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Anhanguera

Educacional S.A.

Engenharia Mecânica
6o Semestre

Professor Eng. Micelli Rodrigues Camargo


micelli_net@yahoo.com.br
prof.micelli@hotmail.com

Av. Brig. Luís Antonio, 871 – Bela Vista


São Paulo – SP – CEP 01371 001 – (11) 3188 6700
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MATERIAL DE APOIO: SISTEMAS FLUIDOS MECÂNICOS
Engenharia Mecânica – 6o Semestre
Professor Micelli Rodrigues Camargo

Conteúdo
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................
................................ ...................................... 3
1. ESTUDO
STUDO DA PERDA DE CARGA ................................................................
............................................................. 3
1.1. Conceito de Rugosidade ................................................................................................
..................................... 3
1.2. Classificação de Perdas de Carga................................................................
..................................................... 3
1.3. Estudo da Perda de Carga Distribuída ................................................................
............................................. 3
1.4. Estudo da Perda de Carga Singular ................................................................
.................................................. 3
1.5. Estudo da Perda de Carga em Condutos não Circulares ..............................................
................................ 3
2. ESTUDO DA CAVITAÇÃO ................................................................................................
......................................... 4
2.1. Conceito de Pressão de Vapor................................................................
........................................................... 4
2.2. O Fenômeno da Cavitação ................................................................................................
................................. 5
2.3. Características e Inconvenientes da Cavitação ...............................................................
................................ 5
2.4. Estudo da Cavitação em bombas Centrífugas: NPSH requerido e NPSH
NPS disponível6
2.5. Faixa de operação da bomba num sistema ................................................................
..................................... 8
3. MÁQUINAS DE FLUXO................................................................................................
................................ ............................................... 9
4. BOMBAS VOLUMÉTRICAS ................................................................................................
....................................... 9
4.1. Conceito e Classificação ................................................................................................
..................................... 9
4.2. Bombas Volumétricas
as Rotativas ................................................................
........................................................ 9
4.3. Bombas Alternativas ................................................................................................
.......................................... 12
5. BOMBAS CENTRÍFUGAS ................................................................................................
........................................ 14
5.1. Princípio de Funcionamento
Funcionament ................................................................
............................................................. 14
5.2. Altura Manométrica ................................................................................................
................................ ............................................ 15
5.3. Curvas Características de Bombas Centrífugas............................................................
................................ 15
5.4. Alteração das Curvas Características de Bombas Centrífugas com diâmetro do
rotor e com a rotação ................................................................................................
................................ ..................................................... 16
5.5. Seleção de Bombas Centrífugas ................................................................
..................................................... 17
6. SISTEMAS DE BOMBEAMENTO................................................................
BOMBEAMENTO ............................................................ 18
6.1. Instalação de Recalque Típica e Seus Acessórios .......................................................
................................ 18
6.2. Pré-Seleção
Seleção do Diâmetro ................................................................................................
.................................. 19
6.3. Curva Características da Instalação (CCI) ................................................................
..................................... 19
6.4. Método de Obtenção da CCI ................................................................
............................................................ 20
6.5. Ponto de Trabalho ................................................................................................
................................ .............................................. 21

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INTRODUÇÃO

Antes de tudo,, vamos definir o que


q é Sistemas Fluidomecânicos.

Um Sistema Fluidomecânico é qualquer conjunto formado por máquinas


e/ou dispositivos cuja função é extrair (ou adicionar) energia de (para
para) um fluido de
trabalho.

O fluido de trabalho pode estar confinado entre as fronteiras do sistema


formado pelo conjunto de máquinas e dispositivos, ou escoar através destas
fronteiras (o que, para nossa análise, caracteriza um volume de controle na
perspectiva da termodinâmica ou da mecânica dos fluidos).

Relembrando, Volume de controle é um espaço delimitado para estudo


através do qual escoa um determinado fluido. Neste estudo se avalia as alterações
a
que acontecem devido ao escoamento que esta acontecendo. Diferentemente do se
faz quando se estuda com a ótica de Sistema,, em que se acompanha uma partícula
pela trajetória do escoamento.

