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DESIGN DE MÓVEIS

AULA 4

Prof. Clécio Zeithamer


CONVERSA INICIAL

O objetivo desta aula é estudar mais a fundo os tipos de madeira natural, seus acabamentos e

ferragens empregadas, relacionando com o processo produtivo para esse tipo de madeira. Ao longo

desta aula, estudaremos os seguintes temas:

Características técnicas, estéticas e funcionais da madeira maciça;

Processos produtivos do móvel com madeira maciça;

Tipos de acabamentos e revestimentos para madeira maciça;


Encaixes e junções com madeiras;

Acessórios e ferragens para madeira maciça.

CONTEXTUALIZANDO

A madeira natural mostra vantagens se comparada com outros materiais de baixo impacto

ambiental, pois não apresenta substâncias tóxicas ou poluentes em sua composição e é mais durável

se comparada com os painéis de madeira processada e reconstituída. Dessa forma, permite prolongar

a vida útil de um mobiliário pela durabilidade da matéria-prima e por permitir diversas reciclagens e
reutilizações. Também, quando se encerrar o ciclo de vida de um móvel, a madeira natural pode ainda

ser empregada como fonte de energia limpa, pois, mesmo incinerada, não emite produtos químicos

na atmosfera (Zamoner, 2021).

Esta aula é muito importante para designers de interiores e arquitetos, pois trará os fundamentos

básicos e gerais sobre o uso da madeira maciça certificada e técnicas de projetos, que poderão se

transformar em uma vantagem competitiva e agregar valor em um projeto de móveis para interiores.
TEMA 1 – CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS, ESTÉTICAS E FUNCIONAIS
DA MADEIRA MACIÇA

A madeira natural é um elemento com características únicas e formada por distintas estruturas,
cujo elemento principal é a célula. Os diferentes tipos e formatos de células variam de acordo com

suas funções no interior do vegetal, tais como suporte, condução da seiva, armazenamento de

elementos nutritivos, entre outros. Sendo assim, a madeira apresenta uma microestrutura de grande

complexidade, devido à sua composição química e configuração orgânica, podendo variar em função

do clima, do local de origem, das características e condições do solo e gênero da espécie (Pinheiro,
2014).

Existem alguns problemas comuns relacionados ao uso da madeira natural, como o inchamento e

a retração higroscópica, que são consequências da alteração de umidade, e também a anisotropia, que

se refere ao comportamento diferente nas variadas direções estruturais, seja tangencial, longitudinal

ou radial. A amplitude das alterações dimensionais de uma peça de madeira depende de vários

fatores, tais como: de que parte da árvore foi retirada a peça, teor de umidade, temperatura,
densidade da madeira, entre outros (França, 2019; Oliveira; Silva, 2003).

Devido às variações dimensionais da madeira, seu emprego para diversas finalidades exige

técnicas próprias de utilização e tratamento, pois até dentro da mesma árvore existem diferentes

características de textura, permeabilidade, propriedades mecânicas e físicas. Essa é uma propriedade


peculiar da madeira, diferenciando-a de outros materiais como plástico, metal, vidro, porcelana e

borracha. Para obtermos madeiras com maior resistência à compressão e à flexão, mais estáveis e

densas, é indicado colher árvores mais velhas (Serpa et al., 2003).

A madeira se destaca como matéria-prima na indústria moveleira e, além das questões técnicas

relacionadas ao seu uso, ela transmite sensação de conforto e é agradável ao tato, o que não se

consegue plenamente nas imitações de suas cores e desenhos, por exemplo, em laminados

melamínicos e cerâmicas. A madeira empregada na execução de móveis é dividida basicamente em


transformada (processada e reconstituída) e natural.

A madeira natural, por sua vez, pode ser subdividida em madeira de reflorestamento, quando é

proveniente de plantações reflorestáveis, ou madeira de lei, quando é extraída de árvores nativas de

florestas naturais (Figura 1). O primeiro tipo de madeira empregada nos móveis foi a madeira de lei, e
suas principais características são alta resistência, variedade de coloração, facilidade na usinagem e
durabilidade. Ex.: imbuia, cerejeira, mogno, freijó.

Figura 1 – Diagrama de tipos de madeira natural

Fonte: Correia, 2014.

Embora seja uma constante no Brasil a exploração madeireira predatória, ou seja, sem

autorização de órgão ambiental, existe um método fundamentado em atividades de colheitas


planejadas e controladas para madeira de lei, conhecida como Exploração de Impacto Reduzido (EIR).

Trata-se de um tipo de exploração pensada para conservar a biodiversidade, evitar impactos

ambientais e acelerar a recuperação florestal, buscando benefícios econômicos e sociais (Erdmann,

2019).

