Você está na página 1de 117

Temas a discutir

 Classificação das fontes de potência


(Fontes estáticas e rotativas; tecnologia)
 Características eléctricas das fontes de potência
(Curvas características externas estáticas e dinâmicas;tensão em
vazio)
Relação entre característica externa e o processo de
soldadura
(Característica horizontal, mergulhante e vertical; Curva de
estabilidade do arco nos principais processos de soldadura;o ponto
de trabalho)
 Controle da característica externa
Temas a discutir

 A tecnologia dos inversores (INVERTERS)

 Fontes de potência controladas por CPU

 Fontes de potência AC e DC
(Formas de onda: rectangular, sinusoidal)

Factor de marcha – Valores típicos dos vários


processos
Temas a discutir

 Os cabos de soldadura
(Relação entre corrente de soldadura e a secção dos cabos; perdas de
tensão)

 Corrente pulsada

Escorvamento do arco eléctrico;subida e descida da


corrente; pré e pós-gós de protecção

 Meios de controle dos parâmetros de soldadura


Resultados esperados

 Conhecer as características das fontes de potência,


quer em AC como DC, e os dispositivos de controle
mais usados.
 Conhecer as características externas das fontes de
potência, estáticas e dinâmicas, ponto de trabalho e
controle da estabilidade do arco.
 Conhecer o significado de U0, Icc, factor de marcha,
cabos de soldadura e seu correcto dimensionamento.
 Compreender a diferença entre as características das
diferentes fontes de potência e os processos de
soldadura.
Fontes de Potência

Principais requisitos:
1. Fornecer aos terminais uma tensão suficiente para
escorvar e manter o arco;
2. Fornecer com aquela tensão, uma intensidade regulável
entre os dois limites fixados pela natureza do trabalho a
efectuar;
3. Possuir características estáticas e dinâmicas favoráveis
à estabilidade do arco;
4. Poder ter características secundárias que podem ser
importantes: mobilidade,controlo remoto, regulação fina
da corrente, etc.
Fontes de Potência – Tema 1.5 – 6/122
Evolução das fontes de potência

1. Bateria DC
2. Transformador AC (SER/TIG)

3. Gerador de soldadora DC (SER/TIG)

4. Rectificador regulação por saltos DC (MIG/MAG)

5. Rectificador com Transdutor DC (SER/TIG)

6. Rectificador com Tiristores DC

(SER/TIG7MIG-MAG,MIG PULSADO)
7. Inversores DC-AC
(SER/TIG/MIG-MAG,MIG PULSADO)
Classificação das fontes de potência

1. Quanto ao tipo
2. Quanto à forma de corrente
3. Quanto à alimentação
4. Quanto à característica estática
5. Quanto à tecnologia
6. Quanto ao processo de soldadura
7. Quanto à utilização
Classificação das fontes de potência

1 - Quanto ao tipo:

 - Estáticas:
Requerem sempre alimentação de energia
eléctrica, não têm “acessórios” em movimento,
podem ser convencionais ou inversores

 - Rotativas:
Produzem a energia eléctrica usada em soldadura
Classificação das fontes de potência

Tipo estático:

1. Transformador de soldadura (AC)


2. Rectificadores de Soldadura (DC)
3. Transformador-Rectificador de soldadura (AC-DC)
Estes equipamentos podem ser convencionais ou
inversores
Classificação das fontes de potência

CARACTERÍSTICAS DAS FONTES ESTÁTICAS


 Custo inicial baixo
 Tempo de vida longo
 Robustez variável
 Baixos níveis de manutenção
 Os primeiros equipamentos pouco fiáveis e com
deficiências nos sistemas de controlo e comando
 A nova geração (inversores) muito fiáveis e com muito
bom controlo de parâmetros
Classificação das fontes de potência

CARACTERÍSTICAS DAS FONTES ESTÁTICAS


(continuação)
 Boa estabilidade e fiabilidade nos equipamentos de
controlo electrónico (última geração, anos 70)
 Permitem utilizar os dois tipos de corrente (DC e AC)
 Nos anos 80, nova geração denominada inversores,
compactos, alto rendimento, controlados por
microprocessadores, alguns problemas de manutenção
 Principal aplicação trabalho em oficina
Classificação das fontes de potência

TRANSFORMADORES

~ ~
Entrada Saída
AC (Monofásica ou Trifásica) AC
 Fornece corrente alterna
 Equipamentos de baixo custo
Apresentam os maiores problemas de estabilidade do arco-
eléctrico (fiabilidade e estabilidade)
Controlo de parâmetros electromecânico (variação do entre-
ferro ou alteração do nº. de espiras no secundário)
 Controlo de parâmetros electromagnético
Fontes de Potência – Tema 1.5 –13/122
IF – GS - Rev. 1 (2012-10-25)
Classificação das fontes de potência

Transformadores de soldadura:
 Tecnologicamente simples = Baixo preço
 Baixa manutenção
 Os pequenos transformadores (<10 Kva) são utilizados
em trabalhos de serralharia e na pingagem de peças e
apenas com eléctrodos de rutilo (Uo<50 volts)
 Os grandes transformadores (>20 Kva) são usados na
soldadura de aços carbono e aços com Níquel com Is
elevadas e na soldadura por arco submerso (não
provocam o sopro magnético)
 São utilizados na soldadura TIG do Alumínio
Fontes de Potência – Tema 1.5 – 14/122
(10<P<20 Kva)
Classificação das fontes de potência

Transformadores de soldadura :
(Inconvenientes)