1. ESTUDO
STUDO DA PERDA DE CARGA

Vide capitulo 7 Livro PLT Fenômenos de Transportes – Franco Brunetti

1.1. Conceito de Rugosidade

Vide capitulo 7 Livro PLT Fenômenos de Transportes – Franco Brunetti

1.2. Classificação de Perdas de Carga

Vide capitulo 7 Livro PLT Fenômenos de Transportes – Franco Brunetti

1.3. Estudo da Perda de Carga Distribuída

Vide capitulo 7 Livro PLT Fenômenos de Transportes – Franco Brunetti

1.4. Estudo da Perda de Carga Singular

Vide capitulo 7 Livro PLT Fenômenos de Transportes – Franco Brunetti

1.5. Estudo da Perda de Carga em Condutos não Circulares

Vide capitulo 7 Livro PLT Fenômenos de Transportes – Franco Brunetti

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2. ESTUDO
STUDO DA CAVITAÇÃO

2.1. Conceito de Pressão de Vapor

Pressão de vapor é a pressão exercida por um vapor quando este está em


equilíbrio dinâmico com o líquido que lhe deu origem, ou seja, a quantidade de
líquido (solução) que evapora é a mesma que se condensa. A pressão de vapor é
uma medida da tendência de evaporação de um líquido. Quanto maior for a sua
pressão de vapor, mais volátil será o líquido, e menor será sua temperatura de
ebulição relativamente a outros líquidos com menor pressão de vapor à mesma
temperatura de referência

A pressão de vapor é uma propriedade física que depende intimamente do


valor da temperatura.. Qualquer que seja a temperatura, a tendência é de o líquido
se vaporizar até atingir equilíbrio termodinâmico com o vapor; em termos cinéticos,
esse equilíbrio se manifesta quando a taxa de líquido vaporizado
vaporizado é igual à taxa de
vapor condensado.. Uma substância líquida entra em ebulição quando a pressão do
sistema ao qual faz parte atinge a pressão de vapor dessa substância. Esse ponto
recebe o nome de ponto de ebulição ou temperatura de ebulição. O ponto de
ebulição
bulição normal é a temperatura de ebulição da substância à pressão de uma
atmosfera.

Em locais com maior altitude, onde a pressão atmosférica é menor, a


temperatura de ebulição das substâncias líquidas são mais baixas já que sua
pressão de vapor precisa se igualar a um valor menor (considerando que o sistema
é aberto).

Esboço do equilíbrio líquido-vapor


líquido da água ao nível do mar.. O aumento da
temperatura aumenta a taxa de vaporização, mas, enquanto a pressão parcial
exercida pelo vapor da água for menor do que a pressão total, a taxa de
condensação aumenta de forma compensatória, de maneira que se restabelece o
equilíbrio dinâmico. Quando a temperatura atinge 100 graus Celsius (temperatura
de ebulição da água no nível do mar), a taxa de vaporização vence a taxa de
condensação: ocorre assim a mudança de fase da água.

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2.2. O Fenômeno da Cavitação

Como foi visto em Fenomenos de Transportes II, através do Teorema de


Bernoulli, num escoamento de um liquido sempre que a velocidade aumenta a
pressão cai, para que a energia mecânica permaneça constante. Quando esta
pressão atingi o valor igual ou menor da
da pressão de vapor do liquido ocorre uma
vaporização local do fluido, formando bolhas de vapor. A este fenômeno costuma-se
costuma
dar o nome de cavitação (formação de cavidades dentro da massa líquida). A
cavitação é comum em bombas de água e de óleo, válvulas, turbinas
turbinas hidráulicas,
propulsores navais e até em canais de concreto com altas velocidades, como em
vertedores de barragens.

2.3. Características e Inconvenientes da Cavitação

Ela deve ser sempre evitada por causa dos prejuízos financeiros que causa
devido a erosão associada, seja nas pás de turbinas, de bombas, em pistões ou em
canais.

