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CONVERSÃO ELETROMECÂNICA
DE ENERGIA
4 RELAÇÃO DE
DE ENERGIA – APLICAÇÕES
APLICAÇÕES AO CÁLCULO DE FORÇAS
E CONJUGADOS CONVERSORES .............................................
.................................................................20
....................20
4.1 Conjugado de relutância
relutância ...............................
.......................................................
................................................
...............................24
.......24
4.2 Conjugado de mútua indutância ............................
.....................................................
...............................................2
......................299
4.3 Conjugado de mútua indutância e de relutância concomitantes ............................31
............................31
4.4 Exercícios .............................................
.....................................................................
................................................
......................................32
..............32
5 TRANSFORMADORES .............................................
....................................................................
........................................33
.................33
5.1 Transformador ideal ................................................
........................................................................
............................................38
....................38
5.2 Transformador real ..........................
..................................................
................................................
............................................41
....................41
5.3 Testes em transformadores
transformadores .............................................
.....................................................................
.....................................49
.............49
5.4 Rendimento em função
função da carga .............................
.....................................................
.............................................52
.....................52
5.5 Transformadores trifásicos ..............................................
......................................................................
....................................53
............53
5.6 Sistema por unidade
unidade ..............................
......................................................
................................................
......................................55
..............55
5.7 Auto-transformador .............................................
.....................................................................
...............................................5
.......................588
5.8 Exercícios .............................................
.....................................................................
................................................
......................................63
..............63
Sorocaba
2003
PINTO, JOEL ROCHA
Conversão eletromecânica de energia.
Sorocaba, 2003. 194p.
Ao Prof. Dr. Cícero Couto de Moraes e ao Prof. Arlindo Garcia Filho pelo
permanente incentivo, pelos constantes ensinamentos profissionais e pessoais.
Aos meus amigos que tanto me ajudaram para a concretização desse trabalho
1. CONVERSÃO ELETROMECÂNICA DE ENERGIA
F =B I l
E=Blv
Fig. 1.2 Equacionamento genérico dos transdutores eletromecânicos
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2. CIRCUITOS MAGNÉTICOS
As máquinas elétricas são constituídas por circuitos elétricos e magnéticos acoplados entre si.
Por um circuito magnético nós entendemos um caminho para o fluxo magnético, assim como um
circuito elétrico estabelece um caminho para a corrente elétrica. Nas máquinas elétricas, os
condutores percorridos por correntes interagem com os campos magnéticos (originados ou por
correntes elétricas em condutores ou de imãs permanentes), resultando na conversão
eletromecânica de energia.
A lei básica que determina a relação entre corrente e campo magnético é a lei de Ampère:
∫ J • da = ∫ H • dl
S
[2.1]
onde:
J = densidade de corrente (A/m 2)
H = intensidade de corrente (A/m)
N i = H l , no caso: N i = Hn ln [2.2]
A intensidade de campo magnético (H), produz uma indução magnética (B) em toda a região
sujeita ao campo magnético.
φ
B = µ H ou B = [Wb/m2] [2.3]
S
A unidade da indução magnética (B) é o Weber por metro quadrado, onde 1 Wb = 10 8 linhas de
campo magnético.
µ = permeabilidade magnética do núcleo
µ = µo . µr
µo = permeabilidade do vácuo = 4 π x 10-7 Wb/(A.m)
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µr = permeabilidade relativa do material, valores típicos de µr estão na faixa de 2000 a 6000,
para materiais usados em máquinas.
N i = Hn ln + Hg lg [2.4]
Bn Bg
N i= ln + lg onde: B = µ H ; H = B / µ
µn µo
φn φg
Ni= ln + lg onde: B = φ / S
S n µn S g µo
⎡ ln lg ⎤
N i =φ ⎢ + ⎥ onde: φn = φg = φ
⎢⎣ n n
S µ S g µ o ⎥
⎦
N i=φ [ℜ n +ℜg] [2.5]
ℑ = φ [ℜ n + ℜ g ] onde: F = N i [2.6]
onde:
ℜn = Relutância magnética do núcleo ; [A/Wb]
ℜg = Relutância magnética do entreferro ; [A/Wb]
ℑ = força magnomotriz ; [Ae]
Circuito Elétrico Análogo:
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2.1 CIRCUITO MAGNÉTICO FUNCIONANDO EM CORRENTE ALTERNADA
Em estruturas magnéticas com enrolamentos, o campo variável produz uma força eletromotriz
(e) nos terminais do enrolamento, cujo valor é:
Para um circuito magnético no qual existe uma relação linear entre B e H, devido à
permeabilidade constante do material ou à predominância do entreferro, podemos relacionar o
fluxo concatenado λ com a corrente i, através da indutância L.
ℑ Ni
ℑ=φ ℜ⇒φ = ⇒φ = [2.8]
ℜ ℜ
2
N Ni N l
∴L= ⇒ L= ; ℜ=
i ℜ ℜ µS
Como:
dφ dλ
e(t )= N ;λ = Nφ ⇒ e(t )= [2.7]
dt dt
di
λ = Li ⇒ e( t ) = L
dt
Para circuitos magnéticos estáticos, onde a indutância é fixa a equação acima é aceita, mas para
as máquinas elétricas, a indutância pode ser variável no tempo e a equação precisa ser expressa
como:
di dL
e( t ) = L +i [2.9]
dt dt
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t2 λ2
w= ∫ p dt
t1
⇒ w = i dλ∫
λ1
[2.11]
Onde:
V(t) = Vmáx sen(wt) e o enrolamento tem resistência nula.
dφ
e( t ) = N [2.7]
dt
por R = 0 ⇒ e(t) = V(t)
V(t) dt = N dφ ⇒ Vmáx sen(wt) dt = N d φ
Assim:
Vmax
∫ dφ =
N ∫ sen (wt)dt
Portanto:
Vmax V max
φ (t ) = cos( wt ) ⇒ φ (t ) = cos(wt )
Nw N 2πf
Logo:
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Vmax Veficaz 2
φmax = ⇒ φmax =
N 2πf N 2πf
Onde:
Veficaz = valor eficaz da tensão
f = freqüência
N = número de espiras
φmáx = fluxo magnético máximo
2.2 EXERCÍCIOS
2) O circuito magnético abaixo tem dois caminhos paralelos que se concatenam com o
enrolamento. Calcular o fluxo e a indução magnética em cada uma das pernas do circuito
magnético para I = 0,2 A.
Supondo µferro→∞ e sabendo que 1” = 2,54 *10 -2m
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3) Para o circuito do exercício 2, calcular a corrente elétrica necessária para produzir:
Bn1 = 49,47 mWb/m2 e Bn2 = 24,74 mWb/m2.
5) Um reator de 200 espiras é alimentado pôr uma fonte de 60 Hz, 220 V eficaz. Qual o máximo
valor do fluxo no núcleo se o enrolamento não tem perdas?
6) O reator do exercício anterior recebe uma tensão V = 311,13 sem 377 t. Determinar os valores
instantâneo e eficaz do fluxo no núcleo.
8) O circuito magnético a seguir foi projetado para operar com um fluxo magnético na perna
central de 2mWb. Sabendo que a bobina 1 tem N 1=600 espiras e a curva do material magnético
está na figura abaixo. Determinar:
a) A indutância do circuito magnético e a permeabilidade relativa do material magnético.
b) A corrente contínua necessária na bobina 1 ( N1) para estabelecer o fluxo especificado na
perna central.
c) A tensão contínua que será aplicada, sabendo-se que a resistência elétrica dos enrolamentos
da bobina é de 3 Ω.
d) A energia magnética armazenada nos entreferros e no ferro.
e) O valor da tensão alternada eficaz e da corrente alternada eficaz para obter um fluxo
magnético eficaz na perna central igual quando alimentado com corrente contínua.
f) Quais as tensões induzidas eficazes nas bobinas N2 e N3.
g) A mútua indutância entre N1 e N2 e a mútua indutância entre N1 e N3.
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5 5 5 5 5
5
i N1
5
2,5mm
5
N3 N2
5
N1 = 600 espiras
N2 = N3 = 1000 espiras 5
Unidades não cotadas: em centímetros
9) No circuito magnético abaixo, deseja-se obter uma densidade magnética de 0,6 Wb/m 2 no
lado construído com Aço Silício Médio. Determine:
a) A corrente contínua que deverá circular pelos enrolamentos da bobina.
b) Qual é a tensão contínua que será aplicada, sabendo-se que a resistência elétrica dos
enrolamentos da bobina é de 3,2 Ω?
c) Determine as permeabilidades relativas do Aço Silício Médio e do Aço Fundido Doce.
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d) Qual a corrente alternada eficaz que deverá circular pelos enrolamentos da bobina para obter
os mesmos 0,6 Wb/m2 de densidade magnética eficaz. Qual será a tensão alternada eficaz a
ser aplicada?
Dado: N = 300 espiras.
Unidade: centímetros.
N V
I
10) O circuito magnético abaixo é composto de duas peças, uma peça de chapas aço silício
médio e a outra de aço fundido doce, que apresentam curvas normais de magnetização conforme
o gráfico abaixo.
A bobina 1 (N1)é percorrida uma corrente eficaz alternada (I1) e produz um fluxo magnético
eficaz alternado de 2,5 mWb.
Calcular:
a) A indutância magnética do circuito.
b) O valor da corrente eficaz alternada que deve circular na bobina 1 (N1) para produzir o fluxo
magnético eficaz de 2,5 mWb.
c) Qual a tensão induzida eficaz na bobina 2 (N2) e qual o valor da tensão eficaz que é aplicado
na bobina 1 (N1), desprezando a queda de tensão na bobina 1 e a dispersão de fluxo
magnético.
d) Qual o valor da corrente eficaz da bobina 2 (N2), se a mesma estivesse com carga.
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e) Qual o valor da tensão contínua que pode ser aplicado ma bobina 1 (N1) para produzir um
fluxo magnético contínuo de 2,5mWb., considerando o valor da resistência interna da bobina
N2
5 7,5 5
Dados:
Aço Fundido Todas as unidades em centímetros.
5
N1 = 500 espiras
N2 = 250 espiras
5
Entreferro: vácuo
0,2
Resistência interna da bobina 1 = 0,5 ohms
5 Frequência = 60 Hz
Chapa de
I1 Aço-Silício Médio
5
N1 10
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3. SISTEMAS ELETROMECÂNICOS
A força está sempre numa direção tal que a relutância magnética total seja reduzida, ou que a
energia armazenada no campo magnético seja reduzida.
Peças ferromagnéticas
Fe Fe
Linhas de Fluxo magnético
or
ot
R
Fe Fe
Estator
Balanço de Energia:
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Como exemplo consideraremos o caso especial de um eletroímã atraindo uma massa de
ferro, como mostrado na figura abaixo; onde (1) e (2) indicam, respectivamente, as posições
inicial e final da massa de ferro, a qual sofre um deslocamento - dx (contrário à direção positiva
de x). Se a corrente na bobina permanecer constante para i = I o, durante o movimento de (1) para
(2), então teremos:
2 1
µ = οο
Fe
M assa de Ferro
µ = οο
dx
N ú c le o
Em um intervalo de tempo:
dWe = Fe dx + dWm [3.1]
Sabendo que:
dφ dλ
e(t ) = N ; λ = Nφ ⇒ e(t ) = [2.7]
dt dt
di
λ = Li ⇒ e( t ) = L
dt
dλ
p=ie ⇒ p=i [2.10]
dt
dWe = i dλ
Para i = Io , temos:
dWe = I o dλ [3.2]
We = I o ( Nφ2 − Nφ1 )
NI o NI o
We = I o ( N −N )
ℜ2 ℜ1
2 2
N N
We = I o 2 ( − )
ℜ2 ℜ1
onde:
λ Nφ
L= ⇒ L= ;
i i
ℑ Ni
ℑ= φ ℜ ⇒ φ = ⇒ φ=
ℜ ℜ
N Ni N2 l
∴ L= ⇒ L= ; ℜ=
i ℜ ℜ µS
Portanto:
We = I o 2 ( L2 − L1 ) [3.4]
wm = ∫ p dt
t1
⇒ wm = ∫ i dλ
λ1
[3.5]
λ
λ = Li ⇒ i=
L
Assim:
λ2
λ 1 λ2 1
wm = ∫L
λ1
dλ ⇒ wm =
2 L
ou wm =
2
Li
2
Para i = Io , temos:
1
wm = I o ( L2 − L1 )
2
[3.6]
2
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dWe = Fe dx + dWm [3.1]
We = Fe dx + Wm [3.7]
1
2
I o ( L2 − L1 ) − I o ( L2 − L1 ) = Fe dx = τ
2
1
Fe d x =τ = Io
2
( L2 − L1 ) = Wm [3.8]
2
O trabalho realizado pelo sistema é igual a energia magnética armazenada.
Logo:
Wm
Fe = d [3.9]
dx
3.1 EXERCÍCIOS
1) Seja um solenóide onde a seção transversal do núcleo é quadrada com placas paralelas ao
êmbolo de material não magnético (alumínio ⇒ µAl =1,000).
a) Deduzir uma expressão para a força no êmbolo quando se aplica uma corrente contínua.
b) Calcular a força para uma corrente de 10 A; N = 500 espiras; g = 5mm; a = 20mm; b = 2mm.
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2) Seja um solenóide de geometria cilíndrica com uma luva ao redor do êmbolo de material não
magnético (alumínio ⇒ µAl =1,000).
a) Se a bobina de excitação for percorrida por uma corrente em regime permanente em CC,
determinar uma expressão para a força no êmbolo.
b) Para I = 10 A, N = 500 espiras; g = 5mm; a = 20mm; b = 2mm; l = 40mm; determinar a
magnitude de F. Admitir µferro = ∞ e desprezar a dispersão.
3) Seja o solenóide do exercício 3, sendo percorrido por uma corrente alternada de 10 A eficaz, a
60 Hz, qual a força instantânea? Qual a força média se N, a, b, e l são os mesmos valores
numéricos?
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Mola
R e
FONTE
N
b
a
Dados:
e = 3mm N = 500 espiras
a = 25 mm R = 3 ohms
b = 80 mm g = 9,8 m/s2
Permeabilidade relativa do material = 3500
Comprimento médio do circuito magnético = 650 mmm
5) A figura abaixo mostra um solenóide com geometria retangular. O êmbolo de ferro de massa
M é suportado pôr uma mola e guiado verticalmente pôr espaçadores não magnéticos de
espessura t e permeabilidade o. Suponha-se o ferro infinitamente permeável e despreza-se o
espraimento magnético e os campos dispersos.
A solenóide está ligada a uma fonte de tensão e o entreferro é mantido constante através da ação
da mola. Determine:
a) Qual a tensão contínua a ser aplicada para se obter uma força de 7 kgf.
b) Qual a tensão alternada eficaz de 60 Hz, para se obter ess a mesma força (7 kgf médio)
c) Comente e justifique a diferença de comportamento de um circuito magnético com entreferro
variável operando com excitação C.C. e C.A.
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DADOS:
x = 2,0 mm
d = 4,0 cm
w = 5,0 cm
t = 0,1 cm
N1 = N2 = 500 espiras w
R = 5 ohms
t
Vt
I
N1 x
N2
Fe
d
d/2
6) O circuito magnético abaixo é composto de duas peças, uma peça fixa de aço silício médio e a
outra móvel de aço fundido doce. Sabe-se que a densidade magnética na peça fixa é de 0,8
Wb/m2.Determine:
a) A força desenvolvida na mola quando a bobina é alimentada com tensão contínua e o
entreferro é mantido constante e igual a 0,5 cm.
b) Qual a tensão contínua para desenvolver a força do item a.
c) Qual o fator de potência do circuito magnético se a bobina for alimentada com tensão
alternada e o entreferro for mantido constante e igual a 0,5 cm.
