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30/08/2021 Livro Digital - Práticas de Topografia

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UNIDADE 1

RELEMBRANDO CONCEITOS DE
TOPOGRAFIA

A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:

identificar tipos de equipamentos distintos para o serviço de campo;

qualificar os tipos de equipamentos de acordo com a atividade a ser


desenvolvida;

avaliar serviços topográficos antigos e compatibilizar com unidades de


medida atuais;

interpretar e avaliar uma planta topográfica quanto a sua finalidade;

distinguir equipamentos de acordo com suas funcionalidades.

TÓPICO 1

LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO

- 1 INTRODUÇÃO

O levantamento topográfico é uma das primeiras atividades a ser executada em


campo quando a atividade é relacionada a obras civis. Além da sua
empregabilidade em obras, a topografia também é imprescindível para a
organização e regularização de Unidade 1
- Tópico
lotes urbanos 1 Os conhecimentos
e rurais.

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empregados nessa atividade permeiam diversas áreas do conhecimento, como


menu arquitetura, engenharia civil, geografia, cartografia, além dos conhecimentos settings
empregados sobre gerenciamento, tecnologia e recursos humanos.

A atividade de levantamento topográfico modificou-se durante os anos devido à


melhoria da tecnologia empregada. Os teodolitos ficaram no passado com a
chegada de novos equipamentos que trouxeram produtividade em campo e os
cálculos manuais foram dinamizados através de softwares que automatizaram o
cálculo de coordenadas através dos ângulos e distâncias.

Outra grande novidade da topografia atual em relação à topografia clássica é o


emprego do GPS em diversos métodos: RTK, pós-processado, stopand-go, entre
outros. O emprego dessa tecnologia possibilitou um cadastro de imóvel de forma
georreferenciada e também a locação de obras de grandes distâncias, com erros
que giram na casa dos décimos de centímetros, gerando maior confiabilidade no
serviço e resultados rápidos para entrega de produtos.

Este tópico apresentará conceitos já estudados da topografia e empregálos em


trabalhos de campo e escritório. É válido lembrar que os trabalhos de
processamento de dados e desenho técnico também são trabalhos práticos, tendo
em vista a existência de profissões especializadas nessas atividades, portanto, não
sendo menos importantes que os trabalhos de campo, mas complementares.

- 2 EQUIPAMENTOS TOPOGRÁFICOS – USOS PRÁTICOS

A topografia, como já dito na introdução, evoluiu muito com o passar dos anos. Os
equipamentos empregados tiveram melhorias em relação aos softwares
embutidos e facilidades de conexão com computador e até mesmo bluetooth. Em
alguns momentos, a inclusão desses elementos eletrônicos não influencia de
maneira significativa a produtividade em campo, mas em situações de difícil
acesso, vegetação densa e dificuldades de visada, a utilização dessas novas
tecnologias aumenta a produtividade.

Além dos equipamentos mais conhecidos, como estação total e GPS, existem
acessórios e opcionais que são importantes para o levantamento topográfico, além
de processos gerenciais que devem ser levados em consideração em campo para
um resultado de boa qualidade e sem necessidades de retrabalho. Os itens a
seguir apresentarão equipamentos e planilhas que facilitarão a organização do
trabalho em campo.

- 2.1 ESTAÇÃO TOTAL

A estação total é um dos equipamentos mais utilizados atualmente e, como já


Unidade pela
citado anteriormente, não é substituída 1
- Tópico 1 dos equipamentos GPS. As
presença
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estações totais têm o objetivo da medição de ângulos e distâncias, sendo melhor


menu empregada em obras de implantação e controle em comparação a um settings
equipamento GPS que, apesar de muito atual, não possui grande empregabilidade
quando o assunto são cotas.

O uso da estação total varia de acordo com as marcas e capacidades do hardware,


podendo ser empregadas técnicas em campo para que sejam resolvidos
problemas de escritório diretamente em campo. Algumas das estações totais
possuem aplicativos internos para cálculos de volume, área, prolongamento e
identificação de alinhamentos paralelos, facilitando e dinamizando os serviços a
serem entregues. Para conhecer alguns tipos de equipamentos e suas respectivas
funções são apresentados os subtópicos a seguir.

- 2.1.1 Estação total prismática

A estação total prismática é o mais tradicional dos equipamentos topográficos


atualmente. É adquirido a preços moderados (em 2019 é possível encontrar
estações totais usadas de boa qualidade e acurácia por valores aproximados de R$
10.000,00) e podem ser empregadas para levantamentos planialtimétricos e
planimétricos de terrenos e locação de obras, por isso é muito comum encontrar
esses tipos de estações totais em empresas de engenharia.

A limitação da estação total prismática é a captação de dados em locais


inacessíveis como, por exemplo, bases de pontes, copas de árvores e telhados. As
estações não prismáticas não podem captar dados onde não existe um elemento
refletor para que o laser possa retornar. Para que a estação total, que necessita de
prisma, funcione é necessário que esteja colimada e mirada sobre o elemento
refletor. A luneta fica como o apresentado a seguir:

FIGURA 1 – VISADA ATRAVÉS DA LUNETA

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FONTE: O autor

Para uma boa operacionalização da estação total é sempre importante o operador


seguir algumas etapas que lhe conferirão produtividade ou uma qualidade
adequada aos produtos que serão desenvolvidos. A seguir são elencadas algumas
dicas para a execução desses serviços.

Conferência de prumo de bastão

Durante o uso da estação total prismática, uma das necessidades é que o conjunto
Unidade 1
- Tópico 1
de prisma e bastão estejam no prumo. Caso esse conjunto esteja fora do prumo, a
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acurácia das coordenadas captadas pode ser comprometida, representando


menu posteriormente em planta valores de distância e ângulos errados entre pontos. settings
           

Para que o operador da estação total consiga identificar se o bastão está no


prumo, existe uma dica que vale a pena ser mantida como um padrão para todos
os serviços de campo prestados:

1. Mirar com a luneta na base do bastão, onde está sua ponta.

2. Travar o eixo horizontal com o parafuso de chamada.

3. Subir vagarosamente a luneta com o eixo vertical até mirar no centro


prismático.

4. Caso o bastão saia de centro da visada, significa que está fora do prumo,
sendo necessário aprumar antes de realizar a medição do ponto.

FIGURA 2 – PRUMAGEM ERRADA DE BASTÃO E PRISMA DEMONSTRADA PELA


LUNETA DA ESTAÇÃO TOTAL

FONTE: O autor

A imagem representa como é identificada pelo operador da estação total a


necessidade de prumagem do conjunto bastão e prisma, quando da leitura do
ponto a ser medido. À esquerda da imagem é apresentado como a luneta é focada
e mirada na base do bastão. Em seguida, na imagem à direita, a luneta é travada
no eixo horizontal e levantada, sendo possível perceber que o centro do prisma
não fica centralizado em relação ao centro da luneta e evidenciando que o prumo
não está centralizado. A solução para isso é simples e um bipé poderá ser
empregado para que a instabilidade transmitida pelo auxiliar de campo ao nível de
bolha não ocorra.
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Upload e download de dados


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Uma das dificuldades atualmente para a operação das estações totais está no
upload e download de dados a partir do equipamento. O maior problema está no
fato de que os equipamentos disponíveis e mais acessíveis são antigos em relação
aos avanços dos computadores atualmente. A incompatibilidade com Windows 10
e a necessidade do uso de porta serial em diversos equipamentos de GPS e
Estações Totais faz com que muitos profissionais mantenham computadores
antigos para descarregar dados de equipamentos.

           

Quando o profissional não consegue realizar a conexão da estação total para o


computador ainda existem duas alternativas de acordo com o trabalho a ser
executado:

Coleta de dados: realizar o levantamento e copiar os dados do


equipamento através do visor (manualmente) e escrevê-los numa tabela
em computador.

Locação: digitar manualmente os dados para dentro da memória do


equipamento.

A resolução desses problemas geralmente pode ser efetuada através da aquisição


de novos cabos (sim, existe um cabo específico para descarregar cada
equipamento de acordo com a versão do Windows) e softwares que, quando
pirateados, não conseguem descarregar dados do equipamento. A imagem a
seguir demonstra um tipo de cabo serial, ainda muito empregado em serviços com
estações totais antigas, para descarregar e carregar dados de campo para o
equipamento.