Mesmo assim, devido às questões de preservação do meio ambiente e aumento de consumo, a

madeira de reflorestamento se tornou a mais empregada pelas indústrias, pois atende de forma

sustentável à alta demanda de móveis e outros produtos de madeira. O eucalipto e pinus são as

espécies de reflorestamento mais produzidas no Brasil.

Dentre inúmeras espécies, o Eucalyptus grandis apresenta fácil trabalhabilidade, boa aparência e

características parecidas com o mogno, em termos de resistência, densidade e elasticidade. Outra

espécie com boa aceitação no mercado é o Eucalyptus cloeziana, com características similares às do
ipê e do pau-marfim, apresentando boa durabilidade e elevada estabilidade dimensional, sendo

muito resistente ao ataque de cupim e apodrecimento (Teixeira, 2009).

Com relação ao Pinus, a espécie elliottii apresenta textura fina e densidade baixa, permitindo

assim facilidade no trabalho para aplainar, lixar, furar, tornear, colar e fazer acabamento. Seus
principais usos se dão na construção civil e indústria de mobiliário, seja para móveis retos, seja para
torneados (Pinheiro, 2014).

No início dos anos de 1980, as indústrias de móveis lançaram o Pinus no mercado de forma

inadequada, associando a sua imagem a uma madeira de baixa durabilidade e qualidade. Mas, de lá

para cá, o setor madeireiro evoluiu consideravelmente com grandes investimentos, seja em

equipamentos na preparação da madeira ou no aperfeiçoamento das técnicas de manejo e plantio. O

Brasil possui uma enorme vantagem competitiva sobre outras nações produtoras, pois, devido a suas
variações climáticas, possui um dos maiores reflorestamentos de coníferas do mundo. O Pinus taeda e

o elliottii são exemplos das espécies mais produzidas no país (Leite, 2013).

TEMA 2 – PROCESSOS PRODUTIVOS DO MÓVEL COM MADEIRA


MACIÇA

A madeira maciça empregada em móveis geralmente é encontrada no comércio em forma de

tábuas, sarrafos, pontaletes, quadrados, entre outros. Para utilização dessas madeiras, são levados em

consideração os formatos que melhor se adequam a cada parte do móvel a ser executado e a

disponibilidade desse produto no mercado. Quanto ao design, os móveis de madeira maciça

costumam ser retilíneos ou torneados (Figura 2), sendo que os modelos torneados se caracterizam

por mesclar formas retas e orgânicas, e os retilíneos, como o próprio nome diz, são lineares.

Figura 2 – Exemplo de mesinha e cadeira de madeira maciça torneada


Créditos: Olivier Le Qeuinec/Shutterstock.

A produção de móveis de madeira maciça passa por algumas etapas diferenciadas daquelas
executadas com painéis de madeira processada e reconstituída, mas parte do processo pode ser

semelhante para os dois tipos de móveis, caso o processo de acabamento seja com pintura, conforme

Figura 3.

Figura 3 – Fluxograma de processo produtivo para móveis de madeira maciça


Fonte: Pizzato, 2000.

O beneficiamento da madeira natural não pode ser executado sem considerar o seu
comportamento anisotrópico, pois, em função de sua estrutura celular, as propriedades físicas e

mecânicas da madeira podem variar conforme a direção de crescimento das células, também
conhecido pelo termo grã, que pode ser direita ou regular quando as células estão paralelas ao

crescimento vertical. Porém, quando a grã apresenta inclinações ou desvios em relação ao eixo do

tronco, é chamada de irregular – neste caso, pode ser grã entrecruzada ou ainda grã oblíqua,

conforme Figura 4 (Gonçalves, 2000; Pinheiro, 2014).

Figura 4 – Grã direta, oblíqua e entrecruzada


Fonte: Pinheiro, 2014.

Os processos produtivos relacionados a móveis de madeira maciça de forma simplificada e após

o beneficiamento são: secar, cortar, usinar, lixar, fazer acabamento e montar. Para o emprego de

madeira maciça, deve-se considerar que esta precisa passar por uma etapa de secagem, geralmente

executada em estufas dentro de uma escala industrial.

Cada espécie de madeira maciça possui um processo próprio de secagem, respeitando suas
características específicas. Esse processo inicia-se ao ar livre e, na sequência, passa por estufas, as

quais podem ser de ar quente, elétrica, solar ou a vapor. Dessa forma, a madeira precisa atingir um

teor de umidade aproximado de 12%, antes de entrar no processo produtivo e se transformar em um


móvel (Pizzatto, 2000).

A secagem da madeira maciça, também chamada de madeira serrada, é considerada a etapa que

mais incorpora valor ao produto, pois aumenta a estabilidade dimensional da madeira e facilita o

acabamento de superfície, seja por meio do lixamento, seja pela aplicação de tintas e vernizes. Porém,

pode desvalorizar a madeira se o processo de secagem for mal executado, como no caso do Pinus,

que pode apresentar uma deformação conhecida como mancha química ou marrom (Nennewitz et al.,

2012; Oliveira, 2014).