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4. RELAÇÕES DE ENERGIA - APLICAÇÕES AO CÁLCULO DE FORÇAS E
CONJUGADOS DOS CONVERSORES ELETROMECÂNICOS
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O balanço de conversão eletromecânica de energia é dado por:
Energia Energia Variação de
Elétrica Mecânica Variação de Variação de Perdas ou
Energia Energias
introduzida introduzida Energia Energia
no + no = Mecânica
armazenada
+ Elétrica + Magnética + dissipadas
sistema sistema armazenada armazenada sob a forma
de calor
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dEelét. Intro. = Pelét. Intro.. dt [4.8]
Pelét. Intro. = v1.i1 + v2.i2
[4.9]
onde:
L1i 1 Mi 2 L2 i 2 Mi1
v 1 = R1i1 + d +d e v 2 = R2 i 2 + d +d
dt dt dt dt
i1 L1 i2 M
v1 = R1i1 + L1 d + i1d + Md + i2 d e
dt dt dt dt
i2 L i M
v2 = R2 i2 + L2 d + i2 d 2 + Md 1 + i1d
dt dt dt dt
Portanto:
⎡ i1 L i M⎤
dEelet .int ro. = ⎢ R1i1 + L1d + i1d 1 + Md 2 + i2 d ⎥ i1dt +
⎣ dt dt dt dt ⎦
⎡ i2 L2 i1 M⎤
R i + L d
⎢ 2 2 2 dt 2 dt+ i d + Md + i1d ⎥ i2 dt
⎣ dt dt ⎦
(
dE perdaselet . = R1i1 + R2i2 dt
2 2
) [4.11]
wm = ∫1 p dt
t
⇒ wm = ∫1i d λ
λ
com: λ = Li ⇒ i=
λ
L
Assim:
2
λ
λ 1 λ2 1
wm = ∫1 L
λ
dλ ⇒ wm =
2 L
ou wm =
2
Li
2
Quando se têm dois circuitos elétricos, cada um com indutância própria L 1 e L2 e com uma
mútua indutância M entre eles, a energia armazenada é dada por:
1 2 1
wm = i1 L1 + i 2 2 L 2 + i1 i2 M [4.12]
2 2
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1 2 1 2
wm = [i
2 1
dL 1 + 2 i 1 1 1]
L di + [i dL 2 + 2 i2 L2 di2 ] + i1 i2 dM + i1 M di2 + i2 M di1
2 2
[4.13]
Portanto:
dEelét. Intro. - dEmag, - dEperdas elétricas = dEmec. Total desenv. [4.7]
(
dE perdaselet . = R1i12 + R2i2 2 dt ) [4.11]
-
1 2 1 2
wm =
2
[i1 dL1 + 2 i1 L1 di1 ] + [i 2 dL 2 + 2 i 2 L2 di2 ] + i1 i2 dM + i1 M di2 + i2 M di1
2
[4.13]
=
1 2 1 2
dE mec . totald e sen v ol vi da = i1 dL1 + i2 dL2 + i1i2 dM [4.14]
2 2
1 2 L1 1 2 L2 M
Fde sen volvida = i1 d + i2 d + i1i2 d [4.16]
2 dx 2 dx dx
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1 2 L1 1 2 L2 M
Cde sen volvido = i1 d + i2 d + i1i2 d [4.18]
2 dθ 2 dθ dθ
1 2 L1
C d e sen = i d [4.19]
v o l v id o
2 1 dθ
Exemplo 1: Imã Permanente e Rotor de Pólos Salientes
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Fig. 4.5 Estator e rotor de pólos salientes
Exemplo 3: Conjugado de Relutância Senoidal - Motor Síncrono Monofásico de Relutância
• ângulo θ foi substituído por um ângulo δ que mede o deslocamento da linha central dos pólos
do rotor em relação a uma origem que é a linha central dos pólos do estator.
• a indutância do enrolamento do estator altera-se com o ângulo δ do rotor.
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Fig. 4.7 Conjugado desenvolvido em uma volta completa
1 2 L1
C d e s e n v o l v id o = i1 d [4.20]
2 dσ
1 2
Cdes. = − I ∆Lmax. sen (2σ ) [4.21]
2
• conjugado desenvolvido será cíclico com ângulo δ ⇒ apresenta valor médio nulo numa volta
completa.
• pelo que foi exposto conclui-se a existência e o comportamento do conjugado, mas não se
explica o funcionamento contínuo como motor girando continuamente e vencendo uma
resistência mecânica aplicada ao seu eixo.
• Vamos focalizar o rotor no instante em que ele esteja na posição desenhada na figura abaixo.
Nessa posição fecha-se uma chave Ch que é acionada pelo próprio eixo do rotor.
• Na posição δ = π/2, é uma posição de conjugado desenvolvido nulo, porém é uma posição
instável, podendo se deslocar em um ou outro sentido, conforme a perturbação. Note-se,
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contudo que o rotor na figura abaixo está adiantado de um ângulo ∆δ , em relação a δ = π/2 ,
portanto a rotação será nesse sentido. O conjugado continuará com esse sentido, passando pelo
seu valor máximo, até o alinhamento com o estator.
• Antes que o conjugado inverte de sentido, com um ângulo ∆δ antes da posição δ = π , a chave
CH será aberta por um ressalto no eixo e a corrente se anulará. O rotor continuará girando por
inércia.
• Quando o rotor atingir a posição δ = 3π/2 + ∆δ o ressalto fechará automaticamente a chave CH
e o conjugado se manifestará novamente no sentido da rotação.
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Fig. 4.9 Circuito exemplo com rotor na posição π - ∆δ e 3π/2 + ∆δ
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• Antes que o conjugado inverte de sentido, com um ângulo ∆δ antes da posição δ = 2π , a chave
CH será aberta por um ressalto no eixo e a corrente se anulará. O rotor continuará girando por
inércia.
• Quando o rotor atingir a posição δ = π/2 + ∆δ o ressalto fechará automaticamente a chave CH e
o conjugado se manifestará novamente no sentido da rotação completando o ciclo de rotação.
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4.2 CONJUGADO DE MÚTUA INDUTÂNCIA
M
C d e sen v o lv id o = i1i 2 d [4.22]
dθ
Exemplo 1:
Vamos calcular o conjugado supondo que o fluxo concatenado com a bobina móvel varia
cossenoidalmente com δ, então:
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Exemplo 2:
Fig. 4.13 Representação esquemática da máquina elétrica com rotor cilíndrico (pólos lisos).
Conjugado de Mútua
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4.3 CONJUGADO DE MÚTUA INDUTÂNCIA E DE RELUTÂNCIA
CONCOMITANTES
Aqueles em que, além do conjugado devido à variação da mútua indutância entre os dois
circuitos de excitação, existe também conjugado de variação da indutância própria (conjugado de
relutância) dos dois circuitos, ou de um deles apenas. Na prática é difícil ocorrer variação das
duas indutâncias própria, sendo mais comum o caso de variação de uma delas apenas, como
ocorre nos grandes geradores síncronos de “pólos salientes”.
1 2 L1 1 2 L2 M
C de sen = i1 d + i2 d + i1i 2 d [4.18]
v o l v iid
do
2 dθ 2 dθ dθ
1 2 L1 M
C d e se n v o l v i d o = i1 d + i1 i 2 d [4.23]
2 dθ dθ
Cdesenvolvido = Crelutância L1(θ) +Cmútua(θ)
Supondo variações senoidais de L 1(δ) e M(δ), como nos casos anteriores, teremos:
1 2
Cdes. = − I ∆L sen (2σ ) − I1 I 2 Mmax. sen σ [4.24]
2 1 1max.
Exemplo:
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5. TRANSFORMADORES
TRANSFORMADORES
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Transformadores de Força são aqueles que energizados ou em operação trabalham ao longo do
tempo, próximo a condição de carga nominal. Isto acontece nas áreas de geração e transmissão.
Fig. 5.1
Transformadores de Força: Especiais para laboratórios de Ensaios:
- até 25 MVA 145KV - até 300 KV por unidade
- trifásico e monofásico - tensões superiores ligadas em cascata
- em óleo mineral ou silicone - com alta e baixa impedância
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Fig. 5.2 Transformadores de Distribuição: trifásicos e monofásicos
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Fig. 5.5 Reatores: - de potência - derivação ou série - em óleo mineral, silicone ou seco
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Construção e Montagem:
Monofásico
Núcleo: Núcleo:
- Nuclear (não utilizado) - Encouraçado
- Envolvido - Envolvente
Culatra
φm/2 φm/2
φm
φm
a/2 a a/2
Perna
Trifásico
Núcleo: Núcleo:
- Nuclear - Encouraçado (não utilizado)
- Envolvido - Envolvente
a a a a/2 a a a a/2
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5.1 TRANSFORMADOR IDEAL
Características:
l
• o núcleo tem permeabilidade infinita µ → ∞ ⇒ ℜ n = ⇒ ℜ n = 0 [2.8]
µ S
V1máx = N1 φ w = N1 φ 2 π f
V2máx = N2 φ w = N2 φ 2 π f
V 1max = V1 2 e V 2max = V2 2 [5.2]
Logo:
V1 = 4,44 f N1 φ [5.3]
V2 = 4,44 f N2 φ [5.3]
Portanto:
V1 N1
= =a relação de tensão e de espiras; a = relação de transformação [5.4]
V2 N2
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Relação de Correntes:
N1 i1 - N2 i2 = 0 ⇒ N1 i1 = N2 i2
Portanto:
I2 N1
= =a relação de corrente e de espiras [5.5]
I1 N2
Logo:
V1 I2 N1
= = =a
V2 I1 N2
[5.6]
Polaridade:
Os pontos na figura do transformador indicam a marcação da polaridade dos terminais dos
enrolamentos que indicam quais são os terminais positivos e negativos em determinado instante,
isto é, a relação entre os sentidos momentâneos das f.e.m.´s nos enrolamentos primário e
secundário.
A polaridade dos transformadores depende fundamentalmente de como são enroladas as espiras
do primário e do secundário, que podem ter sentidos concordantes ou discordantes.
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Reflexão de Impedância:
Refletir uma impedância para o outro lado do transformador significa determinar o valor da
impedância que colocada no outro lado faria o mesmo efeito.
`
V1
aV2 2
V2
Z = = =a ⇒ Z ` = a2Z
I1 I2 I2
a [5.8]
Esta relação implica que os transformadores podem servir como dispositivos para acoplamento
de impedâncias de modo a prover a máxima transferência de potência de um circuito a outro.
De acordo com o teorema da máxima transferência de potência, a máxima potência é entregue
por uma fonte a uma carga quando a impedância da carga é igual a impedância interna da fonte.
Desde que nem sempre é possível, para a carga acoplar-se à impedância da fonte, utilizam-se
transformadores entre fonte e carga para tais propósitos.
Exemplo:
• transformador de saída, usado para acoplar a impedância da carga do alto-falante à impedância
de saída de um amplificador de áudio.
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5.2 TRANSFORMADOR REAL
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Fig. 5.13 Representação das Resistências e reatâncias de dispersão primárias e secundárias,
ocasionando quedas de tensão num transformador real
O transformador em vazio, absorve uma fonte de corrente de excitação composta de duas
componentes. Uma para produzir a força magneto motriz e a outra responsável pela energia
perdida em calor no núcleo de ferro (perdas por histerese e de Foucault).
Corrente de magnetização (corrente a vazio)
É de conhecimento geral que, os diagramas vetoriais são aplicados a grandezas senoidais,
sendo pois admitido tal formato para I o. Entretanto, este formato não ocorre para a corrente a
vazio, devido as propriedades do circuito magnético, que não são lineares.
V1=E1; como V1 é sempre senoidal, também E 1 o será. Por outro lado, sabemos que:
dφ
E1 = N 1
dt
Onde:
φ - fluxo magnético
ℜ - relutância do circuito magnético do núcleo
N1 - número de espiras do enrolamento convencionado como primário
Imag - parcela da corrente I o, responsável pela produção do fluxo
O fluxo, conforme vimos é “senoidal”, o número de espiras é constante, mas a relutância
varia, devido a diferentes estados de saturação que ocorre no núcleo. Com tais considerações,
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podemos concluir que a parcela I mag não é senoidal. Como I mag é uma componente de I o,
concluímos que esta última terá um aspecto não senoidal.
Se a corrente de excitação (I o) for analisada por série de Fourier, verifica-se que ela se
compõe de uma fundamental e uma família de harmônicas ímpares. A fundamental pode, por
sua vez, ser separada em duas componentes, uma em fase com E 1 e a outra atrasada em 90º em
relação a E1. A componente fundamental em fase corresponde à potência absorvida pela
histerese e perdas por correntes Foucault no núcleo; é chamada a componente de perdas no
núcleo (IP), da corrente de excitação (I o). Quando a componente de perdas no núcleo (I P) é
subtraída da corrente de excitação (I o) total, a diferença é chamada de corrente de magnetização
(Imag). Esta compreende uma componente fundamental atrasada de 90º em relação a E 1, e mais
todas as harmônicas. A principal harmônica é a terceira. Para transformadores de potência
típicos, a terceira harmônica usualmente é cerca de 40% da corrente de excitação (I o).
Excetuando os problemas referentes diretamente aos efeitos das harmônicas, as
peculiaridades da forma de onda da corrente de excitação (I o) usualmente não precisam ser
consideradas, pois a corrente de excitação (I o) em si mesma é pequena. Por exemplo, a corrente
de excitação (I o) de um transformador típico é cerca de 5% da corrente de plena carga.
Conseqüentemente os efeitos das harmônicas usualmente são sobrepujados pelas correntes
senoidais de outros elementos lineares do circuito.
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A corrente de excitação (I o) pode então ser representada pela sua onda senoidal
equivalente, que tem o mesmo valor eficaz e mesma freqüência, e produz a mesma potência
média, que a onda real. Tal representação é essencial para a construção do diagrama fasorial. Na
figura abaixo, os fasores E 1 e φ, respectivamente, representam a f.e.m. induzida e o fluxo. O
fasor Io representa a corrente de excitação senoidal equivalente.
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Para simular essas perdas no núcleo e a existência da força magneto motriz de
magnetização, deve-se acrescentar ao transformador ideal uma resistência (R p = resistência de
perdas no núcleo) e uma reatância de magnetização (X m), ambas em paralelo com a fonte.
Fig. 5.18 Circuito elétrico equivalente do transformador real referido para o primário
Onde:
R´2 = a2 R2
j X´2 = a2 j X2
V´2 = a V2
I´2 = I2 / a
Z´carga = a2 Zcarga
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Perdas Magnéticas no Núcleo:
Também chamadas de perdas no ferro pelo fato de o núcleo ser ferromagnético. São de dois
tipos:
Perda Foucault:
V1(t) enrolamento ⇒ I1magnetização ⇒ φ(t) núcleo ⇒ B(t) núcleo ⇒ e(t) núcleo ⇒ I(t) núcleo ⇒
Pfoucault(t) = RI2(t) núcleo
Para diminuir essas perdas o núcleo é feito com chapas laminadas e isoladas com verniz uma da
outra, além disso, quanto maior for a resistividade do material ferromagnético, menores serão
essas correntes e menores essas perdas. A adição de silício aos aços-carbono confere aumento de
resistividade.
Essas perdas podem ser determinadas aproximadamente por:
Pfoucault = Kf Vol (f Bmáx e)2
Onde:
Kf = constante que depende do material do núcleo
Vol = volume ativo do núcleo = K e . (volume geométrico do núcleo) = K e a b h
Ke = fator de empilhamento
Portanto:
Pfoucault = K´ Bmáx2
Perda Histerética:
Perda devido a diferença entre a energia absorvida e a devolvida a fonte em um ciclo completo
de magnetização. Ela vale aproximadamente:
Ph = Kh Bmáxη ; η = 1,5 a 2,5 ⇒ Ph = Kh Bmáx2
Onde:
Kh = constante que depende do material do núcleo
Bmáx = máxima densidade de fluxo atingida na magnetização cíclica
η = expoente que depende do valor de B máx atingido
Logo:
Pferro = Pfoucault + Ph
Pferro = K´ Bmáx2 + Kh Bmáx2
Pferro = K´´ Bmáx2
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E1 = 4,44 f N φmáx
E1 = 4,44 f N S Bmáx
E1 = K Bmáx
Portanto:
Pferro = K´´´ E1
O enrolamento do transformador deve absorver uma corrente I p, em fase com E 1, para suprir a
potência ativa perdida no núcleo sob a forma de calor, ou seja, a resistência de perdas no
núcleo (Rp).
E12
P ferro = E1 IP ou P ferro = RP IP2 ou P ferro =
RP
[5.9]
Rendimento:
Vamos nos deter apenas no rendimento em potência, deixando o de energia para as disciplinas
específicas de máquinas elétricas e de sistema de potência. Esse rendimento por unidade é
definido como:
Pentrada = V1 I1 cosϕ1
Psaída = V2 I2 cosϕ2
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Regulação:
Existem inevitáveis “quedas” de tensão devido a circulação de corrente nos enrolamentos dos
transformadores. Essas quedas são distribuídas nos enrolamentos. São quedas não só de natureza
resistiva, devido a resistência ôhmica dos condutores, como também de natureza reativa, devida
aos fluxos de dispersão.
Por esse motivo, a tensão de saída V 2o de um transformador em vazio é normalmente diferente
da tensão em carga V 2. Para a maioria das cargas (resistivas e indutivas), a tensão em carga é
menor que em vazio, ou seja, há realmente uma queda de tensão. Somente em cargas fortemente
capacitivas pode ocorrer tensão em carga maior que em vazio. Isso se prende ao fato de as
“quedas” de tensão em elementos reativos (capacitivos e indutivos), em regime senoidal,
dependerem não só dos módulos das correntes alternadas, mas também dos seus ângulos de fase.
Define-se a regulação por unidade (p.u.) como sendo:
Vvazio − Vc arg a
R=
Vvazio
[5.11]
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5.3 TESTES EM TRANSFORMADORES
Ensaio em Vazio:
Alimentamos com tensão nominal pelo lado da Baixa Tensão (B.T.) com o enrolamento da Alta
Tensão (A.T.) em aberto.
Medimos a:
- Potência à Vazio: Po - Corrente à Vazio: Io - Tensão à Vazio: V o
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Vo 2 Vo Vo Vo
Rp = [5.1] e Xm = = 2
⇒ Xm = [5.13]
Po Im Io − IP2 2
⎛P ⎞
2
Io −⎜ o ⎟
⎝ Vo ⎠
Os valores obtidos estão referidos para o lado 2.
