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Aula 1
Nesta aula, você vai entender como a cultura local acaba virando criação em design, uma vez
que, seja através dos eventos históricos ou das manifestações populares, uma das formas de
expressar sentimento ou se posicionar enquanto indivíduo é através da roupa que se está
usando.
45 minutos
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Abordaremos de uma forma crítica e abrangente a constante necessidade de adaptação do desenho, enquanto
promulgador do design. Independentemente de ocorrer durante o processo de concepção, após a testagem ou
prototipagem, ou ainda como adaptação às necessidades do usuário, o redesenho também deve ser
incorporado na metodologia projetual de design.
Entrando no mundo da moda, você será convidado a entender como a cultura local acaba virando criação em
design, uma vez que, seja através dos eventos históricos ou das manifestações populares, uma das formas de
expressar sentimento ou se posicionar enquanto indivíduo é através da roupa que se está usando. Podemos
afirmar que a moda é considerada um fenômeno sociocultural que expressa os hábitos e costumes de uma
sociedade.
Concluiremos com exemplos de alguns nomes de estilistas que ditaram tendências e influenciaram diretamente
na produção da moda nos últimos anos.
REDESENHO DO DESIGN
Levando em conta os diversos conceitos que encontramos para o Design, podemos salientar alguns termos
comuns, tais como: projeto, plano, intento, esquema, desenho, construção e configuração. Design é, portanto,
uma ideia que se transforma em projeto a partir de um desenho, um plano, uma configuração para solucionar
um determinado problema. Essa racionalização como processo cognitivo não é tangível e nem sempre possível
de verbalizar, mas o processo de construção gráfica, através da representação do desenho, aproxima a ideia da
necessidade de uma forma concreta.
O design, então, consiste na transformação dessa ideia, por meio de uma metodologia,
com o processo e os respectivos recursos auxiliares, para fazer visualmente perceptível
a solução de um problema. Esses recursos abrangem desenhos, modelos e protótipo.
Até aqui, podemos considerar que o design completou apenas mais uma etapa – uma
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Segundo Tai (2018), o conceito de “bem-resolvido”, a partir dos conceitos – desenho e configuração – são
bastante amplos.
O desenho projetual inicial é ponto de partida, mas não necessariamente o resultado final e conclusivo, pois um
protótipo dessa concepção inicial pode ser determinante na sequência propositiva, ou em uma necessidade de
redesenho do design, seja parcial ou integral.
É justamente essa peculiaridade de associarmos, de uma forma coloquial, que design é um sinônimo de
diferenciado, formalmente solucionado ou, ainda, algo com uma bela aparência, que obriga o designer a uma
análise crítica constante, devendo incorporar em seu processo de criação a necessidade de possíveis
intervenções ao longo de todo o processo. Intervenções essas que podem obrigá-lo a redesenhar seu design,
objetivando a busca incessante pelo design bem resolvido, independentemente do tipo ou da complexidade do
produto.
O desenho do design, segundo Tai (2018, p. 59), “desempenha uma função mediadora entre produção
(fabricação) e uso (consumo), e exige que o designer esteja consciente de que o produto a ser lançado no
mercado tem suas funções, qualidades, valores e características muito bem definidas em função de seus
clientes e futuros consumidores”.
Reflita
Tenha em mente que o senso subjetivo das pessoas interfere no julgamento do design de um produto, e é
através dele que a estética é condicionada aos seus gostos pessoais, o que pode determinar o redesenho
do produto para uma maior aceitabilidade em um ambiente que venha a se inserir. Igualmente deve-se
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levar em conta que as necessidades e os anseios do consumidor estão em constante transformação, e isso
exige um redesenho formal e funcional, para que o produto, fruto do design, possa adequar-se e ser aceito
pelo futuro usuário.
VIDEOAULA: REDESENHO DO DESIGN
É importante estabelecer a relação de alguns conceitos para a criação do design, tais como pesquisa constante,
ambiente de inserção, estética e funcionalidade. O designer deve desenvolver o olhar crítico para analisar sua
produção e o mercado consumidor, considerando a necessidade de redesenho do seu design sempre que julgar
conveniente.
O design baseia-se e reflete a cultura de uma determinada região, estreitando-o para a área da moda. Silva
(2016, p. 10) nos diz que ”o conceito de desenho de moda surgiu no século XVIII com a estilista da rainha Maria
Antonieta, Rose Belin. No entanto, muito antes disso, na Antiguidade, os gregos já utilizavam o desenho para
produção de figurinos para o teatro”.
McAssey e Buckley (2013) ressaltam que a moda possui uma longa e detalhada história, e que os
envolvidos com a criação de trabalhos que sejam inovadores e originais, precisam saber o que foi
produzido anteriormente, levando em consideração também o lugar onde a moda teve origem e
como as mudanças econômicas e sociais afetaram a concepção e a produção daquela moda.
Essas constatações reforçam o binômio cultura/moda.
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“O que torna a moda interessante é que ela está́ em constante transformação” (FRINGS, 2012, p. 61). Frings
(2012) acrescenta que a moda é um veículo usado pelos consumidores para expressar visualmente a sua
relação com os eventos atuais e com a sua própria vida. E a peculiaridade de a moda mudar constantemente, é
pelo fato de ela refletir o estilo de vida das pessoas e os eventos atuais, e também pela mudança periódica das
necessidades das pessoas.
“Nessa esfera do contexto cultural, as ocorrências ligadas aos gostos mostram as influências da convivência,
tradição, educação, conhecimento, sensibilidade e curiosidade” (TAI, 2018, p. 128).
Podemos elencar vários exemplos em que a moda refletiu e criou uma simbiose com eventos históricos ou
manifestações culturais, apresentando estilos, modelos e/ou coleções sintonizadas com esses movimentos.
Igualmente, a moda também já serviu para demonstrar insatisfação, discordância e aversão, como instrumento
de protesto por exemplo.
O senso comum diz que a ordem é boa e o caos é ruim, a limpeza é boa e a sujeira é
ruim, e assim por diante. No entanto, há pessoas que procuram mais a dissonância do
que a harmonia, mais a agressividade do que a suavidade, seja nas artes, seja na sua
conduta pessoal. Há pessoas que só se sentem bem com a agressão e gostam da
rebeldia. Essa diversidade de gostos merece uma boa investigação e análise.
— (TAI, 2018, p. 128)
Segundo Lobo, Limeira e Marques (2014, p. 68), no período da Segunda Guerra Mundial “as roupas femininas
eram masculinizadas e com um ar de militar, dotadas de martingale e botões, em tons de cinza, azul-marinho e
verde-escuro”. Alguns anos depois, com uma indumentária que levava camiseta branca, jaqueta aberta com
gola alta e calça jeans, “o ator James Dean representava a rebeldia e as angústias dos jovens dos anos 1950”
(LOBO; LIMEIRA; MARQUES, 2014, p. 68).
