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Instrumentos e
dispositivos de controle de
caldeira
Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Instrumentos e dispositivos de controle de caldeira
SENAI-SP, 1999
Revisado 2004
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Treinamento de segurança na operação de caldeiras - Instrumentos e dispositivos de controle de caldeira
Sumário
Dispositivos de alimentação 5
• Dispositivos de alimentação de água 5
• Dispositivos de alimentação de combustível 8
• Dispositivos de alimentação de ar 10
Visor de nível 11
• Sistemas de controle de nível 12
Indicadores de pressão 17
Dispositivos de segurança 19
• Válvulas de segurança 19
• Sistemas de proteção contra falhas de chama 20
Dispositivos auxiliares 23
• Pressostato 23
• Programador 24
• Ventiladores 24
• Quadro de comando 25
Válvulas e tubulações 27
• Válvulas 27
• Tubulações 29
Purgadores 33
• Purgador mecânico 33
• Purgador termostático 36
• Purgador termodinâmico 37
Exercícios 39
Referências bibliográficas 43
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Dispositivos de alimentação
Eles devem ser muito bem controlados para repor exatamente a quantidade de água
que foi evaporada e manter o regime de geração de vapor de forma segura para os
operadores e os equipamentos.
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Observação
O sub-item C do item 13.1.4 da NR-13, determina a necessidade de um sistema injetor
ou outro meio de alimentação de água, independentemente do sistema principal em
caldeiras de combustíveis sólidos.
Quando o vapor passa pelos cônicos divergentes, ele forma vácuo, faz com que a
válvula de retenção seja aberta e arrasta por sucção a água do reservatório dentro da
caldeira. Se a água entrar em excesso, sai através da válvula de sobrecarga.
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A bomba d’água é um equipamento que deve ter uma pressão superior à pressão de
operação da caldeira para que possa introduzir água no sistema. Sua instalação
hidráulica é dotada de válvulas de retenção que evitam o retorno do líquido de
trabalho.
A grande vantagem deste tipo de bomba é a economia de energia que ela apresenta,
porém tem a desvantagem de que sua capacidade é limitada a uma vazão máxima de
50 ton./h. Além disso, essa bomba tem facilidade de arrastar, junto com a água,
grandes quantidades do óleo lubrificante que é empregado no sistema.
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Seu funcionamento consiste em um disco (rotor) com um jogo de palhetas, que gira em
alta velocidade succionando a água pelo centro e recalcando-a na sua periferia.
Os discos são chamados de estágios e sua quantidade pode variar de acordo com a
capacidade da bomba. Nas caldeiras de baixa pressão empregam-se bombas com
apenas um estágio. Nas de alta pressão são usados multiestágios.
Da mesma forma que as bombas alternativas, as centrífugas podem ser acionadas por
turbina ou motor elétrico. É necessária a instalação de válvula de alívio para a
segurança do sistema.
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Para combustíveis gasosos (seja via reservatório ou via rede de gás combustível ou
residual), a alimentação é feita através de válvulas de controle de vazão, pressão e
alívio.
Os combustíveis sólidos, uma vez processados (via martelo picador, moenda, etc.) são
introduzidos para queima através de esteiras rolantes e alimentação por gravidade ou
juntamente com a injeção de ar.
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Dispositivos de alimentação de ar
Os dispositivos de alimentação de ar são imprescindíveis para a queima do
combustível.
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Visor de nível
O visor de nível consiste de um tubo ou uma placa de vidro presa numa caixa metálica,
que tem a finalidade de dar ao operador a noção exata da altura de água existente na
caldeira.
Nas aquatubulares, geralmente, o nível deve ficar situado em uma faixa de 50 a 70%
do diâmetro do tubulão superior.
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Existem algumas caldeiras onde isso não ocorre e cabe ao operador certificar-se desta
correspondência: nível do visor x nível real do tubulão.
O controle de nível com sistema de bóia consiste de uma câmara ligada ao tubulão
de vapor e de uma bóia ligada a uma chave, que comanda o circuito elétrico de
acionamento da bomba d’água.
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Sua construção é bastante simples. É formado por dois tubos concêntricos: um externo
e um interno. O tubo externo é o tubo de expansão e o interno serve para fazer a
ligação com o tambor de vapor pela sua parte superior, onde recebe uma quantidade
de vapor. Faz também ligação com o tambor de vapor em um ponto correspondente ao
nível mínimo, recebendo a água do tambor de vapor pela parte de baixo.
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À medida que a água vai entrando no tambor de vapor, a quantidade de vapor dentro
do tubo termostático vai diminuindo, dando lugar à água, que é bem mais fria que o
vapor, fazendo, dessa forma, com que o tubo - que se havia expandido pelo calor -
agora se contraia em virtude da mudança de temperatura.
Quando o nível do tubulão diminui, o vapor passa a ocupar uma parte maior do tubo
interno, e o calor adicional fornecido pelo aumento da quantidade de vapor no tubo
interno do gerador, faz com que aumente a pressão do sistema hidráulico e o fole da
válvula reguladora se expanda.
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Esse tipo de controle é mais utilizado em caldeiras onde há pouca variação de carga.
