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CONVERSÕES ENERGÉTICAS I

MÉTODO DE CONVERSÃO ELETROMECÂNICO


Máquinas síncronas

Apresenta velocidade constante para frequência constante

Enrolamento de campo: no rotor (parte rotacionária)


Enrolamento de armadura: no estator (parte estacionária)

Rotor: uma velocidade constante em regime permanente ( principal


característica para estas máquinas)

Campo magnético girante (interação entre as forças magneto motrizes


devido às correntes alternadas senoidais trifásicas): gira à mesma velocidade
do rotor
Velocidade de rotação do rotor e do campo magnético girante: velocidade
síncrona

Enrolamento de campo: alimentado com corrente contínua

fluxo magnético no entreferro

Alimentação: dois anéis coletores girantes, localizados no eixo do rotor, que


fazem contato com escovas fixas

Excitação: rede de corrente contínua ou por uma rede de corrente alternada


retificada.
Máquina síncrona: enrolamento trifásico no estator (parte fixa)
enrolamento de corrente contínua no rotor (pa

Esquema elétrico de uma máquina síncrona

Máquinas síncronas: são máquinas rotativas que produzem corrente


alternada (CA)

CA: produto do princípio da indução magnética, tal como nos dínamos.


(O alternador pode ser visto como um dínamo sem coletor)
Máquina síncrona: geradores (alteradores) ou motores

Alternador: designação genérica dada a qualquer gerador que gere tensão


alternada, sendo o mesmo classificado como síncrono ou assíncrono
(minoria).

Gerador: excitamos o rotor e aplicamos força mecânica para que o campo


magnético no rotor corte as bobinas no estator, tendo a tensão alternada
trifásica gerada.

Motor: aplicar tensão trifásica ao estator, em que é produzido um campo


girante com freqüência determinada pela rede e velocidade de acordo
com a freqüência e o número de pólos do enrolamento. Ao rotor aplicamos
tensão contínua para produzir um campo magnético fixo que acompanha
o campo girante fielmente.
Aplicações

- Gerador: centrais elétricas, independente do seu tipo (hídrica, a carvão,


a diesel, etc...)
-Unidades geradoras em usinas hidroelétricas, usinas nucleares ou
termoelétricas;
- Praticamente toda a energia elétrica disponível é produzida por geradores
síncronos em centrais elétricas; eles convertem, assim energia mecânica
em elétrica.
- Motores síncronos de grande porte: bombas e em aplicações de potência
fracionaria como relógios elétricos, temporizadores e outras aplicações.
- Na indústria, os motores síncronos são utilizados em aplicações em que a
velocidade constante é necessária.
- Geradores síncronos: geração de energia elétrica em centrais de pequeno
porte e em grupos geradores de emergência, os quais são instalados em
indústrias, hospitais, aeroportos, etc...
Excitatriz

Fonte responsável pelo fornecimento da energia para o enrolamento de


campo na máquina síncrona.

As tensões de fornecimento variam de 50 a 1.500V, e as potências das


excitatrizes situam-se entre 1 a 5% da potência da máquina.

Excitatriz rotativa

Excitatriz Estática

Excitatriz sem escova


Excitatriz rotativa
-Geralmente geradores cc shunt derivação ou geradores cc com excitação de
campo composta.
-Montadas no eixo da máquina principal, fornecendo alimentação contínua
ao enrolamento de campo através de escovas e anéis coletores.
- Resposta lenta, possui elevado nível de rádio-interferência e necessita de
manutenção nas escovas e no comutador do gerador de corrente contínua.
Excitatriz Estática
-Consiste em um regulador eletrônico, composto de uma ponte tiristorizada
(dispositivos que fazem a conversão de uma tensão alternada em uma
tensão contínua ) e circuitos de comando e controle, capaz de fornecer a
excitação necessária ao enrolamento de campo da máquina síncrona
através de anéis coletores e escovas.
-Uma das mais utilizadas atualmente.
- Resposta rápida às variações sentidas na tensão de saída do gerador.
- Possui elevado nível de rádio-interferência e distorção harmônica da tensão
de saída.
Excitatriz sem escovas
- Princípio de funcionamento: baseado na lei da indução eletromagnética.
-O campo da excitatriz é fixo e montado em torno do eixo da máquina,
sendo a armadura da excitatriz montada sobre o eixo.
- Ao executar o movimento de rotação, o campo magnético na armadura da
excitatriz varia, induzindo uma fem alternada em suas bobinas.
- Esta fem alternada é retificada através de uma ponte de diodos rotativa
e alimenta o enrolamento de campo principal da máquina síncrona.
Motores síncronos