 Não podem utilizar todos os tipos de eléctrodos


 Necessitam de arco curto para manter a estabilidade
 Mau rendimento eléctrico
 Provocam desequilíbrios na rede eléctrica
 Muito sensíveis ás variações na rede eléctrica
 Não são indicados para a soldadura de materiais não
ferrosos e inoxidáveis
 A regulação da corrente de soldadura é pouco precisa
Classificação das fontes de potência

Transformador de soldadura:

Baixa potência: 4 Kva


Regulação da corrente: shunt magnético
Corrente soldadura: 35-150 A
Alimentação monofásica
Tensão em vazio: 52 volts
Portátil: 24 Kgs
Classificação das fontes de potência

RECTIFICADORES

~ ~ ~
Entrada Saída
AC (Monofásica ou Trifásica) AC rectificada

 Fornece corrente alterna rectificada a onda completa ou meia


 Equipamentos de médio custo
Apresentam presentemente muito boa estabilidade do arco-
eléctrico (fiabilidade e estabilidade)
Controlo de parâmetros electromagnético, electrónico ou por
microprocessador, permitem a utilização de controlos remotos
Classificação das fontes de potência

Rectificador com regulação electrónica da corrente (SER


e TIG)
Classificação das fontes de potência
RECTIFICADORES

 Tipos de Rectificadores: Convencionais e Inversores


 Convencionais:
 Controlo electromagnético por Tiristores de Selénio (1940)
 Controlo electroma. por Tiristores Germano/Silício (1960)
 Controlo electrónico por Triacs (desde 1970)
 Controlo electrónico por Transistores e por Microprocessador
 Inversores (desde 1980):
 Controlo electrónico por Transistores Bipolares
 Controlo por Transistores tipo Mosfets ou IGBTs
 Controlo electrónico e por Microprocessador
Classificação das fontes de potência

Rectificadores de soldadura:
Vantagens
 Podem trabalhar com todo o tipo de eléctrodos.
 Electricamente equilibradas.
 Baixa manutenção.
 Alguns modelos permitem uma regulação fina da
corrente.
 Alguns modelos permitem a utilização de controlo remoto.
 Têm melhor rendimento eléctrico que os transformadores.
Classificação das fontes de potência

Rectificadores de soldadura :
(Inconvenientes)

 Fundamentalmente o preço comparativamente com os


transformadores (usam a mesma tecnologia)
 Os convencionais apresentam uma resposta dinâmica
baixa comparada com os inversores (tecnologias muito
diferentes)
 Os convencionais são muito mais pesados que os
inversores
 Podem provocar o fenómeno de sopro magnético
Classificação das fontes de potência

TRANSFORMADORES/REC TIFICADORES
~
~ ~ Saída - AC

Entrada
AC (Monofásica ou Trifásica)
~
Saída - AC rectificada
Fornece corrente alterna rectificada ou corrente alterna, conforme o
circuito que esteja activo, grande aplicação no TIG
 Equipamentos de elevado custo
 Apresentam presentemente muito boa estabilidade do arco-eléctrico
(fiabilidade e estabilidade)
 Controlo de parâmetros electromagnético, electrónico ou por
microprocessador, permitem a utilização de controlos remotos
 Os novos equip. não debitam AC sinusoidal mas sim “quadrada”
Tipos de fontes de potência

Equipamento para soldadura TIG AC-


DC de tecnologia convencional

 Alimentação Bifásica (400 volts);


Corrente de soldadura regulável entre 25
e 250 A. por deslocamento das bobines.
 Factor de potência: 0.6
 Potência: 14.4 Kva
Alta frequência de arranque e contínua,
para soldadura TIG do Alumínio.
Classificação das fontes de potência

Inversores de soldadura:

 São maquinas que transformam a corrente de


alimentação da rede numa corrente com
características adequadas ao processo de
soldadura, utilizando tecnologia e meios electrónicos
para o efeito.
 A corrente de soldadura é habitualmente DC
podendo nalgumas maquinas ser do tipo AC-DC.
Classificação das fontes de potência

INVERSORES

 Características
 Menor consumo de energia (cos  > 0,85)
 Menor dimensão e peso
 Grande mobilidade e facilidade de transporte
 Custo inicial elevado
 Custos de manutenção preventiva, e curativa a ter em
linha de conta
 Grande variedade de opções
Classificação das fontes de potência
INVERSORES
6

1 2 3 4 5 7

1 – Ponte de rectificação a onda completa


2– Inversor de corrente rectificada em corrente alterna (80 KHz a 150 KHz)
3 - Transformador
4 – Ponte de rectificação a onda completa
5 – Filtros permitindo DC e removem todas as frequências perturbadoras e
parasitas, mais um filtro contra HF e controlo de parâmetros
6 – Bloco de controlo e monitorização, proporcionando as características
estáticas e dinâmicas ideais
7- Saída da corrente de soldadura
Classificação das fontes de potência
CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS FONTES
ROTATIVAS

 Tanto podem debitar DC como AC, depende do tipo de fonte


 Inicialmente muito divulgados (anos 10 a 60)
 Equipamentos muito robustos e de grande duração e
fiabilidade
Classificação das fontes de potência

Tipo rotativa:

 Grupo Gerador de corrente - Motor eléctrico


(normalmente são do tipo Gerador-Dinamo, mas podem
ser Alternadores)

 Grupo Gerador de corrente-Motor de combustão (Diesel,


Gasolina 2T ou 4T)
(geralmente tipo Alternador + sistema de rectificação)
Classificação das fontes de potência

