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Georreferenciamento
Professor Especialista Orlando Donini Filho
2022 by Editora Edufatecie
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Prezado (a) aluno (a), se você se interessou pelo assunto desta disciplina, isso
já é o início de uma grande jornada que vamos trilhar juntos a partir de agora. Proponho,
junto com você construir nosso conhecimento sobre a topografia e o georreferenciamento,
ou seja, o conjunto de princípios, métodos, aparelhos e convenções utilizados para a
determinação dos contornos, dimensões e da posição relativa de uma faixa da superfície
terrestre. Além de conhecer seus principais conceitos e definições vamos explorar as mais
diversas aplicações de utilizar a topografia e o georreferenciamento dentro da engenharia.
Em cada unidade, você conhecerá um pouco da topografia e georreferenciamento,
sendo os seguintes temas:
● Na unidade I vamos conhecer Introdução a Topografia e ao Sistemas de
Referências, sendo os mesmos estudados a geodésia e a cartografia.
● Já na unidade II você irá saber mais sobre Planimetria e Altimetria.
● Na sequência, na unidade III falaremos a respeito Geoprocessamento, Sistema
de Informação Geográfica e Sensoriamento Remoto.
● Em nossa unidade IV, vamos finalizar o conteúdo dessa disciplina com Sistema
Global de Navegação por Satélite (GNSS) e Georreferenciamento.
UNIDADE I....................................................................................................... 3
Introdução a Topografia e ao Sistema de Referências
UNIDADE II.................................................................................................... 28
Planimetria e Altimetria
UNIDADE III................................................................................................... 54
Geoprocessamento, Sistema de Informação Geográfica e
Sensoriamento Remoto
UNIDADE IV................................................................................................... 86
Sistema Global de Navegação por Satélites (GNSS) e
Georreferenciamento
UNIDADE I
Introdução a Topografia e
ao Sistema de Referências
Professor Esp. Orlando Donini Filho
Plano de Estudo:
● Introdução a Topografia;
● Geodésia;
● Cartografia.
Objetivos da Aprendizagem:
● Estabelecer a importância dos levantamentos topográficos
e como eles podem ser realizados;
● Conceituar as dimensões da Terra, a posição de pontos da terra
sobre sua superfície e a modelagem no campo de gravidade;
● Conceituar e analisar a produção mapas, plantas, gráficos
e tabelas de uma determinada localidade.
3
INTRODUÇÃO
Fonte: APAIXONADOS POR HISTÓRIA. Empregos no Egito Antigo – Parte I. 2018. Disponível em: https://
apaixonadosporhistoria.com.br/artigo/96/empregos-no-egito-antigo-parte-1. Acesso em: 06 out. 2022.
Na Idade Antiga (de 4.000 a.C a 476 d.C), obtém registros históricos de que a
agrimensura é umas das velhas artes praticadas pelo homem. Os mais antigos vestígios
da aplicação da agrimensura, remonta ao Antigo Egito. Heródoto (1.400 a.C.), descreve em
seus apontamentos, os trabalhos de demarcação de terra às margens do rio NiloS. A figura
3 representa o trabalho do agrimensor, um funcionário nomeado pelo faraó com a tarefa de
avaliar os prejuízos das cheias e restabelecer as fronteiras entres as diversas propriedades,
como também estivar a colheita e calcular a parte que cabe ao faraó.
Essas civilizações desenvolveram técnicas de agrimensura, não apenas na
preocupação com o posicionamento e registro do ambiente, mas também com a implantação
de um projeto, ou seja, a locação de uma obra já planejada, como nas grandes construções
de aquedutos, açudes, diques e canais de irrigação (TULER e SARAIVA, 2013).
Figura (A)
Figura (C)
FIGURA 6 - ASTROLÁBIO
(B) Nível
(E) Drone
DESVIO PADRÃO DA
CLASSE DOS TEODOLITOS
PRECISÃO ANGULAR
Precisão baixa ≤ ± 30”
Precisão média ≤ ± 07” Precisão alta
Precisão alta ≤ ± 02”
1.3.3 Nível
O nível é um equipamento utilizado na topografia, na demarcação de terraços,
nivelamento de terrenos, entre outros. O objetivo deste equipamento é determinar a diferença de
nível entre dois pontos a partir de leituras em miras topográficas (réguas de 4 metros graduada
de centímetro em centímetro). As principais partes de um nível são: luneta, nível de bolha,
sistemas de compensação (para equipamentos automáticos) e dispositivos de calagem, mais
os acessórios como tripé (base de sustentação ao equipamento) e a mira topográfica.
