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Gilmar de Oliveira
Diretor Administrativo
Eduardo Santini
UNIFATECIE Unidade 4
BR-376 , km 102,
FICHA CATALOGRÁFICA Saída para Nova Londrina
Paranavaí-PR
FACULDADE DE TECNOLOGIA E
(44) 3045 9898
CIÊNCIAS DO NORTE DO PARANÁ.
Núcleo de Educação a Distância;
OLIVEIRA, Paula Regina Dias de. www.fatecie.edu.br
Fundamentos Teóricos e Metod. do Ensino da Matemática.
Paula Regina Dias de. Oliveira.
Paranavaí - PR.: Fatecie, 2019. 115 p.
As imagens utilizadas neste
livro foram obtidas a partir
Ficha catalográfica elaborada pela bibliotecária do site ShutterStock
Zineide Pereira da Silva.
AUTORA
Por fim, convido você a entrar nesta jornada de estudos e multiplicar os conheci-
mentos sobre tantos assuntos abordados em nosso material. Esperamos contribuir para
seu crescimento pessoal e profissional.
UNIDADE I....................................................................................................... 7
Histórico da Matemática
UNIDADE II.................................................................................................... 29
Noções Básicas para Alfabetização Matemática e seus Aspectos
Psicognéticos
UNIDADE III................................................................................................... 56
Referencial Curricular e os Parâmetros Curriculares Nacionais
UNIDADE IV................................................................................................... 83
Aprender e Ensinar Matemática na Educação Infantil e Anos Iniciais
UNIDADE I
Histórico da Matemática
Professora Esp. Paula Regina Dias de Oliveira
Plano de Estudo:
• Considerações sobre a história da matemática
• A criança e o conhecimento matemático
• A matemática e as necessidades sociais
Objetivos de Aprendizagem:
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de:
• Conhecer a história da Matemática e sua importância para a humanidade como
instrumento de resgate da própria identidade cultural.
• Fundamentar baseada nas teorias de Jean Piaget e Vygotsky como se dá o
conhecimento matemático pela criança na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino
Fundamental.
• Identificar a educação matemática como atividade humana como componente
importante na formação do cidadão.
7
INTRODUÇÃO
Além disso, compreender a criança, a forma com que ela aprende e os pressupos-
tos teóricos que fundamentam o seu desenvolvimento são de extrema importância para a
reflexão acerca das práticas pedagógicas que serão abordadas em sala de aula.
Tais mudanças foram significativas para o seu modo de vida. Acredita-se que nessa
época o conceito de quantidade e grandeza já estavam sistematizados no homem, pois
mesmo que de forma ainda muito arcaica, ele já conseguia reconhecer a diferença de
quantidades, ou seja, ele conseguia diferenciar mais e menos.
SAIBA MAIS
A correspondência biunívoca era comum aos pastores de ovelhas que ao saírem de
manhã para levar seu rebanho ao pasto, reunia em embornal várias pedrinhas. Cada
pedrinha correspondia a uma ovelha. Ao retornar no final do dia, o pastor retirava do
embornal uma pedrinha para cada ovelha que saía do pasto. Dessa forma ele conseguia
verificar se seu rebanho estava completo ou se alguma ovelha havia fugido, ou ainda,
se havia ovelhas de outro rebanho junto ao seu. Foi então a palavra pedrinha, que deu
origem ao termo cálculo, que é utilizado de forma universal na matemática até a atuali-
dade. “A palavra cálculo originou-se da palavra latina calculus, que significa ‘pedrinha’”.
(IMENES 1997, p. 15).
Fonte: IMENES, Luiz Márcio. A numeração indo-arábica. 7. ed. São Paulo: Scipione,
1997a. (Coleção Vivendo a Matemática).
Entretanto, por volta de 2.000 a. C., contar pedrinhas, fazer riscos nas paredes e
dar nó em cordas, passou a ser um problema para contar e registrar grandes quantidades,
pois devido às novas necessidades que foram surgindo, como por exemplo, os primeiros
sistemas de comércio e a divisão da caça pelas tribos, fizeram com que esse processo que
era considerado satisfatório para pequenas quantidades passasse a não ser mais eficiente.
