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Gestão da
Manutenção
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
Sérgio Moreira
Diretor Adjunto
Série metalmecânica - eletromecânica
Gestão da
Manutenção
© 2014. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, mecâ-
nico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização, por
escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI de
Santa Catarina, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por
todos os Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
_ _ _ _ ____ __ _ __ __ _
S491
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Gestão da manutenção / Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Departamento Nacional, Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Departamento Regional de Santa Catarina. Brasília : SENAI/DN, 2014.
50 p. : il. color. (Série metalmecânica. Eletromecânica)
CDD 621.816
CDU 62-7
SENAI – DN Sede
2 Gestão da manutenção................................................................................................................................................11
2.1 O que é a Gerência de Manutenção e qual a sua finalidade?.......................................................12
2.2 Organização do Departamento de Manutenção..............................................................................13
2.2.1 Tendência......................................................................................................................................14
2.3 O planejamento, a programação e o controle da manutenção..................................................15
2.3.1 O que se espera do planejador/programador?...............................................................17
2.3.2 Vantagens da existência do programador/planejador................................................17
2.3.3 Padronização de procedimentos de execução de tarefas..........................................18
2.3.4 Fatores de decisão para a criação de um setor de PCM...............................................18
2.4 Os custos em manutenção.......................................................................................................................18
4 REFERÊNCIAS....................................................................................................................................................................43
5 MINICURRÍCULO DO AUTOR.......................................................................................................................................45
6 Índice...................................................................................................................................................................................47
Introdução
Especialista com grande experiência na área de manutenção, Branco (2008, p. 03) declara
que
No dia a dia você pode se deparar com uma série de desafios e decisões a serem tomadas no
que se refere à manutenção dos equipamentos. Por isso é muito importante conhecer técnicas
adequadas para que seja possível prorrogar ao máximo a vida útil dos equipamentos, pois, ine-
vitavelmente, o desgaste e as falhas irão ocorrer.
Nesse contexto, a atividade de manutenção existe porque serviços de reparo devem ser
prestados. Todos os serviços de manutenção devem ser executados de uma forma eficiente,
produtiva, ordenada e eficaz, pois o retrabalho é muito danoso para a operação.
Quando se fala em ordenada significa que cada membro de uma equipe de manutenção,
por exemplo, deve saber qual a sua tarefa e como desempenhá-la, isso para que se possa sa-
ber o que esperar da equipe como um todo. Além disso, é importante que a equipe saiba as
condições das máquinas, saiba quando elas deverão ir para a manutenção e quando deverão
retornar disponíveis para a operação, e como retornarão. Isso só é possível com uma equipe
capacitada (treinada e equipada com ferramental adequado), com atividades bem planejadas,
controladas e participativas.
Portanto, a manutenção deve prestar seus serviços com qualidade e suas rotinas de trabalho
devem ser previamente analisadas, redigidas, aprovadas e então seguidas.
Ao final deste capítulo, você terá subsídios para:
a) conhecer as principais atribuições do gestor de manutenção;
b) compreender como deve ser a organização da manutenção levando em consideração o
tamanho da empresa;
Gestão da manutenção
12
Perceba que da correta avaliação dos prós e contras é que pode surgir, para
cada caso, uma estrutura mais adequada e, sabendo dos pontos fracos e fortes de
sua estrutura, o gestor pode tirar o máximo de proveito de suas instalações, de
seu pessoal e de seus recursos.
2.2.1 Tendência
tes usados pelas diversas turmas de áreas. O caso mais frequente é o da utilização
de máquinas de usinagem para a fabricação de peças e também onde as má-
quinas caras e/ou de pouco uso em cada área como guindastes, empilhadeiras,
instrumentos de ajuste e calibragem ficam alocadas.
Outra oficina que pode ser centralizada é a oficina de instrumentação, quando
existe, devido ao preço dos instrumentos que normalmente são ali utilizados e
que não podem ser duplicados devido à pouca utilização em cada área.
Ao analisar a figura a seguir, que apresenta dados obtidos em pesquisa reali-
zada em 2011 pela Abraman, perceba que existe grande tendência das empresas
caminharem para o sistema de organização mista.