A norma NBR 13133 (ABNT, 1994), classifica os níveis com o desvio padrão de 1
km de duplo nivelamento. Conforme a tabela abaixo:
FIGURA 10 – AEROFOTOGRAMETRIA
REFLITA
LIVRO
Título: Fundamentos de Geodésia e Cartografia
Autor: Marcelo Tuler
Editora: Bookman.
Sinopse: O livro apresenta os conceitos de sistemas de referência
e cartografia de forma simples e didática.
LIVRO
Título: Fundamentos de Topografia
Autor: Marcelo Tuler.
Editora: Bookman.
Sinopse: Livro didático demonstrando os principais aplicações e
métodos da Topografia
FILME/VÍDEO
Título: Topografia do Futuro: Técnicas, Processos e Desafios
Ano: 2016.
Sinopse: Este vídeo mostra a evolução dos equipamentos topo-
gráficos e as novas técnicas de levantamento.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=XV3fgbZmGGU
Plano de Estudo:
● Planimetria;
● Altimetria;
● Representação do Relevo.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar os conceitos e aplicações
dos levantamentos planialtimétricos;
● Compreender os tipos de levantamentos executados;
● Estabelecer a importância dos levantamentos
topográficos aos projetos de engenharia.
28
INTRODUÇÃO
1.1.2.1 Taqueometria
Os equipamentos utilizados para esta técnica são o teodolito e a mira topográfica,
que além de medir ângulos, acumula, também, a função de medir oticamente as distâncias
horizontais e verticais. São feitas as leituras processadas na mira com auxílio dos fios
estadimétricos, bem como o ângulo de inclinação do terreno, lido no limbo vertical do
aparelho (Dicionário inFormal)
FIGURA 9 - GNSS
2)
1)
3)
Essas fases citadas acima são importantes para uma ótima execução do trabalho
e uma entrega de produto com qualidade. A seguir, iremos mostrar o método mais
empregado no levantamento topográfico planimétrico conhecido como poligonação
(caminhamento). Uma poligonal consiste em uma série de linhas consecutivas em que
são conhecidos os comprimentos e direções, obtidos através de medições em campo.
O levantamento de uma poligonal é realizado através do método de caminhamento,
percorrendo-se o contorno de um itinerário definido por uma série de pontos, medindo-se
todos os ângulos, lados e uma orientação inicial.
De acordo com a NBR 13133, a poligonal é classificada em poligonal fechada, aberta
e enquadrada. A poligonal fechada, parte de um ponto com coordenadas conhecidas e
retorna ao mesmo ponto (figura 13). Sua principal vantagem é permitir a verificação de erro de
fechamento angular e linear. Este tipo de levantamento é utilizado para medições de médias a
grandes áreas, sendo utilizado para determinar a planta perimétrica, usucapião, entre outros.
FIGURA 16 – IRRADIAÇÃO
O nível é um aparelho que consta de uma luneta telescópica com um ou dois níveis
de bolha, sendo este conjunto instalado sobre um tripé. A característica principal do nível é
o fato do mesmo possuir movimento de giro somente em torno de seu eixo principal. A mira
topográfica é uma peça com 4,00 metros de altura, graduada de centímetro em centímetro,
destinada a ser lida através da luneta do aparelho.
O vídeo intitulado “ENGENHARIA TOPOGRAFIA AGRIMENSURA - Leitura da
Régua Graduada ou Mira - Nivelamento Geométrico” explica como realizar a leitura da
mira topográfica para a realização do nivelamento geométrico (https://www.youtube.com/
watch?v=wappYkcQjuk).