Estas bolhas de vapor que se formaram no escoamento devido à baixa


pressão, serão carregadas e podem chegar a uma região em que a pressão cresça
novamente a um valor superior à Pv. Então ocorrerá a "implosão" dessas bolhas. Se
a região de colapso das bolhas for próxima a uma superfície sólida, as ondas de
choque geradas pelas implosões sucessivas das bolhas podem provocar trincas
microscópicas no material, que com o tempo irão crescer
crescer e provocar o descolamento
de material da superfície, originando uma cavidade de erosão localizada. Este é um
fenômeno físico molecular e que se dissemina e tende a aumentar com o tempo temp
causando a ruína dos rotores.

Fotos de rotores que sofreram cavitação.

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2.4. Estudo da Cavitação em bombas Centrífugas: NPSH requerido


e NPSH disponível

DEFINIÇÃO:: A sigla NPSH vem da expressão Net Positive Suction Head,Head


cuja tradução literal para o português seria Altura Líquida Positiva de Sucção
(ALPS).
Este parâmetro é de vital importância pois
p ele auxilia para que as bombas
tenham um desempenho satisfatório, principalmente em sistemas onde coexistam as
duas situações descritas abaixo:

• Bomba trabalhando no início da faixa, com baixa pressão e alta vazão;


• Existência de altura negativa de sucção;

Quanto maior for a vazão da bomba e a altura de sucção negativa, maior será
a possibilidade da bomba cavitar em função do NPSH.
Em termos técnicos, o NPSH define-se como a altura total de sucção referida
a pressão atmosférica local existente no centro da conexão de sucção, menos a
pressão de vapor do líquido.
líquido

NPSH = (po - ZS – hS - R) – PV

Onde:
patm = Pressão atmosférica local, em m.c.a. (metros de coluna d’agua).
d’agua) (tabela 1);
ZS = Altura de sucção, em metros (dado da instalação);
hs = Perdas de carga no escoamento pela tubulação de sucção, em metros;
R = Perdas de carga no escoamento interno da bomba, em metros (dados do
fabricante);
PV = Pressão de vapor do fluído escoado, em metros (tabela 2);

Para que o NPSH proporcione uma sucção satisfatória à bomba, é necessário que a
pressão em qualquer ponto da linha nunca venha reduzir-se
reduzir se à pressão de vapor do
fluído bombeado. Isto é evitado tomando-se
tomando providências
dências na instalação de sucção
para que a pressão realmente útil para a movimentação do fluído seja sempre maior
que a soma das perdas de carga na tubulação com a altura de sucção, mais as
perdas internas na bomba, portanto:

patm - PV > hs ± ZS + R

NPSH DA BOMBA E NPSH DA INSTALAÇÃO:


INSTALAÇÃO: Para que se possa estabelecer,
comparar e alterar os dados da instalação, se necessário, é usual desmembrar-se
desmembrar
os termos da fórmula anterior, a fim de se obter os dois valores característicos
(instalação e bomba), sendo:

patm - PV ± ZS - hs = NPSHd (disponível) que é uma característica da instalação


hidráulica. É a energia que o fluído possui, num ponto imediatamente anterior ao
flange de sucção da bomba, acima da sua pressão de vapor. Esta variável deve ser

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calculada por quem


uem dimensiona o sistema, utilizando-se
se de coeficientes tabelados e
dados da instalação;

R = NPSHr (requerido),, é uma característica da bomba, determinada em seu


projeto de fábrica, através de cálculos e ensaios de laboratório. Tecnicamente, é a
energia necessária para vencer as perdas de carga entre a conexão de sucção da
bomba e as pás do rotor, bem como criar a velocidade desejada no fluído nestas
pás. Este dado deve ser obrigatoriamente fornecido pelo fabricante através das
curvas características das bombas (curva de NPSH);

Assim, para uma boa performance da bomba, deve-se


deve se sempre garantir a seguinte
situação:

NPSHd > NPSHr + CS

Na prática, aceita-se:

CS = 0,6 (coeficiente de segurança)

Altura máxima de sucção

Pode-se
se determinar a altura máxima de sucção para uma dada através da
expressão:

Zs = P0 - Pv – NPSHr - hs
onde:
Po = pressão no ponto o (igual a pressão atmosférica
atmosférica para reservatório aberto);
Pv = pressão de vapor de liquido a uma dada temperatura;
NPSHr – requerido;
Hs = Perdas de carga na tubulação de sucção.