%
forma de
atuação da
manutenção 1995 1997 1999 2001 2003 2005 2007 2009 2011
Centralizada 46,20 42,50 40,52 36,62 42,52 36,14 26,28 32,59 31,72
Descentralizada 13,70 15,83 21,55 21,13 21,26 27,20 33,97 26,67 27,59
Mista 33,50 41,67 37,93 42,25 36,22 35,96 39,75 40,74 40,69
Entradas
Planejamento
Programação Execução
Controle/
Padronização
São dados estatísticos Um setor de PCM deve trabalhar para que as rotinas de manutenção sejam
relativos à situação documentadas, padronizadas e a apuração de resultados de todas as equipes seja
da manutenção, sua
performance, o crescimento feita de modo idêntico e sistemático.
de sua qualidade e o
desempenho de suas Para que isso ocorra, o setor de PCM deve estar ciente das metas da manuten-
funções.
ção, deve possuir um leque de indicadores3 para medir o desempenho dos exe-
cutantes e medir o seu próprio desempenho, comparar o desempenho da equipe
com as metas preestabelecidas, sugerir medidas de correção e avaliar a eficácia
das medidas.
Entre os diversos fatores que devem ser levados em conta para a decisão de
criar-se uma equipe que cuide exclusivamente de planejamento, programação e
controle de manutenção em uma empresa, destaca-se: o porte da empresa, como
ela está organizada, a aceitação da existência de um setor de PCM, a necessidade
de melhor acompanhamento das atividades de manutenção e controle de custos,
e a relação de custo benefício entre as despesas de criação do setor de PCM e as
vantagens que trará.
7%
29,5%
30
25 24,2%
20,1%
20
15 13,4%
11,6%
10
5
1,1%
0
Pessoal Serviços de Materiais, Consumíveis Treinamento Diversos
próprio Terceiros Peças e (Combustível, de Pessoal
(Contratos Sobres- Lubrificante,
contínuos ou salentes gases, etc)
não, reparos,
etc)
Recapitulando
Pela forma com que é realizada a intervenção nos equipamentos, sistemas ou instalações,
caracterizam-se os vários tipos de manutenção existentes. Segundo Pinto (2001), algumas prá-
ticas básicas definem os tipos de manutenção em:
• manutenção corretiva não planejada;
• manutenção corretiva planejada;
• manutenção preventiva;
• manutenção preditiva;
Gestão da manutenção
24
• manutenção detectiva;
• engenharia de manutenção;
• manutenção produtiva total (TPM).
Você também pode considerar os diversos tipos de manutenção como políti-
cas de manutenção, desde que a sua aplicação seja o resultado de uma definição
gerencial ou política global da instalação, baseada em dados técnicos e econô-
micos.
seja por tempo transcorrido, seja por horas trabalhadas efetivas, quilômetros ro-
dados ou qualquer outra variável.
Paquistão 2 3 Egito 3 0
Argentina 6 2 Portugal 1 0
E.U.A 1 2 Vietnan 1 0
Hungria 0 2 Luxemburgo 1 0
Marrocos 0 2 Bangladesh 1 0
Filipinas 1 2 Reino Unido 1 0
N. Zelândia 1 1 Itália 10 0
Singapura 1 1
Arábia 0 1 Total 119 97
Quadro 5 - Empresas premiadas pelo JIPM – Excelência em TPM – 2007 – Ranking por países
Fonte: JIPM (2007)
nome área
nome área
nome área
CASOS E RELATOS
Pinto (2001) relata que em qualquer planta ou instalação sempre haverá lugar
para os diversos tipos de manutenção. Assim, o tipo de manutenção a ser adota-
do é uma decisão gerencial e está baseado nos seguintes fatores:
a) importância do equipamento do ponto de vista operacional, da segurança
pessoal, da segurança da instalação e do meio ambiente;
Gestão da manutenção
30
3.2.2 Balanceamento
Ponto
mais
pesado
+
Centro do
Centro de
eixo
massa
Rotação
Figura 5 - Centro de massa diferente do centro de rotação
Fonte: Emerson Process Management Ltda (2004).
R
P
M aceitável ótimo aceitável ótimo
600 0,10 0,08 0,07 0,05
750 0,09 0,07 0,06 0,04
1200 0,07 0,04 0,04 0,03
1800 0,05 0,03 0,03 0,02
3600 0,03 0,02 0,01 0,01
3.2.4 Termografia
são a análise do óleo lubrificante em laboratório para verificação das suas caracte-
rísticas, e a técnica das partículas contidas no óleo, oriundas de desgaste. Eviden-
temente, nos dois métodos estão incluídos os contaminantes que, dependendo
das características e da qualidade, determinam a condenação do lubrificante.
