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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

Disciplina:

Mobiliário 01

====================================================================
Apostila destinada ao Curso Técnico de Nível Médio em Design de Interiores das Escolas
Estaduais de Educação Profissional – EEEP
Material elaborado pela professora Jéssika Ricarte S. Ferreira Albuquerque -
2018
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Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Mobiliário 01 1


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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 4
1.1- PROGRAMA CURRICULAR ....................................................................................................... 5
2. FERRAMENTAS ..................................................................................................................................... 6
2.1- MÁQUINAS DE CORTAR .............................................................................................................. 6
2.2- MÁQUINAS DE APLANIAR E LAVRAR ..................................................................................... 8
2.3 – OUTRAS FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS............................................................................. 10
3. MATERIA-PRIMA: a MADEIRA ......................................................................................................... 11
3.2 – MOGNO ......................................................................................................................................... 12
3.3 – ITAÚBA ......................................................................................................................................... 12
3.4 – CUMARU ...................................................................................................................................... 12
3.5 – CARVALHO AMERICANO ........................................................................................................ 13
3.6 – CEDRO .......................................................................................................................................... 13
3.7 – PINUS ............................................................................................................................................ 13
3.8 – PINHO ............................................................................................................................................ 13
3.9 – MADEIRA DE DEMOLIÇÃO ...................................................................................................... 14
3.10 – MDF ............................................................................................................................................. 14
3.11 – MDP ............................................................................................................................................. 15
3.14 – COMPENSADO .......................................................................................................................... 15
3.13 – AGLOMERADO ......................................................................................................................... 16
3.14 – OSB .............................................................................................................................................. 16
3.15 – LACA ........................................................................................................................................... 16
3.16 – LAMINADO MELAMINICO ..................................................................................................... 18
3.17 – FERRAGENS .............................................................................................................................. 18
4. VOCABULÁRIO DE MARCENARIA ................................................................................................. 21
5. CARACTERISTICAS DOS MÓVEIS AO LONGO DA HISTÓRIA ................................................... 24
5.1- CARACTERISTICAS DOS MÓVEIS ............................................................................................ 24
6. OS TIPOS DE MÓVEIS ......................................................................................................................... 40
6.1- MÓVEIS PRONTA-ENTREGA ..................................................................................................... 40
6.2- REUSO E RECICLAGEM .............................................................................................................. 40
6.3- MÓVEIS PLANEJADOS ................................................................................................................ 41
6.4- MÓVEIS COM DESIGN ESPECIAL ............................................................................................. 41
7. PROJETO DE MÓVEIS ......................................................................................................................... 42
6.1- móveis pronta-entrega........................................................................ Erro! Indicador não definido.
8. BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................................................... 46

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1. INTRODUÇÃO

Na disciplina de Mobiliários 01, iremos embasar você, aluno quando aos tipos de
ferramentas, materiais, vocabulário e as características dos projetos de móveis criados ao
longo da história humana.

É importante você futuro designer de interiores saber analisar tais características para
que possa especificar, projetar de maneira adequada móveis baseados em estilos artísticos ou
para atender necessidades/desejos de seus clientes.

A produção de móveis é uma das áreas que mais cresce a cada ano, especialmente com
as alterações da utilização do espaço, onde o valor do m² é relativamente alto tem influenciado
na diminuição das residências e pontos comerciais comercializados.
Isso tem ocasionado uma maior procura por um setor até anos atrás considerado de luxo
e exclusivo para as classes mais altas, o setor de móveis planejados.
Este setor vem sendo compartilhado entre Marceneiros e Lojistas de fabricas de móveis
planejados, e tem sido um dos nichos mais rentáveis da nossa área (Design de Interiores).
No caso de uma empresa de Marcenaria,
temos a fabricação de móveis apenas por
encomenda, e onde o projeto do móvel em geral é
feito por terceiros e é executado ou o móvel é
reparado guiando-se pelas orientações desse
projeto ou “croqui”.
Com o avanço da tecnologia, máquinas
modernas estão à disposição do marceneiro,
permitindo que inúmeros artefatos e objetos úteis sejam produzidos em escala, em maior
quantidade, com redução de custos, sem perda de qualidade do produto.
No caso das lojas de Móveis Planejados,
partes de um ou mais móveis é pré-fabricado, esses
são chamados de “módulos”, e depende da
criatividade do “Consultor-Projetista” desenvolver
diferentes móveis utilizando um mesmo “módulo” para
atender necessidades distintas.

Veja que o layout da fábrica de móveis

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planejados (imagem ao lado) e da marcenaria (imagem acima) são diferentes, pois na


marcenaria não é obrigatório se ter um layout que otimize a produção, gerando uma ordem na
fabricação que resulta num processo repetitivo, enquanto que na fábrica de móveis planejados,
a setores e uma ordem “crescente” de fabricação para se executar um projeto de móveis.

No entanto, essas diferenças nem sempre são vistas na prática, pois devido a acirrada
competição entre Marceneiros e as grandes fábricas de móveis planejados, muitos Marceneiros
tem procurado se aprimorar para atender ao mercado de móveis planejados, melhorando seus
processos de fabricação, ampliando as formas de pagamento, etc.

1.1- PROGRAMA CURRICULAR

Disciplina: Mobiliários 1 2° SEMESTRE


2°ANO
Curso: Técnico de Nível Médio em Design de Carga 40 horas/aula
Interiores Horária:
Ementa: Evolução do mobiliário. Criação de mobiliário. Venda de mobiliário.
Projeto de mobiliário.
Conteúdo 1° BIMESTRE
Programático:
UNIDADE I:
 Evolução histórica do mobiliário;
 Analise de móveis existentes.
UNIDADE II:
 Criação de móveis para área residencial.
2° BIMESTRE
UNIDADE III:
 Criação de móveis para área comercial;
UNIDADE IV:
 Venda de mobiliários.
Objetivo: Dotar os alunos de conhecimentos gerais sobre os aspectos artísticos e
técnicos que diferentes culturas imprimiram no mobiliário ao entender a
essência dos diversos estilos. Estudados diacronicamente, o aluno terá
um panorama indenitário da sociedade que o produziu. O domínio
desse conhecimento poderá ser rebatido no processo de criação e
análise do design, como subsídio na construção conceitual de um
projeto e venda especializada de móveis.
Metodologia: A disciplina será ministrada por aulas teóricas e práticas, em laboratório
de pranchetas, com exercícios programados de acordo com os
conteúdos a ser ministrado, podendo se valer de outras metodologias
para adaptar as características da turma e da disciplina.
Bibliografia  PLUNKETT, DREW Autor: BOOTH, SAM. Mobiliário para o
Básica: Design de Interiores. 1°Ed. GG BRASIL,2015.
 DUCHER, Robert. Característica dos Estilos. São Paulo:
Martins Fontes, 1992.
 PINHEIRO, ANTONIO CARLOS DA FONSECA BRAGANÇA +
CRIVELARO, MARCOS. História e Desenvolvimento de
Mobiliário. 1°Ed. ERICA,2015.
Bibliografia  MONTENEGRO, Ricardo. Guia de História do Mobiliário.

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complementar: Lisboa: Editorial Presença, 1995.


 DROSTE, Magdalena. Bauhaus, arquivos 1919-1933. Germany:
Cosmopress, 1990.
 FEDUCHI, Luís. História del Mueble. Barcelona: Editorial Blume,
1983.
 OATES, Phillis Bennet. História do Mobiliário Ocidental. Lisboa:
Editorial Presença. 1981.
 SELVAFOLTA, Ornella. Mobiliário Europeu. Lisboa: Editorial
Presença, 1989.

2. FERRAMENTAS

Quando se escuta falar Marcenaria, logo nos veem a cabeça grandes e pesadas
máquinas, no entanto, a realidade é um pouco diferente. A maior parte das ferramentas são
leves e simples, e com a competição entre madeireiras (locais onde se comercializa a madeira
e outros acessórios), as grandes nem sempre precisam ser adquiridas pela Marcenaria pois
devido à procura de marceneiros e profissionais liberais, as Madeireiras enxergaram um
mercado de prestação de serviços, onde além de vender a matéria-prima ainda oferece serviço
de corte, planeamento, entre outros. Possibilitando a redução de custos relativos a aquisição de
máquinas pelas marcenarias e profissionais liberais de menor porte.
Mas que ferramentas são essas? Vamos conhecer algumas agora.
As máquinas para usinar madeira podem ser classificadas em dois grupos básicos:

1- Máquinas para aplainar e lavrar: Desempenadeira, desengrossadeira,


respigadeira, tupia, furadeira, torno, entre outros.

Além dessas máquinas, uma série de outras ferramentas e acessórios é usada em


marcenaria. São eles:

2.1- MÁQUINAS DE CORTAR


Neste grupo todas as serras.
 Esquadrejadeira: Esta máquina produz cortes e acabamentos em todos os tipos de
madeira. Funciona de acordo com a necessidade do manuseador, e é muito prática.

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 Seccionadora: Versatilidade é a maior qualidade desta máquina. Ela realiza cortes em


diversos tipos de madeira, inclusive em MDF e compensados, além, é claro, de
madeiras em geral. O seu diferencial está no fato de poder ser deslizada em qualquer
direção.

 Serra tico-tico: Existem diversos tipos de serra tico-tico, no entanto, nos atentaremos
apenas a profissional e a semiprofissional, que é utilizada para quem tem como hobby a
marcenaria.
A serra semiprofissional é ideal para fazer pequenos trabalhos. Ela é bastante leve, e
pode ser usada para início das atividades da empresa.

Já a serra tico-tico profissional é mais pesada e ideal para projetos robustos e mais
detalhados. Sendo recomendada para fabricar móveis provençais e de festas cujas
laterais possuem muitas curvas.

 Serra meia esquadria elétrica e manual: Trata-se de uma


serra que permite fazer cortes angulares precisos. As duas
podem cortar em 90° graus com bastante precisão, no entanto,
a elétrica oferece a mesma facilidade quando se trata de um
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corte à 45°. Além dessa diferença, temos a rapidez e agilidade que a esquadria elétrica
proporciona, culminando em maior produtividade em comparação da opção manual.

 Serra circular: Versátil e precisa. Suas funções incluem: cortar perfil de alumínio, cortar
em 45 graus e recortar arremates.