As peças de madeira maciça normalmente são adquiridas secas pelas fábricas de móveis, em
bitolas que variam de um fornecedor para outro. Sendo assim, o primeiro passo no processo

produtivo moveleiro é passar as peças de madeira por uma serra para ajustar o dimensionamento,

que podem ser otimizadoras de corte, serras de fita ou circulares. Em seguida, passa por uma

desengrossadeira e desempenadeira para corrigir distorções e empenamentos. A tupia é utilizada


quando são necessários rasgos, molduras e desenhos, e as furadeiras são empregadas para preparar

encaixes. Na sequência, inicia-se a fase de pré-acabamento com emprego da lixadeira (Santos, 2015).

Para colunas torneadas como pés de cadeiras e mesas, são empregados gabaritos, e as peças são

usinadas em tornos copiadores. Centros de usinagem computadorizados (CNC) também podem ser
empregados, substituindo várias máquinas, como serras, tupias e furadeiras.

As principais imperfeições nas etapas de corte, fresamento e furação da madeira maciça e que

podem afetar consideravelmente no acabamento final de um móvel estão relacionados aos seguintes
pontos: teor de umidade, condições das ferramentas e máquinas de corte, treinamento da mão de

obra e alterações nas propriedades da madeira.

Muitos produtos de madeira maciça são comercializados e entregues aos clientes montados (por

exemplo, alguns tipos de cadeiras). Nesse caso, após a montagem, o móvel pode passar por mais uma

etapa final de lixamento antes de receber seladores, vernizes, tintas, lacas ou outros materiais.

A madeira serrada no Brasil tem emprego na indústria moveleira na produção de molduras,

estrutura e assento de cadeiras e estrutura de sofás. Também é muito utilizada em pés e tampos de

mesa, em estrados e estruturas de cama (Correia, 2014).

2.1 PEÇAS DE MADEIRA SERRADA

A norma NBR 14807 – Peças de madeira serrada – especifica doze classes de peças de madeira

serrada, apresentando nomes e suas respectivas dimensões. Na sequência, segue a Tabela 1 contendo

nome, espessura e largura das peças. O comprimento varia em função da empresa fornecedora, mas

algumas vendem peças entre de 1,5 a 4 metros (ABNT, 2002).

Tabela 1 – Peças de madeira serrada

Nome da peça Espessura Largura

Pranchão 71 a 161 161 ou mais

Prancha 39 a 70 161 ou mais

Pranchinha 38 100 ou mais

Viga 40 a 80 81 a 160
Ripa 10 a 20 20 a 50

Caibro 40 a 80 50 a 80

Tábua 10 a 37 100 ou mais

Ripão 15 a 20 51 a 70

Sarrafo 21 a 39 20 a 99

Pontalete 70 a 80 70 a 80

Quadradinho 25 25

Quadrado Lado: 100 ou mais

Dimensões em milímetros

Fonte: ABNT, 2002.

Peças como os quadrados, que devem ter 100x100mm ou mais, podem ser empregadas na

execução de colunas de mesa, por exemplo, e tábuas com espessuras entre 10 a 37mm e largura de
100mm ou mais podem ser empregadas para execução de peças de gavetas ou até tampos

(Conheça..., 2020).

TEMA 3 – TIPOS DE ACABAMENTOS E REVESTIMENTOS PARA


MADEIRA MACIÇA

Assim como todos os substratos, a madeira também necessita de preparos especiais antes de se

transformar em um mobiliário. As superfícies devem estar totalmente secas, sem manchas de óleo ou

gordura para, na sequência, ser efetuado rigoroso lixamento. Antes da pintura, qualquer pó resultante

da lixa deve ser removido por completo da superfície, por meio de pano levemente umedecido ou

seco. Sendo assim, é essencial uma cuidadosa e correta preparação da madeira para se alcançar um

bom acabamento.

As lixas empregadas precisam ter granulação apropriada para cada fase do lixamento. Os

produtos mais empregados no acabamento da madeira são: seladores, poliuretanos, vernizes,

poliéster, nitrocelulose e PVC. Para aplicar qualquer um desses materiais, a madeira precisa ter suas

faces de aplicação limpas e livres de riscos ou qualquer defeito, de forma a estar plana e uniforme

(Pizzatto, 2000).
O objetivo do lixamento é reduzir os estragos causados durante o corte da madeira nos mais

variados formatos e, com isso, criar uma condição ideal para receber o acabamento. Esse

procedimento costuma ser dividido em duas etapas de trabalho, onde, na primeira fase, será reduzida
a aspereza mais rudimentar da madeira, com lixas de granulação inferior a 60. A segunda fase, por sua

vez, proporciona um acabamento mais fino na superfície, com lixas de granulação superior a 220,
ideal para aplicação dos materiais de acabamento (Bernardi, 2003; Leite, 2013).