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Outro exemplo de movimento cultural que refletiu na moda de uma forma conceitual foi “o surgimento dos
hippies, contrário a todo o tipo de divisão de classe. Usavam roupas muito simples, como peças artesanais,
bordados e bijuterias feitas por eles próprios” (LOBO; LIMEIRA; MARQUES, 2014, p. 80).
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Podemos citar alguns exemplos dos primeiros designers de moda que surgiram no início do século XX:
Paul Poiret: conhecido por seus vestidos em forma de tubo, que libertaram as mulheres dos espartilhos,
sendo o primeiro couturier de Paris a se tornar um trendsetter.
Gabrielle Chanel: também conhecida como Coco, pioneira na vanguarda da moda francesa após a
Primeira Guerra Mundial. “Chanel popularizou o estilo ‘Garçon’, ou menino, com suéteres e vestidos de
jérsei, e foi a primeira designer a fazer calças de alta moda para as mulheres” (FRINGS, 2012, p. 17).
Jean Patou: criou o famoso estilo “melindrosa”, em 1925, “acentuando a linha do quadril, fortalecendo a
silhueta reta e fazendo saias mais curtas e com bainhas desiguais. Ele confirmou que a mulher jovem e
independente era o novo ideal” (FRINGS, 2012, p. 17).
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Vamos ver agora alguns nomes de relevantes designers de moda, também conhecidos como estilistas, por
ditarem estilos com as suas coleções.
Figura 4 | Le Smoking
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A calça jeans ganhou espaço com o estilista, pois ao usar essa peça popular em um desfile, que era usada
somente por trabalhadores, elevou o jeans para uma das roupas essenciais no guarda-roupas de todas as
pessoas.
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Giorgio Armani
Em 1975, com sua própria marca, apresentou uma coleção de roupas femininas e masculinas, ficando famoso
pelos ternos com excelentes caimentos. Já na década de 1980, com uma segunda marca, a Empório Armani,
apresentou uma linha mais casual e com preços mais acessíveis.
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ESTUDO DE CASO
Você foi convidado para dar uma entrevista em uma estação de rádio da sua cidade, para falar sobre o design
de moda. A programação faz parte de vários eventos que estão ocorrendo, ligados a desfiles de coleções de
estilistas locais, além da divulgação de produtos da indústria têxtil. Uma vez que você atua na área e está
engajado na promulgação dos eventos, lhe foi solicitado uma participação para um pequeno debate, falando
sobre a relação de dependência entre a moda e as manifestações socioculturais da população, evidenciando
alguns exemplos.
Temos vários exemplos de áreas ligadas à cultura e aos costumes das sociedades que se relacionam com a
moda, criando essa simbiose. Vejamos alguns deles:
A moda no esporte
O esporte cada vez mais faz parte da nossa vida e somado a isso, é uma atividade mercadológica, que
movimenta uma grande quantia de capital no mundo da moda. As grandes marcas investem muito em novos
tecidos para melhorar a modelagem, e com a aplicação de tecnologias avançadas, os ultrapassados uniformes
virar verdadeiros ícones de moda. Podemos constatar que times e marcas pelo mundo inteiro exploram a
paixão dos torcedores, oferecendo várias opções de artigos ligados ao tema, como uniformes, artigos
esportivos e acessórios.
No Brasil, por exemplo, a grande paixão é o futebol, onde camisetas, abrigos, etc. são responsáveis por grandes
volumes de vendas. Outro esporte de destaque é o automobilismo, potencializando a paixão pelo automóvel,
sempre presente no desenvolvimento de novos produtos.
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Essa tecnologia desenvolvida para os atletas é transmitida gradativamente para as roupas do dia a dia, e esse
estilo se caracteriza por ser mais despojado, com uso de tênis, calca táctil ou leg, short, t-shirt ou baby look.
A moda da música
Os diversos gêneros musicais sempre movimentaram muito o mundo da moda e cada pessoa manifesta a sua
preferência, escolhendo seu estilo baseado nesses gêneros. Os períodos históricos confirmam essa influência,
onde as massas populares incorporam o estilo musical em voga, literalmente vestindo as roupas que o
movimento musical e seus artistas ditam como modelo.
O estilo sertanejo, por exemplo, apresenta a calca jeans, camisa com estampa xadrez, botas de couro, chapéu
de cowboy e cinto de couro com fivela grande de metal. As mulheres normalmente optam por calça ou short
jeans.
Já o rock, é um gênero musical mais amplo que engloba vários grupos, como heavy metal, o hard rock, entre
outros. O estilo de roupas é basicamente formado por calça jeans, sapatos coturnos ou tênis All Star, camisetas
pretas e/ou com estampas de bandas de rock, bandanas e maquiagem pesada para as mulheres, elementos
muitas vezes confundidos com os de outras derivações do rock, como o punk, que apresenta um toque um
pouco mais agressivo (roupas com muitos spikes). Já os adeptos do estilo gótico usam sempre roupas com a cor
preta, e os emos baseiam-se mais em seu sentimentalismo.
A moda executiva
Para contrastar um pouco com o que falamos anteriormente, o estilo executivo está́ sempre em vigor, seja por
uma imposição do cargo no trabalho, seja pela elegância dos trajes. A indústria também se aprimora na
produção de tecidos que possam aprimorar a embalagem, a aparência e as modelagens das peças. Para os
homens, um bom terno é aquele que o veste bem no corpo, ressaltando o caimento e os acabamentos. Por
essa razão, a boa e velha alfaiataria ainda existe e é muito requisitada pelos usuários de ternos.
A moda executiva liga-se diretamente com o mundo dos negócios, que exige seriedade, então além do terno,
escolher a camisa e a gravata certas é essencial e devem estar em perfeita harmonia. Igualmente o cinto e os
sapatos, que completam o conjunto, devem ser atuais e sofisticados. Para as mulheres, os exemplos desse look
executivo são o tailleur, calca social, camisa e blazer acinturados e sapato scarpin.
Enfim, existem vários outros estilos e muitos até se misturam, além de surgirem novos estilos, graças à
velocidade da comunicação e os avanços tecnológicos contemporâneos.
Saiba mais
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A obra Design: conceitos e métodos traz conceitos relevantes sobre a história do design e sua relação com
o usuário, levando em conta aspectos sociais, econômicos e culturais. O autor transporta aplicações
práticas para todas as áreas do design.
A história de uma designer de moda que revolucionou a sua época e até hoje reflete nas composições do
vestuário feminino serão contadas no vídeo: ELA transformou a moda em todo o mundo e inspirou
milhares de mulheres - A história de Coco Chanel.
