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SISTEMAS
E PROCESSOS
CONSTRUTIVOS
VOLUME 3
SÉRIE CONSTRUÇÃO CIVIL
SISTEMAS E
PROCESSOS
CONSTRUTIVOS
VOLUME 3
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI
Conselho Nacional
SISTEMAS E
PROCESSOS
CONSTRUTIVOS
VOLUME 3
© 2014. SENAI – Departamento Nacional
A reprodução total ou parcial desta publicação por quaisquer meios, seja eletrônico, me-
cânico, fotocópia, de gravação ou outros, somente será permitida com prévia autorização,
por escrito, do SENAI.
Esta publicação foi elaborada pela equipe do Núcleo de Educação a Distância do SENAI da
Bahia, com a coordenação do SENAI Departamento Nacional, para ser utilizada por todos os
Departamentos Regionais do SENAI nos cursos presenciais e a distância.
FICHA CATALOGRÁFICA
S491s
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Departamento Nacional.
Sistemas e processos construtivos/ Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial.
Departamento Nacional, Departamento Regional da Bahia. – Brasília : SENAI/DN,
2014.
3 v 116 p.: il. (Construção Civil)
ISBN 978-85-7519-696-0
CDU 504
SENAI Sede
Serviço Nacional de Setor Bancário Norte • Quadra 1 • Bloco C • Edifício Roberto
Aprendizagem Industrial Simonsen • 70040-903 • Brasília – DF • Tel.: (0xx61)
Departamento Nacional 3317-9001 Fax: (0xx61) 3317-9190 • http://www.senai.br
Lista de Ilustrações
Figura 1 – Benefícios dos sistemas construtivos especiais..................................................................................14
Figura 2 – Construção especial sustentável..............................................................................................................14
Figura 3 – Parede de drywall..........................................................................................................................................16
Figura 4 – Estrutura em steel framing..........................................................................................................................18
Figura 5 – Novidade no mercado.................................................................................................................................19
Figura 6 – Estrutura de banheiro pronto...................................................................................................................21
Figura 7 – Formas prontas...............................................................................................................................................22
Figura 8 – Estrutura elaborada a partir de formas prontas.................................................................................23
Figura 9 – Grande número de profissionais na montagem das ferragens....................................................24
Figura 10 – Armações prontas.......................................................................................................................................26
Figura 11 – Alvenaria de vedação.................................................................................................................................27
Figura 12 – Alvenaria estrutural....................................................................................................................................28
Figura 13 – Alvenaria de pedra antiga........................................................................................................................28
Figura 14 – Blocos furados e canaletas portantes da família 20x20x40.........................................................29
Figura 15 – Blocos furados portantes da família 10x20x20 e 10x20x30.........................................................30
Figura 16 – Argamassa para alvenaria estrutural....................................................................................................30
Figura 17 – Paginação de alvenaria.............................................................................................................................32
Figura 18 – Paletização.....................................................................................................................................................33
Figura 19 – Alvenaria estrutural concluída...............................................................................................................35
Figura 20 – Fachadas diferentes....................................................................................................................................36
Figura 21 – Fachada em pré-fabricados na Europa................................................................................................37
Figura 22 – Fachada sem caixilho.................................................................................................................................38
Figura 23 – Fachada em pele de vidro........................................................................................................................39
Figura 24 – Fachada unitizada.......................................................................................................................................40
Figura 25 – Fachada tipo grid intercalada com revestimento em granito.....................................................40
Figura 26 – Fachada em structuralglazing.................................................................................................................41
Figura 27 – Sistema de origem das patologias........................................................................................................48
Figura 28 – Patologias, como encarar?.......................................................................................................................49
Figura 29 – Ciclo do PDCA...............................................................................................................................................50
Figura 30 – Trincas por recalque do solo...................................................................................................................51
Figura 31 – Ocorrência de patologias por equívocos de sondagem...............................................................53
Figura 32 – Trincas em fundações assentadas sobre seções de corte e aterro............................................54
Figura 33 – Desmoronamento de contenções........................................................................................................54
Figura 34 – Sistema de minimização de patologias...............................................................................................55
Figura 35 – Demolição inadequada de parede de alvenaria..............................................................................57
Figura 36 – Ninhos de concretagem...........................................................................................................................58
Figura 37 – Esquema da aderência entre camadas de concreto.......................................................................58
Figura 38 – Lançamento inadequado do concreto................................................................................................59
Figura 39 – Fissura por retração no concreto...........................................................................................................59
Figura 40 – Corrosão devido ao cobrimento inadequado da armadura........................................................60
Figura 41 – Fissura por dilatação térmica da laje da cobertura.........................................................................62
Figura 42 – Deterioração na estrutura decorrente da umidade........................................................................63
Figura 43 – Esquema de fissuras de cisalhamento em viga sob flexão..........................................................63
Figura 44 – Esquema de fissuras em viga sob torção............................................................................................64
Figura 45 – Sobrecarga nas paredes de vedação...................................................................................................64
Figura 46 – Bloco cerâmico quebrado por sobrecarga.........................................................................................65
Figura 47 – Junta seca na parede de alvenaria........................................................................................................66
Figura 48 – Esquema de juntas sobre juntas em paredes de alvenaria..........................................................66
Figura 49 – Esquema de fissuras por subdimensionamento de vergas e contravergas...........................67
Figura 50 – Esquema de fissuras verticais em paredes longas sem juntas de dilatação..........................68
Figura 51 – Esquema de fissuras horizontais por expansão higroscópica na alvenaria...........................68
Figura 52 – Corrosão pontual.........................................................................................................................................69
Figura 53 – Manchas nas faces internas em parede de gesso...........................................................................70
Figura 54 – Infiltração em parede com gesso..........................................................................................................70
Figura 55 – Parede de gesso sem patologias...........................................................................................................71
Figura 56 – Fissura em argamassa................................................................................................................................72
Figura 57 – Desagregação expressiva da argamassa............................................................................................73
Figura 58 – Aparecimento de mofo em argamassa...............................................................................................74
Figura 59 – Descolamento de revestimento cerâmico.........................................................................................75
Figura 60 – Descolamento de cerâmica em fachada.............................................................................................76
Figura 61 – Eflorescência em cerâmica.......................................................................................................................77
Figura 62 – Eflorescência em paredes.........................................................................................................................77
Figura 63 – Musgo em telhas.........................................................................................................................................78
Figura 64 – Mofo em teto................................................................................................................................................79
Figura 65 – Calha obstruída............................................................................................................................................80
Figura 66 – Deslocamento de telhas...........................................................................................................................81
Figura 67 – Caimento inadequado X caimento adequado do telhado..........................................................81
Figura 68 – Goteiras...........................................................................................................................................................82
Figura 69 – Choque elétrico...........................................................................................................................................84
Figura 70 – Vazamento de tubulação de água........................................................................................................86
Figura 71 – Danos gerados por golpes de aríete em juntas...............................................................................87
Figura 72 – Pontos das tomadas efetuados após conclusão da alvenaria.....................................................88
Figura 73 – Como evitar patologias nas instalações elétricas............................................................................89
Figura 74 – Quadro com identificação dos disjuntores........................................................................................89
Figura 75 – Gambiarra elétrica......................................................................................................................................91
Figura 76 – Ralo entupido sem presença de grelha de separação...................................................................92
Referências
Minicurrículo da autora
Índice
Introdução
É com muito prazer que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial - SENAI apresenta
o livro didático de Sistemas e Processos Construtivos, presente no Volume 3 - com um total de
160 horas.