Termo síncronos (sin = mesmo e cronos = tempo)

Sincronismo: relaciona a velocidade do campo girante criado pela fonte AC


com a velocidade do rotor

rotor gira na mesma velocidade que o campo girante no arranjo normal das
máquinas síncronas

Motores síncronos: enrolamento no estator que produzem um campo


magnético rotativo e o circuito do rotor de um motor síncrono é excitado
por uma fonte cc.
Rotor: engata na mesma rotação do campo magnético rotativo e o
acompanha com a mesma velocidade. Se o rotor sair do sincronismo com o
campo rotativo do estator, não se desenvolve nenhum torque e o motor pára.
Motor síncrono desenvolve torque somente quando gira na velocidade de
sincronismo, ele não tem partida própria

precisa de algum dispositivo que faça o rotor girar na velocidade de


sincronismo

Motor síncrono pode iniciar o movimento de rotação de duas formas:


-Utilizando uma fonte de alimentação com freqüência variável (inversor de
freqüência)
O motor parte com uma freqüência baixa, de maneira que o rotor consegue
acompanhar o campo magnético girante.
-Motor de indução monofásico: enrolamento de campo não é excitado
durante a partida e um enrolamento auxiliar é providenciado de modo a
estabelecer um torque de partida semelhante ao que ocorre com o motor
de indução monofásico

Normalmente se utiliza outro motor acoplado ao eixo do motor síncrono


para imprimir velocidade ao motor síncrono até atingir 90% da velocidade do
campo girante no estator.

Então o motor auxiliar é desacoplado e o motor síncrono busca a sincronia


com o campo magnético no estator e toma o controle da situação.
Freqüência das tensões geradas na armadura (estator): definidas pela
velocidade do rotor
Partes básicas do motor síncrono

a) Induzido ou armadura (estator):


Com enrolamento trifásico distribuído em ranhuras.

b) Indutor (rotor):
Com enrolamento de campo de excitação com excitação cc.
Esse enrolamento é conectado a uma fonte externa por meio de anéis e
escovas.
Dependendo da construção do rotor: rotor cilíndrico (ou pólos lisos) ou
pólos salientes.
c) Conjunto de escova e anéis. :Têm por função conectar a fonte de corrente
contínua com os pólos do rotor.
Tratando-se de componentes que se desgastam e que podem produzir
faíscas e interferência eletromagnética

d) Carcaça. :Sua função principal é apoiar e proteger o motor, alojando


também o pacote de chapas e enrolamentos do estator.
Podem ser construídas nos tipos horizontal e vertical e com grau de
proteção de acordo com as necessidades do ambiente.
e) Eixo:
Os eixos são fabricados de aço forjado ou laminado e usinados e tem
como função apoiar as bobinas do rotor.

1 Cubo do rotor
2 Aranha
3 Pólos
4 Eixo
5 Enrolamento de campo
6 e 7 Enrolamento amortecedor
f) Mancais de rolamento ou deslizamento:
Mancais de rolamentos: rolamentos de esferas ou de rolos cilíndricos,
dependendo da rotação e dos esforços axiais e radiais a que são submetidos.

Mancais de deslizamento: lubrificados naturalmente (autolubrificáveis) ou


lubrificados de forma forçada (lubrificação externa).

