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XV EBRAMEM - Encontro Brasileiro em Madeiras e em Estruturas de Madeira

09-11/Março, 2016, Curitiba, PR, Brasil

EFEITO DA RETIFICAÇÃO TÉRMICA NAS CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES


FÍSICAS DE MADEIRA Pinus elliottii

1 1
Ricardo Marques Barreiros(rmbarreiros@itapeva.unesp.br), Camilo Araújo Belezia
(camilo.belezia@hotmail.com)
1
Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho" - Câmpus de Itapeva
Rua Geraldo Alckmin, 519, Bairro: Vila N. Srª. de Fátima. 18409-010 - Itapeva, SP

RESUMO: O uso de materiais renováveis e tecnologias novas e limpas estão cada vez mais
ganhando mercado e a consciência da população, pois esses fatores colaboram com a manutenção
do meio ambiente. Dentre essas tecnologias, vislumbram-se a possibilidade de tratar materiais
lignocelulósicos com o uso do calor. Tem aumentado cada vez mais o mercado da madeira
termorretificada, que no caso dessa espécie em estudo, pode concorrer com madeiras protegidas por
lei, em áreas antes dominadas por elas. Neste trabalho foram estudadas as características do Pinus
elliottii termorretificado, sendo analisadas, após a tratamento, as características físicas da madeira
como as massas específicas, as retratilidades lineares, os inchamentos lineares e o volumétrico,
possíveis defeitos e a perda de massa. As temperaturas de termorretificação foram de 140 °C, 160
°C, 180 °C e 200 °C. Esse projeto foi realizado com a oportunidade de, com um tratamento sem o uso
de materiais que agridam o meio ambiente, obter uma madeira mais estável dimensionalmente,
menos higroscópica e com maior resistência natural quando em contato com diferentes temperaturas
e umidade do ambiente de sua aplicação. Assim foi possível concluir que as madeiras tiveram uma
melhor estabilidade dimensional após o tratamento, alterações nas propriedades organolépticas e
que foram encontrados os melhores resultados na temperatura de tratamento térmico de 180 °C.

Palavras Chave: estabilidade dimensional, termorretificação, tratamento alternativo.

EFFECTS OF THERMAL RECTIFICATION IN THE CHARACTERISTICS AND PHYSICAL


PROPERTIES OF Pinus elliottii WOOD

ABSTRACT: The use of renewable materials and new clean technologies are increasingly gaining
market share and the consciousness of population, because these products are involved in the
maintenance of the environment. Among these technologies, it glimpses the possibility of treating
lignocellulosic materials with the use of heat. It has grown each more time the market of thermally
rectified wood, which in the case of the species under study, it can compete with woods protected by
law in areas previously dominated by them. In this study, it was studied the thermally rectified Pinus
elliottii's characteristics, and after the treatment, it was being analyzed the wood physical
characteristics such as specific gravities, linear retractilities, the linear and volumetric swells, possible
defects and the weight loss of boards. The final thermal rectification temperatures were 140 °C, 160
°C, 180 °C and 200 °C. This project was undertaken with the opportunity to, with a treatment without
the use of materials that harm the environment, a more stable wood dimensionally, less hygroscopic
and more natural resistance when in contact with different temperatures and humidity of your
application environment . Thus it was concluded that the timber had a better dimensional stability after
the treatment, changes in the organoleptic properties and the best results were found in the heat
treatment temperature of 180 °C.

Keywords: dimensional stability, thermal rectification, alternative treatment.