É importante também que o processo de lixamento da madeira seja executado um pouco antes
de aplicar o acabamento, pois, conforme mencionado anteriormente, a madeira é higroscópica e,

dessa maneira, pode absorver a umidade do ar e acabar inchando antes mesmo de receber o

processo de pintura, podendo, assim, resultar em uma superfície irregular e rugosa. Não importa o

rigor com que foi executada a secagem da madeira: se a umidade do ambiente se alterar antes da

pintura ser executada, a peça absorverá umidade e poderá ter seu acabamento prejudicado.

A absorção e variação de umidade na madeira é reduzida significativamente após a aplicação de


tinta ou verniz, por isso todas as faces das peças devem ter acabamentos, podendo ser opções mais

econômicas nas superfícies menos visíveis. O movimento de inchaço e encolhimento das peças variam

em relação ao sentido da grã da madeira e também de uma espécie para outra de árvore. Sendo

assim, o teor de umidade adequado deve ser conservado durante todo o processo, sendo do corte

até a pintura.

A metodologia de pintura está diretamente relacionada à tecnologia disponível nas indústrias de

móveis. Normalmente, empresas de pequeno porte empregam pistolas com caneca por sucção ou

com tanques de pressão. Indústrias maiores costumam executar pinturas com equipamentos tipo

airless ou também com tanques de pressão com pistola. Empresas de grande porte, que fabricam

móveis seriados com acabamento em pintura, geralmente empregam túneis ou máquinas de pinturas

por cortinas ou rolo. Para a aplicação da tinta, são recomendados ambientes isolados, como salas
pressurizadas ou cabines específicas, pois qualquer poeira ou sujeira que esteja flutuando no ar pode

cair no móvel durante o processo de pintura e prejudicar o acabamento final do produto (Bernardi,

2003).

A seguir, apresentamos a sequência do processo para acabamento de madeira natural com

aplicação de tingidores, vernizes e tintas:

Preparação do painel por meio de lixamento, granulação 60;


Aplicação de tingidor com emprego de pincel, pistola, rolo ou boneca. É comum móveis de
madeira natural serem tingidos em vários padrões, imitando outros tipos de madeira mais

nobres ou para esconder possíveis defeitos. Por isso, muitos consumidores não conseguem
identificar o tipo de madeira que o móvel foi fabricado.

Saiba mais

Boneca, na pintura de móveis, é um termo utilizado para descrever um chumaço de estopa

enrolado ou não em um tecido de algodão, formando assim uma bola, que é utilizada para
molhar em algum produto líquido, o qual, por sua vez, será passado em alguma superfície de

madeira como uma das etapas de acabamento.

Aplicar fundo selador com emprego de pistola, pincel, rolo ou cortina. É importante uma demão

de primer ou selador para madeira antes da pintura, pois assim evita que a madeira absorva

muita tinta;

Lixamento com granulação de 220 a 320;


Aplicação de verniz com pistola, pincel, rolo ou cortina. O verniz além de reduzir a absorção de

água pela madeira e melhorar o acabamento das superfícies, deixa aparente os desenhos e a cor

da madeira. Pode ser fosco, semibrilho ou brilhante e já ser pigmentado com tingidor;

Para acabamentos com laca, executar conforme indicação de uso dos fabricantes.

A maior parte dos acabamentos de pintura para móveis disponibilizados no mercado são

indicados apenas para utilização interna e não para áreas externas, como sacadas e jardins. Para essa

finalidade, existem produtos especiais (Bernardi, 2003). Também, existe um processo de tratamento

para madeira denominado autoclave, o qual introduz sob alta pressão produtos químicos no interior

da madeira e, dessa forma, aumenta a resistência desta contra fungos, bactérias e outros agentes

nocivos.

3.1 REVESTIMENTOS COM LÂMINAS

Móveis que são executados com painéis de madeira processada e reconstituída podem adquirir

uma aparência de madeira maciça por meio da aplicação de lâminas de madeira natural em suas

faces, as quais são executadas por meio de um fino corte do boco da madeira maciça, com espessura

a partir de 0,8 mm (Figura 5). Essa é uma maneira de se conseguir um efeito refinado ao móvel, de
forma leve, mais versátil e com menos matéria-prima. Pode ser natural, ou seja, extraída do tronco da

árvore sem apresentar tingimento ou tingida, com alteração da cor. Como tratamento, as lâminas

necessitam apenas de verniz.

Figura 5 – Lâmina de madeira natural

Créditos: Reinhold Leitner/Shutterstock.