Nosso principal objetivo nesta unidade curricular é desenvolver competências para a super-
visão técnica do processo de construção de edificação, atendendo aos critérios estabelecidos
nas normas em vigência.
Como este livro é segmentado, nesse volume abordaremos os processos construtivos espe-
ciais e as patologias das edificações.
No primeiro momento, você vai se deparar com temas como: construção a seco, sistema
de banheiros prontos, formas prontas, armação pronta para estrutura, alvenaria estrutural e
sistemas de fachadas.
Já num segundo momento, você irá conhecer algumas patologias que atacam as construções,
entre as quais podemos citar: as patologias nas fundações e contenções, nas estruturas, nas ve-
dações, nos revestimentos, coberturas e instalações tanto elétricas, como hidráulicas e sanitárias.
Portanto, será majorado (aumentado, acrescentado) aqui o conhecimento sobre os pro-
cessos construtivos especiais e possíveis falhas na construção. Assim, todo o conhecimento
que você obteve na parte inicial do curso sobre temas como: serviços preliminares necessários
para construção de um edifício, os diversos tipos de instalações que compõem uma obra, tais
como limpeza do terreno, movimentação de terra, procedimentos para implementação de um
canteiro de obras, os principais tipos de instalações previstos na NR -18, locação da obra, sua
infraestrutura e sua superestrutura, será complementado.
a) com este curso temos a intenção de torná-lo tecnicamente capaz de: aplicar normas, es-
pecificações e procedimentos técnicos;
b) aplicar as normas técnicas, ambientais e de segurança e higiene no trabalho;
c) interpretar projetos de edificações;
d) demonstrar tecnicamente a execução de serviços;
e) identificar as características dos materiais, máquinas, ferramentas e equipamentos ade-
quados a cada processo;
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
10
Anotações:
Sistemas construtivos especiais
Você já deve ter percebido que acabou-se o tempo em que os objetivos nas construções eram
voltados apenas para a finalização das obras. Hoje em dia, buscam-se construções que tragam
novos conceitos de estética, sensação de conforto, praticidade, diminuição dos prazos previstos
em cronogramas para retirada do habite-se1 e entrega dos empreendimentos com qualidade.
Da necessidade de atender a demanda do mercado consumidor com rapidez, criatividade,
qualidade, saúde e segurança, aliado a preservação ambiental, surgiram sistemas de constru-
ção especiais, entre eles podemos citar:
a) construção a seco;
b) banheiro pronto;
c) forma pronta;
d) armação pronta;
e) alvenaria estrutural;
f) fachadas diferenciadas.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
14
1
HABITE-SE:
É um documento que
atesta a conclusão de Qualidade
um empreendimento,
autorizando a sua ocupação.
Geralmente emitido pela
prefeitura local.
Sistemas
Saúde Construtivos Sustentabilidade
Especiais
Rapidez
2.1.1 DRYWALL
O sistema Drywall, tem sua origem na língua inglesa e, em português, significa “pa-
rede seca”. É utilizado na construção a base de estrutura em perfis metálicos ou aço
galvanizado, que consiste em construções nas quais as paredes são revestidas com
placas em gesso acartonado, que são placas de gesso revestidas por lâminas especiais.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
16
b) o gesso deve ficar fora de zonas úmidas ou que seja facilitado o contato
com a água e intempéries do ambiente;
c) os perfis de gesso devem ficar sobre alguma estrutura que retire o contato
direto do material com o chão;
d) o local deve ser plano e não pode ter inclinações que facilitem a queda ou
escorregamento do material;
e) os profissionais que instalam o sistema de Drywall devem ser qualificados e
devem seguir os projetos executivos;
f) o transporte dos perfis deve ser realizado por redes credenciadas, que man-
tenham o material nas condições especificadas pelo fabricante.
Tomados esses cuidados, o sistema Drywall torna-se um grande concorrente à
substituição dos sistemas de construção convencionais baseados na constituição
de pilares, vigas e paredes, que são menos sustentáveis, pois apresentam alto
teor de desperdício de recursos e formação de entulhos.
CASOS E RELATOS
Você já pensou chegar num evento sobre inovações nos sistemas construtivos
e encontrar a ideia de trabalhar com banheiros prontos? Difícil acreditar nessa
novidade não é mesmo? Mas isso já é possível aqui no Brasil.
3
PATOLOGIAS: Os banheiros prontos foram feitos para melhorar o processo de construção,
pois tornam a execução dessa etapa construtiva mais mecanizada, por isso a
São problemas do
sistema construtivos que chance de propagação de erros durante os procedimentos é minimizada. As fa-
representam falhas na
edificação. Abordaremos
lhas humanas que mais tarde poderiam desencadear em patologias2 são elimina-
esse tema no próximo das com este sistema.
capítulo.
O interessante é que essa concepção inovadora atende às necessidades espe-
cíficas de projetos, inclusive de projetos especiais com rampas e espaços delimi-
tados para atender a deficientes físicos, o que na atualidade já vem sendo exigido
3
CHAPISCO-EMBOÇO-
REBOCO
nos locais mais sofisticados.
Note que o prazo de uma obra é bastante reduzido com esse tipo de sistema.
A relação custo x benefício justifica o uso dessa tecnologia inovadora. A sustenta-
bilidade do meio ambiente também é praticada e todos saem ganhando: o cons-
trutor, porque elimina gastos excessivos com o sistema comum; o cliente, porque
recebe o seu empreendimento no tempo certo; e o ambiente, porque não recebe
entulhos e tem sua água economizada.
Após o uso da forma, a mesma deve ser limpa, para ficar livre de possíveis
agentes corrosivos, como graxas, pó e óleo, ou outros materiais que possam vir a
alterar a resistência e aderência do concreto. É importante usar desmoldante, mas
a sua dosagem deve seguir as recomendações do fabricante.
Abaixo se encontram algumas observações que devem ser feitas sobre as formas:
a) as formas devem ser projetadas seguindo rigorosamente as dimensões de
projeto para que não se deformem com as ações de intempéries, do tempo
e peso da estrutura com adição do concreto;
b) o processo de vibração deve ser controlado para que não cause deforma-
ções na forma, por conta disso os profissionais devem estar alertas com a
forte incidência de vibradores de concreto no local;
c) as formas não devem permitir a passagem da água da chuva ou de outra
origem que não beneficie a estrutura. Caso isso não ocorra, a possibilidade
de perder argamassa levada pela água é grande. Tem que ser observada a
existência de fendas nessas formas;
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
24
4
BALDRAMES: d) a retirada das formas tem que atender o espaço de tempo determinado
para cura do concreto.
Podem ser conhecidos
como tipos de vigas. São Seguindo essas regras básicas, você evita uma série de problemas.
estruturas responsáveis pelo
alicerce de determinadas
estruturas.
Você verá o quanto é possível ganhar velocidade com esse tipo de sistema.