Como sabe-se, o objetivo principal do nivelamento geométrico é a determinação da
cota ou altitude dos pontos de interesse. Portanto, se desejarmos determinar a cota de um
ponto “RN - 2” qualquer, basta fazermos duas leituras sobre a mira. Uma leitura (RN - 1)
estado a mira colocada sobre o ponto de cota conhecida ou adotada (o qual, chamamos de
Referência de Nível - RN); e uma outra leitura tomada na mira estacionada agora sobre o
ponto (RN - 2), do qual se deseja determinar a cota.
Supondo-se que a leitura do fio médio realizado no RN-1 foi de 1,545 m (no qual se
chama-se na topografia de visada a ré, que está relacionado ao primeiro ponto a ser lido e
ser como referência para o levantamento), e a leitura no ponto RN – 2 foi de 0,875 metros
(conhecido como visada a vante), obtém-se a diferença de nível (DN) entre os dois pontos
realizando a subtração dos valores medidos.
DN = 1,545 - 0,875 = 0,67 metros.
O exemplo acima, denomina-se nivelamento geométrico simples, no qual o
equipamento é instalado em uma posição, e a partir desta posição visualiza-se todos os
pontos a serem medidos. Caso não seja possível medir todos os pontos, é necessário
realizar a mudança de posição do equipamento, no qual teremos o nome de nivelamento
geométrico composto. A seguir mostraremos um exemplo.
Analisando a figura 20, vemos que o equipamento possui duas posições a “I” e
a “II”, e temos que determinar as cotas/altitudes dos pontos A, B, C, D, E, F e G. Neste
exemplo temos a informação que a Cota do ponto “A” é de 100,00 metros (lembre-se que
sempre temos que ter uma cota/altitude de um ponto, para que ele seja referência de nível
do levantamento). Então, seguimos a seguintes etapas para o levantamento:
3.1 Perfil
O perfil é a representação gráfica das diferenças de nível, cota ou altitude obtidas num
nivelamento. A representação é feita por meio do eixo das coordenadas, onde colocamos no
eixo X (abscissas) as distâncias entre os pontos e no eixo Y (ordenadas) as cotas ou altitudes.
As curvas de nível devem ser numeradas para que seja possível sua leitura. Para isso
tem-se as curvas mestras e as auxiliares. As curvas mestras são obrigatórias ser representadas
o valor de sua altitude e ter uma tonalidade mais forte ou linha mais grossa. A cada cinco curvas
aparece uma mestra. As curvas auxiliares são linhas mais finas e tonalidade mais fraca.
REFLITA
Fonte:http://www.snis.gov.br/downloads/diagnosticos/ae/2019/Diagnostico_AE2019.pdf
LIVRO
Título: Fundamentos de Topografia
Autor: Marcelo Tuler.
Editora: Bookman.
Sinopse: Livro didático demonstrando os principais aplicações e
métodos da Topografia.
FILME/VÍDEO
Título: Levantamento topográfico planialtimétrico
Ano: 2021.
Sinopse: Resumo de aplicação de conceitos de planialtimetria
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=jonsCB-
lHXEM&ab_channel=AdenilsonGiovanini
Plano de Estudo:
● Geoprocessamento;
● Sistema de Informação Geográfica – SIG;
● Dados Geográficos.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar o uso de geoprocessamento
e sistema de informação geográfica;
● Compreender os tipos de aplicações do geoprocessamento e
do sistema de informação geográfica na atualidade;
● Estabelecer a importância da do sistema de informação geográfica e do
geoprocessamento nas áreas de civil, agronomia e arquitetura.
54
INTRODUÇÃO
1.1 Definição
O geoprocessamento, etimologicamente quer dizer “Geo” (terra; superfície ou
espaço) e processamento (de processar informações). Rocha (2000, p. 210) define
geoprocessamento como:
Uma tecnologia transdisciplinar, que, através da axiomática da localização
e do processamento de dados geográficos, integra várias disciplinas,
equipamentos, programas, processos, entidades, dados, metodologias e
pessoas para a coleta, tratamento, análise e apresentação de informações
associadas a mapas digitais georreferenciados.