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2.5. Faixa de operação da bomba num sistema

As bombas são projetadas para trabalhar com vazões e altura manométricas


em faixas definidas pelas suas características de funcionamento. Através de ensaios
e
verifica-se
se que as bombas são capazes de atender outros valores e alturas
manométricas, além dos pontos para os quais elas foram projetadas.
projetadas O conjunto de
pontos em que a bomba é capaz de operar constitui a faixa de operação da bomba.
As curvas características
cterísticas de bombas centrífugas traduzem através de gráficos
o seu funcionamento, bem como, a interdependência entre as diversas grandezas
operacionais. As curvas são obtidas em laboratório e são fornecidas pelos
fabricantes, para cada modelo disponível.

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3. MÁQUINAS DE FLUXO

Vide material anexo – cap03 – maquina de fluxo .prof. augusto

4. BOMBAS VOLUMÉTRICAS

4.1. Conceito e Classificação

Também conhecidas como bombas de deslocamento positivo, bombas volumétricas


ou bombas estáticas. Suas principais características são:

a) Princípio de funcionamento: Uma cavidade é aberta e o fluido é admitido


através de uma entrada, preenchendo os espaços existentes no interior da
cavidade. Em seguida, essa cavidade é fechada. Por ação mecânica dos
componentes internos da máquina, o fluido existente no seu interior é
expulso, através de outra cavidade que é aberta, em direção a saída da
máquina. O ciclo se repete em cada rotação da bomba.
b) Não operam intermediariamente energia cinética (EC), ou seja, EP  Pe ;
c) Faixa de vazões operadas: pequenas vazões;
d) Faixa de pressões operadas: pequenas, médias e grandes pressões;
e) Para rotação constante, a pressão praticamente não da vazão;
f) O escoamento através da máquina é intermitente (as pressões variam
periodicamente em cada ciclo).
ciclo)
g) Não operam com vazão nula (a pressão é excessiva, isto é, praticamente
ilimitada); há necessidade de emprego de válvulas de alivio de pressão
(válvulas de segurança).
h) São auto-escorvantes;
escorvantes;
i) Podem funcionar praticamente com fluidos de qualquer viscosidade.

4.2. Bombas Volumétricas Rotativas

As bombas rotativas isolam um volume de fluido e o transportam de uma zona de


baixa pressão para uma zona de alta pressão. A característica comum é o
acionamento através de um eixo que gira.

Os tipos mais comuns são bomba de


e engrenagens, bomba de lóbulos, bombas de
palhetas, entre outras.

a) Bomba de engrenagens

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Uma das construções usuais para estas bombas é a bomba de engrenagens,


engrenagens onde
um par de engrenagens gira dentro de uma carcaça com pequena folga entre o
externo da engrenagem e o interior da carcaça. O fluido ocupa o espaço entre dois
dentes e é transportado da área de sucção para a área de descarga. O que impede
o fluido de retornar entre os dentes da engrenagem para a sucção é exatamente o
dente da outra engrenagem, que ocupa o espaço entre os dentes.

Bomba de engrenagem interna Bomba de engrenagem externa


Exemplo de bombas de engrenagem
Como funciona:

1) A parte escura mostra o fluido iniciando o preenchimento dos espaços entre


os dentes das engrenagens. As duas setas indicam o sentido de rotação.
2) Nesta ilustração, podemos observar como o fluido é carregado pelas
engrenagens interna e externa, em duas câmaras separadas pela "meia-lua".
"meia
3) Os espaços entre os dentes das engrenagens encontram-se
encontram se completamente
preenchidos pelo fluido, que está sendo carregado da zona de sucção para a
zona de descarga.
4) O fluido começa a ser
er expulso da bomba através da tubulação de descarga.

b) Bomba volumétrica
olumétrica de lóbulos (Roots)

Esta tem o princípio de funcionamento similar ao das bombas de


engrenagens. Sendo que nesta bomba, os dois lóbulos giram independentes ao
passo que a bomba de engrenagem uma engrenagem move a outra.