Quando as atividades estão devidamente organizadas, a entrega do material
na obra é feita de acordo com seu cronograma de execução, e as peças já vêm
previamente identificadas com etiquetas, cabendo aos operários realizar apenas
o encaixe em seu devido lugar. Só é necessária a colocação no local respectivo a
seu uso, mas vamos conhecer um pouco mais desse sistema adiante.
Armação pronta é um termo que se refere às armaduras de aço confecciona-
das segundo as determinações do projeto e fornecidas já concluídas para a sua
utilização. Apesar de inicialmente haver um maior desembolso neste tipo de con-
tratação, pois a aquisição desse material tem valor expressivo, termina sendo jus-
tificada financeiramente pela redução no custo final da etapa construtiva, já que
este tipo de alternativa diminui significativamente o número de profissionais en-
volvidos na atividade, além de agilizar o desenvolvimento desse tipo de serviço.
2 SISTEMAS CONSTRUTIVOS ESPECIAIS
25
Mas você sabe em que momentos este recurso pode ser aplicado? É possível
fazer, por meio das armações prontas, as estruturas das vigas, pilares, lajes, sapa-
tas, baldrames4, entre outros. Se a mão de obra for qualificada e habilidosa, o pro-
cesso de instalação das armações prontas torna-se muito satisfatório e a rapidez
de execução fica bastante visível.
O interessante é que nesse sistema a propagação de erros quanto à disposição
da armadura negativa, bitola utilizada e quantidade de barras solicitadas, é mini-
mizado, pois o profissional só precisa se preocupar em colocar as armaduras em
seus respectivos locais para dar suporte aos elementos estruturais a serem con-
cretados no local. Como as armaduras já vêm industrializadas e pré-fabricadas, a
possibilidade de existência de falhas nesse tipo de estrutura é mínima.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
26
5
ARMADORES:
São os profissionais
responsáveis pelo corte e
dobra das armaduras de
ferro.
6
ALMOXARIFADOS:
9
PAREDES PORTANTES:
Atendidos esses requisitos, a armação pronta pode ser uma solução bastante
São as projetadas para
trabalhar como elemento viável para execução de obras com rapidez e qualidade. Os cronogramas previs-
estrutural e fazer a tos podem ser minimizados e o dinheiro gasto com a contratação de determina-
distribuição de cargas na
edificação. dos profissionais na obra, principalmente armadores5, é minorado. Mas, ainda há
a necessidade da presença de montadores para encaixar algumas peças.
Vale a pena lembrar que com esse sistema a obra também ganha mais espaço,
pois não há necessidade de perda de ambiente no canteiro para os armadores
realizarem o corte, dobra e montagem das armações, assim como os armazena-
mentos irregulares que causam grandes perdas de espaço nos almoxarifados6
com a ferragem mal organizada.
2 SISTEMAS CONSTRUTIVOS ESPECIAIS
27
10
TRAÇO:
11
PRÉDIOS VERDES:
No início de uso, a alvenaria era constituída apenas por pedras intertravadas en-
tre si. Nessa época, não existia a sofisticação atual, por isso, não havia a preocupação
com a passagem de redes elétricas para abastecimento de sistemas complexos de
ar condicionado, televisores e rádios, muito menos a preocupação com a passagem
de redes telefônicas, redes de gás, computadores ou TV a cabo. É de conhecimento
geral que essas redes de abastecimento passam no interior das paredes, portanto,
nesse momento existiam apenas simples projetos que delimitavam casas singelas
para moradia como proteção a intempéries, ou no caso de locais com rios, as alve-
narias de pedras objetivavam a criação de barragens contra enchentes.
19 19
19 12
19 19
39 19 19 39 39
19 19 19
12
MASSEIRAS:
13
DESMOBILIZADO:
Figura 15 – Blocos furados portantes da família 10x20x20 e 10x20x30
Refere-se à retirada de Fonte: SENAI, 2013.
algo de um local. Nesse
caso, refere-se à retirada
de entulhos e materiais b) Argamassa, cimento e areia: mistura elaborada a partir de proporções de ci-
utilizados no ambiente para mento, cal hidratada, areia e água. Quando se quer adquirir maiores resistências
execução de um serviço.
e cura mais rápida, devem ser utilizados aditivos aliados aos outros materiais.
14
ETAPA SUCESSORA:
15
IMPERMEABILIZAÇÃO:
É o processo de tornar um
local estanque à água, a
partir do uso de materiais
específicos.
Para que as construções em alvenaria deem certo, com boa terminabilidade e sem
arremates, é necessário que a sua execução seja feita por profissionais qualificados,
materiais de qualidade e que possuam um bom planejamento aliado a um bom su-
porte de logística. A execução deve sempre estar baseada na paginação da alvenaria
e paletização dos blocos, seja de concreto ou cerâmico. Mas o que seria Terminabili-
dade, Arremates, Paginação e Paletização? Vamos conhecê-los melhor na sequência.
a) terminabilidade: é um termo que remete a conclusão de um serviço. Con-
cluir um serviço não é apenas finalizá-lo, mas também deixar o local limpo e
pronto para uma nova etapa da construção, ou seja, após concluir o serviço
é necessário deixar o local desmobilizado13, livre de entulhos e de qualquer
material que atrapalhe na execução da etapa sucessora14 desse serviço.
b) arremates: na construção civil, arremate é sinônimo de trabalho deixado para
traz sem conclusão satisfatória. Isso significa que o trabalho não foi realizado
com padrões suficientes para seguimento das outras etapas de serviço no local.
Os arremates são os grandes vilões da construção, principalmente no quesito
alvenaria, pois podem impactar nas etapas de revestimento, sejam eles de arga-
massa, cerâmica ou gesso, pintura, impermeabilização15 e instalações hidráulicas,
elétricas e sanitárias.
c) paginação: o termo paginação refere-se ao processo de elevação da alvenaria
através da compatibilização de todos os projetos da edificação, sejam eles estru-
turais, arquitetônicos ou de instalações hidráulicas, hidrossanitárias e elétricas.
A partir da paginação, é possível programar quais blocos devem ser mobiliza-
dos para construção das paredes, e por isso já deixar programado com o almoxa-
rife o recebimento e transporte desses blocos na obra, sem muita perda de tempo
para evitar ajustes nos cronogramas.
Com a paginação, evitam-se desperdícios de blocos e diminuição de tempo de
execução, pois, nesse caso, já é fornecido um projeto especificando os blocos que
devem ser colocados em seus respectivos lugares com suas respectivas dimen-
sões, minimizando erros na execução por utilização de blocos com características
incompatíveis ao solicitado.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
32
16
MAQUITAS: elétrica 3/4”
2 # 8,0 - 470
1,21
danos às propriedades de 8 1,51
resistência desses materiais. 7 C30 – 14 X 19 X 14 – 5 peças
Não formam fissuras, 6
2 # 8,0 - 210
bruscamente. 4
3
2
1
Par.10
Par.8
telefone 3/4”
17
PALETES:
Elevação
São as estruturas de madeira Par. 7
sobre as quais os materiais Tel
são empilhados.
TRANSPORTE
18
O profissional não perde tempo cortando blocos para encaixar na parede em
MECANIZADO:
ascensão, evitando também o desperdício de materiais e a execução de paredes
É uma expressão com falhas de junta seca, junta sobre junta e blocos fissurados por cortes mal exe-
utilizada para designar
transportes realizados com cutados feitos sem maquitas16 adequadas, fazendo com que os mesmos percam
empilhadeiras ou outro tipo
de veículo transportador.
sua resistência à compressão característica.
