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Gestão da Educação a Distância

Unis - MG

♦♦♦ Atividade 1 - Desafio do setor - Uso da Madeira de Forma Sustentável na


Construção Civil

Prof.(a). Laisa

Aluno: Carlos Eduardo de Oliveira Baptista


Engenharia Civil EAD.

Atividade:

Para a nossa atividade 1, cada um de vocês deverá abordar o tema proposto,


descrevendo os desafios que o setor encontra com relação ao uso da madeira na
construção civil. (Apontar pontos positivos e negativos; sistemas construtivos de
madeira; sustentabilidade; pouca utilização como elementos estruturais, etc.)
Introdução:
A madeira pode ser definida como sendo o tecido lenhoso das árvores, ela é o
principal produto mercantil florestal. É obtida do corte das árvores, é preciso que a
extração seja feita em florestas controladas, onde apenas uma pequena fração das
árvores é cortada para evitar o desmatamento em larga escala. "Após o corte, as árvores
têm seus galhos removidos e são cortadas novamente em diagonal antes de serem
transportadas para tratamento adicional. Ao chegar à serralheria, os cortes de madeira
são convertidos em pranchas de tamanho diversificado e recebem um tratamento com
conservantes para prolongar sua vida útil. A utilização da madeira em grande escala se
deve à razão entre a sua resistência e o seu peso que são altos, por isso é um excelente
material de construção. Possui propriedades como durabilidade e solidez que são
essenciais para estruturas resistentes. Além disso, a madeira é muito fácil de ser
trabalhada, objetos que exigem um trabalho artesanal como mobílias, instrumentos
musicais, artigos de arte e painéis são trabalhados em madeira"(Veja mais sobre
"Madeira" em: https://brasilescola.uol.com.br/quimica/madeira.htm)
O uso da madeira na construção civil é de extrema importância na execução de uma
obra, algumas pela maleabilidade e outras pela rigidez e resistência a grandes pesos. Na
construção civil, a madeira é utilizada de diversas formas em usos temporários, como:
fôrmas para concreto, andaimes e escoramentos. De forma definitiva, é utilizada nas
estruturas de cobertura, nas esquadrias (portas e janelas), nos forros e nos pisos
(ZENID, 2009). Segundo Hansen (2008) apud Beltrame (2008), a construção civil é
responsável pelo consumo de 66 % de toda madeira extraída.
John (2005, apud BABILON, 2008), completa que com os diferentes usos desse
importante recurso natural, a construção civil torna-se, cada vez mais, uma das grandes
utilizadoras, consumindo cerca de 2/3 da madeira natural extraída e a maioria das
florestas não é manejado adequadamente e algumas matérias primas tradicionais da
construção civil têm reservas mapeada s e escassas.

Desafios:
Tais mudanças têm provocado a substituição do pinho -do-paraná e da peroba-
rosa por outras madeiras desconhecidas dos usuários, às vezes inadequadas ao uso
pretendido. A implantação de medidas visando o uso racional e sustentado do
material madeira deve considerar desde a minoração dos impactos ambientais da
exploração florestal centrada em poucos tipos de madeira, passando pelas medidas
para diminuição de geração de resíduos e reciclagem dos mesmos, até a ampliação
do ciclo de vida do material pela escolha correta do tipo de madeira e pelos
procedimentos do seu condicionamento (secagem e preservação) (ZENID, 2009).