Aula 2
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
A Gestalt foi um importante estudo de cunho psicológico, que levou em consideração a forma. Por isso mesmo
também é conhecida como a psicologia da forma, uma vez que considera as percepções visuais que temos das
relações formais dos objetos. Vamos explorar conceitos relacionados à percepção visual do homem e como ela
se desenvolveu, inter-relacionado com as leis de Gestalt e suas regras, tais como a simetria e identificação de
geometrias.
Na sequência, abordaremos os princípios ou as leis estabelecidas pela Gestalt, que de forma objetiva abordam
uma análise formal a partir da segregação, semelhança, unidade, proximidade, pregnância, unidade e
fechamento.
Finalizaremos o nosso estudo com a semiótica e a sua aplicação no design, para a passagem de uma
informação com uma mensagem direta e clara, utilizando os signos.
GESTALT
O sistema visual do homem é uma herança do seu longo processo evolutivo no campo intelectual. Devemos
antes de mais nada, considerar que o ser humano desenvolveu muito mais o sentido da visão, em comparação
com qualquer outro sentido, como audição ou olfato, para realizar as distintas tarefas diárias ao longo da sua
história.
A visão exerceu uma profunda influência no nosso processo evolutivo, enquanto existem outras espécies
animais, como aquelas cegas, que percebem o mundo por meio de outros sentidos, como a sensibilidade
térmica. Há, inclusive, uma teoria que explica a razão de sermos bípedes: seria para enxergar mais longe do que
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se andássemos de quatro. Assim, a visão passou a ter importância fundamental na sobrevivência do homem
primitivo. Ele desenvolveu a habilidade de identificar o perigo (predadores, cobras e outros inimigos) e distinguir
materiais comestíveis. (BAXTER, 2011, p. 53)
A Gestalt, conhecida como “gestaltismo”, é uma teoria da forma, também conceituada como a
psicologia da Gestalt, psicologia da boa forma ou leis da Gestalt. Basicamente é uma filosofia que
defende a compreensão do todo a partir da compreensão das suas partes constituintes.
A Gestalt, ou psicologia da forma, surgiu no início do século XX com um conceito central: dar forma ao que está
diante do nosso olhar, com significado a algo como uma entidade concreta, que seja individual e característico,
que exista e é destacado por seus atributos.
Um grupo de psicólogos alemães formulou a teoria do gestalt, nas décadas de 1920 a 40. Esses psicólogos
sugeriram que a visão humana tem uma predisposição para reconhecer determinados padrões (gestalt significa
padrão, em alemão). Na época, essa teoria foi desprezada por outros estudiosos, por considerá-la muito
fantasiosa. Contudo, as modernas pesquisas sobre o mecanismo da visão comprovaram que os gestaltistas
tinham razão. (BAXTER, 2011, p. 54)
É uma teoria que entende que se deve com a forma tornar explícito tudo aquilo que é implícito, ou seja,
transferir para o exterior o que existe internamente, permitindo assim que se tenha mais percepção e sensação
do movimento e dos processos psicológicos envolvidos diante de algum estímulo, a partir de como este é
percebido pelo indivíduo.
Figura 1 | Gestalt
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Fonte: Shutterstock.
Segundo Baxter (2011), sempre que olhamos uma primeira vez para alguma imagem, o nosso cérebro estaria
programado para identificar alguns padrões visuais e a partir desse primeiro contato, organizá-los em uma
imagem que incorpore um significado.
Trata-se de um programa que não seria condicionado na ocasião do nosso nascimento, mas construído em
função de todos os estímulos visuais recebidos pela criança, em sua fase de crescimento. “Por exemplo, se
formos criados em ambiente artificial com a predominância de traços verticais, nossa visão se tornará incapaz
de identificar traços horizontais. As regras do Gestalt funcionam como regras operacionais do programa que
existe em nossa mente” (BAXTER, 2011, p. 54).
VIDEOAULA: GESTALT
Além de uma breve conceituação inicial, vamos aproximar o entendimento da Gestalt a partir da ideia de
concepção de seus criadores. Traremos o exemplo do vaso de Rubin, analisado por Max Wertheimer, onde a
ilusão que é apresentada ao observador oferece escolhas mentais com duas possibilidades de interpretação.
Finalizaremos com a teoria da pregnância da forma.
Videoaula: Gestalt
Vamos ver agora regras e princípios desenvolvidos pela Gestalt. Talvez uma regra mais fácil de perceber seja a
simetria, pois temos uma certa facilidade de descobrir simetrias, seja em formas complexas, formas orgânicas
com uma simetria incompleta ou até em situações que apresentem uma simetria distorcida (Figura 2).
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Unidade: seria o conceito básico defendido na Gestalt, pois é o atributo que facilita o entendimento da
forma. É o elemento que se encerra nele mesmo ou, ainda, vários elementos sendo percebidos como o
todo.
Segregação: é quando se estabelece uma separação das unidades de uma forma, que pode gerar
hierarquia e ordem na interpretação e leitura visual.
Proximidade: tendência de agrupar elementos próximos, criando assim uma unidade dentro do todo. Em
suma, objetos que se encontram próximos entre si tendem a ser notados como um conjunto. “Os pontos
da esquerda tendem a ser percebidos na horizontal, porque estão mais próximos no sentido horizontal. Os
pontos da direita tendem a ser percebidos na vertical, porque estão mais próximos no sentido vertical”
(Figura 4) (BAXTER, 2011, p. 55).
Figura 4 | Proximidade
Semelhança ou similaridade: elementos com atributos iguais tendem a ser reunidos em uma unidade.
Cria-se um padrão visual a partir de semelhanças entre objetos e/ou figuras. “Os elementos são percebidos
em colunas verticais, devido à semelhança de formas. Essa tendência é mais forte que a proximidade entre
os elementos horizontais, cujas distâncias entre si são menores” (BAXTER, 2011, p. 55).
Continuidade: seria a escolha por formas sem interrupções, garantindo uma maior fluidez. Induz nossa
visão a antever o movimento da forma. “Propõe que a percepção tende a dar continuidade, trajetória ou
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Figura 6 | Continuidade
Pregnância: é a lei básica da Gestalt, onde a construção de uma forma deveria possuir uma estrutura
simples, que seja equilibrada, homogênea e regular. Uma forma com harmonia e clareza, sem
complicações visuais.
Fechamento: as formas são interrompidas ou existe algum tipo de preenchimento visual de espaços. A
nossa interpretação visual naturalmente lê unidades, pois facilita o entendimento da figura. Portanto, ainda
que as formas sejam abertas ou vazadas, criamos uma imagem que simula o fechamento visual.
Figura 7 | Ambiguidade
A Figura 7 nos leva a uma interpretação similar ao “princípio do fechamento”, nas composições que nos causam
uma certa ilusão de ótica, explicada a seguir por Baxter.
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fundo ou uma paisagem. Isso pode ser ilustrado novamente com figuras ambíguas.