FIGURA 3 – CABO SERIAL DE ESTAÇÃO TOTAL

FONTE: <https://produto.mercadolivre.com.br/MLB-1299752174-cabo-serial-para-estaco-total-sokkia-
ou-topcon-_JM#position=2&type=item&tracking_id=80542c1b-0d23-42b3-9040-d791ebe82dc8>. Acesso
em: 25 nov. 2019. Unidade 1
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Existe a possibilidade de empregar adaptadores de entradas seriais para USB,


menu entretanto, o transtorno e dificuldade de configurações de hardware e software settings
para a interpretação dessas configurações faz com que muitos profissionais optem
por carregar e descarregar dados manualmente ou com equipamentos antigos.

Os equipamentos atuais possuem formas diversificadas para que o usuário possa


acessar os dados coletados ou a serem implantados em campo. O bluetooth, a
entrada USB e o uso de pen drives são muito mais comuns hoje e facilitam os
trabalhos, assim os equipamentos são mais facilmente compatibilizados em
diversas plataformas utilizadas em computadores de forma independente de suas
versões.

As estações totais prismáticas são as mais utilizadas no mercado desse tipo


de equipamento, entretanto, lembre-se de que superfícies verticais e quinas
de paredes, por exemplo, não pode ser medidas diretamente e com precisão
por ele.

- 2.1.2 Estação total não prismática

A estação total não prismática, como o próprio nome diz, não faz uso do conjunto
bastão e prisma para até determinadas distâncias. É opcional não usar o prisma,
sendo que o limite de leitura de dados sem o seu uso é limitado de acordo com a
marca do equipamento. É comum encontrar equipamentos que possam realizar
leituras sem prisma em torno de 200 metros ou até mais, mas para alcançar
grandes distâncias é sempre necessário o uso de prismas.

Através da estação total não prismática é possível realizar medições sem que seja
necessário que o auxiliar de campo se desloque ao ponto desejado para a
medição, sendo muito mais dinâmico o serviço de campo e precisa a coleta de
informações. 

O uso desse tipo de estação total torna-se mais caro devido ao preço do
equipamento ser mais elevado, entretanto, sua produtividade de campo é muito
mais alta devido à falta de necessidade de deslocamento do auxiliar em campo e
também à precisão dos dados. Mas como a precisão dos dados é afetada por esse
equipamento?

Numa estação total convencional o prisma fica sobreposto a um bastão e também


possui abas laterais que facilitam a visada do operador da estação total quando
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em grandes distâncias. O conjunto prisma e bastão funciona para que seja
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refletido o laser da estação total e a altura empregada no bastão seja descontada


menu da leitura para que a coordenada e cota sejam projetadas para o ponto de leitura settings
no chão.

O uso do conjunto prisma e bastão impossibilita a captação de pontos direto sobre


uma superfície vertical, por exemplo, e também quinas de paredes, forçando o
desenhista a aplicar uma distância para a representação da realidade. A imagem a
seguir demonstra o prisma com seu suporte para rosquear, o qual contém as abas
laterais que impossibilitam que o dado captado fique aderente a uma superfície
vertical ou quina de parede.

FIGURA 4 – PRISMA E SUPORTE COM SUAS ABAS LATERAIS PARA FACILITAR


VISADA DO OPERADOR

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FONTE: O autor

Esse tipo de problema é solucionado com o uso de uma estação total não
prismática porque ela capta a informação sobre a superfície onde o laser é
apontado, facilitando a representação de superfícies verticais e adensando a
malha de coordenadas para a criação de um Modelo de Superfície.

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O software interno das estações totais que não empregam prisma para leitura de
menu pontos é muito similar aos que empregam, variando de acordo com a marca do settings
equipamento. A diferença é que para as estações não prismáticas não existe a
configuração de offset aplicado ao prisma.

As estações totais não prismáticas são ótimas para a produtividade, mas não
conseguem ler grandes distâncias sem o uso de prismas. Lembre-se disso
antes de ir a campo, porque um prisma pode ser necessário de acordo com
a distância a ser medida.

- 2.2 TEODOLITO

O teodolito é um equipamento já, muitas vezes, ultrapassado. O fato de ser um


equipamento pouco usado atualmente não é uma grande justificativa para o
técnico ou engenheiro responsável não conhecer seu uso. A justificativa ainda para
o conhecimento desse equipamento é que muitos trabalhos foram realizados
empregando-o, sendo necessário ainda conhecimento para a interpretação dos
dados e identificação de possíveis erros cometidos no passado. A maior parte dos
erros são basicamente cálculos de distâncias horizontais e verticais, sendo
atualmente fácil a sua correção com o uso de planilhas automatizadas.

           

Para o cálculo de distâncias horizontais a partir de visadas inclinadas é utilizada a


seguinte equação:

Declividade horizontal

           

Sendo:

DH: distância horizontal;

100: constante empregada na maioria dos equipamentos teodolitos no mercado


brasileiro;

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FS: fio estadimétrico superior, possível ver na luneta no momento da visada e


menu acima do fio médio; settings
FI: fio estadimétrico inferior, possível ver na luneta no momento da visada e abaixo
do fio médio;

Cos²α: cosseno do ângulo de inclinação da luneta, ao quadrado.

Essa equação também é possível empregar quando se utiliza equipamentos que


são fixos a 90°, como os níveis geométricos. Como citado anteriormente, é comum
observar documentos gerados a partir de equipamentos antigos como o teodolito,
portanto, para fazer a “prova-real” das informações é necessário o emprego dessa
equação. Para mais conferências, também é possível o cálculo da diferença de
nível entre o ponto de base e a visada através da seguinte equação:

Declividade Vertical ou Diferença de Nível (DN)

           

Sendo:

DN: diferença de nível;

Hi: altura do instrumento;

50: constante vertical aplicada à maioria dos equipamentos desse tipo no Brasil;

FS: fio estadimétrico superior, possível ver na luneta no momento da visada e


acima do fio médio;

FI: fio estadimétrico inferior, possível ver na luneta no momento da visada e abaixo
do fio médio;

Sen²α: seno do ângulo de inclinação da luneta, ao quadrado;

m: fio médio estadimétrico.

O teodolito é um equipamento fora de uso atualmente, mas não se engane.


Conhecer o seu uso e métodos de cálculos é um diferencial para quem
pretende fazer análises de documentos antigos referentes a posses de
propriedades e medições de áreas.
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- 2.3 EQUIPAMENTO GPS (GLOBAL POSITIONING SYSTEM)


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Os equipamentos baseados na tecnologia GPS são muito mais empregados
atualmente do que quando comparado há 20 anos. A evolução desse tipo de
tecnologia vai desde os mapeamentos topográficos até o cotidiano das pessoas
indo ao trabalho ou fazendo um pedido de pizza para receber na porta da sua
casa.

Na topografia, a tecnologia GPS veio de forma dinâmica, fornecendo dados de


posicionamento em tempo real e, no caso dos mapeamentos, com correções
sendo executadas simultaneamente ao levantamento realizado. Isso trouxe uma
grande facilidade no mapeamento de grandes áreas, especialmente aquelas que
não possuem intervisibilidade entre vértices ou com obstruções verticais devido a
variações altimétricas do terreno.

Existem diferentes formas de realizar o levantamento, entretanto, somente em


uma delas existem diferenças de equipamento: o método Real Time Kinect (RTK).
Esse é o método mais produtivo atualmente para, em campo, realizar o
levantamento topográfico utilizando equipamentos GPS. O próximo subtópico
abordará como esse levantamento deve ser realizado quanto à disposição dos
equipamentos.

- 2.3.1 Base

No uso do método RTK são necessários dois equipamentos: o Base e o Rover. O


Base é o equipamento que fica estático no terreno, em local alto e de menor
obstrução física possível para que possa se comunicar com o outro equipamento
que percorrerá o terreno junto ao técnico que captará os dados. Essa Base deve
ser montada de forma semelhante à estação total, com um tripé e nivelado através
de bolha, entretanto, para o equipamento GPS é necessário um outro elemento
chamado “Base nivelante”, demonstrada a seguir:

FIGURA 5 – BASE NIVELANTE PARA BASE DE GPS

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Nessa figura, do lado esquerdo, é demonstrada a parte inferior da base nivelante.


Essa parte inferior é importante porque nela existe uma rosca na qual é realizada a
fixação dessa peça ao tripé. A existência da rosca é plausível devido à possibilidade
de movimentação dessa base nivelante sobre a superfície da mesa do tripé, sendo
mais maleável para a centragem do equipamento sobre o ponto em campo.