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Podem ter dois, três ou até quatro lóbulos, conforme o tipo. Por ter um
rendimento maior, as bombas de três lóbulos são as mais comuns.
comuns. São usadas no
bombeamento de produtos químicos, líquidos lubrificantes ou não-lubrificantes
não de
todas as viscosidades.

Esquema de uma bomba de lóbulo

c) Bomba volumétrica
olumétrica de palhetas

Estas são muito usadas para alimentação de caldeiras e para sistema


óleodinâmicos de acionamento de média ou baixa pressão. São auto-aspirantes
auto e
podem ser empregadas também como bombas de vácuo. São compostas de um
cilindro (rotor) cujo eixo de rotação é excêntrico ao eixo da carcaça. O rotor possui
ranhuras radiais onde se alojam palhetas rígidas com movimento livre nessa
direção. Devido à excentricidade do cilindro em relação à carcaça, essas câmaras
apresentam uma redução de volume no sentido de escoamento pois as a palhetas são
forçadas a se acomodarem sob o efeito da força centrífuga e limitadas, na sua
projeção para fora do rotor, pelo contorno da carcaça. Podem ser de descarga
constante (mais comuns) e de descarga variável.

Esquema de funcionamento de bomba de palhetas

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4.3. Bombas Alternativas

Nas bombas alternativas, o líquido recebe a ação das forças diretamente de um


pistão
ão ou êmbolo ou de uma membrana flexível (diafragma). Elas podem ser
acionadas pela ação do vapor ou por meio de motores elétricos ou também por
motores de combustão interna. São bombas de deslocamento positivo porque
exercem forças na direção do próprio movimento do líquido.

No curso da aspiração, o movimento do êmbolo tende a produzir o vácuo no


interior da bomba, provocando o escoamento
escoamento do líquido. É a diferença de pressões
que provoca a abertura de uma válvula de aspiração e mantém fechada a de
recalque. No curso de descarga, o êmbolo exerce forças sobre o líquido, impelindo-o
impelindo
para o tubo de recalque, provocando a abertura da válvula de recalque e mantendo
fechada a de aspiração. A descarga é intermitente e as pressões variam
periodicamente em cada ciclo. Estas bombas são auto-escorvantes
auto escorvantes e podem
funcionar como bombas de ar, fazendo vácuo se não houver líquido a aspirar.

Classificação das Bombas Alternativas:

Acionadas por vapor – empregadas na alimentação de água nas caldeiras, pois


aproveitam o vapor gerado na caldeira para seu próprio funcionamento;

De potência ou de força – acionadas por motores elétricos ou de combustão


interna, são
ão utilizadas no acionamento de prensas, nas indústrias de borracha,
algodão, óleo, etc.;

De descarga controlada – deslocam com precisão um predeterminado volume de


líquido em um tempo preestabelecido. Acionadas por motores, possuem
mecanismos de eixo de manivela
anivela-biela.
biela. Podem ser dos seguintes tipos:

a) Bombas alternativas de pistão: o órgão que produz o movimento do líquido é


um pistão que se desloca, com movimento alternativo, dentro de um cilindro.
No curso de aspiração, o movimento do pistão tende a produzir
produz vácuo. A
pressão do líquido no lado da aspiração faz com que a válvula de admissão
se abra e o cilindro se encha. No curso de recalque, o pistão força o líquido,
empurrando-oo para fora do cilindro através da válvula de recalque. O
movimento do líquido é causado pelo movimento do pistão, sendo da mesma
grandeza e do tipo de movimento deste.