Essas imagens podem ser vistas como taças brancas sobre um fundo preto ou duas
faces negras contra um fundo branco.
— (BAXTER, 2011, p. 56)
SEMIÓTICA APLICADA
“Design é uma disciplina que não produz apenas realidades materiais, mas especialmente preenche funções
comunicativas” (BÜRDEK, 1997, [s. p.]). Segundo Bürdek (2010), esse aspecto referente à comunicação foi pouco
atendido por algum tempo, pois o principal objetivo dos designers estava na contemplação das funções
práticas, ligadas à funcionalidade e aos aspectos técnicos dos produtos.
Seguindo essa linha de raciocínio, os produtos de design também servem para “falar” algo sobre o seu usuário,
seu estilo de vida, status social ou sob uma análise antropológica, a que “clã” pertencem ou pretendem
pertencer. “O designer necessita, por um lado, entender esta linguagem, por outro deve fazer as coisas falarem
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por si só. Nas formas dos objetos pode se ver e reconhecer as diversas formas de vida” (BÜRDEK, 2010, p. 231).
Nesse contexto vamos inserir a Semiótica, que é o estudo da construção de significado, da instauração do
processo de signo com desejo de comunicar algo.
No design, a semiótica foi relevante para dar sentido na semiologia como origem da linguística.
“Jean Baudrillard, pode ser considerado como o fundador de uma teoria do design fundamentada na semiótica,
onde ele se utiliza de métodos semiótico-estruturalistas para a análise do cotidiano” (BÜRDEK, 2010, p. 236).
Baudrillard propôs a “linguagem dos objetos”, designando objetos da casa, o automóvel, objetos técnicos, etc., a
partir da concepção de que o objeto “fala” sobre seu usuário, em uma interação que reflete seus valores,
desejos ou anseios.
Para um produto de design passar uma informação, é preciso dar sentido à criação, com uma mensagem direta
e clara, e você pode se valer dos três signos da semiótica: ícone, símbolo e índice.
Ícone: estabelece uma relação de semelhança com o objeto ou coisa, valendo-se da cor, forma, etc., para
passar a conexão entre a ideia e a imagem. Na Figura 8, exemplo de um cartão, os ícones são relacionados
com as possibilidades de contato, representados por ícones: localização, telefone, e-mail e site.
Fonte: Freepik.
Símbolo: pode ser mais abstrato, pois são criados a partir de convenções, mas com relação ou semelhança
com aquilo que quer representar. Exemplos: logotipos de empresas, placas de trânsito, etc.
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Índice: seriam representações de uma mensagem a ser passada, a partir de uma associação com algo
previamente apresentado ou com algo já experienciado. O desenho de indicação de dia chuvoso ou
ensolarado em uma previsão do tempo, como na Figura 9, seria um exemplo.
Fonte: Freepik.
VIDEOAULA: SEMIÓTICA APLICADA
Você poderá compreender quais foram as origens da semiótica aplicada em nossos dias atuais, para
fundamentar melhor esse conceito dentro do design. Falaremos também no grande promulgador, Charles
Pierce, com sua ideia da relação “triádica”, que enfatiza o caráter relativo dos signos. Na sequência, o início da
semiótica na HfG de Ulm.
ESTUDO DE CASO
Aprendemos um pouco sobre a história da Gestalt e basicamente os seus princípios e suas regras, aplicáveis na
concepção do design. Fazendo uma relação desses conhecimentos adquiridos com o campo de aplicação na
moda, por exemplo, em um projeto de exposição de peças do vestuário, que comumente vemos nas vitrines
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das grandes marcas de roupas, você certamente poderia interpretar e comprovar a existência desses princípios.
Discorra conceitualmente e com exemplos como você poderia detectar tais exposições, levando em conta
alguns dos princípios da Gestalt.
A exposição dos artigos ligados à moda, além é claro do intuito principal de amostragem para uma possível
compra, traz consigo uma outra missão, que é a de instigar no consumidor uma compra de até mesmo o que
não precisaria, uma vez que se vê envolto em uma cena que sugestiona e aguça um espírito mais consumista, a
alma do capitalismo.
Partindo-se dessa premissa, uma composição que seja clara e harmônica, com um visual equilibrado e
atentando para alguns princípios da Gestalt, seria uma boa receita no desenvolvimento de uma vitrine mais
atrativa. Vejamos alguns exemplos.
Unidade– seria um item como parte de algo maior ou único. Formas que criam um conjunto de elementos
com uma leitura única, através de cores, linhas, texturas, etc. A Figura 10 nos ilustra uma situação onde
todas as camisetas estão dobradas com um mesmo formato e ocupando uma delimitação de espaços
iguais, criando uma unicidade do todo. Até mesmo as pilhas de camisetas com estampas iguais criam essa
leitura de unidade.
Fonte: Pixabay.
Segregação– acontece a percepção pontual de algo dentro de um todo, dependendo desse nível de
segregação, causando os estímulos necessários para que a percepção visual se direcione no destaque que
foi estabelecido para algum objeto. Esses contrastes podem ser criados com hierarquia compositiva, luz e
sombra, etc. Um exemplo clássico é quando nos deparamos com uma roupa, um calçado, uma bolsa,
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enfim, algum artigo com um significado, seja pelo seu valor financeiro agregado ou, então, por ser um
lançamento de uma coleção, por exemplo, e este é então colocado em algum ponto de destaque, como
vemos na Figura 11.
Figura 11 | Destaque
Fonte: Pexels.
Semelhança ou similaridade – seria o agrupamento de produtos iguais ou similares, que pode se dar pelo
artigo em si, pelas suas cores, pelos seus formatos e geometrias, etc. A Figura 12 nos mostra o exemplo de
uma exposição de gravatas, em uma coleção com cor e estamparia semelhante.
Figura 12 | Similaridade
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Fonte: Pixabay.
Continuidade – quando as formas e/ou a disposição dos elementos passam a ideia de alinharem-se de
forma homogênea. A Figura 13 nos passa essa impressão de harmonia, seja pela composição de cores ou a
própria composição da cena.
Figura 13 | Continuidade
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Fonte: Pixabay.
Saiba mais
O livro Design: história, teoria e prática do design de produtos traz importantes conceitos sobre o design
como conceito, sua história, aplicação prática e metodologia, sendo de grande valia para o estudo do
design.
BÜRDEK, B. E. Design: história, teoria e prática do design de produtos. Tradução de Freddy Van Camp. –
São Paulo: Blucher, 2010.
Para aprofundar o entendimento dos princípios de Gestalt e sua aplicabilidade no design, deixamos a
indicação do vídeo a seguir: Gestalt - O que é Gestalt? Como funcionam as leis da Gestalt no design?.
Aula 3
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
Apresentaremos elementos e princípios que devem ser levados em conta para a produção da moda.
