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Euclidiana
Prof. Me. Arthur Ernandes Torres da Silva
2022 by Editora Edufatecie
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UNIDADE I....................................................................................................... 3
Pontos e Retas
UNIDADE II.................................................................................................... 22
Polígonos
UNIDADE III................................................................................................... 48
A Geometria Dos Triângulos
UNIDADE IV................................................................................................... 68
O Teorema de Pitágoras
UNIDADE I
Pontos e Retas
Professor Me. Arthur Ernandes Torres da Silva
Plano de Estudo:
● Introdução a Geometria Euclidiana;
● Classificação de Ângulos;
● Medidas de Ângulos;
● Axiomas de Incidência.
Objetivos da Aprendizagem:
● Introduzir do ponto de vista histórico e matemático
os princípios da Geometria Euclidiana;
● Estudar os principais axiomas da Geometria Euclidiana;
● Compreender os axiomas de incidência e ordem.
3
INTRODUÇÃO
Nesta primeira unidade vamos introduzir alguns dos principais axiomas propostos
por Euclides de Alexandria e como seu trabalho organizou inúmeras ideias para que a
matemática tivesse um salto gigante em sua compreensão.
Além disso, alguns conceitos de objetos matemáticos, como o de ponto, reta e
planos também serão abordados nessa unidade.
Bons estudos!
Além disso, Euclides também lança cinco noções comuns, são elas:
a) Coisas iguais a uma mesma coisa são também iguais.
b) Se iguais são adicionados a iguais, os totais obtidos são iguais
c) Se iguais são subtraídos de iguais, os totais obtidos são iguais
d) Coisas que coincidem uma com a outra são iguais
e) O todo é maior do que qualquer uma de suas partes
Definição 3: A região do plano formada por quaisquer duas semi retas de mesma
origem, é denominada ângulo plano, conforme ilustra a figura abaixo:
IV) Se uma reta, ao cortar outras duas, forma ângulos internos, no mesmo lado, cuja
soma é menor do que dois ângulos retos, então estas duas retas encontrar-se-ão
no lado onde estão os ângulos cuja soma é menor do que dois ângulos retos.
Como ilustra a figura, quando duas retas se cruzam em um mesmo ponto, dois
pares de ângulos são formados: α e β. São ângulos opostos de mesma medida. Vamos
entender isso na prática com um exemplo:
Ex. 01
Calcule o valor de x na situação abaixo:
Resolução:
Como são ângulos opostos, então são iguais.
Vamos estudar outro caso agora, o da reta bissetriz. A reta bissetriz é uma semirreta
que divide o ângulo em duas partes iguais.
Ex. 02
Calcule o valor do ângulo total que foi dividido pela reta bissetriz da figura abaixo.
Resolução:
Como são ângulos iguais, então comparamos os valores:
Agora, escolhemos um dos lados, por exemplo: 10x - 30° = 10.(10°) - 30° = 100°-
30° = 70°. Portanto, o ângulo total é 140°.
Veja que, 1 minuto é igual a 60 segundos. Portanto 1’ = 60’’ e 1° = 60’, vamos fazer
alguns exemplos.
Ex. 03
Resolva a expressão 16° 38’ 50’’ + 20 + 20° 40’ 20’’
Resolução:
Somando as duas expressões
Começamos somando pelos segundos. Veja que 50’’ + 20’’ = 70’’, ou se escrevermos
em termos de minutos 70’’ = 1’10’’. Então:
→36°79’10’’
Mas, além disso, podemos transformar 79’ em graus: 79’ = 1°19’. Portanto:
16°38’ 50’’ + 20 + 20°40’ 20’’ = 37°19’10’’
Ex. 04
Faça a operação
2.(10°45’35’’)
Resolução:
Para fazer a multiplicação de uma constante nessas coordenadas, basta realizar a
distributiva:
2.(10°45’ 35’’ ) = 20°90’70’’
Contudo, ainda podemos simplificar a expressão. Primeiro fazendo 75’’ = 1’10’’, então
20°90’ 70^’’ → 20°91’10’’. Além disso, fazendo 91’ = 1°31’, temos: 20°91’ 10^’’ → 21°31’10’’.