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b) Bombas alternativas de êmbolo: seu princípio de funcionamento é


idêntico ao das alternativas de pistão. A principal diferença entre elas está no
aspecto construtivo do órgão que atua no líquido. Por serem recomendadas
para serviços de pressões mais elevadas, exigem que o órgão de
movimentação do líquido seja mais resistente, adotando-se
adotando se assim, o êmbolo,
sem modificar o projeto da máquina. Com isso, essas bombas podem ter
dimensões pequenas.

c) Bombas alternativas de diafragma: o órgão que fornece


fornec a energia do
líquido é uma membrana
brana acionada por uma haste com movimento alternativo.
O movimento da membrana,
membrana, em um sentido, diminui a pressão da câmara
fazendo com que seja admitido um volume de líquido. Ao ser invertido o
sentido do movimento da haste, esse volume é descarregado na linha de
recalque. São usadas para serviços de dosagens de produtos já que, ao ser
variado o curso da haste, varia-se
varia se o volume admitido. Um exemplo
exemp de
aplicação dessa bomba é a que retira gasolina do tanque e manda para o
carburador de um motor de combustão interna.

Bomba de pistão Bomba de êmbolo Bomba de diafragma


Exemplo de bombas alternativas

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5. BOMBAS CENTRÍFUGAS

5.1. Princípio de Funcionamento

Por definição bombas


ombas centrífugas
entrífugas são bombas hidráulicas que têm como
princípio de funcionamento a força centrífuga através de palhetas e impulsores que
giram no interior de uma carcaça estanque, jogando líquido do centro para a
periferia do conjunto girante.

Constam de uma câmara fechada, carcaça, dentro da qual gira uma peça, o
rotor, que é um conjunto de palhetas que impulsionam
impulsionam o líquido através da voluta. O
rotor é fixado no eixo da bomba, este contínuo ao transmissor de energia mecânica
do motor. A carcaça é a parte da bomba onde, no seu interior, a energia de
velocidade é transformada em energia de pressão, o que possibilita o líquido
alcançar o ponto final do recalque. É no seu interior que está instalado o conjunto
girante (eixo-rotor)
r) que torna possível o impulsionamento do líquido.

A carcaça pode ser do tipo voluta ou do tipo difusor. A de voluta é a mais comum
podendo ser simples ou dupla (Figura VI.3). Como as áreas na voluta não são
simetricamente distribuídas em torno do rotor, ocorre uma distribuição desigual de
pressões ao longo da mesma. Isto dá origem a uma reação perpendicular ao eixo
que pode ser insignificante quando a bomba trabalhar no ponto de melhor
rendimento, mas que se acentua a medida que a máquina sofra redução de d vazões,
baixando seu rendimento. Como conseqüência deste fenômeno temos para
pequenas vazões, eixos de maior diâmetro no rotor. Outra providência para
minimizar este empuxo radial é a construção de bombas com voluta dupla, que
consiste em se colocar uma divisória dentro da própria voluta, dividindo-a
dividindo em dois
condutos a partir do início da segunda metade desta, ou seja, a 180o do início da
"voluta externa", de modo a tentar equilibrar estas reações duas a duas, ou
minimizar seus efeitos.

Para vazões médiass e grandes alguns fabricantes optam por bombas de entrada
bilateral para equilíbrio do empuxo axial e dupla voluta para minimizar o
desequilíbrio do empuxo radial. A carcaça tipo difusor não apresenta força radial,
mas seu emprego é limitado a bombas verticais
verticais tipo turbina, bombas submersas ou
horizontais de múltiplos estágios e axiais de grandes vazões. A carcaça tipo difusor
limita o corte do rotor de modo que sua faixa operacional com bom rendimento,
torna-se reduzida.

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Voluta caracol simples Voluta caracol dupla Principais componentes


Bombas centrífugas

5.2. Altura Manométrica

Pode-sese entender como


com Altura Manométrica uma medida de altura de uma
coluna de líquido que a bomba poderia criar resultante da energia hidráulica cedida
omba. Lembrando que para reservatórios aberto, HB = hgeo + ΣPerdas
ao fluido pela bomba.

A principal razão para usar altura ao invés de pressão para medir a energia de
uma bomba centrífuga é que a pressão variará dependendo da da massa específica, ρ,
do fluido, mas a altura permanecerá a mesma.

5.3. Curvas Características de Bombas Centrífugas

Servem para descrever as características operacionais de uma


um bomba.