Tipo rotativa:

Motor eléctrico trifásico


Gerador tipo Dínamo
Debita C.C.
Processo S.E.R.
Regulação da corrente: Reóstato
Classificação das fontes de potência

Tipo rotativa:

Motor combustão Diesel


Gerador tipo Alternador +
Sistema rectificação da corrente
Regulação corrente:
Variação da velocidade de motor
Processo S.E.R.
Classificação das fontes de potência

CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS FONTES


ROTATIVAS
 Grande consumo de energia, muito pesados
 Custo inicial muito elevado (cerca de 1,5x os estáticos)
 Custos de manutenção elevados
 Grande estabilidade de arco-eléctrico
Presentemente só são aplicados em casos onde não
existe fornecimento de energia e / ou no caso de
fornecimentos muito instáveis, como por exemplo
estaleiros de montagem
Classificação das fontes de potência

2. Forma da corrente de soldadura

1. Corrente contínua (CC) =

2. Corrente rectificada (CC) ~


3. Corrente alternada (AC) (sinusoidal; rectangular;
trapezoidal)
Classificação das fontes de potência

Formas de onda
+ Onda sinusoidal
0 • típica nos transformadores(50Hz)
- t

Onda quadrada
+ • rectificador e inversor simples
0 • muito ruido
- t
Onda trapezoidal
• inversores da última geração
+
0 • características AC optimizadas
- t •regulação inteligente do
balanceamento (TIG-AC)
Classificação das fontes de potência

3. Alimentação das fontes

1. Corrente monofásica (230 Volts)

2. Corrente bifásica ( 400 Volts)

3. Corrente trifásica (400 volts)


Classificação das fontes de potência

ELEMENTOS PRINCIPAIS QUE CONSTITUEM


UMA FONTE DE POTÊNCIA ESTÁTICA
 Transformador
 Ponte de Rectificação
 Controlo da Característica de Saída Estática
e Dinâmica
 Sistema de Controlo e Regulação
de Parâmetros Eléctricos
Características externas estáticas

 As curvas características estáticas são formadas pelo


conjunto de valores tensão/intensidade [U=f(I)] que podem
ser fornecidos pela fonte a uma carga óhmica constante, e
que podem ser medidos aos terminais da maquina.
 Estes pares de valores são intrínsecos às máquinas e
determinados pelos fabricantes.
 Estas curvas possibilitam aos utilizadores conhecer os
valores que podem obter do equipamento.
Características externas estáticas

 As fontes de potência têm no mínimo duas curvas estáticas,


correspondentes aos valores máximo e mínimo da corrente,
embora possam ter uma infinidade de curvas ou apenas
algumas, consoante o processo de regulação é contínuo ou por
pontos.
 O comportamento estático de uma fonte de potência para
soldadura está sujeito a normas que definem a tensão
convencional do arco, e que é definido para cada processo.
 A intersecção da curva estática da fonte de potência com a
recta da tensão convencional do arco define o PONTO de
TRABALHO, que é o ponto de equilíbrio do arco eléctrico de
soldadura.
Características externas estáticas

Tensão convencional do arco:

SER: Us=20+0.04Is (Is>600A :Us=44V )


TIG: Us=10+0.04Is (Is>600A :Us=34V )
MIG-MAG: Us=14+0.05Is (Is>600A :Us=44V )
Arco submerso: Us=20+0.02Is (Is>1000A :Us=40V )
Classificação das fontes de potência

4. Característica estática

 Tipo horizontal ( tensão constante)

 Tipo vertical (corrente constante)

 Tipo mergulhante (variante da anterior)


Tipo de característica estática

Tensão em Vazio
(OCV) U0

Curva estática
Tensão da fonte
Curva de estabilidade
(V) do arco-eléctrico
Ponto de Intensidade de
Estabilidade de Curto Circuito
Arco – Intensidade (A)
ICC
Funcionamento
Classificação das fontes de potência

CURVAS CARACTERÍSTICAS ESTÁTICAS DAS


FONTES DE POTÊNCIA
Tensão Constante
ou Plana (CV) Tensão
(V)

Tensão
(V)

Intensidade (A)

Intensidade Constante,
Intensidade (A) vertical ou mergulhante ou
tombante (CC)
Tipo de característica estática

Tipo horizontal ( tensão constante)


 Uma fonte de potência tem uma característica estática
horizontal, quando o declive dessa característica for
inferior a 7 volts/ampére, por forma a manter o
comprimento do arco constante (auto-regulação).
 Este tipo de característica é utilizada nos processos
MIG/MAG, Fios Tubulares e Arco Submerso.
Nota:
Em condições especiais estes processos podem usar
curvas de Icc
Tipo de característica estática

 Exemplo de característica
horizontal, com duas gamas de
tensão;
 É igualmente visível a recta da
tensão convencional do arco em
MIG-MAG;
 Os pontos de intersecção destas
características definem os pontos
de trabalho (V-I) para cada
regulação.
Tipo de característica estática

Tipo vertical (corrente constante)


 Uma fonte de potência tem uma característica estática
vertical quando a variação da corrente de soldadura for
nula ou quase nula para uma alteração do comprimento
do arco e da respectiva tensão de arco.
 Este tipo de característica é utilizada nos processos
SER, TIG, TIG automático e Plasma.
 A característica mergulhante é uma variante da vertical.
Tipo de característica estática

 Estática Tipo Mergulhante ou


Intensidade Constante
 Objectivo garantir
Intensidade constante apesar
de flutuação da Tensão
 Arco estável se I (regulado) é
adequado ao valor de V
(controlado)
Tipo de característica estática

