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Lei de conservação da massa

A lei de conservação das massas foi


criada por Lavoisier
Em 1773, o famoso cientista Antoine Laurent de Lavoisier (1743-1794) realizou
repetidamente um experimento de calcinar metais em recipientes fechados.
Lavoisier é considerado o “pai” da Química Moderna porque nestes e em
outros dos seus experimentos ele utilizou importantes técnicas experimentais,
tais como a utilização de balanças com alta precisão para a época, realizou as
reações em recipientes fechados e anotou cuidadosamente todos os dados
coletados, como a massa dos reagentes e a dos produtos.

Esses mesmos experimentos foram realizados em 1760 pelo químico russo


Mikhail Vasilyevich Lomonosov (1711-1775) e ele enunciou a lei de
conservação da massa que explicaremos melhor adiante. No entanto, os
trabalhos deste cientista não tiveram impacto porque não foram divulgados
pela Europa. Coube a Lavoisier o registro, explicação e divulgação dessa lei, que
hoje é também conhecida como lei de Lavoisier.
Lavoisier aqueceu o mercúrio metálico numa retorta com a boca dentro de
uma retorta contendo ar e mergulhada numa cuba com mercúrio. Depois do
aquecimento, o volume do ar na retorta diminuiu, pois o volume do mercúrio
na cuba subiu pela redoma. Isso significa que o mercúrio reagiu com “algo” no
ar, que hoje sabemos que é o oxigênio. O produto formado foi o óxido de
mercúrio II, um pó vermelho que aderiu às paredes da retorta.
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Pesando o sistema inicial (mercúrio metálico + oxigênio) e o sistema final


(óxido de mercúrio II), Lavoisier percebeu que a massa total dos reagentes era
igual à massa total dos produtos.

Ele repetiu esse experimento queimando outros materiais e percebeu que a


massa dos sistemas permanecia constante em todos os casos. Veja os exemplos
abaixo:

Grafite + oxigênio → gás carbônico

3 g + 8 g = 11 g
Mercúrio metálico + oxigênio → óxido de mercúrio
100,5 g + 8 g = 1 08,5 g
Água → hidrogênio + oxigênio

9 g = 1 g + 8 g
Calcário → cal viva + gás carbônico
100 g = 56 g 44 g

Com isso, ele enunciou a Lei de Conservação da Massa da seguinte forma:

“No interior de um recipiente fechado, a massa total não varia, quaisquer


que sejam as transformações que venham a ocorrer.”

Ou

“Num recipiente fechado, a soma das massas dos reagentes é igual à soma
das massas dos produtos.”

Atualmente, essa lei é mais conhecida pelo seguinte enunciado:

“Na natureza, nada se perde, nada se cria, tudo se transforma.”


Um dos grandes princípios definidores da física é que muitas de suas propriedades mais
importantes obedecem de maneira inabalável a um princípio importante: sob condições
facilmente especificadas, elas são conservadas , o que significa que a quantidade total
dessas quantidades contidas no sistema escolhido nunca muda.

Quatro quantidades comuns na física são caracterizadas por ter leis de conservação que
se aplicam a elas. Estes são energia , momento , momento angular e massa . Os três
primeiros são quantidades frequentemente específicas de problemas mecânicos, mas a
massa é universal e a descoberta - ou demonstração, por assim dizer - de que a massa é
conservada, confirmando algumas suspeitas de longa data no mundo da ciência, foi
vital para provar.

A lei da conservação da massa


A lei de conservação da massa afirma que, em um sistema fechado (incluindo todo o
universo), a massa não pode ser criada nem destruída por mudanças físicas ou
químicas. Em outras palavras, a massa total é sempre conservada. A máxima atrevida
"O que entra, deve sair!" parece ser um truísmo científico literal, já que nada foi
mostrado para simplesmente desaparecer sem deixar vestígios físicos.
Todos os componentes de todas as moléculas em todas as células da pele que você já
eliminou, com seus átomos de oxigênio, hidrogênio, nitrogênio, enxofre e carbono,
ainda existem. Assim como o programa de ficção científica misterioso The X-Files
declara sobre a verdade, toda a massa que já foi "está lá fora em algum lugar ".

Poderia ser chamado de "lei da conservação da matéria" porque, na ausência de


gravidade, não há nada de especial no mundo sobre objetos especialmente "maciços";
segue mais essa importante distinção, pois sua relevância é difícil de exagerar.

História da Lei de Conservação em Massa


A descoberta da lei de conservação de massa foi feita em 1789 pelo cientista francês
Antoine Lavoisier; outros tinham pensado antes, mas Lavoisier foi o primeiro a provar.

Na época, grande parte da crença predominante na química sobre a teoria atômica ainda
vinha dos gregos antigos e, graças a idéias mais recentes, pensava-se que algo dentro
do fogo (" flogístico ") era realmente uma substância. Os cientistas argumentaram que
isso explicava por que uma pilha de cinzas é mais leve do que o que foi queimado para
produzir as cinzas.

Lavoisier aqueceu o óxido mercúrico e observou que a quantidade diminuída do peso


do produto químico era igual ao peso do gás oxigênio liberado na reação química.
Antes que os químicos pudessem explicar as massas de coisas difíceis de rastrear, como
vapor de água e gases residuais, eles não podiam testar adequadamente quaisquer
princípios de conservação de matéria, mesmo que suspeitassem que tais leis estivessem
realmente em funcionamento.

De qualquer forma, isso levou Lavoisier a afirmar que a matéria deve ser conservada
em reações químicas, o que significa que a quantidade total de matéria em cada lado de
uma equação química é a mesma. Isso significa que o número total de átomos (mas não
necessariamente o número total de moléculas) nos reagentes deve ser igual à
quantidade nos produtos, independentemente da natureza da alteração química.

 " A massa dos produtos nas equações químicas é igual à massa dos reagentes "
é a base da estequiometria, ou o processo contábil pelo qual as reações e equações
químicas são matematicamente equilibradas em termos de massa e número de
átomos de cada lado.

Visão Geral da Conservação da Massa


Uma dificuldade que as pessoas podem ter com a lei de conservação de massa é que os
limites de seus sentidos tornam alguns aspectos da lei menos intuitivos.

Por exemplo, quando você come um quilo de comida e bebe um quilo de líquido, pode
pesar as mesmas seis horas mais tarde, mesmo que não vá ao banheiro. Isso ocorre em
parte porque os compostos de carbono nos alimentos são convertidos em dióxido de
carbono (CO 2) e exalados gradualmente no vapor (geralmente invisível) da respiração.
Na sua essência, como conceito de química, a lei de conservação de massa é essencial
para o entendimento das ciências físicas, incluindo a física. Por exemplo, em um
problema de momento sobre colisão, podemos assumir que a massa total no sistema
não mudou do que era antes da colisão para algo diferente após a colisão porque a
massa - como momento e energia - é conservada.

O que mais é "conservado" na ciência física?


A lei de conservação de energia afirma que a energia total de um sistema isolado
nunca muda e isso pode ser expresso de várias maneiras. Um deles é KE (energia
cinética) + PE (energia potencial) + energia interna (IE) = uma constante. Esta lei segue
a primeira lei da termodinâmica e garante que energia, como a massa, não possa ser
criada ou destruída.
 A soma de KE e PE é chamada de energia mecânica e é constante em sistemas nos
quais apenas forças conservadoras agem (ou seja, quando nenhuma energia é
"desperdiçada" na forma de perdas por atrito ou calor).
O momento (m v) e o momento angular (L = m vr) também são conservados na
física, e as leis relevantes determinam fortemente muito do comportamento das
partículas na mecânica analítica clássica.

Lei de Conservação da Massa: Exemplo


O aquecimento do carbonato de cálcio, ou CaCO3, produz um composto de cálcio
enquanto libera um gás misterioso. Digamos que você tenha 1 kg (1.000 g) de CaCO 3 e
descubra que, quando aquecido, restam 560 gramas do composto de cálcio.
Qual é a composição provável da substância química de cálcio restante e qual é o
composto que foi liberado como gás?

Primeiro, como esse é essencialmente um problema de química, você precisará se


referir a uma tabela periódica de elementos (consulte Recursos para obter um exemplo).
Você foi informado de que possui 1.000 g iniciais de CaCO 3. A partir das massas
moleculares dos átomos constituintes da tabela, você vê que Ca = 40 g / mol, C = 12 g /
mol e O = 16 g / mol, tornando a massa molecular do carbonato de cálcio como um
todo 100 g / mol (lembre-se de que existem três átomos de oxigênio no CaCO 3). No
entanto, você tem 1.000 g de CaCO 3, que são 10 moles da substância.
Neste exemplo, o produto de cálcio possui 10 moles de átomos de Ca; porque cada
átomo de Ca é de 40 g / mol, você tem 400 g de Ca no total que você pode assumir com
segurança que restou após o aquecimento do CaCO 3. Para este exemplo, os 160 g
restantes (560 - 400) de composto pós-aquecimento representam 10 moles de átomos
de oxigênio. Isso deve deixar 440 g de massa como gás liberado.
A equação balanceada deve ter a forma

10 CaCO 3 → 10 CaO +?
e a "?" o gás deve conter carbono e oxigênio em alguma combinação; ele deve ter 20
moles de átomos de oxigênio - você já possui 10 moles de átomos de oxigênio à
esquerda do sinal + - e, portanto, 10 moles de átomos de carbono. O "?" é CO 2. (No
mundo científico de hoje, você já ouviu falar em dióxido de carbono, tornando esse
problema um exercício trivial. Mas pense em um momento em que até os cientistas
nem sabiam o que estava no "ar").

Einstein e a equação da energia de massa


Os estudantes de física podem ficar confusos com a famosa equação de conservação
de energia de massa E = mc 2 postulada por Albert Einstein no início de 1900,
imaginando se isso desafia a lei de conservação de massa (ou energia), pois parece
implicar que a massa pode ser convertido em energia e vice-versa.
Nenhuma lei é violada; em vez disso, a lei afirma que massa e energia são realmente
formas diferentes da mesma coisa.

É como medir em unidades diferentes, dada a situação.

Massa, energia e peso no mundo real


Talvez você não possa ajudar, mas inconscientemente iguala massa com peso pelas
razões descritas acima - massa é apenas peso quando a gravidade está na mistura, mas
quando em sua experiência a gravidade não está presente (quando você está na Terra e
não com gravidade zero) câmara)?

É difícil, então, conceber a matéria como apenas material, como energia por si só, que
obedece a certas leis e princípios fundamentais.
Além disso, assim como a energia pode mudar de forma entre os tipos cinético,
potencial, elétrico, térmico e outros, a matéria faz o mesmo, embora as diferentes
formas de matéria sejam chamadas estados : sólido, gás, líquido e plasma.

Se você pode filtrar como seus próprios sentidos percebem as diferenças nessas
quantidades, poderá perceber que existem poucas diferenças reais na física.

Ser capaz de unir os principais conceitos nas "ciências exatas" pode parecer árduo a
princípio, mas é sempre emocionante e gratificante no final.

Lei da conservação de energia: definição, fórmula,


derivação (com exemplos)

A lei de conservação de energia é uma das quatro leis básicas de conservação de


quantidades físicas que se aplicam a sistemas isolados, sendo a outra conservação de
massa, conservação de momento e conservação de momento angular. Energia total é
energia cinética mais energia potencial.
Como você pode demonstrar a lei de conservação
de massa para derreter o gelo?

A Lei de Conservação de Massa afirma que as substâncias envolvidas em reações


químicas não perdem ou ganham massa detectável. O estado da substância, no entanto,
pode mudar. Por exemplo, a Lei de Conservação da Massa deve provar que um cubo de
gelo terá a mesma massa que a água que se forma quando o cubo derrete. ...

Como resolver a lei de conservação de problemas


de massa
De acordo com a Lei de Conservação da Massa, os átomos não podem ser criados nem
destruídos em uma reação química.

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Referências

Lei de conservação
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Ferramentas













Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Em física, uma lei de conservação estabelece que determinada propriedade mensurável de
um sistema físico isolado é invariante no tempo. Cada lei de conservação particular
(como quantidade de movimento linear e quantidade de movimento angular) é uma
identidade matemática que se aplica ao sistema. A física moderna admite, entre outras, as
seguintes leis de conservação (para as quais nunca se observou uma violação):[1]

 Lei da conservação de energia


 Lei da conservação do momento linear
 Lei da conservação do momento angular
 Lei da conservação de cargas
Na matemática, usa-se o termo lei de conservação, por analogia, para indicar qualquer
quantidade que se mantenha inalterada com o tempo em modelo matemático.

Referências
1. ↑ «Conservation law at Britannica». Consultado em 25 de novembr

ipos de energia
Energia compreende várias divisões com seus conceitos específicos, como energia potencial, energia
cinética, energia térmica, energia nuclear.
Por exemplo, na combustão da gasolina dentro de um motor de combustão interna, parte da energia
potencial associada às ligações químicas dos reagentes transforma-se em energia térmica, que é
diretamente associada à energia cinética das partículas dos produtos e à temperatura do sistema (que se
elevam). Pelo princípio da conservação da energia, a energia interna do sistema imediatamente antes
da explosão é igual à energia interna imediatamente após a combustão.
Deve-se ter atenção com o princípio de conservação da energia no que se refere ao escopo de sua
aplicação. Em seu sentido mais abrangente,a conservação da energia implica que se entenda a energia a
ser conservada como a energia total do sistema, em acordo com o princípio da equivalência entre massa e
energia. Assim, a massa é tratada como se energia fosse e não há lei de conservação de massa para o
sistema, apenas a lei da conservação da energia em seu sentido mais abrangente.
Ou seja, a conservação da energia, em sentido amplo, de acordo com a teoria da relatividade
restrita de Albert Einstein, diz respeito à conservação de uma grandeza que engloba massa e energia, dentro
de um sistema isolado.
No âmbito da física clássica, porém, massa e energia são entidades distintas e não relacionadas, e nestas
condições a lei da conservação da energia se divide em duas leis clássicas: a lei da conservação da energia
em seu sentido mais restrito, e a lei da conservação de massas.

História
Filósofos da Antiguidade, desde Tales de Mileto, já tinham suspeitas a respeito da conservação de alguma
medida fundamental. Porém, não existe nenhuma razão particular para relacionar isso com o que
conhecemos hoje como "massa-energia". Tales pensou que a substância era a água.
Em 1638, Galileu Galilei publicou sua análise de diversas situações - incluindo a célebre análise do "pêndulo-
ininterrupto" - que pode ser descrita, em linguagem moderna, como a conversão contínua de energia
potencial em energia cinética e vice-versa, garantido que a soma destas duas - à qual dá-se o nome
de energia mecânica do sistema - permaneça sempre constante. Porém, Galileu não mencionou o processo
usando o conceito de energia, como se conhece hoje, e não pode ser creditado pelo estabelecimento desta
lei.[2]
Foi Gottfried Wilhelm Leibniz, no período compreendido entre 1676 e 1689, quem primeiro tentou realizar
uma formulação matemática da energia associada ao movimento (energia cinética). Leibniz percebeu que,
em vários sistemas mecânicos (de várias partículas de massa , cada qual com velocidade ), a grandeza
era conservada enquanto as massas não interagissem. Ele chamou essa quantidade de vis viva ou força
viva do sistema. O princípio representa uma afirmação acurada da conservação de energia cinética em
situações em que não há atrito.
No entanto, alguns físicos naquele tempo consideravam que o momento linear do sistema, dado por
era a vis viva, uma vez que ele se conserva mesmo em sistemas com presença de atrito. Foi
demonstrado, mais tarde, que sob certas condições, ambas as quantidades são conservadas
simultaneamente, como em colisões elásticas.
Engenheiros, tais como John Smeaton, Peter Ewart, Karl Hotzmann, Gustave-Adolphe Hirn e Marc
Seguin objetaram que a conservação de momento sozinha não era adequada para cálculos práticos,
e faziam uso do princípio de Leibniz. O princípio foi também defendido por alguns químicos, tais
como William Hyde Wollaston.
Acadêmicos, tais como John Playfair, rapidamente apontaram que a energia cinética claramente não
era conservada. Os fundamentos desta não conservação são hoje entendidos claramente em vista
de uma análise moderna baseada na segunda lei da termodinâmica, mas nos séculos XVIII e XIX, o
destino da energia cinética perdida ainda era desconhecido.
Gradualmente foi-se suspeitando que o calor, observável através do aumento de temperatura,
inevitavelmente gerado pelos movimentos na presença de atrito, era outra forma de vis viva. Em
1783, Antoine Lavoisier e Pierre-Simon Laplace revisaram as duas teorias correntes, a vis viva e
a teoria do calórico (ou flogisto), o que, junto com as observações de Benjamin Thompson em 1798
sobre a geração de calor durante perfuração de metal para a fabricação de canhões (em um
processo chamado alesagem), adicionaram considerável apoio à visão de que havia nítida
correlação entre a variação no movimento mecânico e o calor produzido, de que a conservação era
quantitativa e podia ser predita, e que era possível o estabelecimento de uma grandeza que se
conservaria no processo de conversão de movimento em calor.
A vis viva começou a ser conhecida como energia, depois do termo ser usado pela primeira vez com
esse sentido por Thomas Young em 1807.
A recalibração da vis viva para
o que pode ser entendido como encontrar o valor exato da constante para a conversão de
energia cinética em trabalho foi em grande parte o resultado da obra de Gustave-Gaspard
Coriolis e Jean-Victor Poncelet durante o período de 1819 a 1839. O primeiro chamou a
quantidade de quantité de travail (quantidade de trabalho) e o segundo de travail
mécanique (trabalho mecânico), e ambos defenderam seu uso para cálculos de engenharia.
No artigo Über die Natur der Wärme, publicado no Zeitschrift für Physik em 1837, Karl Friedrich
Mohr deu uma das primeiras declarações gerais do princípio da conservação de energia, nas
palavras: "além dos 54 elementos químicos conhecidos, há no mundo um agente único, e se
chama Kraft [energia ou trabalho]. Ele pode aparecer, de acordo com as circunstâncias, como
movimento, afinidade química, coesão, eletricidade, luz e magnetismo; e, a partir de qualquer
uma destas formas, pode ser transformado em qualquer uma das outras."
Uma etapa fundamental no desenvolvimento do moderno princípio de conservação da energia
foi a demonstração do equivalente mecânico do calor. A teoria do calórico afirmava que o calor
não podia ser criado nem destruído, mas a conservação de energia implica algo contraditório a
esta ideia: calor e o movimento mecânico são intercambiáveis.
O princípio do equivalente mecânico foi exposto na sua forma moderna pela primeira vez
pelo médico alemão Julius Robert von Mayer.[3] Mayer chegou a sua conclusão em uma viagem
para as Índias Orientais Neerlandesas, onde ele descobriu que o sangue de seus pacientes
possuía uma cor vermelha mais profunda devido a eles consumirem menos oxigênio, e também
consumiam menos energia para manterem a temperatura de seus corpos em um clima mais
quente. Ele tinha descoberto que calor e trabalho mecânico eram ambos formas de energia e,
após melhorar seus conhecimentos de física, ele encontrou uma relação quantitativa entre elas.