Para dar conta das novas demandas o processo de contagem passou a ser siste-
matizado pelos povos, onde cada um usava a sua própria linguagem e sistema para repre-
sentar as quantidades como o sistema egípcio, romano, japonês e indo-arábico, surgindo
então a numeração escrita que abordaremos na Unidade 2.
Também tem como função fazer o aluno construir valores e atitudes que visam a
sua formação integral enquanto cidadão, influenciando na formação do pensamento do
aluno que o permitam criar relações sociais e adquirir consciência social. Corrobora Duarte
(1987) que:
[...] o ensino de matemática, assim como todo ensino, contribui (ou não) para
as transformações sociais não apenas através da socialização do conteúdo
matemático, mas também através de sua dimensão política que é intrínseca
a essa socialização. Trata-se da dimensão política contida na própria relação
entre o conteúdo matemático e a forma de sua transmissão-assimilação (p.
78).
Assim sendo, para que a educação matemática de fato se efetive, o professor deve
Para Medeiros (1987) “implica olhar a própria matemática do ponto de vista do seu
fazer e do seu pensar, da sua construção histórica e implica, também olhar o ensinar e o
aprender matemática, buscando compreendê-los” (p. 27).
Neste sentido, tal reflexão abre espaço para uma educação matemática que esteja
voltada para o desenvolvimento cognitivo do aluno e também para a relevância social que
tem o ensino da matemática.
Para tanto, faz-se necessário que o processo pedagógico em Matemática
contribua para que o estudante tenha condições de constatar regularidades,
generalizações e apropriação de linguagem adequada para descrever e in-
terpretar fenômenos matemáticos e de outras áreas do conhecimento. (PA-
RANÁ 2008, p. 49).
Existem diferentes teorias diferentes que tem como objetivo, explicar como funciona
o processo de aprendizagem do indivíduo. Jean Piaget e Lev Vygotsky, são os autores que
mais se destacam na educação contemporânea.
A evolução da lógica moral, de acordo com Piaget (1970), pode ser resumida em
quatro estágios de desenvolvimento: São eles, sensorial-motor, pré-operatório, operatório
concreto e operatório formal.
2. Pré-operatório (2-7 anos): esta fase está dividida em dois períodos, o primeiro
se refere a inteligência simbólica, que acontece dos dois aos quatro anos, onde a criança
é capaz de substituir um objeto por uma representação. O segundo se refere ao período
intuitivo, que acontece dos quatro aos sete anos, nesse período a criança utiliza a percepção
que tem dos objetos e não a sua imaginação.
Neste sentido, podemos perceber que todas as fases citadas por Piaget se referem
a organização dos conceitos matemáticos que são ensinados na escola.
Vygotsky, assim como Piaget, foi outro grande pesquisador sobre as teorias da apren-
dizagem. Sua teoria enfatiza o processo-histórico social e a importância da linguagem
no desenvolvimento cognitivo do indivíduo. Para ele, o pensamento e a linguagem con-
vergiam em conceitos úteis que auxiliavam no pensamento do indivíduo (VYGOTSKY,
1984).
Para o pesquisador, a criança se desenvolve em sala de aula por meio das interações
sociais que acontece entre os professores e as crianças e do diálogo que a criança es-
tabelece com o grupo. Esse relacionamento também estimula o desenvolvimento oral e
escrito.
Entenda um pouco mais da teoria de Vygotsky lendo a seguinte obra de Tereza Cristina
Rego.
REGO, T.C. Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Petrópolis: Vo-
zes, 2005.
Nesse sentido, os professores podem ajudar a criança a organizar suas ideias des-
de os primeiros passos escolares que acontecem na Educação Infantil criando para isso,
situações que irão favorecer tais aprendizagens, buscando a ampliação e consolidação
desses saberes cotidianos relacionados à matemática podendo tornar mais significativo
seus conhecimentos. Para isso é importante que haja um ambiente matematizador, que
vá além dos conhecimentos escolares, onde muitas vezes o conhecimento está voltado
somente para a repetição e memorização de números.
[...] não basta de modo algum a criança saber contar verbalmente “um, dois,
três, etc”, para achar-se na posse do número. Em outras palavras, memorizar
apenas não basta, é preciso compreender o número, principalmente como
representação de quantidade (p.15).