2.2- MÁQUINAS DE APLANIAR E LAVRAR


Neste grupo todas as serras máquinas servem para nivelar, bordar e nivelar
ornamentos.
 Desempenadeira: Esta máquina produz cortes e
acabamentos em todos os tipos de madeira.

 Desengrossadeira: Esta é utilizada para reduzir as dimensões desejadas.

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 Plaina: Esta é desbastar a madeira, reduzindo-a às dimensões desejadas. São


usadas também para retirar irregularidades de superfícies da madeira, tornando-
as mais lisas.

 Respigadeira: Esta máquina é um instrumento próprio para o encaixe que se faz


em peças de madeira.

 Tupia: Esta máquina é indicada para fazer ranhuras, furos, arestas, enfeites.
letras,etc.

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 Furadeira: Esta máquina é para perfurar madeira, metal, pedra, louça etc., que
consta de um punho, de uma haste de ferro dobrada em forma de manivela em
torno desse punho, e de uma verruma de aço.

 Torno: Esta é uma máquina-ferramenta provida de um eixo horizontal rotativo,


uso para dar forma ou acabamento a uma peça; torniquete.

2.3 – OUTRAS FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS


 Graminho: O graminho é uma ferramenta de marcação muito útil para
marceneiros e carpinteiros pois com ele é possível fazer marcações iguais
repetidas vezes bastando ajustá-lo na primeira vez e depois estando travado na
medida desejada é só repetir a marcação, sem ter que ajustá-lo novamente.

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Limas e Grosas: As grosas são ferramentas específicas para proporcionar


acabamentos em trabalhos com madeiras e a diferença está nos dentes que são mais
profundos com intervalos maiores entre eles, superior aos das limas, proporcionando um corte
agressivo, ou seja, um desbaste rápido.
 Redonda - para ajustar formas redondas ou côncavas;
 Chata - uso geral para superfícies planas ou convexas;
 Meia Cana - dupla finalidade, lado chato para superfícies planas ou convexas e
lado curvo para superfícies redondas ou côncavas.

Formão: é uma ferramenta de corte utilizada para entalhar ou esculpir madeira.

Além desses, tem outras ferramentas mais comuns.

3. MATERIA-PRIMA: A MADEIRA

Na decoração de interiores, madeira é sinônimo de sofisticação e bom gosto. De acordo


com um estudo feito há alguns anos pelo BNDES, os móveis de madeira são, em larga medida,
os mais consumidos no Brasil em todas as classes sociais.
Entretanto, o sucesso nas vendas está diretamente ligado à escolha da melhor madeira
para móveis. Como produto de sua diversidade biológica, a madeira tem uma variedade imensa
de cores e texturas. Cada espécie é adequada à fabricação de um produto específico ou para
uma utilização exata.
Dessa forma, assim como outros materiais, a madeira também pode ser encontrada em
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diferentes tamanhos, formatos e composições. As opções variam de acordo com a espécie e


permitem a obtenção de móveis fabricados com madeira de lei, placas de madeira
reconstituída ou madeira de reaproveitamento.
Vamos ver agora algumas informações sobre os principais tipos de madeira
comercializados no Brasil.

Vamos começar pela Madeira Maciça que é um tipo de madeira trabalhado em seu
estado puro, ou seja, sem a interferência de outros produtos e fibras sintéticas. A madeira
maciça é de alta qualidade e muito usada na fabricação de mobiliários com estilo rústico e
colonial. Algumas das espécies mais usadas no mercado: Mogno, Itaúba, Pinho, Pinus, Cedro,
Cumaru, Carvalho Americano e madeira de demolição.

3.2 – MOGNO
Madeira considerada nobre e sofisticada. Sua cor varia do
castanho avermelhado vibrante ao rosado, detalhe que a torna
inconfundível. De alta estabilidade, durabilidade e fácil de ser trabalhado,
o mogno também é bastante resistente à ação de fungos e cupins.
Essa madeira, muito presente no sul do Pará, é bastante
procurada para a fabricação de estantes, cadeiras, mesas e bases de
sofá, sempre identificada como uma ótima madeira para móveis de alto
padrão.
Por se tratar de uma das espécies atualmente ameaçadas de extinção, a extração do
mogno é cercada de regras rígidas. Essas restrições fizeram com que a maioria dos materiais
comercializados sob a marca “padrão mogno” fossem compostos por madeiras de outras
espécies, revestidos, ao fim, por uma generosa camada dessa espécie nobre.

3.3 – ITAÚBA
Madeira muito presente nos trópicos (sobretudo no Norte no
Brasil), essa espécie é altamente resistente ao ataque de organismos. A
secagem deve ser natural, uma vez que a secagem artificial pode facilitar
o aparecimento de rachaduras ao longo do uso.

3.4 – CUMARU
Trata-se da melhor madeira para móveis no quesito resistência
(tanto ao desgaste por cupins quanto à umidade). Entretanto, é difícil de
ser trabalhada. A rigidez dessa madeira muito encontrada no Norte do
país explica por que seu uso é mais restrito à fabricação de pisos.
A robustez torna essa madeira mais adequada à decoração de
ambientes rústicos ou industriais. Apesar de seu aspecto mais “imperial”,
pode ser usado para móveis de sala (como racks e estantes), especialmente em locais onde há
predominância das cores marrom e verde, situações em que a madeira de cumaru destaca o
aspecto vivo da natureza.

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3.5 – CARVALHO AMERICANO


Madeira dura e de moderada durabilidade; apesar da sua
rigidez, é considerada fácil de ser trabalhada, mas de difícil
secagem. Consegue juntar simplicidade e elegância em uma única
peça, o que justifica a razão pela qual as mesas de centro de
carvalho fazem tanto sucesso no mercado. Marrom, bege, castanho
e mel estão entre suas principais tonalidades.
Apesar de sua beleza, esse material não possui grande
resistência a insetos. Se não houver um cuidado especial, a madeira
pode apresentar, no médio prazo, fendas e deformações.
Para ampliar a durabilidade dos móveis em carvalho americano, é preciso ter atenção
para movimentá-los, levantando as peças em vez de arrastá-las. Mantenha esses móveis
também longe do calor ou de panelas quentes.

3.6 – CEDRO
Sua tonalidade marrom avermelhada transborda uma
atmosfera de conforto ao local, por isso, é excelente para móveis
de sala. É uma madeira versátil, fácil de serrar, lixar e parafusar, o
que também facilita o processo de montagem.
Comum na América do Sul, essa madeira é marcada pela
pouca permeabilidade e secagem rápida. Sua resistência ao
ataque de insetos e microrganismos é considerada média.
Com relação aos cuidados com o material, basta lembrar
que a aplicação de vernizes ou selantes transparentes são ótimas estratégias para proteger o
cedro da umidade e aumentar sua vida útil.
É possível também fazer um tratamento na peça com óleo de cedro, no intuito de
ressaltar sua luminosidade. Sua limpeza deve ser feita com flanela seca.

3.7 – PINUS
Material de reflorestamento (o que torna essa a melhor madeira
para móveis do ponto de vista ambiental), macia ao corte e de textura
fina. É resistente, durável, de alta qualidade e chama atenção por sua
tonalidade clara. Perfeita para compor o visual de salas de estar, com
de racks, estantes e prateleiras. Sua cor suave é excelente para
montar tendências clássicas ou retrô.
Os colaboradores de sua loja de móveis nunca devem usar
abrasivos na limpeza das peças. Esta deve ser feita com pano macio e
água com sabão neutro, a fim de não tornar a cor do material opaca ao
longo do tempo.

3.8 – PINHO
Assim como o cumaru, tem aspecto rústico e, portanto, está muito mais associado à
natureza do que à modernidade. É um material resistente, mas que não está livre de sofrer
arranhões, o que significa que deve ser tomado todo o cuidado no uso de materiais de limpeza,
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a fim de não retirar sua cor e textura naturais.


Embora valorizado pela beleza e durabilidade, o material
na forma maciça tem um custo mais alto quando comparado com
outros tipos de madeira. É por isso que a opção tem indicação
para quem realmente deseja uma peça que possa ser
aproveitada no mesmo ambiente por longos anos.
O acabamento rústico e sólido da madeira maciça
também deve ser considerado na hora da compra, afinal, é um
detalhe que interfere na estética do mobiliário. Pense que, para
algumas pessoas, o peso e a dureza da madeira maciça se tornam pontos negativos quando
comprometem a mobilidade da peça.

3.9 – MADEIRA DE DEMOLIÇÃO


A madeira de demolição é aquela extraída de peças
prontas ou de elementos presentes em construções antigas.
Muitas pessoas ainda têm receio com esse tipo de material por
acharem que é defeituoso/de má qualidade. Aqui, cabe ressaltar
que toda madeira de demolição é submetida a um tratamento
industrial antes de ser reutilizada.
Apesar de ser valorizado em projetos de visual rústico,
esse tipo de material nem sempre agrada a todos os gostos. Por
não ser considerada a melhor madeira para móveis, caso você
considere incluí-la na revenda, pesquise um pouco sobre as preferências do público-alvo para
saber se haverá demanda suficiente para comercializar móveis de madeira de demolição.

3.10 – MDF
A madeira MDF é uma placa de fibra de média densidade.
Obtida a partir da aglutinação de fibras de madeira e resina sintética,
esse material é geralmente utilizado na fabricação de peças que
exijam detalhes em cortes, relevo e entalhamento.
Seu processo de fabricação envolve o uso de resinas e
aditivos para formar uma sucessão de chapas de fibra de madeira,
as quais são coladas umas sobre as outras e fixadas por pressão.
Com aspecto homogêneo e textura suave, esse material tem
ótima variedade de acabamentos (brilhante, acetinado fosco,
madeirado), é bastante maleável, além de ser ecologicamente
correto.
A flexibilidade do MDF é uma característica muito bem vista
por lojistas porque permite a criação de móveis diferenciados sem
comprometer o aspecto liso e uniforme do acabamento. Considerada
material durável, a madeira MDF é ideal para compor peças com
design diferenciado e um preço acessível.