Portanto:
2.(10°45’ 35’’ ) = 21°31’10’’
Ex. 05
Realize a operação de subtração
71°20’ - 20°25’
Entretanto, não existe uma medida negativa de minutos. Então essa análise está
errada! Como fazemos ela corretamente? Muito simples, basta transferir uma unidade de
grau para os minutos, assim este fica positivo e não resultará em um valor inconsistente. Veja:
Uma vez que 1°=60’. Agora sim é possível fazer 80’ - 25’ = 55’. Ficando da seguinte
forma o resultado:
71°20’ - 20°25’ = 50° - 55’
Ex. 06
Faça a divisão dos seguintes valores de ângulos
(31°33’45’’) ÷ 3
Resolução:
Note que 45’’ e 33’ são divisíveis por 3, mas 31° não fornece um número inteiro.
Dessa forma reduzimos 1° para minutos:
31°33’ 45’’ = 30°93’ 45’’
Agora sim, os três componentes podem ser divididos por 3:
3.2 Radianos
Outra forma de expressar os ângulos é pela medida de radianos. Observando o
círculo trigonométrico, temos as seguintes equivalências:
Ex. 07
Converta 135° em radianos.
Resolução:
Para encontrar esse valor, basta fazer uma regra de três simples:
Assim:
Ex. 08
Calcule em graus o valor de 1,5 π rad.
Resolução:
Fazendo a mesma regra de três
Multiplicando cruzado:
O modelo de um ponto pode ser adotado como sendo uma partícula no plano.
Bem como no ponto de vista concreto temos muita familiaridade com pontos, uma vez que
eles podem ser produzidos sobre uma folha de papel com o auxílio da ponta de um lápis
ou caneta. Em física é usado o conceito de ponto material para definirmos um objeto de
estudo em que não consideramos suas dimensões, como por exemplo uma formiga em
um campo de futebol. Por outro lado, quando consideramos uma formiga passando por um
túnel de formigueiro, ela é batizada de corpo extenso, pois nesse caso serão consideradas
as dimensões do inseto.
Os axiomas de incidência são elaborados via o conceito de retas e pontos (PINHO;
BATISTA; CARVALHO, 2010).
I) Dados dois pontos distintos, existe uma única reta que os contém.
II) Em toda reta existem pelo menos dois pontos distintos.
III) Existem três pontos distintos com a propriedade que nenhuma reta passa pelos
três pontos.
Veja que com esses três axiomas podemos tirar algumas informações, como por
exemplo: Toda reta ou segmento de reta é formado por pelo menos dois pontos. Assim,
como existem infinitos pontos, não existe uma reta que contém todos os pontos. Dessa
forma, existem dois conjuntos de pontos, os que contém na reta em questão e os que
estão fora da reta (PINHEIRO, 2013).
SAIBA MAIS
REFLITA
Pronto!
Você chegou ao final da Unidade I do nosso material. Passou por uma sequência
didática que te proporcionou uma base sólida de tópicos da Geometria Euclidiana. A busca
por uma junção de toda matemática levou a Euclides de Alexandria produzir 13 grandes
obras longas e ricas em formalismo matemático.
Você viu os 5 axiomas propostos por Euclides para definir conceitos como ponto,
segmento de reta e reta, bem como os axiomas de incidência e os de ordens, que tem
um papel importante para complementar alguns dos axiomas de Euclides. Ademais, foram
estudadas também algumas representações de medidas de ângulos e como classifica-los.
Esperamos que você tenha aproveitado ao máximo esse momento de estudo.
Até a próxima!
LIVRO
Título: Os Elementos de Euclides
Autor: David Berlinski.
Editora: Zahar.
Sinopse: Por mais de 2 mil anos, toda a geometria esteve
diretamente associada ao mais antigo e completo tratado
matemático: Elementos, obra máxima de Euclides de Alexandria
que descreve um sistema axiomático lógico de proposições sobre
linhas, círculos, polígonos e até mesmo números proporções e
magnitudes. O trabalho intrigou homens e mulheres por séculos,
e é até hoje ensinado em salas de aula no mundo todo. Nesse
livro o professor e escritor internacionalmente respeitado David
Berlinski lança luz sobre vários aspectos da geometria euclidiana,
explorando o universo de axiomas, teoremas e demonstrações
sistematizado pelo geômetra grego
FILME/ VÍDEO
Título: Euclides como o pai da geometria
Ano: 2013.
Sinopse: Vídeo sobre o grande Sábio e Geômetra Euclides de
Alexandria, considerado o pai da geometria, e sobre o livro mais
influente da história da geometria: Os Elementos de Euclides.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=usHh89ld0cU
Plano de Estudo:
● Polígonos;
● Ângulos Internos e Externos de um Polígono;
● Quadriláteros I: Paralelogramo e Retângulo;
● Quadriláteros II: Losango e Quadrado.