Através destas curvas é possível relacionar o rendimento, η, a vazão, Q, a altura


manométrica, HB, e a potência, P.

a) Vazão (Q) x Altura Manométrica (HB)

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b) Vazão (Q) x Rendimento (η)

Conclusões:

1) Aumentando Q, aumenta η, até um ponto máximo, após o qual acontece o


escorregamento do fluido;
2) Aumentando Q, diminui HB que se consegue bombear.

5.4. Alteração das Curvas Características de Bombas Centrífugas


com diâmetro do rotor e com a rotação

Com a mudança de alguns parâmetros é possível deslocar as curvas


características da bomba, vejamos nas seguintes situações:

a) Diâmetro do rotor (D): forma e velocidade de rotação constantes ( rpm )

Relações entre Diâmetro e:


e

Q2 D2
• Vazão: 
Q1 D1

  
• Altura manométrica: 

 
  
• Potência: 
 

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MATERIAL DE APOIO: SISTEMAS FLUIDOS MECÂNICOS
Engenharia Mecânica – 6o Semestre
Professor Micelli Rodrigues Camargo

b) Rotação:

Relações entre Rotação e:

Q2 N2
• Vazão: 
Q1 N1

  
• Altura manométrica: 

 
  
• Potência: 
 

5.5. Seleção de Bombas Centrífugas

As principais variáveis que são levadas em conta na hora da escolha da bomba


centrífuga são:

• Vazão
• Altura manométrica (altura geométrica + perdas de carga)
• NPSH (Disponível > requerido)
• Rotação da Bomba
• Potência da Bomba

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6. SISTEMAS DE BOMBEAMENTO

6.1. Instalação de Recalque Típica e Seus Acessórios

Uma instalação de bombeamento, no geral é composta por bomba centrífuga,


válvula gaveta, válvula de retenção, válvula
válvula globo (não mostrada na figura abaixo),
válvula de pé (quando a bomba é não afogada) e reservatórios de sucção e
recalque.

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6.2. Pré-Seleção
Seleção do Diâmetro

Existem várias maneiras de se estabelecer o diâmetro de uma tubulação. Uma


técnica bastante aceita e utilizada é a da Velocidade Econômica. Este método
consiste em se atribuir a velocidade um a valor entre 0,5 m/s e 2,0 m/s e em função
da vazão, Q, obtém-sese o diâmetro.

Resumindo, tem-se
se os seguintes passos:

1. Escolha da velocidade entre 0,5 e 2,0 m/s


2. Calcula-se
se o diâmetro através das fórmulas:
fórmulas
a.   v . 
п 
b.  


onde:

• Q = vazão em m3/s
• v = velocidade em m/s
• A = área em m2
• D = diâmetro em m
3. Para tubulação de sucção escolhe-se,
escolhe se, o tubo com diâmetro comercial
imediatamente maior ao diâmetro calculado;
4. Para tubulação de recalque escolhe-se,
escolhe se, o tubo com diâmetro comercial
imediatamente menor ao diâmetro calculado;

6.3. Curva Características da Instalação (CCI)

Uma instalação pode ser representada matematicamente


matem ticamente por uma curva
envolvendoo as perdas de pressão H (em metros) e a vazão Q (em m3/hora, por
exemplo).

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Curva representativa de uma instalação elevatória

Observando a curva da instalação de bombeamento,


bombe nto, podemos destacar duas
medidas:

A - Representa a altura geométrica (altura efetivava de elevação) ou seja, os


desníveis da sucção e elevação. Os desníveis, na verdade variam com os níveis dos
reservatórios
rios de sucção e de descarga. Mas, esta variação pode ser desprezível,
dependendo do desnível entre reservatórios.

B – Representa o somatório de perdas de carga no circuito. Isto é, as perdas de


pressão ao longo da tubulação e seus acessórios ( Curvas, vávulas, etc.)
etc. E esta
perda de carga é proporcional a vazão..
vazão.

6.4. Método de Obtenção da CCI

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6.5. Ponto de Trabalho

Considerandoo as características do sistema e da bomba, representadas por suas


curvas, o ponto de operação do bombeamento será a interseção das duas curvas.
Neste ponto a bomba cede energia ao fluido para vencer a altura H (m) com a vazão
Q ( m3 / h ).

Ponto de operação
oper do bombeamento

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