- Ensaio em Curto-Circuito:
O ensaio em curto-circuito consiste em alimentar, geralmente, a alta tensão do transformador cm
corrente (Icc) e freqüência nominais, mantendo-se a baixa tensão curto-circuitada e mede-se a
tensão (Vcc) e a potência (Pcc) fornecida ao transformador. Com este ensaio determinam-se os
parâmetros R1, R´2, X1 e X´2.
Simplificando, temos:
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Onde:
Pcc
R eq = ⇒ Req = R1 + R`2
I cc 2
[5.14]
2 2
Vcc ⎛ Vcc ⎞ ⎛ Pcc ⎞
Z eq = ⇒ X eq = Zeq 2 − Req 2 ⇒ Xeq = ⎜ ⎟ − ⎜ 2 ⎟ ⇒ X eq = X 1 + X ′ 2
I cc ⎝ I cc ⎠ ⎝ I cc ⎠
[5.15]
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5.4 RENDIMENTO EM FUNÇÃO DA CARGA
Vamos determinar para qual valor de carga (I 2) o transformador tem máximo rendimento.
[5.16]
Onde:
Re2 = resistência dos enrolamentos referida para o lado da carga ⇒ Re2 = R2 + R``1
dη
teremos o máximo rendimento quando: =0
dI 2
Portanto:
2
V2 cosϕ2 [V2 I2 cosϕ2 + Pnucleo + Re2 I2 ] − (V2 I2 cosϕ2 )(V2 cosϕ2 + 2 Re2 I2 ) = 0
2
V2 cosϕ2 [V2 I2 cosϕ2 + Pnucleo + Re2 I2 −V2 I2 cosϕ2 − 2 Re2 I2 2 ]= 0
2
Pnucleo − Re2 I 2 =0
Para se ter o máximo rendimento as perdas variáveis (Joule) devem ser iguais as perdas fixas
(núcleo).
Pnucleo = Re2 I 2 2
Pnucleo
I2 =
Re 2
[5.17]
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5.5 TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS
Três transformadores monofásicos podem ser ligados para formar um banco trifásico em
qualquer dos quatro modos mostrados na figura 1. Em todas as quatro partes desta figura, os
enrolamentos à esquerda são os primários, aqueles à direita são os secundários, e cada
enrolamento primário tem como secundário aquele desenhado paralelo a ele.
Também estão mostradas as tensões e as correntes resultantes da aplicação ao primário
de tensões de linha V e correntes de linha I, quando a relação entre espiras de primário e
secundário N1/N2 vale a, considerando-se transformadores ideais. Deve-se notar que, para
tensões de linha e potência aparente total fixas, a potência aparente nominal de cada
transformador é um terço da potência aparente nominal do banco, independentemente das
ligações usadas, mas que os valores nominais de tensão e corrente dos transformadores
individuais dependem das ligações.
A ligação Y-∆ é comumente usada para transformar uma alta tensão em uma média ou
baixa. Uma das razões é que assim existe um neutro para aterrar o lado de alta tensão, um
procedimento que, pode-se mostrar desejável na maioria dos casos. Inversamente, a ligação ∆-Y
é comumente usada para transformar uma baixa ou média tensão em uma alta tensão. A ligação
∆-∆ tem a vantagem de que um transformador pode ser removido para reparo ou manutenção
enquanto os dois restantes continuam a funcionar como um banco trifásico com, entretanto, a
potência nominal reduzida a 58% do valor para o banco original; isto é conhecido como a
ligação delta aberto , ou V. A ligação Y-Y é raramente utilizada, devido a dificuldades com
fenômenos relativos a correntes de excitação.
Em lugar de três transformadores monofásicos, um banco trifásico pode consistir de um
transformador trifásico tendo todos os 6 enrolamentos em um núcleo comum, e contido em um
tanque comum. As vantagens de transformadores trifásicos são que eles custam menos, pesam
menos, ocupam menos espaço e tem rendimento maior.
Os cálculos de circuitos envolvendo bancos de transformadores trifásicos em circuitos
equilibrados podem ser feitos considerando-se apenas um dos transformadores ou fases, pois as
condições são exatamente as mesmas nas outras duas fases exceto pelos deslocamentos de fases
associados a um sistema trifásico.
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Fig. 5.21 Configurações dos transformadores trifásicos
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5.6 SISTEMA POR UNIDADE
Uma quantidade será expressa em por unidade (p.u.) se ela for dividida por uma
quantidade base escolhida o que permite a facilidade de manuseio com os valores matemáticos.
Valor Re al
Valor por unidade = [5.18]
Valor de Base da Grandeza
Exemplo:
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Rendimento em Potência utilizando os valores em P.U.
Sabendo que:
k = fator de carga do transformador
S c arg a V′2 I′2 I′2
k= = ⇒ k= [5.20]
S trafo V ′ 2 nom. I ′ 2nom . I ′ 2nom .
Temos:
k cosϕ 2
η =
Pnucleo ( R1 + R′ 2 ) = Z trafo k2
k cosϕ 2 + +
V ′ 2 nom. I ′ 2 nom. V ′ 2 nom.
= Z base
I ′ 2 nom.
Sabendo que:
Pnucleo
Wn = ( p.u ) e
V ′ 2 nom. I ′ 2 nom.
[5.22]
( R1 + R′ 2 ) = Z trafo
r1 + r ′ 2 = = Wj ( p.u.)
V ′ 2 nom.
= Z base
I ′ 2 nom.
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Assim:
k cosϕ 2
η = [5.23]
k cosϕ2 + Wn + W j k 2
Sabendo que:
• Ensaio em Curto ⇒ Wcc = Wj
• Ensaio em Vazio ⇒ Wo = Wn
Logo:
k cosϕ 2
η =
k cosϕ2 + Wo + Wcc k 2 [5.24]
Portanto:
η = f (k) [5.25]
Onde:
aV2o = V1
aV2c = V´2
V1 −V ′ 2
R=
V1
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5.7 AUTO-TRANSFORMADOR
Auto-transformador:
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Seja : φm = φmáx cos (wt)
Assim:
dφ m ( t )
e1auto ( t ) = − ( N 1 + N2 ) ⇒ e1auto ( t ) = ( N 1 + N 2 )φ w sen( wt )
dt
dφm ( t )
e2 auto (t ) = − N 2 ⇒ e 2 auto ( t ) = N 2 φ w sen( wt )
dt
Logo:
V1auto N1 + N 2 N1
a auto = = = +1 ⇒ a auto = atrafo + 1 [5.28]
V2 auto N2 N2
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Lembrando que:
Pelo transformador:
N1 * I1 trafo - N2 * I2 trafo = 0
N1 * I1 auto - N2 * I = 0
N1 * I1 auto - N2 * ( I2 auto - I1 auto) = 0
(N1 + N2) * I1 auto = N2 * I2 auto
Logo:
I 2auto ( N1 + N 2 )
= =aauto [5.30]
I aauto N2
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Comparação entre as potências como transformador e auto-trafo:
S trafo = V1 trafo
* I1 trafo
= V2 trafo
*I2 trafo
[5.31]
S tauto = V1 * I 1
auto tautoo
= V2 autoo
*I 2 auto
[5.32]
Para comparar as potências aparentes disponíveis, a máquina nas duas condições deve gerar:
Pferrotrafo + Pjouletrafo = Pferroauto + Pjouleauto
Para mesma Pferro ⇒ mesmo φm no núcleo
Para mesma Pjoule no primário ⇒ mesma corrente no enrolamento de
de N1 espiras
S tauto = V1 * I 1
auto tautoo
= V2 autoo
*I 2 auto
[5.33]
Sabendo que:
V1auto = 4,44 f (N1 + N2) φ
V1trafo = 4,44 f N1 φ
V1auto N1 + N 2 ⎛ N1 + N 2 ⎞
= ⇒ V1auto =⎜ ⎟V
V1trafo N1 ⎝ N1 ⎠ 1trafo
V2auto = 4,44 f N2 φ
I = I2 trafo I1 auto = I1 trafo
Portanto:
⎛ N + N2 ⎞ ⎛ N + N2 ⎞
S tauto = V1 * I 1 =⎜ 1 ⎟ V1 * I 1 = ⎜ 1 ⎟ * S trafo
auto tautoo
⎝ N1 ⎠ trafo trafo
⎝ N1 ⎠
[5.34]
⎛ N2 ⎞ ⎛ 1 ⎞
S tauto = ⎜ 1 + ⎟ * S trafo ⇒ Stauto = ⎜⎜ 1 + ⎟⎟ * S trafo
⎝ N 1⎠ ⎝ a trafo ⎠
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5.8 EXERCÍCIOS
1) Um fluxo φ = 2 sen 377 t (mWb) enlaça completamente uma bobina de 500 espiras. Calcular:
a) Tensão induzida instantânea
b) Tensão induzida eficaz
eficaz na bobina
2) Um transformador de 100 kVA, 2200/220 V é projetado para operar com uma densidade de
fluxo máxima de 1 T e uma tensão induzida de 15 volts/espira.
a) Determine o número de
de espiras do lado 1 (primário)
b) Determine o número de
de espiras do lado 2 (secundário)
c) Qual a área da seção reta do núcleo?
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8) Explique por que um transformador de 1 kVA, 400 Hz é menor que um de 1 kVA, 60 Hz.
9) Seja um transformador de 1000 kVA em que, nas condições nominais, a perda no núcleo é de
4,5 kW e as perdas Joule nas resistências iguais a 13,5 kW. Calcular o rendimento
r endimento para:
a) Plena Carga
b) Meia Carga
c) ¼ de Plena Carga
Onde F.P da carga = 0,8 indutivo
10) Um transformador de 60 Hz, tendo um enrolamento primário com 480 espiras consome a
vazio 80 W de potência, com uma corrente de 1,4 A e uma tensão de entrada de 120 V. Se a
resistência do enrolamento é 0,25 Ω, determinar:
a) Perda no Núcleo
b) Fator de Potência a Vazio
Vazio
c) Máximo Fluxo no núcleo (desprezar
(desprezar as quedas na reatância do 1 o)
quedas na resistência e na
d) A reatância de magnetização
magnetização e a resistência de perdas magnéticas
magnéticas desprezando o efeito na
impedância do 1 o
e) A reatância de magnetização
magnetização e a resistência de perdas
perdas magnéticas incluindo
incluindo o efeito da
resistência do enrolamento R 1 = 0,25 Ω e da reatância de dispersão X 1 = 1,2 Ω,
11) Um transformador de 5,0 kVA, 2300/230 V, 60 Hz, consome 200 W e 0,30 A vazio, quando
2300 V são aplicados no lado de A.T..
A resistência do primário é 3,5 Ω. Desprezando a queda na reatância de dispersão,
determinar:
a) Tensão induzida primária
b) Corrente de magnetização
magnetização
c) Componente de corrente
corrente de
de perda
perda no núcleo
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a) Primário
b) Secundário
16) Tendo um sistema (1) de 13800 V, deseja utilizar 13200 V que é nomeado de sistema (2).
Para fazer a interligação do sistema (2) utiliza-se um transformador de 13800/13200 V de 100
kVA. Mas se ligarmos o transformador com auto trafo, qual será a pot6encia do auto trafo, ou
seja que se pode retirar da rede?
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17) Um auto transformador abaixador deve ser usado para dar partida em um motor de indução,
a fim de limitar o módulo da corrente de partida a um nível aceitável, que é conhecido como 34
A, para uma tensão nominal da linha de 230 V. Em princípio, o auto transformador deve ser
regulado em um ponto de derivação de 80%.
a) Determine a corrente de entrada do auto trafo
b) Qual o valor da corrente da bobina comum
c) Determine os VA transformados
d) Determine os VA condutivos
e) Determine o valor nominal, em VA, do auto trafo, para as condições indicadas.
f) Determine o valor nominal de um trafo convencional equivalente que passa a ser utilizado
como auto trafo.
18) Transformador de 10 kVA, 60 Hz, 4800/240 V é ligado como auto trafo com polaridade
aditiva.
19) Transformador de 10 kVA, 60 Hz, 4800/240 V é ligado como auto trafo com polaridade
aditiva.
20) Num teste de circuito aberto e de curto circuito de um transformador monofásico de 25kVA,
2001_4E
2400/240V, 60 Hz, obteve-se os seguintes valores:
Ensaio em Vazio (B.T.): Vo = nominal Io = 1,6A Po = 114W
Ensaio em Curto (A.T.): Vcc = 55V Icc = nominal Pcc = 360W
a) Calcule as perdas no núcleo.
b) Qual a perda no cobre a plena carga.
c) Calcule a regulação de tensão para a condição de plena carga com F.P.= 0,65 atrasado. Adotar
V’2 com referência.
d) Determine os valores das tensões e das correntes do primário (V1 e I1) e do secundário (V2 e
I2), para a condição de plena carga com F.P. = 0,65 atrasado. Adotar V’2 como referência.
e) O que deve ser feito na relação de transformação do transformador para garantir 240 volts na
carga. Qual é a nova relação de transformação.
f) Determine os rendimentos do transformador quando ele alimenta cargas com 20%, 80% e
120% da nominal, com F.P. = 0,80 indutivo. Sabendo que o rendimento máximo vale 98,01% e
ocorre com 56,27% da carga nominal, quando com carga com F.P. = 0,80 indutivo.
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21) Um transformador trifásico de 1500kVA, 24,2kV/220V, ligação ∆/Υ, 60 Hz, foi ensaiado e
apresentou os seguintes valores: 2001_5D
Ensaio em Vazio (B.T.): Vo = 1,0 p.u. Io = 0,0102 p.u. Po = 0,0017 p.u.
Ensaio em Curto (A.T.): Vcc = 0,0496 p.u. Icc = 1,0 p.u. Pcc = 0,015 p.u.
a) Determine o circuito equivalente do transformador em p.u.
b) Determine o circuito equivalente do transformador refletido para o lado da B.T. em valores
ôhmicos.
c) Determine o rendimento do transformador para as seguintes cargas:
50% da nominal, F.P. = 0,92 indutivo
80% da nominal, F.P. = 0,92 indutivo
100% da nominal, F.P. =0,92 indutivo
d) Determine o rendimento máximo e a respectiva carga.
22) Um transformador de 25 kVA, 2400/240 V consome 254 W, com F.P.=0,15, quando 240 V
são aplicados no lado de baixa tensão, com o lado de alta tensão em aberto. Calcule a corrente
que é fornecida pela linha quando 2400 V forem aplicados no lado de alta tensão, com o lado da
baixa tensão em aberto. 2001_4B
23) Um transformador de 100 kVA tem perdas no núcleo medidas de 1250 W, na tensão
nominal. O teste de curto-circuito foi executado a 125% da corrente nominal e a potência de
entrada foi medida como 2875 W. calcule o rendimento deste transformador quando ele entrega
2001_4B
a potência nominal em kVA, com um fator de potência de 0,9 atrasado.
24) Um transformador trifásico de 100 kVA, 12000V/240 V, ligação ∆/Υ, 60 Hz, foi ensaiado e
apresentou os seguintes valores: 2001_4B
Ensaio em Vazio (B.T.): Vo = 1,0 p.u. Io = 0,021 p.u. Po = 0,0048 p.u.
Ensaio em Curto (A.T.): Vcc = 0,05 p.u. Icc = 1,0 p.u. Pcc = 0,012 p.u.
a) Determine o circuito equivalente do transformador em p.u.
b) Determine o circuito equivalente do transformador referido para a B.T.
c) Determine o rendimento do transformador para as seguintes cargas:
50% da nominal, F.P. = 0,92 indutivo
80% da nominal, F.P. = 0,92 indutivo
100% da nominal, F.P. =0,92 indutivo
d) Determine o rendimento máximo e a respectiva carga.
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e) Determine a regulação do transformador para a seguinte carga:
100% da nominal, F.P. =0,92 indutivo. O que deve ser feito na relação de transformação do
transformador para garantir 240 volts na carga. Qual é a nova relação de transformação?
f) Especifique um disjuntor para o lado da B.T. (corrente de curto-circuito, potência de curto-
circuito e corrente nominal).
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b) Determine o rendimento do transformador quando ele alimenta cargas com 50%, 80% e
120% da nominal do transformador com F.P. = 0,85. Sabendo que o rendimento máximo do
transformador ocorre com 94,39% da carga nominal, quando com carga com
F.P. = 0,85 e vale 97,62%.
28) Num teste de circuito aberto e de curto circuito de um transformador monofásico de 25kVA,
2400/240V, 60 Hz, obteve-se os seguintes valores:
Ensaio em Vazio (B.T.): Vo = nominal Io = 1,6A Po = 114W
Ensaio em Curto (A.T.): Vcc = 55V Icc = nominal Pcc = 360W
a) Calcule as perdas no núcleo
b) Qual a perda no cobre a plena carga
c) Calcule a regulação de tensão para a condição de plena carga com F.P.= 0,8 atrasado
Determine os valores das tensões e das correntes do primário (V1 e I1) e do secundário (V2 e I2)
d) Determine o rendimento do transformador quando ele alimenta cargas com 20%, 80% e 120%
da nominal do transformador com F.P. = 0,80. Sabendo que o rendimento máximo vale 98,01% e
ocorre com 56,27% da carga nominal, quando com carga com F.P. = 0,80 .