Objetivos da Aprendizagem:
● Revisar o cálculo de áreas das figuras matemáticas mais importantes;
● Estudar as classificações e propriedades dos polígonos;
● Rever e aprofundar as características de alguns quadriláteros.
22
INTRODUÇÃO
Nesta segunda unidade, vamos começar os estudos revendo o cálculo de área das
figuras mais corriqueiras na matemática, que possuem grande aplicabilidade, principalmente
quando se diz respeito a determinar a área de um gráfico. Posteriormente, vamos aprender
a classificar os polígonos, bem como entender suas principais propriedades.
Na sequência, vamos abordar alguns quadriláteros específicos: o paralelogramo,
o retângulo, losango e quadrado. Embora muitos conceitos iniciais dessa unidade são
básicos para você, acadêmico do curso de Licenciatura em Matemática, existem vários
detalhes que diferem cada polígono.
Esperamos que esta unidade seja imensamente proveitosa e seja de bom uso na
sua formação acadêmica.
Bons estudos!
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 23
1. POLÍGONOS
Veja que tanto como na primeira como na segunda figura temos um polígono de
cinco lados, ou seja, um pentágono. Além disso é intuitivo que você pensa que o polígono
convexo é aquele em que o formato da figura geométrica é para “dentro de si” e o côncavo
tem uma forma como se estivesse expandido. Porém, para nossa sorte, a matemática
não é assim. Então como diferenciar um polígono convexo de um côncavo? A resposta é
simples, trace uma reta imaginária pelo polígono, se em alguma parte do polígono a reta
interceptar em mais de dois pontos, é dito que o mesmo é um Polígono Convexo.
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 24
FIGURA 2 – POLÍGONO CONVEXO
Note que se fosse uma reta subindo na diagonal sentido nordeste vindo de baixo da
base também passaria por mais de dois pontos. Ou seja, basta que isso seja provado uma vez
para que classifiquemos o polígono como convexo. Por outro lado, quando traçamos uma reta
imaginária e ela toca no máximo duas vezes a figura, então é dito que o mesmo é côncavo:
Em nossa disciplina vamos focar nossos estudos nos polígonos convexos. Portanto,
vamos agora as nomenclaturas dos polígonos:
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 25
Observe que um polígono de n lados possuirá n vértices também. Ou seja, o triângulo
tem três lados e três vértices (lembrando que vértices são as “quinas” da figura geométrica),
o pentágono, como os das figuras atrás, possui 5 lados e 5 vértices, assim por diante.
Outra propriedade importante dos polígonos é o número de diagonais. Podemos
entender que a diagonal de um polígono é o segmento cujas as extremidades são vértices
não consecutivos do polígono. Vamos entender esse conceito passo a passo. O pentágono
possui 5 vértices:
Unindo dois vértices consecutivos não é uma diagonal, mas apenas uma medida
de lado. Essa mesma linha de raciocínio vale para o ponto 2 sendo ligado ao ponto 4 e 5 e
assim por diante. Portanto, as diagonais de um pentágono são:
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 26
FIGURA 6 – TODAS AS DIAGONAIS DE UM PENTÁGONO
Ex. 01:
Determine o polígono no qual o número de diagonais é o triplo do número de lados.
Resolução:
Como o número de diagonais é 3 vezes maior que o número de lados:
d = 3.n
Aplicando na equação do número de diagonais:
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 27
Ex. 02:
Calcule o número de lados de um polígono convexo, sabendo que um de seus
vértices partem 10 diagonais.
Resolução:
Para esse problema não precisamos utilizar nenhuma fórmula, basta lembrar do
conceito de diagonais. Assumindo que a “diagonal de um polígono é o segmento cujas as
extremidades são vértices não consecutivos do polígono”. Então existem dois vértices no
qual o vértice que sai 10 diagonais não pode interagir, igual foi explicado na figura 16 e 17.
Além disso o próprio vértice em que sai 10 diagonais deve ser levado em conta. Logo, o
polígono possui 13 vértices, 13 lados.
UNIDADE II
I Polígonos
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2. ÂNGULOS INTERNOS E EXTERNOS DE UM POLÍGONO
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 29
Note, portanto, que os ângulos internos e o número de diagonais não dependem do
formato do polígono, apenas do número de lados, ou seja, não importa o formato do polígono.