Por volta dos 4 e 5 anos, já é possível trabalhar jogos como o tangram, quebra-
-cabeças chinês a fim de trabalhar conteúdos como geometria. Atividades como seriação,
classificação, quantificadores, e contagem quando são realizados com a criança desde a
Educação Infantil poderão criar condições necessárias que favorecerão à construção do
conceito de número nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Cabe então ao professor dos anos iniciais do Ensino Fundamental dar sequência
nesse processo, fazendo com que os alunos continuem desenvolvendo seu conhecimento
Dessa forma a criança por meio da sua inteligência, das suas ideias de quantidade
e da sua interpretação dos sistemas de numeração interage com o meio ambiente, começa
a atribuir significado ao que está fazendo, o que possibilitará que se aproprie dos conceitos.
O indivíduo, enquanto cidadão que sonha, arquiteta projetos e que vive em socie-
dade tentando dar significado a ela por meio de seus conhecimentos, por meio das relações
que estabelece com o meio e com os pares, no cumprimento das leis e do trabalho. A
matemática, nesse contexto, tem como função oferecer as ferramentas necessárias para
que ele alcance seus objetivos, tanto individuais, quanto coletivos. Assim sendo, nesse
tópico falaremos um pouco sobre a importância da matemática e suas necessidades so-
ciais, enquanto atividade humana, capaz de promover o conhecimento necessário para a
formação de um cidadão crítico, reflexivo em seu papel na sociedade.
Formar indivíduos capazes de contribuir para a sociedade não é tarefa fácil, con-
siste em uma caminha longa a ser percorrida, pois a construção do conhecimento é um
A educação exerce um papel fundamental na vida do aluno. Por meio dela ele é
capaz de se apropriar dos conhecimentos aprendidos, a fim de transforma-los, ressignifica-
-los, com o objetivo de construir sua dignidade e autonomia de forma crítica e reflexiva. Sua
caminhada inicia ainda no período escolar, onde é por meio da interação com o meio e com
os conteúdos que ele começa a construir sua vida social, o qual a integração entre escola e
comunidade se torna uma relação constituída por meio da humanização e do apreço social.
Nesse contexto, pressupomos que é na escola que a educação matemática acontece, e
se dá pelas interações entre alunos e professores, ou seja, entre relacionamentos entre
pessoas.
Quando o professor traz para a sala de aula a realidade contextualizada como parte
integrante do conteúdo, faz com que os alunos reflitam sobre as situações propostas e as
possíveis respostas, tornando o conteúdo mais atraente e significativo, possibilitando um
aprendizado de qualidade, capaz de promover o conhecimento necessário para a formação
de um cidadão crítico, reflexivo em seu papel na sociedade.
Para que isso de fato aconteça é preciso que haja um maior entendimento da escola
e do professor acerca dessa nova tendência, que por meio dos modelos matemáticos tem
como propósito levar o aluno a desenvolver seu pensamento analítico e crítico na resolução
de situações problemas, como um cidadão ativo que tem interesse pelo coletivo e que seja
capaz de fazer a diferença na sociedade.
REFLITA
Na vida dez, na escola zero.
A matemática escolar é apenas uma das formas de se fazer matemática. Muitas vezes,
dentre os alunos que não aprendem na aula estão os alunos que usam a matemática
na vida diária, vendendo em feiras ou calculando e repartindo lucros. Esse livro analisa
a matemática na vida diária de jovens e trabalhadores que na maioria das vezes não
aprenderam na escola o suficiente para resolverem os problemas que resolvem no seu
cotidiano. (CARRAHER; CARRAHER, SCHLEIMANN, 1988).
Fonte:
CARRAHER, D.W; CARRAHER, T.N.; SCHLIEMANN, A. D. Na vida dez, na escola
zero. São Paulo: Cortes, 1988.
Também foi possível dar embasamento teórico aos que se preocupam com o
Ensino da Matemática na Educação Infantil e nas séries iniciais do Ensino Fundamental,
abordamos um pouco sobre os pressupostos teóricos que norteiam a educação baseados
na teoria de Piaget e Vygotsky. Nesse sentido, proporcionamos um estudo sobre a criança
e a construção do seu conhecimento matemático, uma vez entendemos que qualquer pro-
fessor deve ter subsídios teóricos sobre a evolução histórica do conceito matemático e de
como a criança constrói este conceito.