Aparato de Joule para a medição do equivalente mecânico


do calor. Um objeto preso a uma corda causa, ao descer, um movimento
de rotação numa pá imersa em água.
Entretanto, em 1843, James Prescott Joule descobriu de forma independente o equivalente
mecânico do calor em uma série de experimentos. No mais famoso, agora chamado "aparato de
Joule", um objeto preso a uma corda causava, ao descer sob a ação da força da gravidade, a
rotação de uma pá imersa em água. Ele mostrou que a energia potencial gravitacional perdida
pelo objeto no movimento descendente era igual à energia térmica (calor) dissipado na água por
conta do atrito com a pá.
Durante o período de 1840 a 1843, um trabalho similar foi efetuado pelo engenheiro Ludwig A.
Colding, embora este tenha sido pouco conhecido fora de sua nativa Dinamarca.
Tanto o trabalho de Joule quanto o de Mayer sofreram inicialmente forte resistência e foram,
quando apresentados, negligenciados por muitos. No decorrer da história, entretanto, a ideia foi
aceita e o trabalho de Joule foi o que acabou por conquistar maior fama e reconhecimento.
Em 1844, William Robert Grove postulou uma relação entre energia mecânica, calor, luz,
electricidade e magnetismo tratando todas elas como manifestação de uma única força
("energia" em termos modernos). Grove publicou suas teorias em seu livro The Correlation of
Physical Forces (A Correlação de Forças Físicas).[4] Em 1847, aperfeiçoando o trabalho anterior
de Joule, Sadi Carnot, Émile Clapeyron e Hermann von Helmholtz chegaram a conclusões
similares às de Grove e publicaram suas teorias em seu livro Über die Erhaltung der
Kraft ("Sobre a Conservação de Força", 1847). A aceitação moderna geral do princípio decorre
dessa publicação.
Em 1877, Peter Guthrie Tait afirmou que o princípio surgiu com Isaac Newton, baseado numa
leitura criativa das proposições 40 e 41 da obra Philosophiae Naturalis Principia Mathematica.
Isso é agora geralmente tratado como nada mais do que um exemplo histórico.
A primeira lei da termodinâmica
Ver artigo principal: Primeira lei da termodinâmica
Entropia é uma função de uma quantidade de calor que mostra a possibilidade de conversão
daquele calor em trabalho.
Para um sistema termodinâmico com um número fixo de partículas, a primeira lei da
termodinâmica pode ser enunciada como:
, ou de forma equivalente, ,
sendo que é a quantidade de energia acrescentada ao sistema num processo de
aquecimento, é a quantidade de energia perdida pelo sistema devido ao trabalho realizado
pelo sistema sobre seus arredores e é o aumento na energia interna do sistema.
Os deltas antes das expressões que representam calor e trabalho são usados para indicar
que tais expressões significam o incremento das respectivas medidas, o que deve ser
interpretado diferentemente de . Calor e trabalho são processos que somam ou subtraem
energia, enquanto a energia interna é uma forma particular de energia associada ao
sistema. Assim, o termo energia térmica para significa "a quantidade de energia adicionada
como resultado do aquecimento", ao invés de referir o calor como uma forma específica de
energia. Do mesmo modo, o termo "trabalho" para significa "quantidade de energia perdida
como resultado do trabalho". O mais significativo corolário desta distinção é que a
quantidade de energia interna de um sistema termodinâmico pode ser observado, mas não
se pode mensurar quanta energia flue para dentro ou para fora do sistema como resultado
de aquecimento ou resfriamento, nem tampouco como resultado de trabalho realizado pelo
ou sobre o sistema. Simplificando, "a energia não é criada ou destruída, mas convertida em
outra forma"
Num sistema simples, o trabalho pode ser assim enunciado:
,
sendo que é a pressão e é a pequena mudança de volume do sistema, sendo ambos
variáveis de sistema. A energia térmica poder ser escrita:
,
sendo a temperatura e a pequena mudança na entropia do sistema. Temperatura e
entropia são também variáveis de sistema.

Mecânica
Na mecânica clássica a conservação de energia é normalmente dada por
onde T é a energia cinética e V a energia potencial.
Na verdade este é o caso particular da lei de conservação mais geral
e
onde L é a função lagrangeana. Para esta forma particular ser válida, o
seguinte deve ser verdadeiro:

 O sistema pode ser representado por equações que não contém a


variável tempo (tanto energia cinética quanto a potencial não são
funções explícitas do tempo)
 A energia cinética é resultante de uma função quadrática em relação às
velocidades.
 A energia potencial não depende das velocidades.
Teorema de Noether
Ver artigo principal: Teorema de Noether
A conservação de energia é uma característica comum em muitas teorias
físicas. De um ponto de vista matemático, é entendida como uma
consequência do teorema de Noether, que afirma que toda simetria de uma
teoria física tem, a ela associada, uma quantidade conservativa; se essa
simetria tem independência temporal, então a quantidade conservada é
chamada de "energia". A lei de conservação de energia é consequência da
simetria do tempo nos fenômenos físicos; a conservação de energia é
comprovada através do fato empírico de que as leis da física não se
modificam com o tempo. Filosoficamente, isso pode estabelecer que "Nada
depende do tempo, por si só". Em outras palavras, se a teoria é invariante
sob a simetria contínua sobre o tempo, então a energia é conservada.
Alternativamente, teorias que não são invariantes em função do tempo (por
exemplo, sistemas com energia potencial dependente do tempo) não
possuem conservação de energia - a menos que consideremos que tais
sistemas troquem energia com outros sistemas a eles externos, o que firma
novamente a invariância. Assim, a conservação da energia continua válida
nos modelos mais modernos da física, como a mecânica quântica.

Relatividade
Ver artigo principal: Teoria da Relatividade
Com o advento da teoria da relatividade restrita de Albert Einstein, a energia
tornou-se um componente da energia-momento quadrivetorial.[5] Cada um
dos quatro componentes (um de energia e três de momento linear), deste
vetor, sendo que cada componente representa uma dimensão no espaço-
tempo, é conservado separadamente em qualquer referencial inercial dado.
Também é conservado o comprimento do vetor (norma de Minkowski), que
é a massa de repouso.
A energia relativística de uma partícula massiva contém um termo
relacionado à sua massa de repouso, além de sua energia cinética linear.
No limite de energia cinética zero (ou equivalentemente no referencial de
repouso da partícula massiva, ou o centro de momento linear para objetos
ou sistemas), a energia total da partícula ou objeto (incluindo a energia
cinética em sistemas internos) está relacionada à sua massa de
repouso através da famosa equação E = mc². Assim, a regra da
conservação da energia na relatividade especial mostrou-se um caso
especial de uma regra mais geral, também conhecida como a conservação
de massa e energia, a conservação da massa-energia, a conservação de
energia-momento, a conservação da massa invariante ou apenas referida
apenas como conservação da energia.
Na relatividade geral, a conservação de energia-momento é expressa com o
auxílio do pseudotensor de Landau-Lifshitz.

Descobertas simultâneas
A lei da conservação da energia é um exemplo bem rico sobre descobertas
simultâneas no meio científico. São diversos os nomes dos cientistas que
estavam pesquisando o mesmo tema e que chegaram a conclusões
parecidas.
Segundo Thomas Kuhn, em sua obra "A Tensão Essencial" são doze os
cientistas que contribuíram, cada um com sua visão e linguagem própria
sobre o tema, para a construção da lei da conservação da energia. São
eles: Mayer (1842), Joule (1843), Colding (1843), Helmholtz (1847), Sadi
Carnot (1832), Marc Seguin (1839), Karl Holtzmann (1845), Hirn(1854),
Mohr (1837), William Grove (1837, 1843), Faraday (1840, 1844) e Liebig
(1844).
Para Thomas Kuhn são três os fatores mais importantes para a descoberta
simultânea do princípio da conservação da energia: a corrente
da Naturphilosophie, o desenvolvimento das máquinas térmicas, como por
exemplo os motores na era da Revolução Industrial e a disponibilidade dos
processos de conversão.
As conversões entre as energias foram de extrema importância para o
desenvolvimento da lei da conservação da energia. As descobertas sobre
as transformações da energia fizeram com que houvesse uma mudança no
modo de pensar da época, pois o que antes era visto como algo separado
passou a ter uma relação.
A evolução das engenharias, das máquinas térmicas e dos motores e o
conceito de trabalho também tiveram grande impacto para a lei da
conservação da energia. Devido a esse avanço, Joule e Mayer realizaram
experiências para quantificar a energia.
O terceiro ponto, o movimento Naturphilosophie foi uma
corrente filosófica que visava unificar todos os fenômenos. O conceito da
conservação da energia só foi possível devido à interação das áreas de
conhecimento, tais
como mecânica, termodinâmica, eletromagnetismo e fisiologia.[6][7][8]

Referências
1. ↑ «Acerca da Conservação da Energia». Centro de Competência TIC.
Consultado em 6 de fevereiro de 2012
2. ↑ Santos, Marco Aurélio da Silva. «Um Físico Chamado Galileu Galilei».
Mundo Educação. Consultado em 6 de fevereiro de 2012
3. ↑ von Mayer, J.R. (1842) "Remarks on the forces of inorganic nature"
em Annalen der Chemie und Pharmacie, 43, 233
4. ↑ Grove, W. R. (1874). The Correlation of Physical Forces (6th ed.).
London: Longmans, Green.
5. ↑ «Dinâmica Relatívística» (PDF). Universidade Federal de Santa Catarina.
Consultado em 7 de fevereiro de 2012
6. ↑ Praxedes, G.; Jacques, V. O Princípio de conservação da energia: a
convergência dos diferentes sentidos. Florianópolis, SC, 2009.
7. ↑ Martins, R.. Mayer e a conservação da energia. Campinas, SP.
8. ↑ Barros Veloso, A. J. Descobertas simultâneas e a medicina do século XX

Momento angular
73 línguas
 Artigo
 Discussão
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 Editar
 Ver histórico

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(Redirecionado de Quantidade de movimento angular)
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Mecânica clássica

Diagramas de movimento orbital de um satélite ao


redor da Terra, mostrando a velocidade e aceleração.

Cinemática[Expandir]

Dinâmica[Expandir]

História[Expandir]

Trabalho e Mecânica[Expandir]

Sistema de partículas[Expandir]

Colisões[Expandir]
Movimento rotacional[Esconder]

 Posição angular
 Deslocamento angular
 Velocidade angular
 Aceleração angular
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 Torque
 Momento angular

Sistemas Clássicos[Expandir]

Formulações[Expandir]

Gravitação[Expandir]

Físicos[Expandir]

 v
 d
 e

Momento angular (também chamado de momentum angular ou quantidade de movimento angular) de


um corpo é uma grandeza física associada à rotação desse corpo.
Deve-se dizer que, com o advento da mecânica quântica, o status da grandeza física quantidade de
movimento angular sofreu uma severa modificação. A grandeza não pode, no contexto da mecânica
quântica, ser definida em termos de duas grandezas que são relacionadas pelo princípio da incerteza como o
raio vetor e a velocidade angular. Tais grandezas são complementares e não podem ser, simultânea e de
forma totalmente precisa, determinadas. A pares de grandezas assim relacionadas dá-se o nome de
grandezas complementares.
Assim sendo, a quantidade de movimento angular passou a ser entendida como a grandeza conservada sob
rotações no espaço tridimensional, em decorrência da isotropia. A dedução de todas as grandezas que
decorrem de simetrias geométricas (quantidade de movimento linear, energia e quantidade de movimento
angular) do espaço-tempo (no contexto mais geral da teoria da relatividade) é feita através do formalismo
dos geradores dos movimentos.

Momento angular de uma partícula


O momento angular de uma partícula é definido pelo produto vetorial do vetor posição da partícula (em
relação a um ponto de referência) pelo seu momento linear :[1]

Definição de momento angular (clássica)

O momento angular depende do ponto de referência escolhido. Se a referência for o ponto ocupado pela
partícula (e a função que define o momento for contínua) então o momento angular é nulo. Há também
outras condições para que o momento angular se anule. São elas:

1. a massa da partícula seja nula.


2. a velocidade da partícula seja nula.
3. a velocidade da partícula seja paralela à sua posição em relação ao ponto de referência.
Da definição, tem-se que sua magnitude é:
Nessa expressão r é o módulo do vetor posição, p é o módulo do momento linear, v é o módulo da
velocidade, é o módulo da velocidade angular e é o ângulo entre os vetores e .

Momento angular de um sistema de partículas


O momento angular de um conjunto de partículas em relação a um ponto de referência é definido
como a soma do momento angular de todas as partículas em relação a esse ponto. Assim:
Nessa expressão é o momento angular da partícula i, e N é o número total de partículas.
Quando estamos tratando do momento angular total de qualquer corpo, a definição acima se
transforma no limite da soma, com N tendendo a infinito:
Para que esse limite exista, cada deve tender a 0. Isso é intuitivo já que estamos
considerando pedaços de matéria cada vez menores, o que implica massas e momentos
angulares menores. Ou seja, o momento angular de um corpo E, é definido por:

Caso particular
O momento angular de um corpo girando em torno de um eixo fixo, em relação a esse
eixo, pode ser calculado através do seu momento de inércia e sua velocidade angular ,
da forma a seguir:[1]

Usos
O momento angular é útil na resolução de sistemas rotacionais, sejam eles
formados por corpos rígidos ou por sistemas de partículas. Na verdade ele é útil em
todos os casos em que é constante no intervalo estudado, pois pode-se demonstrar
que o torque resultante sobre um sistema é igual à taxa de variação temporal,
a derivada no tempo, do momento angular.
Conclui-se que sempre que o torque total for zero o momento angular manter-se-á
constante. Essa situação é mais comum do que parece, pois usualmente, nos
sistemas isolados, as forças que agem internamente entre os corpos geram torques
que se anulam, pois tais forças são usualmente centrais (sua linha de ação passa
pelo centro geométrico do corpo) o que faz com que os pares ação-reação anulem
os torques.
Esse "ataque" é tão importante que com ele é possível demonstrar as leis de Kepler,
se usado em conjunto com a Lei da gravitação universal. Essa demonstração foi
feita pelo próprio Newton, facto que deu uma importância ainda maior à hipótese de
Newton da força gravitacional ser proporcional ao inverso do quadrado da distância.

Ver também
 Quantidade de movimento linear
 Impulso
 Grupo de rotação

Referências
1. ↑ Ir para:a b WALKER, Jearl (2016). Fundamentos de Física 10 ed. Rio de Janeiro: LTC.
p. 305-312. ISBN 978-85-216-3035-7

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História


Propriedades
Alternar a subsecção Propriedades
o
Quantização da carga

o
Conservação de carga

o
Processos de eletrização


Lei de Coulomb


Força entre cargas


Campo elétrico


Carga por indução


O papel da carga na corrente elétrica


Ver também


Referências

Carga elétrica
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Sabor em Física de Partículas

Números quânticos de sabor


 Isospin: I ou I3

 Charme: C

 Estranheza: S

 Superioridade: T

 Inferioridade: B′

Números quânticos relacionados

 Número bariônico: B

 Número leptônico: L

 Isospin fraco: T or T3

 Carga elétrica: Q

 Carga X: X

Combinações

 Hipercarga: Y
o Y = (B + S + C + B′ + T)

o Y = 2 (Q − I3)

 Hipercarga fraca: YW
o YW = 2 (Q − T3)

o X + 2YW = 5 (B − L)

Mistura de sabores

 Matrix CKM

 Matrix PMN

 Complementaridade de sabor

Esta caixa:

 ver
 discutir
 editar

Carga elétrica (AO 1945: carga eléctrica) é uma propriedade física fundamental que determina
as interações eletromagnéticas. Esta carga está armazenada em grande quantidade nos
corpos ao nosso redor, mas a percepção dela não ocorre facilmente. Convenciona-se a
existência de dois tipos de carga, a positiva e a negativa, sendo transportada por partículas
subatômicas. Na matéria comum, a carga positiva é transportada por prótons e as cargas
negativas transportadas por elétrons. Cargas semelhantes se repelem, enquanto cargas
opostas são atraídas. Um corpo que está carregado eletricamente, possui uma pequena
quantidade de carga desequilibrada ou carga líquida, ou seja, se houver mais elétrons do que
prótons em um corpo, ele estará carregado com carga negativa; se houver menos elétrons no
corpo, ele terá uma carga positiva. Quando há igualdade ou equilíbrio de cargas num corpo,
diz-se que está eletricamente neutro, ou seja, está sem nenhuma carga líquida para interagir
com outros corpos.
A carga é quantizada, da qual apresenta múltiplos inteiros de pequenas unidades chamadas
de carga elementar (e), admitindo um valor de 1,602 x 10-19 coulombs,[1] sendo a menor carga
que pode existir livremente (as partículas quarks têm cargas menores, múltiplos de 1/3e, mas
eles só são encontrados em combinação e sempre se combinam para formar partículas com
carga inteira). O próton tem carga de + e , e o elétron tem carga de – e.
Cargas elétricas produzem um campo elétrico,[2] e cargas em movimento produzem um campo
magnético.[3] A combinação de campos elétricos e magnéticos, é a fonte da força
eletromagnética,[4] que consiste em uma das quatro forças fundamentais da física.
A unidade de medida da grandeza carga elétrica no Sistema Internacional de Unidades é
o coulomb, representado por C, que recebeu este nome em homenagem ao físico
francês Charles Augustin de Coulomb [5]. Na física e na química, é comum usar a carga
elementar (e como unidade). A química também usa a constante de Faraday como a carga em
um mol de elétrons. O símbolo minúsculo q geralmente denota carga.