É comum que seja utilizada fita adesiva ou um plástico adesivo especial para
embalagem desses blocos nos paletes, evitando que se desloquem e caiam da
estrutura. Isso evita a ocorrência de quebra dos blocos e fissuramento ou racha-
duras desnecessárias, resultando na perda do material e consequente prejuízo
financeiro da obra.
Os paletes reduzem os espaços ocupados pela má organização dos blocos nos
almoxarifados ou canteiro central. Esse espaço poderá ser ocupado por outros
materiais ou até mesmo tornar mais livre o acesso e passagem dos profissionais
nas obras, sem obstruções nem riscos de acidentes.
Figura 18 – Paletização
Fonte: SENAI, 2013.
Com esse método, há também uma redução de área utilizada para armaze-
namento e rapidez no transporte dos mesmos por empilhadeiras. Além disso, o
desperdício ou perdas de blocos durante o processo construtivo, por rachaduras
e fissuras devido ao sobrepeso e quedas, são minorados.
Portanto, para economizar durante a execução da alvenaria é necessário a or-
ganização de blocos nos paletes, pois desse modo minimiza-se o tempo perdido
com diversos serventes para carregar os blocos com carrinhos de mão levando-os
até os pavimentos desejados.
Diminui-se também o número de blocos que podem ser fissurados por carre-
gamento indevido ou quedas durante o processo de mobilização, visto que, após
organizados em paletes ocorre o isolamento com fita adesiva transparente. Esse
processo evita a queda de blocos durante o transporte mecanizado18, muito mais
rápido que o transporte manual.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
34
CASOS E RELATOS
2.6 FACHADAS
19
CAIXILHOS: volume 1, da editora PINI, as fachadas-cortinas podem ser classificadas em cinco
tipos: fachada “só vidro” ou “sem caixilho”, fachada pele de vidro, fachada uniti-
Esquadrias ou molduras
para vidros que delimitam as zada (unitized), fachada tipo grid e fachada com silicone estrutural ou structural-
janelas.
glazing. A seguir, veremos um pouco mais das formas supracitadas. Acompanhe.
20
ESTANQUEIDADE: FACHADA SEM CAIXILHO
É o mesmo que vedação,
não permite a passagem de Também denominada de Só vidro, baseia-se em sistemas estruturais que se
água. utilizam de vidros laminados temperados acoplados na estrutura. Por não pos-
suir caixilhos19, são colocadas peças estruturais de aço inoxidável ou de alumínio.
Objetivam eliminar a visão da estrutura e das peças de alumínio das esquadrias.
21
PÉ DIREITO: Alguns autores a denominam de fachada Spider Glass. É caracterizada pela pre-
sença de vidros suspensos fixados a partir de elementos que parecem aranhas e
Refere-se à altura medida
do chão até o teto de um rótulas na estrutura.
pavimento.
As rótulas permitem que o sistema flexione o suficiente ao receber cargas de
ação do vento. Isso torna esse tipo de fachada mais resistente e flexível, com gran-
des possibilidades de adaptação a projetos arquitetônicos mais complexos.
Possui como fator de destaque o realce da parte externa das edificações a par-
tir da formação de grelhas retangulares ou quadradas em perfis de alumínio que
possuem vidros acoplados a elas.
Esse sistema tem como ponto forte a característica de esconder as juntas na
vista externa da fachada, deixando as construções mais elegantes.
Mas qual a melhor opção a ser escolhida? Neste caso, para saber entre as facha-
das aqui abordadas a que melhor se encaixa em um determinado orçamento, você
deve verificar os seguintes itens relativos ao ambiente em que se pretende construir:
a) intempéries que atuam na região da obra e quais delas são as mais incidentes;
b) dimensões da estrutura, pois como a maioria refere-se a elementos pré-fa-
bricados, se as medidas estiverem incorretas, ocorrerão erros na execução;
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
42
22
CONCATENAR: c) necessidade de isolamento acústico, térmico e proteção contra propagação
do fogo;
É o mesmo que encadear ou
juntar dados em prol de um d) índice de permeabilidade do ar.
objetivo.
Em relação aos materiais constituintes deve-se sempre atentar para as seguin-
tes características:
23
CONCOMITANTEMENTE: a) grau de estanqueidade da água;
CASOS E RELATOS
inclusive aqueles com cura acética, que libera ácido acético no processo de
secagem, desde que fosse mais barato que os demais.
Quando a primeira peça da fachada foi colocada com o silicone comprado
por Sr. João, e entrou em processo de cura, foram aparecendo manchas nas
lâminas de vidro que também foram se deslocando do restante da fachada.
Em pânico, a equipe técnica retirou as peças já colocadas e o responsável
pela execução da fachada telefonou para Sr. João perguntando se o silico-
ne comprado não era estrutural com cura neutra para preservar os vidros
do revestimento.
Sr. João percebeu o seu erro e se desculpou com a equipe. A partir desse
dia, ele passou a comprar o silicone adequado, mesmo que seu custo fosse
mais alto que os demais silicones vendidos no mercado.
RECAPITULANDO
Anotações:
Patologias dos sistemas construtivos
Para dar início a este capítulo, vamos deixar claro o real significado da palavra patologia.
Este termo, de acordo com o dicionário on-line Aulete Uol, é o ramo da medicina que tem por
objetivo o estudo das doenças, sua origem, causas e sintomas.
Já na área da construção civil, patologias são falhas no sistema construtivo que podem apa-
recer desde as fundações até as instalações, tanto no desenvolvimento das estruturas como
nos dias que seguem após a finalização da obra. Muitos comparam as patologias às doenças,
justamente porque ambas tem ações que prejudicam o funcionamento de um sistema, seja ele
humano ou referente à construção.
A imperícia1, falta de materiais compatíveis com as necessidades do mercado, ausência de
controle dos materiais utilizados, tempo reduzido para finalização das construções, falta de
acompanhamento de profissionais qualificados, má utilização dos proprietários e usuários, são
apenas alguns dos motivos que geram o aparecimento de patologias nas edificações.
Tais problemas trazem danos à população em geral, pois ninguém quer que as patologias
ocorram em suas construções, mas muitas vezes não são tomados os cuidados necessários
para não desencadeá-las.
Como na concepção2 construtiva, as edificações são criadas para atender as necessidades
humanas durante muito tempo, resistindo, portanto, aos impactos, cargas e intempéries, o ide-
al é que seja realizada uma constante manutenção preventiva nas edificações como um todo.
A NBR 5674:2012 regulamenta os procedimentos para manutenção das edificações, mas nem
todos os proprietários, usuários e construtores têm conhecimento do seu conteúdo. Por conta
disso e dos fatores supracitados, a ocorrência de patologias é frequente nos sistemas construti-
vos.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
48
1
IMPERÍCIA:
Refere-se à falta
de habilidade ou Imperícias
incompetência do ser
humano para realização de
determinadas tarefas.
Inexistências
Mau
de materiais
uso
compatíveis
2
CONCEPÇÃO:
Falta de Tempo
3
SINISTROS: manutenção reduzido
São prejuízos, acidentes ou
catástrofes na construção
civil.