A ferrografia, que pode ser feita em óleos ou graxas, identifica, classifica e
quantifica as partículas presentes no lubrificante, oriundas de desgaste, contami-
nantes e perda das características do lubrificante.
Você sabe por que os equipamentos falham e como evitar que isso saia do
controle? Não se preocupe, pois neste momento você estudará justamente isso.
Segundo a Norma NBR 5462-1994, a falha é o término da capacidade de um
item desempenhar a função requerida. É a diminuição total ou parcial da capaci-
dade de uma peça, componente ou máquina de desempenhar a sua função du-
rante um período de tempo, quando deverá então ser reparado ou substituído. A
falha leva o item a um estado de indisponibilidade. Portanto, a definição de falha
assume que a função exigida do equipamento seja precisamente conhecida.
Para Xenos (1998), existem muitas causas possíveis para as falhas nos equipa-
mentos. Colocado de forma simples, existem três grandes categorias de causas:
falta de resistência, uso inadequado ou manutenção inadequada.
3 Tipos, métodos, ferramentas e dispositivos para execução de manutenção
37
O uso inadequado significa a aplicação de esforços que estão fora da capacidade do equipamento
e pode resultar de erros durante sua operação.
A manutenção inadequada significa que as ações preventivas para evitar a deterioração dos equi-
pamentos são insuficientes ou não estão sendo corretamente tomadas.
3.2.10 Produtos/Aplicativos
A eficácia de uma planta industrial nasce com projetos bem pensados, em que
os gestores de manutenção devem ter participação ativa na escolha dos equipa-
mentos, constituição de layout, propostas de automação, supervisão e emprego
de novas tecnologias que visem maior confiabilidade no processo produtivo e de
manutenção.
Lembre-se de que há um universo de possibilidades de aprendizagem que
envolve sua área de formação e que é preciso explorar. Portanto, amplie seus co-
nhecimentos, busque outras fontes de consulta e estudo, seja um protagonista
no seu processo de aprendizagem.
Ao concluir este estudo você pode até não saber especificamente como cada
equipamento funciona, ou cada detalhe de cada sistema mas, agora, você terá
uma base de conhecimentos que lhe permitirão analisar, buscar as informações
e aprender o que ainda não sabe. Essa iniciativa é o grande diferencial que se
espera de um profissional. Assim, tome a iniciativa, encare os desafios e seja um
agente de mudança. Faça a diferença onde quer que esteja.
Recapitulando
A
Abraman 14, 15, 19
Alinhamento 33, 34
B
Balanceamento 32, 33
Benchmarking 20, 21, 25
C
Controle 9, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 23, 25, 27, 36, 38, 39, 41
Corretiva 23, 24, 32, 36
D
Detectiva 23, 25
Dispositivos 30, 31, 34
F
Falha 11, 12, 23, 24, 25, 26, 30, 31, 33, 34, 36, 37, 38
I
Indicadores 16, 18, 19, 20
M
Manutenção centralizada 13, 14
Manutenção descentralizada 14
Manutenção mista 14, 15
Monitoramento 9, 31, 32
MTBF 12
MTTR 12
P
PCM 17, 18, 21, 23
Planta 12, 14, 15, 16, 21, 23, 25, 26, 27, 29, 32, 40
Planejamento 12, 14, 15, 16, 17, 18, 20, 21, 23, 26, 38, 40, 41
Planejador 16, 17
Preventiva 23, 24, 36, 37
Produtiva 11, 23, 26, 27, 30
T
TPM 23, 26, 27, 28, 29
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA - DIRET
Selma Kovalski
Coordenação do Desenvolvimento dos Livros no Departamento Regional
Daniela Viviani
Design Educacional
Tatiane Hardt
Ilustrações e Tratamento de Imagens
Diagramação
Roseli Müller Izolan
CRB-14/472
Ficha Catalográfica
i-Comunicação
Projeto Gráfico
Jaqueline Tartari
Contextuar
Revisão Ortográfica e Gramatical
Jaqueline Tartari
Contextuar
Normalização