História
A eletricidade foi um dos fenômenos que mais ocupou os físicos durante o século XVIII.
[6]
Porém, as primeiras observações sobre a eletrificação, se deu pelos filósofos gregos, como
Tales de Mileto, durante a antiguidade. No ano 600 a.C. já sabiam que ao esfregar uma peça
de âmbar com um pedaço de lã ou pele, era possível atrair pedaços de palha.[7]
William Gilbert, médico da rainha Elizabeth I, foi o primeiro a distinguir os fenômenos elétricos e
magnéticos, em 1600. Com isso, ele mostrou que o efeito elétrico não é uma propriedade
exclusiva do âmbar, mas que outras substâncias podem ser carregadas eletricamente ao
serem esfregadas, como o plástico e o diamante. Em 1729, Stephen Gray observou que era
possível transferir elétrons de um bastão de vidro para uma bola de marfim, mas apenas se ela
não estivesse ligada a um fio metálico.[7] A partir dessa observação, John Theophilus
Desaguliers, que repetiu muitos dos experimentos de Gray, classificou as substâncias como
condutoras e isolantes.[8]
Os materiais condutores, como metais e soluções iônicas, são aqueles em que alguns dos
elétrons são livres, ou seja, que não estão ligados à nenhum átomo e podem se mover,
gerando eletricidade. Já os isolantes, como a madeira e a borracha, são materiais que não
permitem esse fluxo de elétrons, pois todos eles estão ligados ao átomo, não podendo se
movimentar livremente através do material.[9]
Gray também descobriu a indução elétrica, que consiste na transmissão de carga de um objeto
para outro sem que ocorra qualquer tipo de contato. Ele mostrou que ao aproximar um tubo de
vidro carregado, mas sem tocar, um pedaço de chumbo sustentado por um fio, era possível
fazer o chumbo ficar eletrificado.[10]
Baseado na evidencia de alguns experimentos realizados, em 1733, Charles François de
Cisternay du Fay, propôs que existem dois tipos de cargas, que são observáveis como "fluxos
elétricos", e que as cargas iguais se repelem enquanto que as cargas diferentes se atraem.
[7]
Du Fay também demonstrou que todas as substâncias podiam ser eletrificadas por fricção,
exceto metais e fluidos.[11] Quando o vidro foi esfregado com seda, Du Fay disse que o vidro era
carregado com eletricidade vítrea e, quando o âmbar era esfregado com pelo, o âmbar era
carregado com eletricidade resinosa . Na compreensão contemporânea, a carga positiva é
agora definida como a carga de uma vareta de vidro após ser esfregada com um pano de seda,
mas é arbitrário qual tipo de carga é chamada de positiva e qual é chamada de negativa. [12]
Benjamin Franklin iniciou experimentos elétricos no final de 1746,[13] e em 1750 havia
desenvolvido uma teoria de um fluido de eletricidade, propondo que um único tipo de fluido flui
de um corpo para o outro pela fricção, designando de positivamente carregado o corpo que
acumulou fluido e negativamente carregado o corpo que perdeu fluido. Franklin também
realizou uma experiência utilizando um participante A e B sobre um pedestal coberto de graxa
para evitar perda de carga. Carregou um dos participantes com um bastão de vidro e o outro
com um pano de seda e, observou que aproximando terceiro indivíduo, C, de qualquer um
deles, causava o aparecimento de uma faísca. Porém, se A e B se tocavam, não havia faísca.
Com isso, ele concluiu que as cargas armazenadas no bastão de vidro e na seda eram de
mesma amplitude, mas possuíam sinais opostos. Além disso, propôs que a carga nunca é
criada ou destruída, mas sempre transferida de um corpo para outro, dando a ideia da
propriedade de Conservação de Carga.[7]

Propriedades
Quantização da carga
A carga elétrica do corpo (Q) é igual ao produto da carga elementar (e) pelo número
de elétrons em falta ou excesso (n):
Nas colisões entre partículas a altas energias são produzidas muitas outras novas partículas,
diferentes dos elétrons, prótons e nêutrons. Todas as partículas observadas têm sempre uma
carga que é um múltiplo inteiro da carga elementar . Assim, a carga de qualquer objeto é
sempre um múltiplo inteiro da carga elementar.
Nas experiências de eletrostática, as cargas produzidas são normalmente equivalentes a um
número muito elevado de cargas elementares. Por tanto, nesse caso é uma boa aproximação
admitir que a carga varia continuamente e não de forma discreta.
Conservação de carga
A carga elétrica é uma propriedade conservada. A carga líquida de um sistema isolado, a
quantidade de carga positiva menos a quantidade de carga negativa, não pode mudar. Nos
casos dos fenômenos em que existe transferência de elétrons entre os átomos, a conservação
de carga é evidente, mas nos casos de criação de novas partículas não teria que ser assim, de
fato em todos os processos observados nos raios cósmicos, e nos aceleradores de partículas,
existe sempre conservação da carga, ou seja, sempre que uma nova partícula é criada, é
também criada uma outra partícula com carga simétrica.
Processos de eletrização
eletrização por atrito
Existem três processos para a eletrização de um corpo. Tem-se a eletrização por
contato ocorre quando colocamos um material condutor carregado eletricamente em contato
com um condutor neutro e, assim, o corpo que estava neutro passa a conter a mesma carga
que o material que estava carregado.

eletrização por indução


Além disso, tem-se a eletrização por atrito, que ocorre a partir da fricção de dois corpos. A
medida que um corpo perde elétrons, este vai apresentando uma predominância de cargas
positivas, equivalente a quantidade de cargas negativas perdida. Enquanto isso, o outro corpo
que está recebendo esses elétrons, ficará carregado com cargas negativas por estarem em
excesso.
Por fim, tem-se a eletrização por indução. Este processo ocorre quando um corpo carregado é
colocado próximo de um corpo neutro, provocando uma polarização das cargas presentes, de
forma que cargas de sinal contrário a do bastão tendem a se aproximar do mesmo, e as de
sinais iguais tendem a ficar o mais afastado possível. Para tornar o corpo neutro em um corpo
carregado, é necessário fazer uma ligação a partir de um fio Terra no corpo induzido, fluindo
elétrons da Terra para o corpo inicialmente neutro. Com isso, corta-se esse fio de ligação e
afasta o corpo que estava inicialmente carregado do corpo que foi induzido, fazendo que que
nele tenha um excesso de cargas negativas, tornando-o carregado negativamente.[14]

Lei de Coulomb
Ver artigo principal: Lei de Coulomb
As forças elétricas provocadas entre objetos carregados foram medidas quantitativamente por
Charles Coulomb a partir de uma balança de torção, da qual ele mesmo inventou. Com isso, a
força elétrica existente entres duas esferas carregadas A e B, faz com que essas esferas tanto
se atraiam ou se repilam. O movimento resultante faz com que a fibra suspensa se torça e, o
torque resultante da fibra torcida é proporcional ao ângulo pelo qual ele gira. Dessa forma, uma
medição desse ângulo de giro proporciona uma medida quantitativa da força elétrica de atração
ou de repulsão entre as duas esferas.[15]
A partir dessas medidas, Coulomb propôs a lei que estabelece que "a força de atração ou
repulsão entre dois corpos carregados é diretamente proporcional ao produto de suas cargas e
inversamente proporcional ao quadrado da distância".
Tem-se que é a distância entre as cargas, e são as cargas das duas partículas, é uma
constante de proporcionalidade designada de constante de Coulomb, que tem um valor igual a
8,987 6 x 109 N ⋅ m2/C2, e é a constante dielétrica do meio que existir entre as duas cargas. A
constante dielétrica do vácuo é exatamente igual a 1, e a constante do ar é muito próxima
desse valor; assim, se entre as cargas existir ar, pode ser eliminada na equação. [16]

Força entre cargas


No século XVIII Benjamin Franklin descobriu que as cargas elétricas colocadas na superfície
de um objeto metálico podem produzir forças elétricas elevadas nos corpos no exterior do
objeto, mas não produzem nenhuma força nos corpos colocados no interior.

Tipo de interação (atrativa ou repulsiva) entre cargas de igual e


distinta natureza.
No século anterior Isaac Newton já tinha demonstrado de forma analítica que a força
gravítica produzida por uma casca oca é nula no seu interior. Esse resultado é consequência
da forma como a força gravítica entre partículas diminui em função do
quadrado da distância.[17]
Concluiu então Franklin que a força elétrica entre partículas com carga deveria ser também
proporcional ao inverso do quadrado da distância entre as partículas. No entanto, uma
diferença importante entre as forças elétrica e gravítica é que a força gravítica é sempre
atrativa, enquanto que a força elétrica pode ser atrativa ou repulsiva:

 A força elétrica entre duas cargas com o mesmo sinal é repulsiva.


 A força elétrica entre duas cargas com sinais opostos é atrativa.
Está capacidade atrativa ou repulsiva foi descoberta pelo físico Charles Du Fay e nomeada Lei
Qualitativa que Rege as Ações Elétricas.[18][19] Vários anos após o trabalho de Franklin, Charles
de Coulomb fez experiências para estudar com precisão o módulo da força eletrostática entre
duas cargas pontuais. Uma carga pontual é uma distribuição de cargas numa pequena região
do espaço.

Campo elétrico
Uma forma diferente de explicar a força eletrostática entre duas partículas com carga consiste
em admitir que cada carga elétrica cria à sua volta um campo que atua sobre outras partículas
com carga. Se colocarmos uma partícula com carga num ponto onde existe um campo
elétrico, o resultado será uma força elétrica ; o campo elétrico define-se como a força por
unidade de carga:[20]
Consequentemente, o campo elétrico num ponto é um vetor que indica a direção e o sentido da
força elétrica que sentiria uma carga unitária positiva colocada nesse ponto.

Campo elétrico produzido por uma carga


pontual positiva Q e representação do campo usando linhas de campo.
De forma inversa, se soubermos que num ponto existe um campo elétrico , podemos calcular
facilmente a força elétrica que atua sobre uma partícula com carga , colocada nesse sítio: a
força será . Precisamos apenas de conhecer o campo para calcular a força; não temos de
saber quais são as cargas que deram origem a esse campo.[16] No sistema SI, o campo elétrico
tem unidades de newton sobre coulomb (N/C).
Como vimos, a força elétrica produzida por uma carga pontual positiva sobre uma segunda
carga de prova positiva é sempre uma força repulsiva, com módulo que diminui
proporcionalmente ao quadrado da distância. Assim, O campo elétrico produzido por uma
carga pontual positiva são vetores com direção e sentido a afastar-se da carga, como se
mostra no lado esquerdo da figura ao lado.
Uma forma mais conveniente de representar esse campo vetorial consiste em desenhar
algumas linhas de campo, como foi feito no lado direito da figura anterior. Em cada ponto, a
linha de campo que passa por esse ponto aponta na direção do campo. O módulo do campo é
maior nas regiões onde as linhas de campo estão mais perto umas das outras.[16]
Para calcular o valor do campo elétrico produzido pela carga pontual num ponto, coloca-se
uma carga de prova nesse ponto e divide-se a força elétrica pela carga . Usando a lei de
Coulomb, obtemos o módulo do campo elétrico produzido pela carga :
onde é a distância desde a carga , que produz o campo, até o ponto onde se calcula o campo.
O sinal da carga indicará se o campo é repulsivo ou atrativo .
O campo elétrico criado por uma única carga pontual é muito fraco para ser observado. Os
campos que observamos mais facilmente são criados por muitas cargas; seria preciso somar
vetorialmente todos os campos de cada carga para obter o campo total.[16]
As linhas de campo elétrico produzidas por um sistema de muitas cargas já não serão retas,
como na figura anterior, mas poderão ser curvas.

Carga por indução


Procedimento usado para carregar
dois condutores com cargas iguais mas de sinais opostos.
Um método usado para carregar dois condutores isolados, ficando com cargas idênticas mas
de sinais opostos, é o método de carga por indução ilustrado na figura. Os dois condutores
isolados são colocados em contato. A seguir aproxima-se um objeto carregado, como se
mostra na figura abaixo. O campo elétrico produzido pelo objeto carregado induz uma carga de
sinal oposto no condutor que estiver mais próximo, e uma carga do mesmo sinal no condutor
que estiver mais afastado.[16]
A seguir, separam-se os dois condutores mantendo o objeto carregado na mesma posição.
Finalmente, retira-se o objeto carregado, ficando os dois condutores carregados com cargas
opostas; em cada condutor as cargas distribuem-se pela superfície, devido à repulsão entre
elas, mas as cargas dos dois condutores já não podem recombinar-se por não existir contato
entre eles.
Na máquina de Wimshurst, usa-se esse método para separar cargas de sinais opostos. Os
condutores que entram em contato são duas pequenas lâminas metálicas diametralmente
opostas sobre um disco isolador, quando passam por duas escovas metálicas ligadas a uma
barra metálica.[16]
As duas lâminas permanecem em contato apenas por alguns instantes, devido a que o disco
roda. Se no momento em que duas das lâminas de um disco entram em contato uma lâmina do
disco oposto estiver carregada, essa carga induzirá cargas de sinais opostos nas duas lâminas
que entraram em contato. Essas cargas opostas induzidas em duas regiões do disco induzem
também cargas no disco oposto, porque nesse disco também há uma barra que liga
temporariamente as lâminas diametralmente opostas.
Em cada disco, após induzirem cargas no disco oposto, as cargas saltam para dois coletores
ligados a duas garrafas metálicas; uma das garrafas armazena carga positiva e a outra carga
negativa. Quando as cargas acumuladas nas garrafas forem elevadas produz-se uma descarga
elétrica entre as pontas de duas barras ligadas às garrafas, ficando descarregadas. Essa
descarga elétrica é um pequeno trovão com uma faísca bastante luminosa.[16]
Os dois discos rodam em sentidos opostos e as duas barras que estabelecem o contato em
cada disco e os dois coletores estão colocados de forma a que na rotação de cada lâmina no
disco, primeiro seja induzida uma carga que a seguir induz carga oposta no disco oposto e logo
passe para o coletor, ficando descarregada e pronta para iniciar outro ciclo.
A cada ciclo as cargas induzidas aumentam, porque cada lâmina é induzida pelas cargas de
várias lâminas no disco oposto. Para iniciar o processo basta com que uma das lâminas tenha
acumulado alguma pequena carga por contato com outro corpo como, por exemplo, o ar à
volta. A localização inicial dessa lâmina com carga determinará qual das garrafas acumula
carga positiva e qual negativa.[16]

O papel da carga na corrente elétrica


A corrente elétrica é o fluxo de carga através de um objeto que não produz perda ou ganho
líquido de carga elétrica. O movimento de qualquer partícula carregada, como o elétron,
constitui uma corrente elétrica. Assim, por convenção, o sentido da corrente elétrica é definido
pelo fluxo de carga positiva, independente do sinal das partículas carregadas que estão em
movimento. Dessa forma, quando abordamos a corrente em condutores comuns, como o
cobre, da qual se tem o movimento de elétrons (partículas carregadas negativamente), o
sentido dessa corrente terá sentido oposto à essas partículas.
Por outro lado, no caso de um feixe de partículas carregadas positivamente em um acelerador
de partículas, a corrente terá o sentido do movimento dos prótons. Além disso, em casos que
envolvem gases e eletrólitos, a corrente é o resultado do fluxo de cargas negativas e
positivas. [21]

Ver também

O wikilivro Eletromagnetismo tem uma página intitulada Cargas elétricas

 Lei de Coulomb
 Linha de força
 Potencial elétrico
 Campo elétrico

Referências
1. ↑ «NIST Big Data Interoperability Framework: volume 1, definitions, version 2». Gaithersburg, MD. Junho de
2018. Consultado em 9 de novembro de 2020
2. ↑ Chabay, Ruth (2015). Matéria e interações (4ª ed.). [S.l.]: Wiley. p. 867
3. ↑ Chabay, Ruth (2015). Matéria e interações (4ª ed.). [S.l.]: Wiley. p. 673
4. ↑ Chabay, Ruth (2015). Matéria e interações (4ª ed.). [S.l.]: Wiley. p. 942
5. ↑ http://scienceworld.wolfram.com/physics/Charge.html Charge -- from Eric Weisstein's World of Physics
6. ↑ Silva, Cibele (abril, 2008). «Uma análise da História da eletricidade presente em livros didáticos: o caso de
Benjamin Franklin». Caderno Brasileiro de Ensino de Física (CBEF). periódicos UFSC. Consultado em 9 de
novembro de 2020
7. ↑ Ir para:a b c d Massazumi Oka, Mauricio (Novembro, 2000). «História da Eletricidade» (PDF). Consultado em 9 de
outubro de 2020
8. ↑ Baigrie, Brian (2007). Eletricidade e magnetismo: uma perspectiva histórica. Westport: Greenwood Press.
p. 27
9. ↑ Serway, Raymond. Princípios da Física. [S.l.]: Cengage Learning. p. 6
10. ↑ Baigrie, Brian (2007). Eletricidade e magnetismo: uma perspectiva histórica. Westport: Greenwood Press.
p. 28
11. ↑ Roller, Duane (1954). O desenvolvimento do conceito de carga elétrica: Eletricidade dos Gregos a Coulomb.
Cambridge, MA: Harvard University Press. p. 40
12. ↑ Wangsnes, Roald K (1986). Electromagnetic Fields (2ª ed.). Nova York: Wiley. p. 40
13. ↑ Baigrie, Brian (2007). Eletricidade e magnetismo: uma perspectiva histórica. Westport: Greenwood Press.
p. 38
14. ↑ Mello, Vera Lucia (2011). Instrumentação para o Ensino de Física III. São Cristóvão, SE: CESAD. pp. 12–13
15. ↑ Serway, Raymond. Princípios da Física. [S.l.]: Cengage Learning. p. 8
16. ↑ Ir para:a b c d e f g h Villate, Jaime E. (2012). Física 2, Eletricidade e Magnetismo (PDF). 1 1ª ed. Porto, Portugal:
[s.n.] ISBN 978-972-99396-2-4. Consultado em 8 de julho de 2013
17. ↑ TIPLER, Paul A. (1978). Física. 1. Rio de Janeiro: Guanabara Dois. p. 389-394
18. ↑ «Carga Elétrica, Condutor e Isolante». Universo Elétrico. 29 de agosto de 2016. Consultado em 16 de junho
de 2020
19. ↑ Livro integrado: Pré-Vestibular 9ª ed. ed. Fortaleza: Sistema Ari de Sá de Ensino. 2018
20. ↑ WALKER, Jearl (2009). Fundamentos de física: eletromagnetismo. 3. Rio de Janeiro: LTC. p. 24. ISBN 978-
85-216-1607-8
21. ↑ Serway, Raymond A. (2014). Princípios da Física. [S.l.]: Cengage Learning. p. 90

Conservação de Massa: Definição,


Exemplos e Explicação
By Lambdageeks Núcleo SME
A Lei da Conservação da Massa é um princípio fundamental em química, física e outras
ciências naturais. Antoine Lavoisier descobriu em 1756 que quando os elementos se
combinam ou reagem, a massa total permanece a mesma.

Nesta postagem do blog, veremos as várias definições e aplicações da conservação de massa.

Qual é a definição de Conservação de Massa?


A conservação da massa é um princípio fundamental da física que afirma que a massa de um
sistema fechado deve permanecer constante ao longo do tempo.

A Lei da Conservação da Massa


Para entender a lei da conservação da massa, você precisa estudar os princípios da química e
da física.

“Afirma que a massa não pode ser criada nem destruída, apenas transformada de uma
forma para outra.”

A lei é a mesma desde a sua origem: A massa não aumenta ou diminui durante as reações
químicas, ela permanece constante.

Com a descoberta da conservação de massa por Antoine Lavoisier, a formulação da


conservação de massa foi apresentada.

Descoberta da Conservação de Massa por Antoine


Lavoisier
Antoine Lavoisier, conhecido por suas contribuições à química moderna, foi pioneiro no
conceito de conservação de massa.

Por meio de seus experimentos no final dos anos 1700, ele revelou que a massa dos
reagentes antes e depois de uma mudança química permanecia constante.
Este princípio foi chamado de 'Lei da Conservação da Massa'. Suas descobertas
revolucionaram a química, abrindo caminho para a estequiometria e a teoria atômica.

Lavoisier descobriu que os materiais combustíveis ganham peso retirando partículas do ar,
não perdendo o 'flogisto' como se pensava antes.

