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Salvador
2014
BRUNO HENRIQUE GRAÇA PINHEIRO
DENNISON SANTOS DA SILVA
JÚLIA SILVA DE MATOS
REGINALDO FARIAS DE CASTRO FILHO
WALDEMAR LINS DE MEDEIROS NETO
Salvador
2014
2
BRUNO HENRIQUE GRAÇA PINHEIRO
DENNISON SANTOS DA SILVA
JÚLIA SILVA DE MATOS
REGINALDO FARIAS DE CASTRO FILHO
WALDEMAR LINS DE MEDEIROS NETO
Salvador
2014
2
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo a fixação do conhecimento no âmbito dos
mecanismos, mais precisamente acerca de mecanismos de quatro barras 4R e 3R1P.
Para o desenvolvimento deste trabalho foram estudados, nas várias bibliografias
tradicionais, os embasamentos teóricos que serviram de suporte para todo
desenvolvimento de projetos usando mecanismos de quatro barras durante anos.
Posteriormente foram buscados, por parte da equipe, os desenvolvimentos e
atualizações sobre a teoria referida e suas aplicações. Dessa forma foi mais bem
internalizada a grande utilidade deste âmbito do conhecimento na vida profissional do
engenheiro mecânico.
Com o desenvolvimento do trabalho, foi elaborado pela equipe um estudo de caso
para ser apresentado aos demais alunos e professor, para melhor ilustração e
entendimento do assunto estudado. Este estudo consistiu numa modelagem 3D no
software Solid Works, utilizando-se dos embasamentos teóricos previamente estudados,
que possibilitasse o dimensionamento, análise de esforços e simulação do mecanismo
abordado. A utilização o software teve como objetivo comprovar os dados obtidos nos
modelos matemáticos abordados.
Dessa forma, foi possível aprender, desenvolver e aplicar o conhecimento
adquirido acerca de mecanismos de quatro barras, confrontando a teoria com a prática.
3
SUMÁRIO
SUMÁRIO ....................................................................................................................................
.................................................................................................................................... 4
1. INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO ............................................................
....................................................................................................................
........................................................ 7
2. REVISÃO DOS MECANISMOS...................................................................
.........................................................................................
...................... 7
2.1. Tipos de Movimento ........................................................
.....................................................................................................
............................................. 7
2.1.1 Rotação Pura ...............................................................
.................................................................................................
.................................. 7
2.1.2 Translação Pura ............................................................
.............................................................................................
................................. 7
2.2 Ciclo, Período e Fase de Movimento ....................................................................
............................................................................
........ 8
2.3 Mecanismo ............................................................
....................................................................................................................
........................................................ 8
2.4 Máquina..................................................................
.........................................................................................................................
....................................................... 8
2.5 Elos, Juntas ou Articulações e Cadeias Cinemáticas..................................................... 8
2.6 Graus de liberdade............................................................
.......................................................................................................
........................................... 10
2.7 Movimento intermitente ..............................................................
..............................................................................................
................................ 11
2.8 Inversão ..................................................................
.......................................................................................................................
..................................................... 12
3. A CONDIÇÃO DE GRASHOF ...........................................................
..........................................................................................
............................... 13
4. CLASSIFICAÇÃO
CLASSIFICAÇÃO DOS MECANISMOS
MECANISMOS DE QUATRO BARRAS ................................ 15
5. SÍNTESE GRÁFICA DOS MECANISMOS
MECANISMOS .............................................................
......................................................................
......... 16
5.1. Condições limitantes ........................................................
...................................................................................................
........................................... 16
5.2. Posição de Ponto Morto ..............................................................
..............................................................................................
................................ 17
5.3. Posições estacionárias ..................................................................
.................................................................................................
............................... 17
5.4. Ângulo de transmissão .................................................................
................................................................................................
............................... 17
5.5. Retorno Rápido para Mecanismos de Quatro Barras .................................................. 17
5.6. Curva de Acoplador .........................................................
....................................................................................................
........................................... 18
5.7. Mecanismo para movimentação linear ...............................................................
........................................................................
......... 19
6. ANÁLISE DE POSIÇÕES...................................................................
POSIÇÕES..................................................................................................
............................... 21
6.1. Análise algébrica da posição de mecanismos.............................................................. 22
6.2. Posição de qualquer ponto de um mecanismo............................................................. 23
6.3. Ângulos de transmissão...............................................................
...............................................................................................