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3.11 – MDP
O MDP é uma partícula de média densidade obtida com a
combinação de partículas de madeira em três camadas: uma mais
grossa no miolo e duas mais finas nas superfícies. Essa
composição heterogênea garante ao material ótima resistência
estrutural e durabilidade ao mobiliário.
O MDP possui uma aparência muito semelhante à da
madeira maciça e tem a vantagem de ser mais barato. Na indústria
moveleira, esse material costuma ser usado para a fabricação de
peças com linhas retas e planas (caixas, nichos) e elementos sem
cortes ou detalhes em relevo.
Outro ponto valorizado no MDP é a leveza. Essa característica permite a composição de
modelos de mobiliário maiores e com boa resistência ao empenamento e à instalação ou
remoção de parafusos.

3.14 – COMPENSADO
Contraplacado (português europeu) ou madeira compensada (português brasileiro) é um
derivado de madeira feita de finas placas de entalho de madeira inventado por Immanuel
Nobel.
As camadas são coladas umas às outras, cada uma com seu grão perpendicular às
camadas adjacentes para maior força. Há geralmente um número ímpar de dobras, porque a
simetria faz com que o placado seja menos propenso a entortamentos, e o grão nas superfícies
exteriores segue sempre o mesmo sentido. As dobras são ligadas sob o calor e a pressão com
colas fortes, geralmente com resina fenólica, fazendo da madeira compensada um tipo do
material composto. O contraplacado é geralmente chamado de madeira original projetada.
Uma razão comum para usar a madeira compensada em vez da madeira lisa é sua
resistência ao rachamento, ao encolhimento, à torção, e ao seu alto nível de força. Esta
substituiu muitos outros tipos de madeira em aplicações de construção por estas razões.

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3.13 – AGLOMERADO
O aglomerado de partículas, aglomerado de madeira ou simplesmente aglomerado, é
um material derivado da madeira. Este tipo de material é feito há dezenas de anos e sua
produção tem evoluído tecnicamente de forma significativa, apresentando atualmente alto nível
de qualidade, representado pela consistência estrutural, baixa utilização de formaldeídos em
sua composição e excelente padrão de acabamento.

3.14 – OSB
O OSB é um material derivado da madeira, composto por
pequenas lascas de madeira orientadas em camadas cruzadas
seguindo uma determinada direção, que lhe conferem alta resistência
e rigidez. É um produto bastante usado na construção de edifícios de
madeira, devido ao seu baixo custo e facilidade de aplicação.

3.15 – LACA
Há uma diferença bem sutil na grafia mas muito importante sobre a laca. No Brasil
poucas pessoas conhecem o que chama-se de lacado, costumamos nos referir aos móveis e
acabamentos como laqueado.
A laca original tem origem na China, por volta do século IV a.C., e como outros tipos de
vernizes a laca é obtida a partir de plantas das famílias das anacardináceas. Através da incisão
na casca dessas árvores, o exsudado (látex de aspecto cremoso, como o conhecido látex para
fabricação de borrachas) passa por vários processos de filtragem para a obtenção de uma
resina transparente, que fica guardado em recipientes fechados hermeticamente e ao abrigo da
luz.
Com um pincel são passadas diversas camadas de laca na superfície desejada, muitas
vezes mais de 20 vezes, esperando secar cada camada em local úmido, arejado e sem poeira,
depois polido diversas vezes até alcançar o resultado satisfatório.
Devido a lentidão do processo natural e também do tempo gasto, pois é um processo
extremamente artesanal, a laca original possui um valor muito elevado, mas vale lembrar que é
um ótimo acabamento, protegendo a superfície do móvel ou outro objeto, impermeabilizando,
protegendo da corrosão e desintegração.
A laca sintética, ou a laqueação, é uma tinta industrial cujo acabamento pode ser fosco
ou brilhante, aplicado com pistola e, pela breve descrição, podemos entender que nada tem a
ver com a laca chinesa original.
A laqueação não confere uma alta resistência ao móvel, sendo o mais frágil dos
acabamentos desse post. A laca tem alguns benefícios, como a possibilidade de fazer um
grande móvel sem emendas, pintura uniforme, além de definir a quantidade de brilho. A grande
variedade de cor também é um destaque, há uma cartela imensa de cores de diversos
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fabricantes que com certeza há a que você procura.


Os pontos negativos da laqueação é que ela não abre possibilidade para manutenção,
sendo que, dependendo do dano (a laca lasca com certa facilidade) é necessário realizar
novamente a pintura. Além disso a limpeza deve ser feita com cuidado para que não apareçam
riscos indesejados e também a limpeza nunca deve ser feita com produtos abrasivos.Laminado
Melamínico ou Melamina ou "Fórmica" ou Laminado Plástico, tipo de revestimento feito de
folhas de celulose (papel) prensado com resina a altíssima pressão e utilizadas coladas sobre
materiais diversos tendo diversas texturas e padronagens, atualmente se fabrica com camada
de folha de alumínio ou metal o que dá aparência de metal, sendo de custo mais elevado,
dimensões médias 1,25x2,51 ou x3,05m espessuras de 0,8 a 1,2 mm, sendo a mais grossa
para colagem sobre emboço.

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3.16 – LAMINADO MELAMINICO


Laminado Melamínico ou Melamina ou "Fórmica" ou
Laminado Plástico, tipo de revestimento feito de folhas de celulose
(papel) prensado com resina a altíssima pressão e utilizadas
coladas sobre materiais diversos tendo diversas texturas e
padronagens, atualmente se fabrica com camada de folha de
alumínio ou metal o que dá aparência de metal, sendo de custo
mais elevado, dimensões médias 1,25x2,51 ou x3,05m espessuras
de 0,8 a 1,2 mm, sendo a mais grossa para colagem sobre emboço.

3.17 – FERRAGENS
Um Componente importante que garante
a junção das peças projetadas e possibilita
soluções inovadores ao compararmos com os
projetos encontrados em outros períodos
históricos, é as ferragens escolhidas por você
para compor seu móvel.
Quanto mais tecnológica for a ferragem,
maior o será o valor dela e consequentemente
do móvel, por isso, é importante você pesquisar
e planejar de acordo com o briefing do seu
cliente.
As ferragens são puxadores, dobradiças, fechaduras, entre outros. Existem inumeros
fornecedores; Soprano, Metalinox, Häfele, (...), no qual é possível encontrar seus produtos
pesquisando no google: “Ferragens para móveis”.

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3.18 – METAIS
Os metais podem ser utilitários ou decorativos, mas em geral acabam apresentando
ambas funções. Os metais utilizados no projeto de móveis, são peças de ferro, aço, alumínio,
zinco, cobre, titânio.
Encontrados em diversas formas, parafusos, ferragens, chapas, tubos e perfis tubulares;
são utilizados para unir peças, possibilitar a abertura de peças que foram unidas, fazer o
acabamento do móvel, compor parte do móvel. Mas antes de definir qual irá utilizar você deve
pesquisar as características, vantagens e desvantagens de cada um para que não prejudique a
função do seu móvel.

3.19 – PLÁSTICOS
O termo “Plásticos” reúne uma grande variedade de produtos, resultante de processos
químicos e de produção. Apresentam inúmeras vantagens, alguns tipos de plásticos são fáceis
de moldar, outros tem elevada resistência em relação ao peso e volume e, ainda, há os que
são muito resistentes à corrosão ou extremamente higiênicos.
Podendo ser utilizados como acabamentos decorativos e práticos, muito versáteis, ou
ocultos na forma de tubulações e conduítes, que inclusive aproveitam as capacidades de
moldagem do material para criação de conexões.
Alguns dos plásticos mais utilizados na indústria moveleira é o Acrílico, Polipropileno.

3.20 – VIDRO
As diferentes características dos vidros são produzidas com uma variedade de técnicas
que determinam sua força e aparência e translucidez e serem coloridas e texturizadas. Quando
utilizadas em móveis, podem ser instaladas dentro de um quadro de madeira ou metal, mas o
vidro endurecido ou laminado é forte e rígido o suficiente para servir de tampo para mesas ou
balcões sem necessidade de uma estrutura, neste último caso, as bordas deverão ser alisadas
para evitar acidentes.

3.21 – A PEDRA
Outro componente de móveis que nos oferece um leque variado de cores, padrões e
texturas. Podemos utiliza-la em seu estado bruto, apenas cortada ou em placas finas e polidas
em uma das faces a fim de acentuar suas cores e padrões naturais.
As pedras são comumente utilizadas em tampos de mesa e balcões, mas nem todas são
apropriadas para tal fim, você deve sempre conhecer todas as propriedades da pedra que
pretende utilizar no seu projeto.

3.22 – OS TECIDOS
Utilizados principalmente em estofamentos, no entanto com o avanço tecnológico vemos
tecidos mais resistentes, possibilitando utiliza-los de maneira mais criativa.
Neste tipo de componente temos, os tecidos obtidos de fontes naturais, oriundos do
animal ou vegetal. Os mais conhecidos são: Linho, Lã, Seda, Algodão, Juta, Cânhamo e o
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Sisal.
E temos os sintéticos à base de petróleo, que possuem maior dureza, resistência a
manchas e elasticidade.
As malhas de metal, feitas através do processo de tecelagem, também oferecem uma
durabilidade sem igual, sendo apropriadas para uso em qualquer móvel.
Ainda temos, os geossintéticos, materiais compostos geralmente de polipropileno ou
poliéster e utilizados na engenharia ambiental, são opções para locais onde tecidos
convencionais não podem ser utilizados.

3.23 – OS TECIDOS
Utilizados principalmente em estofamentos, no entanto com o avanço tecnológico vemos
tecidos mais resistentes, possibilitando utiliza-los de maneira mais criativa.
Neste tipo de componente temos, os tecidos obtidos de fontes naturais, oriundos do
animal ou vegetal. Os mais conhecidos são: Linho, Lã, Seda, Algodão, Juta, Cânhamo e o
Sisal.
E temos os sintéticos à base de petróleo, que possuem maior dureza, resistência a
manchas e elasticidade.
As malhas de metal, feitas através do processo de tecelagem, também oferecem uma
durabilidade sem igual, sendo apropriadas para uso em qualquer móvel.
Ainda temos, os geossintéticos, materiais compostos geralmente de polipropileno ou
poliéster e utilizados na engenharia ambiental, são opções para locais onde tecidos
convencionais não podem ser utilizados.

3.24 – OS ESTOFAMENTOS
Utilizado para garantir conforto, também apresenta a vantagem de ocultar as estruturas
do móvel, não sendo necessário uma alta qualidade de acabamento neles. Em geral, se utiliza,
a espuma plástica, Crina de cavalo, fibra de coco, fibra antialérgica.