Formulação de Conservação de Massa


A Conservação da Massa é fundamental. Pode ser explicado cientificamente através da
Formulação da Conservação de Massa.

Aqui estão os componentes principais e suas explicações/símbolos:

Fórmula Descrição Símbolo

Lei da conservação A massa em um sistema isolado m1 +m2 =m3


de massa permanece constante. Onde,m representa a massa de cada corp

E=m²
Equivalência massa- A energia só pode ser convertida,
Onde,E = Energia do objetom = Massa d
energia não criada/destruída.
Velocidade da luz ou seja, 3 x 108 m / s

Conservação de Massa em Reações Químicas


Para entender a conservação de massa em reações químicas, deixe-me orientá-lo pela Massa
Total dos Reagentes e Produtos, bem como pela Conservação de Massa em um Sistema
Isolado.

Conhecer e aplicar essas duas subseções lhe dará uma melhor visão e compreensão como a lei
da conservação da massa funciona na química.
Massa Total dos Reagentes e Produtos

As reações químicas seguem a Lei da Conservação da Massa, o que significa que a massa
total de reagentes e produtos nunca muda.

Massa de todos os reagentes (MR) = Massa de todos os produtos (MP)

Exemplo,

NaCl + CaO —> Na2O + CaCl2

A tabela abaixo ilustra esse conceito.

Massa de reagentes 12g 20g 32

massa de produtos 15g 17g 32

Conservação de Massa em um Sistema Isolado

A lei da conservação da massa é um princípio fundamental dos sistemas isolados. Isso


significa que a massa total antes e depois de uma reação é sempre a mesma. Aplica-se a todos
os tipos de reações químicas, endotérmicas e exotérmicas.
Por exemplo,

Imagine um recipiente fechado. Se os reagentes internos tiverem uma massa de 100g, então os
produtos também devem ter uma massa combinada de 100g. A massa nunca é criada ou
destruída, é sempre convertida.

Embora os átomos individuais possam mudar de forma, todos os átomos presentes nos
reagentes aparecerão nos produtos.

Como no combustão de metano e oxigênio para formar dióxido de carbono e vapor de


água. O número total e o tipo de átomos permanecem os mesmos - um metano e dois de
oxigênio formam um dióxido de carbono e dois de água.

Aplicação da Conservação de Massa em Física


Para estudar a aplicação da conservação de massa em física, você precisa entender a
definição e o princípio da conservação da massa.

Para isso, vamos nos concentrar na Conservação de Massa na Massa de Repouso de um


Objeto e na Conservação de Massa e Energia na Atmosfera da Terra.
Essas duas subseções explicam brevemente como a lei de conservação de massa se aplica à
massa de repouso de um objeto e ao ar ao redor da atmosfera da Terra.

Conservação de massa na massa de repouso de um objeto

O princípio da conservação de massa é um conceito da física que afirma que a massa total de
um sistema isolado permanece a mesma.

Isso inclui massa de repouso, que é a massa de objetos estacionários. Em palavras mais
simples, você não pode criar ou destruir matéria em um sistema fechado, mas pode
convertê-la de uma forma em outra.

A massa de repouso é importante em áreas da física como a relatividade e a mecânica


quântica.

Por exemplo, na equação de Einstein,

E = mc²

Onde,

 E é energia
 m é a massa de repouso
 c = Velocidade da luz, ou seja, 3 x 108 m / s
Isso nos mostra que energia e matéria podem ser trocadas.

O A ideia da conservação da massa em repouso tem grandes efeitos em nossa


compreensão de assuntos físicos, como pequenas partículas e enormes corpos celestes
como planetas e estrelas.

Os cientistas podem usar isso para calcular a quantidade de energia liberada em reações
nucleares ou processos de fusão.

Conservação de Massa e Energia na Atmosfera da Terra

A preservação de massa e energia na atmosfera terrestre é um conceito básico da física. Isso


garante que matéria e energia são conservadas ao longo de vários processos atmosféricos,
incluindo aqueles relacionados ao clima.

 O equilíbrio entre a energia que entra e a que sai afeta a temperatura da superfície da Terra e
nossas vidas, como agricultura e transporte.
 A conservação de massa e energia também se aplica a fenômenos como ciclones, furacões,
tempestades e poluição do ar.
 Este princípio desempenha um papel importante na gestão dos recursos naturais. Isso inclui a
manutenção da qualidade do ar para a saúde humana e estações de tratamento de água para
remover poluentes das águas residuais.
 Há 2500 anos, o filósofo grego Empédocles sugeriu que a matéria era composta de quatro
elementos: Ar, Terra, Fogo e Água. Seus ensinamentos foram aceitos até que novos
experimentos os encontrassem errados.
 Os relatórios da NASA de janeiro de 2021 dizem que as concentrações atmosféricas de
dióxido de carbono estão em seu nível mais alto em 3 milhões de anos.
Outras Aplicações da Conservação da Massa

A Lei da Conservação da Massa é essencial em diversas indústrias, como

 Farmacêutico
 Produção de alimentos
 Ciência ambiental
 Reações químicas e otimizar processos de produção, reduzindo o desperdício.
Visão da Conservação de Massa na Química Moderna
Compreender a lei de conservação da massa na química moderna. Estas duas subseções irão
ajudá-lo a entender como nem a matéria nem a massa podem ser criadas nem destruídas
em uma reação química.

Conservação de Massa em Compostos Químicos

Os compostos químicos obedecem ao princípio da conservação de massa. Isso significa que a


massa total permanece a mesma durante uma reação. Saber disso ajuda a entender a
quantidade de reagentes e produtos envolvidos.

Lei das proporções definidas

A lei das proporções definidas afirma que os compostos sempre contêm elementos em
proporções fixas por peso. Isso apóia a ideia de conservação de massa. A proporção dos
elementos é sempre a mesma.

Aplicações da Conservação de Massa em Química

 A química moderna usa espectrometria de massa e ressonância magnética nuclear para


medir massas de compostos químicos.
 Isso nos permite calcular fórmulas moleculares e explorar propriedades como densidade,
pontos de fusão e pontos de ebulição.
 A conservação de massa tem muitas aplicações úteis em indústrias como farmacêutica,
ciência de materiais e bioquímica.
 Ele permite que as pessoas manipulem átomos e moléculas para criar novas substâncias ou
melhorar as existentes.
 É também uma solução econômica com implicações sociais. Saber quantas substâncias
entram e saem de uma reação nos ajuda a usar os recursos com eficiência.
Conservação de massa elementar

A química moderna preserva a massa elementar por meio de mecanismos que equilibram as
equações químicas.

Isto é conhecido como estequiometria e é a chave para entender as reações químicas. O


balanceamento de reações garante medições precisas durante os experimentos.

A conservação de massa elementar é essencial para a exatidão e precisão da química


analítica.

Embora esteja estabelecido há séculos, ainda é regularmente estudado para determinar como
diferentes reações afetam a composição elementar. A conservação de massa tem muitos usos,
de motores a baterias.

Transformação e Conservação de Propriedades em


Reações Nucleares
Explicar transformação e conservação de propriedades em reações nucleares com conservação
total de energia e massa em condições normais reações químicas e conservação de massa
em sistema fechado como soluções.

Energia Total e Conservação de Massa em Reações Químicas Ordinárias

A lei de conservação de energia e massa é essencial nas reações químicas. Nada é adicionado
ou retirado, apenas ligações quebradas entre os átomos. Ao formar moléculas, a massa dos
reagentes é igual à dos produtos.

Reações Nucleares

Nas reações nucleares, as leis se estendem às transformações que alteram o núcleo. As forças
usadas liberam muito mais energia do que sua reação química normal.

Reações de Fusão

As reações de fusão formam núcleos mais pesados, com partículas transportando energia e
massa. Essa energia pode ser convertida em energia elétrica.
 É importante manter as propriedades desejadas ao alterar materiais por meio de processos
químicos ou nucleares, para combustíveis de alto desempenho ou fabricação química
eficiente.
 Nos 1960s, os cientistas encontraram elementos com isótopos radioativos com meias-
vidas mais longas do que o esperado.
Conservação de Massa em Sistema Fechado

A Conservação de Massa em um Sistema Fechado afirma que a massa total de um sistema


fechado permanece constante.

Isso se aplica a reações nucleares, onde matéria e energia podem ser convertidas entre si.

Um exemplo disso é a fissão nuclear do urânio que é mostrada na tabela abaixo.

Reagente Massa (kg) Produto Massa (kg)

Urânio-235 52 Criptônio-92 36

Nêutron 1 Bário-141 133

3 mais nêutrons

Total 53 Total 169

É claro que a massa antes e depois da reação permanece a mesma. A matéria não pode ser
criada ou destruída durante esses tipos de transformações nucleares.

Conforme Equação da relação Energia-Massa de Einstein, matéria e energia são


intercambiáveis.

E=m²

Para obter os melhores resultados das reações nucleares, é ideal escolher isótopos com meias-
vidas longas em vez de curtas.

Monitorar a presença de isótopos radioativos em materiais ao longo de seu ciclo de vida


também é fundamental.
Importância da Conservação de Massa na Ciência e na
Vida Cotidiana
Para entender melhor o significado da conservação de massa na ciência e na vida cotidiana.

Vamos mergulhar em algumas subseções: prova quantitativa da conservação de massa,


correção crucial da conservação de massa na teoria da relatividade de 1905 e como a
conservação de massa é sempre conservado na medição e combinação.

Prova Quantitativa de Conservação de Massa

É essencial compreender o cientificamente comprovado 'Prova Quantitativa de


Conservação de Massa'.

Dados da experiência

Uma tabela pode ajudar a mostrar esta prova. As colunas terão dados de experimentos,
verificando se não há perda de massa. Essa evidência ajuda as pessoas a entender melhor o
conceito.

CH4 (Metano) + 2O2 (Oxigênio) —> CO2 (dióxido de carbono) + H2O (Água)

Massa de reagentes 16g 64g 80

massa de produtos 44g 36g 80


As implicações da Conservação de Massa vão além da ciência. Ajuda-nos a compreender
fenômenos naturais e processos industriais.

Os cientistas mostram que Terra perde 50 mil toneladas de massa a cada ano por causa da
poeira espacial. Isso ilustra Conservação em massa importância em nosso universo.

Correção Crucial da Conservação de Massa na Teoria da Relatividade de


1905

A Teoria da Relatividade de 1905 trouxe uma importante mudança para a conservação da


massa. Mostrou que a massa nem sempre é conservada, dependendo da energia e velocidade
do objeto.

A Teoria reelaborou a relação entre energia e massa. Também introduziu novas ideias,
como dilatação do tempo e contração do comprimento.

A lei original sobre a conservação da massa foi ampliada para incluir a energia em qualquer
sistema.

Embora suas implicações fossem enormes, a importância da conservação de massa é


frequentemente negligenciada fora dos círculos científicos.

Esse conhecimento levou avanços em tecnologia como satélites GPS e usinas nucleares
mais eficientes.

Seria uma ótima ideia para os cientistas continuarem desenvolvendo esse pesquisa para
impulsionar a tecnologia em vários setores.

Ensinar mais sobre a relatividade às gerações mais jovens ajudará a criar uma força de
trabalho altamente qualificada com as habilidades inovadoras certas para resolver
problemas globais.

Conservação de Massa Sempre Conservada em Medição e Combinação

A conservação de massa é um conceito-chave na ciência e na vida cotidiana. Ele afirma


que a massa total em um sistema fechado permanece a mesma, apesar de quaisquer mudanças
físicas ou químicas.

A massa não pode ser criada nem destruída, apenas transformada ou transferida de uma forma
para outra. É sempre conservado ao medir ou combinar substâncias.
Este princípio tem implicações em vários campos, como química, biologia, física e ciências
ambientais.

 Em química, é usado para explicar reações químicas em que os elementos mudam a


composição atômica, mas mantêm sua massa.
 Na biologia, é importante para a compreensão dos processos celulares, como metabolismo e
crescimento.
 Ele forma a base para Leis de movimento de Newton e transformações de energia na
física.
 Na ciência ambiental, ajuda-nos a estudar a gestão de resíduos e as estações de tratamento de
água.
 Conhecer a conservação de massa é essencial para tarefas diárias, como cozinhar ou misturar
produtos químicos.
 Isso ajuda a garantir que os ingredientes sejam medidos corretamente e combinados de acordo
com proporções específicas.
Perguntas Frequentes
Como se expressa o princípio da Conservação da
Massa?
O princípio da conservação de massa pode ser expresso como a massa total dos produtos de
uma reação química sendo igual à massa total dos reagentes.

Quais são alguns exemplos do princípio da


Conservação da Massa em ação?
Qualquer situação em que a massa esteja envolvida pode ser um exemplo do princípio da
Conservação da Massa.

Por exemplo, um sólido objeto mover-se a uma velocidade constante demonstra o princípio da
Conservação da Massa porque a massa do objeto permanece constante.

Qual é o ponto de referência para o princípio da


Conservação da Massa?
O ponto de referência para o princípio da Conservação da Massa é a massa total do sistema no
início da reação.

Como a massa de elementos e compostos químicos é


conservada?
A massa de elementos e compostos químicos é conservada porque a quantidade total de
material presente antes e depois de uma reação é a mesma.

Qual é a massa inercial de um objeto?


A massa inercial de um objeto é uma medida da resistência do objeto às mudanças em sua
velocidade.

O que significa um átomo de carbono estar ligado?


Quando um átomo de carbono está ligado, isso significa que ele é quimicamente combinado
com outros átomos para formar uma molécula.

Como podemos provar que a massa é conservada?


A massa é conservada porque podemos medir a massa total de um sistema antes e depois
de uma reação e mostrar que ela permanece constante. Isso pode ser feito usando uma
balança ou outro dispositivo de medição.

A conservação do momento está relacionada à


conservação da massa?
Conservação de momento em energia é um princípio fundamental que afirma que a quantidade
total de momento em um sistema fechado permanece constante. No entanto, é importante
notar que a conservação do momento é distinta da conservação da massa. Embora a energia
seja conservada em todos os processos físicos, a massa pode ser convertida em energia e vice-
versa, como demonstrado pela famosa equação de Albert Einstein, E = mc². Assim, embora a
conservação da massa seja verdadeira em muitos cenários, não está diretamente ligada à
conservação do momento na energia.

Como a Conservação de Massa está relacionada com a


formação de nitratos?
A conservação de massa está relacionada à formação de nitratos porque a massa total dos
produtos de uma reação envolvendo nitrogênio e oxigênio deve ser igual à massa total dos
reagentes.

Conclusão
A conservação de massa sempre conserva a medição e a combinação, mantendo a massa total
constante dentro de um sistema fechado. Suas aplicações inestimáveis em diferentes
ciências o tornam essencial para várias áreas da sociedade desde sua descoberta por
Lavoisier. Então, mesmo que você não consiga conservar sua sanidade, pelo menos tente
conservar massa em sua vida diária!

Lei da conservação de energia


Por Ana Carolina Bezerra da Silva
Graduação em Física (USP, 2013)

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Definir energia é algo um complicado. No entanto todos nós a percebemos quando a utilizamos. Quando
acendemos uma lâmpada, damos partida em um carro ou até mesmo usamos a energia dos alimentos para
realizar as atividades do dia a dia.

Mas uma série de transformações ocorreu para que a esses fenômenos acontecem, por exemplo: a queda
de água em uma usina hidrelétrica, uma explosão controlada no motor do carro e transformações
químicas nas células do nosso corpo. Ou seja, uma forma de energia se transformou em outra. E, de forma
resumida, podemos dizer que energia é o que coloca um corpo em movimento (ou na potência, na
possibilidade de um movimento, de realizar trabalho).

Sendo assim, a energia não se perde, mas sim, se transforma de um tipo em outro. E pode ser armazenada.
Essa é a chamada Lei da conservação de energia.

No caso de uma hidrelétrica, por exemplo, a água corre no rio com uma determinada velocidade e cai de
uma certa altura fazendo girar as turbinas, que transforma a energia mecânica em energia elétrica. Assim
temos:

Energia cinética (Ec): energia gerada por um corpo (de massa – m) em movimento com velocidade - v.

[Math Processing Error]


Caso o corpo varia sua velocidade durante o processo, temos a variação da energia cinética (ΔE):
[Math Processing Error]
Onde, Ecf é a energia cinética final e Eci, a energia cinética inicial.

[Math Processing Error]


Energia potencial gravitacional (EP): energia que pode ser gerada (potencial) por um corpo de massa - m
que se localiza a determinada altura – h . A energia se dá quando esse corpo é acelerado pela gravidade -
g.

[Math Processing Error]


Energia potencial elástica (EPelást): é a energia potencial em uma mola/elástico distendida ou contraída.
Quando essa mola volta a sua posição normal, gera energia.

[Math Processing Error]


Onde: k é a constante elástica de restauração e x é a tanto que a mola distendeu ou contraiu.

No nosso exemplo, as energias cinética e gravitacional geraram energia elétrica, que acendeu a luz. Em
um sistema ideal, onde as energias não se perdem para o meio na forma de atrito, calor ou som (forças
dissipativas), a energia mecânica representa a energia total do sistema em suas diversas formas. Ou seja, a
ausência de forças dissipativas, a energia mecânica permanece constante, apenas se convertendo entre
cinética e potencial (gravitacional, elástica, elétrica, química, nuclear entre outras).
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/fisica/lei-da-conservacao-de-energia/

Exercícios e questões de vestibulares


Questão 01: (UFSC 2016)
A busca por alternativas energéticas para o futuro ou para locais com
poucos recursos econômicos tem levado à proposição de inovações cada
vez mais criativas, como a Soccket, mostrada na figura abaixo. A Soccket
é uma bola de futebol com um pequeno pêndulo no interior que aproveita
a energia cinética do seu movimento através de um gerador elétrico
conectado a uma bateria recarregável. A energia armazenada pode ser
usada para os mais diversos fins, como o acendimento de lâmpadas e a
recarga de baterias e dispositivos eletrônicos.
Disponível em: <http://www.greenprophet.com/2012/12/socket-a-fun-powered-energy-ball-kids-
kick-for-power/>. [Adaptado]. Acesso em: 24 set. 2015.

Com base no exposto acima e no Princípio de Conservação de Energia, é


CORRETO afirmar que:

1) quando a Soccket é chutada, realiza-se um trabalho mecânico


sobre ela.

2) apenas o trabalho mecânico determina a quantidade de


energia que é transferida ou retirada da Soccket.

4) toda energia recebida pela Soccket durante um chute é


convertida em energia elétrica.

8) a energia armazenada na Soccket é transferida para outros


dispositivos eletrônicos pelo trabalho elétrico.

16) a transformação da energia cinética em energia elétrica no


gerador elétrico da Soccket é explicada pela Lei de Faraday.

32) a função da bateria da Soccket é de aumentar a energia


elétrica produzida.
Veja a resposta desta e mais outras questões!
Questões sobre a Lei da conservação de energia - Exercícios
Arquivado em: Física, Química

Lei da conservação da energia


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Mecânica clássica

Diagramas de movimento orbital de um satélite ao


redor da Terra, mostrando a velocidade e aceleração.