1. INTRODUÇÃO

Apenas no Brasil, estima-se que haja mais de 10.000 espécies de madeira, portanto, a
matéria-prima da indústria madeireira pode ser bastante distinta uma da outra. O estudo da
anatomia de madeiras destina-se ao conhecimento dos diversos tipos celulares que
constituem o xilema secundário, o que conhecemos como madeira propriamente dita, bem
como suas funções, organização e peculiaridades estruturais.
O gênero Pinus, da família Pinaceae, é originário das regiões mais frias do planeta e
engloba centenas de espécies espalhadas por quase todo o hemisfério norte, do Japão ao
Caribe. No Brasil, após meados do século XX, foram introduzidas mudas de diferentes
espécies desse gênero, sendo o P. elliottii, o P. taeda e o P. hondurensis as que melhor se
aclimataram. A tecnologia tem sabido tirar proveito dessa madeira “fraca”, fruto do
desenvolvimento precoce de uma árvore que encontrou um clima com condições favoráveis
de insolação e umidade, cuja taxa de crescimento anual multiplicou-se por dez, ou mais
vezes (GONZAGA, 2006).
A utilização de materiais renováveis e tecnologias ecologicamente adequadas ganham
progressivamente mercado e o interesse dos consumidores, pois auxiliam na preservação
da natureza. Dentre as tecnologias adequadas, distinguem-se a alternativa de tratar a
madeira com a aplicação de calor. A ação de calor, de forma relativamente intensa, leva a
madeira a sofrer transformações estruturais, cujo processo denomina-se tratamento térmico
(BRITO et al., 2006) ou termorretificação.
Madeiras termorretificadas passam a ter melhor estabilidade dimensional, resistência
natural, assim, tem aumentado cada vez mais seu mercado, que no caso dessa espécie em
estudo, pode concorrer com madeiras protegidas por lei, em áreas antes dominadas por
elas.
A análise das propriedades físicas da madeira podem representar suas variações
dimensionais, dentre essas propriedades, as que melhor caracterizam a madeira são:
densidade ou massa específica (relação entre a massa e o volume do material), com
unidade de g/cm³ ou kg/m³; teor de umidade (quantidade de água presente na madeira em
relação ao seu peso seco), expresso em % e retratibilidade (quantificação da instabilidade
dimensional, associada ao fenômeno de sorção de água na madeira), em % (SKAAR, 1988;
FORESTPRODUCTS LABORATORY, 1999; SCANAVACA JR.; GARCIA, 2004).
Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito da retificação térmica na madeira Pinus
elliottii, quanto às suas propriedades físicas e possíveis defeitos, visto que se trata de um
gênero com elevado potencial de uso em serrarias.

2. REVISÃO BILBIOGRÁFICA

2.1 Pinus elliottii

O espaço conquistado pelo Pinus no Brasil, como matéria-prima para os mais variados
produtos, já demonstra a importância dessa cultura. Esta traz contribuição ímpar para um
maior conhecimento sobre a espécie P. elliottii e sua importância econômica, social e
ambiental.
O seu processo de silvicultura e manejo são estudados em diversas pesquisas com o
objetivo de consolidar procedimentos e técnicas que garantem essa importância sustentável
na indústria madeireira (VASQUES et al., 2007).
O Pinus elliottii possui duas variedades: var ellliottii e var densa, sendo que a primeira
possui um crescimento mais rápido e formato mais regular favorecendo sua utilização na
indústria em larga escala (SHIMIZU; MEDRADO, 2005).
Como o Pinus elliottii é oriundo de regiões frias do planeta, ela tem um melhor
desenvolvimento no Brasil nos estados de Rio Grande do Sul, Santa Catarina, sul do Paraná
e regiões serranas de São Paulo. (KRONKA et al., 2005).
2.2 Madeira termorretificada