Vamos analisar agora os ângulos externos. Não confunda achando que o ângulo
externo é o que “sobra” do ângulo interno, mas sim, é o ângulo formado entre o prolongamento
de um dos lados com o vértice adjunto, assim como está na figura e1 e2 e3 e4 e5:
Ex. 03
Qual é o polígono em que a soma das medidas dos ângulos internos é o triplo da
soma das medidas dos ângulos externos:
Resolução:
Como a soma dos ângulos internos é três vezes a soma dos ângulos externos:
Si = 3.Se
Fazendo a substituição de Si = 180° .( n - 2 ) e Se = 360°:
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 30
Ex. 04
Determine o polígono convexo no qual a soma dos ângulos internos é igual ao
número de diagonais multiplicado por 180°.
Resolução:
Lembrando que
Então:
Manipulando a equação:
Veja que chegamos em uma equação de segundo grau, no qual as duas soluções são:
Ex. 05:
Em um polígono, a soma dos ângulos internos e externos é de 1080°. Determine o
seu número de diagonais.
Resolução:
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 31
Agora que sabemos o número de lados, vamos calcular o número de diagonais:
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 32
2) Polígono Equiângulo
Como o próprio nome diz, mesmo ângulo interno, ou seja, os ângulos congruentes:
Veja que dessa vez os lados são diferentes, porém os ângulos internos são iguais.
3) Polígono Regular
Um polígono convexo é denominado de regular se possuir os lados iguais ou con-
gruentes (como por exemplo o triângulo equilátero) e todos os ângulos congruentes, ou
seja, equiângulo. Veja alguns exemplos:
Tanto o quadrado como o triângulo equilátero são aqueles que todos os lados do
polígono são todos iguais e os ângulos internos são iguais também. No caso do quadrado é
o ângulo reto (ou de noventa graus) e o triângulo equilátero, com cada ângulo interno igual
a sessenta graus.
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 33
3. QUADRILÁTEROS I: PARALELOGRAMO E RETÂNGULO
O primeiro quadrilátero que vamos estudar é o Paralelogramo. Uma vez que suas
propriedades estarão presentes nos outros quadriláteros também.
Em todo paralelogramo:
1) Os dois ângulos opostos são sempre congruentes.
Essa primeira propriedade pode ser representada da seguinte forma:
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 34
2) Os dois lados opostos são sempre paralelos e congruentes.
Veja que os dois lados sinalizados em laranja são iguais e paralelos, o mesmo para
os dois lados na diagonal.
Observe que as duas diagonais interceptam no ponto médio de cada uma delas.
Lembrando que dois ângulos são suplementares é o mesmo que dizer que a soma
deles é de 180°. Portanto:
α + β = 180°
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 35
Ex. 08
Admitindo que um dos ângulos internos do paralelogramo a baixo vale 40°, calcule
o valor dos outros ângulos internos.
Resolução:
Sendo assim, basta que você saiba apenas um ângulo do paralelogramo, para
então conseguir obter os outros três.
Ex. 09
Calcule os lados de um paralelogramo, sabendo que o seu perímetro mede 42cm e
que a soma dos lados menores representa da soma dos lados maiores.
Resolução:
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 36
O perímetro é a soma dos lados, ou seja:
2a + 2b = 42
Logo:
( a + b ).2 = 42
Depois de colocar o número 2 em evidência, passamos o mesmo para o lado direito
dividindo:
a + b = 21
Vamos agora para outras informações: como a soma dos lados menores representa
da soma dos lados maiores, temos que:
Simplificando o número 2:
3.1 Retângulo
O próximo quadrilátero é o retângulo.
FIGURA 21 – RETÂNGULO
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 37
1) As diagonais são congruentes, ou seja, iguais.
FIGURA 22 – RETÂNGULO
FIGURA 23 – RETÂNGULO
Como já foi visto nessa unidade, a área do retângulo é dada pelo produto da base
com a altura. Além disso, a diagonal de um retângulo é calculada da seguinte forma:
FIGURA 24 – RETÂNGULO
d2 = a2 +b2
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 38
Ex. 10
As dimensões de um terreno retangular são dada pela razão Se a área do terreno
é de 1000 m2, determine a sua diagonal, em metros:
Resolução:
Como há uma razão de proporção entre os lados do terreno, temos que a largura é
5K e o comprimento é 8K, esquematicamente temos:
FIGURA 25 – RETÂNGULO
FIGURA 26 – RETÂNGULO
UNIDADE II
I Polígonos
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4. QUADRILÁTEROS II: LOSANGO E QUADRADO
FIGURA 27 – LOSANGO
UNIDADE II
I Polígonos
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2) As diagonais são bissetrizes de seus vértices, ou seja, a diagonal divide o
ângulo em dois valores iguais.