Outra possibilidade de acabamento para as faces de móveis executados com painéis de madeira

processada e reconstituída são as lâminas de madeiras pré-compostas (Figura 6). Essas lâminas

são produzidas por meio do faqueamento perpendicular de blocos, com centenas de lâminas de
madeira natural coladas. O processo também pode incluir tingimento. Por se tratar de lâminas

adquiridas por meio de um processo industrial, suas cores e texturas apresentam uma grande

padronização, evitando, assim, muitos problemas de acabamento e continuidade, principalmente nas

emendas de lâminas. As madeiras empregadas são de florestas sustentáveis e certificadas. As lâminas

pré-compostas normalmente recebem nomes de madeiras de lei, por exemplo: Freijó Linheiro, Marfim

Linheiro, entre outras.

Figura 6 – Lâmina de madeira pré-composta de Marfim Linheiro


Créditos: William TX/Shutterstock.

Outro tipo de lâmina natural são as rádicas, que são lâminas normalmente extraídas das raízes de

árvores. Possuem desenhos refinados, únicos e são variedades excêntricas que existem em algumas

árvores. Exigem bom entendimento estético e experiência para utilizar seus delicados desenhos nas

composições dos móveis (Figura 7).

Figura 7 – Lâmina de rádica


Créditos: Alex Coolok/Shutterstock.

Por meio de lâminas de madeira natural, pré-compostas e rádicas, é possível fazer acabamentos

ainda mais nobres nas superfícies dos móveis, por meio de um trabalho chamado marchetaria. Trata-

se de uma arte ou técnica de encaixar diversas lâminas de madeira de diversos padrões, uma ao lado

da outra, em formatos diversos, criando desenhos e ornamentando superfícies planas de móveis.


Além das lâminas de madeira, podem-se empregar outros materiais, tais como metais, madrepérola,

pedras, entre outros, e em diversas espessuras (Figuras 8 e 9).

Figura 8 – Trabalho de marchetaria em gaveta


Créditos: Susanna Mattioda/Shutterstock.

Figura 9 – Trabalho de marchetaria em tampo de mesa

Créditos: Timltv/Shutterstock.

Saiba mais
Para saber mais sobre marchetaria, você pode assistir ao vídeo acessando o link a seguir:

MARCHETARIA – Técnica artesanal. Elo7, 29 set. 2017. Disponível em: <https://www.youtube.


com/watch?v=vPcJy4ceg2I>. Acesso em: 8 dez. 2021.

TEMA 4 – ENCAIXES E JUNÇÕES COM MADEIRAS

Um dos princípios mais importantes na marcenaria é a união de componentes de madeira. Se

não tivéssemos o conhecimento para fixar duas peças de madeira de maneira sólida, os móveis

seriam como esculturas esculpidas em um bloco de madeira maciça (Coelho, 2021).

As técnicas de encaixes em madeira ou outros materiais são utilizadas há centenas de anos e


surgiram como uma alternativa para a execução de mobiliário, pois móveis com peças encaixadas

podem ser montados mais facilmente. Para esse tipo de mobiliário, uma das nomenclaturas

empregadas atualmente é Ready to Assemble (RTA) ou, traduzindo para o português, pronto para

montar (Boareto; Mantovani, 2012; Santos, 2015).

Nesse sentido, mobiliário RTA significa que foi projetado buscando agilidade na montagem, ou

seja, sem o uso de pregos, parafusos ou dispositivos de montagem e, em alguns casos, facilidade na

desmontagem também. Dessa maneira, um móvel RTA pode ser mais econômico e sustentável, pois

facilita a substituição e o conserto de partes danificadas, ocupa pouco espaço no estoque e


transporte. Dependendo do mobiliário, também pode ser montado facilmente pelo próprio usuário

(Boareto; Mantovani, 2012; Santos, 2015; Manzini, 2008).

Devido a todos esses atributos, o mobiliário RTA vem ganhando espaço nos ambientes de todo o

mundo, sejam comerciais ou residenciais, pois, além de econômicos e ecoeficientes, possuem um

design diferenciado, agregando valor simbólico e estético aos espaços (Arango; Londoño; Turriago,

2006).

Entretanto, é importante reforçarmos que, para a execução de móveis com junção por encaixe, é

interessante empregarmos madeiras da mesma espécie, pois, caso contrário, as partes poderão inchar

ou retrair de maneira diferente e a fixação não ficar adequada (Morikawa, 2009). Para executar

encaixes com madeiras diferentes, é aconselhável escolher espécies que combinem as suas variáveis
de árvores mais velhas e da mesma região, pois assim terão uma trabalhabilidade similar e reduzida
(Zamoner, 2021).

Assim, existem inúmeros tipos de encaixes de madeira que podem ser empregados na fabricação

de móveis RTA. Dessa forma, o designer de interiores ou arquiteto que dominar ou tiver um bom
conhecimento sobre esse assunto poderá se destacar no mercado criando soluções diferenciadas

para seus ambientes.