Segundo Modes (2010), os processos de alterações na madeira se dividem em quatro


tipos: térmica, química, superficial e por impregnação, sendo que a térmica é a que mais
evolui em termos comerciais por conta do baixo custo de processo. De acordo com Batista
(2012), as melhorias das propriedades da madeira proporcionadas pelo tratamento térmico
têm favorecido a comercialização de produtos que passaram por esses tratamentos desde a
década de 1990.
De acordo com Brito (2015), a termorretificação tem sido definida como um processo de
pirólise controlada do material lenhoso, em temperaturas relativamente altas que podem
atingir 220 ºC, especialmente no Brasil, onde concentram-se os estudos nas espécies dos
gêneros de Pinus e de Eucayptus.
Uma das etapas mais importante do tratamento térmico é a seleção da faixa de
temperatura. Para madeiras folhosas, Eucalyptus grandis, por exemplo, foram testadas
temperaturas de 120 ºC, 140 ºC, 160 ºC, 180 ºC e 200 ºC por Pessoa et al. (2006), sendo as
de efeito favorável aquelas de maiores temperaturas. Já para coníferas, Pinus caribea var.
honduresis, por exemplo, foram testadas as temperaturas de 120 °C, 140 °C, 160 °C e 180
°C, sendo as de efeito favorável à redução da umidade de equilíbrio à medida que a
temperatura do tratamento foi elevada (BORGES, 2004).
Para Silva (2011), a qualidade da madeira que se mantem para uso estrutural ocorre
entre temperaturas de 120 °C e 280 °C, pois abaixo de 120 °C pode ser considerado apenas
como secagem de alta temperatura e acima de 280 °C, denonimada por torrefação.
É um tratamento térmico utilizado em muitos países, principalmente para tratar materiais
como as diversas espécies de madeira e até mesmo de bambu.
Silva (2012) diz que para cada espécie de madeira, a termorretifica o reali ada em
uma determinada fai a de temperatura, dependendo da temperatura de transi o v trea, ou
se a, a temperatura na ual um pol mero amorfo come a a amolecer (KLOCK, 2005).
Segundo Poncsák et al. (2006) e Wahl et al. (2004), o tratamento térmico da madeira
aumenta a sua vida útil frente ao ataque de fungos, em ambientes úmidos, devido às
mudanças na capacidade de absorção da água da madeira tratada termicamente.
A termorretificação também influencia nas propriedades químicas da madeira, pois as
altas temperaturas utilizadas causam alterações químicas nos compósitos, como foi
estudado numa espécie de Pinus por AKYILDIZ et al. (2009), e concluíram que as madeiras
tiveram redução no teor de holocelulose e aumento no teor de lignina Klason em função do
tempo e da temperatura de exposição.
De acordo com Moura et al. (2008), estudaram a termorretificação com a presença e com
ausência de oxigênio na temperatura máxima de termorretificação de 200 °C e constataram
que houve uma diminuição no teor de holocelulose nas temperaturas mais altas devido à
degradação das hemiceluloses. Contudo, houve um aumento no teor de lignina, gerando
redução da higroscopicidade. Já quanto aos extrativos, ocorreu um aumento, pois o
tratamento proporcionou alterações nas substâncias e reduzindo seus pesos moleculares,
dada a diminuição do teor de hemiceluloses.
De acordo com Becker et al. , citado por rito , foram estudadas madeiras
de duas esp cies de rvores europ ias e concluíram que a termorretificação, especialmente
em torno da temperatura de 180 °C, reduziu a resistência e a elasticidade do material
tratado.

2.3 Propriedades físicas da madeira

Como é grande o número de gêneros e espécies de madeira, suas propriedades físicas


se diversificam bastante, tendo de se estudar cada gênero e até mesmo cada espécie em
particular, para melhor caracterização do material.
O estudo das propriedades físicas da madeira é de importância indispensável em sua
caracterização tecnológica, pois a variação afeta as diversas propriedades da madeira como
a mecânica e física, que são essenciais para sua utilização em diversas áreas (EVANS et
al., 2000).
Para o estudo de uma espécie a ser utilizada é necessário um conhecimento de suas
propriedades e seus fatores naturais que afetam o desempenho para qualquer aplicação
desejada. Os fatores naturais são:
1. A espécie da madeira: cada espécie tem suas características distintas e podem
variar numa mesma árvore.
2. Massa específica básica: quantidade de madeira absolutamente seca existente em
um determinado volume de madeira saturado em água.
3. Localização do lenho: a madeira, por se tratar de um material anisotrópico, suas
características podem mudar em relação a sua localização no fuste.
4. Presença de defeitos: provocam alterações nas características da madeira.
5. Umidade: pode afetar as características do material. Dependendo das condições, a
madeira pode ter significativas diferenças de acordo com umidades desuniformes.
Para o estudo de molhabilidade, é analisado o ângulo de contato do líquido com a
superfície sólida, pois esta análise pode responder muitos questionamentos quanto à
algumas propriedades da superfície sólida (MYERS, 1990).
As superfícies podem classificar-se de acordo com seu ângulo de contato, como ilustra a
Tab. 1 (adaptado BURKARTER, 2010).