FIGURA 28 – RETÂNGULO
Veja que a diagonal divide o ângulo na metade, o mesmo para a outra diagonal e
em ângulos iguais.
FIGURA 29 – RETÂNGULO
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 41
FIGURA 30 – RETÂNGULO
Ex. 11
Um losango possui lado de valor 6 cm e seu ângulo agudo mede 60°. Determine
a sua área.
Resolução:
Vamos desenhar o losango do exemplo, contudo, já deixando claro que o ângulo
agudo (menor do que 90°) é dividido por dois, de acordo com a segunda propriedade:
FIGURA 31 – RETÂNGULO
FIGURA 32 – RETÂNGULO
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 42
Como iremos rever na próxima unidade, vamos usar o conceito de seno:
4.1 Quadrado
O quadrilátero mais conhecido, além de possuir as mesmas propriedades do para-
lelogramo, o quadrado possui outras cinco.
FIGURA 33 – RETÂNGULO
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 43
2) As diagonais são bissetrizes de seus vértices.
FIGURA 34 – RETÂNGULO
Ou seja, a reta diagonal divide o ângulo reto em dois, formando dois de 45°
FIGURA 35 – RETÂNGULO
FIGURA 36 – RETÂNGULO
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 44
SAIBA MAIS
No final do século 19, a obra Os Elementos de Euclides não estavam resistindo ao rigor
que a lógica exigia para os fundamentos da geometria. Muitas proposições de Geometria
Euclidiana faziam uso de resultados que não haviam sido demonstrados anteriormente
e que não constavam do rol de axiomas, ou seja, era preciso uma reformulação dos
axiomas de Euclides. Uma proposta, ainda no século 19, bem aceita pela comunidade
matemática foi a de Hilbert, publicada em seu célebre trabalho Grundlagen der Geometrie
(Fundamentos de Geometria), de 1899, em que Hilbert coloca a Geometria Euclidiana
sobre bases sólidas por meio da substituição dos 5 Postulados de Euclides por 5 grupos
de axiomas, os quais chamou de Axiomas de Incidência (7 axiomas), Axiomas de
Ordem (4 axiomas), Axiomas de Congruência (6 axiomas), Axiomas de Continuidade (2
axiomas) e o Axioma das Paralelas.
REFLITA
UNIDADE II
I Polígonos
Pontos e Retas 45
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Pronto!
Até a próxima!
UNIDADE II
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Pontos e Retas 46
MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
Título: Geometria Euclidiana Plana e Construções Geométricas
Autor: Eliane Quelho Frota Rezende e Maria Lúcia Bontorim de
Queiroz.
Editora: Editora da Unicamp; 2ª edição (1 janeiro 2008).
Sinopse: A Geometria Plana constitui um bom modelo de teoria
axiomática e, como tal, foi abor¬dada neste livro. As construções
geométricas, que, do modo como foram criadas pelos matemá¬ticos
da Antiguidade, não poderiam ser divorciadas da Geometria,
contribuem tanto para o en¬ten¬¬¬dimento e o enriquecimento da
teoria como para a solução de problemas que lhe são perti-nentes.
Tais construções são aqui justificadas com fundamento na teoria
da Geometria, da qual algumas aplicações são apresentadas.
FILME/ VÍDEO
Título: Aplicação prática da geometria Analítica
Ano: 2017.
Sinopse: Este vídeo tem por intuito mostra uma aplicação prática
da geometria analítica, usando a equação da circunferência.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=dK8KJKV7EHw
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UNIDADE III
A Geometria
Dos Triângulos
Prof. Me. Arthur Ernandes Torres da Silva
Plano de Estudo:
● Propriedades do triângulo;
● Classificação de triângulos;
● Pontos notáveis de um triângulo;
● Semelhança de triângulos.
Objetivos da Aprendizagem:
● Explorar algumas propriedades dos triângulos;
● Aprender como classificar os triângulos com base nos ângulos e lados;
● Estudar semelhanças de triângulos e relações métricas entre eles.
48
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a),
Bons estudos!
Por fim, uma terceira propriedade muito importante que relaciona os ângulos
internos com os externos de qualquer triângulo é que a medida de um ângulo externo
é igual a soma das medidas dos dois ângulos internos não adjacentes a ele. Ou seja,
seguindo a figura 1 temos:
Ex. 01
Na figura abaixo, determine o ângulo externo x ̂.
FIGURA 2 – EXEMPLO 01
Resolução:
Nesse caso existem duas formas. A primeira admitimos que a soma dos ângulos
internos seja igual a 180°, então o ângulo interno que falta é 180°- 50° - 35° = 95°.