Na parte superior da base nivelante é apresentada a rosca para o equipamento


GPS. Tanto o equipamento Base quanto o Rover possuem uma rosca que é
compatível com essa base nivelante. Segue a base de um GPS em que é
demonstrada a rosca para o encaixe da base nivelante:

FIGURA 6 – BASE NIVELANTE PARA BASE DE GPS

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Além da rosca centralizada no GPS, também é apresentada na imagem a bateria


de alimentação do equipamento e sua antena de comunicação. Essa antena é
responsável pela comunicação entre o equipamento Base e o Rover e sem ela não
é possível a aplicação do método RTK em serviço. Além dessa importância é
recomendado pelos fabricantes e revendedores que o equipamento não seja
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ligado sem essa antena, por risco de queima de placas internas.
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Vale ressaltar que essa rosca existe tanto em equipamentos que serão utilizados
menu para a função de Base quanto para os que serão empregados na função de Rover. settings
Além do uso da base nivelante, o equipamento também requisita um alongador
para manter o GPS alto em relação ao tripé, mantendo a antena em segurança.
Junto a esse alongador é, em muitas marcas, colocada uma bateria externa para
que seja possível realizar mais tempo de serviço de campo.

Em algumas marcas é possível adaptar uma bateria de moto no plug da bateria


externa, entretanto, existem também algumas mais elaboradas, como a
demonstrada na imagem a seguir.

FIGURA 7 – BASE NIVELANTE PARA BASE DE GPS

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A bateria externa apresentada é conectada diretamente ao GPS através do pino de


conexão empregando um cabo, não sendo possível realizar a transmissão de
energia diretamente pelo bastão ou alongador. Ao final, o conjunto fica com altura
considerável para que supere os dois metros, favorecendo a transposição de
alguns obstáculos e aumentando as possibilidades de comunicação entre os
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receptores GPS. Ao final, o conjunto todo fica como o demonstrado na figura a


menu seguir. settings

FIGURA 8 – BASE RTK

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O equipamento Base GPS fica rastreando dados de satélites por horas e
comunica-se ao Rover durante o levantamento. Não esqueça de levar
baterias extras para o serviço de campo, mas em caso de o equipamento
parar de funcionar durante o levantamento por falta de bateria não se
preocupe quanto aos dados coletados. Eles não se perderão e serão
armazenados na memória do equipamento.

- 2.3.2 Rover

Como citado anteriormente, o equipamento Rover deve se comunicar diretamente


com o equipamento configurado como Base. Isso ocorre porque o método RTK faz
a correção do posicionamento em tempo real através do posicionamento do
equipamento Base e para que eles se comuniquem é empregado o rádio interno
ao equipamento junto à antena conectada em ambos. A presença de árvores ou
grandes desníveis entre os dois equipamentos gera quebras de comunicação, por
isso é tradicional também empregar nos levantamentos com o Rover um bastão
de altura elevada, podendo alcançar oito metros de modo retrátil.

Para que o técnico possa interpretar dados e analisar a situação de campo não
existe um visor diretamente no GPS, mas um equipamento chamado controladora.
Essa controladora apresenta diversas informações, como:

quantidade de satélites captados;

status da qualidade de comunicação entre equipamentos através do rádio;

método de captação de dados: PP ou RTK;

piquetagem para locação de obras ou limites de áreas;

aplicativos para cálculos de volume, área e determinação de interseções


entre alinhamentos etc.

A figura seguinte demonstra uma controladora ao lado esquerdo e ao lado direito


uma imagem aproximada do seu visor.

FIGURA 9 – CONTROLADORA RTK E VISOR DE DADOS

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É na controladora que é possível subir e realizar download dos dados de campo.


Através dela é possível inserir dados através de arquivos em formato .csv para
fazer locação de obras e também é possível visualizar o mapa de posicionamento
do equipamento e dos locais para piquetagem. Sem esse item o equipamento GPS
torna-se inviável para o uso em método RTK, sendo possível realizar medições em
método pós-processado.

O equipamento Rover não necessita de uma base nivelante. Ele é rosqueado


diretamente sobre o bastão que pode ser de diferentes alturas. Junto a ele, muitas
vezes é empregado o bipé para que o equipamento fique no prumo para registro
fotográfico em monografias.

A figura a seguir demonstra a aparência de um equipamento Rover montado e


pronto para leitura de coordenadas.

FIGURA 10 – EQUIPAMENTO ROVER

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FONTE: O autor

O equipamento Rover é o que se mantém em movimento pelo terreno


durante o serviço. Quando empregado o método RTK não esqueça que
configurações devem ser feitas na controladora constantemente, caso
esqueça de informar dados no momento da coleta de dados, faça isso na
etapa de processamento de dados.
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- 2.4 INSTALAÇÃO DO TRIPÉ
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A instalação do tripé é o primeiro passo a ser executado para a instalação de


equipamentos GPS e estação total. A instalação desse item é difícil e leva tempo
para os profissionais que não têm prática, mas quando já existe certa experiência
é rápido, independentemente da forma do terreno. Para que a instalação do tripé
seja feita, as etapas são variáveis de acordo com a marca do aparelho, entretanto,
todos possuem ao menos:

pé retrátil;

mesa;

borboleta.

A mesa é a superfície triangular onde fica situado o equipamento sobre o tripé e o


elemento que integra as três pernas do tripé. Para que o tripé seja retrátil e
também possua uma fixação boa para a estabilidade no solo são usadas as
borboletas, que são, em alguns casos, presilhas e em outros, parafusos. Essas
borboletas fixam a parte superior e inferior da perna e no limite da parte inferior
existe uma garra na qual é possível pisar para que exista uma melhor fixação na
superfície de trabalho.

O nivelamento do equipamento sofre a influência da geometria na qual o tripé é


alocado. O ideal é que ele esteja posicionado na forma de um triângulo equilátero,
entretanto, alguns terrenos ou situações não permitem isso. O nivelamento do
tripé é geralmente feito de modo grosseiro numa primeira etapa do trabalho,
depois de colocado o equipamento sobre a mesa é feito o ajuste fino da bolha
nivelante no tripé. Na sequência é demonstrado o modo mais eficaz e que fornece
maior controle para o nivelamento dos pés do tripé.

FIGURA 11 – FORMA MAIS EFICAZ DE MANUSEIO DOS PÉS DO TRIPÉ

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FONTE: O autor

Do lado esquerdo da figura é apresentada uma forma errada de manuseio do tripé


quando a intenção é fazer um ajuste fino dele. A falta de um apoio fixo para as
mãos faz com que os movimentos sejam bruscos, dessa forma, a imagem do lado
direito da figura demonstra o dedão do operador facilitando a movimentação do
equipamento.

Outra informação que agiliza e facilita a instalação do equipamento é que o


parafuso de fixação na mesa do tripé é móvel, de forma que seja possível fixar e
desafixar o equipamento da mesa. Esse ato de afrouxar o parafuso entre a mesa e
o equipamento é favorável para que o operador possa posicionar corretamente o
equipamento sobre o ponto desejado. Vale ressaltar que esse parafuso é vazado
para que seja possível a visualização do ponto no qual está sendo instalado o
equipamento, em solo.

FIGURA 12 – PARAFUSO VAZADO E MÓVEL NA MESA DO TRIPÉ

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FONTE: O autor

Não se esqueça de travar bem a borboleta e a base do tripé no solo para que
não ocorram deslocamentos do equipamento durante o serviço. Isso
assegurará que as coordenadas se mantenham fixas num mesmo ponto
durante todo o levantamento.

- 2.5 USO DO BASTÃO

Apesar de ser um equipamento comum nos levantamentos, tanto com uso de


estação total quanto de GPS, o bastão pode ser um diferencial num trabalho de
campo. Tanto para a estação total, que exige intervisibilidade, quanto para o GPS,
que precisa de uma certa clareza na comunicação entre rádios, a altura do bastão
auxilia essas atividades.

Existe um bastão que é o mais tradicional para a execução dos levantamentos


topográficos, que é o retrátil de 3,6 m de altura. Além deste também está
disponível maiores no mercado, como por exemplo, o que pode alongar-se até 8 m
de altura. A dificuldade nesse bastão que pode alongar-se tanto é mantêlo no
prumo para que a coordenada captada seja exatamente a do ponto desejado. A
Unidade
seguir são demonstrados os dois 1
-bastão.
tipos de Tópico 1

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FIGURA 13 – À ESQUERDA: BASTÃO DE 3,6 M. À DIREITA: BASTÃO DE 8 M


menu settings

FONTE: O autor

A altura do bastão precisa ser indicada na estação total e também no GPS.


Quando modificar sua altura não esqueça de configurar o equipamento no
qual está sendo realizado o levantamento.

- 2.6 PRISMA

O levantamento topográfico com estação topográfica exige a utilização de prisma,


com exceção daquelas denominadas não prismáticas, que possuem um limite para
leituras sem esse item. 