Tabela 1. Classificação de superfícies de acordo com o ângulo de contato.

Ângulo de contato Classificação


0 Superhidrófila
< 30 Hidrófila
30-90 Intermediária
90-140 Hidrófoba
>140 Superhidrófoba

Por se tratar de um material anisotrópico, a madeira apresenta propriedades distintas nos


três planos (transversal, radial e tangencial). As medidas do ângulo de contato foram
realizadas nestas três direções para as amostras de madeiras analisadas. Amostras de
Pinus tratadas e não tratadas foram submetidas a este ensaio. Cada amostra foi colocada
no Goniômetro, uma gota de água deionizada foi então colocada sobre a mesma e foi
medido o ângulo de contato entre a gota e a superfície da amostra. A análise foi realizada
nas condições de temperatura e umidade ambientes, respectivamente, 25 + 2°C e 60 %.

2.3.1Massa específica

A massa específica ou densidade da madeira é uma das características que melhor


expressa sua qualidade. Essa propriedade está relacionada com a variabilidade entre as
espécies, entre indivíduos de uma mesma espécie e ao longo do fuste do mesmo indivíduo
(CALONEGO, 2009).
Como a madeira é um material higroscópico, tem a sua massa específica influenciada
pelo seu teor de umidade. As massas específicas comumente utilizadas para caracterizar
fisicamente as madeiras são: massa específica básica - relação entre a massa seca da
madeira e o seu volume saturado; massa específica a 0 % de umidade - relação entre a
massa e o volume da madeira completamente seca; e massa específica aparente a 12% de
umidade - relação entre a massa e o volume da madeira a 12 % de umidade (HAYGREEN,
BOWYER, 1996).
A massa específica básica é a massa da madeira seca em relação ao seu volume
saturado. Por ser de fácil determinação e de apresentar boa correlação com as
propriedades mecânicas da madeira, é uma das propriedades físicas mais estudas no
mundo (PANSHIN; ZEEUW, 1970).
O volume saturado é determinado pelas dimensões finais do corpo de prova submerso
em água até que atinja volume constante.

2.3.2 Retratibilidade e Inchamento

A retratibilidade da madeira é o movimento de contração da madeira quando ela perde


umidade. A madeira contrai diferentemente em seus 3 planos anatômicos, sendo no plano
tangencial onde se tem a maior retratibilidade e na direção longitudinal a de menor
magnitude.
De acordo com Durlo e Marchiori (1992), a variação dimensional da madeira,
denominada retratibilidade, constitui uma das propriedades mais significativas na
qualificação da madeira, pois afeta consideravelmente o emprego industrial da mesma.
As inúmeras implicações da ordem prática desse fenômeno fazem o seu estudo de
grande importância
O inchamento é devido à adsorção de água pela madeira. Como resultado a madeira
aumenta de tamanho (volume) e de peso, isso deve ser considerado no momento de sua
aplicação.
Espécies podem ser vetadas em utilização onde a estabilidade dimensional seja fator
importante. Por outro lado, o estudo das características da movimentação da madeira tem
permitido o aproveitamento de espécies menos estáveis (GALVÃO et al., 1985).

2.3.3 Teor de umidade

O teor de umidade da madeira está relacionado com as propriedades de resistência da


madeira (propriedades mecânicas), com a maior ou menor facilidade em trabalhar com este
material (trabalhabilidade), com seu poder calorífico e suscetibilidade a fungos, etc.
(MORESCHI, 2010).