Falta de
acompanhamento
e controle
c) vedações;
d) revestimentos;
e) coberturas;
f) instalações.
Patologias
É importante saber que há um sistema que vem sendo utilizado pelas gran-
des construtoras para inibição das patologias. Ele é denominado PDCA. Essa sigla
vem do inglês e cada letra constituinte tem um significado. Veja a seguir.
a) P = Plan (Planejar)
b) D = Do (Executar)
c) C = Check (Conferir)
d) A = Act (Agir corretivamente)
A partir desse princípio, todas as etapas do processo construtivo devem ser
planejadas previamente para posteriormente serem executadas. No final da exe-
cução, pode-se conferir a conclusão do serviço executado e se tiver ocorrido algu-
ma falha, a mesma deve ser corrigida imediatamente antes de liberar a realização
de um novo serviço na obra. Para o caso de construções prediais, o pavimento
seguinte só pode ser iniciado caso o anterior esteja concluído e corrigido.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
50
4
TRINCAS:
5
RECALQUES:
C (Check)
Além dos elementos citados, existem outras possíveis causas para danos e aci-
dentes ocorridos em fundações ou contenções, entre elas iremos trabalhar com
os seguintes:
a) interpretações equivocadas em sondagens de simples reconhecimento ou
à percussão;
b) presença de blocos de matacões;
c) levantamentos incompletos de estudos do subsolo ou de ensaios tecnoló-
gicos;
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
52
6
CALIBRAÇÃO: d) falta da interpretação correta dos dados levantados pela sondagem;
É o ato de igualar as medidas e) recalques provocados em fundações em estacas pela presença de lama ou
de aparelhos. Deixá-los com terra, sem compactação sob a base da estaca.
medidas uniformes.
Vamos conhecer a partir de agora um pouco mais sobre cada uma delas.
Acompanhe!
7
BLOCOS DE MATACÕES: a) interpretações equivocadas em sondagens de simples reconhecimento
ou à percussão;
São formações rochosas
muito duras que ficam Nesse caso, as inconsistências no amostrador, a falta de calibração6 de alguns
embaixo da terra.
aparelhos ou ainda as execuções de sondagens mal efetuadas, levam à interpre-
tações erradas dos testes realizados no solo. Os erros podem ser até referentes à
classificação do solo existente no local.
b) presença de blocos de matacões;
Algumas vezes, pequenos blocos de matacões7 podem passar a falsa ideia de
que o solo tenha uma resistência alcançada pontualmente em uma dada profun-
didade, muito diferente da realidade do material do terreno como um todo.
Desse modo, o dimensionamento das fundações pode ser feito de forma in-
correta, acreditando–se que o solo possui uma resistência característica maior, o
que é incompatível com a realidade do local. Isso gera recalques por movimenta-
ção do solo que cede, pois não é apto para receber as cargas do projeto, dando
origem às trincas nas paredes.
Além disso, as estacas para execução das fundações podem ser cravadas aci-
ma dos blocos, e devido à força com que são penetradas, podem bater nos blocos
e vir a quebrar.
3 PATOLOGIAS DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS
53
em
em
ag
ag
ag
nd
nd
nd
so
so
so
1ª
2ª
3ª
Matações
Solo não
suporta a
Fundações executadas carga do
sobre material sem edifício e Recalque
resistência cede
aterro
corte
perfil natural
Figura 32 – Trincas em fundações assentadas sobre seções de corte e aterro
Fonte: SENAI, 2013.
CASOS E RELATOS
Desastres acontecem
No dia 20 de dezembro de 2012, uma catástrofe atingiu a cidade de Soroca-
ba em São Paulo. Sete pessoas morreram devido à queda de um muro res-
ponsável pela contenção em uma fábrica de mais de 100 anos, que estava
sendo reformada para tornar-se um shopping.
Após meses de estudos técnicos, a delegada responsável pelo caso afirmou
que cinco fatores causaram a queda do muro:
a) intempéries - acúmulo da água da chuva no solo, gerando recalques jun-
tamente com a ação dos ventos;
b) idade avançada da estrutura (mais de 100 anos). Retirada dos pontos de
apoio da parede em reforma;
c) vibrações excessivas provocadas pelo movimento contínuo de veículos
e máquinas;
d) ausência de escoramento das paredes.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
56
8
PAREDES PORTANTES: Essa lista de problemas demonstra que muitos foram os erros profissionais
identificados. Não houve o acompanhamento de pessoas qualificadas, fato
São aquelas designadas
em projeto para receber necessário já que o muro de contenção era antigo, e o descaso com a estru-
a incidência de cargas da
construção em alvenaria
tura também foi expressivo. Além disso, já existiam problemas com o solo,
estrutural. no qual a água da chuva acumulada gerou recalques.
Por conta de descuidos como esses, sete vidas foram perdidas. Não pode-
mos permitir mais sinistros como esses na construção civil.
9
LAYOUT: Fonte: SENAI, 2013.
É uma espécie de planta que
esboça o formato de uma
edificação ou estrutura.
Refere-se à separação dos A estrutura de uma edificação é formada por conjuntos de elementos que lhe
agregados da argamassa. garantem estabilidade e sustentação. Entre os elementos constituintes da estru-
Nesse caso, separação da
brita ou areia da argamassa. tura de uma edificação estão:
a) lajes;
b) vigas;
NINHOS DE
11
CONCRETAGEM: c) apoios;
PROCESSO DA CONCRETAGEM
12
CURA:
Refere-se ao processo de
secagem do concreto para
atingir desempenho de
resistência estipulado em
projeto.
Trabalhabilidade
Endurecimento
Decréscimo
de aderência
13
FCK: PROCESSO DE ARMAÇÃO
Refere-se à resistência
característica apresentada
No processo de armação, a imperícia é comprovada com a colocação de arma-
pelo concreto. dura insuficiente na estrutura. Muitas vezes, para economizar tempo e dinheiro
nas obras, alguns profissionais diminuem a quantidade de armadura necessária,
o que minimiza a resistência à tração da estrutura, porém, num futuro próximo
isso acarretará em fissuras.
CASOS E RELATOS
André e as fissuras
André mora em uma casa na cidade de Salvador. Ele costuma observar a
rua movimentada da sacada de sua casa durante o dia, já que dali ficava por
dentro de tudo que acontecia no seu bairro.
Certo dia na sua varanda, André percebeu que algumas fissuras estavam
aparecendo na face interna da parede em contato com a laje da cobertura.
Ficou intrigado e resolveu pesquisar em livros sobre patologias das estru-
turas, o motivo daquela fissura em sua parede.
Na biblioteca do SENAI, André teve acesso ao livro de Processos Constru-
tivos e viu que havia um capítulo sobre patologias das estruturas. Ansioso
pela sua resposta, imediatamente abriu o livro e encontrou a solução que
procurava.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
62
14
CAPILARIDADE:
Agora perceba o tipo de fissura que pode ser ocasionada por torções nos ele-
mentos da estrutura em destaque.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
64
15
JUNTA SECA:
16
JUNTA SOBRE JUNTA:
Refere-se às paredes em
alvenaria em que os blocos,
assim como as juntas ficam
em linha reta, ou seja, um Figura 44 – Esquema de fissuras em viga sob torção
abaixo do outro. Fonte: SENAI, 2013.