Uma curiosidade que pode ser útil em campo é saber que outros elementos
refletem o laser da estação total. Exemplos são: placas veiculares e adesivos
prismáticos de caminhão que podem ser colados diretamente nas superfícies
verticais ou quinas de paredes e locais de difícil acesso ao prisma devido as suas
dimensões. Esses dois exemplos podem salvar um levantamento no qual foi
esquecido de levar o equipamento refletivo.
Unidade 1
- Tópico 1

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Além do prisma mais tradicional existem outros que possuem funções de acordo
menu com a distância a ser empregada. A seguir são apresentados os tipos de prismas settings
existentes.

- 2.6.1 Prisma simples

O prisma tem a função de refletir o laser emitido pela estação total e possui uma
rosca em sua parte posterior, para que seja possível fixa-lo à moldura.

Nessa moldura é possível rosquear o prisma nos dois lados, tanto no que está
escrito OFF SET 30 mm quando no lado posterior, que está escrito OFF SET 0 mm.
A informação desses offsets necessita ser descrita na estação total porque através
desses valores o cálculo de coordenada faz a compensação para o centro do
bastão e, consequentemente, o ponto no qual este está posicionado. A seguir é
apresentada uma figura do prisma com sua moldura descrita, o offset de 30
milímetros.

FIGURA 14 – PRISMA E MOLDURA

Unidade 1
- Tópico 1

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menu settings

FONTE: O autor

Ao empregar o prisma, verifique se ele está com Offset = 30 ou Offset = 0 e


não esqueça de configurar a estação total para que esteja com o mesmo
Unidade 1
- Tópico 1
valor. Caso o valor esteja errado, ocorrerá um erro sistemático.
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menu settings
- 2.6.2 Miniprisma

Muito empregado para locação de obras, o miniprisma é mais raro de ser


encontrado no mercado e possui valor superior, sendo possível encontrar esse
acessório com valores entre US$ 120,53 a US$ 168,74.

A precisão conferida a ele tem como justificativa a sua altura diminuta que pode
ser de somente 30 centímetros, portanto, gerando erros horizontais por conta de
erros de prumo muito menores. Como consequência do seu tamanho e também
por ser retrátil, sua facilidade de transporte é ainda maior, sendo possível levá-lo
em mochilas para realizar serviços de locação de obras e captação de dados de
campo para desenvolvimento de levantamentos planialtimétricos. A figura a seguir
demonstra um miniprisma.

FIGURA 15 – MINIPRISMA

FONTE: <https://www.lhgeo.com.br/mini-prisma->. Acesso em: 25 nov. 2019.

A constante de um mini prisma é diferente dos prismas tradicionais. Lembre-


se de verificar sua constante para configurar na estação total. Além disso,
não se esqueça de que a altura de mini prismas não são convencionais,
sendo possível ficar abaixo de 1,5 m, que é a altura mínima do bastão
padrão.

Unidade 1
- Tópico 1

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- 2.6.3 Prisma 360°

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Mais uma variedade dos prismas é o Prisma de 360°. Esse prisma reflete em todos
os lados nos quais ele recebe o laser, sendo mais produtiva a execução do serviço
em campo e também nele não existe a necessidade de alterar a constante
prismática, sendo fixa em 0 mm o Offset.

Outra vantagem no uso desse item é que ele não possui a moldura empregada
nos prismas tradicionais, sendo que o mapeamento de áreas menores com este
torna-se mais preciso devido à distância entre o centro do bastão e o limite da
moldura. No levantamento de grandes distâncias, o emprego desse equipamento
também é mais útil devido à maior reflectância nele existente.

Um equipamento desse torna-se um fardo orçamentário para empresas de


pequeno porte ou as que não requisitem grandes precisões em seus
levantamentos. O valor desse equipamento atualmente (2019) gira em torno de
US$ 650,00 e esse investimento deve ser muito específico para atender a uma
necessidade, portanto, é algo raro de se encontrar no mercado de trabalho, sendo
geralmente substituído por prismas simples ou também prismas triplos.

FIGURA 16 – PRISMA 360°

FONTE: <https://www.allcomp.com.br/index.php?route=product/product&product_id=1539>. Acesso


em: 25 nov. 2019.

O prisma 360° é pouco usado no mercado, entretanto, confere uma boa


Unidade 1
- Tópico 1
precisão para serviços de campo, além de manter a sua constante sempre
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em 0 mm.
menu settings

- 2.6.4 Prisma triplo

O prisma triplo é muito mais acessível financeiramente em relação ao de 360°. Seu


valor pode ser encontrado no mercado em torno de US$ 85,00 e sua função é ser
um alvo fácil para grandes distâncias, geralmente, superiores a 1 quilômetro.
Nessa distância torna-se muito difícil para o operador da estação total visualizar
um prisma simples ou até mesmo o de 360°, portanto, para que se torne um alvo
maior e também mantenha a característica refletiva é empregado esse conjunto
de três prismas numa mesma moldura para que também seja facilitada a reflexão
do laser para a estação total.

Esse equipamento é de difícil aquisição e uso no mercado topográfico brasileiro.


Isso se deve pelo fato do uso de tecnologias GPS para a medição de grandes
distâncias atualmente e também pelo fato da falta de precisão nas leituras de
grandes distâncias pela estação total com esse conjunto prismático, entretanto,
este ainda é um equipamento que pode ser empregado em áreas caracterizadas
pela vegetação de copa alta e gramíneas, porque nesse tipo de situação o sinal de
satélites e rádio sofre interferências pelas obstruções físicas existentes, mas a
intervisibilidade de pontos pode ocorrer facilmente.

A seguir é demonstrada uma figura para exemplificar como é um prisma triplo


utilizado em serviços topográficos.

FIGURA 17 – PRISMA TRIPLO

Unidade 1
- Tópico 1

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menu settings

FONTE: <http://twixar.me/JDlT>. Acesso em: 25 nov. 2019.

O prisma triplo é um equipamento pouco utilizado atualmente devido à


menor precisão alcançada em grandes distâncias com a estação total,
entretanto, seu uso pode conferir grande produtividade devido à capacidade
de reflexão para visadas de longo alcance, refletindo em poligonais mais
longas.

- 2.7 NÍVEL GEOMÉTRICO

O nível geométrico é o equipamento empregado quando se deseja alcançar uma


grande precisão em relação à altitude e diferenças altimétricas verticais em campo.
Unidade 1
- Tópico 1
Equipamentos antigos desse tipo não superam atualmente o que algumas
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estações totais e GPS conseguem fazer, entretanto, os novos conseguem entregar


menu uma boa precisão para desenvolvimento de projetos hidráulicos e mapeamentos settings
planialtimétricos.

Esse equipamento é um dos mais baratos para a aquisição na aplicação do setor


da topografia. O valor deste chega próximo aos US$ 241,00 e uma das maiores
aplicações atualmente é no setor rodoviário, através da captação de cotas de
bueiros para “as built”, projetos de recapeamento ou até mesmo refinamento de
um levantamento planialtimétrico executado para o projeto geométrico.

A seguir é apresentado um modelo de nível geométrico empregado para aulas em


curso de engenharia civil e arquitetura e também nas atividades profissionais de
nivelamento rodoviário.

FIGURA 18 – NÍVEL GEOMÉTRICO

Unidade 1
- Tópico 1

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menu settings

FONTE: O autor

O nível geométrico é uma porta de entrada para o profissional recém-


formado devido ao seu valor de aquisição, mas a operação desse
Unidade e1
-
equipamento requer muita precisão Tópico 1 para a leitura de
experiência

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informações. Não se engane quanto à simplicidade de botões. Quem


menu contrata um serviço de nivelamento geométrico requisita alta precisão e, settings
consequentemente, a responsabilidade aumenta.

- 2.8 ACESSÓRIOS

Os equipamentos apresentados a seguir são descritos como acessórios, mas isso


não diminui a importância deles num levantamento topográfico. O uso desses
acessórios confere maior qualidade e facilidade ao desenvolvimento dos trabalhos
e, sem alguns deles, não é possível executar a atividade. 

- 2.8.1 Mira

É um equipamento que, sem seu uso, não é possível realizar o nivelamento


geométrico de uma área. Existem miras retráteis de alumínio e também algumas
antigas de madeira, mas é incomum encontrar esta última citada devido ao peso
que dificulta sua movimentação em campo. As miras de alumínio são as mais
empregadas em serviço atualmente e é esta mira que deve ser observada através
da luneta de um nível geométrico.

Para diferenciar as cotas na mira é feita uma diferenciação das cores vermelha e
preta ou, em alguns casos, é colocado um pequeno ponto ao lado direito da mira
para indicar a metragem. Uma bolinha indica um metro, duas bolinhas indicam
dois metros, três bolinhas indicam três metros e assim por diante.