Essa unidade ainda nos permitiu verificar que a matemática enquanto disciplina, vai
além do apresentado em sala de aula. E quando aplicada a vida abre um leque de opor-
tunidades dentro da realidade de cada pessoa, permitindo assim que ela construa sonhos
e projetos dentro de modelos matemáticos que são pertinentes ao indivíduo se tornando
Portanto, para que a aprendizagem seja de fato significativa é preciso que haja um
maior entendimento da escola e do professor acerca dessa nova tendência, que tem como
propósito levar o aluno a desenvolver seu pensamento analítico e crítico na resolução de
situações problemas, como um cidadão ativo que tem interesse pelo coletivo e que seja
capaz de fazer a diferença na sociedade.
Acredito que o conteúdo abordado na Unidade I contribuiu com sua formação en-
quanto acadêmico e pedagogo.
Dessa forma concluo essa Unidade lembrando que é muito importante que seus
estudos possam ir além do material didático. Busque novos conhecimentos e reflexões
sobre novas formas de ensinar, persevere e não desista, para que enquanto futuro profis-
sional possa contribuir para uma prática pedagógica responsável e consciente.
LIVRO
• A numeração indo-arábica (Coleção Vivendo a Matemática)
• Luiz Márcio Imenez
• Scipione.
• Para gostar de matemática, é preciso conhecê-la, experimentá-la
e ter a chance de sentir algum prazer nesse contato. Explorando
o tema de maneira divertida, mas comprometida com o conteúdo,
esse livro fala sobre os sistemas de numeração, em uma proposta
integrada com história.
• A História da Matemática
• Carl B. Boyer
• Blucher.
• Por mais de vinte anos, “História da Matemática” tem sido texto
de referência para aqueles que querem aprender sobre a fasci-
nante história da relação da humanidade com números, formas e
padrões. Esta edição revisada apresenta uma cobertura atualizada
de tópicos como o último teorema de Fermat e a conjectura de
Poincaré, além de avanços recentes em áreas como teoria dos
grupos finitos e demonstrações com o auxílio do computador. Quer
você esteja interessado na idade de Platão e Aristóteles ou de
Poincaré e Hilbert, quer você queira saber mais sobre o teorema
de Pitágoras ou sobre a razão áurea, “História da Matemática” é
uma referência essencial que o ajudará a explorar a incrível história
da matemática e dos homens e mulheres que a criaram.
Plano de Estudo:
Objetivos de Aprendizagem:
A partir dos estudos propostos nessa unidade o aluno poderá ser capaz de:
• Compreender o processo de construção do conceito de número por meio da teoria
psicogenética.
• Conhecer alguns sistemas de numeração utilizados no decorrer dos séculos pelos
homens até chegar ao sistema numérico que utilizamos hoje, bem as quatro operações
fundamentais.
• Desenvolver conceitos e ideias matemáticas que acompanham o desenvolvimento dos
conhecimentos lógicos de raciocínio para a construção da sua metodologia.
29
INTRODUÇÃO
O processo de aquisição do número, por parte das crianças, se inicia pela contagem
e servirá de base para toda sua aprendizagem futura.
Você já parou para observar uma criança pequena contar? Ao realizar a contagem
de uma determinada quantidade de objetos, por exemplo, a criança tem o costume de
recitar os números, algumas vezes ela pula um, outras vezes repete mais de uma vez um
número já contado anteriormente. Isso acontece porque nessa fase a criança ainda não
desenvolveu o seu conceito de número. Tais competências são oriundas de processos de
aprendizagens informais, que estão incorporados no seu dia-a-dia e se dão por meio do
contato social, jogos, brincadeiras, músicas e outras atividades o qual a matemática está
presente. (LOPES; VIANA; LOPES, 2005).
Dessa forma, as atividades que são trabalhadas na Educação Infantil para a forma-
ção das habilidades acima, são de fundamental importância para a construção do conceito
de número que serão trabalhadas nos anos iniciais do Ensino Fundamental.
Por volta dos sete anos que a criança chega à ideia operatória do número, apoiada
pelas capacidades de seriação e classificação que foram desenvolvidas anteriormente. São
essas capacidades que irão ajudar a criança na estruturação do sistema decimal e dos
números naturais. Conforme Piaget; Szeminska (1964), o número é uma síntese de dois
tipos de relações entre os objetos e que são elaboradas pela criança, cuja primeira se
refere a origem e a segunda se refere a inclusão hierárquica.