1.2.1 Cartografia
A Associação Cartográfica Internacional define a cartografia como:
conjunto de estudos e operações científicas, técnicas e artísticas que, tendo
por base o resultado de observações diretas ou da análise da documentação,
se voltam para a elaboração de mapas, cartas e outras formas de expressão e
representação de objetos, fenômenos e ambientes físicos e socioeconômicos,
bem como sua utilização (ACI, 1966, p. 25).
1.2.3 Informática
Antigamente a elaboração de mapas, de produtos cartográficos ou de cartas
topográficas e também na produção de relatórios através de sobreposição de informações
eram feitos a manualmente. Com o avanço da informática (softwares e hardwares) surgiu a
possibilidade de se integrar vários dados e mapas e analisá-los em conjunto, possibilitando
análises complexas e a criação de bancos de dados.
O acadêmico deve possuir conhecimentos básicos de informática para a o
entendimento das ferramentas a serem utilizadas nos softwares de geoprocessamento,
sendo indispensável nos dias de hoje.
1.3.3 Agricultura
A utilização do geoprocessamento na agricultura, foi o passo inicial para o estudo
da Agricultura de Precisão. Por exemplo, em sua propriedade, o proprietário produz soja,
para obter maior rendimento na sua produção em sua área, coleta informações como a
amostragem do solo e mapa da área. Após a coleta, na análise das informações, ou seja,
no processamento das informações são gerados laudos e mapas de aplicação das regiões
cujo necessitam maior aplicação de insumos agrícolas para a correção do solo e plantio.
Após o plantio, o uso de imagens áreas e das técnicas de sensoriamento remoto, são
utilizadas como ferramenta de monitoramento da evolução do plantio, intervindo nas áreas
onde tem maior déficit, aplicando adubos e pulverização.
1.3.4 Obras Civis
Na construção ou ampliação de uma rodovia em um determinado local, o uso do
geoprocessamento possibilita aos planejadores as diferentes informações geográficas na
área a ser analisadas como a vegetação, rios, construções e relevo. Essas informações são
apresentadas em formas de mapas, aumentando na sua qualidade e confiabilidade. A figura
6 representa uma análise de áreas instáveis que podem ocorrer deslizamento de terra.
1.4 Softwares
Os softwares são programas de computador com a finalidade de difundir os conceitos
e procedimentos metodológicos voltados para a criação, visualização, gerenciamento,
elaboração e análise das informações geográficas. Os principais softwares utilizados no
Brasil atualmente são:
SOFTWARE DESCRIÇÃO
Utilizados para criar, importar, editar, buscar, mapear,
analisar e publicar informações geográficas. Um
ArcGis dos softwares mais utilizados atualmente na gestão
pública municipal. Para mais informações sobre o
software consultar https://www.img.com.br/pt-br/home
Utilizado para a criação e gerenciamento de dados
espaciais, possibilita criar, gerir e produzir mapas,
AutoCad Map
integrar dados e efetuar análises de Sistema de
Informação Geográfica (SIG).
É um software de processamento de imagens
desenvolvido com língua de IDL (Interactive Data
Language). Tem funções exclusivas como visualizador
ENVI n-dimensional, funções de ortorretificação, elaboração
de mosaicos e carta imagem, sofisticadas ferramentas
de processamento de imagens, visualização e análises
de Modelos Digitais de Terreno, entre outras.
2.1 Definição
Analisando o conceito de Sistemas de Informação Geográfica (SIG), extraímos que
a informação é um conjunto de registros e dados interpretados e dotados de significado
lógico. O sistema define-se como um conjunto integrado de elementos interdependentes,
estruturado de tal forma que estes possam relacionar-se para a execução de uma
determinada função (FITZ, 2008). E com relação a geográfica, refere-se à superfície da
Terra e ao que está próximo da superfície.
No contexto apresentado, define-se SIG como:
é de um conjunto organizado de hardware, software e, dados geográficos e
pessoal capacitado, desenvolvido para capturar, armazenar, atualizar, manipular
e apresentar, por meio de um produto final cartográfico, a espacialização das
informações referentes geograficamente (CÂMARA et al., 1997, p. 197)
Afigura 10, representa a arquitetura do SIG, citamos um exemplo para facilitar o entendimento
sobre esta arquitetura. Imaginamos que devemos elaborar um mapa de implementação de uma
empresa. Com base neste exemplo, a interface será a interação do software SIG com o usuário.
