0,75 0,26 1,02
6.6 Requisito e método de ensaio para impedância característica

6.6.1 A impedância característica dos cabos deve ser de 75 ohms ± 2 ohms na faixa de freqüência de
5 MHz a 1000 MHz, e deve ser verificada conforme o método estabelecido na
ANSI/SCTE 66 2003.

6.6.2 O equipamento de ensaio não está restrito ao citado no método especificado em 6.6.1,
podendo ser utilizado um equipamento equivalente.

6.7 Requisito e método de ensaio para atenuação do sinal de transmissão

6.7.1 Os valores de atenuação medidos a 20 °C no cabo coaxial rígido não devem ser superiores aos
valores estabelecidos na tabela 8 e devem ser verificados conforme o método estabelecido na
SCTE-IPS-TP-009.

Tabela 8 – Atenuação do sinal

Freq Tipo de Cabo


MHz 412F 500F 540F 565F 625F 700F 715F 750F 840F 860F 875F 1000F 1125F 1160F

Atenuação máxima (dB/100 m a 20 °C)

5 0,66 0,52 0,46 0,46 0,43 0,36 0,36 0,36 0,30 0,30 0,30 0,26 0,23 0,23

55 2,26 1,80 1,54 1,54 1,51 1,21 1,18 1,21 1,05 1,05 1,08 1,02 0,76 0,79

211 4,62 3,58 3,12 3,12 3,02 2,46 2,43 2,43 2,13 2,10 2,17 1,94 1,61 1,58

250 5,05 3,94 3,38 3,38 3,28 2,69 2,66 2,66 2,30 2,30 2,36 2,13 1,77 1,76

270 5,28 4,07 3,54 3,51 3,41 2,79 2,76 2,79 2,40 2,36 2,46 2,20 1,87 1,84

300 5,57 4,30 3,74 3,71 3,54 2,95 2,92 2,95 2,53 2,49 2,59 2,36 1,97 1,94

330 5,97 4,53 3,93 3,91 3,80 3,12 3,12 3,12 2,69 2,62 2,72 2,59 2,07 2,07

350 6,13 4,69 4,04 4,04 3,90 3,21 3,18 3,18 2,76 2,72 2,79 2,56 2,13 2,13

400 6,46 5,02 4,36 4,33 4,20 3,44 3,44 3,44 2,99 2,89 2,99 2,76 2,30 2,30

450 6,92 5,35 4,63 4,59 4,43 3,67 3,67 3,67 3,18 3,12 3,22 2,95 2,46 2,46

500 7,34 5,67 4,92 4,89 4,69 3,90 3,90 3,90 3,38 3,28 3,38 3,15 2,62 2,62

550 7,71 5,97 5,18 5,12 4,95 4,10 4,10 4,10 3,58 3,48 3,58 3,31 2,76 2,76

600 8,10 6,30 5,44 5,38 5,18 4,33 4,30 4,36 3,77 3,61 3,77 3,48 2,92 2,92

750 9,12 7,12 6,10 6,07 5,87 4,89 4,89 5,02 4,27 4,07 4,23 3,97 3,51 3,31

870 9,86 7,69 6,56 6,59 6,40 5,31 5,38 5,41 4,62 4,36 4,63 4,43 3,77 3,64

1000 10,73 8,30 7,12 7,12 6,92 5,74 5,84 5,84 5,02 4,72 5,02 4,72 3,94 3,94

6.7.2 O equipamento de ensaio não está restrito ao citado no método de ensaio especificado em
6.7.1, podendo ser utilizado um equipamento equivalente.
6.8 Requisito e método de ensaio para perda de retorno estrutural

6.8.1 A perda de retorno estrutural dos cabos deve ser de, no mínimo, 30 dB na faixa de freqüência
de 5 MHz a 1000 MHz, e deve ser verificado conforme o método estabelecido na
ANSI/SCTE 03 1997.

6.8.2 O equipamento de ensaio não está restrito ao citado no método de ensaio especificado em
6.8.1, podendo ser utilizado um equipamento equivalente.
6.9 Requisito e método de ensaio para rigidez dielétrica

6.9.1 O dielétrico do cabo coaxial rígido, deve suportar por 1 min sem ruptura, a tensão de
1000 Vca ou de 1500 Vcc, aplicada entre os condutores à temperatura ambiente, conforme o método
estabelecido na SCTE-IPS-TP-012.
6.10 Requisito e método de ensaio para vazamento na capa externa

6.10.1 Uma amostra de cabo completo com 300 mm de comprimento, deve ser firmemente
revestida com papel-alumínio ou outro material condutor adequado, de tal forma que os dois trechos
de 75 mm a partir das extremidades fiquem livres, restando revestida sua porção central de 150 mm.