3.25 – TINTAS E VERNIZES


A maioria das peças de madeira costumam ser pintadas com tinta ou verniz, para maior
preservação e porque suas superfícies costumam ser de qualidade irregular. Tintas e vernizes
são encontrados com acabamento de: Fosco (sem brilho/opaco) ideal para um efeito natural,
preservando o aspecto da madeira. Brilhante proporciona um acabamento requintado, ideal
para destacar os veios da madeira. Acetinado (brilho sútil) para um acabamento discreto e
elegante.
O verniz também pode ser incolor ou com características de escurecimento da textura da
madeira, você deve estudar sobre o verniz antes de aplicar. A maioria dos vernizes possuem
duas opções, a base de água e a base de solvente. A diferença principal está no baixo odor e
secagem mais rápida na versão a base de água, diferente da solvente que possui um cheiro
mais forte e um tempo de espera maior na secagem.

3.26 – FIXAÇÕES
Para fixação das peças do mobiliário, nós temos diversos mecanismos e a escolha de
um deles em geral, é definido pela estética. Cada mecanismo e técnica possui uma

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contribuição distinta para a definição dos detalhes.


Pregos, tachas e parafusos são adequados para madeira ou produtos à base de
madeira.
No entanto, os Pregos podem danificar a superfície na qual são cravados e, portanto,
costumam ser empregados em locais mais ocultos. Quanto aos pregos de cabeça oval e as
tachas podem ser cravados abaixo da superfície da madeira, através da criação de uma
depressão que poderá ser posteriormente preenchida, lixada e pintada eliminando as
evidências de seu uso.
Os parafusos se distinguem dos pregos, no quesito de conexão, devido os parafusos
possuírem sulcos que cortam o núcleo do componente da madeira, tornando a conexão mais
forte do que a de um prego.
Já os parafusos de porca devem ser utilizados quando se deseja unir componentes
diferentes, vidro e madeira; madeira e ferro; ferro e vidro, etc. Lembrando que a uma diferença
entre os parafusos para madeira e os parafusos de porca é que a extremidade dos dois é
diferente, enquanto o parafuso de madeira é pontiagudo, o parafuso de porca não é, sendo
necessário furar os orifícios previamente nos elementos para pôr fim conecta-los.

4. VOCABULÁRIO DE MARCENARIA

Para se trabalhar no mercado moveleiro (Móveis planejados) algumas palavras,


expressões e gírias são utilizadas para uma comunicação técnica. Vejamos agora, algumas
delas:
Abrasivo: é uma substância dura como o diamante e que arranca por atrito as partículas
de outros corpos.
Acessório: termo usado para identificar um objeto decorativo ou funcional que
complementa o mobiliário. Bons exemplos de acessórios são as dobradiças e puxadores.
Adesivo: é uma substância capaz de aderir firmemente a dois corpos sólidos com
superfícies de contato comuns.
Aditivo: nome dado à substância que, quando adicionada a uma solução, tem o poder
de aumentar, diminuir ou eliminar uma propriedade específica.
Aglomerado: é um material originado pela aglutinação de fibras ou partículas de
madeira ligadas a resinas sintéticas.
Ambiente 3D: o ambiente em 3D é desenvolvido com softwares específicos de
modelagem para a representação tridimensional de espaços ou objetos.
Arqueamento: nome dado à deformação das bordas de uma peça de madeira. O
arqueamento se caracteriza por uma curvatura ao longo do comprimento da peça.
Baguete: é uma peça usada para a fixação e acabamento do mobiliário.
Bedame: instrumento feito de aço chato e cortante, usado no entalhamento de peças.
Bitola: expressão numérica das dimensões de uma peça de madeira (largura e
espessura).
Bolor: camada pulverulenta da madeira que reduz a resistência do material ao impacto e
aumenta sua permeabilidade.
Branqueamento 1: mancha esbranquiçada sobre a tinta aplicada e que é causada pelo
solvente. Ocorre em aplicações sob umidade excessiva ou baixa temperatura.
Briefing: coleta de dados e conjunto de informações necessários para o
desenvolvimento de um trabalho. É a base de um processo de planejamento.
CAD: sigla para Computer Aided Design, o CAD é uma tecnologia computadorizada
utilizada para desenho de produtos e documentação de fases de projeto.
Calço: nome da peça de madeira que, colocada debaixo de um objeto, serve para elevá-
lo ou nivelá-lo.
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Calibradora: máquina lixadeira usada para retirar uma quantidade considerável de


madeira, com a finalidade de garantir uma medida precisa na espessura.
Canaleta: ranhura estreita e rasa com finalidade decorativa, geralmente executada
sobre a superfície de um painel de madeira.
Caráter organoléptico: propriedade da madeira que tem capacidade de impressionar
algum dos sentidos do homem, especialmente o olfato e paladar.
Cavilha: peça cilíndrica lisa ou estriada que é usada para juntar duas partes de um
móvel.
Cisalhamento: deformação sofrida pela madeira quando esta se sujeita à ação de
forças cortantes.
Compensado: chapa de lâminas cruzadas entre si ou lâminas em combinação com
miolo de sarrafeado.
Corte: nome dado à representação de um objeto secionado por um ou mais planos
virtuais. O recurso de corte em desenho é usado quando a peça representada possui uma
forma interior complexa e detalhes importantes.
Eletrodo: componente de medidor de umidade da madeira.
Elevação: representação gráfica de objetos e fachadas em planoortogonal, sem
profundidade ou perspectiva.
Empeno: deformação sofrida por uma peça de madeira por meio da ação da umidade
ou calor e que causa a curvatura de seus eixos longitudinais ou transversais.
Esqueleto: parte interna do móvel que tem como função manter a estrutura e dar
sustentação.
Ferragem: acessório colocado em móveis e esquadrias para fixar, fechar e articular.
Formão: ferramenta para cortar madeira, geralmente usada nos ajustes e encaixes.
Goiva: ferramenta com perfil curvo usada para cortar madeira.
Guilhotina: máquina usada para dimensionar lâminas secas ou verdes por meio de
corte.
Higrômetro elétrico: instrumento usado para medir o teor de umidade da madeira.
Inchamento: processo em que ocorre um aumento das dimensões de uma peça devido
a alguma causa específica.
Junta: nome dado à união de duas peças adjacentes de lâmina ou madeira.
Layout: palavra inglesa que pode significar plano, esquema ou arranjo. Na arquitetura, o
layout é um esboço da planta baixa que mostra a distribuição física de elementos no ambiente.
Lima: ferramenta manual feita de aço e usada para polir, desbastar ou raspar metal e
madeira.
Luminotécnica: conjunto de técnicas que possibilitam definir a quantidade e qualidade
da distribuição de luz em ambientes internos ou áreas externas.
Malhete: tipos de encaixe que obedecem à proporção e ângulos e que se ajustam por
entrelaçamento
Massa: produto usado para fechar poros e nivelar as superfícies da madeira.
Nó: tecido lenhoso de um galho de árvore, cujas características diferem das da madeira
que o circunda.
Ondulação: conjunto formado por saliências e depressões deixadas pela ação da serra
na tábua de madeira.
Pé direito: altura ou distância entre o chão e o teto internos de uma construção.
Perfuração: furo profundo presente na madeira e que pode ser provocado por diferentes
tipos de insetos.
Perspectiva: método que possibilita a representação de elementos tridimensionais em
superfícies bidimensionais. O desenho feito em perspectiva é baseado em regras geométrica
de projeção.
Planta baixa: representação gráfica de uma construção vista de cima, sem o telhado. O
desenho é obtido com um corte horizontal na altura de 1,5 metros a partir da base da
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construção.
Refratária: madeira que apresenta alta resistência e perda de umidade no processo de
secagem.
Rugosidade: desigualdade apresentada na superfície de uma chapa de madeira ou no
acabamento.
Selador: produto usado para vedar poros de uma superfície e prepará-la para receber o
acabamento.
Substrato: é o material que cria a base para a aplicação da tinta.
Tingidor: corante usado para modificar o tom original da madeira e realçar suas veias.
Trinca: processo de ruptura da estrutura da madeira e que gera uma fenda perceptível a
olho nu.
Vento: falhas inerentes à própria madeira. Se caracterizam por separações entre fibras
que ocorrem na própria árvore.
Vista: superfície visível do móvel e que fica apoiada diretamente sobre a estrutura. No
desenho técnico, as vistas são projeções de um objeto a partir de observadores situados no
infinito e perpendiculares ao plano de projeção.

Além de dominar termos básicos do mercado moveleiro, é importante que você também
conheça as atividades presentes no processo produtivo dos móveis. Conheça o funcionamento
e propósito das principais práticas do ramo:

Acabamento: nome dado ao tratamento final (polimento, última demão) de superfícies.