3.3 VEDAÇÕES
Sobrecarga
Sobrecarga
Sobrecarga
Sobrecarga
Sobrecarga
Parede de vedação
17
CONTRAVERGAS:
Para o caso das juntas sobre juntas, no momento em que ocorrer fissuração
em apenas uma junta da alvenaria, essa facilmente se disseminará por outras jun-
tas adjacentes da parede.
EXPANSÃO
18
HIGROSCÓPICA:
Refere-se à dilatação do
material por meio da
absorção de água.
Outro tipo de fissuração pode ocorrer quando uma parte da parede de alve-
naria, geralmente a parte em contato com o chão, fica sujeita a mais umidade por
capilaridade que as outras partes do sistema, como no caso o topo.
Os blocos inferiores sofrem expansão higroscópica18 ao absorver a umidade em as-
censão, gerando a fissuração horizontal da fiada de alvenaria em contato com o solo.
3.4 REVESTIMENTOS
3.4.1 GESSO
Mas como resolver o problema, caso não tenha sido possível evitá-lo? No caso
em que essas manchas amarelas já tenham ocorrido, o ideal é retirar o gesso da
superfície com espátulas ou ferramentas que consigam quebrar o revestimento
até chegar ao ponto metálico causador do problema. Em seguida, deve-se raspar
o metal com lixas apropriadas e tratar com zarcão. Porém, se o material metálico
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
70
Com esses cuidados, você consegue obter um resultado excelente como de-
monstra a próxima figura.
3.4.2 ARGAMASSA
20
EXSUDAR: Em muitos casos, as fissuras no revestimento de argamassa são decorrentes de
erros traço da mistura. Muitas vezes é adicionado muito cimento na massa, e por
Emitir, exalar em forma de
gotas ou de suor. conta disso a mesma enrijece, perdendo sua elasticidade. A partir daí, surgem as
fissuras por falta de dilatação do revestimento ao ser submetido a intempéries e
esforços contínuos. A argamassa sofre retração.
21
DESAGREGAÇÃO: Assim como ao adicionar muita água na mistura de argamassa, a mesma perde
suas características específicas. A água tende a exsudar20 com o tempo, levando
É o mesmo que
descolamento do consigo alguns componentes minerais importantes para a manutenção de resis-
revestimento em relação à tências características do revestimento, fazendo também com que os agregados
estrutura.
deixem de se unir. Portanto, a argamassa perde sua resistência à tração.
22
IMPERMEABILIZAÇÃO:
É o processo de tornar um
local estanque à água, a
partir do uso de materiais
específicos.
JUNTAS DE
23
MOVIMENTAÇÃO E
ASSENTAMENTOS:
JUNTAS DE
24
DESSOLIDARIZAÇÃO:
CASOS E RELATOS
Fique atento às instruções dos fabricantes, pois eles são os responsáveis por
determinar a espessura de dilatação e assentamento das argamassas de rejunta-
mento, uma vez que eles fazem um estudo junto às normas técnicas brasileiras
e ensaios para uso desse tipo de material, garantindo o melhor aproveitamento
das misturas.
25
CP III: No caso das patologias em pastilhas geradas por mau dimensionamento das
juntas de dessolidarização24, é comum ocorrer descolamento de pastilhas nos en-
É a abreviação de Cimento
Portland Classe III. É uma contros entre paredes, ou seja, nas quinas. Nesse caso, como as juntas responsá-
classe especial de cimento
resistente à corrosão por
veis por minimizar o tamanho das bases ou do próprio revestimento foram mal
sulfatos e possui alta dimensionadas, ou não existem, as pastilhas tendem a cair ou fissurar.
impermeabilidade.
O ideal aí é o dimensionamento correto, a partir do que foi recomendado pe-
los fabricantes e profissionais qualificados, combinando sempre com as necessi-
dades do tipo de construção local.
26
CP IV:
É a abreviação de Cimento
Portland Classe IV. Essa
classe de cimento é mais
resistente ainda a ácidos
corrosivos e possui maior
resistência aos efeitos de
altas temperaturas (calor).
Neste caso, uma solução é utilizar argamassa com baixo teor de cálcio (CP III25
ou CP IV26), para evitar a formação de hidróxidos. Aliado a isso, deve-se realizar
a impermeabilização da superfície antes de aplicar o revestimento para evitar o
acúmulo de água nas paredes, inibindo as reações de formação desses sais.
3.5 COBERTURAS
Outro item que tem bastante influência na geração de mofo nas coberturas é
o fato das telhas serem frágeis e sob algum impacto ou movimentações sofrerem
fissuras, chegando até mesmo a quebrar. Decorre daí a infiltração nesses locais,
gerando mofo.
Os vazamentos que geram mofos nos tetos são mais fáceis de encontrar para
serem tratados, pois, logo no primeiro momento em que a chuva ocorre forman-
do poças, as mesmas ficam evidenciadas nos forros ou tetos.
Para tratar o problema, ao identificar o local com vazamento nas calhas ou
tubulações, devemos observar se a falha foi oriunda de uma solda incompleta ou
que está solta, e refazê-la, se for o caso.
O que também pode ocorrer é o transbordamento das calhas, que por serem
dimensionadas com pequenas seções não suportam chuvas intensas. A água es-
corre e gera os problemas de infiltração. Nesse caso, deve-se trocar a calha por
outra de diâmetro maior.
Se a origem do transbordamento for apenas a obstrução da calha, deve-se
apenas limpá-la.
Esse é um dos poucos tipos de patologias em coberturas que não é causado por
umidade. Nesse caso, quando a calha fica em contato direto com a alvenaria, por
apresentarem coeficientes de dilatação diferenciados, ocorre o descolamento de
parte da parede no momento em que a calha se expande sob influência do calor.
Figura 68 – Goteiras
Fonte: SENAI, 2013.
CASOS E RELATOS
Érica e as goteiras
No quarto de Érica, havia algumas goteiras que tiravam o sono da garota
há dois dias. Seus pais já não sabiam mais o que fazer. Já tinham colocado
vários baldes, mas como a chuva não parava, era perigoso subir no telhado
para verificar a origem do problema. Depois que a chuva passou, os pais de
Érica contrataram um profissional qualificado, chamado João, para verificar
o problema no telhado. Uma vez em cima do telhado, ele desconfiou que o
problema era motivado pela obstrução das calhas, a partir do acúmulo de
folhas no local.
3 PATOLOGIAS DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS
83
Após limpar tudo e jogar água com uma mangueira para verificar se a solu-
ção encontrada estava correta, João percebeu que se equivocou na análise
da patologia, pois as goteiras continuavam. Então, João lembrou-se que o
problema poderia ser gerado por características alteradas na composição
das calhas, fazendo com que elas estivessem muito porosas. Em seguida,
ele levou uma amostra do material para realizar os testes baseados nas nor-
mas em vigor, para detectar se o problema era realmente esse.
Depois de alguns dias, foi confirmado o veredito! As telhas estavam muito po-
rosas. Como solução, João recomendou a impermeabilização das telhas com
verniz. Logo, mesmo com chuvas fortes, as goteiras sumiram do quarto de Érica.
3.6 INSTALAÇÕES
Banheiro interditado, mau cheiro exalando, água vazando por todos os lados,
falta de energia elétrica, chuveiro que não esquenta e choque elétrico, são alguns
dos sintomas das patologias nas instalações.