Inicialmente, trataremos sobre alguns dos principais elementos que são indispensáveis para criar moda: a
composição cromática, o tecido, as linhas e as formas. As criações devem harmonizar esses elementos de tal
forma que possam vir a sugestionar uma aquisição e uso da peça criada.
Enquanto os elementos de design precisam estar em sintonia para um bom resultado final do conjunto, os
princípios do design orientam o designer a como melhor combinar tais elementos. Basicamente, esses
princípios englobam a proporção, o equilíbrio, a repetição e o foco.
Finalizaremos com os aspectos relacionados aos estilos da moda, onde o bom design exige a sensibilidade e
expertise, para englobar alguns aspectos, como a matéria-prima e anatomia humana, para estabelecer um
diálogo visual de forma harmônica.
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Cor
Esse elemento é determinante na escolha ou rejeição de uma peça, uma vez que é um dos primeiros estímulos
a que o consumidor se vê sugestionado, uma vez que determinadas cores podem estar relacionadas com
eventos sociais ou estações do ano. Um exemplo disso é relatado por Frings (2012), quando menciona que
ainda se associam tons terrosos nas roupas de outono, cores mais vibrantes em feriados e festas, cores em tons
pastéis no início da primavera e o branco no verão. Em virtude dessas tendências, muitos fabricantes acabam
incorporando algumas dessas cores em suas coleções ao longo do ano.
Não há regras exatas para a utilização de cores. Pelo contrário, as cores são
consideradas harmoniosas se forem utilizadas de modo que uma cor realce a beleza da
outra. Hoje em dia as cores são combinadas de maneiras muito mais incomuns do que
antigamente. As influências étnicas mudaram a nossa visão sobre as combinações das
cores, deixando-nos mais receptivos a novas ideias. Além disso, as cores mudam nos
ciclos da moda exatamente como os estilos.
— (FRINGS, 2012, p. 225)
Figura 1 | Cores
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Fonte: Shutterstock.
Tecido
Os designers de moda selecionam para cada coleção, tecidos específicos para a criação dos seus modelos,
observando as necessidades dos usuários e também interpretando as tendências da época. “Os tecidos são
escolhidos com base nas tendências da moda e em sua qualidade, desempenho preço e conveniência. Os
próprios tecidos muitas vezes propõem caminhos criativos para o design de uma roupa” (FRINGS, 2012, p. 221).
O casamento entre a peça de roupa e o tecido passa necessariamente pelas características do tecido, tais como
o teor da fibra, a tecelagem, sua textura, maleabilidade, cor, etc. Com observação e trabalho constante, os
designers costumam desenvolver uma capacidade de já visualizar uma peça pronta observando o tecido.
Christian Dior escreveu que: ‘Muitos dos meus vestidos nascem do tecido apenas’.
Outros designers trabalham no sentido oposto – primeiro têm a ideia, às vezes a
desenvolvem em um esboço, e então encontram o tecido adequado para ela.
Independentemente do método de trabalho do designer, ele precisa decidir qual tecido
funcionará melhor com um determinado design, ou vice-versa.
— (FRINGS, 2012, p. 221)
Figura 2 | Tecido
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Fonte: Shutterstock.
Forma e linha
A forma é definida após a escolha do tecido e tem como característica os detalhes visuais relacionados às
costuras, pregas, franzidos, nervuras, pespontos e aviamentos. “A direção da forma deve fluir de uma parte da
peça de roupa para outra e não deve ser interrompida sem que haja um propósito” (FRINGS, 2012, p. 226).
Enquanto linhas retas indicam precisão, as linhas curvas implicam em maior fluidez. A beleza de uma peça pede
pelo equilíbrio de ambas, tirando partido do corpo humano para suavizar as linhas mais retas e o emprego das
linhas curvas alinhadas com a forma humana.
Leve em conta que linhas verticais sugerem uma figura ereta e ideia de estabilidade, enquanto linhas
horizontais refletem descanso, tranquilidade e mansidão. As linhas suaves e curvas expressam fluidez, já linhas
diagonais podem refletir em movimento.
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Fonte: Shutterstock.
“Os designers podem não pensar conscientemente nesses princípios enquanto trabalham, mas quando há́ algo
errado em um produto eles são capazes de analisar o problema em termos de proporção, equilíbrio, repetição e
ênfase para criar um design harmonioso” (FRINGS, 2012, p. 227).
Os princípios de design são flexíveis, sendo interpretados dentro do contexto da moda do momento.
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Proporção
De uma forma bem objetiva, consegue-se atender a esse quesito quando existe uma harmonia entre o tamanho
de todos os componentes de uma roupa. “Ao conceber um estilo, o designer deve considerar como a silhueta
precisa ser dividida em linhas de construção ou detalhes. Essas linhas criam novos espaços, que devem se
relacionar uma maneira harmoniosa” (FRINGS, 2012, p. 228).
É preciso salientar que conforme se alternam os ciclos da moda, bem como a ótica da silhueta, alguns padrões
de proporção podem assumir novos protagonismos.
Os designers podem e devem realizar experiências com algumas variações sutis na proporção, em relação aos
posicionamentos das linhas compositivas, disposição e dimensões de aviamentos, etc., no intuito de criar novas
leituras para os figurinos.
Figura 4 | Proporção
Fonte: Shutterstock.
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Equilíbrio
Quando falamos em equilíbrio, o intuito principal é uma peça visualmente agradável, podendo ser uma
composição simétrica ou assimétrica. Pelo fato de ser mais lógico, o equilíbrio formal simétrico atinge mais
facilmente uma estabilidade compositiva, sendo a mais empregada nas produções das peças.
“Tal como temos dois olhos, dois braços e duas pernas, uma peça simétrica deve ter exatamente os mesmos
detalhes nos mesmos lugares em seus dois lados (direito e esquerdo)” (FRINGS, 2012, p. 228). Em algumas
situações, para que a simetria não deixe a peça monótona, o designer pode criar relações entre o tecido, a cor e
pequenos detalhes visuais, ainda que não sejam dispostos exatamente simétricos.
Já na composição assimétrica, os arranjos são diferentes de um lado e do outro da roupa, criando um impacto
visual, com um certo ar de dramaticidade e emoção, quando exitosa. A Figura 5 nos mostra um exemplo.
Repetição
Também entendida como movimento, torna o desenho da peça mais interessante. Ela costuma aparecer nas
linhas, formas e também nas cores. São exemplos de repetição as pregas, os franzidos, as camadas de detalhes
ou tecidos e até aviamentos, como costuras ou botões, dentre outras.
“A cor, a linha, a forma ou o detalhe dominante da peça pode ser repetido em outros lugares com variações”
(FRINGS, 2012, p. 229).
Figura 6 | Repetição
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Fonte: Shutterstock.
Ponto focal
É o centro de interesse da peça, em que todos os outros elementos se apoiam, enfatizando o tema do design.