29) Uma chave compensadora é utilizada para dar partida em um motor de indução trifásico de
75 CV, 4 pólos, 60 Hz, ligação em ∆. A corrente de partida deste motor é de 7,4 vezes a corrente
nominal dele.
A chave compensadora é equipada com três auto transformadores abaixadores ligados em ∆.
Inicialmente cada um deles são ligados no tap de derivação de 65%, de modo a limitar o
módulo da corrente de partida a um nível aceitável, que é conhecido como
150 A por fase.
Sabendo que a tensão da linha é de 440 V. Determine os itens a seguir para um auto
transformador apenas (por fase).
a) Determine a corrente de entrada do auto trafo
b) Qual o valor da corrente da bobina comum
c) Determine os VA transformados
d) Determine os VA condutivos
e) Determine o valor nominal, em VA, do auto trafo, para as condições indicadas.
f) Determine o valor nominal de um trafo convencional equivalente que possa ser utilizado
como auto trafo.
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6. MÁQUINAS SÍNCRONAS
Seja o dispositivo abaixo, constituído de duas bobinas cujos eixos estão separados por um
ângulo δ.
dL1 dL2 dM
Cdes. (σ) = I 1
2
+ I2 2
+ I1I2 ou [4.18]
dσ dσ dσ
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6.2 ASPECTOS CONSTRUTIVOS
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Circuito equivalente por fase - máquina síncrona
GERADOR :
Vo
>0
jXs.Ia
Va Ra.Ia ângulo de potência
Ia
Fasorialmente
MOTOR :
-jXs.Ia -Ra.Ia
Va <0
ângulo de potência
Ia Vo
Fasorialmente
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Potência desenvolvida pela máquina síncrona :
GERADOR :
Desprezando a resistência R a :
Vo = Va + jXsIa
Fasorialmente :
A
Vo jXs.Ia
.
Va C B
Ia
AB = Vo senδ
AB = Xs Ia cosϕ
Portanto :
Va Vo
P= sen δ
Xs
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6.3 MOTOR SÍNCRONO
Desprezando a resistência R a :
Va Vo
Va = V o + j X s I a P = sen δ ⇒ P = Va Ia cosϕ
X s
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Xd = reatância segundo o eixo direto e X q = reatância segundo o eixo em quadratura
X=2πfL ⇒ X = 2 π f ( N2 / R )
2π f N 2 f SN2
X= ⇒ X = 2π µo
1 l l
*
µo S
Portanto: Xd > Xq
Vo = Va + Ra Ia + jXd Id + jXq Iq
Onde:
Id = componente da corrente de armadura que produz fluxo segundo o eixo
direto
Iq = componente da corrente de armadura que produz fluxo segundo o eixo em
quadratura
∆ ABO ≡ ∆ A´B´O´
O′ A′ A′ B′ O′ A′ j Xq Iq
= ⇒ =
OA AB Ia Iq
Portanto : O′ A′ = j Xq Ia
fm fa pa fa
ns = = ⇒ =
pm pa pm fm
Onde:
fm = freqüência da corrente de armadura no motor
pm = pares de pólos do motor
fa = freqüência da tensão induzida no alternador
pa = pares de pólos do alternador
Seja um gerador síncrono de rotor cilíndrico operando em paralelo com uma barra
infinita (tensão constante independente da carga). Devido a algum distúrbio, o angulo de carga
varia de um angulo (o que corresponde à máquina desenvolver uma potência adicional, de modo
que ela mantém o sincronismo. Essa potência adicional é conhecida como potência
sincronizante).
A potência sincronizante é dada por :
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⎡ 2 ∆⎤
Vo Va
Ps = ⎢⎣sen ∆ sen(θ + σ ) + 2 cos( )
θ + σ sen
Zs 2 ⎥⎦
Aproximações :
a) ∆ pequeno ⇒ sen∆ ≈ ∆ e sen2∆/2 ≈ 0
b) Ra ≤ Xs ⇒ Zs = ( Ra2 + Xs2 )1/2 ⇒ Zs = Xs ⇒ θ = 90o
sen (θ + δ) = cos δ
Portanto:
V oV a
Ps = ∆ cosσ por fase.
Xs
6.7 EXERCÍCIOS
1) Para um motor síncrono de pólos lisos, tensão nominal de alimentação de 220 V em ligação
estrela. Determinar a f.e.m. gerada internamente de forma a manter uma corrente na linha de 20
A, com um fator de potência 0,8 atrasado. A resistência do enrolamento da armadura vale 0,15
Ω/fase e a reatância síncrona 2 Ω/fase.
2) Um motor síncrono de rotor liso trifásico, 2300 V, ligação em estrela, tem uma reatância
síncrona de 3 Ω/fase e uma resistência de armadura de 0,25 Ω/fase. O motor opera com uma
carga tal que o ângulo de potência δ = -15o, e a sua excitação é ajustada de modo que a tensão
induzida internamente tenha módulo igual ao da tensão terminal. Determinar:
a) Corrente de armadura
b) Fator de potência do motor
c) Potência absorvida do barramento
3) Um gerador síncrono, trifásico, ligação estrela, rotor cilíndrico, 10 KVA, 230 V, tem uma
reatância síncrona de 1,2 Ω/fase e uma resistência de armadura de 0,5 Ω/fase. Calcule a
regulação percentual de tensão a plena carga com F.P.=0,8 atrasado.
4) Seja um gerador síncrono trifásico, 250 KVA, 440 V de linha (Y), 60 Hz, 4 pólos, com
reatância síncrona de 1 Ω/fase, ligado a um barramento infinito. A corrente de excitação é
ajustada para a condição nominal com F.P. = 1,0.
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 78
a) Determinar Vo e δ para esta condição
b) Determinar novos valores de Vo, δ, P, I e cos ϕ, devido um acréscimo de 15% na corrente de
excitação
c) Com a corrente acrescida de 15%, eleva-se o conjugado do motor em 10%, determinar I, cos ϕ
e P para esta condição
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 79
Curva Característica do Gerador
1,7
1,6
1,5
1,4
1,3
) 1,2
. 1,1
u 1
. 0,9
p 0,8
(
0,7
a 0,6
I 0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1 1,2 1,3 1,4
Iexc. (p.u.)
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 80
- a velocidade do gerador (w)
Quando a corrente do campo é aumentada em 40%.
1,7
1,6
1,5
1,4
1,3
) 1,2
. 1,1
u 1
. 0,9
p 0,8
(
0,7
a 0,6
I 0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1 1,2 1,3 1,4
Iexc . (p.u.)
a) O número de lâmpadas incandescentes de 100W que pode ser alimentado, além dos motores,
sem que o gerador ultrapasse a sua carga nominal.
b) Repita (a) se o fator de potência dos motores cai para 0,7.
9) Um motor síncrono trifásico, de pólos cilíndricos, conectado em ∆, 60 Hz, 13500 V tem uma
resistência de armadura de 1,52 Ω por fase e uma reatância síncrona de 37,4 Ω por fase. Quando
o motor entrega 2000 HP, o rendimento é de 96% e a corrente de campo é ajustada de forma que
2002_5D
o motor tenha uma corrente adiantada de 85 A.
a) Com que fator de potência o motor está operando.
b) Calcule a tensão interna gerada Vo.
c) Calcule a potência e o torque mecânico desenvolvido.
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 81
10) Um gerador síncrono de pólos lisos será conectado em paralelo com um barramento
infinito.2001_4B
a) Quais são os procedimentos que devem ser tomados para efetuar a conexão em paralelo?
b) Uma vez colocado em paralelo o gerador, quais são os efeitos da corrente da bobina
excitatriz e da vazão da água na potência entregue ao barramento infinito?
c) Admitindo-se que o gerador em paralelo com o barramento infinito está trabalhando com
uma determinada carga que exige uma corrente de 1,0 p.u. com fator de potência adiantado.
Explique o que acontece com:
- a tensão interna gerada (Vo)
- a tensão terminal (Va)
- a corrente (Ia)
- o ângulo de defasagem ( ϕ), no barramento infinito.
- o ângulo de carga ( δ)
- a potência ativa gerada (P)
- a velocidade do gerador (w)
Quando a corrente do campo é aumentada em 20%.
d) Admitindo-se que o gerador em paralelo com o barramento infinito está trabalhando com
carga que exige uma corrente de 0,95 p.u.. Explique o que acontece com:
- a tensão interna gerada (Vo)
- a tensão terminal (Va)
- a corrente (Ia)
- o ângulo de defasagem ( ϕ), no barramento infinito.
- o ângulo de carga ( δ)
- a potência ativa gerada (P)
- a velocidade do gerador (w)
Quando a vazão da turbina é controlada de maneira a aumentar o torque da máquina síncrona
em 15%.
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 82
OBS: Utilizar Diagramas Fasoriais
1,7
1,6
1,5
1,4
1,3
) 1,2
. 1,1
u 1
. 0,9
p 0,8
(
0,7
a 0,6
I 0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1 1,2 1,3 1,4
Iexc . (p.u.)
11) Um gerador síncrono de pólos lisos será conectado em paralelo com um barramento
infinito.2001_5D
a) Quais são os procedimentos que devem ser tomados para efetuar a conexão em paralelo?
b) Uma vez colocado em paralelo o gerador, quais são os efeitos da corrente da bobina
excitatriz e da vazão da água na potência entregue ao barramento infinito?
c) Admitindo-se que o gerador em paralelo com o barramento infinito está trabalhando com
uma determinada carga que exige uma corrente de 1,0 p.u. com fator de potência atrasado.
Explique o que acontece com:
- a tensão interna gerada (Vo)
- a tensão terminal (Va)
- a corrente (Ia)
- o ângulo de defasagem ( ϕ), no barramento infinito.
- o ângulo de carga ( δ)
- a potência ativa gerada (P)
- a velocidade do gerador (w)
Quando a corrente do campo é diminuída em 20%.
d) Admitindo-se que o gerador em paralelo com o barramento infinito está trabalhando com
carga que exige uma corrente de 0,8 p.u.. Explique o que acontece com:
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 83
- a tensão interna gerada (Vo)
- a tensão terminal (Va)
- a corrente (Ia)
- o ângulo de defasagem ( ϕ), no barramento infinito.
- o ângulo de carga ( δ)
- a potência ativa gerada (P)
- a velocidade do gerador (w)
Quando a vazão da turbina é controlada de maneira a aumentar o torque da máquina síncrona
em 40%.
OBS: Utilizar Diagramas Fasoriais
12) Um gerador síncrono de pólos lisos será conectado em paralelo com um barramento infinito.
2001_4E
a) Quais são os procedimentos que devem ser tomados para efetuar a conexão em paralelo?
b) Uma vez colocado em paralelo o gerador, quais são os efeitos da corrente da bobina
excitatriz e da vazão da água na potência entregue ao barramento infinito?
c) Admitindo-se que o gerador em paralelo com o barramento infinito está trabalhando com
uma determinada carga que exige uma corrente de 1,2 p.u. com fator de potência adiantado.
Explique o que acontece com:
- a tensão interna gerada (Vo)
- a tensão terminal (Va)
- a corrente (Ia)
- o ângulo de defasagem ( ϕ), no barramento infinito.
- o ângulo de carga ( δ)
- a potência ativa gerada (P)
- a velocidade do gerador (w)
Quando a corrente do campo é aumentada em 30%.
d) Admitindo-se que o gerador em paralelo com o barramento infinito está trabalhando com
carga que exige uma corrente de 0,8 p.u.. Explique o que acontece com:
- a tensão interna gerada (Vo)
- a tensão terminal (Va)
- a corrente (Ia)
- o ângulo de defasagem ( ϕ), no barramento infinito.
- o ângulo de carga ( δ)
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 84
- a potência ativa gerada (P)
- a velocidade do gerador (w)
Quando a vazão da turbina é controlada de maneira a aumentar o torque da máquina síncrona
em 20%.
OBS: Utilizar Diagramas Fasoriais
1,7
1,6
1,5
1,4
1,3
) 1,2
. 1,1
u 1
. 0,9
p 0,8
(
0,7
a 0,6
I 0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1 1,2 1,3 1,4
Iexc . (p.u.)
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 85
7. MÁQUINAS ASSÍNCRONAS
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 86
7.2 MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS (MOTORES ASSÍNCRONOS)
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 87
Fig. 7.3 Carcaça
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 88
7.5 A FORMAÇÃO DO CAMPO GIRANTE
Para a formação de um campo girante homogêneo, duas condições devem ser satisfeitas:
O estator do motor deve ser dotado de três bobinas deslocadas de 120 . Nas três bobinas °
do estator devem circular três correntes alternadas senoidais, que devem ter entre si um
deslocamento de fase de 120 , ou seja 1/3 de período. Esta é a corrente trifásica, como a que é
°
por correntes defasadas de 120 no tempo (caso das correntes dos sistemas de alimentação
°
trifásica), o campo magnético criado é girante, ou seja, sua orientação norte-sul gira
continuamente e sua intensidade é constante.
Este campo magnético girante se forma em cada instante, devido a combinação de cada
um dos campos magnéticos criados por cada enrolamento monofásico. A figura abaixo ilustra a
maneira como se produz um campo girante. No instante 1, o campo gerado pelo enrolamento de
fase A prevalece sobre os demais, determinando a orientação do campo magnético resultante. No
instante 2, a orientação do campo magnético resultante é dada pelo enrolamento da fase B que é
predominante. No instante 3, a orientação é dada pelo enrolamento da fase C. Da mesma forma
para os instantes 4,5 e 6, a orientação do campo resultante é dada respectivamente pelas fases A,
B e C. porém com sentido inverso como mostra a figura. No instante 7, completamos 360 e o °
ciclo é reiniciado.
O campo girante do estator atravessa as barras do rotor, induzindo forças-eletromotrizes.
Estas geram correntes que interagindo com o campo girante do estator, produzem um conjugado
motriz no mesmo sentido de rotação do campo.
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 89
Fig. 7.4 Formação do campo girante
7.6. CONSTRUÇÃO
7.7. FUNCIONAMENTO
pode concluir da figura 7.4, aplicando-se a regra da mão direita. Desta forma, é possível, já na
fase de partida, desenvolver um conjugado constante entre os pólos do estator e do rotor, cuja
grandeza é da ordem de 2 a 3 vezes o conjugado nominal, que é capaz de vencer a inércia da
massa do rotor e da carga plena, e também de colocar em movimento o rotor a partir do seu
estado de repouso.
Observando-se que o rotor se move no sentido da rotação do campo girante, a velocidade
relativa dos dois campos na fase inicial cada vez se aproxima mais, ou seja, a diferença de
velocidade se reduz sucessivamente. Como a tensão induzida é conseqüência do corte entre os
dois campos presentes, a redução da diferença de velocidade reduz a tensão, a freqüência, a
corrente e o campo do rotor e com isto o conjugado, são reduzidos, chegando a zero perante a
velocidade síncrona. Entretanto, se sobre o rotor não age um conjugado, então este se retarda em
relação ao campo girante, elevando conseqüentemente a diferença de velocidades. Somente por
meio deste retardo induz-se tensão nos enrolamentos do rotor, e com isto se torna possível a
existência de um campo de rotor e um conjugado. O rotor, portanto, não deve ter uma rotação
síncrona, motivo pelo qual este tipo de motor é chamado de motor assíncrono. A diferença de
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 90
rotação entre o rotor e o campo girante é chamado de escorregamento, e sua indicação é feita
em porcentagem da rotação do campo girante do estator; na partida seu valor é de 100%.
Nos motores assíncronos, o campo girante do estator tem duas funções:
1. Criação de uma tensão no rotor por indução, para constituição do campo girante do
rotor.
2. Criação de um conjugado, conjuntamente com o campo girante do rotor, para deslocar
o rotor e a carga.
O enrolamento do estator pode por isto ser considerado análogo ao enrolamento primário
de um transformador e o enrolamento secundário análogo ao enrolamento do rotor. Motores
assíncronos são também chamados de motores de indução.
No instante da partida forma-se no rotor, em virtude do escorregamento 100%, a tensão
mais elevada possível e com isto uma corrente muito elevada, um campo intenso e o já
mencionado conjugado de partida elevado. O motor nesta situação equivale a um transformador
com o secundário curto-circuitado; a corrente de partida é por isto igual à corrente de curto-
circuito e resulta assim de 3 a 8 vezes maior que a corrente nominal.
Em Vazio: em vazio, o escorregamento apenas é de algumas rotações, em virtude da
pequena carga presente. Tensão, freqüência (menor que 1Hz), corrente e campo no rotor são por
isto muito pequenos. Apesar disto, o estator, devido a sua plena magnetização absorve, em
motores grandes até 30%, em motores pequenos cerca de 60% da corrente nominal da rede (da
qual 90% é corrente reativa).
Sob Carga: sob carga, a rotação se reduz em virtude das resistências mecânicas
encontradas, com o que entretanto o escorregamento se eleva. Com carga nominal, seu valor é de
3 a 5%.
