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1) a resistência da armadura; e
2) a reação da armadura.
A Fig 2.27 e a Eq. (2.61) indicam que há agora três causas para a “queda” de tensão interna no
gerador CA, que são:
1) a resistência da armadura;
2) a reatância da armadura; e
3) a reação da armadura.
Fig.2.27: A tensão nos terminais de saída do gerador de corrente alternada é afectada por três
factores (Ra, Xa e XRA)
Vg Vt Ra . I L X a . I L X RA . I L (2.61)
Além disso, para um alternador, enquanto os dois primeiros factores sempre tendem a reduzir
a tensão, o terceiro (reação da armadura) pode tender a diminuí-la ou aumentá-la. Assim, a
regulação de tensão do gerador de corrente alternada (CA) difere da do gerador de corrente
continua (CC), em dois aspectos importantes:
A variação de tensão causada pela reacção da armadura depende do fator de potência da carga,
se é indutivo ou capacitivo. A reação da armadura afecta a intensidade do campo de corrente
continua (CC) de modo que, quando a carga é indutiva ela enfraquece o campo, e quando é
capacitiva ela fortalece o campo aumentando Vg.
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2.6 Regulação de tensão de alternador de Corrente alternada (CA)
U 0 U nom
RT (%) x100% (2.62)
U nom
onde:
RT(%) = regulação de tensão percentual;
U0 = Tensão em vazio; e
Unom = Tensão nominal.
Quando a tensão de saída não é constante, ocorre um pisca-pisca nas lâmpadas e a televisão e
outros equipamentos electrónicos não funcionam corretamente. Neste caso, são necessários
aparelhos de regulação de tensão automáticos para minimizar as quedas de tensão na saída
aumentando-se a corrente de campo. A regulação da tensão é geralmente uma função externa
do gerador.
Fig.2.28: Esquema de ligação do regulador de tensão sendo alimentado pela bobina auxiliar.
Como o tempo de regulagem entende-se por tempo transcorrido desde o início de uma queda
de tensão até o momento em que a tensão volta ao intervalo de tolerância estacionária (por
exemplo ± 0,5%) e permanece estável (“ta”, ver Fig. 2.29). O tempo exacto de regulagem
depende na prática de inúmeros factores, portanto só pode ser indicado aproximadamente.
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Fig. 2.29: Intervalo de tolerância e tempo de regulagem aproximado para excitação com e
sem escovas.
Entretanto, em alguns geradores de corrente alternada (CA) muito pequenos, o campo do rotor
é produzido por um ímã permanente.
Basicamente, podemos ter três situações para a excitação do enrolamento de campo nos
geradores síncronos CA de armadura estacionária e campo rotativo, que são:
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2.7.2 Geradores com Excitação por Escovas
Nestes geradores o campo no rotor é alimentado em corrente contínua através das escovas e
anéis coletores e a tensão alternada de saída, para alimentação das cargas, é retirada do estator
(armadura). Neste sistema normalmente o campo é alimentado por uma excitatriz chamada de
excitatriz estática. A tensão de saída do gerador é mantida constante dentro de suas
características nominais através do regulador de tensão, que verifica constantemente a tensão
de saída e actua na excitatriz estática.
Fig. 2.30: Excitação do campo realizada através de escovas e excitatriz estática (conversor CA/CC).
Nestes geradores a corrente contínua para alimentação do campo é obtida sem a utilização de
escovas e anéis coletores, utilizando somente indução magnética. Para isso o gerador possui
um componente chamado excitatriz principal, com armadura rotativa e campo estacionário. A
armadura dessa excitatriz é montada no próprio eixo do gerador. Possui também um conjunto
de diodos girantes (circuito retificador), também montado no eixo do gerador, para alimentação
do campo principal em corrente contínua. Este conjunto de diodos recebe tensão alternada do
rotor da excitatriz principal (armadura da excitatriz), tensão esta induzida pelo estator da
excitatriz principal (campo da excitatriz), que é alimentado em corrente contínua proveniente
do regulador de tensão (automático). Um esquema dos componentes montados no rotor de uma
máquina com excitação brushless é mostrado na Fig. 2.31.
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Fig. 2.31: Esquema de excitação sem escovas “Brushless” (componentes do rotor).
Fig. 2.32: A alimentação de potência do regulador de tensão é feita pela bobina auxiliary.
Nos geradores brushless, a potência para a excitação (alimentação do regulador de tensão) pode
ser obtida de diferentes maneiras, as quais definem o tipo de excitação da máquina. Esses tipos
de excitação podem ser das seguintes formas:
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Alimentação através de bobina auxiliar (ver Fig. 2.32), um conjunto auxiliar de bobinas,
independente, alojado em algumas ranhuras do estator principal da máquina (armadura
principal).
Funciona como uma fonte de potência independente para o regulador de tensão, não sujeita aos
efeitos que acontecem no estator principal da máquina. O regulador recebe tensão alternada
dessa fonte e alimenta o campo da excitatriz principal com tensão retificada e regulada.