Pode-se estabelecer um ponto focal com cores, formas ou detalhes que instiguem o olho do observador.
Segundo Frings (2012, p. 229), “combinar esses métodos dá ainda mais força ao ponto focal, assim como colocar
a ênfase decorativa em um ponto estrutural”.
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Fonte: Shutterstock.
ELEMENTOS DE ESTILO
É inevitável que a criação de moda englobe alguns elementos particulares, para que possa se expressar
visualmente e pertencer a um grupo. O designer de moda é o responsável por juntar tais elementos e criar um
produto ou uma coleção, com um contexto harmônico e alinhado com o grupo de roupas de um estilo
específico.
Para começar a trabalhar em uma coleção, muitos designers lançam mão de quadros
conceituais para mostrar as suas ideias para a equipe de gestão. Eles fazem uma
colagem com amostras de cores e tecido, esboços de ideias e recortes (fotografias de
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ideias) de revistas que capturam um clima ou tema. Isso tudo também pode ser
desenvolvido em programas de computador. Quando os conceitos são aprovados, os
designers desenvolvem suas ideias em temas específicos para o design de grupos e de
peças individuais.
— (FRINGS, 2012, p. 217)
Corpo
Segundo Silva (2016), o corpo é como uma tela de pintura, e nesse contexto, para produzir itens diferenciados
ou configurar releituras para futuros looks, é preciso formatar ideias e gerenciar conteúdos, para estilizar um
produto da moda.
Se falarmos no personagem protagonista de uma roupa, que é o tecido, um estilo determinado pode pautar a
sua escolha, levando em conta a estampa, a cor, a textura, o caimento, etc. Tais características são observadas
pelo designer, que sempre pesquisa e analisa as últimas tecnologias e tendências, para especificar e justificar as
suas preferências.
Fonte: Shutterstock.
Silhueta
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A silhueta, que descreve o contorno de toda peça, também é outro elemento determinante na conceituação de
um estilo. “Como a silhueta é o que vemos à distância, ela é responsável por uma das nossas primeiras
impressões sobre uma roupa” (FRINGS, 2012, p. 227).
Os ciclos da moda se alternam e em determinados momentos a silhueta se ajusta mais ao corpo, já em outros,
cortes mais retos dão menor ênfase aos contornos do corpo.
A silhueta deve se relacionar com a estrutura do corpo, mas algumas variações são
necessárias para deixar as roupas mais interessantes. Às vezes, uma parte da silhueta,
como mangas, quadris ou ombros, se destacam na peça. Estruturas que fazem bastante
sucesso em uma temporada normalmente são atualizadas com novos tecidos ou cores
na temporada seguinte. As linhas também dividem a silhueta em formas e espaços
menores por meio de costuras, aberturas, pregas e nervuras.
— (FRINGS, 2012, p. 227)
Quando o designer opta por demarcar a linha da cintura, por exemplo, a silhueta sofre uma subdivisão, com
uma leitura de duas formas: um corpo e uma saia ou calça, por exemplo.
Figura 9 | Silhueta
Fonte: Shutterstock.
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Reflita
O grande desafio do designer é fazer com que os elementos e princípios do design criem uma conexão
harmoniosa no desenvolvimento da peça de roupa, para que reflita o estilo a que se insere, seja ele casual,
esportivo, tradicional, refinado, romântico, sexy, urbano, étnico, etc.
Segundo Frings (2012), caso o tema de um grupo seja dramático, o design deveria ter uma linha de desenho
ousada, com a silhueta exacerbada, observando a inserção de divisões de espaços grandes, cores vivas ou
escuras, contraste forte, estampas grandes ou texturas mais evidentes. O autor ainda afirma que o uso bem
pensado dos elementos e princípios do design se faz mais aparente no vestido da noite, quando o drama da
ocasião exige a criação de algo impactante. Já no look diário, as roupas tendem a ser mais simples e práticas,
com elementos menos visíveis.
VIDEOAULA: ELEMENTOS DE ESTILO
Vamos ratificar algumas das características essenciais dos tecidos, quanto às padronagens e também a relação
das cores na criação da moda. Na sequência, destacaremos aspectos importantes que devem ser considerados
para criar um bom design. Finalizaremos com exemplos de alguns estilos de moda, com suas peculiaridades e
diferenciações.
ESTUDO DE CASO
A moda pode ser referenciada e diferenciada segundo os diferentes estilos que ressaltam suas peculiaridades
nas composições. Acompanhe o trecho a seguir sobre isso:
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Descreva quais são os aspectos determinantes que o designer de moda deve observar para estabelecer e
sintonizar com um estilo de moda.
No começo de uma nova coleção, os designers podem criar quadros conceituais para ilustrar as suas ideias,
com diagramações que envolvem cores, tecidos, recortes de modelagens, imagens de analogias, direcionando
os grupos de roupas para uma linha de criação, optando pela composição do estilo desejado. O estilo de cada
peça dentro de cada grupo cria a variedade, mantendo, ao mesmo tempo, um tema central.
Para enquadrar-se dentro de um estilo de moda, elementos e princípios de design orientam o processo de
criação. Na verdade, são os princípios – proporção, equilíbrio, repetição e ponto focal – que orientam as
especificações dos elementos: tecido, cor, forma e linha.
Os tecidos incorporam especificidades que determinam a sua aplicação para um tipo ou estilo de roupa, pois
sua textura, seu desempenho, seu peso e seu toque alinhar-se-ão mais convenientemente para uma situação e
não para outra. Da mesma forma, os padrões de estampa, seja pela escala, pela cor ou pelo desenho, podem
estar mais sintonizados com um estilo específico.
Outro aspecto que pode ser determinante para a composição de um estilo é a cor. Algumas cores aplicam-se
em diferentes estilos, porém alguns estilos optam por uma cartela de cores mais restrita. Por exemplo, um
estilo mais refinado vai usar tons pastéis, o branco ou preto, ressaltando um caráter mais reservado, enquanto
um estilo mais urbano irá abusar de cores vivas e que realmente destaquem o seu usuário no cenário em que
se insere. Também determinam um estilo o desenho da peça, que surge com as linhas, formas e a observação
da silhueta.
Esses três elementos estão inter-relacionados na modelagem das roupas, ora valorizando a anatomia humana e
ressaltando-a, ora criando uma nova leitura visual, sem evidenciar o formato do corpo. Alguns estilos mais
despojados e casuais lançam mão de roupas mais confortáveis, soltas, com um visual que seja prático,
enquanto outros, como o social ou o executivo, possuem linhas mais marcantes, com valorização da silhueta,
por exemplo.
O grande desafio do designer está justamente em ser assertivo no uso dos elementos e princípios do design,
para atingir a harmonia visual e também uma sintonia com estilo a que se incorpora, seja ele qual for: casual,
esportivo, tradicional, refinado, romântico, sexy, urbano, étnico, etc.
