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PROVA DE GME

1 – Teorias de operação

2 – Principais componentes
Carcaça ou invólucro – induzido ou armadura (tambor ou anel) – coletor (anéis ou seguimentos) – escovas

3 – Tipos de geradores
3.1 - Auto-excitado
3.2 - Excitação em série
3.3 - Excitação em paralelo APOSTILA
3.4 - Excitação mista

4 – Características operacionais
4.1 – Reação do induzido

5 – Reguladores de voltagem
5.1 – Regulador à pilha de carvão (RTPC)
5.2 – Ajuste de tensão no RTPC

6 – Automatismo e controle dos geradores


6.1 – Relê de corrente reversa (RCR)
6.2 – Funcionamento do RCR
6.3 – Egualização dos geradores

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7 – Alternadores
7.1 – Tipos de alternadores
7.1.1 – Monofásico
7.1.2 – Bifásico
7.1.3 – Trifásico
7.1.4 – Unidade alternada retificadora
7.2 – Sincronismo nos alternadores

8 – Inversores e conversores

7.1 – Tipos de alternadores

O alternador tipo induzido rotativo e semelhante ao gerador corrente contínua visto anteriormente, isto é o
induzido gira dentro de um campo magnético. Este alternador só é usado para baixas potências, com poucas
aplicações na industria aeronáutica.
O alternador do tipo campo rotativo a parte móvel é o enrolamento do campo, em quanto que o
enrolamento do induzido permanece estacionado. A voltagem é que a carga pode ser ligada diretamente sem a
necessidade de contatos móveis (anéis coletores, escovas).
Os anéis coletores e escovas possuem durabilidade restrita, além do perigo de centelhamento, que é
evitado com o campo rotativo.
A corrente fornecida ao campo rotativo é pequena e não apresenta dificuldades para utilização de anéis e
escovas.

7.1.1 - Monofásico

Um alternador monofásico possui um estator constituído de vários enrolamentos em série, formando um


circuito único no que é gerado a tensão de saída o estator possui quatro peças polares igualmente espaçados.
O rotor possui 4 pólos adjacentes de polaridades opostas. O giro do rotor, induz uma tensão C.A nos
enrolamentos do estator.
Todos os enrolamentos do estator são cortados por um numero igual de linhas de força magnética a
qualquer tempo. A corrente induzida em todos os enrolamentos possuem o mesmo valor a qualquer tempo. Os
quatro enrolamentos do estator estão ligados entre si de modo que as tensões C.A estejam em fase ou
“adicionadas” em série, todos os quatro grupos de bobinas do estator são ligados de tal forma que a tensão
total será o somatório das tensões produzidas em cada enrolamento.

ESTATOR = CARCAÇA
ROTOR = INDUZIDO

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7.1.2 - Bifásico

O alternador bifásico possui dois enrolamentos espaçados fisicamente, de tal modo que a tensão C.A
induzida em um deles esta defasada de 90º em relação a tensão induzida no outro. Quando um enrolamento
esta sendo cortado por um fluxo máximo de linhas de indução, o outro não é cortado por fluxo algum. Esta
condição estabelece uma relação de 90º entre duas fases.

0 90 180 270 360

7.1.3 - Trifásico

É empregado na maioria das aeronaves possui três enrolamentos monofásicos independentes e espaçados
fisicamente de modo que as tensões induzidas estejam defasadas de 120º.

Os seis fios que saem do alternador (dois para cada fase) podem ser ligados de forma a possuírem uma
função comum. São chamados de ligação Y ou estrela e  ou triângulo.

A B

A B

C
C

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7.1.4 - Unidade Alternadora Retificadora


Sincronismo nos alternadores

Deve-se observar certos cuidados e satisfazer certas condições para que dois ou mais alternadores operem
em paralelo. Devemos observar essencialmente três itens:

1 – Seqüência de fase
2 – Voltagem
3 – Freqüência

Se estes itens não forem observados, será como curtocircuitar dois fios criando correntes perigosas e
distúrbios magnéticos dentro do alternador, consequentemente danos irreparáveis.