 Curva Estática Tipo Mergulhante ou


Intensidade Constante usada no
processo TIG e SER
 Tensão em vazio de 75 Volts
 Intensidade de Curto Circuito
consoante a regulação
 Pontos de funcionamento:
intersecção da característica
estática com a característica do
arco(Processo TIG)
Tipo de característica estática

Tipo Mergulhante ou Tombante

 Uma fonte de potência tem uma característica estática


mergulhante, quando nas condições normais de uso em
soldadura, o declive da sua característica é superior a 7
volts/100 ampéres.
 Este tipo de característica é utilizada em SER e TIG.
 Pode ser considerada uma variante da corrente
constante.
Tipo de característica estática

 Exemplo de característica
estática do tipo mergulhante
duma fonte do tipo
transformador-rectificador com
regulação mecânica da
corrente por variação do
entreferro:

 Está igualmente representada


a recta correspondente à
tensão convencional de arco
para o processo SER;
Características externas dinâmicas

 Exprimem a variação instantânea da tensão do arco


eléctrico (0.001s) após uma variação da corrente de
soldadura;

 A sua importância é enorme porque influenciam a


estabilidade do arco;

 Podem ser medidas e analisadas através de


osciloscópios; alguns inversores possuem uma porta
série para comunicação e impressão de dados através de
PC.
Características externas dinâmicas

Factores determinantes

1. Escorvamento e extinção do arco em DC e em AC


2. Modo de transferência (exemplo: curto-circuito)
3. Funcionamento em corrente pulsada.
Classificação das fontes de potência

5. Tecnologia

 Convencional (electromagnéticas)

 Inversores (electrónicas)
Classificação das fontes de potência

6. Processo de soldadura

1. Soldadura com eléctrodos revestidos (S.E.R.)


2. Soldadura MIG-MAG
3. Soldadura TIG
4. Soldadura por arco submerso (S.A.S.)
5. Soldadura Plasma
6. Multiprocessos
7. Processos especiais
Classificação das fontes de potência

7. Utilização

1. Individual (1 Soldador)
2. Multioperadores ( vários soldadores)
Este tipo de equipamentos foi (de certo modo ainda é) muito
utilizado sobretudo nos estaleiros navais;.
Uma fonte de grande potência (>1000A) e de tensão
constante, alimenta vários soldadores;
A regulação da corrente é normalmente feita através duma
caixa individual contendo resistências eléctricas, que podem
ser combinadas através de patilhas, podendo obter-se uma
gama de intensidades escalonada.
Características das fontes de potência

1. Tensão em vazio (Uo)


2. Corrente de curto-circuito (Icc)
3. Potência
4. Factor de potência
5. Factor de marcha
Características das fontes de potência

Tensão em vazio (Uo)

 A tensão em vazio de um equipamento de soldadura é a


tensão existente aos seus bornes, quando o circuito eléctrico
está aberto, não existindo portanto arco .
 Este parâmetro é muito importante na escolha do
equipamento porque determina a capacidade de escorvar o
arco eléctrico em função do tipo de consumível.
 As fontes de potência podem ter apenas uma tensão em vazio
ou várias, dependendo do seu sistema de regulação da
corrente(por pontos ou fichas) no caso das fontes para SER ou
TIG, ou do processo de soldadura, caso das fontes para MIG-
MAG convencionais.
Características das fontes de potência

Corrente de curto-circuito (Icc)

 A corrente de curto-circuito é a corrente máxima


que pode ser obtida, para cada regulação, quando
a alma metálica do consumível entra em contacto
franco com a peça (tensão de arco Us=0);
 Os fabricantes de equipamentos limitam o valor
desta corrente para evitar avarias graves nos
equipamentos.
Características das fontes de potência

Potência do equipamento

 A potência eléctrica de um equipamento de soldadura


exprime-se normalmente em Kva, e indica a potência
aparente do equipamento;
 Uma parte desta potência é utilizada no arco eléctrico
(útil= U.I) e outra parte é utilizada no electromagnetismo
(potência reactiva);
 O factor de potência exprime o coseno do ângulo entre
estas duas grandezas vectoriais.
Características das fontes de potência

Factor de Potência
 O factor de potência de um equipamento de soldadura
representa a relação existente (vectorial) entre a potência
activa e a potência aparente e exprime-se pelo coseno do
ângulo (phi)entre elas;
 Os transformadores de soldadura têm normalmente baixos
factores de potência na ordem dos 0.5-0.6 enquanto que os
rectificadores têm na ordem dos 0.75 -0.85 e os inversores
têm valores na ordem de 0.8-0.9;
 Quanto maior o cos phi menos energia reactiva é perdida no
interior do equipamento e melhor é a relação entre a potência
absorvida da rede eléctrica e a utilizada na soldadura.
Características das fontes de potência

 Placa identificativa de uma fonte


de potência convencional,
estática, transformador-
rectificador.

 Os fabricantes são obrigados a


indicar todas as características
do equipamento como se
apresentam na placa.

