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Disciplina de Conversão e Máquinas

Unid. 3 – Máquinas Síncronas


Rev. 0 – Inicial.

João Marcos B. Dantas


Lucas Pereira

Centro Universitário UNA


Belo Horizonte – Minas Gerais
Características Principais
Máquinas Síncronas:
 Velocidade Mecânica = Velocidade Síncrona
 Elevado rendimento
 Duplamente Excitada: como motor temos excitação no
campo e na armadura
 Enorme aplicação como gerador
 Motores: velocidade constante
 Controle do fator de potência: adiantado ou atrasado
(corrente de campo)
Construção – Máquina Síncrona

Rotor Pólos
Salientes
com ou sem
anéis e escovas

Estator: mesmo Rotor Pólos


princípio motor Cilíndricos
assíncrono
Construção – Máquina Síncrona

Estator:
• Segue a construção da máquina assíncrona.
• Maior parte dos casos comporta o enrolamento de
armadura, alojado em ranhuras do núcleo do estator.
• Entreferro deve ser mínimo e constante: redução das
perdas por dispersão.
• Alimentação em CA trifásica: Campo magnético girante.
Construção – Máquina Síncrona
Rotor:
• Comporta o enrolamento de campo.
• Aplicação de corrente contínua CC, fluxo constante.
• Núcleo ferromagnético sem grande preocupação com
perdas pois o fluxo é constante.
• Interação dos fluxos de 2 fontes excitatrizes:
estator/rotor.
Construção – Máquina Síncrona
Rotor – Alimentação do Campo:
• Fonte CC externa: uso de escovas e anéis coletores –
manutenção, custo elevado e complexidade
• Imãs permanentes: potências menores
• Rotor Brushless, Excitatriz: geração de própria excitação
através de enrolamento acoplado ao eixo do motor,
com seu próprio campo.
Sem uso de escovas. Retificação
através de diodos.
N Estator Máq Sinc. (principal)

Rotor Máq. Síncrona


(principal)

S Estator Máq Sinc. (principal)

Estator Excitatriz
(CC – campo fixo)
Construção – Máquina Síncrona
Rotor:
• Pólos salientes ou pólos cilíndricos/lisos
Campo Magnético Girante
CAMPO GIRANTE NA MAQUINA SÍNCRONA
• Fluxo magnético produzido pelo
enrolamento de campo (rotor) alimentado
em corrente contínua;
• Rotor gira à velocidade constante acionado
pela máquina primária, e cria no estator
uma onda de fluxo variável, a qual possui
uma frequência diretamente relacionada à
velocidade do rotor e de amplitude
relacionada à excitação do enrolamento de
campo.
Relação biunívoca entre frequência elétrica e velocidade
mecânica do rotor
Campo Magnético Girante
Análise para gerador de 2 polos:
Frequência e velocidade rotacional
GERADOR DE 2 POLOS
Tensão gerada passa por um
semiciclo toda vez que pólos do
mesmo tipo (norte ou sul) se
posicionam coincidentes com
um terminal do enrolamento de
armadura.
A rotação do rotor da máquina
de dois pólos corresponde a um
ciclo completo da onda de
tensão induzida.
Campo Magnético Girante

Frequência e velocidade rotacional Análise para gerador de 4 polos:


GERADOR DE 4 POLOS

Um ciclo completo da tensão


gerada é alcançado apenas com
meia rotação do rotor.

Uma rotação completa do rotor


corresponde a dois ciclos da
onda de tensão induzida.
Campo Magnético Girante
A relação entre frequência e velocidade rotacional segue
em função do número de polos da máquina:
𝑃
𝜔𝑒 = ∗ 𝜔𝑚
2 120𝑓
𝑃 𝑛𝑠 𝑛𝑠 =
𝑓= ∗
2 60
𝑃
Onde:
f = frequência do campo (Hz);
P = polos da máquina;
ns = velocidade SÍNCRONA
ωe = frequência angular da tensão (rd/s) ωm = velocidade mecânica (rd/s)
Construção – Máquina Síncrona
Rotor:
a) Rotores de polos lisos ou cilíndricos: utilizados em máquinas de
alta velocidade. Menor quantidade de pólos. Eles possuem uma
pequena circunferência quando comparados aos rotores de
pólos salientes. Possuem grande comprimento axial.
Exemplo: Geradores de termelétricas (turbogeradores)
Construção – Máquina Síncrona
Rotor:
b) Rotores de polos salientes: Empregados em alternadores de
velocidade média ou baixa. Requerem uma grande quantidade
de pólos. Possuem pequeno comprimento axial, mas com
armadura do estator de grande circunferência.
Exemplo: Geradores de hidrelétricas
Construção – Máquina Síncrona
Rotor - Enrolamento amortecedor:
 Inércia do rotor: não acompanha campo girante na partida.
 Barras inseridas sobre as sapatas polares, ou superfície do rotor
liso, para que levem o motor à velocidade próxima da síncrona,
utilizando o princípio do motor assíncrono, rotor gaiola.
 Atingido o sincronismo, efeito
sobre a barra desaparece (sem
variação do fluxo).
 Estabiliza a máquina na ocorrência
de variação brusca da carga.
 Outras opções de partida: motor
auxiliar, inversor de frequencia.
Gerador Síncrono
 Fonte de tensão - Fornece portanto potência à uma carga
 Frequência: determinada pela rotação/velocidade da força motriz
 Amplitude: Em função da frequência e da corrente de campo
E α f E αφ
 Motor: conjugado eletromecânico atua a favor da rotação, contra
o conjugado resistente da carga.
 Gerador: conjugado eletromecânico atua contra a rotação, contra
o conjugado aplicado ao eixo.
Gerador Síncrono - Funcionamento

Corrente Contínua
Campo - Rotor Tensão Induzida
Campo girante
Rotor Estator
Torque/Giro
entrada no Rotor
Corrente Induzida
Alimentação cargas
Isolado: Maior carga elétrica, maior o torque induzido,
menor rotação, menor frequência e tensão de saída
Atuação na velocidade do rotor: controle da frequência Força sobre Rotor
e do módulo da tensão
Atuação na corrente de campo: controle do módulo da
tensão Torque Induzido
Rotor: Oposto
Referências Bibliográficas

 DEL TORO, V. Fundamentos de Máquinas Elétricas.


Rio de Janeiro: LTC, 2009
 FITZGERALD, A. E. Máquinas Elétricas: com
Introdução Eletrônica de Potência. 6a. Ed. São Paulo:
Bookman, 2006
 KOSOW, I. Máquinas Elétricas e Transformadores. São
Paulo: Globo, 1993

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