Pontos Positivos:
O primeiro argumento contra o uso de madeira é que ela aumentaria o
desmatamento nas florestas, em especial na Floresta Amazônica. A WW F Brasil nos
alerta para o engano dessa afirmação. Segundo a instituição, a degradação das matas
brasileiras é causada pela agricultura e pecuária extensivas. O uso deste material, desde
que feito de maneira racional, pode inclusive ajuda r no equilíbrio ecológico. Como
principal exemplo, podemos citar novamente a Finlândia: com 8% do mercado mundial
de madeiras, o país tem 80% de suas florestas originais preservadas. Além disso, a
fabricação e tratamento de peças de madeira consome muito menos energia que outros
materiais. Enquanto o cimento consome 1.750 quilowatts/hora para a produção de um
metro cúbico, a madeira consome 350 quilowatts/hora por metro cúbico (CASTILHO,
2017).
Outras vantagens são:
Menos produção de resíduos sólidos;
Diminuição do tempo no canteiro de obras;
Captura e retém carbono, ao contrário do alumínio, por exemplo, que é responsável por
47% da emissão de carbono no perímetro urbano;
É um material renovável;
Ajuda na geração de renda das comunidades Amazônica, do Cerrado e Mata Atlântica;
Alta Resistência: resiste tanto a esforços de compressão como de tração. Tem uma
baixa, mas sã volumétrica e resistência mecânica elevada. Em relação ao concreto,
apresenta a mesma resistência a compressão e dez vezes mais resistência a flexão, além
da resistência ao corte. Não se desfaz quando submetida a choques bruscos que podem
provocar danos;
Manutenção: é uma matéria-prima versátil que pode ser usada em diversas aplicações;
Isolante Término e Acústico: é um isolante natural, térmico e acústico, o que permite a
economia de energia em aparelhos de climatização de ambiente;
Durabilidade: tratada corretamente, a madeira pode durar muitos anos. É comum
encontra-la em peças antigas, como sarcófagos, embarcações, esculturas, utensílios
domésticos, armas, instrumentos musicais, etc. No Japão existem templos milenares
construídos com essa estrutura;
Segurança: tem uma resistência maior ao choque e à deformidade pelo fogo, diferente
de outros materiais, que podem perder sua função quando exposto a altas temperaturas.
Para o ciclo da madeira funcionar de m aneira sustentável, é necessário observar
alguns procedimentos. O primeiro deles é saber a origem da matéria-prima, que pode
ser legalizada ou certificada. Para evitar danos ao meio ambiente, o ideal é trabalha r
com aquela classificada como certificada. Isso acontece porque a madeira legalizada é
extraída conforme as exigências da legislação de exploração, porém não precisa ter
nenhuma preocupação com o ambiente. Já a certificada, além de cumprir as exigências
legais, atende a aspectos ambientais, sociais, econômicos e sustentáveis.
Pontos Negativos:
Em oposição, apresenta as seguintes principais desvantagens, que devem ser
cuidadosamente levadas em consideração no seu emprego como mate rial de
construção:
Variabilidade: é um material fundamentalmente heterogêneo e anisotrópico. Mesmo de
pois de transformada, quando já empregue na construção, a madeira é muito sensível ao
ambiente, aumentando ou diminuindo de dimensões com as variaçõe de umidade.
Vulnerabilidade: é bastante vulnerável aos agentes externos, e a sua durabilidade é
limitada, quando não são tomadas medidas preventivas.
Combustível.
Dimensões: são limitadas: formas alongadas, de secção transversal reduzida.
Há algumas outras desvantagens no uso dessa matéria: é um produto altamente
inflamável, tendo gerado incêndios no início de seu uso. Atualmente, existem produtos
de tratamento que retardam o efeito do fogo na madeira. Se não sofrer o tratamento
adequado, é um material vulnerável a agentes externos, como cupins e outros insetos, e
sofre de variabilidade com as condições ambientais, podendo dilatar com a umidade.
Para garantir que esses fatores não gerem transtorno, adquira peças certificadas e de
qualidade, que receberão o cuidado apropriado e evitando qualquer problema
(CASTILHO, 2017).