8 – Inversores e conversores

Transforma corrente contínua em corrente alternada.

II – Motores elétricos

1 – Motores de C.C
1.1 – Teoria de funcionamento
1.2 – Tipos de motores de C.C
1.2.1 – Motor C.C em série
1.2.2 – Motor C.C em paralelo
1.2.3 – Motor C.C mista

1.1 – Teoria de funcionamento

Sempre que um fio condutor percorrido por uma corrente elétrica estiver dentro de um campo magnético,
haverá uma força atuante sobre este fio.
A direção e sentido desta força depende da direção e sentido das linhas de força magnética (polaridade do
campo) e do sentido da corrente no fio. Isto pode ser determinado facilmente pela regra do empurrão da mão
direita.
Em outras palavras podemos dizer: sempre que uma bobina de fio percorrido por uma corrente elétrica
estiver dentro de um campo, magnético, ela gira.
 Força do campo magnético
 Numero de inspiras da bobina
 Posição em relação do campo

O torque será máximo quando a bobina cortar as linhas de indução do campo magnético em ângulo reto
(90º) e será mínimo quando a bobina estiver em paralelo com as linhas de indução.
Nas posições intermediárias variará entre 100% e 0. Para que o processo não seja interrompido, é
necessário que a medida que a bobina girar, cada contato deixe o terminal ao qual está ligado e passe ao
terminal de polaridade oposta, isto é os contatos das bobinas trocam de terminais continuamente durante o
giro, preservando o torque e mantendo o giro da bobina.

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N S

1.2.1 – Motor C.C em série

Neste tipo de motor os enrolamentos de campo estão ligados em série com os enrolamentos do rotor.

A principal vantagem deste motor é o torque bastante elevado.


Devido a baixa resistência nos enrolamentos é capaz de consumir uma elevada corrente na partida. O
torque elevado é resultado dessa alta corrente circulando nos enrolamentos de campo e do rotor.
A velocidade do motor em série depende da carga. Qualquer alteração na carga é acompanhada de uma
substancial alteração na velocidade. Uma carga leve resulta em velocidade alta e uma carga pesada, baixa
velocidade. Sua principal aplicação e em condições onde o alto torque inicial sob carga pesada e requerido.
Freqüentemente usado como motores de partida, para arriar e recolher o trem de pouso, comando dos flaps,
etc...

1.2.2 – Motor C.C em paralelo

O enrolamento do campo e ligado em paralelo com o enrolamento do rotor, também chamado de


derivação ou shunt.
A resistência do enrolamento de campo é alta. Com a ligação em paralelo o enrolamento de campo e
ligado diretamente a fonte de alimentação; a corrente através do campo é constante.
A corrente do campo não varia com a velocidade do motor. Como no motor em série. O torque na partida
é menor do que no motor em série do mesmo tamanho. A velocidade varia muito pouco com as variações da
carga. Sua velocidade sem carga é ligeiramente maior do que com carga.
É muito empregada quando se deseja uma velocidade constante e o torque inicial alto não é requerido.

1.2.3 – Motor C.C em mista (compound)

Série Paralelo

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Este motor é uma combinação dos dois motores anteriores (série, paralelo). Há dois enrolamentos de
campo, um ligado em série como o rotor e outro em paralelo. É usado sempre onde as características
combinadas dos motores série e paralelo são desejados.
Este tipo de motor raramente é usado na industria aeronáutica.

1.3 – Características operacionais


1.3.1 – Inversão da rotação

A inversão no sentido de rotação e feito invertendo-se o sentido da corrente nos enrolamentos de campo
ou nos enrolamentos do rotor. Isto inverterá a polaridade do magnetismo no campo ou no rotor.
Se os fios que ligam o motor a fonte externa forem intercambeados, o sentido de rotação não será
invertida, pois neste caso a polaridade do campo e do rotor serão invertidas simultaneamente e o torque será
mantido, exceto se o motor possuir imãs permanentes.
A reversão pode ser feita quando um motor possuir dois enrolamentos de campo, neste caso o chamado
será através de um interruptor.