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Saiba mais
Deixamos duas sugestões de vídeos para aprofundar seus conhecimentos sobre os elementos e princípios
compositivos presentes nos estilos da moda.
O primeiro vídeo traz um conteúdo que evidencia as características dos chamados estilos universais. No
segundo, vamos estudar um dos elementos que influenciam no desenho e estilo de moda: a silhueta.
Aula 4
INTRODUÇÃO
Olá, estudante!
No desenho bidimensional, os desenhos se caracterizam por nos mostrar diagramas ou moldes planificados,
enquanto que a tridimensionalidade retrata a ideia de profundidade com técnicas de perspectiva. Ainda dentro
da modelagem, a tridimensionalidade também ganha destaque com a aplicabilidade dos moldes e tecidos em
manequins, mostrando os caimentos e contornos que simulam a antropometria humana.
Finalizaremos com uma abordagem da forma e da cor quando aplicadas no design da moda, especialmente nas
composições visuais das coleções de roupas desenvolvidas pelos designers.
Vamos iniciar!
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movimento, empregadas para delinear o corpo humano. Em suma, são composições de traços distintos que
contornam a nossa antropometria, formando silhuetas, destacando alturas, larguras e comprimentos de uma
peça de roupa.
Na moda, o desenho bidimensional, modelagem bidimensional ou ainda desenho plano, é feito com auxílio de
materiais de desenho, como lápis, canetas hidrográficas, etc., diretamente no papel Kraft (Figura 1), elaborando
assim um diagrama ou molde.
“A modelagem é uma técnica geométrica de traçar as proporções do corpo e a interpretação de modelos para a
elaboração de roupas. Hoje, com a grande escala de produção, a modelagem é um projeto feito em papel Kraft,
que possibilita sua cópia para infinitas quantidades de peças” (LOBO; LIMEIRA; MARQUES, 2014, p. 11).
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Outra ferramenta muito útil é a régua, não só para traçados retos, mas também as réguas para traçados curvos,
aplicáveis no decote e quadril, como vemos na Figura 2.
Temos o desenho livre, com detalhes e formatos da peça que se está idealizando, como vemos na Figura 3,
além dos diagramas, que podemos ver na Figura 4. O diagrama é um traçado geométrico, que se baseia nas
medidas e proporções do corpo humano. Por ser bidimensional, especifica duas medidas básicas, comprimento
e largura.
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Para você poder desenhar os diagramas, são necessárias as medidas antropométricas. Quando as roupas são
feitas de forma exclusiva, são necessárias as verificações de medidas básicas do usuário, como cintura, busto,
quadril, etc., mas de uma maneira geral, as indústrias de confecções trabalham com tabelas de medidas
graduadas a partir de características biofísicas, gênero, idade, etc.
Na Figura 5, temos um exemplo de como extrair uma medida para o futuro desenho bidimensional da
modelagem da roupa.
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Em suma, a confecção de roupas, antes de cortar tecidos, unir partes com costuras e alinhavos ou até receber
os adornos e acessórios, precisa ser pensada, concebida e projetada através de estudos preliminares ou croquis
e posteriormente com a modelagem tridimensional com moldes e pedaços de tecidos em manequins.
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Para criar os croquis de moda, é necessário que o designer atente-se para a correta proporção das partes do
corpo humano e em seguida escolha uma pose dessa figura fictícia. Você pode iniciar desenhando as formas
humanas básicas, com um traço leve, para estabelecer a base de construção da peça desejada e assim,
posteriormente, ir salientando as partes que julga mais relevantes do modelo de roupa que está sendo
pensado, como vemos nas Figuras 6 e 7 a seguir.
Fonte: Pexels.
Figura 7 | Finalização
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Fonte: Pexels.
Para conseguir os efeitos necessários, que possam induzir nossa percepção de um desenho que represente a
tridimensionalidade, você pode se valer de efeitos de luz e sombras, seja somente com grafite ou nanquim, ou
ainda com o uso da cor. Igualmente, detalhes das peças, como rendas, acessórios, pregas, etc., podem receber
maior esmero, ressaltando texturas e formatos que induzam aos efeitos de profundidade, como podemos ver
na Figura 8.
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Outra forma de trabalhar o tridimensional é através da modelagem das peças constituintes de uma roupa. “A
modelagem é um processo essencial no desenvolvimento de uma peça, pois é ela que irá transformar o
desenho do estilista em realidade, dando-lhe forma e caimento” (LOBO; LIMEIRA; MARQUES, 2014, p. 11).
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A técnica de modelagem tridimensional é usada tanto em ateliês quanto em confecções, onde basicamente a
roupa é concebida sobre o manequim. Um ganho significativo, em relação ao desenho bidimensional dos
diagramas ou moldes, é que a incidência de erro é mínima, justamente pela base tridimensional oferecida pelo
uso do manequim. Isso se justifica, pois para que se comprove a eficácia de um diagrama bidimensional feito no
papel, são necessários o corte e a costura do tecido para conformar a peça e então verificar o êxito ou não.
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Nesse constante exercício de reconhecer as formas, usamos basicamente dois sentidos – o tato e a visão –, além
é claro de nossos conceitos geométricos, psicológicos e simbólicos, que permitem a nossa interpretação de
propriedades e características físicas e visuais. Transportando para o design da moda, toda forma apresenta
propriedades visuais, como: configuração, cor, textura; e desenhos geométrico-conceituais para uma roupa,
como: ponto, linha, superfície, aresta, plano, etc. Quando falamos em linha, podemos associar ao desenho do
comprimento de uma calça ou, então, uma figura plana que pode ser um acessório da peça do vestuário, e
assim por diante.
“A história da indumentária relata a diversidade de composições de linhas, diretas e indiretas, voltadas para a
reprodução de uma peça de roupa planificada, seja ela simples ou elaborada. Conhecer as formas e as
composições é de fundamental importância para os designers” (SILVA, 2016, p. 40).
O desenho das formas, especialmente na produção de moda, está intrinsecamente ligado com a silhueta do
corpo humano. Conforme vemos nas Figuras 10 e 11, as silhuetas recebem a inspiração de linhas e formas,
sendo também a tipologia uma das formas mais conhecidas.
“Veja como elas podem ser representadas pelas letras do alfabeto, como: linha A, linha H, linha I, linha T, linha Y,
linha X e linha V. As linhas caracterizam a forma da roupa e sistematizam as partes que compõem o modelo. A
letra X é conhecida também como silhueta de ampulheta” (SILVA, 2016, p. 41).
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Outro aspecto determinante da produção de moda é a cor, seja em uma peça única ou então em uma coleção,
ela é um dos primeiros pontos de análise e referencial emocional do observador. “As cores da temporada fazem
apologia às paletas cromáticas tradicionalmente utilizadas nas temporadas. O estilista deve seguir as tendências
de cores para produzir uma coleção dentro dos parâmetros do mercado” (SILVA, 2016, p. 41).