Com relação a integração e entrada dos dados, o profissional deve conhecer onde buscar as
informações necessárias para o seu projeto, como censo censitário, renda per capita, regiões
estratégicas, entre outros e como levantamento de campo. As funções e processamento, refere-
se à manipulação, edição dos dados para obter novas informações ou ajustá-lo de acordo com
sua necessidade de acordo com as ferramentas de geoprocessamento disponíveis. Os dados
adquiridos e os novos gerados, ficam armazenados num sistema de banco de dados geográficos,
sendo possível a sua recuperação, no qual o profissional visualiza e realiza a impressão (plotagem)
das informações espaciais que cabe ser necessária a representar no mapa.
FIGURA 10 - ARQUITETURA DO SIG
REFLITA
O SIG, é uma ferramenta de apoio para uso das entidades pública e privada, na qual se
utiliza para o auxílio na tomada de decisões em seus projetos.
3.1.2 Ponto
São representados por um vértice, ou seja, por apenas um par de coordenadas que
define a localização de objetos que não apresentam área nem comprimento.
3.1.2.1 Linha
Representados pelo menos por dois vértices ligados que geram polígonos abertos
e expressam elementos que tem comprimento, como estradas, rios, avenidas, pontes etc.
As geometrias das linhas são determinadas por uma série de pares de coordenadas.
Para uma única linha reta são necessários apenas dois pares de coordenadas para a sua
descrição (figura 17):
Analisando a figura 20, cada pixel, possui sua dimensão bidimensional, ilustrando
o contraste visual e a distinção dos elementos urbanos. Na imagem, Ikonos II consegue
distinguir os elementos como ruas, áreas residenciais e industrial, entre outros.
3.3.2 Redes
Em Geoprocessamento, o conceito de rede denota as informações associadas
a serviços de utilidade pública, como água, luz e telefone; redes relativas a bacias
hidrográficas; e rodovias.
LIVRO
Título: Aplicação do Sistema de Informações Geográficas em
Estudos Ambientais
Autor: Monika Christina Portella Garcia.
Editora: InterSaberes.
Sinopse: O uso de mapas, imagens de satélite e informações
georreferenciadas é cada vez mais frequente em nosso cotidiano.
Considerando isso, a presente obra trata de elementos importantes
para a compreensão da cartografia, dos Sistemas de Informações
Geográficas (SIGs) e da espacialização de informações. O objetivo
é proporcionar ao leitor o aprofundamento de seus estudos
sobre o assunto, além de estimulá-lo a realizar novas pesquisas
envolvendo a cartografia e o geoprocessamento.
FILME/VÍDEO
Título. Velozes e Furiosos 8
Ano: 2017.
Sinopse: Dom e Letty estão curtindo a lua de mel em Havana,
mas a súbita aparição de Cipher atrapalha os planos do casal.
Ela logo arma um plano para chantagear Dom, de forma que ele
traia seus amigos e passe a ajudá-la a obter ogivas nucleares. Tal
situação faz com Letty reúna os velhos amigos, que agora precisam
enfrentar Cipher e, consequentemente, Dom. E como fio condutor
da trama é utilizado um software de SIG chamado Olho de Deus
para encontrar qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo.
Plano de Estudo:
● Princípios do Sensoriamento Remoto;
● Espectro Eletromagnético;
● Comportamento Espectral;
● Programas Espaciais dos Alvos;
● Aerofotogrametria.
Objetivos da Aprendizagem:
● Conceituar e contextualizar o uso do sensoriamento remoto;
● Compreender a importância do espectro eletromagnético
no sensoriamento remoto;
● Aprender sobre o impacto do comportamento
dos espectros no sensoriamento remoto.
86
INTRODUÇÃO
1.1 Histórico
Sensoriamento Remoto (SR) pode ser entendido como a medição e a coleta de
informações sobre um objeto ou área geográfica por um dispositivo de registro (sensor) que
não esteja em contato físico ou íntimo com o objeto ou fenômeno em estudo, tendo como o
produto final uma imagem ou fotografia (COLWELL, 1960).