Ou também, assumindo que
Ex. 02
É possível construir um triângulo com três seguimentos de reta de valores iguais a
3m,5m e 9m?
Resolução:
Ex. 03
Um dos mais famosos triângulos usados para o cálculo do teorema de Pitágoras
é o triângulo 3, 4 e 5. Verifique se suas medidas satisfazem a condição de construção de
um triângulo.
Resolução:
FIGURA 4 – EXEMPLO 04
Resolução:
Usando a relação que o ângulo externo é igual à soma dos dois ângulos internos
não adjacentes a ele:
E o resultado faz sentido, uma vez que os ângulos internos resultam em:
Logo:
Os triângulos na geometria plana, são classificados de duas formas: com base nos
ângulos internos ou de acordo com a medida de lados do triângulo. As tabelas a seguir
constam a classificação respectivamente de triângulos classificados com base nas medidas
das laterais e dos ângulos internos.
Na ordem da figura 5, podemos pensar que o equilátero tem dois lados iguais, na
sequência, nas classificações dos ângulos, o triângulo retângulo possui um ângulo de 90°, o
triângulo acutângulo, os três ângulos são agudos, ou seja, menores que 90° e no obtusângulo
possui um ângulo obtuso, maior que o ângulo reto e menor que 180° (90 < α < 180°).
Ou seja, podemos pensar da seguinte forma:
Ex. 05
Dadas as medidas a baixo, classifique os triângulos com base nos lados dados:
I) 10 cm,8cm e 7cm
II)13 cm,12 cm e 5 cm
III)12 cm,7 cm e 7cm
Resolução:
I)
Portanto:
III)
Portanto:
Ex. 06
A partir do triângulo isósceles da figura abaixo, determine o valor do ângulo α.
FIGURA 7 – EXEMPLO 06
Resolução:
Como os dois lados destacados do triângulo isósceles são iguais, então o ângulo
formado entre eles e a base é o mesmo, ou seja, o ângulo α formado do lado esquerdo
também aparece no lado direito.
Ademais, como a somatória dos ângulos internos é sempre 180°, então temos:
Todo triângulo possui algumas características que relacionam seus lados com
diagonais que dividem um ângulo na metade (bissetrizes) ou que fragmentam o lado oposto
na metade. Vamos ver cada um desses fatos notáveis:
Um fato interessante sobre esse primeiro caso é que a mediana que liga o vértice A
até o ponto médio a, pode ser dividia em duas partes: O segmento que une o vértice A até
o baricentro e o segmento de reta que une o baricentro até o ponto a. A surpresa está que
o segmento maior é sempre o dobro do segmento menor. Isso vale para as medianas dos
vértices B e C também! Exemplo, se a mediana que liga o ponto C até o lado oposto possui
6 centímetros, então o segmento que une o ponto B até o baricentro vale 4 centímetros,
enquanto o segmento que une o baricentro até o ponto c vale 2 centímetros.
2. Incentro: Ao traçar três bissetrizes, uma para cada vértice, haverá um único ponto
de encontro entre os três segmentos de reta, esse ponto é chamado de Incentro.
Vale ressaltar que dentro do triângulo analisado podemos escrever uma circunfe-
rência, ou seja, uma circunferência inscrita. Toda circunferência possui um ponto central.
Nesse caso, o ponto de encontro das três bissetrizes, o incentro, é o centro da circunferência
inscrita no triângulo.
Dois ou mais triângulos são ditos semelhantes quando possuem os três ângulos
congruentes e os lados homólogos proporcionais. Ou seja, uma relação biunívoca entre
seus vértices. Vamos analisar esse conceito através da figura abaixo:
Como pode ser visto na figura anterior, uma reta paralela aos vértices EF é traçada,
unindo dois novos pontos GH. É possível ver que foi formado um triângulo dentro do triângulo
já existente. Esse resultado nos leva a seguinte conclusão:
Além disso:
Com isso, podemos concluir também que se a razão entre dois triângulos é K,
então qualquer outro elemento homólogo obedece a essa razão de proporção. Em outras
palavras, as alturas base comparando dois triângulos, ou raio da circunferência inscrita,
bem como a circunscrita.
Suponha agora que uma reta altura seja posicionada no ângulo reto. Com isso
podemos dividir o triângulo em questão da seguinte forma:
Olhando para a figura 15, podemos ver que a base foi dividida fazendo a = m + n.
Logo:
c2 + b2 = a.a
Portanto:
c2+b2 = a2
Esse resultado é o Teorema de Pitágoras.