Além de ser possível distinguir os metros por cores também é possível identificar
pelo lado da plotagem da mira. Quando o lado da representação da metragem é
alterado significa que são adicionados 10 centímetros. Na figura seguinte é
demonstrado um exemplo de mira de alumínio empregada para nivelamento
geométrico.

FIGURA 19 – MIRA EMPREGADA NO NIVELAMENTO GEOMÉTRICO

Unidade 1
- Tópico 1

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menu settings

FONTE: O autor

A mira é um equipamento fundamental para o nivelamento geométrico. Sua


interpretação requer prática do operador para que não se confunda quando
olhar pela luneta, anotando Unidade
errado o 1
- Tópico
valor 1
da metragem.

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- 2.8.2 Bipé

É um acessório que não impede a execução de nenhum serviço, entretanto,


confere maior acurácia nos pontos coletados. O bipé é um apoio para o bastão do
prisma ou também do GPS. Seu uso é pequeno quando é feito uso da estação
total, mas muito grande quando empregado o equipamento GPS, especialmente
aqueles que não têm a função RTK disponível.

Os equipamentos GPS que não fazem leituras com a técnica RTK precisam coletar
dados através do método PP (Post-processing) e para captar dados dessa forma é
necessário manter o equipamento estático por um longo período, sendo um
grande fardo para o auxiliar de campo. Para que o equipamento fique estático e
no prumo por esse longo período é empregado geralmente um bipé para suporte,
fazendo com que sobre tempo para desenvolver croqui e realizar análises do
espaço ao redor. A figura seguinte demonstra um bipé empregado em
levantamentos topográficos.

FIGURA 20 – BIPÉ

FONTE: O autor

Unidade 1
- Tópico 1

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menu settings
O bipé é um forte aliado na qualidade de um levantamento topográfico e seu
preço é baixo quando comparado ao restante dos equipamentos utilizados
no trabalho (aproximadamente US$ 120,00), justificando sua compra pela
qualidade e facilidade na dinâmica dos serviços. Um elemento negativo nele
é a fragilidade das suas pernas, requisitando sempre que o operador tenha
cuidado com o seu manuseio.

- 2.8.3 Trena de fibra de vidro e trena de aço

Apesar dos equipamentos topográficos serem destinados à medição de distâncias,


a utilização de trenas ainda é imprescindível para o desenvolvimento de serviços.
Isso porque algumas informações devem ser inseridas na configuração dos
equipamentos para que sejam iniciadas as atividades, por exemplo, altura do
equipamento e também altura do bastão.

Sem as informações iniciais de altura dos equipamentos não é possível calcular


com precisão as cotas do terreno, as built ou implantação, e essa informação
primária deve ser obtida através de uma trena. Para isso é possível empregar
alguns tipos de trenas, dentre as mais utilizadas estão a trena de fibra de vidro e a
trena de aço.

Para ambas as trenas existem erros provenientes do material com que são
produzidas ou senão erros oriundos do manuseio em campo. Na figura a seguir é
apresentado um exemplo de trena de fibra de vidro.

FIGURA 21 – TRENA DE FIBRA DE VIDRO

FONTE: <https://www.lojadomecanico.com.br/produto/117096/31/271/trena-fibra-de-vidroaberta-50m-
x-13mm-brasfort-8127>. Acesso em: 25 nov. 219.
Unidade 1
- Tópico 1

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A trena de fibra de vidro possui a característica de precisar ser esticada para


menu diminuir a catenária entre os dois pontos a serem medidos. A catenária é o settings
“embarrigamento” que se mantém caso esta não seja devidamente esticada, mas
essa ação de puxar a trena faz com que ela se estique com o decorrer do tempo,
gerando erros de medição porque uma distância será representada
numericamente por um valor inferior ao real. É possível ver essa catenária nos fios
que ligam os postes de luz residenciais.

Além da trena de fibra de vidro também é empregada a trena de aço, muito


comum ser encontrada em canteiros de obra e seu tamanho reduzido facilita o
transporte para a aquisição somente da altura dos equipamentos. É muito
empregada na topografia pela versatilidade e também por não precisar ser
esticada como a trena, que foi o exemplo anterior, mas possui o problema da
dilatação do seu material. Para resolver esse problema é necessário empregar o
coeficiente de dilatação, fornecido pelo fabricante, para diminuir ou aumentar do
valor obtido em campo. A figura a seguir apresenta uma trena de aço.

FIGURA 22 – TRENA DE AÇO

Unidade 1
- Tópico 1

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menu settings

FONTE: <https://oximaq.com.br/5501-large_default/trena-em-aco-3m-x-125mmvonder.jpg>. Acesso em:


25 nov. 2019.

Catenária é um problema quando são utilizadas trenas maleáveis como a de


fibra de vidro. Para diminuir esse problema é comum esticar a trena ao
máximo, entretanto, isso ocasiona outro problema, que é o seu alongamento
devido ao material flexível pela qual é composta. Esse alongamento acaba
representando valores inferiores à realidade, gerando impactos sistemáticos
para o levantamento.

- 2.8.4 Nivelamento com mangueira


Unidade 1
- Tópico 1

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Uma das técnicas para realizar o nivelamento em pequenas áreas é o uso de uma
menu mangueira transparente (ou translúcida) cheia de água. Através do uso dessa settings
mangueira é possível encher o nível de água até o ponto no qual se deseja para
ambos os lados da mangueira, sendo a partir disso possível identificar a cota igual
em ambos os lados somente empregando a gravidade.

Essa técnica é muito empregada em obras e, além de mais econômica, é mais


precisa que muitos serviços de topografia ofertados no mercado. Isso porque a
captação de cotas com equipamentos topográficos depende de muitas variáveis,
como a conservação do equipamento, inserção de dados corretamente no
software interno e também a precisão do manuseio por parte do operador. Todas
essas variáveis fazem com que os trabalhadores da área civil, quando em serviços
de pequenas áreas, prefiram empregar o nivelamento por mangueira.

A figura a seguir demonstra como uma mangueira flexível é utilizada para o


nivelamento de uma área do terreno somente demarcada por piquetes ou
gabarito de obra.

FIGURA 23 – NIVELAMENTO COM MANGUEIRA

FONTE: <https://construfacilrj.com.br/profissao-pedreiro-nocoes-basicas/>. Acesso em: 25 nov. 2019.

O nivelamento com mangueira é a técnica mais barata para nivelar obras em


pequenas áreas, sendo uma forma precisa e adaptável a qualquer terreno. É
até mais empregada do que o nivelamento geométrico pela sua facilidade e
precisão que não dependem de mão de obra especializada.

Unidade 1
- Tópico 1
- 2.8.5 Nivelamento com nível a laser
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Assim como existe levantamento topográfico para áreas externas de edificações,


menu também existe esse tipo de trabalho para áreas internas às construções. Isso pode settings
ocorrer para a identificação de recalques de edificações (no caso de identificação
de diferenças de cotas) ou também para mapeamentos de detalhes em áreas
internas.

Através de uma estação total é possível desenhar o modelo tridimensional de toda


área interna de uma edificação, mas o uso desse equipamento para a finalidade de
identificação de recalques torna-se improdutivo pelo fato dos dados necessitarem
ser processados para a exibição dos valores, portanto, atualmente adota-se o nível
a laser para fazer essa tarefa. Esse equipamento torna-se ideal para áreas internas
porque seu uso em alta iluminação torna-se inviável, pois o operador não
consegue observar a luz emitida pelo equipamento.

Com o nível a laser o operador segue a mesma metodologia de um nível


geométrico, sendo necessário saber a altura na qual o equipamento está sendo
instalado do chão para que possa ser comparado com o ponto desejado no local. A
figura a seguir demonstra um exemplo de nível a laser linear GLL 2 da marca
Bosch.

FIGURA 24 – NÍVEL A LASER

FONTE: <https://www.aecweb.com.br/prod/e/nivel-a-laser-linear-gll-2_9935_14320#gallery-2>. Acesso


em: 25 nov. 2019.

Unidade 1
- Tópico 1

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Como pode ser percebido, além de ser possível a identificação de recalques em


menu áreas internas também é possível a verificação do prumo devido à projeção settings
também de um alinhamento vertical, sendo uma ótima ferramenta para
conferência de obras.

O nível a laser é uma ótima ferramenta para conferência de cotas e prumos


e, dependendo da iluminação do dia, pode até ser empregado em áreas
externas. O equipamento é leve e gera melhores resultados que diversas
estações totais devido à facilidade de manuseio.