Inicialmente, as coletas de informações sobre uma área geográfica eram realizadas
através da Fotogrametria, e o seu início deu-se com a invenção da câmera fotográfica, sendo
utilizada em aeronaves suborbitais, definida como, “a arte ou ciência de obter medidas
confiáveis por meio da fotografia” (AMERICAN SOCIETY OF PHOTOGRAMMETRY, 1952;
1966 apud JENSEN, 2009, p. 03).
Colwell (1960) define a Interpretação Fotográfica como: “o ato de examinar imagens
fotográficas para fins de identificar objetos e julgar sua significância”. As primeiras aplicações
de Fotogrametria foram extremamente de uso militar, com as fotos obtidas consistiam em
um valioso material informativo, reconhecendo as posições inimigas e sua infraestrutura.
A origem do termo sensoriamento remoto, remonta a um artigo no começo dos anos
de 1960 por Evelyn L. Pruitt e seus colaboradores (JENSEN, 2009). Devido à ocorrência
da corrida espacial, estavam iniciando os primeiros lançamentos de satélite na plataforma
orbital sendo instalados câmeras ou sensores a bordo para a observação da Terra.
Em 1960, foi a época da corrida espacial que pela primeira vez o homem pode ir ao
espaço e observar a Terra e tomar as primeiras fotos da superfície terrestre usando câmeras
fotográficas manuais. A Missão GT-4 do programa Gemini que teve como objetivo específico
de mapeamento geológico, obtendo fotografias em preto e branco na escala de 1:350.000
descobrindo novas feições geológicas que não demonstravam nas escalas de 1:250.000.
Essas foram as primeiras experiências realizadas, alavancando o aperfeiçoamento e estudo
do sensoriamento remoto. Portanto eram utilizadas câmeras especiais como a Hasselblad,
cada uma com filmes pancromáticos com filtros vermelho e verde e filmes infravermelhos
(MENESES e ALMEIDA, 2012)
No final da década de 60, foram testados os sensores imageadores, equipamentos
com capacidade de recobrir a superfície terrestre e de armazenar ou transmitir para a Terra
os dados coletados. Um dos fatores importantes dos sensores, foi a capacidade de obterem
imagens simultânea em várias faixas do espectro eletromagnético. A vantagem do sensor
imageador por satélites foi como cita Meneses e Almeida (2012, p. 02):
[...] sua capacidade de imagear em curto espaço de tempo toda a superfície
do planeta e de uma maneira sistemática, dado que um satélite fica
continuamente orbitando à Terra. Essa forma de cobertura repetitiva, obtendo
imagens periódicas de qualquer área do planeta, propicia detectar e monitorar
mudanças que acontecem na superfície terrestre.
1.2 Definições
Esta definição explica em afirmar que o objeto imageado é registrado pelo sensor por
meio de medições da radiação eletromagnética. Meneses e Almeida (2012) cita que senso-
res que obtém imagens, mas que não seja pela detecção de radiação eletromagnética não
deve ser classificado como sensoriamento remoto. Estas atividades envolvem a detecção,
aquisição e análise, interpretação e extração de informações da energia eletromagnética
emitida ou refletida pelos objetos terrestres e registradas pelos sensores remotos.
=LE
Em que:
● = é o Fator de Reflectância
● L = é a intensidade média do fluxo radiante refletido.
● E = é o fluxo de radiação incidente
A escolha do tipo de sensor remoto a ser utilizado e dos dados a serem coletados por
eles é fundamentalmente dependente do tipo de informação que estamos interessados em obter,
como também a qualidade de um sensor geralmente é especificada pela sua capacidade de
obter medidas detalhadas da energia eletromagnética, ou seja, as características dos sensores
estão relacionadas com a resolução espacial, espectral, radiométrica e temporal.
A resolução espacial (figura 10) representa a capacidade do sensor distinguir objetos.
Ela indica o tamanho do menor elemento (pixel) da superfície individualizado pelo sensor.
A resolução espacial depende principalmente do detector, da altura do posicionamento do
sensor em relação ao objeto.
A resolução espectral (figura 11) refere-se à largura espectral em que opera o sensor.