Cada tipo de encaixe possui um nome específico e, muitas vezes, essa nomenclatura diverge de
uma literatura para outra, por isso, na sequência, iremos apresentar os encaixes e os respectivos

nomes mais empregados e conhecidos. Entretanto, a criação e a combinação de novos tipos de

encaixes de madeira podem ocorrer também, basta usarmos nossa criatividade para criarmos

inúmeras outras possibilidades (Coelho, 2021; Sousa; Barata, 2020).

4.1 FINGER JOINT

Para a fabricação de tábuas e colunas de madeira natural com grandes extensões, as indústrias

utilizam um recurso chamado de Finger Joint, o qual é executado por meio de fresas e tupias de mesa

com posterior colagem por meio de prensas de alta frequência. Finger Joint, conforme a Figura 10, é a

justa união de peças de madeira que se encaixam perfeitamente como num quebra-cabeças, em que

o entrelaçamento se assemelha ao dos dedos de duas mãos, por isso o nome Finger Joint, que,

traduzido para o português, é articulação de dedo.

A justaposição das faces de cada perfil aumenta a superfície de contato para colagem, criando

assim uma ligação extremamente forte. O processo produtivo para execução de uma Finger Joint

exige enorme precisão para que o encaixe fique perfeito, por isso raramente é executado em

processos artesanais ou por empresas sem ferramenta e maquinário adequado.

Figura 10 – Foto mostrando duas peças para união em Finger Joint


Créditos: Rawf8/Shutterstock.

4.2 ESPIGA

Uma união de encaixe tipo espiga, em termos simples, compreende uma peça de madeira que

contém uma tira que se encaixa perfeitamente no vão de outra peça de madeira. A tira da peça

chama-se espiga, e a segunda peça onde será introduzida se chama caixa. Para manter uma boa

resistência na união das partes, a largura da espiga não deve ser maior que um terço da largura total
da peça de madeira (Figura 11). Para aumentar a resistência, o encaixe pode ser colado, aparafusado

ou ter um pino de madeira ou cavilha transpassando (Figura 12). Podem ser espigas simples, com

pinos, duplas, vazadas, entre outras (Figuras 11, 12, 13 e 14).

Figura 11 – Desenho esquemático mostrando uma união em espiga simples, sendo duas peças

desencaixadas e encaixadas
Fonte: Software Sketchup.

Figura 12 – Desenho esquemático mostrando uma união em espiga simples com furo e cavilha, sendo
três peças desencaixadas e encaixadas

Fonte: Software Sketchup.


Figura 13 – Desenho esquemático mostrando uma união em espiga dupla, sendo duas peças

desencaixadas e encaixadas

Fonte: Software Sketchup.

Figura 14 – Desenho esquemático mostrando uma união em espiga vazada com dente, sendo três

peças desencaixadas e encaixadas

Fonte: Software Sketchup.


4.3 MEIA-MADEIRA

Para se fazer uma junção em meia-madeira, são executados rebaixos em cada uma das peças

com a metade da espessura, de forma que, unidas as duas partes, apresentem a espessura original
(Figura 15).

Figura 15 – Desenho esquemático mostrando uma união em meia-madeira, sendo duas peças
desencaixadas e encaixadas

Fonte: Software Sketchup.

4.4 MALHETE

Consiste em recortes nas bordas das peças de madeira,de forma que, unidas, se encaixem

perfeitamente, conforme Figuras 16 e 17.

Figura 16 – Foto mostrando malhete reto, sendo duas peças desencaixadas


Créditos: Rawf8/Shutterstock.

Figura 17 – Foto mostrando uma união por malhete, sendo duas peças encaixadas

Créditos: Rawf8/Shutterstock.

Outro tipo de malhete muito utilizado por sua resistência e beleza é o rabo de andorinha (Figuras

18 e 19), o qual, inclusive, é difícil de ser executado devido aos seus cortes inclinados em forma

trapezoidal. Esse tipo de encaixe é muito empregado na ligação de frentes e traseiras de gavetas com

suas laterais. Depois de colado, o encaixe dispensa qualquer tipo de auxiliares mecânicos. Trata-se de

um encaixe muito sólido, principalmente se for associado à cola.

Figura 18 – Desenho esquemático mostrando malhete rabo de andorinha, sendo duas peças

desencaixadas
Fonte: Acervo de Cristiana Miranda.

Figura 19 – Foto mostrando gavetas montadas com união por meio de malhete rabo de andorinha

Crédito: Romanov Wood/Shutterstock.

4.5 ENCAIXES MACHO E FÊMEA

Trata-se de uma faixa de madeira mais fina que se estende por toda a extensão de uma peça e se

encaixa perfeitamente no rasgo de outra peça (Figura 20), um exemplo disso são os assoalhos e forros
de madeira, porém pode ser empregado também em móveis, como em tampos. É uma maneira
prática de se conseguir grandes áreas de madeira.