- 2.8.6 Bússola

A bússola deixou de ser um equipamento imprescindível para a execução de um


levantamento topográfico. A precisão fornecida por uma bússola é baixa, sendo
possível distinguir pelo operador somente os graus e praticamente nada dos
minutos e segundos. Além disso, ela é referenciada somente a partir do norte
magnético que é variável através dos anos, portanto, muito inconstante.

Apesar de ser um equipamento pouco usado para o desenvolvimento de mapas


topográficos atualmente, ela é uma boa opção para orientação em vegetação onde
não existe intervisibilidade entre pontos lá locados. Um exemplo é encontrar
vértices já materializados em vegetação de mata atlântica utilizando azimutes
presentes em planta e direcionando a bússola para o ponto. Na sequência é
demonstrada uma bússola geológica empregada também em serviços
topográficos.

FIGURA 25 – BÚSSOLA GEOLÓGICA EMPREGADA EM SERVIÇOS TOPOGRÁFICOS

Unidade 1
- Tópico 1

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menu settings

FONTE: O autor

A bússola é um equipamento pouco utilizado atualmente, entretanto,


através dela é possível obter direcionamentos de azimutes para alcançar
locais previamente locados, Unidade
mas sem1
- Tópico 1
intervisibilidade para a estação total.

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- 2.9 PLANILHAS DE CHECKLIST

Não menos importante está a organização do serviço a ser executado. Nesse item
de checklist são apresentadas duas propostas de listagem de equipamentos e
atividades a serem executados em campo. A razão da existência desses checklists,
além do próprio gerenciamento, é a quantidade de tarefas e itens a serem
considerados no trabalho, fazendo com que o técnico acabe esquecendo de ações
importantes para o serviço.

Checklist de equipamentos

QUADRO 1 – CHECKLIST DE EQUIPAMENTOS

FONTE: O autor

Checklist de procedimentos

QUADRO 2 – CHECKLIST DE PROCEDIMENTOS

Unidade 1
- Tópico 1

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FONTE: O autor

Os quadros de checklists apresentados são aplicáveis a levantamentos com


equipamentos GPS, mas estas podem ser alteradas para levantamentos a serem
feitos com estação total ou até mesmo outros tipos. Esses checklists são muito
importantes para serviços de longa duração nos quais o desgaste do operador e
auxiliares é muito grande, fazendo com que passem despercebidas algumas
etapas relevantes para conferência de qualidade.

A consulta às planilhas de checklist antes e durante o serviço topográfico são


cruciais para a qualidade do resultado. Existem muitas equipamentos,
acessórios e etapas de um levantamento topográfico, portanto, depender
somente da mente num ambiente quente e hostil pode ser um “tiro no pé”.

- 3 APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE LEVANTAMENTO – ESTAÇÃO


TOTAL

A estação total é o equipamento mais empregado na topografia quando o assunto


é obra civil. Através da estação total é possível realizar mapeamentos
planimétricos, planialtimétricos, locação de obras e cálculos de volume. O
georreferenciamento, apesar de muito importante para a organização urbana e
rural, não se faz necessário para controle de obras e locação de estacas, por isso
para o uso da estação total o operador deve entender de geometria e também
possuir organização nas atividades do trabalho, também sendo um bom
arquivador de dados nos quais serão obtidas as informações do serviço a ser
Unidade 1
- Tópico 1
executado.
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- 3.1 POLIGONAL FECHADA E DELIMITAÇÃO DE ÁREAS URBANAS


menu settings
A poligonal fechada é uma das maneiras de ter controle dos erros, mas sem ter
coordenadas conhecidas previamente ao levantamento de campo. Para isso o
equipamento deve fazer leituras finais nos mesmos pontos de início do
levantamento que, na teoria, deveriam ser iguais, mas na prática raramente
acontecem.

           

Afinal, por que isso nunca acontece na prática? Isso ocorre devido a erros
implícitos ao trabalho de campo, como erros do manuseio do equipamento pelo
operador ou pela refração atmosférica. Todos os erros, grosseiros, sistemáticos ou
acidentais são contabilizados nas coordenadas finais do levantamento de uma
poligonal fechada.

O emprego dessa técnica muitas vezes é necessário para mapeamentos de lotes


urbanos. A seguir são apresentadas algumas características do uso desse método
nessas situações:

           

Não ter a necessidade de uma coordenada georreferenciada para cálculo de


erro.

Existem prefeituras que ainda aceitam levantamentos sem


georreferenciamento, portanto, torna-se um serviço mais barato para
execução porque não tem a necessidade de um GPS geodésico.

A falta de espaço para manusear o equipamento é um problema em lotes


urbanos, sendo necessário mover a estação total para fazer vários pontos de
base.

Quanto mais alterações de pontos de base, maior a precisão do operador no


momento da instalação do tripé e leitura do prisma.

Lotes urbanos costumam possuir pequenas áreas, portanto, a largura de


muro pode influenciar bastante o resultado final. Converse com o cliente
antes de realizar o serviço para identificar se o mapeamento deve ser feito
por fora do muro ou por dentro. Existem casos em que o muro é feito em
parceria com o vizinho, sendo necessário captar os pontos de vértices sobre
as quinas.

- 3.2 POLIGONAÇÃO PARA DETERMINAÇÃO DE PERFIL LONGITUDINAL


RODOVIÁRIO
Unidade 1
- Tópico 1

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O perfil longitudinal é representado através de um plano cartesiano em que o eixo


menu Y (ordenada) apresenta os valores de cota e o eixo X (abcissa) apresenta os valores settings
de distância a partir da origem. É a partir desse perfil longitudinal que são traçados
os eixos rodoviários e também cálculos de volume para terraplanagem.

           

É incomum empregar a poligonal fechada para fazer mapeamentos rodoviários e


mapeamentos de grandes obras, portanto, para esses tipos de serviços são
empregadas:

Poligonais enquadradas: o uso desse tipo de poligonal para mapeamentos


rodoviários resulta em maior produtividade porque o técnico e o
equipamento não precisam voltar ao ponto inicial para calcular o erro
relativo do levantamento. Além disso, são necessários dois pontos de
coordenadas conhecidas no início e fim do levantamento, para que através
destes seja possível a identificação dos erros lineares e angulares.

Poligonais abertas: o emprego dessas poligonais para mapeamentos de


longas distâncias não gera cálculos de erro, entretanto, dependendo do
operador da estação total é possível realizar o trabalho. A acurácia e
experiência do operador pode resultar nos mesmos erros existentes numa
poligonal enquadrada, entretanto, esse valor não é passível de cálculo e
apresentação, não resultando em garantias qualitativas para o produto.

O gráfico a seguir demonstra como é um perfil longitudinal de uma distância de


105 m.

GRÁFICO 1 – PERFIL LONGITUDINAL

Unidade 1
- Tópico 1

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FONTE: O autor

- 3.3 ESTAÇÃO LIVRE E CAPTAÇÃO DE DADOS PARA INTERPOLAÇÃO

O método da estação livre é o mais fácil para ser executado em campo. Através
deste o operador só precisa instalar o equipamento, fornecer o ângulo de ré e
iniciar o serviço captando pontos de irradiação para vértices ou elementos que
deseja identificar em planta. Os itens a seguir são os passos para realizar essa
atividade:

1) Demarcar ponto no solo no qual a estação total será sobreposta. Essa


demarcação pode ser com chapas metálicas, tinta ou cola colorida.

2) Instalar o tripé preferencialmente com os pés equidistantes.

3) Colocar a estação total sobre a mesa do tripé.

4) Nivelar o equipamento através da bolha circular e a linear.

5) Verificar no prumo ótico ou laser se o ponto em solo coincide com o centro da


estação total.

6) Caso o equipamento não fique centralizado com a demarcação em solo, solte o


parafuso do tripé (abaixo da mesa) e mova o equipamento todo até o local da
marcação em solo, controlando através do prumo.
Unidade 1
- Tópico 1

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a. Caso não seja possível mover a estação até o centro da marcação em solo
menu mesmo desrosqueando o parafuso da mesa, refaça as etapas anteriores de settings
instalação do tripé para que ele esteja mais centralizado em relação ao
demarcado.

7) Com o equipamento centralizado e no prumo, ligue-o e configure a obra.


Configurar obra significa inserir os dados iniciais para que o equipamento fique
orientado no plano cartesiano.

8) Insira as coordenadas de estação. No caso de as coordenadas serem arbitrárias,


coloque valores altos para que não seja necessário trabalhar em escritório com
valores negativos. Caso as coordenadas já sejam conhecidas e georreferenciadas,
insira-as no mesmo local.

9) Insira as coordenadas de ré. Caso sejam conhecidas ou georreferenciadas,


insira-as.