Mas, por que eles ocorrem com tanta frequência? É o que veremos neste ca-
pítulo.
Às vezes, os problemas começam por falta de manutenção. Outras vezes, por
mau uso. Mas, em certos momentos, os problemas estão ligados às falhas no proces-
so construtivo, daí fica mais complicado e perigoso, pois falhas nas instalações elé-
tricas podem provocar choques que levam a morte de milhares de pessoas por ano.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
84
27
PERCOLAR:
Para tratar desses problemas, vamos dividi-los nos seguintes tópicos e abordar
cada um deles pontualmente, mostrando possíveis soluções e formas de evitar
que essas patologias se propaguem nas construções:
a) patologias em instalações hidráulicas (pontos de água fria ou quente);
b) patologias em instalações elétricas;
c) patologias em instalações de esgoto;
d) patologias nas instalações de gás.
Acompanhe na sequência cada uma delas em detalhes.
28
CASAS DE BOMBA: logias baseiam-se na substituição dos elementos que apresentam problemas por
outros de melhor qualidade, sem a presença de danos.
São edificações próprias
para abrigar as bombas,
protegendo-as contra
agentes externos.
29
PONTOS DE LUZ: Durante a execução da parte elétrica nas obras, os problemas que mais tarde
se transformam em patologias são logo evidenciados:
São os pontos marcados
para saída de fiação de a) após subir as paredes de vedação ou estruturais;
recebimento das lâmpadas.
b) por falta de acompanhamento dos profissionais da parte elétrica, os pontos
de luz29 deixam de ser marcados e as paredes têm que ser quebradas;
30
CAIXINHAS 4X2”: c) após a execução dos revestimentos. Isso é retrabalho e traz bastante ônus
a obra.
São aquelas que recebem
os interruptores de apagar e Assim, ao esquecer de marcar os locais para colocação de caixinhas 4x2”30, to-
acender lâmpadas.
madas e quadros de luz31, torna-se necessário quebrar a parede para a passagem
brusca das fiações, o que é muito peculiar se as paredes forem estruturais e já
estiverem totalmente levantadas.
31
QUADRO DE LUZ:
32
GAMBIARRAS:
Ainda tratando das falhas humanas que contribuem para a projeção de pa-
tologias nas instalações elétricas, temos a falta de tamponamento das caixinhas
4x2” e quadros de luz com papelão molhado ou qualquer material de fácil remo-
ção, antecedendo as etapas de chapisco, emboço e reboco ou aplicação de gesso.
Se esses itens não forem protegidos, eles podem entupir com a massa do re-
vestimento adotado e o resultado é mais retrabalho para desentupir essas caixas
durante a passagem das fiações. É imprescindível que este cuidado seja tomado,
uma vez que, em alguns casos, torna-se necessário quebrar toda a parede para
desentupir os eletrodutos.
3 PATOLOGIAS DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS
89
33
NÍVEL BOLHA: Uma outra vertente das patologias em sistemas elétricos está na execução de
emendas de condutores mal isolados e fios deteriorados, que são agentes facili-
É um aparelho dotado de
uma cápsula com líquido e tadores da propagação de choques elétricos.
uma bolha de ar que mostra
se um piso está ou não Encaixa-se nesse tipo de falhas o curto-circuito. Esse problema é provocado
inclinado (com caimento)
para alguma direção. por emendas mal executadas, causando demasiado aquecimento da fiação em
razão de sobrecargas por instalações mal feitas ou até mesmo pelo uso simultâ-
neo de diversos aparelhos elétricos de alta voltagem em um único ambiente.
Em TV’s, jornais e revistas, é comum vermos matérias que tratam de fios caídos
ou desencapados em calçadas devido a forte ação de ventos. Esse tipo de acon-
tecimento é grave, pois a tensão distribuída por esses fios é muito alta e pode
acarretar na morte de animais e pedestres.
CASOS E RELATOS
Cabelos no ralo?
Numa madrugada, Sr. Carlos foi ao banheiro e quando deu descarga perce-
beu que a água não descia. O mau cheiro que exalava era terrível. Ele ficou
preocupado e assim que amanheceu ligou para uma empresa credenciada
para verificar o problema em sua casa.
3 PATOLOGIAS DOS SISTEMAS CONSTRUTIVOS
93
3 ANOS E MEIO
4 ANOS E MEIO
1 ANO E MEIO
TEMPO ANOS
2 ANOS
3 ANOS
4 ANOS
5 ANOS
1 ANO
2 ANOS E MEIO
3 ANOS E MEIO
4 ANOS E MEIO
1 ANO E MEIO
SISTEMA CONSTRUTIVO/ APÓS 5
ITEM
6 MESES
TEMPO ANOS
2 ANOS
3 ANOS
4 ANOS
5 ANOS
1 ANO
17 Instalações elétricas • • • • • A cada 2 anos
18 Instalações de gás • • • • • • • • • • A cada 6 meses
19 Instalações hidrossanitárias • • • • • A cada ano
19.1 Louças sanitárias • • • • • • • A cada 2 anos
19.2 Caixas e válvulas de descarga • • • • • • • A cada 2 anos
20 Instalações de interfonia • • • • • • • • • • A cada 2 anos
21 Instalações telefônicas • • • • • A cada 2 anos
22 Junta de dilatação nas fachadas • • • • • A cada ano
23 Metais sanitários • • • • • • • • • • A cada 2 anos
24 Motobombas • • • • • • • • • • A cada 6 meses
25 Pintura externa/interna • • A cada 2 anos
26 Piscinas A cada semana A cada semana
27 Pisos de madeira • • A cada 2 anos
28 Revestimento em argamassa decorativa • • A cada 2 anos
29 Revestimentos cerâmicos • • • • • • • • • • A cada 2 anos
30 Revestimentos em pedra • • • • • • • • • • A cada 2 anos
31 Sistema de aquecimento central de água • • • • • • • • • • A cada 6 meses
32 Sistema de cobertura • • • • • • • • • • A cada 6 meses
33 Sistema de proteção - SPDA • • • • • A cada 2 anos
34 Sistema de segurança • • • • • • • • • • A cada 2 anos
35 Vidros • • • • • A cada 2 anos
Com essa tabela, podemos perceber que as estruturas e vedações devem ser
recebidas pelos proprietários da edificação sem problemas, e se até o primeiro
ano de uso a estrutura de concreto apresentar falhas na sua constituição ou inte-
gridade, os responsáveis pela sua execução deverão ser contatados para apresen-
tar soluções ao problema, e devem fornecer acompanhamento profissional sem
custos aos proprietários.
SISTEMAS E PROCESSOS CONSTRUTIVOS
96
CASOS E RELATOS
RECAPITULANDO
Para o caso das estruturas, vimos que os problemas frequentes estão liga-
dos à formação de fissuras e trincas em paredes estruturais e vigas, assim
como conhecemos as ações negativas de intempéries.
Em relação às vedações, percebemos que as patologias são desencadeadas
principalmente por atuação de sobrecargas, presença de junta seca, junta
sobre junta em alvenaria e atuação da umidade. Todos eles geram fissuras
e trincas nesse sistema construtivo.