3. MATERIAIS E MÉTODOS

O material utilizado nesta pesquisa é oriundo de uma plantação de Pinus elliottii da


empresa Sguário Indústria e Comércio de Madeiras Ltda. que faz o beneficiamento de toras
em tábuas.
De sua produção comercial, foram amostradas 12 tábuas centralizadas em relação à
medula com comprimento de aproximadamente 2500 mm e largura com cerca de 110 mm,
orientadas em relação aos anéis de crescimento, com espessura de 25,4 mm, sendo que
todas as tábuas não possuíam rachaduras, como mostrado na Figura 1.

Figura 1. Amostra das madeiras de Pinus centralizadas em relação à medula.


3.1 Orientação para formatação de figuras e tabelas

As tábuas de 2,5 m foram serradas numa serra circular de modo a se obter 20 tábuas
menores, com 400 mm de comprimento, em relação ao melhor posicionamento da medula
no centro, como mostrado na Figura 2.

Figura 2. Madeiras serradas em tábuas na serra circular.

Após esse corte, com exceção das peças de controle (testemunha), as tábuas tiveram
seus topos selados com pasta de silicone própria para resistir altas temperaturas com o
intuito de evitar a perda de água diretamente pelas extremidades.
As tábuas de 40 cm foram pesadas separadamente e empilhadas de modo gradeado
através do uso de tabiques em uma estufa elétrica de secagem com circulação e renovação
de ar Marconi modelo MA035, assim como mostra a Fig. 3.

Figura 3. Tábuas empilhadas na estufa com uso de tabiques.


3.2 Termorretificação

As amostras foram então submetidas à temperatura inicial de 100 °C por 14 horas, com
intuito de diminuir o seu teor de umidade para evitar possíveis problemas de expansão de
vapor de água e rompimento das paredes celulares. Após esse período, as tábuas de 40 cm
de madeira foram submetidas a uma taxa de elevação de temperatura de 1,34 °C/min., em
função das recomendações de Rousset et al. (2004), até as temperaturas finais de 140 °C,
160 °C, 180 °C e 200 °C como mostra o gráfico da Fig. 4.
A madeira permaneceu em sua temperatura final de termorretificação de cada tratamento
durante 2,5 horas, levando em consideração a afirmação dada por Bhuiyan et al. (2001),
que após a primeira hora de tratamento térmico é que ocorre a cristalização da celulose no
caso de tratamento de calor contínuo.

Figura 4. Programa de tempo e temperatura para retificação térmica da madeira.


Fonte: Fred Williams Calonego, 2009.

Após os tratamentos de termorretificação, a estufa foi desligada e as tábuas


permaneceram em seu interior em resfriamento natural até atingirem a temperatura de 30
°C, quando foram novamente pesadas para o cálculo de perda de massa e avaliadas quanto
a presença de defeitos.

3.3 Preparação dos corpos de prova para a determinação das propriedades físicas

Para a determinação das densidades, retratibilidade e inchamento dessas tábuas


termorretificadas, foram retirados, numa serra circular, 24 corpos de prova de cada
tratamento (6 de cada 4 tábua de 40 cm), orientados em função dos 3 planos anatômicos
(radial, tangencial e transversal), com dimensões de 20 mm x 30 mm x 50 mm, mostrados
na Fig. 5, sendo a maior aresta lateral orientada na direção longitudinal e a menor na
direção tangencial, conforme a norma ABNT NBR 7190 (1997), totalizando 120 corpos de
prova, 24 das testemunhas, mais 24 de cada um dos quatro tratamentos (140 ºC, 160 ºC,
180 ºC e 200 ºC). De cada grupo de 24 corpos de prova, 12 foram saturados para a
determinação das massas específicas e 12 para determinação da retratibilidade e
inchamento.
Figura 5. Corpos de prova.