................................ 24
6.4. Translação, rotação e movimento complexo ............................................................... 25
7. SÍNTESE ANALÍTICA DOS MECANISMOS
MECANISMOS.........................................................
..................................................................
......... 25
7.1. Síntese de duas posições para a saída do seguidor ...................................................... 25
7.2. Pontos de precisão ............................................................
.......................................................................................................
........................................... 27
7.3. Geração de movimento de duas posições por síntese analítica ................................... 27
7.4. Comparação entre síntese gráfica e analítica de três posições .................................... 34
7.5. Síntese analítica da geração de uma função de quatro barras ..................................... 34
8. ANÁLISE DE VELOCIDADE
VELOCIDADE EM MECANISMOS
MECANISMOS DE 4 BARRAS .............................. 34
8.1. Solução gráfica (Método da velocidade relativa) ........................................................ 35
8.2. Solução analítica ..............................................................
.........................................................................................................
........................................... 36
4
9. ANÁLISE DE ACELERAÇÃO EM MECANISMOS DE QUATRO BARRAS .............. 37
9.1. Solução gráfica ............................................................................................................ 37
9.2. Solução analítica ......................................................................................................... 38
10. MECANISMO CURSOR – MANIVELA .......................................................................... 39
10.1 Equacionamentos do Mecanismo Cursor – Manivela ..................................................... 40
11. REFERÊNCIAS .................................................................................................................. 42
5
ÍNDICE DE FIGURAS:
6
1. INTRODUÇÃO
Desde o início dos tempos o homem vem buscado meios de aumentar, cada vez
mais, a eficiência de todas as suas atividades (antes mesmo de se falar no termo
eficiência). É notável a importância que qualquer economia ou aumento de rendimento
traz, principalmente no que tange o âmbito financeiro.
É exatamente nesta parte em que toda a teoria que sempre embasou os princípios,
máquinas ou mecanismos mais usados pela humanidade, veem-se otimizada pelas
aplicações modernas que nada mais são do que um conglomerado de projeto,
dimensionamento, análise e teste buscando qualquer melhoria, ou melhor, alternativa
para determinada aplicação.
No que tange projeto de mecanismos de quatro barras, a gama de opções é das
mais vastas e utilizadas em todo tipo de máquina, dentre eles, vários meios de
transportes. Para o projeto deve levar em consideração, por exemplo, espaço disponível,
rendimento mínimo necessário, custo, por isso é necessário ter o conhecimento de como
funciona todos os tipos e combinações possíveis para o mecanismo de quatro barras, a
fim de que se possa tirar o melhor aproveitamento, de forma geral, obedecendo-os
requisitos da aplicação.
2.1.Tipos de Movimento
O corpo possui um ponto (centro de rotação) que não apresente movimento com
relação à estrutura “estacionária” de referência. Todos os outros pontos do corpo
descrevem arcos ao redor daquele centro.
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Todos os pontos do corpo descrevem caminhos paralelos (curvilíneos ou
retilíneos). A linha de referência desenhada no corpo muda a posição linear mas; mas
não muda a orientação angular.
Quando o mecanismo parte de uma posição inicial, segue para uma intermediária
e retorna para ao primeiro estado, temos um ciclo. O tempo que esse ciclo leva para se
completar é denominado período. Cada posição relativa para a realização de um período
é denominada fase.
2.3 Mecanismo
2.4 Máquina
8
Junta é uma conexão entre dois ou mais elos (em seus nós) que permite o
mesmo movimento, ou movimento potencial, entre os elos conectados. As juntas
(também chamadas de pares cinemáticos) podem ser classificadas de diferentes
maneiras:
1. Pelo tipo de contato entre os elementos, linha, ponto ou superfície;
2. Pelo número de gruas de liberdade permitidos na junta;
3. Pelo tipo de fechamento físico da junta: tanto força como forma fechada;
4. Pelo número de elos unidos (ordem da junta).
Reuleaux criou o termo par inferior para descrever juntas com superfície de
contato (como um pino envolvido por um furo) e o termo par superior para
descrever juntas com ponto ou linha de contato. A figura abaixo mostra seis
possibilidades de pares inferiores.
Os pares prismáticos (P) e de revolução (R) são os únicos pares inferiores que
podem ser utilizados em mecanismos planos. Os pares inferiores cilíndricos (C),
esférico (S), de parafuso (H) e plano (F) são combinações de pares prismáticos e/ou de
9
revolução. Os pares R e P são os blocos básicos de construção de todos os outros pares,
que são combinações daqueles dois, como segue na tabela abaixo.