 Estes valores permitem


facilmente conhecer as suas
capacidades e utilização, e
também comparar
equipamentos.
Fontes de Potência – Tema 1.5 – 59/122
IF – GS - Rev. 1 (2012-10-25)

Guilherme Santos
Características das fontes de potência

PLACAS SINALÉTICAS DAS FONTES DE POTÊNCIA


Tipo de Fonte
Normas de Fabrico
Grau de isolamento
Processo, Tipo de Curva, OCV

Parâmetros eléctricos
máximos ao factor de marcha
indicado
Parâmetros eléctricos de
alimentação em função do
factor de marcha, da tensão e
da freqência de alimentação
Características das fontes de potência

Fontes de
Potência
– Tema
1.5 –
61/122
IF – GS -
Rev. 1
(2012-10-
25)
Sistemas de regulação da corrente
de soldadura:

A regulação da corrente de soldadura pode ser


realizada de diversos modos:

1. Consoante o tipo de fonte (estática ou rotativa);

2. Consoante o processo de soldadura (SER;MIG-


MAG;etc.);

3. Consoante a tecnologia (convencional ou “inverter”)


Sistemas de regulação da corrente
de soldadura:

Sistemas mecânicos:
Utilizados nos Transformadores, e nalguns Rectificadores e
Transformadores-rectificadores de soldadura, nos processos SER,
TIG, MIG/MAG e SAS;
Sistemas eléctricos:
Utilizados nos Rectificadores e Transformadores-rectificadores de
soldadura mais evoluídos, nos processos SER e TIG;
Sistemas electrónicos:
Utilizados nos Transformadores-rectificadores mais evoluídos, em
motosoldadoras e nos inversores, nos processos SER , TIG,
MIG/MAG e SAS;
Sistemas de regulação da corrente
de soldadura:

Sistemas mecânicos:

 Utiliza dispositivos mecânicos (comutadores, fichas,


parafusos sem-fim,etc.) para alterar a reactância do
circuito magnético, o que pode ser feito modificando o nº
de espiras, deslocando as bobinas entre si ou
provocando e variando fugas magnéticas através do
entreferro.
Sistemas de regulação da corrente
de soldadura:

Sistemas mecânicos:
 Este sistema é muito utilizado nos Transformadores e
nalguns Transformadores-rectificadores de soldadura, e
têm a principal vantagem de serem económicos, embora
apresentem alguns inconvenientes, como vibrações e
ruído provocados por desgaste dos órgãos mecânicos,
regulação lenta e pouco precisa.
 Não pode montar-se controle remoto (é difícil e caro
neste tipo de fonte).
Sistemas de regulação da corrente
de soldadura:

Sistemas eléctricos:

 São baseados na saturação do circuito magnético do


transformador ou duma bobine de inductância montada
no circuito;
 Esta saturação é conseguida através dum circuito
eléctrico auxiliar, que produz um fluxo magnético que se
opõe mais ou menos ao fluxo magnético principal,
controlando a corrente de soldadura;
Sistemas de regulação da corrente
de soldadura:

Sistemas eléctricos:

 Sistema utilizado em alguns rectificadores e


transformadores-rectificadores;
 A sua principal vantagem é a possibilidade de montar um
controle remoto;
 Este sistema também é conhecido como Amplificador
Magnético.
Sistemas de regulação da corrente de
soldadura:
Sistemas electrónicos:
 Este sistema baseia-se na tecnologia dos
semicondutores de potência, tirístores e transístores nos
quais é possível controlar o tempo de condução e
consequentemente a corrente que os atravessa;
 Um circuito electrónico controla este tempo e permite a
sua regulação através de potenciómetros.
Sistemas de regulação da corrente
de soldadura:

Sistemas electrónicos:
Existem duas tecnologias básicas:
 Os sistemas que funcionam à frequência da rede de
alimentação e rectificam a corrente
 Os sistemas que aumentam a frequência da rede de
alimentação
Sistemas de regulação da corrente
de soldadura:

Sistemas que funcionam à frequência da rede de alimentação


e rectificam a corrente:

 Controle de fase (SCR) por Tirístor


 Controle por “Chopper” por Transístor
 Regulador linear transistorizado por Transístor
 Rectificador primário inversor por Transístor
 Sistemas híbridos
Destes sistemas, os mais utilizados são o SCR e o “Chopper”, os quais
podem ser utilizados em praticamente todos os processos de soldadura.
Sistemas de regulação da corrente de
soldadura:

Sistemas que aumentam a frequência da rede de


alimentação :

 Os modernos inversores rectificam primeiro a corrente


de alimentação, sendo esta corrente rectificada
transformada em corrente a alternada de frequência
elevada e posteriormente transformada em corrente de
soldadura.
 Praticamente só os Transístores são usados.
 O sistema de controle da corrente é electrónico (PWM).
Fontes de Potência – Tema 1.5 – 71/122
IF – GS - Rev. 1 (2012-10-25)
Sistemas de regulação da corrente de
soldadura:

Equipamentos estáticos convencionais

Nas fontes de potência do tipo Transformador, Rectificador


e Transformador-Rectificador estáticos para soldadura, a
regulação da corrente é feita através de 4 sistemas básicos:

1. Transformadores
2. Bobine indutora variável
3. Controle por fugas magnéticas
4. Amplificador magnético
Sistemas de regulação da corrente
de soldadura:

1. Transformadores

Usando Auto-Transformadores a regulação pode ser


feita por pontos através de um sistema de fichas da
bobine primária actuadas por um comutador,
alterando deste modo a relação de transformação e
consequentemente a saída(regulação escalonada).

É um sistema simples, fiável e de baixo custo.


Sistemas de regulação da corrente
de soldadura:

2. Bobine indutora variável

Este sistema utiliza uma bobine indutora montada no


circuito secundário do transformador.