Figura 20 – Desenho esquemático mostrando uma união em macho e fêmea, sendo quatro peças

Fonte: Software Sketchup.

4.6 MEIA-ESQUADRIA

Muito utilizado para fazer quadros de madeira, trata-se de um tipo de encaixe muito empregado

e simples, em que as peças são cortadas a 45º. Uma forma de se executar um encaixe em meia-

esquadria de forma sólida é empregar, na união entre as duas peças, uma talisca de madeira que irá

auxiliar e reforçar a junção das partes, conforme a Figura 21.

Figura 21 – Desenho esquemático mostrando quadro com união em meia-esquadria, sendo três peças
desencaixadas e encaixadas

Fonte: Software Sketchup.


Saiba mais

Para saber mais sobre os encaixes, você poderá assistir aos vídeos explicativos acessando os

links a seguir:

1. JUNTAS de canto de madeira simples/juntas de carpintaria. Celal Ünal, 19 jan. 2021.


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=WFXieuIcPdU>. Acesso em: 8 dez. 2021.

2. JUNTAS de canto de madeira/juntas de carpintaria – Parte 2. Celal Ünal, 30 abr. 2021.

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=e-5bpFm8Gns>. Acesso em: 8 dez. 2021.

3. MESA para trabalhar madeira/saco dobrável/mesa de caixa de madeira. Celal Ünal, 17 jul.

2021. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=teJbUfSP4WM>. Acesso em: 8 dez.

2021.

TEMA 5 – ACESSÓRIOS E FERRAGENS PARA MADEIRA MACIÇA

Para situações em que o móvel de madeira natural não será montado por meio de encaixes e

junções, conforme mencionado no tema 4, as ferragens são outra opção para estruturar e assegurar o

bom funcionamento dos móveis. Também nos móveis para madeira maciça, podemos usar as

ferragens com o intuito de criar efeitos estéticos e impressionar visualmente os usuários. Um exemplo
disso são as dobradiças (Lima, 2019). Na sequência, iremos apresentar as ferragens e acessórios mais

empregados na construção de móveis de madeira natural (Lima, 2019).

5.1 PARAFUSOS

Segundo o Dicionário Online (2021), parafuso é uma “peça cônica ou cilíndrica, estriada em

hélice, que se embute, fazendo-a girar sobre seu eixo longitudinal, seja em outra peça (chamada

porca), atarraxada em sentido contrário, seja num meio resistente, por efeito combinado de rotação e

pressão”. Dessa maneira, o parafuso pode ser empregado para fixação de peças de madeira.

Existem vários modelos de parafusos e, como vantagem, apresentam baixo custo e facilidade na

aplicação, porém não oferecem bom acabamento e nem todos os modelos permitem desmontagem
e posterior montagem do móvel. A seguir, apresentamos alguns modelos de parafusos que podem

ser empregados na madeira:

5.1.1 PARAFUSO AUTOATARRAXANTE

Apresenta uma rosca cortante e mais fina que auxilia na aplicação do parafuso. Mesmo assim,
dependendo da dureza da madeira, necessita de um pré-furo para colaborar no início da rosca. Não é

indicado para situações em que o móvel será desmontado e montado mais de uma vez.

5.1.2 PARAFUSO PARA MADEIRA

Existem inúmeros tipos de parafusos específicos para madeira. O aspecto principal e comum para

todos esses parafusos é a rosca mais larga, desenvolvida para se fixar na madeira com maior firmeza.

Geralmente o próprio parafuso já fura e faz a rosca. Não são indicados para situações em que o móvel

será desmontado e montado mais de uma vez. Os tipos mais conhecidos são parafuso corrediça,

parafuso madeira (Figura 22), parafuso chipboard, parafuso cama, parafuso rosca soberba (CRV, 2018).

Figura 22 – Foto de parafuso de madeira

Créditos: Kucher Serhii/Shuterstock.


5.1.3 PARAFUSO SEXTAVADO

Possui uma cabeça com 6 faces, o que justifica o seu nome. Para essa categoria de parafuso,
existem diferentes fixadores, em que se altera o tipo de rosca, que pode ser parcial ou inteira, fina ou
grossa, tipo métrica (Figura 23) ou autoatarraxante.

Figura 23 – Parafuso sextavado com rosca métrica

Créditos: Vector Tradition/Shutterstock.

5.2 BUCHAS, PORCA GARRA E DISPOSITIVOS DE MONTAGEM

Da mesma forma que os móveis executados em painéis de madeira processada e reconstituída,

os móveis de madeira natural também podem ser estruturados com o auxílio de parafusos com

buchas (figura 24) e dispositivos de montagem. Nesse caso, o mobiliário poderá ser montado e

desmontado várias vezes, sem prejuízo para sua estruturação.