As etapas para a instalação do equipamento são um padrão para quase todos os


métodos de poligonação. A estação livre é a mais simples e produtiva e, dessa
forma, emprega-se mais tempo para a captação de dados de campo, adensando a
malha triangular para geração de curvas de nível. Esse adensamento confere
maior precisão no cálculo de volume e também na representação da drenagem,
como demonstrado na seguinte figura:

FIGURA 26 – CURVAS DE NÍVEL EM TRÊS DIMENSÕES

FONTE: O autor

- 3.4 DICAS DE LEVANTAMENTO COM ESTAÇÃO TOTAL


Unidade 1
- Tópico 1

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Após certa prática de trabalho, os profissionais geram um conhecimento


menu extracurricular para os serviços de campo e escritório. Através desses settings
conhecimentos os trabalhos são agilizados e eficientes, mas nem todos os
conhecimentos práticos são repassados em aulas de graduação, por isso os
subtópicos a seguir elencam algumas dicas para os levantamentos a serem feitos
profissionalmente.

- 3.4.1 Inserindo coordenadas de ré

Em todas as estações totais é necessária a inserção de coordenadas de estação,


mas a coordenada de ré é algo que algumas conseguem inserir automaticamente
(após indicar que será empregado um método com coordenadas arbitrárias) e
outras precisam que essas coordenadas sejam indicadas manualmente (a maioria
das estações totais são assim).

           

Para aquelas que precisam ser orientadas manualmente pelas coordenadas da ré,
existe uma forma simplificada de fazer isso para não perder muito tempo em
campo raciocinando sobre o plano cartesiano. Siga as seguintes etapas:

1) Forneça as coordenadas X: 1000 e Y: 1000 para o ponto de estação (ou base).

2) Após configurar esse ponto de estação, faça a leitura instantânea ao ponto de


ré, para identificar a distância entre ele e o local do equipamento.

3) Acrescente essa distância para as coordenadas X ou Y.

A adição dessa distância para as coordenadas X ou Y representará que o


alinhamento inicial (entre a estação e a ré) estará alinhado com a horizontal ou
vertical, sendo necessário em escritório posteriormente rotacionar se assim for
desejado.

- 3.4.2 Centragem do tripé

O tripé é um dos itens de maior dificuldade inicialmente para uso por alunos de
graduação. Isso acontece justamente pela dificuldade de centragem dele no ponto
indicado em solo, mas existe algo que pode ajudar nessa atividade. Para conseguir
ter uma referência no momento de posicionar o tripé no solo, realize as seguintes
etapas em campo:

1) Com o tripé fechado, abra-o sobre o ponto cravado ou demarcado em solo.

2) Posicione o parafuso de fixação do equipamento, presente na mesa do tripé, na


área central.
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3) Coloque a cabeça o mais perpendicular possível sobre a mesa e mire, de forma


menu grosseira, para o ponto demarcado em solo. settings
4) Rotacione o tripé de forma que dois pés toquem o solo quase simultaneamente.

5) Após posicionar dois pés no solo, baixe o terceiro, afrouxando a borboleta.

6) Crave bem os pés no solo e coloque o equipamento sobre a mesa.

7) Com o prumo, faça a centragem.

Através dessas dicas a possibilidade de não precisar refazer essas etapas de


instalação do tripé são muito maiores que a olho nu, evitando retrabalhos.

- 3.4.3 Estabilização do tripé e altura da base

Quando realizada a instalação do tripé para a estação total, duas coisas são
esquecidas: a altura do equipamento em relação ao operador e a estabilização do
tripé. É possível que estes dois não pareçam ser importantes, mas são
responsáveis por qualidade e agilidade no trabalho por fornecer maior conforto
para o operador digitar e ler rapidamente as informações.

No momento da instalação do tripé já foi citado que é desejável que as pernas


formem um triângulo equilátero, entretanto, para maior estabilidade é necessário
abrir mais as pernas. Essa estabilização é necessária para que o operador consiga
teclar facilmente o painel alfanumérico e o equipamento não saia do prumo.

Para a altura do equipamento deve-se colocar a mesa na altura dos ombros para
que depois da instalação do equipamento a luneta fique na altura dos olhos. Isso
deve ocorrer para que o operador não precise ficar na ponta dos pés ou abaixado
para realizar leituras de pontos. Isso conferirá maior produtividade em campo e
evitará dores indesejadas nas costas.

- 4 APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE LEVANTAMENTO – GPS

Os métodos de levantamento de GPS já foram demonstrados no livro


Fundamentos de Topografia. Os métodos mais empregados são:

Método estático: com esse método o equipamento pode ser de frequência L1


ou dupla frequência (L1 e L2 simultâneos), mas de qualquer forma, o
equipamento mantém-se estático durante um período para a aquisição de
precisão através da captação de dados de satélites. 

O quadro a seguir demonstra a precisão esperada através desse método de


levantamento.
Unidade 1
- Tópico 1

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QUADRO 3 – PRECISÃO ESPERADA PARA LEVANTAMENTO COM O MÉTODO


menu ESTÁTICO settings

FONTE: IBGE (2017, p. 16)

Nesse levantamento a produtividade é baixa quando comparada a outros


métodos, entretanto, ainda é bem utilizado devido ao preço do equipamento e à
finalidade dos serviços. Quando é mais adequado o mapeamento com estação
total devido à dificuldade de captação de sinais de satélite ou acesso às áreas, o
método estático é empregado para georreferenciamento de coordenadas de início
e fim de poligonal.

Estático rápido: através desse método é uma variação do estático. Com ele a
leitura é mais rápida do que a empregada no método citado anteriormente,
entretanto, a precisão alcançada não é tão alta. É um método
suficientemente empregado em mapeamentos cadastrais que não
requisitam acurácia, se preocupando mais com a produtividade.

Stop and Go: nesse método são necessários dois equipamentos GPS para
que um sirva como controle horizontal e vertical para o que estará
mapeamento de maneira dinâmica o terreno. Esse método, de acordo com o
INCRA (2013), é uma forma intermediária entre o estático rápido e o método
cinemático, sendo muitas vezes confundido com este último citado.

Real Time Kinematic (RTK): o método RTK é o mais preciso e rápido


atualmente. O significado de cinemático em tempo real traduz sua atividade
em campo porque no mesmo tempo em que o levantamento é realizado a
sua precisão já pode ser adquirida através da controladora.

Os métodos mais empregados são estes citados e são variações do método


estático e cinemático, portanto, agora serão abordados itens para realização de
atividades em campo.

- 4.1 CAPTAÇÃO DE DADOS COM GPS PÓSPROCESSADO

Para os serviços, atualmente, que requisitam produtividade, especialmente em


serviços de engenharia civil é comum esse equipamento ser empregado somente
para captação de início e fim de poligonal, como já citado anteriormente. A seguir
Unidade 1
- Tópico 1

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são demonstrados quais são os botões que precisarão ser empregados no uso do
menu equipamento em campo. settings

FIGURA 27 – FUNÇÕES DE BOTÕES DO GPS DA MARCA TOPCON PARA


LEVANTAMENTO DE CAMPO

FONTE: O autor
Unidade 1
- Tópico 1

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A Figura 27 é referente ao equipamento da marca Topcon, entretanto, as funções


menu dos botões podem ser encontradas em outras marcas com disposição diferente. settings
Para esse equipamento, os botões destacados através de números na imagem
realizam as seguintes funções:

1. Rosca da antena: não ligue o equipamento sem a antena conectada. Isso


pode gerar problemas internamente ao equipamento, queimando sua placa
central de funcionamento. É através dessa antena que serão captados os
sinais de satélite, portanto, não é possível realizar o levantamento caso essa
peça seja perdida ou danificada.

2. Stat: é a luz que sinaliza o status da recepção de dados de satélites. É comum


que essa luz pisque com vermelho e verde, representando em vermelho a
captação de satélites GPS e verde os satélites GLONASS ou vice-versa.

3. Power: é o botão que liga o equipamento. Mantenha-o segurado por


aproximadamente três segundos e ele será iniciado.

4. Função: esse é o botão que o operador deverá apertar para gravar os dados
recebidos dos satélites quando usado o GPS pós-processado.

5. Recording: essa luz deverá estar acesa e piscando regularmente, indicando


que a gravação de dados está ocorrendo. Caso ela não esteja acontecendo, a
luz será apagada.

6. Reset: o botão reseta o equipamento.

7. Bateria: status da bateria. Caso a luz pisque rapidamente em vermelho é o


indicativo que está com seu nível baixo. Caso a bateria acabe, os dados ainda
são memorizados.