Motor em série com enrolamento de campo em duas seções.

Um outro método é utilizado um interruptor de duas seções. Neste caso não há necessidade de dois
enrolamentos de campo.

1.3.2 – Variação da velocidade

o rotor de um motor, por estar imerso em um campo magnético, ao girar uma corrente é induzida em seus
enrolamentos, além da corrente principal. Esta corrente induzida e chamada de força contra eletromotriz
(f.c.e.m) e possui sentido contrário a corrente aplicada ao motor, isto é a f.c.e.m se opõe a corrente que faz
com que o motor gire.
Concluímos então que quanto mais rápido requer uma quantidade de corrente muito alta, mais a medida
que a velocidade aumenta o fluxo de corrente diminui, esta corrente alta é chamada corrente de pico.
A velocidade do motor pode ser controlada pela variação da corrente nos enrolamentos de campo.
Aumentando-se esta corrente a força magnética do campo aumentará gerando maior intensidade da f.c.e.m,
diminuindo então a velocidade do motor. Quando a corrente de campo diminui o motor acelera porque a
intensidade do campo também diminui e a f.c.e.m é reduzida.

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Num motor em paralelo a velocidade é controlado por um reostato em série com os enrolamentos de
campo.
Para aumentar a velocidade do motor, a resistência reostato é aumentada, reduzindo a corrente no campo.
Há uma redução na força do campo magnético e na f.c.e.m aumenta momentaneamente a corrente no rotor e
no torque. O motor então acelera automaticamente até que a f.c.e.m se equilibre novamente com a corrente
principal atingindo seu valor inicial.
Quando isto ocorre o motor terá uma velocidade fixa e mais elevada do que antes.

Num motor em série:

1 – Reostato em paralelo com o rotor

Lento Rápido Aumentando a resistência do reostato a velocidade aumenta

2 - Reostato em série

Aumentando a resistência o motor gira mais lento

3 – Reostato em paralelo com o campo

Parte da corrente do campo e desviada. Aumentando-se a


resistência do reostato a velocidade diminui

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1.3.3 – Perdas nos motores

1 – Perdas do cobre – Ocorrem quando a corrente elétrica circula pelos enrolamentos de campo e do
rotor. São perdas decorrentes da energia dissipada em forma de calor na resistência dos enrolamentos.

2 – Perdas do ferro – São provocadas pelo movimento do rotor em um campo magnético. Ele torna-se
primeiro magnetizado num sentido e depois no outro. O núcleo de ferro é um condutor rotativo, isto cria um
fluxo de corrente no seu interior. Esta corrente aquece o núcleo e podem danificar os enrolamentos. Essas
correntes são chamadas de correntes parasitas ou “Eddy current”.
Para reduzir a corrente parasita usa-se o núcleo laminado. O núcleo é feito de chapas finas isolados
eletricamente uma das outras. Este isolamento é transversal ao sentido das correntes parasitas, tendendo a
reduzi-las, entretanto não tem efeito no circuito magnético. Quanto mais fina forem as lâminas mais
efetivamente este método reduz as correntes parasitas.

2 – Motores de Corrente Alternada (C.A)


2.1 – Teoria de funcionamento

Operam sobre o principio do campo magnético rotativo. Um conjunto de bobinas enroladas


alternadamente em sentido oposto para reduzir polaridades opostas. Cada grupo de bobinas e energizada por
uma das voltagens trifásicas a, b, c.