Portanto, ela define o intervalo espectral no qual são realizadas as medidas, e consequentemente
a composição espectral do fluxo de energia que atinge o detector. Quanto maior for a medida
num determinado intervalo de comprimento de onda melhor será a resolução espectral.
SAIBA MAIS
Fonte: https://www.cptec.inpe.br/
4.3 GNSS
Para melhor entendimento do Sistema de Navegação Global por Satélites (GNSS),
será utilizado como exemplo o Sistema de Posição Global (GPS), no qual foi pioneiro na
determinação da geolocalização em tempo real.
O sistema de satélites GPS, usa para a transmissão dos sinais de posicionamento por
parte dos satélites, utiliza duas frequências de portadora, que são a frequência L1 (1.575,42 MHz
de frequência e 19 cm de comprimento de onda) a frequência L2 (1.227,60 MHz de frequência
e 24 cm de comprimento de onda). Os satélites GPS transmitem dois códigos conhecidos
como coarse acquisition (C/A code) e de precisão (P-code). O código C/A é modulado só sobre
a onda portadora L1, mas o código P é modulado em ambas portadoras (TIMBÓ, 2000).
4.3.3.2 Segmento de controle
O segmento de controle tem a função de monitorar e controlar continuamente o
sistema de satélites, determinar o sistema de tempo GPS, predizer as efemérides dos
satélites, calcular as correções dos relógios dos satélites e atualizar periodicamente as
mensagens de navegação de cada satélite (MONICO, 2000).
SAIBA MAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
5.1 Definição
Aerofotogrametria é a arte ou ciência de realizar medições precisas por meio
de fotografias aéreas (JENSEN, 2009). A ASP (1966), define como é a arte, ciência e
tecnologia de obter informações de confiança sobre objetos e do meio ambiente com o uso
de processos de registro, medições e interpretações das imagens fotográficas e padrões de
energia eletromagnética registrados.
O objetivo da aerofotogrametria é a medição sobre fotografias aéreas para a elaboração
de cartas topográficas, cartográficas, geológicas, geomorfológicas, geográfico, entre outras.
SAIBA MAIS
SAIBA MAIS
Para saber mais sobre as informações e mapeamentos realizados, acesse o site do banco de dados do
DSG (https://bdgex.eb.mil.br/mediador/#).
O tamanho dos objetos pode ser distinguido pelo tamanho relativo como mostra
a figura 8. O padrão (figura 9) refere-se à combinação, de detalhes ou à forma que são
características de muitos grupos de objetos, tanto natural como construídos pelo homem.
5.5 Estereoscopia
Duas perspectivas do mesmo objeto, vistas de posições diferentes, guardam,
entre si, uma certa relação geométrica. Esta relação geométrica gerada por estas duas
perspectivas de um mesmo objeto, é que possibilita as análises e geração de produtos
cartográficos. Mesma situação geométrica que o cérebro fundirá as imagens sendo
possível visualizar o espaço tridimensional.
É a reprodução artificial da visão binocular natural. É a observação em 3ª dimensão
de objetos fotografados em ângulos distintos (visto de centros perspectivos diferentes),
por intermédio de instrumentos óticos dotados de lentes especiais como, por exemplo, o
estereoscópio (IBGE, 1999).
O estereoscópio é o Instrumento ótico capaz de permitir artificialmente a observação
em 3ª dimensão das imagens que diante das lentes parecem estar situadas no infinito.
Dessa forma, o observador recebe duas imagens homólogas de um mesmo objeto, um em
cada olho, e o cérebro as funde em uma única imagem, estereoscopicamente.
A linhas de voo são locadas no mapa de tal maneira que faixas vizinhas tenham
uma região comum de superposição denominados de lateral e longitudinal. A superposição
lateral, geralmente é de 25 a 30 % da cobertura da foto. A superposição longitudinal
refere-se a linha de voo que cobre uma área que se superpõe com as fotos anteriores em
aproximadamente no mínimo 60% (TOMASSELLI, 2004). O recobrimento de 60%, tem
como objetivo evitar a ocorrência de área sem fotografar na cobertura, que podem ocorrer
devido às oscilações de altura de voo e da ação do vento (IBGE, 1999).