Cinemática[Expandir]

Dinâmica[Expandir]

História[Expandir]
Trabalho e Mecânica[Esconder]

 Energia cinética
 Energia potencial
 Trabalho
 Conservação da energia
 Força conservativa
 Força de contato
 Função de Lagrange
 Potência
 Retropropulsão
 Princípio de Hamilton

Sistema de partículas[Expandir]

Colisões[Expandir]

Movimento rotacional[Expandir]

Sistemas Clássicos[Expandir]

Formulações[Expandir]

Gravitação[Expandir]

Físicos[Expandir]

 v
 d
 e

Mecânica do contínuo

Leis[Esconder]

 Conservação da massa
 Conservação do momento
 Conservação da energia
 Desigualdade da entropia

Mecânica dos sólidos[Expandir]

Mecânica dos fluidos[Expandir]


Reologia[Expandir]

Cientistas[Expandir]

 v
 d
 e

Em física, a lei ou princípio da conservação de energia estabelece que a quantidade total de energia em
um sistema isolado permanece constante. Tal princípio está intimamente ligado com a própria definição da
energia.
Um modo informal de enunciar essa lei é dizer que energia não pode ser criada nem destruída: a energia
pode apenas transformar-se de um tipo a outro(s).[1]

Tipos de energia
Energia compreende várias divisões com seus conceitos específicos, como energia potencial, energia
cinética, energia térmica, energia nuclear.
Por exemplo, na combustão da gasolina dentro de um motor de combustão interna, parte da energia
potencial associada às ligações químicas dos reagentes transforma-se em energia térmica, que é
diretamente associada à energia cinética das partículas dos produtos e à temperatura do sistema (que se
elevam). Pelo princípio da conservação da energia, a energia interna do sistema imediatamente antes
da explosão é igual à energia interna imediatamente após a combustão.
Deve-se ter atenção com o princípio de conservação da energia no que se refere ao escopo de sua
aplicação. Em seu sentido mais abrangente,a conservação da energia implica que se entenda a energia a
ser conservada como a energia total do sistema, em acordo com o princípio da equivalência entre massa e
energia. Assim, a massa é tratada como se energia fosse e não há lei de conservação de massa para o
sistema, apenas a lei da conservação da energia em seu sentido mais abrangente.
Ou seja, a conservação da energia, em sentido amplo, de acordo com a teoria da relatividade
restrita de Albert Einstein, diz respeito à conservação de uma grandeza que engloba massa e energia, dentro
de um sistema isolado.
No âmbito da física clássica, porém, massa e energia são entidades distintas e não relacionadas, e nestas
condições a lei da conservação da energia se divide em duas leis clássicas: a lei da conservação da energia
em seu sentido mais restrito, e a lei da conservação de massas.

História
Filósofos da Antiguidade, desde Tales de Mileto, já tinham suspeitas a respeito da conservação de alguma
medida fundamental. Porém, não existe nenhuma razão particular para relacionar isso com o que
conhecemos hoje como "massa-energia". Tales pensou que a substância era a água.
Em 1638, Galileu Galilei publicou sua análise de diversas situações - incluindo a célebre análise do "pêndulo-
ininterrupto" - que pode ser descrita, em linguagem moderna, como a conversão contínua de energia
potencial em energia cinética e vice-versa, garantido que a soma destas duas - à qual dá-se o nome
de energia mecânica do sistema - permaneça sempre constante. Porém, Galileu não mencionou o processo
usando o conceito de energia, como se conhece hoje, e não pode ser creditado pelo estabelecimento desta
lei.[2]
Foi Gottfried Wilhelm Leibniz, no período compreendido entre 1676 e 1689, quem primeiro tentou realizar
uma formulação matemática da energia associada ao movimento (energia cinética). Leibniz percebeu que,
em vários sistemas mecânicos (de várias partículas de massa , cada qual com velocidade ), a grandeza
era conservada enquanto as massas não interagissem. Ele chamou essa quantidade de vis viva ou força
viva do sistema. O princípio representa uma afirmação acurada da conservação de energia cinética em
situações em que não há atrito.
No entanto, alguns físicos naquele tempo consideravam que o momento linear do sistema, dado por
era a vis viva, uma vez que ele se conserva mesmo em sistemas com presença de atrito. Foi
demonstrado, mais tarde, que sob certas condições, ambas as quantidades são conservadas
simultaneamente, como em colisões elásticas.
Engenheiros, tais como John Smeaton, Peter Ewart, Karl Hotzmann, Gustave-Adolphe Hirn e Marc
Seguin objetaram que a conservação de momento sozinha não era adequada para cálculos práticos,
e faziam uso do princípio de Leibniz. O princípio foi também defendido por alguns químicos, tais
como William Hyde Wollaston.
Acadêmicos, tais como John Playfair, rapidamente apontaram que a energia cinética claramente não
era conservada. Os fundamentos desta não conservação são hoje entendidos claramente em vista
de uma análise moderna baseada na segunda lei da termodinâmica, mas nos séculos XVIII e XIX, o
destino da energia cinética perdida ainda era desconhecido.
Gradualmente foi-se suspeitando que o calor, observável através do aumento de temperatura,
inevitavelmente gerado pelos movimentos na presença de atrito, era outra forma de vis viva. Em
1783, Antoine Lavoisier e Pierre-Simon Laplace revisaram as duas teorias correntes, a vis viva e
a teoria do calórico (ou flogisto), o que, junto com as observações de Benjamin Thompson em 1798
sobre a geração de calor durante perfuração de metal para a fabricação de canhões (em um
processo chamado alesagem), adicionaram considerável apoio à visão de que havia nítida
correlação entre a variação no movimento mecânico e o calor produzido, de que a conservação era
quantitativa e podia ser predita, e que era possível o estabelecimento de uma grandeza que se
conservaria no processo de conversão de movimento em calor.
A vis viva começou a ser conhecida como energia, depois do termo ser usado pela primeira vez com
esse sentido por Thomas Young em 1807.
A recalibração da vis viva para
o que pode ser entendido como encontrar o valor exato da constante para a conversão de
energia cinética em trabalho foi em grande parte o resultado da obra de Gustave-Gaspard
Coriolis e Jean-Victor Poncelet durante o período de 1819 a 1839. O primeiro chamou a
quantidade de quantité de travail (quantidade de trabalho) e o segundo de travail
mécanique (trabalho mecânico), e ambos defenderam seu uso para cálculos de engenharia.
No artigo Über die Natur der Wärme, publicado no Zeitschrift für Physik em 1837, Karl Friedrich
Mohr deu uma das primeiras declarações gerais do princípio da conservação de energia, nas
palavras: "além dos 54 elementos químicos conhecidos, há no mundo um agente único, e se
chama Kraft [energia ou trabalho]. Ele pode aparecer, de acordo com as circunstâncias, como
movimento, afinidade química, coesão, eletricidade, luz e magnetismo; e, a partir de qualquer
uma destas formas, pode ser transformado em qualquer uma das outras."
Uma etapa fundamental no desenvolvimento do moderno princípio de conservação da energia
foi a demonstração do equivalente mecânico do calor. A teoria do calórico afirmava que o calor
não podia ser criado nem destruído, mas a conservação de energia implica algo contraditório a
esta ideia: calor e o movimento mecânico são intercambiáveis.
O princípio do equivalente mecânico foi exposto na sua forma moderna pela primeira vez
pelo médico alemão Julius Robert von Mayer.[3] Mayer chegou a sua conclusão em uma viagem
para as Índias Orientais Neerlandesas, onde ele descobriu que o sangue de seus pacientes
possuía uma cor vermelha mais profunda devido a eles consumirem menos oxigênio, e também
consumiam menos energia para manterem a temperatura de seus corpos em um clima mais
quente. Ele tinha descoberto que calor e trabalho mecânico eram ambos formas de energia e,
após melhorar seus conhecimentos de física, ele encontrou uma relação quantitativa entre elas.
Aparato de Joule para a medição do equivalente mecânico
do calor. Um objeto preso a uma corda causa, ao descer, um movimento
de rotação numa pá imersa em água.
Entretanto, em 1843, James Prescott Joule descobriu de forma independente o equivalente
mecânico do calor em uma série de experimentos. No mais famoso, agora chamado "aparato de
Joule", um objeto preso a uma corda causava, ao descer sob a ação da força da gravidade, a
rotação de uma pá imersa em água. Ele mostrou que a energia potencial gravitacional perdida
pelo objeto no movimento descendente era igual à energia térmica (calor) dissipado na água por
conta do atrito com a pá.
Durante o período de 1840 a 1843, um trabalho similar foi efetuado pelo engenheiro Ludwig A.
Colding, embora este tenha sido pouco conhecido fora de sua nativa Dinamarca.
Tanto o trabalho de Joule quanto o de Mayer sofreram inicialmente forte resistência e foram,
quando apresentados, negligenciados por muitos. No decorrer da história, entretanto, a ideia foi
aceita e o trabalho de Joule foi o que acabou por conquistar maior fama e reconhecimento.
Em 1844, William Robert Grove postulou uma relação entre energia mecânica, calor, luz,
electricidade e magnetismo tratando todas elas como manifestação de uma única força
("energia" em termos modernos). Grove publicou suas teorias em seu livro The Correlation of
Physical Forces (A Correlação de Forças Físicas).[4] Em 1847, aperfeiçoando o trabalho anterior
de Joule, Sadi Carnot, Émile Clapeyron e Hermann von Helmholtz chegaram a conclusões
similares às de Grove e publicaram suas teorias em seu livro Über die Erhaltung der
Kraft ("Sobre a Conservação de Força", 1847). A aceitação moderna geral do princípio decorre
dessa publicação.
Em 1877, Peter Guthrie Tait afirmou que o princípio surgiu com Isaac Newton, baseado numa
leitura criativa das proposições 40 e 41 da obra Philosophiae Naturalis Principia Mathematica.
Isso é agora geralmente tratado como nada mais do que um exemplo histórico.

A primeira lei da termodinâmica


Ver artigo principal: Primeira lei da termodinâmica
Entropia é uma função de uma quantidade de calor que mostra a possibilidade de conversão
daquele calor em trabalho.
Para um sistema termodinâmico com um número fixo de partículas, a primeira lei da
termodinâmica pode ser enunciada como:
, ou de forma equivalente, ,
sendo que é a quantidade de energia acrescentada ao sistema num processo de
aquecimento, é a quantidade de energia perdida pelo sistema devido ao trabalho realizado
pelo sistema sobre seus arredores e é o aumento na energia interna do sistema.
Os deltas antes das expressões que representam calor e trabalho são usados para indicar
que tais expressões significam o incremento das respectivas medidas, o que deve ser
interpretado diferentemente de . Calor e trabalho são processos que somam ou subtraem
energia, enquanto a energia interna é uma forma particular de energia associada ao
sistema. Assim, o termo energia térmica para significa "a quantidade de energia adicionada
como resultado do aquecimento", ao invés de referir o calor como uma forma específica de
energia. Do mesmo modo, o termo "trabalho" para significa "quantidade de energia perdida
como resultado do trabalho". O mais significativo corolário desta distinção é que a
quantidade de energia interna de um sistema termodinâmico pode ser observado, mas não
se pode mensurar quanta energia flue para dentro ou para fora do sistema como resultado
de aquecimento ou resfriamento, nem tampouco como resultado de trabalho realizado pelo
ou sobre o sistema. Simplificando, "a energia não é criada ou destruída, mas convertida em
outra forma"
Num sistema simples, o trabalho pode ser assim enunciado:
,
sendo que é a pressão e é a pequena mudança de volume do sistema, sendo ambos
variáveis de sistema. A energia térmica poder ser escrita:
,
sendo a temperatura e a pequena mudança na entropia do sistema. Temperatura e
entropia são também variáveis de sistema.

Mecânica
Na mecânica clássica a conservação de energia é normalmente dada por
onde T é a energia cinética e V a energia potencial.
Na verdade este é o caso particular da lei de conservação mais geral
e
onde L é a função lagrangeana. Para esta forma particular ser válida, o
seguinte deve ser verdadeiro:

 O sistema pode ser representado por equações que não contém a


variável tempo (tanto energia cinética quanto a potencial não são
funções explícitas do tempo)
 A energia cinética é resultante de uma função quadrática em relação às
velocidades.
 A energia potencial não depende das velocidades.
Teorema de Noether
Ver artigo principal: Teorema de Noether
A conservação de energia é uma característica comum em muitas teorias
físicas. De um ponto de vista matemático, é entendida como uma
consequência do teorema de Noether, que afirma que toda simetria de uma
teoria física tem, a ela associada, uma quantidade conservativa; se essa
simetria tem independência temporal, então a quantidade conservada é
chamada de "energia". A lei de conservação de energia é consequência da
simetria do tempo nos fenômenos físicos; a conservação de energia é
comprovada através do fato empírico de que as leis da física não se
modificam com o tempo. Filosoficamente, isso pode estabelecer que "Nada
depende do tempo, por si só". Em outras palavras, se a teoria é invariante
sob a simetria contínua sobre o tempo, então a energia é conservada.
Alternativamente, teorias que não são invariantes em função do tempo (por
exemplo, sistemas com energia potencial dependente do tempo) não
possuem conservação de energia - a menos que consideremos que tais
sistemas troquem energia com outros sistemas a eles externos, o que firma
novamente a invariância. Assim, a conservação da energia continua válida
nos modelos mais modernos da física, como a mecânica quântica.

Relatividade
Ver artigo principal: Teoria da Relatividade
Com o advento da teoria da relatividade restrita de Albert Einstein, a energia
tornou-se um componente da energia-momento quadrivetorial.[5] Cada um
dos quatro componentes (um de energia e três de momento linear), deste
vetor, sendo que cada componente representa uma dimensão no espaço-
tempo, é conservado separadamente em qualquer referencial inercial dado.
Também é conservado o comprimento do vetor (norma de Minkowski), que
é a massa de repouso.
A energia relativística de uma partícula massiva contém um termo
relacionado à sua massa de repouso, além de sua energia cinética linear.
No limite de energia cinética zero (ou equivalentemente no referencial de
repouso da partícula massiva, ou o centro de momento linear para objetos
ou sistemas), a energia total da partícula ou objeto (incluindo a energia
cinética em sistemas internos) está relacionada à sua massa de
repouso através da famosa equação E = mc². Assim, a regra da
conservação da energia na relatividade especial mostrou-se um caso
especial de uma regra mais geral, também conhecida como a conservação
de massa e energia, a conservação da massa-energia, a conservação de
energia-momento, a conservação da massa invariante ou apenas referida
apenas como conservação da energia.
Na relatividade geral, a conservação de energia-momento é expressa com o
auxílio do pseudotensor de Landau-Lifshitz.

Descobertas simultâneas
A lei da conservação da energia é um exemplo bem rico sobre descobertas
simultâneas no meio científico. São diversos os nomes dos cientistas que
estavam pesquisando o mesmo tema e que chegaram a conclusões
parecidas.
Segundo Thomas Kuhn, em sua obra "A Tensão Essencial" são doze os
cientistas que contribuíram, cada um com sua visão e linguagem própria
sobre o tema, para a construção da lei da conservação da energia. São
eles: Mayer (1842), Joule (1843), Colding (1843), Helmholtz (1847), Sadi
Carnot (1832), Marc Seguin (1839), Karl Holtzmann (1845), Hirn(1854),
Mohr (1837), William Grove (1837, 1843), Faraday (1840, 1844) e Liebig
(1844).
Para Thomas Kuhn são três os fatores mais importantes para a descoberta
simultânea do princípio da conservação da energia: a corrente
da Naturphilosophie, o desenvolvimento das máquinas térmicas, como por
exemplo os motores na era da Revolução Industrial e a disponibilidade dos
processos de conversão.
As conversões entre as energias foram de extrema importância para o
desenvolvimento da lei da conservação da energia. As descobertas sobre
as transformações da energia fizeram com que houvesse uma mudança no
modo de pensar da época, pois o que antes era visto como algo separado
passou a ter uma relação.
A evolução das engenharias, das máquinas térmicas e dos motores e o
conceito de trabalho também tiveram grande impacto para a lei da
conservação da energia. Devido a esse avanço, Joule e Mayer realizaram
experiências para quantificar a energia.
O terceiro ponto, o movimento Naturphilosophie foi uma
corrente filosófica que visava unificar todos os fenômenos. O conceito da
conservação da energia só foi possível devido à interação das áreas de
conhecimento, tais
como mecânica, termodinâmica, eletromagnetismo e fisiologia.[6][7][8]

Referências
1. ↑ «Acerca da Conservação da Energia». Centro de Competência TIC.
Consultado em 6 de fevereiro de 2012
2. ↑ Santos, Marco Aurélio da Silva. «Um Físico Chamado Galileu Galilei».
Mundo Educação. Consultado em 6 de fevereiro de 2012
3. ↑ von Mayer, J.R. (1842) "Remarks on the forces of inorganic nature"
em Annalen der Chemie und Pharmacie, 43, 233
4. ↑ Grove, W. R. (1874). The Correlation of Physical Forces (6th ed.).
London: Longmans, Green.
5. ↑ «Dinâmica Relatívística» (PDF). Universidade Federal de Santa Catarina.
Consultado em 7 de fevereiro de 2012
6. ↑ Praxedes, G.; Jacques, V. O Princípio de conservação da energia: a
convergência dos diferentes sentidos. Florianópolis, SC, 2009.
7. ↑ Martins, R.. Mayer e a conservação da energia. Campinas, SP.
8. ↑ Barros Veloso, A. J. Descobertas simultâneas e a medicina do século XX

Lei da conservação da
energia
Lei na física e química / De Wikipedia, a enciclopédia livre
Temperatura
Termodinâmica
Calorimetria
Em física, a lei ou princípio da conservação de energia estabelece que a quantidade total de energia em
um sistema isolado permanece constante. Tal princípio está intimamente ligado com a própria definição
da energia.
Mecânica clássica