A criança constrói mentalmente a relação de ordem dos objetos para ter certeza
de que não irá esquecer-se de contar nenhum deles, ou que os conte mais de uma vez e
até mesmo para que não conte objetos inexistentes. Quando não consegue ordenar men-
talmente, a criança deixa objetos sem contar, ou conta a mais. Essa é uma característica
comum as crianças que ainda não construíram essa relação.
Dessa forma o aluno poderá perceber que existem diversos tipos de representações
numéricas, em consequência dos mais diferentes problemas enfrentados pela humanidade,
além de ampliar seu conceito de números quando tiver que confrontar situações problemas
que envolvam as operações fundamentais.
A agricultura por sua vez, trouxe consigo os calendários que eram utilizados para
determinar o plantio e a colheita, surgindo então a necessidade de novos conhecimentos
como matemática e astronomia. O comércio foi responsável pela organização dessas civi-
lizações e estimulou o contato entre elas. Mesmo com suas particularidades e diferenças
esses povos possuíam características comuns entre si. Uma dessas características é a
linguagem escrita, que foi desenvolvida por todas essas sociedades.
Bastão 1
Calcanhar 10
Dedo a
10000
apontar
Peixe 100000
Homem 1000000
Fonte: http://www.educ.fc.ul.pt/icm/icm99/icm36/numeracao_egipcia.htm
, ou seja, 100+100+10+10+10+1+1+1+1+1+1+1+1.
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
I II III IV V VI VII VIII IX X
20 30 40 50 100 200 300 400 500 1000
XX XXX XL L C CC CCC CD D M
I 1 II 2 III 3
X 10 XX 20 XXX 30
C 100 CC 200 CCC 300
M 1000 MM 2000 MMM 3000
Princípio subtrativo: Para não ter que repetir quatro vezes o mesmo símbolo, eles
utilizavam a subtração, o que assim como no sistema egípcio dificultava a representação
IV 5–1=4
IX 10 – 1 = 9
Fonte:https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/sistema-numeracao-babilonico.htm
Apesar de ter sido desenvolvido pelos hindus, foram os árabes os grandes respon-
sáveis por sua disseminação por todo o mundo. Foi assim que surgiu o nome indo-arábico.
Uma das características desse sistema é que o mesmo permite realizar cálculos de forma
simples e rápida, além de permitir a representação de qualquer quantidade numérica, uma
vez que a cada 10 unidades, se forma uma nova unidade com valor superior, o que não
acontecia com o sistema egípcio e romano. Segundo Imenes (1997a,)
[...] talvez, na época em que tal sistema foi inventado, as necessidades prá-
ticas não envolvessem quantidade tão imensas. Entretanto no mundo atual,
deparamos frequentemente com a necessidade de registrar números muito
grandes. Assim, tanto o sistema numérico romano, quanto o egípcio não se-
riam realmente práticos nos dias de hoje (p.42).
Fonte:https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/sistema-numeracao-babilonico.htm
No aspecto decimal a passagem de uma ordem para outra ordem superior imediata
é feita por agrupamentos de 10. Ou seja, dez unidades formam uma dezena, dez dezenas
formam uma centena e assim por diante, conforme o exemplo: 1+1+1+1+1+1+1+1+1+1=10;
10+10+10+10+10+10+10+10+10+10=100.
O número 456 é diferente de 654, ou seja, o mesmo número assume valores dife-
rentes quando colocado em posições diferentes.
1ª ordem: 9 unidades
2ª ordem: 4 dezenas
3ª ordem: 3 centenas
4ª ordem: 3 unidades de milhar = 3000 unidades
5ª ordem: 7 dezenas de milhar = 70 000 unidades
6ª ordem: 7 centenas de milhar = 700 000 unidades
7ª ordem: 1 unidade de milhão = 1 000 000 unidades
3ª 2ª
9ª ordem 8ª ordem 7ª ordem 6ª ordem 5ª ordem 4ª ordem 1ª ordem
ordem ordem
centena dezena unidade centena dezena unidade centena dezena unidade
de milhão de milhão de milhão de milhar de milhar de milhar simples simples simples
1 7 7 3 3 4 9
1.000.000 700.000 70.000 3.000 300 40 9
No número 555, o algarismo 5 ocupa três posições distintas, ou seja, três valores
relativos: 5, 50 e 500.