Uma articulação unida por forma é mantida junta, ou fechada por sua geometria.
Em contrapartida uma junta unida por força, requer alguma força externa para mantê-la
junta ou unida. Essa força pode ser fornecida pela gravidade, por uma mola, ou outro
meio externo. Em mecanismos, é preferida uma união por forma.
A figura abaixo mostra exemplos de juntas de várias ordens, em que a ordem da
junta é definida como o número de elos unidos menos um.
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espacial, o número de graus de liberdade é 6. No plano, o número de graus de liberdade
planar é 3.
Num mecanismo, graus de liberdade se referem ao número de parâmetros
independentes requerido para definir a posição de cada elo. É desejável projetar o
mecanismo com a menor quantidade de graus de liberdade possível, por questões
econômicas, simplicidade de projeto e facilidade de manutenção.
Para determinar o G.D.L. deve-se considerar o número de elos e juntas, bem como
as interações entre eles. Kutzbach desenvolveu uma equação que determina a
mobilidade do mecanismo.
M=3(L-G)-2J1-J2
Em que:
M = graus de liberdade ou mobilidade;
L = número de elos;
G = número de elos fixados;
J1 = número de juntas com 1 G.D.L. (completa);
J2 = número de juntas com 2 G.D.L. (meia junta).
Os graus de liberdade de uma montagem de elos predizem completamente o seu
comportamento. Há somente três possibilidades:
Se o G.D.L. for positivo a montagem será um mecanismo e todos os elos terão
movimento relativo;
Se o G.D.L. for zero então ela será uma estrutura e o movimento não é possível;
Se o G.D.L. for negativo então ela será pré-carregada, o que significa que nem
movimento é possível e algumas tensões podem estar presentes na hora da montagem.
11
Figura 6 - Mecanismos quatro barras equivalente
2.8 Inversão
Uma inversão é criada pelo fato de fixar um elo diferente na cadeia cinemática.
Assim, existem tantas inversões quanto o número de elos existentes no mecanismo. A
figura abaixo mostra as quatro inversões da ligação do mecanismo de quatro barras
biela-manivela, todas denotadas movimentos distintos.
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A inversão 1 é a mais comumente vista e é usada para motores e bombas de
pistão. A inversão 2 resulta no mecanismo de retorno rápido WHIT, WORTH ou
manivela-formador. A inversão 3 dá ao bloco móvel rotação pura. A inversão 4 é usada
em operações manuais, mecanismos de bombeamento de poço, nos quais a manivela é a
conexão 2 (estendida) e a conexão 1 passa pelo cano do poço para acionar o pistão no
fundo (está invertida na figura).
3. A CONDIÇÃO DE GRASHOF
13
Figura 9 - Tipos de Grashof
14
Figura 11 - Duplas manivelas
A condição de Grashof não apresenta nenhum ponto negativo nem positivo. Cada
mecanismo de todas as três posições é útil para determinada aplicação.
Para cada elo, será atribuída uma letra de designação baseada no tipo de
movimento quando conectado com outros elos. Se um elo pode fazer uma rotação
completa em relação aos demais, ele é chamado de manivela (M); caso contrário,
seguidor (S). As letras que indicam o movimento, C e R, são sempre listadas na ordem:
elo de entrada, acoplador, elo de saída. O prefixo G indica mecanismo de Grashof, C
indica o caso especial de Grashof (os pontos de mudança) e a ausência do prefixo indica
mecanismo não-Grashof. A tabela abaixo mostra os quatorze tipos de mecanismos de
Barker de quatro barras, com base no esquema de denominação.
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Figura 12 - Tabela com tipos de mecanismos Grashof
Os valores dessas razões são teoricamente estendidos ao infinito, mas para uma
montagem prática as razões podem ser limitadas para um valor razoável. Para que os
elos sejam montados, o elo maior deve ser menor que a soma dos outros três elos. Se for
igual os elos podem ser montados, porém não se moverão, portanto essa condição
determina o critério para separar regiões de não-mobilidade das regiões de mobilidade.
Aplicando esse critério em função das três razões dos elos, define-se quatro
planos de mobilidade zero:
Aplicando a condição de Grashof, S+L=P+Q, em função das razões dos elos, são
definidos três planos adicionais, nos quais todos os mecanismos de ponto de mudança
repousam.