O acabamento pode ter finalidade estética ou ajudar na conservação de determinada peça.
Acondicionamento: processo de embalagem que tem como objetivo preservar o
produto (móvel) contra a deterioração e prepara-lo para o transporte.
Aplainamento: operação que tem como objetivo destinar e igualar as superfícies de
uma peça de madeira. Esse processo pode ser manual ou mecânico.
Bobinagem: nome dado a operação de estocagem que enrola lâminas de madeira por
meio de uma bobina.
Branqueamento 2: processo feito na madeira (geralmente com oxidantes) para clarear
o tom de sua coloração natural.
Colagem: procedimento que visa unir duas ou mais peças através da aplicação de uma
camada de adesivo ou cola.
Combinação: processo realizado por meio da união de lâminas de uma ou mais
espécies de madeira e que tem como finalidade obter efeitos decorativos.
Condicionamento: processo realizado para aliviar as tensões internas de secagem da
madeira. Para isso, a peça é colocada dentro de uma estufa com umidade relativa do ar alta o
suficiente para elevar a umidade superficial da peça.
Desbaste: operação (manual ou mecânica) que tem como objetivo dimensionar a
largura e espessura de uma peça de madeira.
Desempeno: operação (manual ou mecânica) que visa eliminar a deformação de uma
peça de madeira.
Emassamento: aplicação de massa sobre pequenos defeitos presentes em painéis. O
processo elimina irregularidades de uma superfície para o recebimento da pintura.
Empilhamento: colocação de peças de madeira em pilhas para a realização da
secagem, estocagem e carregamento.
Encruamento: processo rápido de secagem artificial da parte externa da madeira, em
que a parte interna permanece úmida.
Esfumação: é a última operação de um tingimento e tem como objetivo manter a
aparência de perfeita naturalidade na madeira.
Falquejo: operação que tem como objetivo reduzir a seção das toras de madeira em
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retângulos ou quadrados.
Lixamento: procedimento de usinagem por abrasivos, usada para remover uma
quantidade específica de material de uma peça. O lixamento visa a obtenção de uma forma ou
condição de superfície determinada.
Montagem: operação executada para conjugar todas as partes de um móvel.
Nivelamento: procedimento que visa remover o excedente de um material de
revestimento sobre seu suporte, logo após o processo de colagem.
Preaquecimento: ocorre quando a madeira que está dentro da estufa é aquecida antes
do programa de secagem.
Preservação plena: processo de aplicação de preservativo na madeira, até que a
substância seja absorvida em uma quantidade considerada suficiente ou adequada.
Remendo: inserção de madeira ou material sintético em painéis ou lâmina de madeira.
O processo visa substituir uma porção defeituosa que tenha sido removida.
Sambladura: processo de emenda de uma moldura.
Secagem: redução do teor de umidade de uma peça de madeira.
Tratamento precoce: procedimento protetivo feito na madeira que apresenta indício de
infestação.

5. CARACTERISTICAS DOS MÓVEIS AO LONGO DA HISTÓRIA

Assim como na Arte, Arquitetura e Interiores, o design dos móveis foi se modificando de
acordo com a cultura, economia e tecnologia do período histórico no qual foi projetado.
Veremos a seguir um resumo retirado da PORTFÓLIO HISTÓRIA DO MOBILIÁRIO,
criado pela TELMA SILVA SIMÕES MOURA, que pode ser acessado pelo link:
https://pt.slideshare.net/TelmaMoura/historia-do-mobiliario .

5.1- CARACTERISTICAS DOS MÓVEIS

EGITO
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA - Paredes grossas de argila bem
cozida, jardins exteriores bem cuidados, parte central da casa com paredes altas, colunas de
madeira em forma de tronco de palmeiras, clerestório, uso de tecidos decorativos nas paredes;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO - móveis de linhas retas, madeira
maciça, cores vivas, linguagem estética dependente da arquitetura, inspirados na fauna e flora
local, elevados em relação ao solo com o uso de argolas sobrepostas, apoios de madeira para
a cabeça;
MATÉRIAS PRIMAS – madeira, junco, cana, tecidos, cordas, fibras, marfim, metais,
pedras, estuque, cerâmica, vidro, resinas vegetais, pigmentos naturais, ceras animais;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO – Artesanal: marcenaria, uniões, encaixes por cavilhas,
ensambladura, amarrações, fundição, trançado;
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO – entalhes, ourivesaria, embutidos, aplicação,
envernizamento;
VOCABULÁRIO ESTÉTICO – geometria, pinturas com motivos florais e da natureza,
folheamento, reprodução de membros de animais, cabeças de aves e pés de animais;

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TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO – mesas, mesas de
coluna, mesas quadrangulares e
circulares;
ASSENTO – bancos,tronos,
cadeiras com braços, sem braços, banco
de transporte, escabelo com 3 pés;
GUARDA – arcas, baús, cestos
de junco;
DESCANSO – camas;
ACESSÓRIOS – lâmpadas de
óleo, braseiros sobre suportes, caixas,
tapetes, vasos.

GRÉCIA
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA – construções de adobe, fundações
de pedra, planta centrada, quadrangular, se desenvolve em torno de um pátio interno,
divisórias em madeira ou argamassa, pórticos, colunas dóricas, jônicas, corinto;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO – maciços, quadrangulares e pesados,
total dependência da arquitetura, móveis escassos, utilitários, espaldares altos, adaptado às
dimensões humanas, pés trípodes com uso da fauna como elemento decorativo;
MATÉRIAS PRIMAS – madeira, metais, marfim, tecidos, junco, couro, lã, mármore,
estuque;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO – Artesanal: marcenaria, torneamento, cavilhas,
amarração, fundição, entrelace, uniões, pedra esculpida, trançados;
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO – embutidos, entalhes, mosaico, aplicação, pintura,
escultura.
VOCABULÁRIO ESTÉTICO–grifos,quimeras, pernas zoomórficas, palmetas, rosáceas
e volutas, sabres, patas de animais e cabeças de aves, geometrizado, fauna e flora locais.
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO – mesas quadradas e redondas
ASSENTO – cadeiras de braços, e espaldar alto, bancos fixos, bancos articuláveis,
banquinhos, bancos de fechar, klismos, Kline;
GUARDA – arcas, receptáculos;
DESCANSO – camas com pés, Kline;
ACESSÓRIOS – almofadas, apoios, caixas, cestos de vime, espelhos, braseiros.

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ROMA
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA – Inclusão de esculturas,
decoração, uso do arco pleno, abóbada de berço, cúpulas, peristilo(colunas isoladas na
fachada) divisão quadrangular, escassamente mobiliada, espaço especial para refeições;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO – móveis retangulares, encostos altos,
cadeiras semicirculares, encostos e lados altos, banquinhos para os pés, materiais nobres;
MATÉRIAS PRIMAS – madeira, metais, vime, tecidos, osso, vidro, pedra, mármore,
estuque;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO – Artesanal: marcenaria, cavilhas, fundição, uniões,
pedra esculpida, trançados;
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO – embutidos, entalhes, mosaico, aplicação, pintura,
escultura;
VOCABULÁRIO ESTÉTICO – animais fabulosos, mitologia,grifos, águias, folhagens
espiraladas, rosetas, coroas,animais alados; TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO – mesaspequenas quadradas e
redondas, mesas de consola, mesa de serviço,
cartibulum;
ASSENTO – cadeiras grandes, cadeira
curul;
GUARDA – arcas, cestas de fibras;
DESCANSO – camas;
ACESSÓRIOS – candelabros, bacias,
tabuleiros, cortinas, almofadas, colchas;

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ROMÃNICO
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA – Cúpula e plantas de eixo central,
baldaquino, abóbadas, poucas aberturas, requinte do helenismo e formalismo do oriente, linhas
curvas, arcos, voltadas para defesa;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO – escasso, pesado, rígido, planos
ortogonais maciços, quadrangulares;
MATÉRIAS PRIMAS – madeira, metais, couro, tecidos,
ferro forjado, palha, vidro, fibras naturais, marfim;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO – escavamento,
escultura, forja, marcenaria, fundição, juntas, cavilhas,
ensambladuras, chapeado;
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO – embutidos, entalhes,
mosaico,pintura, escultura,pirogravura, marchetaria;
VOCABULÁRIO ESTÉTICO – fauna e flora,
arabescos, medalhões,florões, remates, formas geométricas,
volutas;
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO – mesas, mesas desmontáveis, credenza, arca;
ASSENTO – cadeiras grandes, cadeira curul;
GUARDA – arcas, cestas de fibras;
DESCANSO – camas, camas armários, camas com dossel;
ACESSÓRIOS – candelabros, bacias, tabuleiros, cortinas, almofadas, colchas.

GÓTICO
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA– verticalidade, torreões, muitas
janelas, ogivas, cruzamentos e sobreposições, linhas curvas, arcos, luxo predominante nas
igrejas;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO- móveis das igrejas ostentosos,
elaborados, formas curvas, frontões, pilastras, dependente da arquitetura, uso de painéis;
MATÉRIAS PRIMAS – madeiras,metais, couro, tecidos, ferro forjado, palha, vidro,
fibras naturais;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO – Artesanal: forja, marcenaria, chapeado, junta e
cavilhas, ensambladuras.
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TÉCNICAS DE DECORAÇÃO –talha, embutidos, torneamento, aplicação, cordovão,


vitral, pirogravura, esmalte, escultura;
VOCABULÁRIO ESTÉTICO – Tecido pregueado,motivos religiosos, medalhões, fauna
e flora, arabescos, remates, formas geométricas, volutas monumentais, guirlandas, rosetas, flor
de lis;
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO – mesas, mesas
desmontáveis, arcas;
ASSENTO – tronos, cadeiras de
espaldar alto, bancos corridos;
GUARDA – arcas, armários, cofres;
DESCANSO – camas, arcas, cama
armário, cama baú;
ACESSÓRIOS -
relicários,baixelas,biombos,luminárias.

RENASCIMENTO
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA- Construções grandiosas,
elegantes,elaboradas por artistas, projetos mais acadêmicos, ostentação, paredes e tetos
trabalhados, formas retangulares, horizontalidade, colunas em torno de um pátio;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO- Grandes dimensões, predominância
da madeira aparente, uso dos tapetes, emoldurados, estrutura dependente da arquitetura,
apainelados, talha rasa, maciço, pesado, quadrangular (tecido é sinônimo de status;
MATÉRIAS PRIMAS- madeira, metais, marfim, tecidos, vidro,mármore, grude, seixos, pedras
preciosas, madrepérola, ferro, pele de animais,couro;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO- artesanal:juntas, ensambladuras, forja, fundição,
marchetaria, escultura, esquadria (meia esquadria);
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO –Intarsia, embutidos, talha, pintura, apainelados,
molduras, aplicação, polimento, corrosão, policromia,xilogravura, pietre dure, marchetaria,
torneado.
VOCABULÁRIO ESTÉTICO – Medalhões, grotescos, figuras humanas, mitologia,
elementos da natureza, figuras monstruosas, brasões, pés de bola, frisos, volutas, geometria,
balaústres, perspectiva, motivos greco-romano;
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO= Cassone, mesas
de centro, contador, mesas
grandes, mesas de abrir,
aparadores;
ASSENTO = Savanarola,
cadeiras em x, banco corrido,
sgabello, Cassone, caqueteire,
bancos incorporados às paredes.
GUARDA-Arcas,
contador, armário, cassone,
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credencie, armários incorporados às paredes.