CENTENA DEZENA UNIDADE
Número 5 5 5
Valor relativo do 7 500 50 5
5
5 0
5 unidades 5 unidades
5 0 0
5 dezenas 50 unidades
5 5 5
5 centenas 500 unidades
Por isso, é importante que o professor tenha um olhar diferenciado para que possa
perceber o interesse da criança e assim estimulá-la, incentivá-la nesse processo. Após esse
momento o professor poderá utilizar a linguagem matemática para ensinar a representar a
operação.
Abaixo veremos alguns exemplos que envolvem as ações ou ideias das quatro
operações fundamentais baseado nos estudos de Ramos (2009).
• Ideias de Adição:
Em uma quadra havia 17 bolas, e outras 3 foram jogadas nela. Quantas bolas
há na quadra?
Em um armário há 10 pratos e 6 copos. Qual o total de louças?
O exemplo acima deixa claro que as duas contas são de adições, entretanto há
uma diferença entre elas.
Na primeira conta foi utilizada uma “ação de acrescentar”: havia 17 e foram jogadas
3 totalizando assim 20 bolas na quadra, ou seja, acrescentamos quantidade a uma quan-
tidade já existente. Essas ações são mais claras e elementares e estão apresentadas em
três tempos: o estado inicial, o fato ou ação que transformou e o estado final, onde o verbo
declara a ação.
Na segunda conta foi utilizada uma “ação de reunir”: 10 pratos + 6 copos = 16
louças, ou seja, apenas reunimos as quantidades para sabermos o valor total. Na ação de
Nos exemplos acima podemos verificar que realizamos a mesma conta, porém com
ações ou ideias diferentes.
• Ideias de Subtração:
Na subtração ocorre o mesmo que na adição, onde diferentes ações são resolvidas
por meio da subtração.
No meu álbum cabem 100 fotos, já coloquei 65. Quantas fotos ainda devo colo-
car para que ele fique completo?
Nessa conta foi utilizada uma “ação de completar”: cabem 100, colei 65 = 35 fotos
que ainda devo colocar. Esta situação há um todo que pode ser completado, ou que inclui
as partes consideradas. Aqui o verbo não é explícito, o todo sempre usa a ação de incluir,
e suas partes são as suas subclasses. É uma ação oposta a de reunir, porém ambas
trabalham com ideias de inclusão.
• Ideias de Multiplicação:
• Ideias de divisão:
Outra situação: Tenho 15 balas e quero colocar 3 balas em cada saco. Quantos
sacos precisarei?
Resposta: 15 dividido por 3 = 5 sacos. Observe que nesta situação, utilizo a ideia de
SAIBA MAIS
Para aprofundar seu conhecimento sobre o algoritmo da adição e subtração, sugerimos
a leitura do capítulo 6 do livro da autora Ana Cristina S. Rangel. Educação Matemática e
a construção do número pela criança: uma experiência em diferentes contextos socioe-
conômicos – Porto alegre: Artes Médicas”.
Diversos pesquisadores, entre eles Jean Piaget, foram responsáveis por criar
modelos de teorias que conseguem explicar como o nosso raciocínio se desenvolve de tal
forma que nos permite perceber e transformar de modo intencional as características das
formas que habitam o espaço. Tais teorias também são responsáveis pela organização dos
conhecimentos que são uteis ao professor, tendo em vista que ajudam a compreender quais
são as características do conhecimento matemático e no planejamento das atividades a
fim de potencializar as aprendizagens tornando-as significativas. Nesse sentido partiremos
do pressuposto de que a nossa mente lida com o espaço por meio da representação e
intuição que são dois conceitos centrais que constituem uma síntese de ideias presen-
tes nos modelos piagetiano e que serão brevemente apresentados aqui com o intuito de
compreendermos que a partir da representação e intuição também poderemos entender
algumas situações que se referem ao significado e ao sentido, bem como as noções de
concreto e abstrato presentes na matemática.
Representação é a capacidade que temos de definir registros das coisas por meio
dos nossos sentidos. Tais registros podem ser imagens constituídas apenas nossa própria
mente ou concretizadas de outras formas por meio de registros, sejam eles pela linguagem
oral ou escrita, sejam por formas gráficas, como esculturas, ou por formas planas, como
Utilizada para definir os conceitos matemáticos, é por meio das representações que
registramos características que consideramos importantes sobre um objeto, a fim de ma-
nipulá-lo, trabalharmos ele em nossa mente, raciocinarmos sobre ele para que possamos
tirar conclusões acerca desse objeto.