Diagramas de movimento orbital de um satélite ao


redor da Terra, mostrando a velocidade e aceleração.
Cinemática
 Deslocamento

 Velocidade

 Velocidade escalar

 Aceleração

 Aceleração centrípeta

 Movimento uniforme

 Movimento uniformemente variado

 Movimento retilíneo

 Movimento parabólico

 Movimento circular

 Movimento circular uniforme

 Movimento curvilíneo

 Movimento harmônico simples

 Movimento harmônico complexo


Dinâmica
 Força

 Inércia

 Produto de inércia

 Leis de Newton

 Primeira Lei de Newton

 Segunda Lei de Newton


 Terceira Lei de Newton

 Equações de movimento

 Ressonância
História
 História da física
Trabalho e Mecânica
 Energia cinética

 Energia potencial

 Trabalho

 Conservação da energia

 Força conservativa

 Força de contato

 Função de Lagrange

 Potência

 Retropropulsão

 Princípio de Hamilton
Sistema de partículas
 Centro de massa

 Corpo rígido

 Momento linear

 Conservação do momento linear

 Equilíbrio dinâmico

 Princípio de d'Alembert
 Sistema massa-mola
Colisões
 Impulso

 Colisão elástica

 Colisão inelástica
Movimento rotacional
 Posição angular

 Deslocamento angular

 Velocidade angular

 Aceleração angular

 Momento de inércia

 Torque

 Momento angular
Sistemas Clássicos
 Sistema dinâmico

 Sistema linear

 Sistema não linear

 Sistema hamiltoniano

 Sistema caótico
Formulações
 Mecânica newtoniana

 Mecânica hamiltoniana

 Mecânica lagrangiana

 Mecânica KvN
 Equação de Udwadia-Kalaba

 Mecânica de Routhian
Gravitação
 Lei da gravitação universal

 Princípio da superposição

 Constante gravitacional

 Velocidade de escape

 Leis de Kepler

 Princípio da equivalência
Físicos
 Isaac Newton

 Leonhard Euler

 Joseph-Louis Lagrange

 Pierre-Simon Laplace

 Galileu Galilei

 William Rowan Hamilton

 Johannes Kepler

 v
 d
 e
Mecânica do contínuo

Leis
 Conservação da massa
 Conservação do momento
 Conservação da energia
 Desigualdade da entropia
Mecânica dos sólidos
Sólidos

Tensão
Deformação
Compatibilidade
Deformação finita
Deformação infinitesimal
Elasticidade linear
Plasticidade
Flexão
Lei de Hooke
Teoria de falha dos materiais
Mecânica da fratura
Mecânica do contato
Sem fricção
Friccional
Mecânica dos fluidos
Fluidos

Estática dos fluidos


Dinâmica dos fluidos
Empuxo
Equações de Navier-Stokes
Pressão
Princípio de Bernoulli
Princípio de Arquimedes
Princípio de Pascal
Turbulência
Líquidos

Tensão superficial
Capilaridade
Gases

Atmosfera
Lei de Boyle-Mariotte
Lei de Charles
Lei de Gay-Lussac
Lei combinada dos gases

Reologia
Viscosidade
Newtoniano
Não newtoniano
 Viscoelasticidade
 Fluidos inteligentes
o Magnetoreológico
o Eletroreológico
o Ferrofluidos
 Reometria
 Reômetro
Cientistas
 Bernoulli
 Boyle
 Cauchy
 Charles
 Euler
 Gay-Lussac
 Hooke
 Navier
 Newton
 Pascal
 Poiseuille
 Stokes

v 
 d
 e
Um modo informal de enunciar essa lei é dizer que energia não pode ser criada nem destruída: a energia
pode apenas transformar-se de um tipo a outro(s).
Tipos de energia
Energia compreende várias divisões com seus conceitos específicos, como energia potencial, energia
cinética, energia térmica, energia nuclear.
Por exemplo, na combustão da gasolina dentro de um motor de combustão interna, parte da energia
potencial associada às ligações químicas dos reagentes transforma-se em energia térmica, que é
diretamente associada à energia cinética das partículas dos produtos e à temperatura do sistema (que se
elevam). Pelo princípio da conservação da energia, a energia interna do sistema imediatamente antes
da explosão é igual à energia interna imediatamente após a combustão.
Deve-se ter atenção com o princípio de conservação da energia no que se refere ao escopo de sua
aplicação. Em seu sentido mais abrangente,a conservação da energia implica que se entenda a energia a
ser conservada como a energia total do sistema, em acordo com o princípio da equivalência entre massa e
energia. Assim, a massa é tratada como se energia fosse e não há lei de conservação de massa para o
sistema, apenas a lei da conservação da energia em seu sentido mais abrangente.
Ou seja, a conservação da energia, em sentido amplo, de acordo com a teoria da relatividade
restrita de Albert Einstein, diz respeito à conservação de uma grandeza que engloba massa e energia,
dentro de um sistema isolado.
No âmbito da física clássica, porém, massa e energia são entidades distintas e não relacionadas, e nestas
condições a lei da conservação da energia se divide em duas leis clássicas: a lei da conservação da energia
em seu sentido mais restrito, e a lei da conservação de massas.

História
Filósofos da Antiguidade, desde Tales de Mileto, já tinham suspeitas a respeito da conservação de alguma
medida fundamental. Porém, não existe nenhuma razão particular para relacionar isso com o que
conhecemos hoje como "massa-energia". Tales pensou que a substância era a água.
Em 1638, Galileu Galilei publicou sua análise de diversas situações - incluindo a célebre análise do
"pêndulo-ininterrupto" - que pode ser descrita, em linguagem moderna, como a conversão contínua de
energia potencial em energia cinética e vice-versa, garantido que a soma destas duas - à qual dá-se o
nome de energia mecânica do sistema - permaneça sempre constante. Porém, Galileu não mencionou o
processo usando o conceito de energia, como se conhece hoje, e não pode ser creditado pelo
estabelecimento desta lei.
Foi Gottfried Wilhelm Leibniz, no período compreendido entre 1676 e 1689, quem primeiro tentou
realizar uma formulação matemática da energia associada ao movimento (energia cinética). Leibniz
percebeu que, em vários sistemas mecânicos (de várias partículas de massa , cada qual com velocidade ),
a grandeza
era conservada enquanto as massas não interagissem. Ele chamou essa quantidade de vis viva ou força
viva do sistema. O princípio representa uma afirmação acurada da conservação de energia cinética em
situações em que não há atrito.
No entanto, alguns físicos naquele tempo consideravam que o momento linear do sistema, dado por
era a vis viva, uma vez que ele se conserva mesmo em sistemas com presença de atrito. Foi demonstrado,
mais tarde, que sob certas condições, ambas as quantidades são conservadas simultaneamente, como em
colisões elásticas.
Engenheiros, tais como John Smeaton, Peter Ewart, Karl Hotzmann, Gustave-Adolphe Hirn e Marc
Seguin objetaram que a conservação de momento sozinha não era adequada para cálculos práticos, e
faziam uso do princípio de Leibniz. O princípio foi também defendido por alguns químicos, tais
como William Hyde Wollaston.
Acadêmicos, tais como John Playfair, rapidamente apontaram que a energia cinética claramente não era
conservada. Os fundamentos desta não conservação são hoje entendidos claramente em vista de uma
análise moderna baseada na segunda lei da termodinâmica, mas nos séculos XVIII e XIX, o destino da
energia cinética perdida ainda era desconhecido.
Gradualmente foi-se suspeitando que o calor, observável através do aumento de temperatura,
inevitavelmente gerado pelos movimentos na presença de atrito, era outra forma de vis viva. Em
1783, Antoine Lavoisier e Pierre-Simon Laplace revisaram as duas teorias correntes, a vis viva e a teoria
do calórico (ou flogisto), o que, junto com as observações de Benjamin Thompson em 1798 sobre a
geração de calor durante perfuração de metal para a fabricação de canhões (em um processo
chamado alesagem), adicionaram considerável apoio à visão de que havia nítida correlação entre a
variação no movimento mecânico e o calor produzido, de que a conservação era quantitativa e podia ser
predita, e que era possível o estabelecimento de uma grandeza que se conservaria no processo de
conversão de movimento em calor.
A vis viva começou a ser conhecida como energia, depois do termo ser usado pela primeira vez com esse
sentido por Thomas Young em 1807.
A recalibração da vis viva para
o que pode ser entendido como encontrar o valor exato da constante para a conversão de energia cinética
em trabalho foi em grande parte o resultado da obra de Gustave-Gaspard Coriolis e Jean-Victor
Poncelet durante o período de 1819 a 1839. O primeiro chamou a quantidade de quantité de
travail (quantidade de trabalho) e o segundo de travail mécanique (trabalho mecânico), e ambos
defenderam seu uso para cálculos de engenharia.
No artigo Über die Natur der Wärme, publicado no Zeitschrift für Physik em 1837, Karl Friedrich
Mohr deu uma das primeiras declarações gerais do princípio da conservação de energia, nas palavras:
"além dos 54 elementos químicos conhecidos, há no mundo um agente único, e se chama Kraft [energia
ou trabalho]. Ele pode aparecer, de acordo com as circunstâncias, como movimento, afinidade química,
coesão, eletricidade, luz e magnetismo; e, a partir de qualquer uma destas formas, pode ser transformado
em qualquer uma das outras."
Uma etapa fundamental no desenvolvimento do moderno princípio de conservação da energia foi a
demonstração do equivalente mecânico do calor. A teoria do calórico afirmava que o calor não podia ser
criado nem destruído, mas a conservação de energia implica algo contraditório a esta ideia: calor e o
movimento mecânico são intercambiáveis.
O princípio do equivalente mecânico foi exposto na sua forma moderna pela primeira vez
pelo médico alemão Julius Robert von Mayer. Mayer chegou a sua conclusão em uma viagem para
as Índias Orientais Neerlandesas, onde ele descobriu que o sangue de seus pacientes possuía uma
cor vermelha mais profunda devido a eles consumirem menos oxigênio, e também consumiam menos
energia para manterem a temperatura de seus corpos em um clima mais quente. Ele tinha descoberto
que calor e trabalho mecânico eram ambos formas de energia e, após melhorar seus conhecimentos
de física, ele encontrou uma relação quantitativa entre elas.

Aparato de Joule para a medição do equivalente mecânico do calor. Um


objeto preso a uma corda causa, ao descer, um movimento de rotação numa pá imersa em água.
Entretanto, em 1843, James Prescott Joule descobriu de forma independente o equivalente mecânico do
calor em uma série de experimentos. No mais famoso, agora chamado "aparato de Joule", um objeto
preso a uma corda causava, ao descer sob a ação da força da gravidade, a rotação de uma pá imersa em
água. Ele mostrou que a energia potencial gravitacional perdida pelo objeto no movimento descendente
era igual à energia térmica (calor) dissipado na água por conta do atrito com a pá.
Durante o período de 1840 a 1843, um trabalho similar foi efetuado pelo engenheiro Ludwig A. Colding,
embora este tenha sido pouco conhecido fora de sua nativa Dinamarca.
Tanto o trabalho de Joule quanto o de Mayer sofreram inicialmente forte resistência e foram, quando
apresentados, negligenciados por muitos. No decorrer da história, entretanto, a ideia foi aceita e o trabalho
de Joule foi o que acabou por conquistar maior fama e reconhecimento.

Em 1844, William Robert Grove postulou uma relação entre energia mecânica, calor, luz, electricidade e
magnetismo tratando todas elas como manifestação de uma única força ("energia" em termos modernos).
Grove publicou suas teorias em seu livro The Correlation of Physical Forces (A Correlação de Forças
Físicas). Em 1847, aperfeiçoando o trabalho anterior de Joule, Sadi Carnot, Émile Clapeyron e Hermann
von Helmholtz chegaram a conclusões similares às de Grove e publicaram suas teorias em seu livro Über
die Erhaltung der Kraft ("Sobre a Conservação de Força", 1847). A aceitação moderna geral do princípio
decorre dessa publicação.
Em 1877, Peter Guthrie Tait afirmou que o princípio surgiu com Isaac Newton, baseado numa leitura
criativa das proposições 40 e 41 da obra Philosophiae Naturalis Principia Mathematica. Isso é agora
geralmente tratado como nada mais do que um exemplo histórico.

A primeira lei da termodinâmica


Ver artigo principal: Primeira lei da termodinâmica
Entropia é uma função de uma quantidade de calor que mostra a possibilidade de conversão daquele calor
em trabalho.
Para um sistema termodinâmico com um número fixo de partículas, a primeira lei da termodinâmica pode
ser enunciada como:
, ou de forma equivalente, ,
sendo que é a quantidade de energia acrescentada ao sistema num processo de aquecimento, é a
quantidade de energia perdida pelo sistema devido ao trabalho realizado pelo sistema sobre seus arredores
e é o aumento na energia interna do sistema.
Os deltas antes das expressões que representam calor e trabalho são usados para indicar que tais
expressões significam o incremento das respectivas medidas, o que deve ser interpretado diferentemente
de . Calor e trabalho são processos que somam ou subtraem energia, enquanto a energia interna é uma
forma particular de energia associada ao sistema. Assim, o termo energia térmica para significa "a
quantidade de energia adicionada como resultado do aquecimento", ao invés de referir o calor como uma
forma específica de energia. Do mesmo modo, o termo "trabalho" para significa "quantidade de energia
perdida como resultado do trabalho". O mais significativo corolário desta distinção é que a quantidade de
energia interna de um sistema termodinâmico pode ser observado, mas não se pode mensurar quanta
energia flue para dentro ou para fora do sistema como resultado de aquecimento ou resfriamento, nem
tampouco como resultado de trabalho realizado pelo ou sobre o sistema. Simplificando, "a energia não é
criada ou destruída, mas convertida em outra forma"
Num sistema simples, o trabalho pode ser assim enunciado:

,
sendo que é a pressão e é a pequena mudança de volume do sistema, sendo ambos variáveis de sistema.
A energia térmica poder ser escrita:
,
sendo a temperatura e a pequena mudança na entropia do sistema. Temperatura e entropia são também
variáveis de sistema.

Mecânica
Na mecânica clássica a conservação de energia é normalmente dada por

onde T é a energia cinética e V a energia potencial.

Na verdade este é o caso particular da lei de conservação mais geral

e
onde L é a função lagrangeana. Para esta forma particular ser válida, o seguinte deve ser verdadeiro:
 O sistema pode ser representado por equações que não contém a variável tempo (tanto energia cinética
quanto a potencial não são funções explícitas do tempo)
 A energia cinética é resultante de uma função quadrática em relação às velocidades.
 A energia potencial não depende das velocidades.

Teorema de Noether
Ver artigo principal: Teorema de Noether
A conservação de energia é uma característica comum em muitas teorias físicas. De um ponto de
vista matemático, é entendida como uma consequência do teorema de Noether, que afirma que
toda simetria de uma teoria física tem, a ela associada, uma quantidade conservativa; se essa simetria tem
independência temporal, então a quantidade conservada é chamada de "energia". A lei de conservação de
energia é consequência da simetria do tempo nos fenômenos físicos; a conservação de energia é
comprovada através do fato empírico de que as leis da física não se modificam com o tempo.
Filosoficamente, isso pode estabelecer que "Nada depende do tempo, por si só". Em outras palavras, se a
teoria é invariante sob a simetria contínua sobre o tempo, então a energia é conservada. Alternativamente,
teorias que não são invariantes em função do tempo (por exemplo, sistemas com energia potencial
dependente do tempo) não possuem conservação de energia - a menos que consideremos que tais sistemas
troquem energia com outros sistemas a eles externos, o que firma novamente a invariância. Assim, a
conservação da energia continua válida nos modelos mais modernos da física, como a mecânica quântica.

Relatividade
Ver artigo principal: Teoria da Relatividade
Com o advento da teoria da relatividade restrita de Albert Einstein, a energia tornou-se um componente
da energia-momento quadrivetorial. Cada um dos quatro componentes (um de energia e três de momento
linear), deste vetor, sendo que cada componente representa uma dimensão no espaço-tempo, é conservado
separadamente em qualquer referencial inercial dado. Também é conservado o comprimento do vetor
(norma de Minkowski), que é a massa de repouso.
A energia relativística de uma partícula massiva contém um termo relacionado à sua massa de repouso,
além de sua energia cinética linear. No limite de energia cinética zero (ou equivalentemente no referencial
de repouso da partícula massiva, ou o centro de momento linear para objetos ou sistemas), a energia total
da partícula ou objeto (incluindo a energia cinética em sistemas internos) está relacionada à sua massa de
repouso através da famosa equação E = mc². Assim, a regra da conservação da energia na relatividade
especial mostrou-se um caso especial de uma regra mais geral, também conhecida como a conservação de
massa e energia, a conservação da massa-energia, a conservação de energia-momento, a conservação da
massa invariante ou apenas referida apenas como conservação da energia.
Na relatividade geral, a conservação de energia-momento é expressa com o auxílio do pseudotensor de
Landau-Lifshitz.

Descobertas simultâneas
A lei da conservação da energia é um exemplo bem rico sobre descobertas simultâneas no meio científico.
São diversos os nomes dos cientistas que estavam pesquisando o mesmo tema e que chegaram a
conclusões parecidas.

Segundo Thomas Kuhn, em sua obra "A Tensão Essencial" são doze os cientistas que contribuíram, cada
um com sua visão e linguagem própria sobre o tema, para a construção da lei da conservação da energia.
São eles: Mayer (1842), Joule (1843), Colding (1843), Helmholtz (1847), Sadi Carnot (1832), Marc
Seguin (1839), Karl Holtzmann (1845), Hirn(1854), Mohr (1837), William Grove (1837,
1843), Faraday (1840, 1844) e Liebig (1844).
Para Thomas Kuhn são três os fatores mais importantes para a descoberta simultânea do princípio da
conservação da energia: a corrente da Naturphilosophie, o desenvolvimento das máquinas térmicas, como
por exemplo os motores na era da Revolução Industrial e a disponibilidade dos processos de conversão.
As conversões entre as energias foram de extrema importância para o desenvolvimento da lei da
conservação da energia. As descobertas sobre as transformações da energia fizeram com que houvesse
uma mudança no modo de pensar da época, pois o que antes era visto como algo separado passou a ter
uma relação.

A evolução das engenharias, das máquinas térmicas e dos motores e o conceito de trabalho também
tiveram grande impacto para a lei da conservação da energia. Devido a esse avanço, Joule e Mayer
realizaram experiências para quantificar a energia.
O terceiro ponto, o movimento Naturphilosophie foi uma corrente filosófica que visava unificar todos os
fenômenos. O conceito da conservação da energia só foi possível devido à interação das áreas de
conhecimento, tais como mecânica, termodinâmica, eletromagnetismo e fisiologia.
O que é o sistema não conservativo?
Uma força não conservativa é aquela cujo trabalho realizado depende não só da trajetória
descrita pelo ponto de aplicação como, também, da velocidade do corpo que se move ou de
outras grandezas.
"A conservação da energia mecânica é uma das leis da mecânica que decorrem do princípio de conservação da
energia. De acordo com a lei da conservação da energia mecânica, quando nenhuma força dissipativa atua sobre
um corpo, toda a sua energia relativa ao movimento é mantida constante. Isso equivale a dizer que a energia
cinética e a energia potencial do corpo nunca mudam.

A compreensão da lei da conservação da energia mecânica é imprescindível para a resolução de um grande


número de situações da Física que se aproximam de situações ideais, por isso esse é um dos assuntos mais
cobrados no âmbito da Mecânica nas provas do Enem.

Veja também: Tração – entenda esse outro conceito físico estudado pela Mecânica

Tópicos deste artigo

1 - O que é conservação da energia mecânica?

2 - Energia cinética

3 - Energia potencial

4 - Energia mecânica

5 - Fórmula da conservação da energia mecânica

6 - Exercícios resolvidos sobre a conservação da energia mecânica

O que é conservação da energia mecânica?