Em vazio (com rotação constante), a tensão de armadura depende do fluxo magnético gerado
pelos pólos de excitação, ou ainda da corrente que circula pelo enrolamento de campo (rotor).
Isto porque o estator não é percorrido por corrente, portanto é nula a reação da armadura, cujo
efeito é alterar o fluxo total.
da corrente;
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do cosφ; e
das características da carga.
O campo magnético induzido produz dois pólos (gerador bipolar Fig. 2.34 (a)) defasados de
90º em atraso em relação aos pólos principais, e estes exercem sobre os pólos induzidos uma
força contrária ao movimento, gastando-se potência mecânica para se manter o rotor girando.
O diagrama da fig. 2.34 (b) mostra a alteração do fluxo principal em vazio (Φo) em relação ao
fluxo de reacção da armadura (ΦR). A alteração de Φo é pequena, não produzindo uma variação
muito grande em relação ao fluxo resultante Φ. Devido a queda de tensão nos enrolamentos da
armadura será necessário aumentar a corrente de excitação para manter a tensão nominal (fig.
2.35.
Fig. 2.35: Variação da corrente de excitação para manter a tensão de armadura constante.
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b) Carga puramente indutiva:
Neste caso, a corrente de carga (I) está defasada em 90º em atraso em relação a tensão (E), e o
campo de reação da armadura (ΦR) estará consequentemente na mesma direção do campo
principal (Φo), mas em polaridade oposta. O efeito da carga indutiva é desmagnetizante (fig.
2.3.3.a e 2.3.3.b).
Fig. 2.35: Variação da corrente de excitação para manter a tensão de armadura constante.
A corrente de armadura (I) para uma carga puramente capacitiva está defasada de 90º,
adiantada, em relação à tensão (E). O campo de reação da armadura (ΦR) consequentemente
estará na mesma direção do campo principal (Φ) e com a mesma polaridade.
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O campo induzido, neste caso, tem um efeito magnetizante (fig. 2.38 (a) e 2.38 (b).
(a) (b)
Fig. 2.38: Carga puramente capacitiva.
Fig. 2.35: Variação da corrente de excitação para manter a tensão de armadura constante
d) Cargas intermediárias:
Na prática, o que encontramos são cargas com desfasamento intermediário entre totalmente
indutiva ou capacitiva e resistiva. Nestes casos, o campo induzido pode ser decomposto em
dois campos, um transversal e outro desmagnetizante (indutiva) ou magnetizante (capacitiva).
Somente o campo transversal tem um efeito frenante, consumindo desta forma potência
mecânica da máquina accionante. O efeito magnetizante ou desmagnetizante é compensado
alterando-se a corrente de excitação.
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2.9. Reactâncias
A análise básica do desempenho transitório de máquinas síncronas é muito facilitada por uma
transformação linear de variáveis, na qual as três correntes de fase do estator ia, ib e ic são
substituídas por três componentes, a componente de eixo direto id, a componente de eixo em
quadratura iq, e uma componente monofásica io, conhecida como componente de seqüência
zero (eixo zero).
Para operação equilibrada em regime permanente (fig 2.5.1), io é nula (não sendo discutida,
portanto).
Fig. 2.40: Pólo saliente de uma máquina com as barras do enrolamento amortecedor.
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Fig. 2.41: Corrente de Armadura Simétrica em Curto-Circuito em uma MS.
(2.63)
onde:
E = Valor eficaz da tensão fase-neutro nos terminais do gerador síncrono, antes do
Curtocircuito;
I'' = Valor eficaz da corrente de curto-circuito do período sub-transitório em regime
permanente. Seu valor é dado por:
(2.64)
.
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Reatância transitória (Xd’)
É o valor de reatância da máquina correspondente à corrente que circula na armadura após o
período sub-transitório do curto-circuito, perdurando por um número maior de ciclos (maior
tempo).
Seu valor pode ser obtido dividindo-se a tensão na armadura correspondente ao início do
período transitório pela respectiva corrente, nas mesmas condições de carga.
(2.65)
onde:
E = Valor eficaz da tensão fase-neutro nos terminais do gerador síncrono, antes do
Curtocircuito;
(2.66)
Reatância síncrona (Xd)
É o valor da reatância da máquina correspondente a corrente de regime permanente do curto-
circuito, ou seja, após o término do período transitório do curto. Seu valor pode ser obtido pela
tensão nos terminais da armadura ao final do período transitório do curto dividido pela
respectiva corrente.
(2.67)
onde:
E = Valor eficaz da tensão fase-neutro nos terminais do gerador síncrono, antes do
curtocircuito.
I = Valor eficaz da corrente de curto-circuito em regime permanente. Seu valor é dado por:
(2.68)
A importância do conhecimento destas reatâncias está no facto de que a corrente no estator
(armadura) após a ocorrência de uma falta (curtocircuito) nos terminais da máquina terá valores
que dependem destas reatâncias.
Assim, pode ser conhecido o desempenho da máquina diante de uma falta e as consequências
daí originadas.
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gerador síncrono é o único componente do sistema eléctrico que apresenta três reatâncias
distintas, cujos valores obedecem à inequação:
(2.69)
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