1
6 2
5 3 c
4

Estas voltagens em cada grupo de bobinas são iguais em sua intensidade, mais diferem apenas em tempo,
isto é são defasadas entre si de 120º.
No instante T=0 o campo magnético resultante tem maior intensidade na fase a energizando as bobinas
dos pólos 1 e 4. Sob esta condição vamos considerar polo 1 como norte e polo 4 como sul no instante T=1 o
campo magnético terá maior intensidade na fase b, energizando as bobinas 2 e 5. Neste caso o polo 2 e norte e
o polo 5 é sul. Assim, podemos ver que entre o instante 0 (T=0) e o instante 1 (T=1) o campo gira no sentido
horário. No instante T=2 o campo magnético tem sua intensidade mais forte na fase c, energizando as bobinas
3 e 6. O polo 3 será um polo norte e o polo 6 um polo sul, girando no sentido horário.
No instante T=3, novamente a maior intensidade recai na fase a, porém em sentido incluso ao anterior, e
desta forma energizando as bobinas 1 e 4 com polaridade inversa ao do tempo T=0. Agora o polo 4 será norte
e o polo 1 será sul, continuando a girar mais ainda no sentido horário. Nos instantes posteriores o campo
magnético gira para outras posições deslocando-se no sentido horário, ocorrendo uma rotação do campo em
ciclo. Se as voltagens tiverem uma freqüência de 60Hz (60c.p.s), o campo magnético faz 60 rotações por
segundo ou 3.600 rpm.
Esta velocidade é conhecida como velocidade síncrona de campo móvel.

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2.2 – tipos de motores


2.2.1 – motor de indução (tipo gaiola)

Geralmente é impossível determinar o numero de pólos em um motor de indução simplesmente pela


inspeção visual. A informação pode ser obtida na placa de identificação ou em testes em bancada.
O rotor de um motor de indução consiste em um núcleo de ferro doce com fendas longitudinais. Nessas
fendas encontram-se embutidas barras de cobre ou alumínio firmemente soldados ao rotor.
Este de construção e chamado gaiola, daí a denominação motores de indução tipo gaiola.
O rotor, ao ser submetido ao campo magnético rotativo será induzida uma voltagem nas barras
longitudinais e consequentemente circulação de corrente, produzindo seu próprio campo magnético, que
combinado com o campo rotativo faz com que o rotor adquira uma posição onde a voltagem induzida seja
mínima.
Dessa forma o rotor gira com uma velocidade muito próxima da velocidade síncrona do campo. A
diferença de velocidade é suficiente para induzir a correta intensidade de corrente no rotor compensando as
perdas mecânicas e elétricas.
Se o rotor girar-se com a mesma rotação do campo os condutores não seriam cortados por nenhuma linha
magnética não haveria corrente e não haveria torque o rotor perderia rotação
EX: motor com placa de identificação com os seguimentos dados:

Freqüência: 60Hz
Rotação: 1750Rpm
Nº de pólos: 4

F= P.Rpm
2.60

Rpm = 120.F
P

Rpm = 120.60 = 1800 Rpm


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Desligamento ou Slip – É a diferença de rotação existente entre o campo magnético rotativo é a


velocidade real do rotor
Essa diferença no exemplo acima é de 50 Rpm, o desligamento é expresso então sobre a forma de
porcentagem: 50 X 100=2,78%
180

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Motor monofásico com capacitor de partida

Capacitor

GEN

2.2.2 – Motor síncrono (baixo torque)

A proposta do motor síncrono é que o rotor gire com a mesma velocidade de campo magnético rotativo
sua velocidade é igual a freqüência de corrente alternada, isto é há um sincronismo entre a freqüência da rede
e a rotação do rotor.
O campo magnético produzido no rotor e conseqüência de uma fonte de C.C externa ou através de imãs
permanentes ou eletroimãs a polaridade do rotor acompanhará então o campo do estator. Seu torque inicial é
muito pequeno, tornando impossível a sua partida devido ao alto peso do rotor.
É comum dar a partida sem carga utilizando um outro motor de C.C ou C.A., após a partida desacopla-lo
deixar o rotor atingir a velocidade de trabalho, e então aplicar a carga.
Ao aplicar a carga, sua velocidade cai ligeiramente, voltando em seguida ao ritmo normal, isto é na
freqüência da rede.

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