3.4 Propriedades físicas da madeira

Os corpos de prova foram colocados submersos em água até que ocorresse a saturação
total das fibras. Depois foram medidos com auxílio de um paquímetro e pesados em uma
balança analítica de precisão 0,01 grama. Em seguida, os corpos de prova foram colocados
em estufa elétrica, mostrada na Fig. 3, pré-regulada com temperatura inicial de 35 °C,
depois aumentou-se a temperatura gradativamente para evitar a ocorrência de defeitos
físicos na madeira, devido à rápida expansão de seus constituintes, até atingir 103 ± 2 °C.
Os corpos de prova foram mantidos nessa condição até a obtenção da massa constante.
Depois foram medidos novamente com o paquímetro e as seções de pesagem ocorreram na
mesma balança analítica, com os corpos de prova já secos.
Com esses dados obtidos, foi possível determinar a massa específica, os inchamentos
lineares e o volumétrico, bem como os respectivos coeficientes de retratibilidade da madeira
controle e termorretificadas entre 140 °C e 200 °C.

3.4.1 Inchamento linear e volumétrico

O inchamento linear (longitudinal, radial e tangencial) foi determinado pela Eq. (1):

αL = (1)

Onde:
αL = inchamento linear longitudinal, radial e tangencial , %;
Du = dimensão linear (longitudinal, radial e tangencial) com massa úmida, cm;
Do = dimensão linear (longitudinal, radial e tangencial) com massa seca, cm.

Já o inchamento volumétrico é dado pela Eq. (2):

αV = (2)

Onde:
αV = inchamento volum trico, %;
Vu = volume com massa úmida, cm;
Vo = volume com massa seca, cm.
As peças foram medidas de acordo com a ABNT NBR 7190 (1997), medindo-se 3 vezes
cada aresta e obtendo uma média.
3.4.2 Coeficiente de retratibilidade

Como todo coeficiente, este é adimensional e é dado pela Eq. (3):

Q= (3)

Onde:
Q = coeficiente de retratibilidade, adimensional;
Du = dimensão linear (longitudinal, radial e tangencial) com massa úmida, cm;
Do = dimensão linear (longitudinal, radial e tangencial) com massa seca, cm;
Mu = massa úmida, g;
Mo = massa seca, g.
Em seguida, os corpos de prova foram pesados em balança analítica para os demais
cálculos.

3.4.3 Massas específicas

A massa específica básica é determinada pela Eq. (4):

(4)

A massa específica aparente seca pela Eq. (5):

(5)

E a massa específica aparente úmida pela Eq. (6):

(6)

Onde:
ρb = massa específica básica, g/cm³;
ρo = massa espec fica aparente seca %), g/cm³;
ρu = massa espec fica aparente úmida cerca de %), g/cm³;
Mo = massa seca, g;
Vv= volume saturado do corpo de prova, cm³;
Vo = volume com massa seca, cm³;
Mu = massa úmida, g;
Vu = volume com massa úmida, cm³.

3.4.4 Teor de umidade

O teor de umidade da madeira é determinado pela Eq. (7):

U% = (7)

Onde:
U% = teor de umidade, %;
Mu = massa úmida, g;
Mo = massa seca, g.
3.4.5 Molhabilidade

Para avaliar a hidrofobicidade dos sistemas aplicados foram realizadas medidas do


ângulo de contato – Goniometria. É uma medida macroscópica que permite a determinação
da energia de superfície de um determinado material. O ângulo de contato é uma medida
quantitativa da molhabilidade de um sólido por um líquido. Quanto maior o ângulo de
contato, menor a molhabilidade, ou seja, maior a hidrofobicidade do substrato
(BURKARTER, 2010).
Amostras de Pinus tratadas e não tratadas foram submetidas a este ensaio. A amostra foi
colocada no Goniômetro, uma gota de água deionizada foi então colocada sobre a amostra
e foi medido o ângulo de contato entre a gota e a superfície da amostra tratada. A análise
foi realizada nas condições de temperatura e umidade ambiente, respectivamente, 25 + 2 °C
e 60 %.