MANEIRISMO
O maneirismo, também chamado estilo flamboyant é considerado um estilo de
transição entre o gótico e o renascimento, surgiu na segunda metade do século XVI.
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA–Desproporção, falta de simetria,
frontão interrompido, oposições, mistura de vocabulários, extremamente decorado;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO– talha profunda, grande quantidade de
elementos decorativos, muito recortado, torneamento, volumetria, mistura de composições,
curvas e contra curvas;
MATÉRIAS PRIMAS – madeira, metais, marfim, mármore, seixos, pedras preciosas,
tartaruga;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO – Artesanal, juntas, ensambladuras, forja, fundição,
marcenaria, escultura, tornearia;
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO-Talha, embutidos, intarsia, pintura, apainelados,
molduras, aplicação, corrosão, policromia;
VOCABULÁRIO ESTÉTICO: arabescos, pássaros, cenas religiosas, brasões, figuras
graciosas, trançados, mitologia, alegorias complicadas TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO – Arcas, mesas de centro, Contador, mesas grandes;
ASSENTO = Cadeiras em x, banco corrido, bancos encostados à parede;
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GUARDA– arcas, contador, armários;


DESCANSO - camas
ACESSÓRIOS: colunas, candelabros, cofres;

BARROCO
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA – traçados curvos, ornamentação
elaborada, formas volumosas, construções grandiosas, estruturas contrastantes, ausência de
simetria, voltado para uma causa, integrado com o móvel, dinamismo geométrico, janelas altas,
tetos lisos, abóbadas, coluna torsa;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO – Voltado paraa ostentação, maciço,
talha profunda e bem trabalhada, pesado, suntuoso, integrado a um conjunto, escultóricos,
frontões, colunas, cornijas;
MATÉRIAS PRIMAS – madeiras escuras, madeiras exóticas, madrepérola,mármore,
metais, pedras preciosas, eludo, vidros, nozes, cera de abelha, goma arábica, pele de animais
casco de cavalo, chifre,concha;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO – Artesanal – Marcenaria, encordoado,fundição,
laminação, ensambladura, tapeçaria, uniões, moldagem.
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO – Pintura, talha dourada, molduras, embutidos, mosaico,
marchetaria, bordados, lacas, pietre dure, tapeçaria, cordovan;
VOCABULÁRIO ESTÉTICO – figuras humanas, querubins, folhagens, sereias, tritões,
escravos, águias, dragões chineses, videiras, pássaros, franjas, borboletas e influencia do
vocabulário greco-romano, folhas de acanto, patas de leão;
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO – mesa de consola, mesa de biblioteca, escrivaninhas, Buffet, mesa de abas;
ASSENTO – Cadeiras com espaldar, tronos, cadeiras estofadas, cadeira de palhinha,
canapé;
GUARDA – Contador, armário, cômodas, estantes, arcas;
DESCANSO- cama, cama de meia cabeceira, cama com baldaquino, cama de aparato
ACESSÓRIOS: cofres, espelhos, cortinas, baixelas, quadros, tapetes.

ROCOCÓ
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA – Predominância das cores claras e
alegres, unificação do conjunto arquitetônico, uso dos espelhos para ampliar espaços, leveza,
elegância de linhas, espaços menores, equilíbrio descontraído, Arquitetura paladino, diminuição
do pé direito, espelhos d’água;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO – Linhas curvas e amplas, formas
graciosas, orgânicas, uso das ferragens com elementos artísticos, integrado com a arquitetura,
talha pouco elaborada, valorização dos estofos, madeiras nobres , pernas cabriolé, assimetria
no ornamento, tampos recortados, curvas e contra curvas;
MATÉRIAS PRIMAS – madeira, casco de tartaruga, bronze, ferro, tecidos, mármore,
tintas, marfim, gesso chifre, vidros, metais preciosos, conchas, porcelana, palha,estuque, osso;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO – Artesanal – juntas, uniões, travessas, ensambladuras,

Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Mobiliário 01 30


Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional

fundição, forja, moldagem, entrelaçados, tapeçaria, cutelaria;


TÉCNICAS DE DECORAÇÃO – talha, laca, charão, pintura, marchetaria pictórica,
envernizamento, apainelados, bordados, mosaico, folheado relevo;
VOCABULÁRIO ESTÉTICO – florões, frontões, flores ramagens,
frutos,conchas,guirlandas, arabescos, sinuosidade, imagens oníricas, aves, instrumentos
musicais, geometria, rosetas, frisos, cenas bucólicas, motivos indianos e chineses;
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO – mesas de chá, mesas de costura, mesa de escritório, mesas de consola,
mesa de toucador;
ASSENTO – bergere, cadeiras com costas de arcos, cadeira otomana, canapé;
DESCANSO – cama toscana, berço.

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NEOCLASSICO LUIS XVI


CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA- Pé direito alto, formas geométricas,
uso de colunas e arcos, forte influência das construções gregas e romanas, estilo elegante,
gracioso e versátil, entablamentos;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO – formas mais clássicas, predomínio
das formas retas e retangulares, circulares e arcos, pernas afuniladas, simétricos, talha
elegante e delicada, uso da marchetaria, ormulu, clássico, motivos geométricos, ferragens
trabalhadas, pés elaborados, dependente do simbolismo, dependente da arquitetura;
MATÉRIAS PRIMAS – madeira, ferro, madrepérola,metais,zinco, palhinha, tecidos,
vidro, porcelana, mármore, aço, gesso, plumas;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO- Artesanal: marcenaria, juntas e uniões, fundição;
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO- marchetaria, embutidos, fundição, laca, pintura,
estofamento, ourivesaria, aplicação, frisos encordoados, folheado, apainelados, talha, mosaico,
chinoaserie.
VOCABULÁRIO ESTÉTICO– grinaldas, motivos florais, patas de animais, motivos
gregos, sírios, etruscos e egípcios, motivos marciais, coroas de louro, lira, festão floral, laços,
geometria, ramos, roseta, equilíbrio simétrico;
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO- cômodas, mesinhas de costura, secretárias, mesas, aparadores, mesa de
toucador, mesas de 3 partes;
ASSENTO- cadeiras de costas quadradas, cadeiras em d, com espaldar em forma de
balões, sofás
GUARDA – estantes, contador, armário, cômodas;
DESCANSO– camas, camas de dia
ACESSÓRIOS–suporte para flores, base para lâmpadas, pedestais, espelhos,
candelabros, tapetes, cortinas, quadros.

NEOCLÁSSICO IMPÉRIO
CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA- Pé direito alto, formas geométricas,
uso de colunas e arcos, forte influência das construções gregas e romanas, predominância do
branco e do dourado;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO – formas simples, sóbrias e
geométricas, dominadas por um traçado de linha reta, superfícies lisas, ornatos reduzidos, forte
influência dos móveis gregos, romanos e egípcios, dependente da arquitetura;
MATÉRIAS PRIMAS – madeira escura e brilhantes, ferro, metais, palhinha,
tecidos,vidro,latão, látex e guta percha, chifres, ramos e raízes de árvores, mármore, verniz,
papier marche;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO- industrial: marcenaria, juntas e uniões, fundição, papier
mache, estofos com molas, fios de aranme, chifres de veados;
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO- embutidos, fundição, laca, pintura, estofamento,
folheado, apainelados, polimento, modelagem, policromia, arame entrançado;

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VOCABULÁRIO ESTÉTICO–motivos gregos, egípcios e romanos, patas de animais,


motivos marciais, coroas de louro, águia, capacetes de guerreiros, archotes alados, troféus de
lanças, fasces e raios, abelhas e colmeias, letra maiúscula n, cisne, geometria, volutas, formas
florais;
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO- cômodas,mesa de consola, secretárias, mesas, aparadores, mesa de jogo,
mesas de sofá, mesas redondas, toucador;
ASSENTO-sofás,cadeiras gôndolas, cadeiras de balanço, klismos;
GUARDA – guarda roupas, armários, cômodas;
DESCANSO– camas, camas de formatos bizarro, recamier, canapés, camas metálicas,
berços;

HISTORICISMO

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA – Estilo limpo e pouca


ornamentação, inspirado nos modelos greco-romanos, construções voltadas para a utilidade;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO – moveis de desenho simples e
utilização de madeiras locais, poucos ornamentos, inspiração nos moveis clássicos,
retangulares;
MATÉRIAS PRIMAS – madeiras locais, tecidos, estofamento, metais, vidro, latão;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO – Industrial: apainelados, moldados,juntas e uniões;
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO- pintura, polimento,modelagem;
VOCABULÁRIO ESTÉTICO-motivos gregos, romanos e egípcios, flores de lótus, flores
de íris, crisântemos;
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO – mesas, cômodas, mesa de consola, secretárias, mesas, aparadores, mesa de
jogo, mesas de sofá, mesas redondas, toucador;
ASSENTO - sofás,cadeiras gôndolas, cadeiras de balanço, klismos;
GUARDA – guarda roupas, armários, cômodas;

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DESCANSO – camas, recamier, canapés;


ACESSÓRIOS- candelabros, colunas, cofres, espelhos, cortinas, baixelas, quadros,
tapetes.

ARTS AND CRAFTS

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA-caracterizada por telhados baixos,


interiores abertos, e as linhas horizontais que refletiam a paisagem da pradaria. Essa
arquitetura, que utilizou materiais naturais como madeira, argila e pedra;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO –Linhas retas, inspirada nas linhas da
natureza, preocupação com o artesanal, separação da indústria, revival do renascimento,
islamismo, retilíneo e anguloso, com estilizados motivos decorativos; MATÉRIAS PRIMAS-
madeira,metais, tecidos, apainelados, ferro;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO- artesanal/industrial – uniões, apainelados,moldados,
juntas e uniões
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO - pintura, polimento, modelagem, envernizamento, talha
leve;
VOCABULÁRIO ESTÉTICO –arabescos, fauna e flora, motivos chineses e japoneses;
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO- mesas, mesas de
centro, mobília;
ASSENTO – cadeiras,
cadeiras de encosto alto, cadeiras e
balanço;
DESCANSO– cama
ACESSÓRIOS- candelabros,
colunas, cofres, espelhos, cortinas,
baixelas, quadros, tapetes.
ECLETICA

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA– mistura de elementos de vários


períodos, uso do ferro, abóbadas, inspiração nos modelos gregos e góticos, monumental,
valorização do ornamento, imponência;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO –combinação de diversos períodos,
como o grego, gótico, renascimento,as linhas mais pesadas,proporções menos
elegantes,ornamentações exageradas, havendo uma predominância de falta de originalidade,
de harmonia, excesso de curvas, exagero de entalhes e ornamentos. Uso do capitonê;
MATÉRIAS PRIMAS- madeira, ferro, metais, tecidos industrializados, cerâmica, fibras
vegetais;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO- industrial e artesanal, fundição, marcenaria, juntas e
encaixes;
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO- embutidos, fundição, laca, pintura, folheados,

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apainelados, gravuras, impressão têxtil;


VOCABULÁRIO ESTÉTICO- motivos gregos e romanos, japoneses, chineses,
arabescos;
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO – mesas, cômodas, mesa de consola, secretárias, mesas, aparadores, mesa de
jogo, mesas de sofá, mesas redondas, toucador;
ASSENTO- sofás, cadeiras gôndolas, cadeiras de balanço, klismos;
GUARDA – guarda roupas, armários, cômodas;
DESCANSO – camas, recamier, canapés;
ACESSÓRIOS- candelabros, colunas, cofres, espelhos, cortinas, baixelas, quadros,
tapetes.