6.10.2 Entre a folha e a blindagem, deve ser aplicada gradativamente, uma diferença de potencial
que atinja 1500 Vca em 30 s, permanecendo nesse potencial por mais 60 s. Durante o período de
ensaio de 90 s, a corrente de fuga deve ser monitorada e não deve exceder 10mA.

6.10.3 Para análise do método de ensaio pode ser também consultada a ASTM D 4566, seção 31.

6.11 Requisito e método de ensaio para velocidade de propagação relativa

6.11.1 A velocidade de propagação relativa para os cabos coaxiais rígidos deve ser de, no mínimo,
87% da velocidade da luz no vácuo, quando obtido através da equação apresentada na IEC 61196-1,
seção 11.9.

6.12 Requisito e método de ensaio para força de aderência entre o dielétrico e o condutor central

6.12.1 A força de aderência requerida para a retirada dos resíduos do dielétrico dos cabos coaxiais
rígidos não deve ser inferior ao estabelecido na tabela 9, e deve ser verificada conforme o método
estabelecido na ANSI/SCTE 12 2001.

Tabela 9 – Força de aderência entre o dielétrico e o condutor central

Tipo 412F 500F 540F 565F 625F 700F 715F 750F 840F 860F 875F 1000F 1125F 1160F
Força
138 267 302 316 356 378 400 400 382 427 382 494 534 534
(N)

6.13 Requisito e método de ensaio para dobramento

6.13.1 O cabo coaxial rígido completo após ser submetido ao ensaio de dobramento, conforme
ASTM D 4565, Seção 34, não deve apresentar danos visíveis a olho nu e deve atender ao requisito
de impedância do item 6.6 desta norma.

6.14 Requisito e método de ensaio para resistência à corrosão


6.14.1 O cabo coaxial rígido deve ser submetido ao ensaio de resistência à corrosão conforme a
NBR 8094 e não deve apresentar sinais de corrosão.

6.15 Requisito e método de ensaio para tempo de indução oxidativa (OIT)

6.15.1 O tempo de indução oxidativa a 180ºC ± 0,3ºC do dielétrico expandido deve ser de, no
mínimo, 30 minutos e deve ser verificado conforme o método estabelecido na NBR 13977. O valor
obtido neste ensaio deverá ser referência para o ensaio de estabilidade térmica descrito no item 6.16
desta norma.

6.16 Requisito e método de ensaio para estabilidade térmica

6.16.1 Após envelhecimento de 14 dias a 90oC, o dielétrico expandido deve ser submetido ao ensaio
para verificação do tempo de indução oxidativa a 180ºC ± 0,3ºC, conforme o método estabelecido
na NBR 13977. O resultado de OIT obtido deve ser de, no mínimo, 70% do valor de OIT de
referência, obtido no ensaio do item 6.15 desta norma.

6.17 Requisito e método de ensaio para escoamento do composto vedante

6.17.1 O cabo coaxial rígido que possui composto vedante deve ser submetido ao ensaio de
escoamento e gotejamento conforme a NBR 9149 e não deve apresentar sinais de escoamento ou
gotejamento.

7. Amostragem do Cabo Coaxial Rígido

7.1 Devem ser apresentadas para ensaios pelo menos uma amostra de cabo com maior diâmetro e
uma com menor diâmetro de cada família de cabos a serem certificados, sendo que os ensaios
efetuados nessas amostras serão válidos para os demais cabos da mesma família, cujos diâmetros
estejam compreendidos dentro da faixa resultante.

7.2 Caso o conjunto de cabos para certificação inclua cabos com características opcionais ou
especiais, deverão ser fornecidas amostras adicionais, suficientes para a realização dos ensaios
específicos correspondentes.

7.3 As amostras de cabo apresentadas para ensaios devem ter lance de, no mínimo, 100 m e ter suas
extremidades preparadas com conectores.

8. Identificação da Homologação

8.1 A marcação do selo Anatel e a identificação do código de homologação e do código de barras


deverão ser apresentadas na embalagem externa do produto, em conformidade com o disposto no
artigo 39 e Anexo III do Regulamento para Certificação e Homologação de Produtos para
Telecomunicações, aprovado pela Resolução 242, de 30.11.2000. Também poderão ser utilizados,
opcionalmente, meios de impressão gráfica nos catálogos dos produtos ou na documentação técnica
pertinente.

8.2 Adicionalmente, deverá ser impressa de forma legível na capa externa do cabo coaxial rígido, ao
longo de seu comprimento, a identificação alfanumérica da homologação do produto, da seguinte
forma:

ANATEL HHHH-AA-FFFF
Onde : HHHH – identifica a homologação do produto por meio de numeração seqüencial com 4
caracteres
AA – identifica o ano de emissão da Homologação com 2 caracteres numéricos
FFFF – identifica o fabricante do produto com 4 caracteres numéricos.

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