A regulação pode ser feita por pontos através de um


sistema de fichas (escalonada), ou por variação de
um elemento móvel no núcleo da bobine indutora
(contínua)
Sistemas de regulação da corrente de
soldadura:

Sistema mecânico de regulação escalonada da corrente,


com bobine inductora e variação da reactância por
pontos
Sistemas de regulação da corrente de
soldadura:
3. Controle por fugas magnéticas
Este sistema baseia-se nas variações do fluxo
magnético, que podem ser obtidas seja deslocando
as bobines primária e secundária, seja variando o
entreferro do circuito magnético, e
consequentemente a corrente.
A regulação é continua e pode ser motorizada para
funcionar por controle remoto, embora seja uma
solução dispendiosa e actualmente pouco usada .
Sistemas de regulação da corrente de
soldadura:

Sistema mecânico de regulação continua da


corrente, com bobines móveis.
Sistemas de regulação da corrente de
soldadura:

Sistema mecânico de regulação continua da corrente,


por fugas magnéticas através do entreferro.
Sistemas de regulação da corrente
de soldadura:

Sistema mecânico de
regulação continua da
corrente, usando uma
bobine inductora, na qual
são produzidas fugas
magnéticas através do
entreferro.
Sistemas de regulação da corrente
de soldadura:
4. Amplificador magnético
Este sistema baseia-se no principio do transdutor, que
é uma bobine montada no circuito secundário e
alimentada por uma corrente contínua auxiliar, e cujo
fluxo magnético se opõe mais ou menos ao fluxo
magnético principal, conseguindo-se deste modo a
variação da corrente.
A regulação é continua e pode variar por intermédio de
um reóstato (resistência variável) montado no painel
frontal da fonte ou num controle remoto.
Sistemas de regulação da corrente de
soldadura:

Sistema eléctrico de regulação continua da corrente, por


transductor. Pode ser usado um controle remoto.
Sistemas de regulação da corrente de
soldadura - Inversores:

 O método habitual de controle da corrente de soldadura


nos inversores baseados nos transístores é o PWM
(Power Width Modulation);
 Este método consiste em fazer variar o tempo de
condução do transístor para controlar a voltagem
aplicada ao enrolamento primário;
 Actualmente a tecnologia dos microprocessadores e a
electrónica digital são usadas para controlar o inversor e
as características da fonte de potência;
 Programas especificos para cada processo são
armazenados em EPROM para leitura pelo
microprocessador
Sistemas de regulação da corrente de
soldadura

Fontes de potência rotativas


1 - Com motor eléctrico e dinamo
Nestes equipamentos a regulação da corrente é feita através
dum reóstato, que faz variar a corrente de excitação e
consequentemente o fluxo magnético e a corrente induzida.

2 - Com motor de combustão e alternador


Nestes equipamentos a regulação da corrente é feita através
da variação da rotação do motor (até 200A),ou nos mais
potentes (>200A)por controle electrónico (Tiristores)
Controle da característica externa

Característica externa estática


tipo corrente constante e mergulhante
Este tipo de característica pode ser obtido por:
1. Nos equipamentos convencionais pela introdução de
circuitos resistivos-indutivos no secundário do
transformador:
- Provocando fugas magnéticas;
- incorporando uma inductância (auto)regulável;
- Incorporando uma resistência;
2. Nos equipamentos tipo inversor por circuitos electrónicos.
Inversores

1. As fontes de potência de tecnologia “Inverter” transformam a


corrente eléctrica fornecida pela rede de distribuição em
corrente eléctrica com características adequadas à
soldadura.
2. O seu princípio de funcionamento é baseado na
transformação da corrente da rede em corrente de soldadura
a uma frequência bastante elevada(20.000Hz ou superior),
ao contrário das fontes convencionais, que fazem essa
transformação à frequência da rede eléctrica(50Hz).
3. Esta conversão da frequência é feita através de circuitos
electrónicos complexos, sendo o transístor o órgão mais
utilizado presentemente.
Inversores

Esquema princípio por blocos


1- Rectificador primário

2 Bloco inversor

3Transformador principal

4-Rectificador secundário

5-Inductância

6-Sensor de corrente

7-Controle da corrente

8-Potenciómetro de regulação
Inversores

Fontes de potência DC,de


tecnologia “Inverter” controladas
por PWM.

 Multiprocesso: SER,MIG-
MAG,TIG,AS, ROBÓTICA e
corte “Arcair”
 Corrente soldadura: 300,400 e
500 Ampéres;
 Peso: 49 Kgs;
 Controlo remoto com e sem fios
Inversores

Fontes de potência de tecnologia “Inverter”, AC-DC,


controladas por PWM.

 Multiprocesso: SER,TIG AC-DC


 Corrente soldadura: 160 a 350 A
 Alimentação trifásica
 Escorvamento do arco por
contacto e por alta frequência
 Funções Up Down slope,
pré e pós gas flow
 Corrente pulsada em DC e AC
 Memorização de parâmetros
 Controlo remoto na tocha ou de pedal
Fontes controladas por CPU

Os modernos inversores para soldadura MIG-MAG e TIG são controlados


por microprocessadores que gerem todo o sistema, optimizando-o.
O controle por microprocessadores é feito de modo inteligente e amigável
para o operador:
As características dinâmicas do arco são continuamente ajustadas pelo
microprocessador por via das medições dos parâmetros V-I, produzindo um
arco estável e suave.
 A regulação dos parâmetros é feita de forma continua.
A fonte de potência muda a característica estática de acordo com o
processo de soldadura.
As funções são realizadas por programas cujas instruções estão
armazenadas em EPROMS.
Inversores

Esquema comparativa das tecnologias Convencional e “Inverter”