4. RESULTADOS

4.1 Análise visual das tábuas após a termorretificação

Foram observadas algumas variações na aparência da tábua após o tratamento, como a


mudança de coloração, rachaduras superficiais, encanoamento e até mesmo seu odor foi
alterado. No tratamento de 200 °C houve liberação de fumaça.

4.1.1 Coloração

Foi verificada uma mudança gradativa em relação ao aumento da temperatura de


termorretificação, obtendo-se uma tábua mais escura, como é possível observar na Fig. 6.

Figura 6. Diferentes colorações para os tratamentos.

Essa diferença visual nas tábuas pode ter ocorrido devido às alterações das substâncias
presentes na madeira, como os extrativos.

4.1.2 Rachaduras superficiais e encanoamento

As madeiras termorretificadas tiveram algumas pequenas rachaduras superficiais no topo


das tábuas, pois as temperaturas altas proporcionam alterações nas estruturas do lenho,
perda de água causando o alívio de tensões, porém isso ocorreu na minoria delas e pode ter
ocorrido por causa da alta temperatura que a madeira foi exposta, mas não teve relação
com a temperatura final de tratamento, pois tanto as de 140 °C, temperatura mais baixa de
tratamento, e as de 200 °C, a mais alta, tiveram estes defeitos semelhantes.
Em praticamente todas as amostras ocorreu um leve encanoamento, que pode ser
explicado pelo desequilíbrio entre as tensões de tração na periferia da tábua e de
compressão no centro, devido à presença da medula e por se tratar de lenho juvenil, onde
se intensificam essas instabilidades em relação ao lenho adulto, por exemplo.

4.2 Efeito da termorretificação nas propriedades físicas da madeira

4.2.1 Perda de massa

A perda de massa teve um leve aumento proporcional com o aumento de temperatura de


termorretificação, assim como era esperado pela literatura. Segue as porcentagens médias
de perda de massa por tratamento na Tab. 2.

Tabela 2. Tabela de perda de massa da madeira.

TEMPERATURA (ºC) VALOR (%) DESVIO PADRÃO (%)

140 9,03 0,40


160 9,47 0,33
180 9,47 0,05
200 10,82 0,54

4.2.2 Inchamentos lineares e volumétrico

Os valores médios, em %, de inchamentos lineares (longitudinal, tangencial e radial),


além do volumétrico, são mostrados na Tab. 3, conforme as fórmulas anteriormente citadas.

Tabela 3. Inchamentos lineares e volumétrico da madeira.

Variável Controle 140 ºC 160 ºC 180 ºC 200 ºC

Longitudinal 0,42 0,18 0,18 0,16 0,08

Radial 1,01 0,37 0,33 0,37 0,30

Tangencial 1,50 0,79 0,60 0,84 0,35

Volumétrico 2,96 1,34 1,11 1,37 0,73

É possível observar a tendência de diminuição de inchamento linear, do plano tangencial


para o longitudinal, em todos os tratamentos aplicados, bem como com o aumento das
temperaturas dos tratamentos e, consequentemente, no volumétrico também. É possível
verificar também que quanto mais alta a temperatura do tratamento, melhor é a estabilidade
dimensional da madeira, assim como era esperado, pois a madeira se torna menos
higroscópica.

4.2.3 Coeficiente de retratibilidade

Os valores médios de retratibilidade se encontram na Tab. 4.


Tabela 4. Coeficiente de retratibilidade da madeira.

Variável Controle 140 ºC 160 ºC 180 ºC 200 ºC

Longitudinal 0,0367 0,0190 0,0192 0,0189 0,0093

Radial 0,0875 0,0385 0,0357 0,0431 0,0347

Tangencial 0,1296 0,0832 0,0634 0,0931 0,0403

Assim como no inchamento, a retratibilidade da madeira termorretificada também teve


melhor estabilidade dimensional com o aumento de temperatura, pois ela se tornou menos
higroscópica pelas alterações ocorridas na termorretificação em sua estrutura. Contudo
houve um aumento da retratibilidade para a temperatura de 180°C e voltando a diminuir
quando a temperatura de tratamento foi de 200°C, isso porque a madeira pode ter diferentes
características numa mesma espécie.