Como conseqüência da elevação do escorregamento, eleva-se a tensão e acorrente do
rotor, com isto, forma-se um campo mais forte e um conjugado mais potente para vencer o
conjugado de carga. A rotação entretanto apenas cai pouco, pois uma maior carga pelo aumento
do escorregamento, irá criar um conjugado mais elevado. Apenas nas condições de sobrecarga é
que o escorregamento de eleva acentuadamente, o motor se desenvolve o seu conjugado
máximo, porém a rotação mesmo assim cai e o rotor pára. O escorregamento máximo é de cerca
de 20 a 30%, sendo o valor do conjugado máximo estabelecido por Norma. A figura 7.8, mostra
uma variação característica de conjugado, velocidade e escorregamento nas condições de partida,
carga e sobrecarga. Escorregamento, tensão no rotor e freqüência do rotor (também chamados de
tensões de escorregamento e freqüência de escorregamento), são os máximos na partida, os
menores em vazio e crescem com o aumento de carga até seu valor máximo.
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 91
Fig. 7.5 Corte de um motor assíncrono bipolar
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 92
Fig. 7.7 Estator
7.8.1 CONSTRUÇÃO
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 93
Motores com rotor em curto-circuito são motores assíncronos com as bobinas do rotor em
curto-circuito. As correntes de curto-circuito que aparecem no rotor, criam um campo girante
muito intenso, que adota a polaridade do campo girante do estator.
Os lados das bobinas são barras maciças, os anéis de curto-circuito formando a cabeça da
bobina, reúnem as ditas bobinas em um enrolamento. Este tipo de enrolamento (figura 7.9), é
chamado de “gaiola” e o motor é denominado como “rotor tipo gaiola”.
A gaiola é freqüentemente fabricada pela injeção de alumínio puro nas ranhuras, onde os
anéis de curto circuito e as barras, formam uma peça única e intimamente ligadas com o pacote
magnético do rotor. As ranhuras e com isto as barras, em motores de curto-circuito normais, são
de seção circular ou em forma de gota (figura 7.10). Para melhorar as características de partida, o
eixo das ranhuras não é paralelo ao eixo do rotor, mas sim deslocado de uma ranhura em relação
a este.
7.8.2 CARACTERÍSTICAS
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 96
Fig. 7.11 Distorção do campo
c) Rotor com Ranhura de Grande Altura: neste tipo de rotor, apenas uma barra é
montada, que, entretanto, penetra bastante no núcleo do rotor, e cuja relação entre lados é da
ordem de 5 a 10 vezes mais alto do que largo (figura 7.14). Dessa forma, aparece igualmente
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 97
uma distribuição desuniforme da corrente, que é menor do que no caso da gaiola dupla, em
virtude da falta de material magnético entre ambos os setores. Quando ligado diretamente, pode-
se alcançar uma corrente de 4 a 6 vezes o valor nominal e um conjugado de 1,3 a 1,5 vezes o
valor nominal (figura 7.15).
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 98
Fig. 7.16 Condutores de profundidade
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 99
7.10.1 CONSTRUÇÃO DOS MOTORES DE ANÉIS
O motor de anéis é um tipo de motor assíncrono, cujo circuito de corrente do rotor possui
um resistor variável em escalões, para fins de partida e regulação. Para tanto, é necessário
abandonar a construção fechada do motor tipo gaiola (o que uma desvantagem). O rotor recebe
um enrolamento de 2 ou 3 fases, normalmente um enrolamento de duas camadas, cujo número de
pólos deve corresponder ao do campo girante do estator; os terminais iniciais (u,v,w), são
levados a um painel de ligações por meio de anéis, enquanto os terminais das extremidades
(x,y,z), são ligados conjuntamente, num ponto estrela. O circuito de corrente do rotor é fechado
por meio de um segundo ponto estrela no dispositivo de partida do rotor; este não deve por isto
ter posição de desligamento (figura 7.18). Normalmente a tensão no rotor é da ordem de 80 a
100V, com isto, a corrente no rotor é mais elevada que a corrente no estator. Assim,
para a ligação do dispositivo de partida do rotor, é necessário escolher um condutor cuja seção
seja um número superior ao do usado na ligação do motor à rede.
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Motores de anéis fornecem um conjugado de partida elevado, tal como os motores de
ranhuras especiais, com baixa corrente de partida. Por meio de um escalonamento adequado do
resistor móvel e do dispositivo de partida do rotor, o conjugado máximo pode ser deslocado ao
ponto de partida, e após alcançar as condições nominais, e conseqüente redução da resistência do
resistor, novamente deslocá-lo para a sua posição normal, com rotação elevada (figura 7.19).
Também uma partida com corrente nominal é possível, quando então resulta o conjugado
nominal neste instante. Se o dispositivo de partida do rotor é dimensionado para carga
permanente, então é possível se efetuar uma regulação da velocidade para valores interiores, por
meio de um aumento artificial do escorregamento. Por isto, os motores de anéis são usados
sobretudo:
Fig. 7.19 Característica de velocidade e de conjugado, para partida com resistores (R3, R2, e R1)
Motores de anéis são fabricados normalmente para 3600, 1800, 1200 e 900 rpm em 60Hz
e para velocidades menores quando a potência do motor é maior. Com relação a utilização e tipo
do porta-escovas, distinguem-se:
O serviço de motores assíncronos com duas velocidades, pode ser obtido por meio da
montagem de dois enrolamentos separados, de número diferente de pólos, no mesmo estator. Por
meio de um comutador de pólos, é ligado de cada vez um dos enrolamentos e desligado um
outro. Para que o enrolamento desligado não sofra a circulação de correntes, o seu circuito deve
estar aberto. Por isto, é normal o emprego para ambos os enrolamentos, da ligação estrela (figura
7.20). Porém, também é possível fazer a ligação de uma outra maneira, como por exemplo,
estrela-triângulo ou triângulo-estrela. Motores com enrolamentos separados também podem ser
previstos para partida estrela-triângulo; para tanto, é preciso que ambos os enrolamentos sejam
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ligados em triângulo e o painel de ligações dotado de 12 terminais. No ato da comutação, a
ligação triângulo do enrolamento desligado, deve ficar aberta.
Motores com 3 velocidades, são dotados de um enrolamento normal e o outro do tipo
Dahlander, portanto também dois enrolamentos. Neste caso, o painel de ligações deve ter 9
terminais.
Motores com 4 velocidades são dotados de dois enrolamentos Dahlander, neste caso o
painel de ligações é dotado de 12 terminais.
Na maior parte dos motores com enrolamento em separado, a refrigeração é insuficiente
perante baixas velocidades. Sobretudo, com grande número de manobras. Como os motores
trifásicos apenas apresentam características de serviço favoráveis em uma velocidade, e neste
caso apenas, estamos aproveitando a metade de cada ranhura, não é possível evitar o
aproveitamento parcial do cobre e do núcleo magnético.
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Para simplificar as máquinas comutadoras de pólos e aproveitar melhor a seção
transversal da ranhura, foram desenvolvidos diversos tipos, que permitem obter, com um único
enrolamento, até 2, 3 ou 4 diferentes números de pares de pólos. A maior parte destas ligações
exige a retirada de numerosas derivações do enrolamento, com saídas no painel de ligações, e
complexos dispositivos especiais para a comutação. Por isto, é elevado o preço de tais motores e
sua utilização é restrita a casos especiais. O sistema mais simples e por isto o mais empregado de
um enrolamento para comutação de pólos, é a ligação Dahlander. Por meio desta ligação o motor
apresenta duas velocidades, na relação 2:1. O enrolamento de cada fase é neste caso composto de
dois grupos, que são comutados em 3 formas diferentes:
1) Comutação dos dois grupos de uma fase da ligação normal em série, para a da ligação
em oposição.
2) Comutação dos dois grupos de uma fase da ligação série para a ligação paralela (ou
antiparalela).
3) Comutação das 3 fases, da ligação triângulo para estrela ou estrela dupla.
Pela ligação em oposição, o número de pólos é reduzido à metade e a velocidade é
elevada ao dobro, pela ligação paralela alcança-se nas condições de serviço normal a necessária
velocidade elevada e conjugado necessário. Para que a tensão não se eleve em demasia nos
grupos ligados em paralelo, a ligação das fases deve ser mudada de triângulo para a ligação
estrela (figura 20).
A simultaneidade das três comutações é obtida pela mudança das três ligações da rede, da
aresta do triângulo (Ua, Va, Wa), para o ponto médio desta ligação (Ub, Vb, Wb) e a inclusão de
uma ponte de ligação estrela entre os terminais (Ua, Va, Wa). A comutação pode ser feita no
painel de ligações (figura 20), porém normalmente é efetuada com auxílio de uma chave de
comutação polar.
Na comutação dos pólos, inverte-se a direção de giro do campo girante e com isto
também a do rotor. Normalmente este fato não é desejável, motivo porque comutam-se também
as duas ligações da rede de alimentação. Esta modificação é feita dentro da máquina quando da
ligação do enrolamento no painel, por isto na figura 7.21 foi feita a ligação de Vb em Wb e de
Wb em Vb.
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Fig. 7.21 Ligação Dahlander de 4/2 Pólos
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f) Apenas pode ser usado em uma tensão da rede.
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7.12 MODELAMENTO DAS MÁQUINAS ASSÍNCRONAS
Modelo do Estator :
Modelo do Rotor :
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7.12.1 FUNCIONAMENTO
em vazio :
- o sistema de correntes 3 φ produz uma onda de f.m.m. (F O ), que gira em relação ao estator
com velocidade síncrona n s
fr e q u e n c ia ( f )
n s = p a r e s d e p o lo s ( p ) [7.1]
- associado a F 0 temos o campo magnético 3 φ , também girante
- indução de corrente no enrolamento do rotor
- o fluxo ∅0 produzido no estator pode ser decomposto em duas parcelas
∅0 = ∅m + ∅ p
- tensões induzidas devido a esses fluxos
E´1 : no estator
E´1 = 4,44 ƒ N1 ∅0
com duas parcelas
E´1 = E1 +Ep
onde E1 = 4,44 ƒ 1 N1 ∅m [7.2]
- no rotor temos :
E2 = 4,44 ƒ 2 N2 ∅m [7.3]
f2 = s f1 [7.4]
E2 = s E1 [7.5]
de [7.2] e [7.3] temos :
E N
1
= 1
= a [7.6]
E 2 N 2
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- rotor girando a uma velocidade nr (escorregamento s)
- a corrente do rotor tem então a freqüência ( ƒ r ) :
ƒr=sƒ [7.7]
- tensão induzida E2ROTÓRICA = 4,44 ƒ r N2 ∅m = s E2 [7.8]
- reatância X2ROTÓRICA = 2π ƒ r I2 = s X2 [7.9]
- a corrente I2 vale :
sE 2
I2 = 2 [7.10]
2
r2 + (s x2 )
E2
ou
I2 = [7.11]
2 2
( ) + ( x2 )
r2
s
- rotor fica :
r2 r2 (1 − s )
= r2 + [7.12]
s s
- o circuito fica :
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Fig. 7.26 Circuito equivalente da máquina assíncrona por fase
- como foi feito no transformador podemos ter o modelo referido para o lado 1 (estator) :
Fig. 7.27 Circuito equivalente da máquina assíncrona referido para o lado do estator por fase
Fig. 7.27 Circuito equivalente da máquina assíncrona referido para o lado do estator por fase
'
R2 '2
ou
P12 =3 I2 [7.19]
s
5. Perda Joule no Rotor (P JR):
' '2
PJR =3 R2 I 2 [7.20]
6. Potência Eletromagnética Desenvolvida (P el) :
R2' (1 − s ) '2
Pel =3 I2
[7.21]
s
Sabendo que: P12 = Pjr + Pel [7.17]
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7. Potência Útil = Potência Mecânica = Potência de Saída no Eixo (P u=Pmec=Ps):
Pµ = Pe l −∑ Pa v [7.26]
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7.12.3 CONJUGADO ELETROMAGNÉTICO DESENVOLVIDO
Sabendo que :
C = P / Wr [7.27]
onde Wr é a velocidade angular do rotor
Wr = 2 π nr , dada em rad/seg. [7.28]
Assim :
3 r 2 (1 − s)
ι
2
Cel = .I ι
2
wr . s [7.29]
Sabendo que :
nr = (1 − s). ns [7.30]
wr = (1 − s). ws
1 1− s
=
ws wr
Então :
3r 2 ι
2
C el = .I ι
2 [7.31]
s. w s
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Por simplificação vamos utilizar o modelo abaixo, onde os parâmetros estão referidos para o
estator.
Fig. 7.29 Circuito equivalente simplificado da máquina assíncrona, referido para o lado do
estator por fase
V1
ou I
ι
2 = [7.33]
s r1 + r
ι
( 2
) 2 + ( x1 + x ι
2 )2
s
3 r 2 .V12 s ι
Cel = [7.35]
ws [( sr1 + r 2 ) 2 + s 2 ( x1 + x 2 ) 2 ] ι ι
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7.12.4 CONJUGADO MÁXIMO EM FUNÇÃO DO ESCORREGAMENTO S
3V12
[rι 2 ((sr1 + rι 2 )2 + s 2 (x1 + xι 2 )2 )] −[2(sr1 + rι 2 ).r1 + 2s(x1 + xι 2 )2 ].srι 2
dCel ws
=
ds [(sr1 + rι 2 )2 + s2 (x1 + xι 2 )2 ]2
[7.36]
dc el
Para Cel máx =0 [7.37]
ds
Para derivada nula devemos ter numerador igual a zero.
O valor do s para ter C máx é :
ι
+ r 2
smax = − 2 [7.38]
r1 + ( x1 + x 2 ) 2 ι
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7.12.5 DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DO CIRCUITO EQUIVALENTE
APROXIMADO DA MÁQUINA ASSÍNCRONA
Fig. 7.29 Circuito equivalente simplificado da máquina assíncrona, referido para o lado do
estator por fase
Ensaio em Vazio :
- aplica-se a tensão nominal e mede-se : V o, Io e Po
- Po são as perdas no núcleo somadas às perdas por atrito e ventilação
- Po = PoFE + PA.V. [7.40]
Para determinar os parâmetros do motor utiliza-se os valores de tensão, corrente e potência por
fase, assim :
2
Vo
RP = [7.41]
PoFE
Vo Vo
Xm = ⇒ Xm = 2
[7.42]
Im ⎛V ⎞
2
Io −⎜ o ⎟
⎝ RP ⎠
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Curva do ensaio em vazio P o x Vo :
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7.12.6 CURVAS DE CONJUGADO E CORRENTE EM FUNÇÃO DO
ESCORREGAMENTO S
2º Trecho : motor de indução com s elevado (10 a 100%). Nesta região a corrente
depende tanto de R 2 como de s X 2.
sE
I2 = 2
2
, em particular para s = 1, temos :
2
r2 + (s x2 )
E2
I sP = 2 2
[7.49]
R2 + X2
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7.12.7 INFLUÊNCIA DA TENSÃO V1 E DA RESISTÊNCIA ROTÓRICA SOBRE AS
CURVAS DE CORRENTE E CONJUGADO
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7.13 MÉTODOS DE VARIAÇÃO DE VELOCIDADE DO MOTOR DE INDUÇÃO
- Escorregamento (s) :
w − w 2 π f
s = s
onde : w s =
w s p
p = número de pares de pólos
- Rotor Bloqueado ⇒ w = 0 ; s = 1
- Rotor em Sincronismo ⇒ w = ws ; s = 0
- R´2 / s ⇒ representa toda a potência rotórica : P rot
Prot = Pmec + PJoules do rotor
Prot = 3 (R´2 / s) I´22
Pmec = 3 (R´2/s - R´2) I´22
Pmec = 3 R´2 (1-s / s) I´22
Pmec = T x W
T x W = 3 R´2 (1-s / s) I´2 2
W = Ws (1-s)
T x Ws(1-s) = [ 3 R´2 (1-s ) I´22 ] / s
T = 3 (R´2 / s ) I´2 2 / ws
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Fig. 7.38 Curvas características do motor de indução de 150 KW, 4 pólos
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7.13.1 MÉTODO DA MUDANÇA DO NÚMERO DE PÓLOS
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Curva Característica :
2π f
W s1 =
2p
2π f
Ws2 =
p
Considerações :
1) Esse processo é bastante simples, pois requer apenas um motor com enrolamento especial e
um jogo de contatores para realizar o chaveamento.
2) Esse processo não permite propriamente uma variação contínua de velocidade. Ele possibilita
a operação somente em dois pontos W s1 e Ws2.
3) É normalmente utilizado em partidas pesadas onde a inércia da carga é elevada. Neste caso a
partida é realizada em 2 estágios, interligando inicialmente a configuração ∆ com (2p) pólos, a
medida que a máquina atinge W s1, processa o chaveamento para ΥΥ passando para W s2.
Considerações :
1) Este sistema permite obter uma variação de velocidade discreta (não contínua), cujos pontos
dependem tanto do reostato como da própria curva característica do conjugado resistente da
carga.