5. SÍNTESE GRÁFICA DOS MECANISMOS
5.1.Condições limitantes
16
Para o projeto prévio de mecanismos é necessária uma análise rápida e prática
sobre suas limitações básicas. Para isso é preciso conhecer algumas condições
limitantes as quais os mecanismos estão sujeitos.
18
Curvas de acoplador podem ser usadas para gerar trajetórias bastante úteis em
problemas de projeto de máquinas. Elas são capazes de aproximar linhas retas e grandes
arcos circulares com centros remotos.
Curvas de acoplador de quatro barras apresentam uma variedade de fórmulas que
são categorizados como na figura abaixo:
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Uma aplicação muito comum das curvas de acoplador é geração de um
movimento linear aproximado. Mecanismos de barras para movimentação linear são
conhecidos e utilizados há séculos. A primeira aplicação registrada de uma curva de
acoplador para um problema de movimento é do mecanismo de barras para movimento
linear Watt’s, patenteado em 1784.
20
Figura 16 - Mecanismo tipo Hoeken
6. ANÁLISE DE POSIÇÕES
21
esperado de um método gráfico. Esse método é uma boa opção quando estamos
avaliando um mecanismo numa única posição, mas é trabalhoso quando é necessário
avaliar várias posições.
Métodos analíticos propiciam soluções mais precisas. Uma vez encontrada a
solução algébrica, ela pode ser aplicada diversas vezes em diferentes dimensões e
posições do mecanismo. O ponto negativo é a chance de erro matemático e
manipulações matemáticas tediosas.
Por poder utilizar de recursos computacionais, que dão praticidade aos cálculos,
explicaremos melhor a análise algébrica da posição de mecanismos.
25
Figura 21 - Síntese de duas posições
Primeiro escolha o local adequado no elo 4 para anexar o elo 3, aqui denominados
B1 e B2 em suas localizações extremas. Isso define r4 como o comprimento do elo 4.
Estes pontos podem ser definidos no sistema de coordenadas escolhido como:
A equação paramétrica da linha L pode ser escrita como:
26
|| ⁄
Em que β está em radianos. O elo 3 pode ser encontrado subtraindo -se R2 do
módulo de RB1 – RO2 e o elo 1 é obtido subtraindo-se RO2 de RO4.
A díade W1Z1 define a metade esquerda do mecanismo. A díade U1S1 define a
metade direita do mecanismo. Note que Z1 e S1 estão ambos incorporados ao acoplador
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rígido (elo 3), e ambos os vetores sofreram a mesma rotação através do ângulo α2 ,
desde a posição 1 até a posição 2. O comprimento pino a pino e o ângulo do elo 3 (vetor
V1) são definidos em função dos vetores Z1 e S1.
O elo terra também é definido em função das duas díades.
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Existem oito variáveis nessas duas equações: w, θ, β2, z, ϕ, α2, p21 e δ2. Podemos
resolver apenas duas. Três das oito estão definidas no enunciado do problema, ou seja,
α2, p21 e δ2. Das cinco restantes w, β2, z, θ, seremos forçados a escolher três como
escolhas arbitrárias para assim resolver as outras duas.
Uma estratégia é assumir va lores para os três ângulos θ, β2 e ϕ , com a premissa
que desejamos especificar a orientação θ, ϕ dos vetores W1 e Z1 dos dois elos para
atender restrições de projeto e também especificar a variação angular β2 do elo 2 para
adequar alguma restrição de acionamento. Essa escolha também tem a vantagem de
conduzir o conjunto de equações a um sistema linear nas variáveis e consequentemente
uma solução mais simples. Para essa solução, as equações podem ser simplificadas
igualando-se os valores assumidos e especificados a algumas constantes.
Na equação temos:
E nesta temos:
Então:
E resolvendo simultaneamente:
Uma estratégia é assumir o comprimento z o ângulo ϕ do vetor Z1 e a variação
angular β2 do elo 2 e assim resolver o vetor W1. Essa é a abordagem mais utilizada.
Note que os termos em colchetes de cada uma das equações previamente apresentadas,
são respectivamente as componentes x e y dos vetores W1 e Z1.
30
Substituindo
Substituindo,
A primeira estratégia também pode ser aplicada nas ultimas equações, assim como
foram usadas anteriormente, para resolver os módulos dos vetores U e S, assumindo
valores dos ângulos σ, ψ, ϒ2. As quantidades p21, δ2 e α2 também são definidas a partir
do enunciado do problema.