Figura 24 – Foto mostrando parafusos métricos com buchas para madeira


Créditos: Atlantist Studio/Shutterstock.

Porca garra é outro tipo de ferragem muito empregado em madeira natural e, como o próprio

nome diz, parece uma porca com garras, as quais fixam a ferragem na madeira e não deixam que esta
gire no momento do aperto do parafuso. Seu emprego é similar ao do parafuso com bucha.

5.3 DOBRADIÇAS

Sua principal função é fazer o giro de portas. São vários modelos existentes no mercado, e a

fixação geralmente se dá por meio parafusos. O material mais comumente encontrado é em metal

(Figura 25).

Figura 25 – Imagem mostrando diversos modelos de dobradiças


Créditos: Viki Vector/Shutterstock.

Para móveis de madeira maciça, existem alguns modelos que ficam bem aparentes e são

empregados em móveis rústicos ou em estilo medieval (Figura 26) – nesse caso, a ferragem contribui
para definir o estilo do mobiliário.

Figura 26 – Foto mostrando dobradiça estilo medieval aplicada em porta

Créditos: Creativo Ist/Shutterstock.

Outro modelo muito conhecido e tradicional é a dobradiça piano, que tem esse nome devido ao

seu usual emprego nesse instrumento musical, porém pode ser utilizada em outros mobiliários

também. Caracteriza-se por ser vendida em grandes extensões, podendo ainda ser cortada no

tamanho desejado, de forma a preencher todo o comprimento da peça a ser articulada. Como

vantagem, a dobradiça piano é mais forte devido à sua grande extensão, sendo fácil de alinhar por se

tratar de uma ferragem inteiriça. Para algumas situações, ela pode oferecer um acabamento bem

interessante (Figura 27).


Figura 27 – Foto mostrando dobradiça piano

Créditos: Marlene Yaworski/Shutterstock.

5.4 CORREDIÇAS

Existem modelos de corrediças de madeira, com sistemas de deslizamento que lembram as


corrediças de metal, porém podem ser executadas de variadas maneiras, por exemplo, como simples
guias de madeira que facilitam o deslocamento da gaveta, conforme se vê na Figura 28. Esse sistema

pode ser utilizado em situações em que se perceba que uma corrediça metálica pode descaracterizar

esteticamente um móvel de madeira natural ou por facilidade produtiva. A função básica da corrediça
é auxiliar no deslocamento horizontal e fornecer um deslizamento suave.

Figura 28 – Foto mostrando gaveta com rebaixo lateral para encaixe de guia para deslizamento
Créditos: Tairat/Shutterstock.

Saiba mais

Para saber mais sobre corrediças de madeira, acesse o link a seguir:

PINTEREST. Corrediças de madeira. Pinterest, S.d. Disponível em: <https://br.pinterest.com/

wladimyr3502/corredi%C3%A7as-de-madeira/>. Acesso em: 8 dez. 2021.

TROCANDO IDEIAS

Nesta aula, falamos sobre madeira natural (de reflorestamento e de lei), complementando um

estudo anterior, em que apresentamos vários tipos de madeira processada e reconstituída. Vamos,

agora, trocar ideias com os colegas (via fórum on-line) sobre as diferenças de cada uma dessas

madeiras, as vantagens e desvantagens de cada tipo e qual é o melhor emprego para cada uma delas.

Exponha também qual foi o tipo de madeira que mais lhe agradou e lhe despertou vontade de

executar algum projeto.

NA PRÁTICA
Pratique o que aprendeu aqui pesquisando em sites, imagens sobre porca-garra, bucha para
madeira e dispositivos de montagem. Na sequência, procure vídeos no Youtube sobre as mesmas

ferragens e observe as diferenças entre cada uma delas, analisando como podem ser empregadas.
Pesquise mais sobre os parafusos apresentados aqui, em sites e/ou lojas e identifique as diferenças

entre os diversos tipos que podem ser empregados em madeira. Arquive os textos e imagens
pesquisados.

FINALIZANDO

Nesta aula, estudamos os tipos de madeira natural, seus acabamentos e relacionamos com o

processo produtivo de mobiliário, por meio de diferentes tipos de encaixes que podem ser

empregados para construção de móveis, além das ferragens. Sendo assim, abordamos uma gama

enorme de assuntos, que poderão contribuir muito com o futuro profissional que irá trabalhar com

design de móveis para interiores (Arango; Londoño; Turriago, 2006).

REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 14807 – Peças de madeira serrada –

Dimensões. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.

ARANGO, J. P.; LONDOÑO, M.; TURRIAGO, P. Diseño, construcción y prueba de sistemas de


ensamble para mobiliario modular. (Graduación Engenieria de Diseño de Producto) – Universidad

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