3) A sua desvantagem reside no fato de ter baixo rendimento em rotações reduzidas. Isto faz com
que a medida que se deseja ampliar a faixa de variação de velocidade, o rendimento do
acionamento será inversamente proporcional à ela.
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7.13.3 MÉTODO DA CASCATA SUB-SÍNCRONA :
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7.13.4 VARIAÇÃO DA VELOCIDADE PELA TENSÃO DO ESTATOR
Fig. 7.47 Motor com Torque máximo próximo à condição de rotor bloqueado
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Considerações :
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7.13.5 VARIAÇÃO DA VELOCIDADE PELA TENSÃO E FREQÜÊNCIAS
(INVERSORES)
1ª FASE :
Fig. 7.49 Formas de onda de tensão simplificadas, produzidas pelo inversor de freqüência
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1ª Fase :
Considerações :
1) Através do controle sobre o intervalo de tempo de cada fase, controla-se o ciclo total e
conseqüentemente a freqüência da tensão por fase aplicada na máquina.
2) Esta forma de controle aplica sobre a máquina harmônicas de baixa ordem 5ª, 7ª, 11ª e 13ª, o
que produz uma vibração e oscilação quando o motor opera em velocidade baixa, por isso esta
forma de controle somente é empregada em alta freqüência.
2ª FASE :
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2ª Fase :
1) No esquema PWM, o inversor além da componente fundamental, coloca harmônicas somente
de alta freqüência acima da 17ª, de forma que, mesmo em baixas velocidades, devido a ausência
das harmônicas de baixa freqüência (5ª, 7ª, 11ª e 13ª) a máquina não terá torques pulsantes,
produzindo oscilações e nem perdas de aquecimento devido a presença destas.
2) Observa-se então que na forma PWM de controle, o motor enxerga como se a fonte
constituída de uma alimentação puramente senoidal.
1º Método :
Mantendo-se V / f = constante
AB = φ1 = φm + φdisp.
VAB = V * = 4,44 f Ne φ1 [2.13]
*
V 1 V *
Φ1 = = = cons tan te [7.53]
4 ,44 f N e 4 ,44 N e f
Análise do Torque :
*2
3 V 2
1 3V
T max .= * = x≈2πfL
2ws r1 2 + x2 2w s x
2 2
3V * 1 3P ⎛V *⎞
Tmax = * = *⎜ ⎟
2π f 2
2 π f L 8π L ⎝ f ⎠ [7.54]
2*
P
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Se V* / f = constante ⇒ Tmax = constante
Considerações :
1) Em toda faixa de variação de velocidade, mantendo-se V* / f = constante, o fluxo se mantém
constante.
2) Pela análise do T máx., observa-se que esta variável também se mantém constante,
caracterizando um comportamento semelhante a um motor C.C. controlado pela armadura.
3) Como a diferença entre a tensão V* e a dos terminais V e dada pela queda na resistência
estatórica, então quando em baixas freqüências o motor ao ser alimentado, precisará ter na fonte
a compensação R 1I1 para garantir V* / f constante.
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7.15 SIMULAÇÕES DE MOTORES DE INDUÇÃO UTILIZANDO O SOFTWARE
PSPICE
Fig. 7.27 Circuito equivalente, por fase, do motor de indução, referido ao estator.
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Para poder simular o circuito equivalente do motor, é necessário efetuar um balanço
P = 3.V 1 . I 1 . cos φ
f
[7.13]
2 [7.14]
P = 3. R1 . I 1
je
P12 = P − P − P f je P
[7.16]
A potência elétrica disponível para ser convertida em potência mecânica será aquela
(1 − s ) 2 [7.21]
Pe = P12 − P jr = 3. R'2 s
. I '2
P = P −P u e a [7.26]
P [7.27]
C = ω
e
e
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Considerando que a velocidade angular pode ser expressa em função da velocidade síncrona por:
por:
2
3. R'2 . I '2 1 [7.31]
C = e
.
s ω s
a potência dissipada em
(1 − s )
3. R'2
s
[7.51]
dada por:
2
P12 = 3.V 2 P . I '2 [7.52]
Para se obter o gráfico do conjugado, pode-se usar um artifício, criando-se uma fonte
resistor R3=(1-s).
[7.53]
V2 [7.55]
C = 3. (1 − s). . I '2 = 3. I 3 . I '2
P
e R
ω s
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Fig. 7.51 Circuito equivalente para obtenção do conjugado eletromagnético
Seja como exemplo, um motor de indução, de rotor bobinado, 4 pólos, 0,37 kW, 220V,
1,64A, 60Hz e conectado em delta ( ∆), que foi submetido aos ensaios em vazio e em curto-
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As perdas por atrito e ventilação (Pa) foram determinadas através da Fig. 7.52 e são
60
55
50
45
40
) 35
s
tt
a 30
W
( 25
o
P 20
15
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220
Vo (Volts)
abaixo:
Xmag=393,94 Ω RP=2826,91 Ω
pólos do motor, resultando ωs=188,5 rad/s. Desta forma o ganho da fonte de tensão vinculada E2
–3
do circuito equivalente da Fig. 7.53 será 5,305 * 10 .
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Fig. 7.53 Circuito equivalente do motor no PSPICE
eletromagnética (Pe) dissipada no resistor Rr descontadas as perdas por atrito e ventilação (P a),
conforme (A-8).
Simulando-se o circuito da Fig. 7.53 pode-se obter do gráfico da Fig. 7.55, a potência útil
-
(0,37 kW) e consequentemente determinar o escorregamento nominal, aproximado de 56,55*10
3
.
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Pode-se calcular a potência fornecida ao motor através da expressão [7.13]. Para tanto, do
I1 = 1,65∠-40,05 ⇒ cosφ=0,765
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A Fig. 7.56, permite verificar o comportamento da corrente e do conjugado do motor em função
do escorregamento.
nominal e de partida.
equivalente do motor:
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7.16 CARACTERÍSTICAS E ESPECIFICAÇÕES DE MOTORES DE INDUÇÃO
7.16.1 INTRODUÇÃO
Quando se deseja escolher um motor para acionar uma determinada carga, é preciso
conhecer o conjugado requerido pela carga e a rotação que esta carga deve ter em condições
nominais.
Pn = wn * Cn [7.56]
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Onde: Pn em Watts
C n em Nm
wn em rad/s
wc
R= [7.58]
wm
Onde:
R = fator de redução
Na tabela 7.3, podemos observar o rendimento de alguns tipos de acoplamentos mais utilizados:
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TABELA 7.3 – TIPOS DE ACOPLAMENTO COM RESSPETIVAS FAIXAS DE
RENDIMENTO
TIPO DE ACOPLAMENTO FAIXA DE RENDIMENTO
(%)
Direto 100
Embreagem Eletromagnética 87 - 98
Polia com Correia Plana 95 - 98
Polia com Correia em V 97 - 99
Engrenagem 96 - 99
Roda Dentada 97 - 98
Cardã 25 - 100
Acoplamento Hidráulico 100
É o conjugado requerido pela carga, e portanto, depende do tipo de carga a ser acionada
pelo motor. Conhecendo-se a curva do conjugado da carga é possível determinar o conjugado
médio da carga. O conhecimento do conjugado médio é importante no cálculo do tempo de
aceleração.
Ccarga = Co + Kc . ncx [7.60]
Onde: Ccarga = conjugado de carga médio [Nm]
Co = conjugado de carga inicial [Nm]
Kc = constante que depende da carga acionada
x = parâmetro que depende da carga, pode assumir os valores -1, 0, 1, 2.
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O conjugado médio da carga pode ser obtido graficamente, bastando que se observe que a
área A1 seja igual a área A2.
Analiticamente o conjugado médio da carga pode ser calculado como segue:
O conjugado da carga é dado pela expressão [7.60], ou seja:
Ccarga = Co + Kc . ncx [7.61]
1 ⎛ 1 ⎞ nc1
CCmedio = ⎜ Co . nc + Kc . nc x+1. ⎟
nc2 − nc1 ⎝ x + 1⎠ nc 2
⎛ n c2 x+1 − n c1x+1 ⎞ 1
CCmedio = C o + K c .⎜ ⎟. [7.62]
⎝ nc 2 − nc1 ⎠ x + 1
Portanto, temos:
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2) Carga com CONJUGADO LINEAR (x=1):
Ccarga = Co + Kc.nc = C CN [7.67]
P = Co. nc + Kc. nc2 [7.68]
1
CCmedio = C o + . K .n
2 c c
Co + CCN
CCmedio = [7.69]
2
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4) Carga com CONJUGADO HIPERBÓLICO (x=-1):
Ccarga = Co + Kc/nc = CCN [7.73]
P = Co. nc + Kc [7.74]
n1 n1
1 1 K
n 2 − n 1 ∫2 arg ∫ C
CCmedio = C d ⇒ CCm ''edio = d
n 2 − n 1 2 nc
c a nc
nc nc
c c n c c n
Kc n c2
CCmedio = .Ln
.Ln(n c ) . [7.75]
nc 2 − nc1 n c1
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7.16.2.3 MOMENTO DE INÉRCIA
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JCE = Jc . R2 [7.76]
Onde: JCE = momento de inércia da carga referida ao eixo do motor em [kgm 2]
Jc = momento de inércia da carga em [kgm 2]
JT = JM + JCE [7.77]
Onde: JT = momento de inércia total “visto” pelo motor em [kgm 2]
JM = momento de inércia do motor em [kgm 2]
JM = 0,04.P0,9.p2,5 [7.78]
Onde: P = potência nominal do motor em [Kw]
p = número de pares de pólos do motor
Observação:
Uma grandeza muito utilizada para medir o momento de inércia é o “Momento de Impulsão”,
conhecido com GD 2 da carga, expresso em kg/m 2. Sua relação com o momento de inércia é dada
por: J = GD2 / 4
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CONJUGADO NOMINAL ou DE PLENA CARGA (C n):
É o conjugado desenvolvido pelo motor à potência nominal, sob tensão e freqüência nominais.
Cn = Pn / wn [7.79]
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7.16.3.1 CATEGORIAS
Fig. 7.64 Curva do conjugado em função da velocidade dos motores de indução de categoria N,
HeD
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7.16.3.2 CONJUGADO DO MOTOR MÉDIO (C MMÉDIO)
Usualmente temos:
a) Para motores categorias N e H:
⎛ C P C Max. ⎞
C M médio = 0,45* K 2 * ⎜ + ⎟ * CN [7.82]
⎝ CN CN ⎠
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FATORES DE CORREÇÃO DOS CONJUGADOS EM FUNÇÃO DA TENSÃO:
Portanto:
⎛ IP ⎞ ⎛I ⎞
⎜ ⎟ = K1 * ⎜ P ⎟ [7.84]
⎝ IN ⎠V ⎝ IN ⎠V
N
⎛ CP ⎞ ⎛C ⎞
⎜ ⎟ = K2 * ⎜ P ⎟ [7.85]
⎝ CN ⎠ V ⎝ CN ⎠ V
N
⎛ C Max. ⎞ ⎛C ⎞
⎜ ⎟ = K 2 * ⎜ Max. ⎟ [7.86]
⎝ CN ⎠ V ⎝ CN ⎠ V
N
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7.16.4 CLASSES DE ISOLAMENTO
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7.16.5 TEMPO DE ROTOR BLOQUEADO (t rb)
Catálogo Classe B
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7.16.6 TEMPO DE ACELERAÇÃO (t a) :
Tempo de aceleração é o tempo que o motor leva para acionar a carga desde a rotação
zero até a rotação nominal.
Para verificar se o motor consegue acionar a carga, ou para dimensionar uma instalação,
equipamento de partida ou sistema de proteção, é necessário saber o tempo de aceleração (desde
o instante em que o equipamento é acionado até ser atingida a rotação nominal).
O ideal seria que o tempo de aceleração fosse bem menor que o tempo de rotor
bloqueado. Quando não pode ser muito menor, pelo menos deve obedecer a relação abaixo:
ta < trb . 0,8 [7.88]
Para um movimento de rotação é válida a relação:
P dw
C= ⇒ C = F*d ⇒ F = m*a ⇒ F = m*
w dt
dw dw
logo: C = m * d * ⇒ C= J* [7.89]
dt dt
O conjugado acelerador pode ser substituído sem perda de precisão pelo conjugado
acelerador médio dado por:
Caméd = CMmédio - CCmédio [7.91]
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O gráfico da figura 7.68 mostra o conjugado acelerador médio.
Temos:
dw
C M médio - C Cmédio = J M + J CE * [7.92]
dt
J M + J CE
a J M + J CE w
dt = * dw ⇒ ∫ dt = * ∫ dw
C M médio - C C médio 0 CMmédio - CCmédio 0
⎛ J M + J CE ⎞
ta = ⎜ ⎟*w
⎜ CM - CC ⎟
⎝ médio médio ⎠
Substituindo:
JCE = Jc . R2 [7.93]
Onde: JCE = momento de inércia da carga referida ao eixo do motor em [kgm 2]
Jc = momento de inércia da carga em [kgm 2]
Temos:
⎛ J M + J C .R 2 ⎞
ta = ⎜ ⎟*w [7.94]
⎜ C M - CC * R ⎟
⎝ médio médio ⎠
1. Deseja-se saber que motor deve ser acoplado a um ventilador que possui as características
apresentadas a seguir:
Características da rede de alimentação:
U = 440 V
f = 60 Hz
Partida direta
Características do ambiente:
Atmosfera industrial
Características construtivas:
Horizontal
Proteção térmica classe B
Sentido de rotação horário
Características do ventilador:
Ver Anexo
2.Exemplo - Bomba
1. Deseja-se saber que motor deve ser acoplado a uma bomba que apresenta as seguintes
características:
Características da rede de alimentação:
U = 440 V
f = 60 Hz
Partida direta
Característica do ambiente:
Atmosfera limpa (normal)
Características construtivas:
Horizontal
Proteção térmica classe B
Sentido de rotação horário
Características da bomba:
Ver Anexo
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7.17 EXERCÍCIOS
2) Um motor de indução trifásico, 60 Hz, de quatro pólos, opera com um escorregamento de 0,03
para uma certa carga. Calcule (em RPM):
a) A velocidade do campo magnético girante.
b) A velocidade do rotor e a freqüência da corrente do rotor.
c) A velocidade (relativa) do campo magnético do rotor em relação ao rotor.
d) A velocidade (relativa) do campo magnético do rotor em relação à estrutura do estator.
e) A velocidade (relativa) do campo magnético do rotor em relação ao campo magnético do
estator.
4) O motor de exercício 3, tem uma perda no cobre do estator de 3 KW, uma perda mecânica
rotacional de 2 KW e uma perda no núcleo de 1,7 KW. Calcule:
a) Potência de saída do motor
b) O rendimento do motor
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As perdas totais, por atrito, ventilação e no ferro podem ser consideradas constante, valendo
403 W, independente da carga.
Para um escorregamento de 2%, determinar:
a) Velocidade do rotor.
b) Potência de saída
c) A corrente do estator
d) O fator de potência do motor
e) Rendimento do motor
7) Dado um motor de indução trifásico de rotor bobinado (rotor de anéis) com 6 pólos, 60 Hz,
2,2 KV, ligação Y, com os seguintes parâmetros referidos para o estator:
R1 = 0,047 Ω X1 = 0,480 Ω
R`2 = 0,057 Ω X`2 = 0,520 Ω
Calcular:
a) Rotação para escorregamento de 1%
b) Conjugado desenvolvido quando o escorregamento é 1%
c) Potência desenvolvida para escorregamento de 1%
d) Conjugado de partida
e) Conjugado máximo
f) Resistência a ser inserida no circuito rotórico para que o conjugado de partida do motor seja o
maior possível.
8) Os resultados dos testes a vazio e com rotor bloqueado num motor de indução trifásico,
conectado em Y, são os seguintes:
Ensaio em Vazio: Vo = 400 V Po = 1770 W Io = 18,5 A P AV = 600 W
Ensaio com Rotor Bloqueado: Vcc = 45 V Pcc = 2700 W Icc = 63 A
Determinar os parâmetros do motor referidos para o estator
9) Dado um motor de indução trifásico de rotor bobinado com 4 pólos, 60 Hz, 220 V, ligação em
triângulo, 1700 RPM, 300 W; foi ensaiado a vazio e com o rotor bloqueado e possibilitou o
cálculos dos parâmetros do motor, que são: 5D_1998
R1 = 16,6 Ω X1 = 20,82 Ω
Rp = 1470 Ω Xm = 428.94 Ω
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As perdas rotacionais = 50 W
Para o escorregamento nominal (condições nominais), determinar:
a) Torque mecânico e o eletromagnético desenvolvido
b) O rendimento do motor (utilize o circuito equivalente simplificado)
c) A corrente do estator (I 1)
d) O fator de potência do motor
e) Conjugado de Partida e o Conjugado Máximo
f) Esboce as Curvas do Conjugado e da Corrente do Motor em função do escorregamento.
10) Um motor de indução trifásico, de quatro pólos, rotor em gaiola com barras profundas,
conectado em estrela, de 10 HP, 220 V, 60 Hz, solicita uma corrente da rede de 25 A, com um
fator de potência de 0,875 atrasado, quando opera com um escorregamento não nominal de 4%.