É preciso considerar que as cores ligam-se com significados simbólicos e psicológicos, que acabam
determinando estado de espírito, como o branco, que expressa pureza, inocência, frio, matrimônio ou então o
preto, que pode expressar modernidade, sofisticação, formalidade, poder, elegância e morte. Da mesma forma,
as outras cores trazem consigo essas interpretações de cunho emocional, e somado a isso, como ressalta Silva
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(2016, p. 26), podemos ainda encontrar composições cromáticas em: “posição de positivo e negativo com a
mudança das posições de cores preto e branco. Essa composição reflete na colocação perfeita de uma
determinada cor em um espaço negativo, fazendo com que a apresentação se torna dinâmica”.
ESTUDO DE CASO
Você foi convidado para participar da semana acadêmica do curso de moda da universidade que estuda, sendo
o responsável por apresentar um quadro resumo sobre o processo criativo e técnico do desenho na moda.
A ementa específica que lhe cabe é explicar o processo de desenho e criação e, posteriormente, os processos de
modelagem no formato bidimensional e tridimensional de uma peça de roupa.
Os estudos preliminares deveriam ser à mão livre, com maior liberdade para riscar, experimentando situações e
elementos, alternando possibilidades, sempre com paciência e foco para alcançar êxito na ilustração de suas
ideias.
Buscar referências e analogias sempre auxiliam essa etapa inicial, e a excelência será alcançada com a repetição
e observação constante. Para criar, a pesquisa é vital, pois serve para o crescimento não só́ profissional, mas
também para conhecer melhor o dinâmico e global mundo da moda.
Lembre-se: ainda que tenhamos a tecnologia e informática à disposição, o desenho manual é a melhor
ferramenta para essa etapa inicial, por possibilitar uma maior liberdade de expressão gráfica.
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O desenho de moda tem uma função não só representativa, uma vez que o seu objetivo principal é de
informação. Isso se explica pelo fato de estar ligado à construção e à produção do vestuário. É imprescindível
que nesse tipo de desenho se priorize o processo seguinte da costura, portanto, necessita ser bem descritivo e
bem claro em seus conceitos para que o entendimento ocorra de maneira sucinta.
O croqui serve para esse processo de criação, necessitando sempre uma figura humana pré-desenhada, pois
serve como a base para o desenho do figurino. As proporções antropométricas devem ser respeitadas, com a
relação correta principalmente do tronco e dos membros. Importante também que no desenho da figura
humana o designer escolha uma pose que facilite e valorize os detalhes intrínsecos das peças da roupa que está
criando.
Após o desenho em croquis e uma vez definido o figurino, temos o desenho bidimensional e a modelagem
tridimensional como caminhos compositivos a seguir. No desenho bidimensional, são feitos os diagramas ou
moldes, que servem para o futuro corte do tecido e a costura final. Já na modelagem, com o uso de manequins,
o designer pode se valer dos próprios diagramas, mas principalmente de pedaços de tecido, que são modelados
diretamente na silhueta do manequim.
De uma forma resumida, as modelagens feitas para a produção de roupas baseiam-se em técnicas de
geometria para traçar as proporções do corpo com a interpretação de modelos para a elaboração de roupas.
Ela é essencial no desenvolvimento de uma peça de roupa, pois é justamente ela que transforma o desenho do
designer em realidade, dando-lhe a forma e o caimento.
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Saiba mais
Deixaremos duas sugestões de vídeos como forma de aprofundar os seus conhecimentos e estudos sobre
os nossos conteúdos relacionados com o desenho, a forma e a cor no design de moda.
O primeiro vídeo traz uma comparação de modelagens, a industrial e a sob medida, com suas principais
características e formas de execução.
O segundo vídeo, bastante ilustrativo, aborda a escolha da paleta de cores na composição da imagem
pessoal, ressaltando e pontuando as relações com os figurinos de moda.
REFERÊNCIAS
4 minutos
Aula 1
FRINGS, G. S. Moda: do conceito ao consumidor. Porto Alegre: Bookman, 2012. Disponível em:
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n.: s. d.]. 1 vídeo (17 min.). Publicado pelo canal Passo a passo empreendedor. Disponível em:
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https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788521210115/. Acesso em: 6 set. 2021.
Aula 2
BAXTER, M. Projeto de produto: guia prático para o design de novos produtos. Tradução Itiro Lida. – 3. ed. –
São Paulo: Blucher, 2011.
BÜRDEK, B. E. Form und Kontext. In: OBJEKT UND PROZESS, n. 17. Design Colloquium at the Academy for
Inustrial Design in Halle, Burg Giebichenstein. 28-30 novembro, 1996.
BÜRDEK, B. E. Design: história, teoria e prática do design de produtos. Tradução de Freddy Van Camp. – São
Paulo: Blucher, 2010.
GESTALT - O que é Gestalt? Como funcionam as leis da Gestalt no design? [S. l.: s. n.: s. l.]. 1 vídeo (17 min).
Publicado pelo canal Chief of Design. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=yMwXvCFGCgM. Acesso
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Aula 3
FRINGS, G. S. Moda: do conceito ao consumidor. Porto Alegre: Bookman, 2012. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788540701786/. Acesso em: 15 set. 2021.
MCASSEY, J.; BUCKLEY, C. Styling de Moda. Porto Alegre: Bookman, 2015. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788582600092/. Acesso em: 17 set. 2021.
OS 7 estilos universais - como encontrar o seu estilo. [S. d.: s. n.], São Paulo. 1 vídeo (13 min.). Publicado pelo
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SILVA, T. C. D. R. Produção de Moda - Desenhos, Técnicas e Design de Produto. São Paulo: Editora Saraiva,
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2021.
TIPOS de Silhuetas e truques para cada formato de corpo. [S. l.: s. n.], 2019 1 vídeo (15 min.). Publicado pelo
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Aula 4
https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=thalita.mayara.martins%40gmail.com&usuarioNome=THALITA+MAYARA+SILVA+MARTINS&disciplinaDescricao=CRIAÇÃO+EM+DESIGN… 51/52
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COMO descobrir a sua cartela de cores. [S. l.: s. n.: s. d.], 1 vídeo (16 min.). Publicado pelo cana Escola de Moda
Cá Cavalcanti. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vt-vhqg9uh4. Acesso em: 22 set. 2021.
MODELAGEM Industrial X Modelagem Sob Medida. [S. l.: s. n.: s. d.], 1 vídeo (10 min.). Publicado pelo canal
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2016. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536520681/. Acesso em: 21 set.
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TAI, H. Design: conceitos e métodos. São Paulo: Blucher, 2018. Disponível em:
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