Os mancais têm a função de sustentarem o rotor na estrutura da máquina


síncrona e permitirem que o rotor gire de forma livre.
Fator de potência

Característica importante do motor síncrono: pode solicitar da rede uma


corrente em atraso ou em avanço, dependendo do controle da corrente de
campo.
Através do controle desta corrente de campo, é possível corrigir o fator de
potência de uma determinada planta industrial.
Fator de potência (FP): índice que demonstra se a utilização da energia é
eficiente e se existem possibilidades de melhoria.
O conhecimento e o gerenciamento desses índices proporciona maior
eficiência e segurança às instalações e equipamentos, além da redução do
custo com a energia elétrica.
Energia elétrica: força motriz de máquinas e equipamentos elétricos.
Utilizada de duas formas distintas: a energia ativa e a energia reativa.
Energia ativa: que realmente executa as tarefas, isto é, faz os motores
girarem, realizando o trabalho do dia a dia.
E energia reativa: forma um campo magnético necessário para que o
eixo dos motores possa girar. A energia reativa está presente em:
motores, transformadores, reatores,lâmpadas fluorescentes, etc.
Se efetuarmos a composição destas duas formas de energia, achamos a
energia aparente ou total.
Resumindo: fator de potência é um índice que indica quanto da energia foi
utilizada em trabalho e quanto foi utilizada em magnetização.
FP= 0: fluxo de energia é inteiramente reativo, e a energia armazenada é
devolvida totalmente à fonte em cada ciclo
FP= 1, toda a energia fornecida pela fonte é consumida pela carga.
De modo geral o fator de potência (FP) de um sistema elétrico qualquer,
que está operando em corrente alternada (CA):

Sendo:
FP: fator de potência
P: potência ativa (W)
S: potência aparente (VA)

Potência aparente:
Definida como o produto entre a tensão e a corrente que é fornecida ao
motor elétrico e é expressa em volt-ampère (VA).
Para circuitos monofásicos:

Para circuitos trifásicos:


sendo V a tensão e a I corrente que é fornecida ao motor elétrico.
Potência ativa:
Definida como a parcela de potência que o motor realmente converte em
energia mecânica, utilizada para acionar a carga, associada às perdas
internas.
Para circuitos monofásicos:

Para circuitos trifásicos:

sendo θ o ângulo de fase entre as de ondas de corrente e tensão.

Potência reativa:
Definida como a parcela de potência associada à magnetização dos circuitos
magnéticos e é expressa em volt-ampère reativo (VAr).
Para circuitos monofásicos:

Para circuitos trifásicos:


Triângulo de potências:
Recurso gráfico utilizado para representar as três potências: aparente, ativa
e reativa.

O fato da potência ativa e potência reativa representarem grandezas


diferentes requer que elas estejam dispostas em eixos de referência distintos.
É comum então representarmos graficamente a potência ativa na direção
horizontal e a potência reativa na direção vertical.
A potência aparente é a soma vetorial das duas primeiras:

θrepresenta o ângulo de defasagem entre a tensão e a corrente em


um circuito elétrico em corrente alternada

Matematicamente:
Embora seja comum dizer-se que o fator de potência do motor foi
corrigido, isto não é correto.

O que se corrige é o fator de potência no ponto da rede onde está


conectado o motor.

O motor continuará exigindo a mesma potência ativa e a mesma potência


reativa para executar seu trabalho. Assim, o motor continuará,
individualmente, com um fator de potência abaixo do permitido.