Inversores

Futuro da Tecnologia em soldadura


Interface

RS - Cable

 Possível actualizar o equipamento


 Funções novas com programas novos
 Diagnóstico de erros, calibracão etc.
Factor de marcha

O factor de marcha de um equipamento


de soldadura representa o tempo de
arco
em relação ao tempo total do ciclo, para
uma determinada corrente.
A norma EN 60974-1 define o tempo de
ciclo de 10 minutos, a uma temperatura
ambiente de 40º C.
Em soldadura manual é habitual usar-se
um factor de marcha de 60%.
Em soldadura robotizada ou
mecanizada deve considerar-se um
factor de marFconh
tesa
de Pd
otêe
ncia1
–0Te0
ma%
1.5 –. 98/122
Factor de marcha

FACTORES QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA


DO FACTOR DE MARCHA DE UMA FONTE

 Considera-se ciclos de 10 minutos para o cálculo;


 Processo de Soldadura;
 Diâmetro máximo do consumível a utilizar e/ou
espessura a soldar;
 Manual Versus Automatização/Mecanização.
Corrente pulsada

FONTES DE POTÊNCIA PULSADAS


Ip
Vantagens: Intensidade
(A)
 Menores deformações
Ib
 Mais fácil automatização
 Maior velocidade de soldadura Tempo (ms ou s)
Tp Tb
 Maior controlo do banho em fusão
 Maior capacidade de penetração
 Soldadura de materiais dissimilares ou
com espessuras diferenciadas mais fácil.
 Soldadura em posição mais facilitada
 Todos os processos de soldadura podem utilizar o pulsado
Corrente pulsada

Frequência de pulsação baixa de 5 a 0,1Hz (0.2-10 s):


 Bons resultados em soldadura manual, sendo bem
visíveis os impulsos da corrente;
 Melhor controle do banho de fusão;
 Excelente em soldadura em posição;
 Menor entrega térmica e consequentemente menores
deformações;
 Velocidade de soldadura mais elevada;
 Excelente aspecto da soldadura
Corrente pulsada

Frequência de pulsação alta de 50 a 500Hz (0.02-0.002s):

 Produz um estrangulamento magnético do arco,


aumentando a sua estabilidade e a penetração;
 Baixa entrega térmica;
 Uma corrente de base baixa diminui o banho de fusão e
melhora o seu controle;
 Emite um som característico(silvo);
 Particularmente adaptado à soldadura de metais com
baixa condutibilidade térmica (Fe,aço inox);
Escorvamento do arco

 Curto-Circuito [“Raspagem” ou “Toque” ou


“Riscamento”]: SER; TIG; MIG/MAG; SAS;
 Toca-Levanta [“LIFT-ARC”]: TIG
 Alta frequência [“AF” ou “HF”]: TIG; Plasma
 Arco piloto: Plasma
Escorvamento do arco

Técnica de curto circuito:


Técnica é por “Toque” ou “Riscamento” do eléctrodo
sobre a peça.

Toque
Riscamento
Escorvamento do arco

Técnica de “Toca Levanta:


 Fonte com sistema adequado
 Sistema de controlo da passagem de corrente
 Pode substituir a AF/HF em fontes AC de onda quadrada
Escorvamento do arco

Técnica de Alta Frequência (em AC


é quase sempre necessária):
 Fonte com sistema adequado
Corrente eléctrica de baixa
intensidade com uma tensão na
ordem de grandeza das dezenas
de Kvolts
Em AC sempre ligada (desde que
de onda sinusoidal)
Subida e Descida da corrente

CONTROLO DE SUBIDA E DESCIDA DA CORRENTE


DE SOLDADURA

Intensidade
(A)
Intensidade de
Soldadura
UP Slope Down
Slope

Tempo (s)
Subida e Descida da Corrente
FUNÇÕES E VANTAGENS
DO UP E DO DOWN SLOPE

 Controlo do fecho de cratera do cordão


 Maior estabilidade no escorvamento
 Efeito de “pré-aquecimento” antes do inicio da
soldadura
 Maior controlo no arranque da soldadura e no fim
 Melhor estabilidade de arco no fim e inicio do cordão
Subida da corrente (UP SLOPE)

 Função existente nalguns equipamentos e que permite


iniciar a corrente com um valor inferior ao nominal e
controlar o seu incremento até esse valor;

 O aumento gradual da corrente minimiza ou elimina os


defeitos tipicos do arranque da soldadura (Cratera,
salpicos, etc.)
Descida da corrente (DOWN SLOPE)

 Função existente nalguns equipamentos e que


permite controlar a velocidade de descida da
corrente de soldadura até à sua extinção.
 A descida gradual da corrente baixa a taxa de
arrefecimento da soldadura, o que é muito importante
na soldadura de materiais susceptíveis à fissuração a
quente (por exemplo o aluminio).
Cabos de soldadura

 Os cabos de soldadura (energia e retorno) são os


condutores eléctricos da corrente de soldadura, e seu
correcto dimensionamento e bom estado, são
fundamentais para o normal funcionamento da
instalação.
 A secção dos cabos é função do factor de marcha do
processo e do comprimento dos mesmos.
Cabos de soldadura

 Uma secção de cabos inferior ao recomendado provoca


o sobreaquecimento destes e a deterioração do
isolamento;
 Cabos muito compridos provocam quedas de tensão
apreciáveis, conduzindo a um esforço mais elevado da
fonte de potência;
 Para qualquer dos casos a solução corrente é a de
aumentar a secção dos cabos.
Cabos de soldadura