4.2.4 Massas específicas (Densidades)

Os valores médios das densidades básicas, aparentes úmida e seca estão mostrados na
Tab. 5, com unidade em g/cm³.

Tabela 5. Densidades das madeiras controle e termorretificadas.

Variável Controle 140 ºC 160 ºC 180 ºC 200 ºC

Densidade Básica 0,368 0,379 0,351 0,414 0,367

Densidade Aparente Seca 0,413 0,421 0,393 0,460 0,408

Densidade Aparente Úmida 0,427 0,455 0,425 0,493 0,440

Os resultados obtidos mostram que não houve grandes alterações nas densidades da
madeira com exceção do tratamento a 180 ºC, muito embora seja possível verificar valores
mais baixos em 160 °C e 200 °C, a qual houve liberação de fumaça. Isso era esperado de
acordo com a literatura, que diz que ocorre a redução no teor de holocelulose e o aumento
no teor de lignina Klason em função do tempo e da temperatura de exposição, bem como
pelo aumento da perda de massa nas maiores temperaturas. Porém, em 180 °C, houve um
aumento, pois a madeira pode ter diferentes características numa mesma espécie e também
em uma mesma árvore.

4.2.5 Teor de umidade

Os valores de umidade da madeira após a aplicação dos tratamentos estão


apresentados, em %, na Tab. 6.

Tabela 6. Teor de umidade dos corpos de prova após os tratamentos.

Variável Controle 140 ºC 160 ºC 180 ºC 200 ºC

Teor de Umidade Inicial (%) 11,41 9,47 9,33 8,46 8,55


Os resultados condizem com a literatura, pois o teor de umidade tem uma tendência a
diminuir com o aumento da temperatura, com uma ressalva para a temperatura de 180 °C,
que foi obtido um teor de umidade abaixo em relação ao tratamento de 200 °C, o que pode
ser explicado pelo que diz a literatura que especialmente em torno da temperatura de 180
°C, reduziu-se a resistência e a elasticidade do material tratado.

4.2.6 Molhabilidade

De acordo com o ângulo da gota de água com a superfície da madeira como mostra a
Fig. 7, foram determinados, para cada tratamento e foi possível identificar uma menor
molhabilidade nas madeiras tratadas com alta temperaturas, assim como descreve a Tab. 7.

Figura 7. Goniometria

Tabela 7. Ângulos do ensaio de Goniometria em função dos planos de corte.

Planos Controle 140 ºC 160 ºC 180 ºC 200 ºC


Radial 46,09 57,16 47,22 63,83 37,74
Tangencial 44,54 39,92 74,16 48,91 45,87
Transversal 1,2 0,9 1,2 2,0 2,4

É possível observar maiores ângulos para o tratamento de 180 °C, ou seja, é nessa
temperatura que houve melhores resultados para a molhabilidade da madeira, se tornando
mais hidrofóbica.

5. CONCLUSÃO

Com o aumento da temperatura de termorretificação sobre a madeira estudada, pode-se


concluir que:
Apesar do leve encanoamento das tábuas termorretificadas, não houve a presença de
grandes rachaduras na madeira.
Foi observado uma significativa alteração da coloração da madeira, tornando-a melhor
esteticamente.
Houve um aumento da perda de massa das tábuas, assim como o inchamento e a
retratibilidade ficaram de acordo com a literatura, ou seja, com melhor estabilidade
dimensional e menos higroscópica.
De modo geral, foi possível observar uma melhor qualidade da madeira que foi submetida
à temperatura de 180 °C.
6. AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao Sr. Waldecir de Araújo por todo o suporte acadêmico prestado
durante a execução deste trabalho.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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8. NOTA DE RESPONSABILIDADE

Os autores são os únicos responsáveis pelo que está contido neste trabalho.

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