Entretanto, a rede neste ponto – conjunto motor e banco de


capacitores – possui fator de potência elevado.
Controle da velocidade do motor síncrono
Controle de velocidade do motor síncrono: variação da frequência de
alimentação.
Para qualquer frequência fixa: velocidade de rotação é constante, a menos
que o motor perca sincronismo.
Dois métodos empregados para controle da velocidade do motor síncrono:
-Velocidade é controlada diretamente através da variação do par tensão
e frequência de alimentação do motor síncrono.
-A frequência é ajustada através do controle da velocidade do motor em
malha fechada e o motor é dito autocontrolado.
Para controle da velocidade através da variação da frequência e da
tensão utiliza-se comumente um inversor de frequência
Vantagens e desvantagens do motor síncrono
Geradores síncronos

Gerador síncrono: aspectos construtivos similares ao motor síncrono


(máquina síncrona), e sendo assim, diferem apenas na forma de serem
empregados.

Gerador: velocidade de seu eixo estabelecida por uma máquina primária


fornecendo energia elétrica com tensões e correntes alternadas para que
ambas as operações sejam possíveis, é necessário que a máquina seja
excitada utilizando-se de uma fonte de energia elétrica contínua.

Aplicações dos geradores síncronos (alternadores): praticamente toda a


geração de energia elétrica mundial ocorre empregando este tipo de
máquina elétrica.
Princípio de funcionamento do gerador síncrono monofásico

Espira em um campo magnética uniforme, criado pelos pólos norte e sul.


Sendo o fluxo constante e girando-se a espira com uma velocidade angular
ω definida, resulta em movimento entre a espira e o campo.
Desta forma pela lei de Faraday, nos terminais desta espira será induzida
uma tensão, a qual poderá ser aplicada a um circuito externo através de
anéis coletores e escovas.
Analisando o fluxo e adotando a espira como referência, podemos dizer que
este é variável no tempo:

Tensão induzida:
Princípio de funcionamento do gerador síncrono trifásico
O emprego do gerador monofásico é restrito a poucos casos, sendo os
trifásicos os mais utilizados.
Em princípio, pode-se considerar que o alternador trifásico: composto por
três monofásicos iguais construídos em uma mesma máquina, dispostos a um
ângulo a 120° elétricos um do outro.

Enrolamentos A-A’, B-B’ e C-C’: três geradores monofásicos independentes


(ou fases), tem-se como resultado a indução de três tensões distintas.
O zero de cada uma das fases se dará a 120° das tensões induzidas nos
enrolamentos.
Por outro lado, para que as tensões sejam simétricas o número de
espiras do enrolamento de cada fase deve ser igual.

Máquina em operação: tensão gerada poderá ser alternada apenas se


houver atuação na velocidade do rotor e do fluxo magnético, o qual por sua
vez depende da corrente de excitação (ou de campo) para que haja
circulação de corrente nos enrolamento, eles poderão ser conectados em
delta ou, geralmente, em estrela.
Máquinas reais: enrolamentos são distribuídos de tal modo que se obtenha
uma forma de onda de tensão o mais próximo possível da senoidal.

As tensões induzidas nos enrolamentos de um gerador trifásico têm a forma


parecida com as ondas senoidais:
Partes básicas do gerador síncrono
a) Conjunto de escova e anéis:

Têm por função conectar a fonte de corrente contínua com os pólos do


rotor.

Tratando-se de componentes que se desgastam e que podem produzir


faíscas e interferência eletromagnética, em geral se empregam geradores
com excitação sem escovas, denominados geradores brushless.
b) Estator. :
O estator da máquina síncrona é muito semelhante ao de um motor de
indução.
É composto de chapas laminadas dotadas de ranhuras axiais onde é alojado
o enrolamento do estator (enrolamento da armadura).
Em geral as máquinas síncronas são trifásicas, sendo que geradores
monofásicos são mais utilizados em pequenas potências, ou quando não
existe uma rede trifásica disponível.
Estator: fica alojado o enrolamento da armadura e é deste enrolamento
que se fornece a tensão do gerador para uma carga.
c) Rotor:

Consiste nas partes ativas giratórias é formado de chapas laminadas


justapostas que em geral são do mesmo material que o estator.

Do ponto de vista construtivo existem dois tipos básicos de rotores:


rotores contendo pólos salientes e rotores contendo pólos lisos.

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