No quadro abaixo indica-se a secção dos cabos de energia e de retorno


usuais (5+5 m), para diferentes factores de marcha:
Cabos de soldadura

In t e n s id ad e C o m p r im e n t o m á x im o d o s C a b o s d e s o ld a d u r a (m )
M á x im a 15 25 30 40 50 60 70 80 90 100
(A )
S e c ç ã o m ín im a d o s c a b o s (m m 2 )
100 25 25 35 35 35 35 50 50 50 50
150 35 35 50 50 50 50 70 70
200 35 50 50 70 70 70
250 35 50 70 70 70
300 50 70 95 95
350 50 70 95
400 50 70 95
450 70 95 Cabos de soldadura e de Retor no
500 70 95 considerando factor de Marcha a
550 95 60%:
600 95
Meios de controle dos
parâmetros de soldadura

 Algumas fontes estáticas e rotativas possuem ou podem ser


opcionalmente ser montados instrumentos de medida,
Voltímetros e Amperímetros analógicos, que permitem controlar
os parâmetros de Soldadura.
 Os inversores de baixa potência geralmente não possuem
estes instrumentos essencialmente por razões económicas.
 As fontes de média e elevada potência ,nomeadamente as
Multiprocesso,possuem estes instrumentos, de tecnologia
digital, possibilitando um controle preciso dos parâmetros;
Algumas destas fontes têm ainda uma porta série para registo
dos parâmetros em computador.
COMPARAÇÃO ENTRE
FONTES DC E AC

Fontes DC Fontes AC
Melhor estabilidade de Arco Pior estabilidade do arco excepto onda quadrada
Necessita de menor OCV (DC-) Efeito da rectificação da corrente
Pode-se mudar de polaridade Muito usado em TIG e ± MIG – Alumínio
Pode utilizar todo o tipo de Eléctrodos em SER SAS para Enchimentos
Melhor “qualidade” das juntas Maior possibilidade de faltas de fusão
Penetração (DC- ou DC+ depende Processo) Vantagens em termos de controlo da diluição
Custo da fonte mais elevado Menor custo da fonte
Maior custo de manutenção Menor custo de manutenção
Possibilidade de sopro magnético Diminui os problemas do sopro magnético
TIG DC+ possibilidade de fusão do eléctrodo TIG efeito de limpeza da camada de AL2O3

Melhor estabilidade dos parâmetros Pior estabilidade dos parâmetros


Normas

Directivas e Standards para produtos para soldadura por arco


Equipamentos Soldadura Directiva LVD Directiva EMC Directiva CE
(Low voltage Directive) (Electromagnetic Compability)
Fontes de potência EN 60974-1 EN 50199 Sim
Transformadores HobbY EN 50060+A1 EN 50199 Sim
Motosoldadoras EN 60974-1+Ruído EN 50199 Sim
Corte Plasma EN 60974-1/EN 50192 EN 50199 Sim
Alimentadores fio Sem Directiva EN 50199 Sim
Refrigeradores Sem Directiva/EN 60335-2-51 EN 50199 Sim
Escorvamento arco Sem Directiva EN 50199 Sim
Tochas e pistolas EN 50078 Não tem EMC Sim,Só LVD (não EMC)
Porta-eléctrodos EN 60974-11 Não tem EMC Sim
Conclusões

A escolha duma fonte de potência para soldadura


deve obedecer a vários critérios a ter em conta:
 Processo(s) de soldadura

 Regime de utilização :moderado,intensivo

 Tipo e diâmetros de consumíveis a utilizar

 Local de utilização: interior ou exterior

 Existência ou não de corrente eléctrica e de que


potência
Conclusões

 As fontes de potência para soldadura do tipo


convencional apresentam vantagens comparativamente
aos inversores essencialmente ao nível do preço de
aquisição, de robustez e de manutenção;

 Nos processos de soldadura mais simples como o SER,


as fontes de potência convencionais são adequadas
dada a baixa velocidade de transferência das gotas, a
menos que se coloquem problemas de portabilidade.
Conclusões

 No entanto os custos de funcionamento dos equipamentos


do tipo convencional (estáticos ou rotativos) são mais
elevados que os dos inversores, pelo que é necessário fazer
um estudo detalhado do investimento;

 Ao nível da utilização, destaca-se a dificuldade de regulação


da corrente de soldadura com rigor na maior parte das fontes
de potência, onde a regulação é do tipo mecânico:
deslocamento de bobines, variação do entreferro,
comutadores de ressaltos, etc.
Conclusões

As fontes de potência do tipo inversor têm vindo a


conquistar uma posição cada vez maior por força de
desenvolvimentos muito significativos de que se
destacam:
Características dinâmicas muito superiores às dos
equipamentos convencionais, que lhe permite reagir muito
mais rapidamente às diferentes situações no arco
eléctrico;
Facilidade de regulação dos parâmetros de soldadura;
Conclusões

As fontes de potência do tipo inversor:


 Capacidade para armazenar programas de soldadura
facilitando a sua posterior utilização;
 Capacidade para comutar a característica externa
estática possibilitando a sua utilização em vários
processos soldadura (fontes multiprocesso);
 Maior eficiência energética quer ao nivel da utilização
quer da alimentação;
 Capacidade de funcionar com correntes pulsadas e em
modo sinérgico;
BIBLIOGRAFIA

• ISQ – Pós graduação em soldadura


• Modulform
• Apresentação baseada em documento
elaborado por Engº Italo Fernandes

Você também pode gostar