Na equação temos:
E na equação temos:
Então
32
E resolvendo simultaneamente
Se a segunda estratégia for usada, assumindo o ângulo ϒ2 e o módulo ee direção
do vetor S1 (que definirá o elo 3), o resultado será
Substituindo tem-se:
Fazendo:
Substituindo tem-se:
33
Figura 24 - Tabela de número de variáveis
As soluções das equações são as mesmas para os três tipos de síntese cinemática,
geração de função, geração de movimento e geração de trajetória com tempo
predeterminado. Isso é o que Erdman e Sandor chamam de equação de forma padrão.
34
Existem diversos métodos para analisar a velocidade e a aceleração dos
mecanismos planos, cada método apresentando suas vantagens e desvantagens.
Os métodos gráficos são rápidos e fáceis de executar. Um alto nível de precisão
não pode ser esperado de um método gráfico. Esse método é uma boa opção quando
estamos avaliando um mecanismo numa única posição, mas é trabalhoso quando é
necessário avaliar várias posições.
Métodos analíticos propiciam soluções mais precisas. Uma vez encontrada a
solução algébrica, ela pode ser aplicada diversas vezes em diferentes dimensões e
posições do mecanismo. O ponto negativo é a chance de erro matemático e
manipulações matemáticas tediosas.
(1)
(2)
8.2.Solução analítica
(5)
Mas:
Assim:
equação (6):
Para resolver para e , primeiramente subistituímos a identidade de Euler na
Parte real:
36
Parte imaginária:
Resolvendo as duas equações simultaneamente, encontramos e :
(9)
(10)
9.1.Solução gráfica
(11)
(12)
(13)
37
Para as acelerações tangenciais (11) e normais (12) e a equação (13) para a
aceleração relativa. É importante notar que a equação (13) pode ser escrita também na
forma das componentes que compõem a aceleração, nesse caso:
Da mesma forma que na velocidade, podemos seguir uma estratégia geral para
encontrar as acelerações utilizando o método gráfico. Devemos começar pelo elo de
entrada, já que é nele que temos uma aceleração angular conhecida. Nesse elo,
escolhemos um ponto (A) que é comum ao elo acoplador e apresenta aceleração pura.
Determinamos então a aceleração absoluta desse ponto e, desenhamos no diagrama de
vetores, partindo do ponto , a componente de aceleração normal desse ponto e, no
ponto terminal desse vetor, a componente de aceleração tangencial. Notamos que a
soma dessas duas componentes nos dará a componente absoluta da aceleração. O
próximo passo é escolher um ponto (B) no elo acoplador, que seja também comum ao
elo movido. Sabemos qual a direção da aceleração relativa do ponto (B) para o ponto
(A), e conhecemos também a direção da componente absoluta da aceleração do ponto
(B) devido ao movimento do elo movido. Como ja resolvemos para a velocidade, a
componente normal da aceleração relativa BA pode ser definida. Desenhamos esse
vetor no ponto final do vetor da aceleração absoluta do ponto (A). Sabemos que o vetor
corresponente à componente tangencial da velocidade relativa deve ser perpendicular ao
vetor normal. Desenhamos então uma linha t-t`perpendicular ao vetor normal.
Conhecemos também a componente normal da aceleração absoluta no ponto (B).
Desenhamos esse vetor normal partindo de . A componente tangencial dessa
aceleração deve ser perpendicular à componente normal. Assim, desenhamos a linha p-
p`perpendicular à componente normal de aceleração em (B). O ponto de interseção
entre as linhas t-t`e p-p`é o ponto b. O vetor b é a aceleração absoluta do ponto (B).
Com a aceleração tangencial relativa encontrada através da linha t-t`, podemos
encontrar a aceleração angular do elo acoplador. Com a aceleração do elo determinada,
podemos encontrar a aceleração tangencial de qualquer ponto nesse elo.
9.2.Solução analítica
38
Parte real:
Parte imaginária:
Podemos perceber que haverá dois pontos mortos neste sistema no decorrer do
ciclo, exatamente nas duas posições extremas do cursor. Para que não haja uma a parada
do mecanismo nestes pontos críticos, utilizamos um volante solidário à manivela
(volante de inércia). No caso dos compressores de ar, o cursor é impulsionado pela
manivela que é acionada por um motor elétrico.
39
10.1 Equacionamentos do Mecanismo Cursor – Manivela
Altura do triângulo:
40
Desenvolvendo o termo:
[ ]
Vamos fazer uma expansão em série binomial:
41