Sustentabilidade:
A construção civil utiliza basicamente materiais não renováveis, logo, por si só
não é sustentável. O que se pode trabalhar é a redução dos desperdícios, o controle
desde a origem do processo produtivo de cada produto utilizado, a busca de materiais
ecologicamente corretos e certificados e a eficiência energética (ZENID, 2009).
As indústrias já disponibilizam no mercado diversas opções de produtos derivados de
madeira certificada, que podem adaptar-se aos mais variados projetos e usos. Abaixo
segue relação com alguns materiais de uso mais comum.
Painéis de MDF (Medi um Entity Fibe board) e derivados: amplamente usados na
indústria moveleira, substituindo com extrema qualidade e resistência a madeira maciça.
São fabricadas através da aglomeração de fibras de madeira com resinas sintéticas e
outros aditivos. Apresentam inúmeras opções de acabamento. São fabricadas
obedecendo rigorosos critérios de qualidade e utilizam 100% de madeira certificada
como matéria-prima (REMADE, 2014).
Madeira ecológica: produto rotulado ecologicamente correto, pois tem como matéria-
prima principal resíduos plásticos descartados pela indústria e lascas de madeira
oriundas de serrarias legalizadas. Possui alta resistência e dispensam manutenção. São
utilizadas em revestimentos externos, fachadas, rodapés, decks e paisagismo.
Laminados: revestimentos para aplicação nos painéis de MDF, com textura e padrões
imitando madeira, de fácil aplicação e com maior durabilidade e resistência que as
lâminas naturais. Dispensa aplicação de pintura e podem ser aplicados em áreas
externas, sem comprometer sua qualidade e aparência.
Painéis estruturados: revestimentos laminados compactos, autoportantes, indicados
para uso em prateleiras, divisórias convencionais e sanitárias, portas, móveis, entre
outros. Possui estabilidade dimensional, alta resistência ao desgaste, uma idade,
impacto, calor e manchas. Já vem sendo em pregadas em banheiros públicos de
shoppings, aeroportos e áreas de grande público.
Pisos laminados: material de grande durabilidade e resistência, excelente acabamento,
conforto ambiental, fabricado com madeira de reflorestamento, não degrada o meio
ambiente e proporciona sofisticação aos ambientes. Indicados para áreas internas,
quartos, salas e escritórios, conservam a sensação térmica dos cômodos.
Esquadrias: fabricadas com madeira laminada certificada, ótimo padrão de acabamento,
mais leve que as esquadrias maciças e com excelente resistência.
Nota-se que é bem extensa a gama de produtos com apelo ecológico que o
mercado dispõe aos seus clientes. Boa parte desses produtos já vem sendo incorporados
pelos profissionais, mas muitos ainda esbarram no custo elevado. É imprescindível que
haja a cobrança cada vez maior dos arquitetos e engenheiros para com as indústrias,
forçando a certificação de mais empresas e ampliando o universo de possibilidades
aprimoradas tecnologicamente para aplicações no uso da madeira, que possam agregar
valor aos projetos e torná-los cada vez mais sustentáveis (REMADE, 2 014).

Pouca Utilização:
A madeira é um material bem resistente e, por isso, ainda é possível encontrá-la
nos restos de antigas edificações. Porém, seu uso como matéria-prima foi reduzido
gradativamente, pois, por muitos, ela não é considerada um material sustentável
(VASCO, 2008).
Os materiais antes de ser em utilizados na construção civil de vem ter suas
características inspecionadas e avaliadas de acordo com as especificações e normas,
para evitar problemas futuros. Isso deve acontecer exatamente com a madeira para que
a mesma apresente um bom desempenho para de terminado uso, seja estrutural ou não.
Segundo Correia (2009), utilizada em inúmeros sistemas estruturais o que a
solicita em diversos esforços, a madeira é um material que suporta bem a esforços
de compressão e de tração, e consequentemente, também apresenta um bom
desempenho à flexão, possibilitando assim sua utilização como elemento estrutural mais
comumente em, mormente vigas, pilares, as nas grelhas, sendo ainda utilizado como
cofragem.
Correia (2009) diz que: “Há um número razoável de características inerentes à
madeira que fazem com que esta seja um material ideal para utilizar na construção civil.
Isso inclui o elevado ratio resistência/peso específico, a sua durabilidade e o isolamento
térmico e acústico que proporciona”. O fato de a madeira ser o resultado do crescimento
de um ser vivo, implica em variações das suas características em função do meio
ambiente em que a árvore se desenvolve. A esta variabilidade acrescenta -se que a
madeira é produzida por diferentes espécies de árvores, cada qual com características
anatômicas, físicas e mecânicas próprias (ZENID, 2010)
Referencias:
Site:
http://www.estruturas.ufpr.br/wp-content/uploads/2 015/02/MADEIRA-NA-
CONSTRU%C3%87%C3%83O-CIVI.pdf.
CanaldaEngenharia.com.br

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