As perdas rotacionais somam 250 W. Sabe-se que o motor tem os seguintes parâmetros,
expressos em ohms por fase: 4B_1999
R1 = 0,36 Ω e R’2 = 0,22 Ω X1 = X’2 = 0,47 Ω
Rp = 100 Ω Xm = 15 Ω
a) Calcule a corrente no rotor por fase, referida ao estator.
b) Calcule o valor da potência de saída, em HP.
c) Calcule o rendimento do motor
d) Calcule o torque eletromagnético desenvolvido e o de partida.
e) Calcule a corrente de partida.
11) Um motor de indução com rotor bobinado, conectado em estrela, 500 HP, 2200 V, 25 Hz, 12
pólos, tem os seguintes parâmetros expressos em ohms por fase: 4B_1999
R1 = 0,225 Ω R’2 = 0,235 Ω X1 + X’2 = 1,43 Ω
Xm = 31,8 Ω Rp = 780 Ω.
Um teste em vazio e um teste de rotor bloqueado são executados nesta máquina,
a) Com a tensão nominal aplicada no teste em vazio, calcule as leituras no amperímetro da rede,
assim como a leitura total no wattímetro.
b) No teste com rotor bloqueado, a tensão aplicada é ajustada de forma que a corrente da rede
seja de 228 A, em cada fase. Calcule as leituras do voltímetro da rede e a leitura total do
wattímetro.
c) O escorregamento no qual ocorre o torque máximo
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d) Calcule o valor da resistência que deve ser conectada externamente, por fase, ao enrolamento
do rotor de forma que o torque máximo seja desenvolvido na partida. Qual o valor deste
torque?
12) Seja um motor de indução trifásico, rotor em curto-circuito de Dupla Gaiola, 200 CV, 60 Hz,
1780 RPM, 440 V, 228 A, ligação em delta; foi ensaiado em vazio e com o rotor bloqueado e
apresenta os seguintes dados: 5D_2000
ENSAIO EM VAZIO ENSAIO COM ROTOR BLOQUEADO
Vo (V) Io (A) Po (W) Vcc (V) Icc (A) Pcc (W)
50 20 1500 20 45,6 888
100 30 2000 25 57 1110
200 40 3200 33 76 1480
300 50 4700 50 114 2220
440 73 7200 100 228 4440
Determine:
a) O circuito equivalente do motor de indução por fase referido ao estator.
b) O rendimento e o fator de potência do motor quando operando com carga nominal.
c) O conjugado eletromagnético nominal e de partida.
d) A corrente de partida.
e) Quais os valores da corrente de partida na linha e do torque de partida, se o motor for ligado
em estrela?
13) Um motor de anéis será utilizado para regular a velocidade de uma esteira transportadora.
Para isso é necessário comprar um banco de resistências e adicionar no rotor do motor para fazer
a regulação da velocidade.
Especifique o valor do banco de resistência e sua respectiva potência para garantir o torque
máximo do motor na partida que deverá ser comprado.
Dados do Motor: 5D_2000
10 CV, 230 volts, 4 pólos, 60 Hz, ligação em estrela.
R1 = 0,27 Ω X1 = 0,51 Ω
R’2 = 0,22 Ω X’2 = 0,52 Ω
Xm = 22 Ω
Tensão nos Anéis = 180 volts, ligação em estrela.
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14) Um motor de indução trifásico, de quatro de pólos, conectado em Y, de 10 HP, 220 V, 60
Hz, solicita uma corrente da rede de 26,2 A, com um fator de potência de 0,78 atrasado, quando
opera com um escorregamento de 5%. As perdas rotacionais somam 250 W. Sabe-se que o motor
5D_2002
tem os seguintes parâmetros, expressos em ohms por fase:
R1 = R’2 = 0,3 X1 = X’2 = 1,25 RP = 150 XM = 18
a) Calcule o valor da potência de saída, em HP.
b) Determine o rendimento.
c) Calcule o torque eletromagnético e o torque mecânico.
d) Calcule o torque máximo.
e) Calcule o torque de partida e a sua corrente de partida aproximada.
16) Um motor de indução trifásico de 6 pólos, 60 Hz, solicita 10 KW quando aciona sua carga
normal. Solicita 700 W quando a carga é desconectada. As perdas no cobre do rotor e do
estator sob carga normal são 295 W e 310 W, respectivamente. Considere perdas rotacionais e
5D_2002
no núcleo iguais e perdas no cobre em vazio desprezíveis.
a) Calcule o rendimento e o torque no eixo deste motor.
17) Uma tensão trifásica equilibrada, 60 Hz, é aplicada a um motor de indução trifásico, de
quatro pólos. Quando o motor entrega a potência de saída nominal, o escorregamento é de 0,05.
Calcule: 5F_2002
a) A velocidade do campo magnético girante.
b) A velocidade do rotor e a freqüência da corrente do rotor.
c) A velocidade (relativa) do campo magnético do rotor em relação ao rotor.
d) A velocidade (relativa) do campo magnético do rotor em relação à estrutura do estator.
e) A velocidade (relativa) do campo magnético do rotor em relação ao campo magnético do
estator.
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18) A saída no eixo de um motor de indução trifásico, 60 Hz, é de 75KW. As perdas por atrito e
ventilação são de 900W, a perda no núcleo do estator é de 4.200W e a perda no cobre do estator
é de 2.700 W. Se o escorregamento é de 3,75%, qual é o rendimento em porcentagem nesta
saída? 5F_2002
19) Um motor de indução trifásico, conectado em estrela, de seis pólos, 15 HP, 220V, 60Hz, tem
os seguintes parâmetros por fase:
R1=0,128Ω R´2=0,0935Ω X1+X´2=0,496Ω Rp= 183Ω Xm=8Ω.
As perdas rotacionais são iguais à histerese e às perdas por corrente parasitas. Para um
escorregamento de 3%, calcule: 5F_2002
a) A corrente de linha e o fator de potência.
b) A potência de saída, em HP
c) O torque de saída no eixo do motor e o torque eletromagnético desenvolvido.
d) O torque máximo.
e) O torque de partida e a corrente de partida aproximada.
20) Um motor de indução trifásico, rotor em curto-circuito, 12 HP, 30 A, 4 pólos, 60 Hz, 230V -
ligação em estrela; é ensaiado em vazio e com rotor bloqueado, conforme as tabelas e gráficos
fornecidos. Determinar:
a) O fator de potência para um escorregamento de 3,94%.
b) A corrente da linha do motor para um escorregamento de 3,94%.
c) A potência útil desenvolvida na ponta do eixo do motor para um escorregamento de 3,94%.
d) O rendimento do motor de indução para um escorregamento de 3,94%.
e) Os conjugados eletromagnético desenvolvido para um escorregamento de 3,94% e o
conjugado de partida.
f) A corrente de partida aproximada.
Ensaio em Vazio do Motor de Indução 4 pólos - 60 Hz - 12 HP - 30A - 230 V - ligação em
estrela - Rotor Curto-Circuitado
Po(W) Vo(V) Io (A)
283 52 2,2
304 78 2,77
332 104 3,5
382 130 4,52
435 156 5,64
488 183 6,77
580 209 7,9
670 230 9,2
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700
680
660
640
620
600
580
560
540
520
500
480
460
440
420
400
380
360
340
320
300
280
260
240
220
200
180
160
140
120
100
80
60
40
20
0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200 220 240
0 0 0
92 4,38 2,3
133 8,77 4,62
222 17,5 9,23
293 26,3 13,85
383 35,1 18,46
532 45,6 23,08
950 57 30
60
50
40
30
20
10
0
0 5 10 15 20 25 30 35
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1000
800
600
400
200
0
0 5 10 15 20 25 30 35
21) Especifique o motor para acionar uma bomba cujas características são:
Velocidade da carga = 1780 RPM
Potência da carga = 50,3 KW
Momento de inércia da carga = 20 kgm
Acoplamento direto
Tensão da Rede = 220 V e partida estrela/triângulo
Atmosfera industrial e altitude menor que 1000 metros.
C (%) n (%)
11 0
5 10
3,4 15
6 30
20 50
50 68
80 82,8
100 95
Conjugado x Velocidade
100
90
80
) 70
%
(
o 60
d
a 50
g
u
j
n 40
o
C 30
20
10
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Rot ação da Bom ba (%)
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Fig. 8.1 Vista em corte de uma máquina de corrente contínua
Armadura : parte do motor que conduz a corrente que interage com o fluxo de campo para criar
torque.
Escovas : parte do circuito através do qual a corrente elétrica é alimentada para a armadura
através da fonte de alimentação. Escovas são feitas de grafite ou metais preciosos. Um motor
C.C. tem um ou mais pares de escovas. Na figura 8.1, em corte do motor, uma escova é
conectada no terminal positivo da alimentação, e a outra no negativo.
Comutador : é a parte que está em contato com as escovas. A corrente é distribuída
apropriadamente nas bobinas da armadura por meio das escovas e comutador.
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A figura 8.3 ilustra o torque obtido quando uma bobina é colocada em um campo
magnético. Aqui, existem dois condutores presentes, AB e CD. AC e DB são consideradas
conexões entre os dois condutores e são chamadas cabeceiras de bobina. As direções de cada
força agindo em AB e CD, são opostas. Na figura (b), o torque sobre o eixo OO´ é horário
Se a corrente nos condutores à direita do eixo OO´ for entrando no plano da figura, então
a corrente nos condutores à esquerda flui saindo do plano da figura. As escovas e os
comutadores sempre distribuem a corrente dos terminais para o rotor dessa maneira.
Na figura 8.4, os condutores da metade direita estão sobre o pólo norte e os da esquerda
sobre o pólo sul do imã permanente, gerando dessa maneira o torque.
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8.1 MÁQUINA DE CORRENTE CONTÍNUA - IMÃ PERMANENTE
Este tipo de máquina é feito para motores ou geradores no qual o campo magnético é
obtido através de imãs permanentes.
Basicamente há três tipos de imã permanente utilizado nestes motores:
a) Alnico Simples ou Colunar
b) Ferrites de Estrôncio
c) Terras Raras como Samari Cobalto e Ferro Neodímio Boro
As curvas do segundo quadrante destes materiais são mostradas em seguida e através
delas podemos destacar :
a) Alnico: possui elevado valor de campo residual (B r = 1,25 Wb/m2) e reduzido valor de campo
coercitivo (Hc = 60 KA/m), o que torna vulnerável a efeitos desmagnetizantes produzidos por
reação de armadura ou variações de relutância do circuito magnético. Atualmente são
empregados em micromotores de corrente contínua tipo “core less”. Neste caso, o enrolamento,
como mostra a figura 8.6, é compactado, formando um cilindro oco com o alnico no interior e
preso a uma das tampas.
Esta construção de tecnologia bastante recente elimina em relação ao rotor ranhurado, a pulsação
do torque de relutância (cogging). Diminui também a indutância da armadura minimizando a
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constante de tempo elétrica. Torna a comutação otimizada, garantindo menos interferência (ruído
eletromagnético) nos circuitos de informática.
Fig. 8.7 Corte transversal de uma máquina CC em imã permanente de Ferrite Estrôncio
c) Terras Raras (Smco e Fenebo) - estes materiais possuem tanto campo residual como
coercitivo de elevada intensidade, caracterizando imãs permanentes de elevada
densidade de energia (B r = 1,0 Wb/m2 e Hc = 900 KA/m).
Em função do elevado custo, normalmente estes imãs são empregados em servomotores para
aplicações específicas nas indústrias de:
- Aeronáutica e Militar, Máquinas ferramenta, Informática
Comparando com motores de Ferrite, os motores de Terras Raras apresentam melhores
resultados em relação aos primeiros, podendo-se destacar:
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- Conjugado Nominal (T n) de 1,5 a 1,7
- Constante de tempo mecânica ( τm) de 0,4 a 0,6
- Potência máxima (P máx) de 1,8 a 2,2
- Constante de tempo elétrica ( τe) de 0,65 a 0,7
Neste tipo, o campo magnético é alimentado através de uma fonte independente e é usado
em casos especiais, no qual podemos variar um campo magnético independente de variar a
armadura.
O motor série tem o seu campo ligado em série com a armadura como mostra a figura.
Neste tipo de enrolamento do campo é feito com poucas espiras de fio grosso, pois terá de
suportar toda a corrente elétrica da armadura. A indutância é quase nula, por isso estes motores
são mais empregados na tração de carros elétricos, guindastes, enfim em todos os casos em que
forem necessárias constantes interrupções de carga.
Mais outra qualidade nestes motores é que no momento de arranque está na razão direta
do quadrado da corrente recebida. O limite da velocidade desses motores é aquele em que a força
contra eletromotriz gerada é igual a força eletromotriz aplicada. Este limite só pode ser atingido
se o motor estiver sem carga de espécie alguma.
Se ele entra em marcha com carga, a corrente sobe instantaneamente produzindo todo
momento de arranque. A velocidade do motor série varia inversamente com a carga. Se a carga
aumenta, o motor gira vagarosamente, a força eletromotriz gerada diminui, permitindo à força
eletromotriz aplicada, forçar uma corrente maior no induzido. Se a carga for retirada
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completamente, a velocidade irá aumentar perigosamente, podendo até despedaçar o motor, pois
a corrente adquirida será muito pequena e o campo muito fraco, de modo que o motor não
poderá girar com suficiente velocidade para gerar uma força contra eletromotriz capaz de
restabelecer o equilíbrio. Os motores tipo série nunca devem funcionar sem carga. Em
conseqüência, esses se destinam a trabalhar conjugado à carga, ou quando se tem certeza que ela
nunca faltará.
O enrolamento dos pólos nesse tipo está em paralelo com o induzido. O enrolamento
nesses casos é constituído de fio muito fino com muitas espiras e por conseqüência tem muita
resistência elétrica, pois deverá suportar toda a força eletromotriz gerada quando se tratar de um
gerador, ou então toda a força eletromotriz da rede de alimentação no caso de ser um motor.
Nestas máquinas devemos observar as diferenças para seu funcionamento, quando se
trata de um motor deverá ter uma resistência de partida em série com o conjunto conforme a
figura abaixo. Quando a máquina funciona como gerador elimina-se a resistência de partida e
colocamos um reostato em série com o campo.
Para o funcionamento como motor é necessário certos dispositivos de segurança para se
evitar a perda do campo magnético no motor.
A variação de velocidade nesses motores quando sem carga é apenas de ± 10%. Por esta
razão os motores shunt são considerados como motores de velocidade constante.
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Fig. 8.10a Máquina C.C. excitação paralela
Este motor é uma combinação do motor série e do motor shunt. O campo consiste de dois
enrolamentos separados. Um deles com muitas espiras de fio fino e ligado em paralelo com o
induzido, o outro consiste o campo série e é enrolado com poucas espiras de fio grosso .Esses
motores têm algumas características recebidas pelo enrolamento série que são forte momento de
arranque e aceleração rápida. Tem também uma velocidade razoavelmente constante e um bom
rendimento com cargas pesadas, sendo por estas características o mais empregado.
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8.6 INTERPÓLOS
Princípio de Funcionamento :
Vamos alimentar com uma fonte de tensão externa de tensão V a as duas escovas. Com
isso obteremos corrente no enrolamento da armadura. A interação entre essas correntes e o
campo magnético (estator) faz surgir uma força em cada condutor, tangencial ao cilindro. Esta
força produz um conjugado que imprime sobre o rotor um movimento de rotação acelerado.
→
⎜⎛ ⎟⎞
^ ^
F = i ^ B l [8.1]
⎝ ⎠
Impondo-se um movimento de rotação teremos cada condutor movimentando-se
perpendicularmente ao campo magnético, surge então em cada condutor uma f.e.m. .
→ → →
E = ⎛⎜⎝ v ^ B
⎞⎟
⎠ l [8.2]
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A velocidade do rotor deverá se estabilizar em uma condição tal que E = V a resultando Ia
= 0 e portanto conjugado nulo de aceleração. Nesta situação podemos citar que o rotor “flutua”
sobre a fonte de tensão V a. A partir desta condição de flutuação podemos analisar duas
condições de funcionamento.
a) Aplicado conjugado externo sobre o eixo, em oposição ao movimento, a velocidade do rotor
cai ligeiramente, resultando em redução do valor E. Aparecerá uma corrente Ia dada por:
Va − E
Ia = [8.3]
Ra
A velocidade se equilibra em um novo valor, tal que o conjugado resultante produzido por Ia se
equilibra com o conjugado aplicado ao eixo. A máquina funciona como motor.
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Expressão da f.e.m. induzida (E) :
- em cada condutor
e = B m e d io l v
[8.5]
2 pφ
B = [8.6]
S entreferro
onde : 2p - nº de pólos
φ - fluxo por pólo
S–2πRl
p - pares de pólos
v - velocidade escalar ⇒ v = 2 π R n ou v = w R
w - velocidade angular
n - rotação por segundo (RPS)
2 pφ pφw
e = lwR ⇒ e = [8.7]
2π Rl π
E=Ne [8.9]
Z pφw
E = [8.10]
2a π
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Sabendo que:
Zp
k = [8.11]
2πa
, então:
E = kφw [8.12]
a) enrolamento imbricado :
Temos tantos circuitos em paralelo quantos forem os pólos da armadura.