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Onde:
ya = Densidade da água a temperatura ambiente
yb = Densidade da água nas condições de saturação do tubulão
h = Distância entre tomadas
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Indicadores de pressão
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Dispositivos de segurança
Válvula de segurança
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Fotocélula
Ocorrendo uma dessas falhas, a fornalha da caldeira poderá ficar sujeita a uma
explosão, caso não haja imediata interrupção do fornecimento de combustível.
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É importante notar que a maior parte dos casos de explosão de fornalhas ocorre
durante o acendimento da chama.
São elas:
• Assegurar que o procedimento de partida seja seguido;
• Impedir o fornecimento de combustível ao queimador até o estabelecimento da
chama-piloto;
• Não ter falhas nas válvulas de bloqueio;
• Cortar o fornecimento de combustível aos queimadores quando houver ausência
de chama e exigir rearme manual.
Trata-se de um sistema bem aperfeiçoado que trabalha com uma célula fotoelétrica
(que capta radiações entre as faixas infravermelha e ultravioleta), um amplificador e
um relê. O seu funcionamento é baseado na coloração das chamas. Se estas se
apagarem, a luminosidade no interior da fornalha será diminuída, a célula fotoelétrica
comandará o amplificador e o relê que abrirá seus contatos, interrompendo o circuito
dos queimadores.
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Dispositivos auxiliares
Pressostato
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Em certos tipos de pressostato, a atuação pode ser parcial numa válvula controladora;
este pressostato é denominado pressostato modulador.
Programador
Ventiladores
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Quadro de comando
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Válvulas e tubulações
Válvulas
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No caso da água, este tipo de válvula é colocado em duas posições: uma após a
válvula de alimentação e outra antes da entrada da caldeira. Isso evita que numa
parada da bomba, retorne água por esta tubulação, esvaziando a caldeira.
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As válvulas de serviço (vapor), normalmente válvulas tipo globo, têm como função
assegurar o suprimento de vapor para dispositivos da própria caldeira, tais como:
aquecimento de óleo, bombas de alimentação, atomização, injetores, etc.
As válvulas de respiro (“Vents”) são válvulas tipo globo utilizadas nos procedimentos
de parada e partida das caldeiras.
Para sistemas de óleo combustível, este alívio pode ser feito para a linha de retorno.
No caso de combustível gasoso, este alívio pode ser feito para “flare” (tocha), ou para
a atmosfera.
Tubulações
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As redes e tubulações da gás combustível devem possuir válvula de alívio e devem ser
tomados cuidados especiais no sentido de evitar a presença de fase líquida misturada
à fase gasosa. Isso deve ser feito por causa dos riscos de explosão na fornalha,
provocada por arraste de líquido para seu interior.
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O vapor não tem características corrosivas desde que a água utilizada na geração seja
de boa qualidade; no entanto, caso a rede de vapor não esteja dimensionada
adequadamente, o aumento da velocidade em alguns pontos pode causar severo
processo erosivo em curvas e pontos de derivação.
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Purgadores
Purgador mecânico
Os purgadores mecânicos são classificados em três tipos: de bóia, de panela invertida,
e de panela aberta.
O purgador de bóia funciona com um orifício de saída de água sempre abaixo do nível
mínimo. Quando há excesso de água ou condensado, o nível sobe e a bóia flutua,
abrindo a saída pelo orifício. A bóia se estabiliza em uma posição em que a quantidade
de água que entra (com vapor) é igual à quantidade de água que sai.
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Esse tipo de purgador não deixa passar os gases existentes no sistema. O ar que nele
entra, não consegue sair e a descarga é contínua.
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À medida que o condensado se acumula, ele enche a parte externa da panela e faz o
nível subir conforme o orifício permite. Quando há bastante água acumulada na
panela, essa flutuação desaparece e a panela desce por causa de seu peso e a
válvula se abre. Então, a pressão do vapor P (na parte superior, dentro da panela)
força o condensado a sair pela válvula.
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Quando a válvula está fechada, a panela pode subir e, assim, o condensado vai se
acumulando até transbordar por cima da panela. Ao entrar água suficiente na panela,
ela desce e a pressão do vapor força o condensado a sair pela válvula que fica aberta
até que a flutuação da panela feche novamente a válvula.
Purgador termostático
O purgador termostático é indicado para pressões de vapor saturado de 1 até 7
kgf/cm2 e temperatura até 170o C.
A ligação da descarga tanto pode ser feita na horizontal quanto em um ângulo de 90o,
mudando-se a localização do bujão.
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Purgador termodinâmico
O purgador termodinâmico é usado para retirar água condensada de tubulações,
serpentinas e todos os tipos de aparelhos aquecidos com vapor como tachos, estufas,
cilindros, irradiadores, cozinhadores, etc.
Como esse tipo de purgador é muito sensível a detritos e impurezas, é indispensável a
instalação de um filtro na rede de vapor antes dele.
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Exercícios
2. Por que a bomba d'água não deve apresentar uma pressão inferior à pressão de
operação da caldeira?
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3. Cite uma vantagem da bomba centrífuga em relação aos demais tipos de bomba.
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Referências bibliográficas
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