A intuição é constituída pelo conjunto dos conhecimentos que nos ajudam a atribuir
significados às percepções que temos de forma imediata e consciente. É caracterizada pela
mistura da percepção e do entendimento.
Por exemplo: quando ouvimos o barulho de um objeto caindo ao chão longe dos
nossos olhos, algumas vezes conseguimos identificar o objeto pelo som, sem mesmo tê-lo
visto, isto se dá porque nossa mente relembra algum conhecimento que já possuímos sobre
esse objeto e que está relacionado com a nossa audição.
Para um conhecimento fazer sentido para a criança, ela precisa compreender o seu
significado, aceitar sua lógica, reconhecer os contextos de validade e aplicação dos conhe-
cimentos. Por exemplo, ao darmos significado a uma operação para a criança geralmente
fazemos da seguinte forma:
Exemplo 1: dizemos: seu lado esquerdo é o lado onde está situado seu coração.
Exemplo 2: também dizemos que cinco vezes um é a mesma coisa que somar um
mais um, mais um, mais um, mais um. Representamos: 5 x 1 = 1 + 1 + 1 + 1 + 1. Dificil-
mente algo fará sentido para nós, se não conseguirmos compreender o que for captado
por nossas percepções, ou seja, para darmos sentido as coisas, precisamos fazer uso da
nossa capacidade de representar e intuir.
Com base nos conceitos vistos até agora, podemos perceber o quão importante
Portanto, como afirma Kamii (1986), eliminando técnicas insensatas e regras ar-
bitrárias para produzir escritas corretas, e encorajando a criança a pensar por si mesma,
podemos gerar estudantes que confiam em seu raciocínio, que pensam e têm uma base
sólida para o aprendizado superior.
Também verificamos que o uso do valor posicional dos algarismos a ideia principal
do sistema decimal e que ao compreender essas regras as operações fundamentais tornam-
-se mais fáceis. Dessa forma, ao trabalhar com as as quatro operações, o professor deve
oportunizar as crianças a resolução de situações-problema que envolvam seu cotidiano.
LIVRO
• A matemática nos anos iniciais do ensino fundamental: tecendo
fios do ensinar e aprender.
• Nacarato, Adair Meireles; MEGALI, Brenda L. da Silva; PASSOS,
Carmem Lúcia Brancaglian.
• Autêntica Editora,2010.
• Sinopse: Neste livro, as autoras discutem o ensino de matemática
nas séries iniciais do ensino fundamental num movimento entre o
aprender e o ensinar. Consideram que essa discussão não pode
ser dissociada de uma mais ampla, que diz respeito à formação das
professoras polivalentes – aquelas que têm uma formação mais
generalista em cursos de nível médio (Habilitação ao Magistério)
ou em cursos superiores (Normal Superior e Pedagogia). Nesse
sentido, elas analisam como têm sido as reformas curriculares
desses cursos e apresentam perspectivas para formadores e pes-
quisadores no campo da formação docente. O foco central da obra
está nas situações matemáticas desenvolvidas em salas de aula
dos anos iniciais. A partir dessas situações, as autoras discutem
suas concepções sobre o ensino de matemática a alunos dessa
escolaridade, o ambiente de aprendizagem a ser criado em sala
de aula, as interações que ocorrem nesse ambiente e a relação
dialógica entre alunos-alunos e professora-alunos que possibilita a
produção e a negociação de significado.
FILME/VÍDEO
Plano de Estudo:
• O currículo de Matemática
• Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs)
• Os objetivos e os conteúdos básicos para o ensino da Matemática
Objetivos de Aprendizagem:
Ao final desta unidade o aluno poderá ser capaz de:
56
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), nesta Unidade você conhecerá de forma breve a trajetória das
reformas curriculares no Brasil no que se refere ao ensino da Matemática, baseada nas
discussões que tem acontecido nos últimos anos no Brasil e em diversos países, cujo obje-
tivo é adequar o trabalho escolar a uma realidade que está sendo marcada pela crescente
presença da matemática nas mais diversas áreas da atividade humana.