Um exemplo refere-se a largura da calçada lateral da via, a qual foi medida e possui
1,8288 metros de largura no mundo real e 0,03048 cm na fotografia aérea. Aplicando na
equação 1, obtém-se o valor de 1:6.000
Como exemplo, uma fotografia aérea vertical é adquirida sobre terreno plano com
uma câmera com distância focal de 30,48 cm e situada numa altitude de 18.288 m acima
do nível do solo. Substituindo na equação (eq.2) o valor da escala é de 1:60000
Devemos considerar também a escala da fotografia aérea vertical adquirida sobre
um terreno acidentado (figura 15)
Devido o relevo ser acidentado, a escala da foto vai ter variação, ou será menor ou
maior. A fórmula utilizada é pela relação de triângulos, obtendo a equação 3, em que f é a
distância focal, H altitude do voo e h é a altitude do ponto.
Fonte: FERREIRA, N. C. Apostila de Sistema de Informações Geográficas. 2006. Disponível em: http://
www.faed.udesc.br/arquivos/id_submenu/1414/apostila_sig.pdf. Acesso em 01 out. 2022.
Fonte: FAULIN, M. R. Erros do Sistema Global de Posicionamento (GPS). S/d. Disponível em: http://diadecam-
po.com.br/zpublisher/materias/Materia.asp?id=26092&secao=Colunas%20e%20Artigos. Acesso em 02 out 2022.
LIVRO
Título: Fotogrametria Digital
Autor: Luiz Coelho, Jorge Nunes Brito.
Editora: EdUERJ.
Sinopse: Leitura incrível, repleta de conceitos e explicações sobre
a gama de conhecimentos que recaem sobre a temática.
FILME/VÍDEO
Título: Fotogrametria com Drones na Prática
Ano: 2016
Sinopse: aborda os fundamentos da fotogrametria, utilizando
o Drone ou Veículo Aéreo não tripulado (Vant) de acordo com o
projeto fotogramétrico abordando sobre equipamentos, softwares e
aplicativos utilizados para o planejamento de voo e processamento
das imagens.
Link do vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=EgyBCTxLIqc
GARCIA, M. L.; BRONDO, J. A. V.; PÉREZ, M. A. Satélites para deteção remota aplicada
à Gestão Territorial. Traduação Artur Gil. Universidade de Açores, 2012.
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IBGE. Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Recomendações para
levantamentos Relativos Estáticos – GPS. 2008. Disponível em: https://geoftp.ibge.gov.br/
metodos_e_outros_documentos_de_referencia/normas/recom_gps_internet.pdf. Acesso
em: 05 ago 2022.
INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Sobre o CBERS. 2018. Disponível em:
http://www.cbers.inpe.br/sobre/index.php. Acesso em: 20 jul. 2022.
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MORAES, E. C. Fundamentos de Sensoriamento Remoto. São José dos Campos, SP:
INPE, 2002.
SANTOS, L. SOUZA. Sensores remotos por sistemas ópticos. Belém - PA, 2014. Disponí-
vel em: http://geopara.blogspot.com/2014/07/sensores-remotos-por-sistema-opticos.html.
Acesso em: 20 jun. 2022.
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SILVA, D. C. Evolução da fotogrametria no Brasil. RBGEO, 2015. Disponível em:https://
www.researchgate.net/publication/315956116_Evolucao_da_Fotogrametria_no_Brasil.
Acesso em: 05 jun. 2022.
SOUZA, Márcia Cristina de; VILAR, Eudésio Oliveira; NERY, Katya Dias; SOBREIRA,
Henryli Alecrim. Obtenção e Caracterização de Superfície Seletiva com Depósitos
Metálicos de Níquel. 2018. Disponível em: https://www.tecnologiammm.com.br/arti-
cle/10.4322/2176-1523.20181621/pdf/tmm-15-4-441.pdf. Acesso em 20 ago 2022.
TIMBÓ, Marcos A. Levantamentos Através do Sistema GPS. 2000. Disponível em: http://
www.csr.ufmg.br/carto1/levantamentogps_timbo.pdf. Acesso em: 15 ago. 2022.
136
CONCLUSÃO GERAL
137
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