A conservação da energia mecânica afirma que toda a energia relacionada ao movimento de um corpo é mantida
constante quando não atuam sobre ele quaisquer forças dissipativas, tais como as forças de atrito e arraste.

Quando dizemos que a energia mecânica é conservada, isso significa que a soma da energia cinética com a
energia potencial é igual em todos os instantes e em qualquer posição. Em outras palavras, nenhuma porção da
energia mecânica de um sistema é transformada em outras formas de energia, como a energia térmica.
Diante do exposto, de acordo com a lei da conservação da energia mecânica, em um sistema não dissipativo,
podemos afirmar que as energias mecânicas em duas posições distintas são iguais.

EM – energia mecânica

EC – energia cinética

EP – energia potencial

Para que possamos compreender melhor o conceito da conservação da energia mecânica, é necessário saber o
que é energia cinética e energia potencial, por isso explicaremos brevemente cada um desses conceitos nos
tópicos a seguir.

De acordo com a conservação da energia, a energia mecânica do carro na figura é constante em todos os pontos.

Energia cinética

A energia cinética é a energia contida em qualquer corpo que apresente uma quantidade de movimento não nula,
isto é, desde que o corpo tenha massa e velocidade, ele será dotado de uma determinada quantidade de energia
cinética.

A energia cinética é uma grandeza escalar cuja unidade, de acordo com o Sistema Internacional de Unidades, é o
joule (J). A fórmula da energia cinética afirma que essa energia é igual ao produto entre a massa (m) e o quadrado
da velocidade (v²) dividido por 2.

m – massa
v – velocidade

EC – energia cinética

Para saber mais sobre essa forma de energia, acesse nosso artigo específico: Energia cinética.

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Energia potencial

A energia potencial é uma forma de energia que pode ser armazenada e que depende diretamente da posição em
que um corpo se encontra em relação a algum campo de força, tais como o campo gravitacional, campo elétrico e
campo magnético.

A energia potencial só pode ser acumulada em um corpo quando este estiver sujeito à ação de uma força
conservativa, isto é, uma força que aplica sempre a mesma quantidade de energia a um corpo,
independentemente do caminho percorrido.

Um exemplo de força conservativa é a força peso: se um corpo for elevado contra a ação da força peso a partir do
chão até uma certa altura, independentemente da trajetória percorrida por esse corpo, o ganho de energia
potencial dependerá exclusivamente da diferença entre as duas alturas.

Quando tratamos de exercícios sobre a conservação da energia mecânica, há dois tipos de energia potencial mais
comuns: a energia potencial gravitacional e a energia potencial elástica. A energia potencial gravitacional é a
forma de energia relativa à altura de um corpo em relação ao chão. Ela depende da massa do corpo, da
aceleração da gravidade no local e da altura

g – gravidade (m/s²)

h – altura (m)
A energia potencial elástica é aquela relacionada à deformação de algum objeto, como um elástico. Para calculá-
la, leva-se em conta o quanto o objeto foi deformado (x), bem como a constante elástica desse objeto (k), medida
em newton por metro. Se um objeto tem uma constante elástica de 800 N/m, isso indica que, para ser deformado
em um metro, esse objeto sofre a ação de uma força de 800 N. A fórmula usada para o cálculo da energia
potencial elástica é a seguinte:

Para saber mais sobre essa forma de energia, acesse nosso artigo específico: Energia potencial.

Energia mecânica

A energia mecânica é a soma das energias cinética e potencial. Em outras palavras, é toda a energia que é
relacionada ao movimento de um corpo. A fórmula da energia mecânica é a seguinte:

Fórmula da conservação da energia mecânica

A fórmula da conservação da energia mecânica é tal que a soma da energia cinética com a energia potencial seja
igual para quaisquer pontos de um sistema mecânico em que não atuem forças dissipativas.

ECi e ECf – energia cinética final e inicial

ECi e EPf – energia cinética final e inicial

Apesar de a fórmula acima ser geral e poder ser aplicada em qualquer caso em que a energia mecânica se
conserve, é preciso ressaltar que cada caso pode apresentar uma forma diferente de energia potencial. Desse
modo, a resolução de exercícios é a melhor maneira de compreendermos os diferentes casos.
Leia também: Queda livre – entenda melhor esse movimento em que não há força de atrito

Exercícios resolvidos sobre a conservação da energia mecânica

Questão 1 - Um corpo de massa m = 2,0 kg encontra-se encostado em uma mola de constante elástica igual a
5000 N/m, comprimida em 2 cm (0,02 m). Desprezando-se as forças dissipativas e com base na figura, determine
a altura atingida pelo corpo depois que a mola for liberada e assinale a alternativa correta.

(Dados: g = 10 m/s²)

a) 4 cm

b) 10 cm

c) 5 cm

d) 20 cm

e) 2 cm

Gabarito: letra C.

Resolução:

Para resolvermos o exercício, é necessário aplicar a lei da conservação da energia mecânica. Nesse sentido,
percebemos que a energia mecânica inicial é puramente potencial elástica, e a energia mecânica final é
puramente potencial gravitacional. Dessa maneira, devemos fazer o seguinte cálculo:

"
Veja mais sobre "Conservação da energia mecânica" em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/principio-
conservacao-energia-mecanica.htm

Forças Conservativas e Não-


Conservativas
Por Deivid Cezario Teixeira
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Ouça este artigo:

Você já deve ter ouvido falar alguma vez na Lei da Conservação de


Energia, ou talvez, já ouviu a famosa frase que a enuncia: “Nada se
perde, nada se cria. Tudo se transforma”.

Pois é, a tão famosa lei da conservação da Energia se resume em afirmar


que toda a Energia presente em um determinado corpo, não foi criada por
ele, muito menos poderá ser perdida, apenas transformada.

Com isso podemos falar sobre as tais forças conservativas. Em um


determinado cálculo de trabalho de uma força, podemos dizer que
o trabalho é dado pelo produto entre a força F, o deslocamento s e o co-
seno do ângulo formado entre a força F e o deslocamento s, ou em outros
termos temos que:

t = f . Δs . cos α

Se pensarmos em um trabalho onde o deslocamento não influencia em


seu valor numérico, teremos o que chamamos de forças conservativas, ou
seja, aquelas cujo trabalho independe da trajetória. A força Peso é um
exemplo de força conservativa, pois independente de qual a trajetória que
o corpo irá percorrer, o seu trabalho será dado conforme o enunciado
abaixo:

t=m.g.h

Onde m é a massa do corpo, g representa a constante gravitacional, e h a


altura em que se encontra o corpo.
Perceba que neste esquema, o corpo de massa m pode percorrer milhares
de trajetos diferentes, pois o que realmente importa é a altura que ele
está e o local gravitacional em que ele se encontra.

Pensando no oposto, as forças não-conservativas, são aquelas em que


o trabalho depende da trajetória percorrida. A força de atrito, a resistência
do ar, a força normal, todas são exemplos de forças não-conservativas.
Nesse esquema o corpo, ao percorrer um determinado espaço terá
correspondente um trabalho único, diferente de qualquer outro caso varie
o seu deslocamento.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/fisica/forcas-conservativas-e-nao-conservativas/

Arquivado em: Física, Mecânica Clássica


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Se pensarmos em um trabalho onde o deslocamento não influencia em
seu valor numérico, teremos o que chamamos de forças conservativas, ou
seja, aquelas cujo trabalho independe da trajetória. A força Peso é um
exemplo de força conservativa, pois independente de qual a trajetória que
o corpo irá percorrer, o seu trabalho será dado conforme o enunciado
abaixo:

t=m.g.h

Onde m é a massa do corpo, g representa a constante gravitacional, e h a


altura em que se encontra o corpo.

Perceba que neste esquema, o corpo de massa m pode percorrer milhares


de trajetos diferentes, pois o que realmente importa é a altura que ele
está e o local gravitacional em que ele se encontra.

Pensando no oposto, as forças não-conservativas, são aquelas em que


o trabalho depende da trajetória percorrida. A força de atrito, a resistência
do ar, a força normal, todas são exemplos de forças não-conservativas.
Nesse esquema o corpo, ao percorrer um determinado espaço terá
correspondente um trabalho único, diferente de qualquer outro caso varie
o seu deslocamento.

Lei da conservação de energia


Por Ana Carolina Bezerra da Silva
Graduação em Física (USP, 2013)

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Ouça este artigo:

Definir energia é algo um complicado. No entanto todos nós a percebemos quando a utilizamos. Quando
acendemos uma lâmpada, damos partida em um carro ou até mesmo usamos a energia dos alimentos para
realizar as atividades do dia a dia.

Mas uma série de transformações ocorreu para que a esses fenômenos acontecem, por exemplo: a queda
de água em uma usina hidrelétrica, uma explosão controlada no motor do carro e transformações
químicas nas células do nosso corpo. Ou seja, uma forma de energia se transformou em outra. E, de forma
resumida, podemos dizer que energia é o que coloca um corpo em movimento (ou na potência, na
possibilidade de um movimento, de realizar trabalho).

Sendo assim, a energia não se perde, mas sim, se transforma de um tipo em outro. E pode ser armazenada.
Essa é a chamada Lei da conservação de energia.

No caso de uma hidrelétrica, por exemplo, a água corre no rio com uma determinada velocidade e cai de
uma certa altura fazendo girar as turbinas, que transforma a energia mecânica em energia elétrica. Assim
temos:

Energia cinética (Ec): energia gerada por um corpo (de massa – m) em movimento com velocidade - v.

Ec=mv22
Caso o corpo varia sua velocidade durante o processo, temos a variação da energia cinética (ΔE):

ΔEe=Ecf−Eci
Onde, Ecf é a energia cinética final e Eci, a energia cinética inicial.

ΔEc=m2⋅(v2f−v2i)
Energia potencial gravitacional (EP): energia que pode ser gerada (potencial) por um corpo de massa - m
que se localiza a determinada altura – h . A energia se dá quando esse corpo é acelerado pela gravidade -
g.
Ep=mgh
Energia potencial elástica (EPelást): é a energia potencial em uma mola/elástico distendida ou contraída.
Quando essa mola volta a sua posição normal, gera energia.

EPelast=kx22
Onde: k é a constante elástica de restauração e x é a tanto que a mola distendeu ou contraiu.

No nosso exemplo, as energias cinética e gravitacional geraram energia elétrica, que acendeu a luz. Em
um sistema ideal, onde as energias não se perdem para o meio na forma de atrito, calor ou som (forças
dissipativas), a energia mecânica representa a energia total do sistema em suas diversas formas. Ou seja, a
ausência de forças dissipativas, a energia mecânica permanece constante, apenas se convertendo entre
cinética e potencial (gravitacional, elástica, elétrica, química, nuclear entre outras).
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/fisica/lei-da-conservacao-de-energia/

Exercícios e questões de vestibulares


Questão 01: (UFSC 2016)
A busca por alternativas energéticas para o futuro ou para locais com
poucos recursos econômicos tem levado à proposição de inovações cada
vez mais criativas, como a Soccket, mostrada na figura abaixo. A Soccket
é uma bola de futebol com um pequeno pêndulo no interior que aproveita
a energia cinética do seu movimento através de um gerador elétrico
conectado a uma bateria recarregável. A energia armazenada pode ser
usada para os mais diversos fins, como o acendimento de lâmpadas e a
recarga de baterias e dispositivos eletrônicos.

Disponível em: <http://www.greenprophet.com/2012/12/socket-a-fun-powered-energy-ball-kids-


kick-for-power/>. [Adaptado]. Acesso em: 24 set. 2015.

Com base no exposto acima e no Princípio de Conservação de Energia, é


CORRETO afirmar que:
1) quando a Soccket é chutada, realiza-se um trabalho mecânico
sobre ela.

2) apenas o trabalho mecânico determina a quantidade de


energia que é transferida ou retirada da Soccket.

4) toda energia recebida pela Soccket durante um chute é


convertida em energia elétrica.

8) a energia armazenada na Soccket é transferida para outros


dispositivos eletrônicos pelo trabalho elétrico.

16) a transformação da energia cinética em energia elétrica no


gerador elétrico da Soccket é explicada pela Lei de Faraday.

32) a função da bateria da Soccket é de aumentar a energia


elétrica produzida.
Veja a resposta desta e mais outras questões!
Questões sobre a Lei da conservação de energia - Exercícios
Arquivado em: Física, Química
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Forças Conservativas e Não-


Conservativas
Por Deivid Cezario Teixeira
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Ouça este artigo:

Você já deve ter ouvido falar alguma vez na Lei da Conservação de


Energia, ou talvez, já ouviu a famosa frase que a enuncia: “Nada se
perde, nada se cria. Tudo se transforma”.

Pois é, a tão famosa lei da conservação da Energia se resume em afirmar


que toda a Energia presente em um determinado corpo, não foi criada por
ele, muito menos poderá ser perdida, apenas transformada.
Com isso podemos falar sobre as tais forças conservativas. Em um
determinado cálculo de trabalho de uma força, podemos dizer que
o trabalho é dado pelo produto entre a força F, o deslocamento s e o co-
seno do ângulo formado entre a força F e o deslocamento s, ou em outros
termos temos que:

t = f . Δs . cos α

Se pensarmos em um trabalho onde o deslocamento não influencia em


seu valor numérico, teremos o que chamamos de forças conservativas, ou
seja, aquelas cujo trabalho independe da trajetória. A força Peso é um
exemplo de força conservativa, pois independente de qual a trajetória que
o corpo irá percorrer, o seu trabalho será dado conforme o enunciado
abaixo:

t=m.g.h

Onde m é a massa do corpo, g representa a constante gravitacional, e h a


altura em que se encontra o corpo.

Perceba que neste esquema, o corpo de massa m pode percorrer milhares


de trajetos diferentes, pois o que realmente importa é a altura que ele
está e o local gravitacional em que ele se encontra.

Pensando no oposto, as forças não-conservativas, são aquelas em que


o trabalho depende da trajetória percorrida. A força de atrito, a resistência
do ar, a força normal, todas são exemplos de forças não-conservativas.
Nesse esquema o corpo, ao percorrer um determinado espaço terá
correspondente um trabalho único, diferente de qualquer outro caso varie
o seu deslocamento.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/fisica/forcas-conservativas-e-nao-conservativas/

Arquivado em: Física, Mecânica Clássica


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Forças Não Conservativas


Ver Todos os Exercícios

Teoria
As forças não conservativas são qualquer tipo de força que atua em um sistema transformando energia
mecânica em outras formas de energia. Um exemplo muito comum do nosso dia a dia é a força de atrito!

-Beleza, mas na prática, qual é a diferença entre forças conservativas e não conservativas?

No caso das forças conservativas como, por exemplo, a força gravitacional, a trajetória não influencia
no trabalho realizado, apenas vai importar a posição inicial e a final.

Já para as forças não conservativas, a trajetória influencia no trabalho realizado!

Bora entender isso melhor?

Influência da Trajetória
Na figura abaixo você pode ver o skatista percorrendo duas pistas, ambas possuem o mesmo coeficiente
de atrito e a mesma altura, em qual delas o trabalho da será maior?

Influência da trajetória nas forças


não conservativas

Repara o seguinte aqui, ambas as pistas começam na altura e terminam em , então a gente pode dizer que
em ambas o trabalho da força gravitacional será o mesmo.

Ambas as pistas possuem o mesmo coeficiente de atrito, mas o pulo do gato está na trajetória, você
lembra como se calcula o trabalho de uma força?

Usamos a seguinte fórmula:

Onde é a força, é a distância percorrida e é o ângulo entre os dois vetores.

No nosso caso, a força de atrito está sempre contrária ao movimento, e por isso faz um ângulo de com a
distância .
Ângulo da força de atrito e a distância.

E como o º, teremos:

E o que significa esse sinal negativo no trabalho da força de atrito?

Basicamente, significa que o trabalho da é um trabalho negativo, isso é, ele irá diminuir a energia do
sistema.

Agora vamos analisar o que acontece em cada pista, na pista vamos chamar a trajetória de .

E na pista vamos chamar a trajetória de .

Como:

A gente pode dizer que:

Ou seja, a distância percorrida influencia no trabalho da força de atrito e vai influenciar no trabalho de
qualquer força não conservativa!

Variação da Energia Mecânica


-Será que as forças não conservativas vão sempre gerar um trabalho negativo e diminuir a energia do
sistema?

-NÃO!

Imagina um esquiador descendo uma rampa, e ao longo dessa rampa, a força do vento está ajudando sua
descida.
Esquiador descendo a rampa.

Nesse caso, como a força do vento está na mesma direção do deslocamento do esquiador, ela irá gerar
um trabalho dado por:

E nesse caso, o trabalho será positivo, o que indica que a energia do sistema irá aumentar, ou seja, esse
esquiador vai chegar na base dessa rampa com uma velocidade maior do que no caso onde não haveria
essa força do vento.

Como calcular a variação de energia?


O trabalho de uma força não conservativa vai ser a variação da energia mecânica do sistema:

Por isso que um trabalho positivo faz o sistema ganhar energia e um trabalho negativo faz o sistema
perder energia.

Arrumando essa equação, nós temos:

ã
ã

Bora fazer um exemplo?

Exemplo: Um carrinho com massa , desce a montanha russa com coeficiente de atrito
cinético , determine a velocidade quando o carrinho chega na altura , se inicialmente ele sai
do repouso. Depois, compare com a velocidade caso a montanha russa não possuísse atrito.

A resolução desse problema você pode conferir no vídeo abaixo! 👇

Bora praticar com exercícios?

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ca de 669,000 resultados
1.
As Principais Leis Ambientais no Brasil - IBF
https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/leis-ambientais

As leis de conservação são relações matemáticas intrínsecas a um sistema físico, que estão
relacionadas à simetria da natureza . Alguns exemplos de leis de conservação são a
1

conservação de energia, momento linear, momento angular e conservação de cargas . No Brasil,


1

existem diversas leis ambientais, como o Novo Código Florestal Brasileiro, a Lei de Crimes
Ambientais, a Política Nacional do Meio Ambiente, a Lei de Fauna, a Política Nacional de
Recursos Hídricos, o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e a Área de
Proteção Ambiental . Uma lei de conservação afirma
2

O que é a Lei de Conservação – Definição


2019-11-14 Por Nick Connor
Leis de Conservação. Uma lei de conservação afirma que uma propriedade mensurável de um sistema
físico isolado não muda à medida que o sistema evolui com o tempo. Engenharia Térmica

Leis de Conservação
Na física, uma lei de conservação afirma que uma propriedade mensurável específica de um
sistema físico isolado não muda à medida que o sistema evolui com o tempo. Essas propriedades
são algumas vezes chamadas de ” constantes do movimento “. Diz-se que essas quantidades são
“ conservadas ” e as leis de conservação resultantes podem ser consideradas os princípios mais
fundamentais da mecânica. Na mecânica, exemplos de quantidades conservadas são energia,
momento e momento angular. As leis de conservação são exatas para um sistema isolado.

A Lei da conservação da massa


A lei de conservação da massa ou o princípio da conservação da massa afirma que a massa de um
objeto ou coleção de objetos nunca muda ao longo do tempo, não importa como as partes
constituintes se reorganizem.
A massa não pode ser criada nem destruída.