ART NOUVEAU FORMAL /GEOMETRICA (INGLESA)

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA- linhas diretas e geométricas,


materiais naturais e interesse pela arte oriental;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO – formas simples, sóbrias e
geométricas, dominadas por um traçado de linha reta, superfícies lisas, ornatos reduzidos,
funcionais;
MATÉRIAS PRIMAS – madeira escura e brilhantes, ferro, metais, palhinha,
tecidos,vidro, couro,guta percha, ramos e raízes de árvores, fibras vegetais;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO- industrial; marcenaria, juntas e uniões, fundição,
estofos com molas;
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO- embutidos, fundição, laca, pintura, estofamento,
folheado, apainelados, baixo relevo;
VOCABULÁRIO ESTÉTICO–reflorescimento das formas medievais, motivos
geométricas, tipografia;
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO- cômodas, secretárias, mesas, aparadores, mesa de jogo,mesas de
costura,mesas grandes estilo cavalete;
ASSENTO- sofás, cadeiras, cadeiras de balanço, cadeiras sussex;
GUARDA – guarda roupas, armários, cômodas;
DESCANSO– camas, berços;
ACESSÓRIOS – tapetes, cortinados, relógios, painéis.

ART NOUVEAU ORGÂNICO

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA- sinuosidade, abóbadas, rejeição


aos padrões antigos, uso do ferro, linhas orgânicas;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO – formas curvas, superelaboradas,
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influência da arte japonesa, formas góticas, esguias, dependente da arquitetura, sinuosidade,


materiais inusitados, predominância do ferro e do vidro;
MATÉRIAS PRIMAS – madeira escura e brilhantes, ferro, metais, palhinha, tecidos
industrializados, vidro, couro,pedraria, ramos e raízes de árvores, fibras vegetais;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO- industrial e artesanal; marcenaria, juntas e uniões,
fundição, estofos com molas;
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO- embutidos, fundição, pintura, estofamento, folheado,
apainelados, baixo relevo, marchetaria;
VOCABULÁRIO ESTÉTICO–trepadeiras, cardos, cíclames, borboletas e libélulas;
pinturas e gravuras japonesas, motivos orientais, rios, lagos, mares, papoulas, orquídeas;
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO- cômodas, secretárias, mesas, aparadores, mesa de jogo, mesas de costura,
mesas grandes estilo cavalete;
ASSENTO- sofás, cadeiras, cadeiras de balanço, cadeiras sussex;
GUARDA – guarda roupas, armários, cômodas;
DESCANSO– camas, berços;

RACIONALISMO

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA- linhas geométricas e verticais,


precisão, aerodinâmica, prioridade no planejamento e conceito, materiais novos, influência do
cubismo e do construtivismo,estrutura aparente,coberturas planas, o despojamento da
ornamentação,grandes superfícies envidraçadas;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO – Formas básicas, cores primárias e
neutras, geometrização dos ornamentos, uso de novos materiais, robustez e leveza;
MATÉRIAS PRIMAS–metais, plástico, tecidos, laminados, contraplacados, madeiras,
estofados, molas;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO– industrial, produção em massa, moldagem, montagem,
fundição;

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TÉCNICAS DE DECORAÇÃO – estofados, pinturas, folheados, marchetaria, laqueado;


VOCABULÁRIO ESTÉTICO – motivos abstratos, motivos geométricos, motivos ligados
às civilizações primitivas.
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO – mesas de tubo de aço, mesinha de toucador, conjuntos de mobiliais, mesa
multifuncional;
ASSENTO - cadeiras curvas, cadeiras de balanço, cadeiras de empilhar;
DESCANSO – cama , divãs, camas articuladas;
ACESSÓRIOS- frascos de laboratório, tapetes, candeeiros;

FUNCIONALISMO

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA- função e forma são os objetivos,


integração com o espaço, materiais novos, estrutura aparente, função dentro de um
enquadramento arquitetônico, funcionalidade;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO – cores primárias, predominância de
linhas retas, equilíbrio, valorização da função, linhas puras;
MATÉRIAS PRIMAS – Aço cromado, couro, tubos de metal, tecidos industrializados,
vidro, metais em geral, laminados;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO – industrial: fixação, moldagem, marcenaria, modulados,
cutelaria, metalurgia;
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO – pintura com cores fortes, acromação, composições
geométricas;
VOCABULÁRIO ESTÉTICO – geometria.
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO – aparadores, mesas multifuncionais, mesas de escritório;
ASSENTO – cadeira de mondilhão, bancos de empilhar, cadeira de repouso, sofás,
cadeira basculante, chaise longue, poltrona egg;
GUARDA – Armários, armários desmontáveis;
DESCANSO – camas de couro, camas articuladas, camas desmontáveis;
ACESSÓRIOS- lustres, colunas, castiçais;

BAHAUS

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA- Interligação com as artes ditas


menores, ou aplicadas: escultura, cerâmica, tecelagem, metalurgia, marcenaria, integração
entre arquitetura e urbanismo, rompimento com o passado, preocupação com a arte, utilização
dos novos materiais disponíveis como o aço, os pré-fabricados, o vidro;

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CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO – priorização do design, produtos


funcionais e econômicos, móveis padronizados para serem produzidos em larga escala, linhas
simples, geometrizadas, a serviço do conforto, leveza, ausência de ornamentos;
MATÉRIAS PRIMAS – plástico, aço, madeira,
apainelados, aplacados, tecidos, estofados de borracha;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO – industrial- produção
em massa, moldagem, montagem;
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO – pintura,
envernizamento;
VOCABULÁRIO ESTÉTICO - geometria
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO – aparadores, mesas dobráveis, mesas de
canto;
ASSENTO – cadeiras, cadeiras curvas, cadeiras de
balanço, bancos desmontáveis;
DESCANSO – camas, canapés, divãs;
ACESSÓRIOS- tapetes, luminárias, quadros,
lustres,objetos decorativos.

ART DECÓ

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ARQUITETURA– simplicidade das formas, linhas


geometrizadas, leveza de estilo, ruptura com padrões antigos, edifícios escultóricos ,fachadas
com rigor geométrico e ritmo linear, com fortes elementos decorativos em materiais nobres,
utilização do concreto armado, esculturas com formas de animais, geometrização das formas,
utilização do plástico como elemento estrutural;
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MOBILIÁRIO – linhas curvas e geométricas,
valorização do ornamento geométrico, com linguagem mais limpa, estilo cinematográfico,
preferência das cores preto, prata, cromado, além do vermelho e amarelo, cores fortes. Tecidos
lisos,busca pela simetria, seguindo padrões clássicos, equilíbrio na distribuição dos elementos,
ângulos marcados;
MATÉRIAS PRIMAS – aço, plásticos, madeira, apainelados, aplacados, tecidos,
estofados de borracha;
TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO – industrial:marcenaria, juntas e uniões, fundição,
estofos com molas,
TÉCNICAS DE DECORAÇÃO – pintura, gravuras, impressão têxtil;
VOCABULÁRIO ESTÉTICO- geometrização dos ornamentos, animais e formas
femininas.
TIPOS DE MÓVEIS:
APOIO – mesas, conjunto de mobília, aparadores, secretárias;
ASSENTO– cadeiras, sofás, cadeiras de repouso;
GUARDA – guarda roupas, armários, cômodas;
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DESCANSO– camas, chaise longues;


ACESSÓRIOS- móveis para música, luminárias, tapetes, cortinas, Relógios, quadros,
painéis.

MÓVEL BRASILEIRO

Seguindo o modelo de colonização vigente à época, Portugal não fixou no Brasil


unidades manufatureiras, dedicavam-se somente à exploração dos recursos naturais da
colônia e o seu envio à metrópole, assim não temos uma produção moveleira nesse período.
Os primeiros móveis vieram com os colonizadores e eram produzidos em Portugal com
madeira do Brasil. Já a partir do século XVII surgem os móveis fabricados no Brasil, mas
seguindo copiosamente o modelo Português. Duas características marcam os móveis
produzidos no Brasil: são híbridos e a linguagem é tardia, porque os estilos que imperavam na
Europa só chegam ao continente Sul Americano com várias décadas de diferença. O chamado
Estilo Nacional Português possui características do Maneirismo e do Renascimento, é pesado,
sério, possui uma mistura de vocabulários, predominam as madeiras escuras. Durante o século
XVIII, na primeira metade impera o chamado estilo joanino, móveis com pés de bola,
decoração com folhas de acanto, talha profunda, pernas extremamente arqueadas,
continuando o estilo pesado e sóbrio, é omóvelBarroco, que vai ser misturado ao estilo rococó.
Os encostos passam a ser vazada, com uma tabela ao centro, no estilo Rainha Anne, com
cadeiras de assento de couro e espaldar alto, surgem às cadeiras com assento de palhinha e
desenhos imitando as formas de figuras femininas, decoradas com os feixes de plumas. Na
metade seguintevai surgir o estilo José I, fortemente influenciado pelo estilo francês e inglês,
principalmente o vocabulário estético das rocalhas, a talha menos profunda, o estilo liso de
grande parte das peças, reservando os entalhes para as laterais dos móveis e alguns detalhes,
as pernas das cadeiras se tornam mais esguias. No século XIX com a chegada de João XVI ao
Brasil vai reinar o móvel estilo D.Maria I, derivado do estilo neoclássico inglês, desaparece o
cabriolé, os móveis são agora cobertos por veludos de tons escuros, desaparecem os entalhes
predominando as incrustações de madrepérola e madeira. Na segunda metade do século XIX o
Brasil se rende ao estilo Império, os móveis assumem formas mais clássicas, mais retilíneas,
maior simetria, ferragens trabalhadas e dependentes da arquitetura. Os entalhes na madeira
(em geral jacarandá) são bem mais leves e com motivos ornamentais da fauna e da flora
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brasileiras.