No estudo das leis da gravitação, Kepler descreve que os planetas percorrem órbitas
elípticas em torno do Sol. Porém, além disso, em quaisquer dois pares de pontos
subsequentes do movimento de translação, os planetas varrem áreas iguais em um
mesmo intervalo de tempo. Essa foi conhecida como a segunda lei de Kepler para a
gravitação universal.
REFLITA
Agora que chegamos ao fim dessa unidade, aprendemos mais sobre as proprieda-
des genéricas de triângulos, ou seja, como se calculam os ângulos internos, os externos e
como estão relacionados. Depois disso, como classifica-los e quais as condições para cada
nomenclatura.
Na sequência, vimos pontos notáveis de um triângulo, como baricentro, incentro,
circuncentro e ortocentro. No fim, vimos através das relações de triângulos algumas métricas
e também uma das inúmeras demonstrações do Teorema de Pitágoras.
Esperamos que você tenha aproveitado ao máximo esse momento de estudo.
Até a próxima!
LIVRO
Título: A fascinante história da matemática
Autor: Mickaël Launay.
Editora: Difel; 2ª edição.
Sinopse: Nos tempos pré-históricos a matemática nasceu para
ser útil. Os números serviam para contar os carneiros do rebanho.
Com a geometria, era possível medir campos e traçar estradas. A
história poderia parar por aí, mas ao longo dos séculos o Homo
sapiens admirou-se ao descobrir os caminhos sinuosos dessa
ciência às vezes abstrata. Evidentemente, a história da matemática
foi escrita por homens e mulheres de espantosa genialidade, mas
não se engane: as verdadeiras heroínas desse “grande romance”
são as ideias.
FILME/ VÍDEO
Título: A demonstração do Teorema de Pitágoras (via experimento)
Ano: 2013.
Sinopse: Neste vídeo é feita um experimento que prova o
Teorema de Pitágoras da forma mais simples. A quantidade de
líquido que preenche o quadrado da hipotenusa também ocupa,
simultaneamente, os quadrados de cada cateto.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=bS-D0XeFMPQ
Plano de Estudo:
● Conceituação do Teorema de Pitágoras;
● Estudo das Relações Trigonométricas;
● Generalização do Teorema de Pitágoras;
● Recíproco do Teorema de Pitágoras.
Objetivos da Aprendizagem:
● Exemplificar a abordagem do teorema de Pitágoras com a resolução de exercícios;
● Definir as relações trigonométricas advindas do triângulo
retângulo, como seno, cosseno e tangente;
● Estudar a generalização do Teorema de
Pitágoras e sua relação recíproca.
68
INTRODUÇÃO
Prezado(a) aluno(a),
Bons estudos!
HORA DE EXERCITAR
Ex. 01
Dê o valor da hipotenusa
Ex. 02
Calcule o valor de x, que equivale à hipotenusa do triângulo retângulo abaixo.
Resolução:
Com base no Teorema de Pitágoras, tem-se que:
Ex. 03
Adote o Teorema de Pitágoras e ache o valor de x no triângulo retângulo a seguir.
Ex. 04
Encontre o valor da hipotenusa na figura a seguir.
Resolução:
Adotando o teorema de Pitágoras, tem-se que:
Ex. 05
Utilizando o Teorema de Pitágoras, defina o valor desconhecido da hipotenusa.
Ex. 06
Com relação ao triângulo representado abaixo, ache o valor de x.
Resolução:
A partir do Teorema de Pitágoras, tem-se que:
Ex. 07
Determine o valor da hipotenusa com base no Teorema de Pitágoras.
Ex. 08
Calcule o valor do cateto do triângulo representado pela figura a seguir.
Resolução:
Conforme o Teorema de Pitágoras, tem-se que:
HORA DE EXERCITAR
Ex. 01
Encontre o valor de sen(α), cos(α) e tg(α) no triângulo retângulo a seguir:
Resolução:
Ex. 03
Use a tabela de ângulos e ache o valor do lado desconhecido do triângulo.
Multiplicando cruzado:
Ex. 01
Dado o triângulo
Como a relação foi satisfeita, é possível afirmar que o triângulo ABC é retângulo.
Ex. 02
Dado o triângulo
Fazendo o cálculo,
Ex. 03
Indique quais triângulos são retângulos, conforme as medidas de seus respectivos
lados. Lembre-se que o maior valor é a hipotenusa.
a) 2,2 e 3
b) 4,5 e √41
c) 7,24 e 25
d) 2,3 e 4
Resolução:
a)
b)
c)
Ex. 04
Dado os triângulos representados na figura abaixo, calcule a hipotenusa que resta
no segundo triângulo.