2p=2a a=p
Exemplo : 4 pólos
b)enrolamento ondulado :
Sempre a corrente tem apenas dois caminhos : 2a =2 a = 1 (Sempre)
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• Conjugado Desenvolvido na Máquina de Corrente Contínua
Fc o n d . = B il [8.13]
2 pφ
Sabendo que : B = [8.6]
S entreferro
portanto :
2 pφ pφ
F cond . = il ⇒
Fcond . = i [8.14]
2π Rl πR
F = N Fcond. [8.15]
Z pφi φi
F = ⇒
F = k
[8.16]
2a πR R
pφ pφ
C cond . = iR ⇒
C cond . = i [8.18]
πR π
C = N Ccond. [8.19]
Z pφi
C =
2a π
Sabendo que:
Zp
k = [8.11]
2πa
, então:
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C = kφi [8.20]
P EI a
C= ⇒ C= [8.21]
w 2π n
ou também:
C=FR [8.22]
8.8 EXERCÍCIOS
1) Um gerador com excitação em derivação, 100 KW, tem resistência de armadura igual a 0,05
Ω, resistência do enrolamento de campo igual a 57,5 Ω. Se o gerador opera a tensão nominal,
calcular a tensão induzida a:
a) Plena carga
b) meia carga
2) O gerador do exercício 1 tem 4 pólos, a armadura é imbricada com 326 condutores e gira a
650 RPM a plena carga. Se o diâmetro da máquina é de 42 cm, seu comprimento de 28 cm e
cada pólo corresponde a um ângulo de 60 o, determinar a densidade de fluxo no entreferro.
3) O gerador do exercício 1 tem uma perda total mecânica e no ferro de 1,8 KW, calcule:
a) O rendimento do gerador
b) Para que carga o rendimento é máximo
c) Qual é o rendimento máximo
4) Determinar o fluxo magnético necessário para que um motor de CC gire com 1800 RPM se
ele tem 246 condutores, 4 pólos, enrolamento ondulado, gira em vazio a 1800 RPM e tem uma
alimentação de 250 V.
5) Repetir o exercício 4 para o enrolamento ondulado.
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6) Uma armadura de 4 pólos, enrolamento imbricado tem 144 ranhuras com dois lados de bobina
por ranhura, cada bobina tendo duas espiras. Se o fluxo por pólo é 20 mWb e a armadura gira a
720 RPM, qual a tensão induzida?
7) Um gerador CC com excitação independente, tem uma perda constante de Pc (W) e opera a
uma tensão Va e uma corrente Ia de armadura. A resistência da armadura é Ra. Para que valor de
Ia o rendimento do gerador é máximo?
8) Um motor de derivação de 20 HP, 250 V, tem uma resistência de armadura de 0,22 Ω e uma
resistência de campo de 170 Ω. A vazio, sob tensão nominal, a velocidade é de 1200 RPM e a
corrente da armadura é de 3 A. A plena carga e tensão nominal, a corrente de linha é 55 A, e o
fluxo é reduzido de 6% (devido os efeitos de reação de armadura) do seu valor a vazio. Qual a
velocidade a plena carga?
9) Um motor de derivação de 10 HP, 230 V, consome uma corrente de linha a plena carga de 40
A. As resistências de armadura e de campo são 0,25 Ω e 230 Ω respectivamente. A queda total
de contato de escovas é de 2 V e as perdas por atrito e no núcleo são 380 W. Determinar o
rendimento do motor admitindo que as perdas suplementares são 1% de saída.
10) Dado um motor de excitação independente de 150 kW, 440 V, rendimento de 93%, 1800
RPM, Ra=0,045 Ω. Determinar a curva característica natural w x T do motor. Suponha que o
motor aciona uma bomba de recalque cuja característica w x T é quadrática do tipo:
T = Tn (w/wn)2
Com Tn=650 Nm; w n=188,5 rad/s. 5D_1998
a) Determinar o ponto de operação para o motor alimentado na tensão nominal e com 50% desta.
b) Nestas condições determinar
determinar a corrente absorvida pelo barramento.
barramento.
c) Esboce os gráficos da curva característica natural w x T do motor e da carga.
11) Um gerador de corrente contínua com excitação shunt, 4 pólos, enrolamento imbricado com
360 condutores, girando num campo de 13 mWb; alimenta uma carga de 12,5 kW a 125 V.
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A resistência do campo é 25 Ω e a resistência da armadura é 0,1 Ω. A queda de tensão total
devido ao contato das escovas e da reação da armadura para esta carga é de 3,5 V.
Calcule:
a) A tensão induzida na armadura.
b) A velocidade em RPM da armadura.
c) O rendimento do gerador.
12) Quais são as modificações construtivas que devem ser feitas nos motores universais em
relação aos motores de corrente contínua série? 5D_1998
13) Um motor de corrente contínua com excitação independente, 4 pólos, enrolamento imbricado
com 800 condutores, 15 HP, 230 V, 1150 RPM, apresenta uma corrente de armadura de 55 A e
uma corrente de campo de 0.63 A. A resistência da armadura é 0,188 Ω. 5D_1999
Calcule:
a) O fluxo magnético produzido.
b) O torque das perdas rotacionais.
rotacionais.
c) O rendimento do motor.
14) Um motor de corrente contínua com excitação shunt, 4 pólos, enrolamento imbricado com
882 condutores, 20 HP, 230 V, 1150 RPM, apresenta uma corrente de armadura de 73 A e uma
corrente de campo de 1,6 A. 5D_1999
A resistência da armadura é 0,188 Ω. Calcule:
a) O fluxo magnético produzido.
b) O torque das perdas rotacionais.
rotacionais.
c) O rendimento do motor.
d) A corrente do motor para
para que se tenha o máximo
máximo rendimento, qual
qual é o rendimento máximo.
máximo.
16) Seja um gerador composto de corrente contínua, 100 kW, 600 V, com resistência do campo-
série de 0,02 Ω, resistência do campo-shunt de 200 Ω e resistência da armadura de 0,04 Ω.
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Quando a corrente nominal é entregue com velocidade nominal de 1200 RPM, a queda de tensão
total nas escovas da armadura vale 5V, calcule: 4E_2001
a) Corrente na armadura
b) Tensão induzida na armadura
c) Rendimento do gerador,
gerador, sabendo que as perdas no ferro e rotacionais valem 2200 W
17) Um motor de corrente contínua em derivação, 230 V, tem uma resist ência do circuito da
armadura de 0,5 Ω. A plena carga, o enrolamento de armadura solicita 40 A e a velocidade é
medida como sendo de 1100 RPM, correspondendo a uma resistência do reostato do circuito do
campo de 115 Ω.4E_2001
a) Calcule o torque desenvolvido,
desenvolvido, em Newton-metros.
Newton-metros.
b) O reostato do circuito do campo
campo é aumentado
aumentado para 144 Ω. Calcule a nova velocidade de
operação, considerando que o torque desenvolvido permanece constante, atendendo aos
requisitos da carga.
c) Calcule o rendimento para o caso do item (b). Considere que as perdas rotacionais
rotacionais e no ferro
valem 600 W.
18) Um motor de corrente contínua em derivação de 250 V, 50 HP, 1000 RPM, aciona uma
carga que requer um torque constante, independente da velocidade de operação. A resistência do
circuito de armadura é de 0,04 Ω. Quando esse motor entrega a potência nominal, a corrente de
armadura é de 160 A. 5D_2001
a) Se o fluxo for reduzido a 70% do seu valor original, calcule o novo valor da corrente de
armadura.
b) Qual é a nova velocidade
velocidade
19) Uma carga mecânica tem a seguinte característica de conjugado C r = 0,05 (n 2 + 1); onde:
Cr - dado em Nm
n - dado em RPS
Essa carga deve ser acionada por um motor de excitação independente de seguintes
características:
n = 3000 RPM P nom. = 32 KW Va = 230V η = 91%
Ra = 0,025 Ω
Calcular:5D_2001
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 180
a) Através da resolução gráfica, o ponto de operação do motor e a corrente da rede, para
alimentação nominal.
b) Através da resolução gráfica, o ponto de operação
operação do motor e a corrente
corrente da rede, para
alimentação reduzida a 50% do valor nominal.
20) Um motor de corrente contínua em derivação de 20 HP, 230V, 1150RPM, quatro pólos,
enrolamento ondulado, tem um total de 620 condutores produzindo uma resistência de circuito
de armadura de 0,2 Ω e de 74,8 Ω no campo. Quando entrega a potência nominal, na velocidade
nominal, o motor solicita uma corrente da rede de 74,8 A e uma corrente de campo de 3A.
Calcule:4B_2001
a) Fluxo magnético por pólo.
b) O torque eletromagnético
eletromagnético desenvolvido
c) As perdas rotacionais
d) As perdas totais em porcentagem.
21) Um motor de corrente contínua de excitação independente, 75 HP, 230V, 450 RPM,
apresenta uma resistência dos enrolamentos da armadura de 0,043 Ω e uma resistência do
enrolamento do campo de 42 Ω.4B_2001
Para a condição nominal o motor apresenta um rendimento de 90%.
Este motor será utilizado para acionar um elevador que solicita
s olicita um torque de 1000 Nm.
Determine:
a) Ponto de operação do motor (torque, velocidade),
velocidade), quando uma resistência de 0,2 Ω é inserida
em série com o enrolamento da armadura para acionar a carga (elevador) mais suavemente.
b) Para a condição do
do item (a), qual a potência mecânica solicitada do motor
motor e qual a corrente
elétrica solicitada do barramento da rede.
c) Ponto de operação do motor (torque, velocidade),
velocidade), quando a resistência de 0,2 Ω (do item a) é
retirada.
d) Para a condição do item (c), qual a potência mecânica
mecânica solicitada do motor e qual a corrente
elétrica solicitada do barramento da rede.
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 181
22) Um motor derivação gira a 1100 RPM, sob 230 V e consome uma corrente de linha de 40 A.
A potência de saída no eixo é de 10,8 HP. As várias perdas são: no núcleo 200 W; atrito 180 W;
contato nas escovas 37 W; suplementares 37 W. As resistências da armadura e do circuito de
campo são 0,25 Ω e 230 Ω.Calcular:
a) Rendimento do motor
b) Velocidade se a potência de saída é reduzida para 50%.
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9. MOTOR UNIVERSAL
O motor universal é um motor com enrolamento série, o qual pode operar tanto em
corrente contínua como em corrente alternada, apresentando aproximadamente a mesma
velocidade e resposta. Estas condições devem ser encontradas quando tensão contínua e tensão
alternada são aproximadamente iguais em valores eficazes e médios e a freqüência da tensão
alternada não ultrapassar 60 ciclos por segundo.
A operação em corrente contínua é idêntica ao de um motor CC série. O princípio de
desenvolvimento de torque pode ser obtido referindo-se à figura abaixo, onde mostra um motor
série de dois pólos.
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 183
outras palavras, a tensão efetiva na armadura, para uma dada corrente é menor na operação AC
do que na CC.
c) Efeito da saturação - foi visto que a tensão reativa tende a fazer a velocidade em AC ser
menor que em CC. Há outro efeito o qual dá uma tendência oposta. Este efeito é simplesmente
de que uma dada raiz quadrada de valor médio de corrente alternada irá produzir menos fluxo
alternado efetivo do que na corrente contínua de mesmo valor devido ao efeito de saturação do
ferro. Em correntes baixas e altas velocidades, a tensão reativa não é tão importante.
d) Comutação e vida útil das escovas - a comutação em corrente alternada é substancialmente
mais fraca do que em corrente contínua e a duração é também menor. A principal razão para uma
fraca comutação em corrente alternada é devido a tensão induzida nas bobinas curto-circuitadas
submetendo-se a comutação pela ação transformadora do campo principal alternado.
Tomando as equações dos motores de imã permanente, teremos:
Por se tratar do motor série e não levando em conta o efeito da saturação, teremos :
k Φ = kr I [9.4]
V = kr I w + RI [9.5]
2
T = kr I [9.6]
T
I= [9.7]
kr
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V 1 R A
w= . − = −B [9.8]
kr T kr T
Primeiramente vamos demonstrar que o torque tem valor médio diferente de zero e uma
componente pulsante com freqüência duas vezes a da rede :
I(t) = I cos(wt - ϕ) [9.14]
Tm = kr Φ I [9.18]
resultando :
V = kr I w + R I + j X I = ( k r w + R + j X ) I [9.19]
V
I= [9.20]
( k r w + R ) + jX
2
k r .V
Tm = [9.21]
(k r w + R ) 2 + X 2
2
2 2 k r .V
(k r w + R ) + X = [9.22]
T
k r .V 2 2
kr w+ R = −X [9.23]
T
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2 2
V 2 R A 2
w= −X − = −X −B [9.25]
T kr kr T
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10. MOTORES MONOFÁSICOS DE INDUÇÃO
De modo geral os motores elétricos de indução monofásicos são a alternativa natural aos
motores de indução polifásica, como residências, escritórios, oficinas em zonas rurais.
Entre os vários tipos de motores elétricos monofásicos, os motores com rotor tipo gaiola
se destacam pela simplicidade de fabricação e, principalmente, pela robustez, confiabilidade e
longa vida sem necessidade de manutenção.
Os motores monofásicos, por terem somente uma fase de alimentação, não possuem
campo girante como os motores polifásicos, e sim um campo magnético pulsante. Isto impede
que os mesmos tenham conjugado para a partida, tendo em vista que no rotor se induzem campos
magnéticos alinhados com o campo do estator. Para solucionar o problema da partida utilizam-
se enrolamentos auxiliares, que são dimensionados e posicionados de forma a criar uma segunda
fase fictícia, permitindo a formação do campo girante necessário para a partida.
Vamos supor que o enrolamento do estator é excitado por corrente alternada. Em um
instante particular temos as correntes e os campos magnéticos indicados na figura abaixo.
Desprezando o efeito do rotor, este campo irá ser estacionário no espaço, porém pulsante em
amplitude. Como o campo criado pelo enrolamento do estator não gira, não há torque de rotor
bloqueado inerente. Fica patente a necessidade de arranjos especiais para que o motor
monofásico possa efetuar sua partida através de recursos próprios.
Faculdade de Engenharia de Sorocaba – Conversão Eletromecânica de Energia – Prof. Joel Rocha Pinto 187
Existe basicamente cinco tipos de motores de indução monofásicos com rotor de gaiola,
classificados de acordo com o arranjo auxiliar de partida empregado: motor de capacitor
permanente, motor com dois capacitores, e motor de campo distorcido (ou pólos sombreados).
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10.3 MOTOR DE CAPACITOR DE PARTIDA (CAPACITOR-START)
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10.4 MOTOR DE CAPACITOR PERMANENTE (PERMANENT-SPLIT CAPACITOR)
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10.5 MOTOR COM DOIS CAPACITORES (TWO-VALUE CAPACITOR)
É um motor que utiliza as vantagens dos dois anteriores: partida como a do motor de
capacitor de partida e funcionamento em regime como a do motor de capacitor permanente
(figura 10.5). Porém, devido ao seu alto custo, normalmente são fabricados em potências
superiores a 1cv.
10.7 EXERCÍCIOS
1) Um motor de indução monofásico de quatro pólos, 110 V, 60 Hz, tem perdas rotacionais de
15 W em velocidades normais. Os parâmetros do circuito equivalente são os seguintes: 5D_1998
R1 = 1,3 Ω R’2 = 3,2 Ω
X1 = 2,5 Ω X’2 = 2,2 Ω
Xm = 48 Ω
Calcule o desempenho deste motor, quando opera com escorregamento de 4%, ou seja:
a) Corrente de Entrada
b) Potência de Entrada
c) Potência Desenvolvida e Potência de Saída (mecânica)
d) Conjugado Desenvolvido e Conjugado Mecânico
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R1 = 8 Ω R’2 = 8 Ω
X1 = 12 Ω X’2 = 12 Ω
Xm = 200 Ω
Calcule o desempenho deste motor, quando opera com escorregamento de 4%, ou seja:
a) Corrente de Entrada e Potência de Entrada.
b) Potência Desenvolvida e Potência de Saída (mecânica).
c) Conjugado Desenvolvido e Conjugado Mecânico.
d) Rendimento do motor.
3) Um motor de indução monofásico de quatro pólos, 110 V, 60 Hz, tem perdas rotacionais de
10 W em velocidades normais e uma perda no núcleo de 25 W. Os parâmetros do circuito
equivalente são os seguintes: 5D_1999
R1 = 2 Ω R’2 = 2 Ω
X1 = 2 Ω X’2 = 2 Ω
Xm = 50 Ω
Calcule o desempenho deste motor, quando opera com escorregamento de 10%, ou seja:
a) Corrente de Entrada e Potência de Entrada.
b) Potência Desenvolvida e Potência de Saída (mecânica).
c) Conjugado Desenvolvido e Conjugado Mecânico.
d) Rendimento do motor.
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