Em física, a lei ou princípio da conservação de energia estabelece que a quantidade total de energia em
um sistema isolado permanece constante. Tal princípio está intimamente ligado com a própria definição
da energia.
Mecânica clássica
Diagramas de movimento orbital de um satélite ao
redor da Terra, mostrando a velocidade e aceleração.

Cinemática
 Deslocamento

 Velocidade

 Velocidade escalar

 Aceleração

 Aceleração centrípeta

 Movimento uniforme

 Movimento uniformemente variado

 Movimento retilíneo

 Movimento parabólico

 Movimento circular

 Movimento circular uniforme

 Movimento curvilíneo

 Movimento harmônico simples

 Movimento harmônico complexo


Dinâmica
 Força
 Inércia

 Produto de inércia

 Leis de Newton

 Primeira Lei de Newton

 Segunda Lei de Newton

 Terceira Lei de Newton

 Equações de movimento

 Ressonância
História
 História da física
Trabalho e Mecânica
 Energia cinética

 Energia potencial

 Trabalho

 Conservação da energia

 Força conservativa

 Força de contato

 Função de Lagrange

 Potência

 Retropropulsão

 Princípio de Hamilton
Sistema de partículas
 Centro de massa
 Corpo rígido

 Momento linear

 Conservação do momento linear

 Equilíbrio dinâmico

 Princípio de d'Alembert

 Sistema massa-mola
Colisões
 Impulso

 Colisão elástica

 Colisão inelástica
Movimento rotacional
 Posição angular

 Deslocamento angular

 Velocidade angular

 Aceleração angular

 Momento de inércia

 Torque

 Momento angular
Sistemas Clássicos
 Sistema dinâmico

 Sistema linear

 Sistema não linear

 Sistema hamiltoniano
 Sistema caótico
Formulações
 Mecânica newtoniana

 Mecânica hamiltoniana

 Mecânica lagrangiana

 Mecânica KvN

 Equação de Udwadia-Kalaba

 Mecânica de Routhian
Gravitação
 Lei da gravitação universal

 Princípio da superposição

 Constante gravitacional

 Velocidade de escape

 Leis de Kepler

 Princípio da equivalência
Físicos
 Isaac Newton

 Leonhard Euler

 Joseph-Louis Lagrange

 Pierre-Simon Laplace

 Galileu Galilei

 William Rowan Hamilton

 Johannes Kepler
 v
 d
 e
Mecânica do contínuo

Leis
 Conservação da massa
 Conservação do momento
 Conservação da energia
 Desigualdade da entropia
Mecânica dos sólidos
Sólidos

Tensão
Deformação
Compatibilidade
Deformação finita
Deformação infinitesimal
Elasticidade linear
Plasticidade
Flexão
Lei de Hooke
Teoria de falha dos materiais
Mecânica da fratura
Mecânica do contato
Sem fricção
Friccional
Mecânica dos fluidos
Fluidos

Estática dos fluidos


Dinâmica dos fluidos
Empuxo
Equações de Navier-Stokes
Pressão
Princípio de Bernoulli
Princípio de Arquimedes
Princípio de Pascal
Turbulência
Líquidos

Tensão superficial
Capilaridade
Gases

Atmosfera
Lei de Boyle-Mariotte
Lei de Charles
Lei de Gay-Lussac
Lei combinada dos gases

Reologia
Viscosidade
Newtoniano
Não newtoniano
 Viscoelasticidade
 Fluidos inteligentes
o Magnetoreológico
o Eletroreológico
o Ferrofluidos
 Reometria
 Reômetro
Cientistas
 Bernoulli
 Boyle
 Cauchy
 Charles
 Euler
 Gay-Lussac
 Hooke
 Navier
 Newton
 Pascal
 Poiseuille
 Stokes
 v
 d
 e
Um modo informal de enunciar essa lei é dizer que energia não pode ser criada nem destruída: a energia
pode apenas transformar-se de um tipo a outro(s).

Tipos de energia
Energia compreende várias divisões com seus conceitos específicos, como energia potencial, energia
cinética, energia térmica, energia nuclear.
Por exemplo, na combustão da gasolina dentro de um motor de combustão interna, parte da energia
potencial associada às ligações químicas dos reagentes transforma-se em energia térmica, que é
diretamente associada à energia cinética das partículas dos produtos e à temperatura do sistema (que se
elevam). Pelo princípio da conservação da energia, a energia interna do sistema imediatamente antes
da explosão é igual à energia interna imediatamente após a combustão.
Deve-se ter atenção com o princípio de conservação da energia no que se refere ao escopo de sua
aplicação. Em seu sentido mais abrangente,a conservação da energia implica que se entenda a energia a
ser conservada como a energia total do sistema, em acordo com o princípio da equivalência entre massa e
energia. Assim, a massa é tratada como se energia fosse e não há lei de conservação de massa para o
sistema, apenas a lei da conservação da energia em seu sentido mais abrangente.
Ou seja, a conservação da energia, em sentido amplo, de acordo com a teoria da relatividade
restrita de Albert Einstein, diz respeito à conservação de uma grandeza que engloba massa e energia,
dentro de um sistema isolado.
No âmbito da física clássica, porém, massa e energia são entidades distintas e não relacionadas, e nestas
condições a lei da conservação da energia se divide em duas leis clássicas: a lei da conservação da energia
em seu sentido mais restrito, e a lei da conservação de massas.

História
Filósofos da Antiguidade, desde Tales de Mileto, já tinham suspeitas a respeito da conservação de alguma
medida fundamental. Porém, não existe nenhuma razão particular para relacionar isso com o que
conhecemos hoje como "massa-energia". Tales pensou que a substância era a água.
Em 1638, Galileu Galilei publicou sua análise de diversas situações - incluindo a célebre análise do
"pêndulo-ininterrupto" - que pode ser descrita, em linguagem moderna, como a conversão contínua de
energia potencial em energia cinética e vice-versa, garantido que a soma destas duas - à qual dá-se o
nome de energia mecânica do sistema - permaneça sempre constante. Porém, Galileu não mencionou o
processo usando o conceito de energia, como se conhece hoje, e não pode ser creditado pelo
estabelecimento desta lei.
Foi Gottfried Wilhelm Leibniz, no período compreendido entre 1676 e 1689, quem primeiro tentou
realizar uma formulação matemática da energia associada ao movimento (energia cinética). Leibniz
percebeu que, em vários sistemas mecânicos (de várias partículas de massa , cada qual com velocidade ),
a grandeza
era conservada enquanto as massas não interagissem. Ele chamou essa quantidade de vis viva ou força
viva do sistema. O princípio representa uma afirmação acurada da conservação de energia cinética em
situações em que não há atrito.
No entanto, alguns físicos naquele tempo consideravam que o momento linear do sistema, dado por
era a vis viva, uma vez que ele se conserva mesmo em sistemas com presença de atrito. Foi demonstrado,
mais tarde, que sob certas condições, ambas as quantidades são conservadas simultaneamente, como em
colisões elásticas.
Engenheiros, tais como John Smeaton, Peter Ewart, Karl Hotzmann, Gustave-Adolphe Hirn e Marc
Seguin objetaram que a conservação de momento sozinha não era adequada para cálculos práticos, e
faziam uso do princípio de Leibniz. O princípio foi também defendido por alguns químicos, tais
como William Hyde Wollaston.
Acadêmicos, tais como John Playfair, rapidamente apontaram que a energia cinética claramente não era
conservada. Os fundamentos desta não conservação são hoje entendidos claramente em vista de uma
análise moderna baseada na segunda lei da termodinâmica, mas nos séculos XVIII e XIX, o destino da
energia cinética perdida ainda era desconhecido.
Gradualmente foi-se suspeitando que o calor, observável através do aumento de temperatura,
inevitavelmente gerado pelos movimentos na presença de atrito, era outra forma de vis viva. Em
1783, Antoine Lavoisier e Pierre-Simon Laplace revisaram as duas teorias correntes, a vis viva e a teoria
do calórico (ou flogisto), o que, junto com as observações de Benjamin Thompson em 1798 sobre a
geração de calor durante perfuração de metal para a fabricação de canhões (em um processo
chamado alesagem), adicionaram considerável apoio à visão de que havia nítida correlação entre a
variação no movimento mecânico e o calor produzido, de que a conservação era quantitativa e podia ser
predita, e que era possível o estabelecimento de uma grandeza que se conservaria no processo de
conversão de movimento em calor.
A vis viva começou a ser conhecida como energia, depois do termo ser usado pela primeira vez com esse
sentido por Thomas Young em 1807.
A recalibração da vis viva para
o que pode ser entendido como encontrar o valor exato da constante para a conversão de energia cinética
em trabalho foi em grande parte o resultado da obra de Gustave-Gaspard Coriolis e Jean-Victor
Poncelet durante o período de 1819 a 1839. O primeiro chamou a quantidade de quantité de
travail (quantidade de trabalho) e o segundo de travail mécanique (trabalho mecânico), e ambos
defenderam seu uso para cálculos de engenharia.
No artigo Über die Natur der Wärme, publicado no Zeitschrift für Physik em 1837, Karl Friedrich
Mohr deu uma das primeiras declarações gerais do princípio da conservação de energia, nas palavras:
"além dos 54 elementos químicos conhecidos, há no mundo um agente único, e se chama Kraft [energia
ou trabalho]. Ele pode aparecer, de acordo com as circunstâncias, como movimento, afinidade química,
coesão, eletricidade, luz e magnetismo; e, a partir de qualquer uma destas formas, pode ser transformado
em qualquer uma das outras."
Uma etapa fundamental no desenvolvimento do moderno princípio de conservação da energia foi a
demonstração do equivalente mecânico do calor. A teoria do calórico afirmava que o calor não podia ser
criado nem destruído, mas a conservação de energia implica algo contraditório a esta ideia: calor e o
movimento mecânico são intercambiáveis.
O princípio do equivalente mecânico foi exposto na sua forma moderna pela primeira vez
pelo médico alemão Julius Robert von Mayer. Mayer chegou a sua conclusão em uma viagem para
as Índias Orientais Neerlandesas, onde ele descobriu que o sangue de seus pacientes possuía uma
cor vermelha mais profunda devido a eles consumirem menos oxigênio, e também consumiam menos
energia para manterem a temperatura de seus corpos em um clima mais quente. Ele tinha descoberto
que calor e trabalho mecânico eram ambos formas de energia e, após melhorar seus conhecimentos
de física, ele encontrou uma relação quantitativa entre elas.
Aparato de Joule para a medição do equivalente mecânico do calor. Um
objeto preso a uma corda causa, ao descer, um movimento de rotação numa pá imersa em água.
Entretanto, em 1843, James Prescott Joule descobriu de forma independente o equivalente mecânico do
calor em uma série de experimentos. No mais famoso, agora chamado "aparato de Joule", um objeto
preso a uma corda causava, ao descer sob a ação da força da gravidade, a rotação de uma pá imersa em
água. Ele mostrou que a energia potencial gravitacional perdida pelo objeto no movimento descendente
era igual à energia térmica (calor) dissipado na água por conta do atrito com a pá.
Durante o período de 1840 a 1843, um trabalho similar foi efetuado pelo engenheiro Ludwig A. Colding,
embora este tenha sido pouco conhecido fora de sua nativa Dinamarca.
Tanto o trabalho de Joule quanto o de Mayer sofreram inicialmente forte resistência e foram, quando
apresentados, negligenciados por muitos. No decorrer da história, entretanto, a ideia foi aceita e o trabalho
de Joule foi o que acabou por conquistar maior fama e reconhecimento.

Em 1844, William Robert Grove postulou uma relação entre energia mecânica, calor, luz, electricidade e
magnetismo tratando todas elas como manifestação de uma única força ("energia" em termos modernos).
Grove publicou suas teorias em seu livro The Correlation of Physical Forces (A Correlação de Forças
Físicas). Em 1847, aperfeiçoando o trabalho anterior de Joule, Sadi Carnot, Émile Clapeyron e Hermann
von Helmholtz chegaram a conclusões similares às de Grove e publicaram suas teorias em seu livro Über
die Erhaltung der Kraft ("Sobre a Conservação de Força", 1847). A aceitação moderna geral do princípio
decorre dessa publicação.
Em 1877, Peter Guthrie Tait afirmou que o princípio surgiu com Isaac Newton, baseado numa leitura
criativa das proposições 40 e 41 da obra Philosophiae Naturalis Principia Mathematica. Isso é agora
geralmente tratado como nada mais do que um exemplo histórico.

A primeira lei da termodinâmica


Ver artigo principal: Primeira lei da termodinâmica
Entropia é uma função de uma quantidade de calor que mostra a possibilidade de conversão daquele calor
em trabalho.
Para um sistema termodinâmico com um número fixo de partículas, a primeira lei da termodinâmica pode
ser enunciada como:
, ou de forma equivalente, ,
sendo que é a quantidade de energia acrescentada ao sistema num processo de aquecimento, é a
quantidade de energia perdida pelo sistema devido ao trabalho realizado pelo sistema sobre seus arredores
e é o aumento na energia interna do sistema.
Os deltas antes das expressões que representam calor e trabalho são usados para indicar que tais
expressões significam o incremento das respectivas medidas, o que deve ser interpretado diferentemente
de . Calor e trabalho são processos que somam ou subtraem energia, enquanto a energia interna é uma
forma particular de energia associada ao sistema. Assim, o termo energia térmica para significa "a
quantidade de energia adicionada como resultado do aquecimento", ao invés de referir o calor como uma
forma específica de energia. Do mesmo modo, o termo "trabalho" para significa "quantidade de energia
perdida como resultado do trabalho". O mais significativo corolário desta distinção é que a quantidade de
energia interna de um sistema termodinâmico pode ser observado, mas não se pode mensurar quanta
energia flue para dentro ou para fora do sistema como resultado de aquecimento ou resfriamento, nem
tampouco como resultado de trabalho realizado pelo ou sobre o sistema. Simplificando, "a energia não é
criada ou destruída, mas convertida em outra forma"
Num sistema simples, o trabalho pode ser assim enunciado:

,
sendo que é a pressão e é a pequena mudança de volume do sistema, sendo ambos variáveis de sistema.
A energia térmica poder ser escrita:
,
sendo a temperatura e a pequena mudança na entropia do sistema. Temperatura e entropia são também
variáveis de sistema.

Mecânica
Na mecânica clássica a conservação de energia é normalmente dada por

onde T é a energia cinética e V a energia potencial.

Na verdade este é o caso particular da lei de conservação mais geral

e
onde L é a função lagrangeana. Para esta forma particular ser válida, o seguinte deve ser verdadeiro:
 O sistema pode ser representado por equações que não contém a variável tempo (tanto energia cinética
quanto a potencial não são funções explícitas do tempo)
 A energia cinética é resultante de uma função quadrática em relação às velocidades.
 A energia potencial não depende das velocidades.

Teorema de Noether
Ver artigo principal: Teorema de Noether
A conservação de energia é uma característica comum em muitas teorias físicas. De um ponto de
vista matemático, é entendida como uma consequência do teorema de Noether, que afirma que
toda simetria de uma teoria física tem, a ela associada, uma quantidade conservativa; se essa simetria tem
independência temporal, então a quantidade conservada é chamada de "energia". A lei de conservação de
energia é consequência da simetria do tempo nos fenômenos físicos; a conservação de energia é
comprovada através do fato empírico de que as leis da física não se modificam com o tempo.
Filosoficamente, isso pode estabelecer que "Nada depende do tempo, por si só". Em outras palavras, se a
teoria é invariante sob a simetria contínua sobre o tempo, então a energia é conservada. Alternativamente,
teorias que não são invariantes em função do tempo (por exemplo, sistemas com energia potencial
dependente do tempo) não possuem conservação de energia - a menos que consideremos que tais sistemas
troquem energia com outros sistemas a eles externos, o que firma novamente a invariância. Assim, a
conservação da energia continua válida nos modelos mais modernos da física, como a mecânica quântica.

Relatividade
Ver artigo principal: Teoria da Relatividade
Com o advento da teoria da relatividade restrita de Albert Einstein, a energia tornou-se um componente
da energia-momento quadrivetorial. Cada um dos quatro componentes (um de energia e três de momento
linear), deste vetor, sendo que cada componente representa uma dimensão no espaço-tempo, é conservado
separadamente em qualquer referencial inercial dado. Também é conservado o comprimento do vetor
(norma de Minkowski), que é a massa de repouso.
A energia relativística de uma partícula massiva contém um termo relacionado à sua massa de repouso,
além de sua energia cinética linear. No limite de energia cinética zero (ou equivalentemente no referencial
de repouso da partícula massiva, ou o centro de momento linear para objetos ou sistemas), a energia total
da partícula ou objeto (incluindo a energia cinética em sistemas internos) está relacionada à sua massa de
repouso através da famosa equação E = mc². Assim, a regra da conservação da energia na relatividade
especial mostrou-se um caso especial de uma regra mais geral, também conhecida como a conservação de
massa e energia, a conservação da massa-energia, a conservação de energia-momento, a conservação da
massa invariante ou apenas referida apenas como conservação da energia.
Na relatividade geral, a conservação de energia-momento é expressa com o auxílio do pseudotensor de
Landau-Lifshitz.

Descobertas simultâneas
A lei da conservação da energia é um exemplo bem rico sobre descobertas simultâneas no meio científico.
São diversos os nomes dos cientistas que estavam pesquisando o mesmo tema e que chegaram a
conclusões parecidas.

Segundo Thomas Kuhn, em sua obra "A Tensão Essencial" são doze os cientistas que contribuíram, cada
um com sua visão e linguagem própria sobre o tema, para a construção da lei da conservação da energia.
São eles: Mayer (1842), Joule (1843), Colding (1843), Helmholtz (1847), Sadi Carnot (1832), Marc
Seguin (1839), Karl Holtzmann (1845), Hirn(1854), Mohr (1837), William Grove (1837,
1843), Faraday (1840, 1844) e Liebig (1844).
Para Thomas Kuhn são três os fatores mais importantes para a descoberta simultânea do princípio da
conservação da energia: a corrente da Naturphilosophie, o desenvolvimento das máquinas térmicas, como
por exemplo os motores na era da Revolução Industrial e a disponibilidade dos processos de conversão.
As conversões entre as energias foram de extrema importância para o desenvolvimento da lei da
conservação da energia. As descobertas sobre as transformações da energia fizeram com que houvesse
uma mudança no modo de pensar da época, pois o que antes era visto como algo separado passou a ter
uma relação.

A evolução das engenharias, das máquinas térmicas e dos motores e o conceito de trabalho também
tiveram grande impacto para a lei da conservação da energia. Devido a esse avanço, Joule e Mayer
realizaram experiências para quantificar a energia.

O terceiro ponto, o movimento Naturphilosophie foi uma corrente filosófica que visava unificar todos os
fenômenos. O conceito da conservação da energia só foi possível devido à interação das áreas de
conhecimento, tais como mecânica, termodinâmica, eletromagnetismo e fisiologia.

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