Para que o levantamento seja realizado é necessário que o equipamento seja


somente montado sobre o ponto desejado demarcado em solo, iniciado e clicado
no botão de Recording para que inicie a leitura dos dados. Esses dados, por sua
vez, devem ser processados para que seja adquirido o posicionamento do ponto
com precisão. Esse processamento foi simplificado devido à opção do uso do
Posicionamento por Ponto Preciso do IBGE que, de acordo com a definição deste,
é o seguinte:

O IBGE-PPP (Posicionamento por Ponto Preciso) é um serviço online gratuito para o


pós-processamento de dados GNSS (Global Navigation Satellite System), que faz uso do
programa CSRS-PPP (GPS Precise Point Positioning) desenvolvido pelo NRCan (Geodetic
Survey Division of Natural Resources of Canada). Ele permite aos usuários com
receptores GPS e/ou GLONASS, obterem coordenadas referenciadas ao SIRGAS2000
(Sistema de Referência Geocêntrico para as Américas) e ao ITRF (International
Unidade
Terrestrial Reference Frame) através de 1
-
um Tópico 1
processamento preciso. O IBGE-PPP

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processa dados GNSS (GPS e GLONASS) que foram coletados por receptores de uma ou
menu duas frequências no modo estático ou cinemático. settings
Os resultados são fornecidos através de relatórios os quais são aceitos pelo INCRA em
processos para a certificação de imóveis rurais. Esta orientação encontra-se no manual
técnico de posicionamento para o georreferenciamento de imóveis rurais – ano 2013
(aplicação da lei 102267 – 28/08/2001).

É necessário apenas que o usuário informe o arquivo de observação no formato RINEX


ou HATANAKA, se o levantamento foi realizado no modo estático ou cinemático, o
modelo e a altura da antena utilizada, e um e-mail válido. Ao final do processamento
será disponibilizado um link para obtenção dos arquivos com os resultados (IBGE,
2019, p. 3).

FIGURA 28 – DEMONSTRAÇÃO DE FLUXO DE AQUISIÇÃO E PROCESSAMENTO


DE DADOS PELO PPP DO IBGE

FONTE: <https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-sobre-posicionamento-geodesico/servicos-
para-posicionamento-geodesico/16334-servico-online-para-pos-processamento-de-dados-gnss-ibge-
ppp.html?=&t=o-que-e>. Acesso em: 25 nov. 2019.

Através desse serviço, como especificado no site, é necessário subir dados em


formato compatível para que o processamento seja efetuado. O formato RINEX é
composto de três arquivos, mas somente o que possui a extensão “.o” é o que
deve ser enviado para processamento no site. A figura a seguir demonstra quais
são os botões a serem empregados na atividade de processamento de dados de
ponto estático para topografia com o sistema do IBGE.

FIGURA 29 – SITE DE PÓS-PROCESSAMENTO DE DADOS GPS DO IBGE


Unidade 1
- Tópico 1

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menu settings

FONTE: <https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-sobre-posicionamento-geodesico/servicos-
para-posicionamento-geodesico/16334-servico-online-para-pos-processamento-de-dados-gnss-ibge-
ppp.html?=&t=pr>. Acesso em: 8 set. 2019.

Nesta figura está a aparência do site no ano de 2019, mas esta já passou por
algumas atualizações desde que foi lançada, portanto, é possível que quando o
aluno realize o acesso, essa configuração esteja alterada. Os números ressaltados
na imagem representam botões que têm funções dentro da interface de usuário.
São eles:

1. Escolher arquivo: clique nesse botão para subir os arquivos. O arquivo RINEX
é composto de vários arquivos, mas o único que será solicitado nesse
momento pelo site é o que possui a extensão “.o”.
Unidade 1
- Tópico 1

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2. Altura do equipamento: caso esteja realizando um levantamento


menu planialtimétrico, certifique-se de que esse campo esteja preenchido. Caso settings
seja preenchido, clique no botão presente abaixo dessa opção (em que está
descrito “A altura da antena somente será alterada se esta caixa estiver
marcada”). Caso o levantamento seja somente planimétrico, não é necessário
o preenchimento desse campo.

3. E-mail: esse campo é requisitado pelo órgão. Sem este não é possível realizar
o processamento dos dados. Insira um e-mail válido nele.

4. Processar: clique nesse botão para processar os dados.

           

Após processar esses dados será possível realizar o download dos arquivos em
extensão .zip. Esse arquivo compactado possuirá quatro arquivos nas seguintes
extensões e com as seguintes descrições, segundo o IBGE (2019):

.sum: é um arquivo detalhado do processamento do dado. Pode ser realizada


sua leitura com o próprio bloco de notas do Windows.

.pos: parâmetros estimados para cada época observada.

.pdf: relatório resumido do processamento.

.kml: arquivo empregado no Google Earth.

   

O arquivo em formato KML demonstra sobre as imagens de satélite do Google


Earth o posicionamento do ponto, entretanto, lembre-se de que as imagens
existentes nesse software não têm nenhum compromisso com a precisão
topográfica, sendo possível acessar as séries históricas das imagens da região que
se deslocam de acordo com o tempo.

           

É no arquivo .pdf que o usuário encontrará as coordenadas precisar pós-


processamento. Essas coordenadas deverão ser utilizadas no software de
automação topográfica para georreferenciamento do restante dos pontos
irradiados coletados em campo, dessa forma, sendo também possível identificar o
erro da poligonal.

Unidade 1
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menu settings
RESUMO DO TÓPICO

Neste tópico, você aprendeu que:

Existe uma forma mais adequada de realizar o ajuste de altura do tripé para
o nivelamento da bolha. Esta emprega uma empunhadura da mão de forma
que o dedão seja uma trava para o ajuste fino com a borboleta dos pés.

É possível verificar se o conjunto bastão e prisma estão no prumo através da


luneta do equipamento.

A inserção de coordenadas de ré num levantamento com coordenadas


arbitrárias pode ser facilitada desde que você mantenha o alinhamento entre
a base e ré no eixo X ou Y.

A constante do prisma deve ser verificada antes de ser iniciado o


levantamento. Caso contrário será gerado um erro sistemático em todo o
serviço.

Para garantir uma acurácia maior no levantamento de cada ponto,


independentemente de ser com GPS ou estação total é indicado o uso de um
bipé para manter estático o bastão.

AUTOATIVIDADES

UNIDADE 1 - TÓPICO 1

1 Os dados captados pelo levantamento topográfico podem ser divididos em


planimétricos e altimétricos. A união desses dados resulta em informações
planialtimétricas. Acerca desse assunto, assinale a alternativa CORRETA:

Os dados planimétricos são informações descritivas das áreas


A)  levantadas, portanto são informações textuais que servem para
complementar o levantamento topográfico.
Unidade 1
- Tópico 1

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menu Os dados altimétricos não possuem serventia quando o trabalho é settings


B) 
destinado ao cálculo de desníveis.

O levantamento planialtimétrico fornece informações das


C)  coordenadas X, Y e Z (ou N, E e Z), necessárias para uma
representação completa dos pontos levantados em campo.

Através dos dados planimétricos é possível calcular a altura dos


D) 
elementos mapeados.

Um material adequado para levantamento de dados


E)  planialtimétricos de precisão, na topografia, é a trena metálica, pois
ela não sofre com a dilatação térmica quando em campo.

Responder

2 Os equipamentos topográficos variam de qualidade assim como diversos outros


na área da engenharia e arquitetura. A má qualidade desses equipamentos pode
se referir ao material que é produzido, assim como também a dificuldade de
manipulação para uso em campo. Acerca da qualidade dos equipamentos
topográficos, assinale a alternativa CORRETA:

Um equipamento de baixa qualidade resulta em trabalhos com alto


A) 
nível de confiabilidade, dependendo do operador do equipamento.

As precisões nominais dos equipamentos topográficos são descritas


B)  pelos fabricantes, entretanto, com ferramentas computacionais essa
precisão pode melhorar.

O prumo pode variar em óptico e laser, entretanto, essa distinção


Unidade
C)  não indica que a precisão do1
- Tópico 1 pode ser melhor ou pior
equipamento
somente pela alteração desse componente
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somente pela alteração desse componente.

menu settings
Num conjunto de equipamentos básicos para o serviço topográfico
com estação total está o prisma. Esse prisma pode estar rachado ou
D) 
com fitas plásticas realizando sua sustentação, pois isso não altera
sua precisão nem sua constante.

O tripé é um elemento necessário para diversos tipos de


E)  levantamentos topográficos, entretanto, ele pode ser substituído por
um bipé, que é mais leve e simples na instalação.

Responder

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Prof. Vitor Motoaki Yabiku

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