Já no item sobre revestimentos, tratamos das falhas nos três tipos de reco-
brimento específico, como gesso, argamassa e pastilhas cerâmicas. A partir
daí, conhecemos um pouco mais sobre corrosão em gesso, eflorescência
em pastilhas e retração x dilatação, que geram fissuras em argamassas.
Abordando sobre coberturas, percebemos como se dá o aparecimento de
musgos nos telhados e as goteiras nos forros, que são as patologias mais in-
cidentes nesse sistema construtivo. Compreendemos que as patologias que
se destacam nesse ponto estão voltadas a problemas com telhas cerâmicas
e presença de água de chuva. Observamos as falhas que levam a infiltração e
entupimento das calhas. Conhecemos também um pouco dos processos de
detecção e tratamento de problemas de vazamentos nas coberturas.
Finalizando com as instalações, verificamos os erros nos processos constru-
tivos ligados às instalações elétrica, hidráulica e sanitária, além de apren-
dermos sobre os golpes de aríete, choques elétricos, curto-circuito e entu-
pimento dos dispositivos de banheiro.
Para fechar nosso entendimento sobre as soluções para as patologias da
construção, conhecemos as tabelas com as previsões de manutenções para
evitar a propagação de patologias, assim como para corrigi-las. Vimos as ta-
belas com o período de tempo dado aos proprietários das edificações para
cobrarem dos fabricantes e construtores a garantia dos elementos consti-
tuintes das edificações.
Portanto, ficou constatado que a imperícia é um dos principais causadores
de problemas na construção em todos os sistemas, e que certos cuidados
de manutenção são primordiais para a não propagação de patologias.
Chegamos ao fim do nosso curso e esperamos ter contribuído para o seu
aperfeiçoamento profissional. Lembramos que um profissional bem quali-
ficado está em constante processo de aprimoramento e atualização, agra-
decemos a sua companhia e desejamos a você sucesso!
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, R.C.L.; RODRIGUES, E.H.V.; FREITAS, E.G.A. Materiais de construção. Rio de janeiro, Editora
Universidade Rural, 2000.
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requisitos para o sistema de gestão de manutenção. Rio de Janeiro: ABNT, 2012.
________. NBR 6122: projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
________. NBR 6484: solo: sondagens de simples reconhecimentos com SPT: método de ensaio.
Rio de Janeiro: ABNT, 2001.
________. NBR 8120: Fios de aço revestido de cobre, nus, para fins elétricos — Especificação. Rio
de Janeiro: ABNT, 2013.
________. NBR 10844: instalações prediais de águas pluviais: procedimento. Rio de Janeiro : ABNT,
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________. NBR 13281: argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos:
requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
________. NBR 13754: revestimento de paredes internas com placas cerâmicas e com utilização de
argamassa colante: procedimento. Rio de Janeiro: ABNT, 1996.
________. NBR 13755: revestimento de paredes externas e fachadas com placas cerâmicas e com
utilização de argamassa colante: procedimento. Rio de Janeiro,: ABNT, 1996.
________. NBR 15261: Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos -
Determinação da variação dimensional (retratação ou expansão linear). Rio de Janeiro: ABNT, 2005
________. NBR 15961-1: Alvenaria estrutural: blocos de concreto. Parte 1: projeto. Rio de Janeiro:
ABNT, 2011.
________. NBR 15961-2: Alvenaria estrutural: blocos de concreto. Parte 2: execução e controle de
obras. Rio de Janeiro: ABNT, 2011.
________. ISO. 9001: Sistemas de gestão da qualidade - Requisitos particulares para aplicação
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BRASIL. LEI N° 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos
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BRASIL. Ministério do Trabalho e Emprego. NR 10: segurança em instalações e serviços em
eletricidade. Brasília: MTE, 1978.
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UFMG. Caimento inadequado x caimento adequado do telhado. 2013. Disponível em: <www.
cecc. eng.ufmg.br>. Acesso em: 20 jan. 2013.
MINICURRÍCULO DA AUTORA
CAMILA CALMON DE ASSIS
Camila Calmon de Assis é Graduada em Engenharia Civil pela Universidade Salvador (UNIFACS) e
Pós-graduanda em Engenharia de Segurança do Trabalho. Desde 2008, atua com Elaboração de
Orçamentos de Obras de Estradas, Inspeção de Qualidade e realização de Planejamento e Contro-
le de Obras Residenciais. Atuou na verificação de Andamento Físico e Financeiro de obras, assim
como nas áreas de Suprimentos e Contratos. Atualmente, elabora projetos de Sustentabilidade Am-
biental para ONG’s e leciona as disciplinas de Planejamento e Controle de Produção e Qualidade,
Produtividade e Racionalização para o curso Técnico em Edificações do Serviço Nacional de Apren-
dizagem Industrial - SENAI.
ÍNDICE
A
almoxarifados 26, 33
armadores 26
B
baldrames 24, 25
blocos de matacões 51, 52
C
caixilhos 36, 37, 38
caixinhas 4x2” 88
calibração 52
Capilaridade 62, 68
Casas de bomba 86
Chapisco-emboço-reboco 20, 71
Concatenar 42
Concepção 20, 21, 47, 48
Concomitantemente 42
Contravergas 6, 66, 67
CP III 76, 77
CP IV 76, 77
Cura 24, 30, 41, 43, 58, 59
D
Desagregação 6, 72, 73
Desmobilizado 30, 31
E
Estanqueidade 38, 39, 41, 42, 99
Etapa sucessora 30, 31
Expansão higroscópica 6, 68
Exsudar 72
F
FCK 60
G
Gambiarras 88, 89
H
Habite-se 13, 14
I
Imperícia 7, 47, 48, 56, 57, 60, 61, 87, 100, 101
Impermeabilização 30, 31, 68, 73, 77, 82, 83, 93, 95, 96
Intempéries 17, 23, 26, 27, 28, 35, 37, 41, 42, 47, 55, 56, 60, 61, 72, 75, 83, 85, 96, 101
Intertravamento 26, 27, 29, 30
J
Juntas de dessolidarização 74, 75
Juntas de movimentação e assentamentos 74
Junta seca 6, 32, 65, 66, 98, 101
Junta sobre junta 32, 65, 98, 101
L
Layout 56
M
Maquitas 32
Masseiras 30
N
Ninhos de concretagem 5, 56, 57, 58, 59
Nível bolha 90, 91
P
Paletes 32, 33, 34
Paredes portantes 26, 27, 56
Patologias 5, 6, 7, 9, 20, 32, 44, 47, 48, 49, 50, 53, 55, 56, 59, 61, 62, 64, 66, 68, 69, 71, 72, 74, 75,
77, 78, 79, 80, 82, 83, 84, 85, 87, 88, 89, 90, 91, 92, 94, 96, 97, 100, 101
Pé direito 38, 39
Percolar 84
Pontos de luz 88
Prédios verdes 28, 29
Q
Quadro de luz 88
R
Recalques 50, 51, 52, 54, 55, 56
S
Segregação 56, 57
Sinistros 48, 56
T
Traço 28, 29, 30, 72
Transporte mecanizado 32, 33
Trincas 5, 50, 51, 52, 53, 54, 55, 61, 65, 66, 85, 98, 101
SENAI – DEPARTAMENTO NACIONAL
UNIDADE DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA – UNIEP
Diana Neri
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