Resolução:
Verifique que o cateto na vertical do primeiro triângulo em comparação com
o segundo aumentou três vezes. O cateto que é a base do primeiro retângulo também
aumenta três vezes. Logo, em razão dois lados terem tal proporção, a hipotenusa também
terá seu valor duplicado. Assim, x = 15.
Resolução:
Começamos pela hipotenusa, que é um número múltiplo de 5, já que o triângulo da
esquerda tem hipotenusa igual a 5 e o da direita igual a 25. Logo, as medidas devem ter tal
proporção. Assim, o lado 20 do segundo triângulo é múltiplo de 4 ou de 3? 20/4=5 e 20/3 não
dá um número inteiro. Então, o lado correspondente ao 4 é 20, aumentando cinco vezes, assim
como ocorreu em 5 para 25. Seguindo a lógica, o lado 3 aumenta 5 vezes. Portanto, x = 15.
SAIBA MAIS
A natureza em nossa volta recria padrões em todos os aspectos, da mesma forma como
os triângulos e as análises de Pitágoras. Como por exemplo a terceira lei de Kepler da
astronomia, a qual afirma que o período de revolução de um planeta ao quadrado dividido
pelo raio médio do mesmo em sua órbita é sempre igual, para qualquer planeta em nosso
Sistema Solar. As plantas, os caracóis, o desenho em espiral da Via Láctea, seguem a
série de Fibonacci. Você seria capaz de dar um exemplo de outro padrão natural?
Até a próxima!
LIVRO
Título: Pitágoras: Ciência e Magia na Antiga Grécia
Autor: Carlos Brasílio Conte.
Editora: Madras.
Sinopse: Muito do que ainda se desconhecia a respeito de Pitágo-
ras encontra-se nesta obra, resultado do trabalho de uma intensa
pesquisa do autor, mostrando a magia e a ciência que envolveu a
vida deste iniciado que afirmava: “tudo são números”.
FILME/ VÍDEO
Título: A demonstração do Teorema de Pitágoras (via experimento)
Ano: 2013.
Sinopse: Neste vídeo é feita um experimento que prova o
Teorema de Pitágoras da forma mais simples. A quantidade de
líquido que preenche o quadrado da hipotenusa também ocupa,
simultaneamente, os quadrados de cada cateto.
Link: https://www.youtube.com/watch?v=bS-D0XeFMPQ
GIOVANNI, J. R.; BONJORNO, J. R. Matemática uma nova abordagem. São Paulo: FTD,
2010.
93
SANTOS, A. R. S.; VIGLIONI, H. H. B. Geometria Euclidiana Plana – UFS 2011.
94
CONCLUSÃO GERAL
Prezado(a) aluno(a),
Neste material, busquei trazer para você os principais tópicos da geometria Plana e
Euclidiana. Começamos nossa jornada pelos axiomas de Euclides, a definição de semento
de reta, plano e pontos e como representar cada um deles.
Salientamos também as principais propriedades e diferenças entre vários tipos de
polígonos e quadriláteros, como classificá-los e a determinar o número de diagonais. Saber
calcular áreas de quadrados, triângulos, trapézios e circunferências, bem como entender
suas distinções com pequenas propriedades é de extrema importância.
Após isso, aprendemos mais sobre as propriedades genéricas de triângulos, ou
seja, como se calculam os ângulos internos, os externos e como estão relacionados. Depois
disso, como classifica-los e quais as condições para cada nomenclatura.
Na sequência, vimos pontos notáveis de um triângulo, como baricentro, incentro,
circuncentro e ortocentro. No fim, vimos através das relações de triângulos algumas métricas
e também uma das inúmeras demonstrações do Teorema de Pitágoras.
Finalizamos com a extensão do teorema de Pitágoras, já que cada lado do triângulo,
não necessariamente deve ser um quadrado, mas um polígono ou outras formas geométricas.
Isso foi mostrado usando sem circunferências, quadrados, outros triângulos e etc. Além
disso, entender como funciona o Recíproco do Teorema de Pitágoras e os ternos pitagóricos,
complementa todo o conhecimento adquirido a respeito do estudo dos triângulos
A partir de agora acreditamos que você já está preparado para seguir em frente
desenvolvendo ainda mais suas habilidades em cálculo, para compreender diversas áreas
da física e engenharia.
Até uma próxima oportunidade.
Muito Obrigado!
95
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