6. OS TIPOS DE MÓVEIS

6.1- MÓVEIS PRONTA-ENTREGA


Trata-se dos móveis de uso genérico, projetados
para atender necessidades em comum de um certo público-
alvo, a produção é feita em massa e possuem um projeto
definido pelas leis da ergonomia e antropometria.

6.2- REUSO E RECICLAGEM


Utilizar móveis preexistentes, desgastados ou que seus donos não desejavam mais
permanecer com eles, é uma boa opção para desenvolver projetos criativos e únicos. Nem
sempre estes móveis precisam de reforma, mas você pode reforma-los para conseguir
contrastar ou harmonizar com o projeto atual do espaço.
Mas deve lembrar, que trabalhar com esse tipo de móvel pode ser um desafio, pois é
muito difícil encontrarmos o mesmo móvel em quantidade, em geral são peças únicas.

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6.3- MÓVEIS PLANEJADOS


Os móveis feitos sob medida ou planejados são móveis de categoria genérica de interior,
que em geral são desenhados para serem objetos exclusivos no ambiente. Este pode ter
inspiração histórica, temática, etc.

6.4- MÓVEIS COM DESIGN ESPECIAL


Trata-se dos móveis feitos com inspiração em fatos, biologias, sentimentos, etc. Contém
a assinatura do Designer que o fez. Por exemplo, a cadeira abaixo, dos designers Irmãos
Campana foi inspirada nas estrelas-do-mar.

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7. PROJETO DE MÓVEIS

7.1- PROGRAMA DE NECESSIDADES


Como no projeto de interiores, o projeto de móveis parte da conversa inicial entre o
designer e o cliente, e ela definirá com precisão o conteúdo do projeto, permitindo a cada
participante ter uma boa ideia das prioridades do outro e o estabelecimento de uma discussão
colaborativa que deve continuar ao longo de todo o projeto. O cliente sempre terá as
informações essenciais sobre as necessidades funcionais e muitas vezes terá opiniões sobre a
direção estética, além de uma boa ideia sobre o orçamento disponível.
Você deve estar atento, não só as informações coletadas nas reuniões com seu cliente,
como também deve tentar prever o máximo de necessidades que os “usuários” do móvel terão.

7.2- LEVANTAMENTO DE MEDIDAS DO LOCAL


Nós trabalhamos dentro de edificações preexistente, logo precisamos nos inteirar dos
materiais, instalações prediais existentes, como iluminação e acústica do local. Portanto, um
levantamente técnico preciso e com cotas é essencial para a definição do layout dos móveis.
Nunca se conforme com as plantas das construtoras ou desenhos feitos por outros
profissionais, afinal estamos falando de móveis planejados, então qualquer meio centímetro, a
mais ou a menos numa parede, pode atrapalhar a execução do seu projeto.
Você também deve utilizar, câmera fotográfica ou smartphone para registrar as imagens
que serviram de “tira-dúvidas” suas e do seu cliente.
Lembre-se que o croqui deve ser feito de uma maneira rápida, mas nem por isso
desorganizada, afinal, se você tiver um estagiário ou um sócio que irá repassar as medidas
nele presente para os softwares ou para uma prancha de desenho técnico, ele precisará
compreender seu desenho sem precisar ficar recorrendo a você.

7.3 - LEVANTAMENTO DE MEDIDAS DO LOCAL


Quanto ao projeto executivo, temos que respeitar as convenções tradicionais de
desenho, garantindo o máximo de legibilidade. Pois não se esqueça que apesar de você está
desenhando com toda a tranquilidade do mundo, a execução e montagem será feita no canteiro
de obra ou na confusão de uma oficina.
Logo, você deve fazer a planta baixa, elevação (vista) e cortes na escala de 1:10 a fim
de estabelecer a forma do móvel e identificar áreas que exigem análise e representação mais
detalhada. Quando possível é recomendado incluir um desenho tridimensional na mesma
escal.
Os detalhes devem ser na maior escala possível, sendo o mínimo 1:5, e o preferível 1:1
(escala real).
Você pode utilizar a prancheta de desenho, software 2D ou 3D, como AutoCAD,
Sketchup e é claro os softwares específicos como PROMOB.
Além do desenho, as informações escritas devem ser sucintas (frases curtas), pois são
instruções para o fabricante, não explicações estéticas.
Uma boa nota, deve conter: Nome do material ou objeto / Suas dimensões / Método
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de fixação. Para cada elemento deve haver uma nota deste tipo.
Veja abaixo um projeto feito na prancheta de desenho:

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Quando começarmos a utilizar o computador para a transmissão de informações ao


fabricante, veremos que a representação do móvel será com uma precisão mais absoluta, pois
será possível adicionar valores tonais, incluindo dimensões, notas de especificação, além é
claro de permitir alterações são danos físicos ao desenho.
O desenho abaixo, foi feito no software 2D e 3D AutoCAD.

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Caso os detalhes do projeto não caibam na mesma prancha você pode, identificar a
localização de um detalhe em planta baixa ou corte, ou até mesmo em ambos, de modo que se
estabeleça uma remissão reciproca ao conferir em cada detalhe uma letra ou número de
identificação e citar a prancha em que aparece.

O caderno de desenhos do projeto executivo do móvel permitirá o marceneiro ou loja


orçar e apresentar uma proposta com o custo estimado da mão de obra e dos materiais.
No caso de ocorrer, a necessidade de alteração do projeto após sua finalização, o
designer deve adicionar um “bloco de revisão” onde deverá registrar por meio de n° de
identificação e data, além da assinatura do cliente e designer. Uma forma de assegurar que as
alterações foram aceitas pelo cliente.

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8. BIBLIOGRAFIA

[1] OATES, Phyllis Bennet. História do Mobiliário Ocidental. Lisboa. Editorial Presença,
1991;
[2] GENETTE, Francis. Traduzido por FREITAS, Luiz Carlos Teixeira. Manual Prático do
Carpinteiro e Marceneiro. Editora Hemus – Brasil, 2002
[3] PLUNKETT, Drew. BOOTH, Sam. Mobiliário para o Design de Interiores, São Paulo:
Editora GG, 2015.
[4] http://www.gutenberg.org/files/12254/12254-h/12254-h.htm#ch09;
[5] http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=mar
cos_texto&cd_verbete=4272;
[6] http://www.onlinegalleries.com/antiques/d/pair-early-18th-century-brazilian-rosewood-
side-chairs/78930
[7] http://pt.scribd.com/doc/55578551/Historia-do-Mobiliario
[8] SILVA, Telma Silva Simões Moura. Portifólio História do Mobiliário, Edição 2012,
apostila gratuita.
[9] https://www.cpt.com.br/cursos-marcenaria/artigos/como-montar-uma-pequena-
fabrica-de-moveis
[10] https://blog.d3decor.com.br/confira-os-principais-equipamentos-para-marcenaria/
[11] https://www.epi-tuiuti.com.br/blog/serra-de-esquadria-saiba-para-que-serve-e-confira-
dicas-de-utilizacao/
[12] http://www.formica.com.br/
[13] https://www.ecivilnet.com/dicionario/o-que-e-laminado-melaminico.html
[14] https://www.getninjas.com.br/guia/reformas-e-reparos/marceneiro/conheca-os-tipos-
de-madeira-para-moveis/
[15] https://pt.slideshare.net/andresajessitadaconceicao/aula-2-histria-do-mobilirio
[16] https://pt.slideshare.net/andresajessitadaconceicao/aula-3-18248430
[17] Glossário do mercado moveleiro. Foccolojas. Disponivel em:
https://www.foccolojas.com.br/wp-content/uploads/2018/03/glossario-do-mercado-
moveleiro.pdf
[18] https://pt.slideshare.net/CoordEducare/aula-2-antiguidaderenascimento
[19] Algumas imagens contidas nesta apostila foram retiradas do Google Imagens.

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Hino Nacional Hino do Estado do Ceará

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas Poesia de Thomaz Lopes


De um povo heróico o brado retumbante, Música de Alberto Nepomuceno
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos, Terra do sol, do amor, terra da luz!
Brilhou no céu da pátria nesse instante. Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Se o penhor dessa igualdade Em clarão que seduz!
Conseguimos conquistar com braço forte, Nome que brilha esplêndido luzeiro
Em teu seio, ó liberdade, Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Desafia o nosso peito a própria morte!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Ó Pátria amada, Chuvas de prata rolem das estrelas...
Idolatrada, E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Salve! Salve! Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido Rubros o sangue ardente dos escravos.
De amor e de esperança à terra desce, Seja teu verbo a voz do coração,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido, Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
A imagem do Cruzeiro resplandece. Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Gigante pela própria natureza, Peito que deu alívio a quem sofria
És belo, és forte, impávido colosso, E foi o sol iluminando o dia!
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Tua jangada afoita enfune o pano!
Terra adorada, Vento feliz conduza a vela ousada!
Entre outras mil, Que importa que no seu barco seja um nada
És tu, Brasil, Na vastidão do oceano,
Ó Pátria amada! Se à proa vão heróis e marinheiros
Dos filhos deste solo és mãe gentil, E vão no peito corações guerreiros?
Pátria amada,Brasil!
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Deitado eternamente em berço esplêndido, Há de florar em meses, nos estios
Ao som do mar e à luz do céu profundo, E bosques, pelas águas!
Fulguras, ó Brasil, florão da América, Selvas e rios, serras e florestas
Iluminado ao sol do Novo Mundo! Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Do que a terra, mais garrida, Sobre as revoltas águas dos teus mares!
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores; E desfraldado diga aos céus e aos mares
"Nossos bosques têm mais vida", A vitória imortal!
"Nossa vida" no teu seio "mais amores." Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo


O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."

Mas, se ergues da justiça a clava forte,


Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!

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