Conhecerá um pouco sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais, como um ins-
trumento catalizador das ações que busca uma melhor qualidade na educação e a sua
importância para a orientação da prática pedagógica como um instrumento de apoio as
discussões escolares, na elaboração de projetos e planejamentos, bem como na reflexão
da prática pedagógica, cujo objetivo é oportunizar a criança o domínio dos conhecimentos
matemáticos que são fundamentais para o seu desenvolvimento cognitivo além de prepa-
rá-los para viver em sociedade como cidadãos plenos e conscientes do seu papel.
Ainda nesta unidade abordaremos os objetivos do ensino da Matemática na
Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino fundamental, cuja a finalidade é trazer
contribuições para o processo ensino-aprendizagem no que se refere aos conceitos que
serão construídos por meio dos campos e blocos de conteúdos para que o professor possa
desenvolver sua prática pedagógica com propostas de atividades que oportunizem ao alu-
no por meio de suas experiências pessoais refletir e construir conceitos e conhecimentos
sobre elas.
Apresentamos os conteúdos básicos por meio de uma ação pedagógica que parte
do pensar sobre a realidade na qual a criança está inserida, respeitando seu conhecimento
prévio sobre determinado assunto para, a partir dele, construirmos o conhecimento cientí-
fico.
Neste sentido deixamos claro, que o saber escolar se faz a partir do papel do pro-
fessor, uma vez que é ele que conciliará os objetivos propostos com conhecimentos prévios
a fim de propor no seu encaminhamento metodológico, conteúdos e atividades que irão
interferir na percepção e na concepção que os alunos desenvolverão do que será ensinado.
No Brasil a Matemática Moderna foi difundia por meio dos livros didáticos, e teve
grande influência. No entanto, foram constatadas inadequações em alguns princípios que
a compunham e algumas distorções em sua implantação o que causou o refluxo do movi-
mento.
Tais ideias também têm sido discutidas no Brasil, e algumas já aprecem incor-
poradas as propostas curriculares de Secretarias de Estado e Secretarias Municipais de
Educação com algumas experiências bem-sucedidas. Entretanto é preciso ressaltar que
ainda é possível verificar alguma insistência em trabalhos que envolvam a formação preco-
ce de alguns conceitos como conjuntos e predomínio da Álgebra, se esquecendo do uso da
matemática vinculada a prática.
Mesmo que alguns conhecimentos precedam outros que são necessários é impor-
tante que logo após se defina qual será o elo inicial considerem também os fundamentos
como ponto de partida. Não se esquecendo de levar em consideração os conhecimentos
No que se refere à História da Matemática, essa é uma tendência que foi apre-
sentada em diversas propostas curriculares, como um aspecto importante para o ensino
da matemática devido a compreensão da trajetória dos conceitos e métodos. Entretanto,
essa tendência tem sido muitas vezes abordada de forma específica como apresentação
de fatos ou biografia de famosos matemáticos.
Neste sentido, conforme o vislumbrado nessa breve trajetória das reformas curricu-
lares sobre o ensino da matemática, pressupõe-se que há diversos problemas antigos além
dos novos que surgirão e precisarão ser encarados e solucionados para que o ensino da
matemática alcance os objetivos explicitados no documento.
Fonte: Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros
curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
Fonte: Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto,
Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. v.2
Fonte: Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros
curriculares nacionais / Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília: MEC/SEF, 1997.
Os PCNs iniciam com uma carta ao professor que foi escrita por Paulo Renato
Souza, Ministro da Educação e do Desporto na época, onde o mesmo relata que o objetivo
desses documentos, é auxiliar o professor na realização de seu trabalho educativo junto às
crianças pequenas, bem como apontar metas de qualidade que ajudem o aluno a enfrentar
o mundo atual como cidadão participativo, reflexivo e autônomo, conhecedor de seus direi-
tos e deveres. (BRASIL,1998).
Os PCNs descritos para área de Matemática ressaltam que essa disciplina tem
como característica levar o aluno a compreender e atuar no mundo por meio da sua intera-
ção com o contexto natural, social e cultural que é fruto da construção humana. (BRASIL,
Tal documento trata da implantação de uma política educacional que seja articulada
e integrada que expressa seu compromisso com uma educação integral que visa o acolhi-
mento, o reconhecimento dos estudantes, a fim de promover a equidade e a qualidade das
aprendizagens dos estudantes brasileiros e que ainda está em fase de implementação.
Dessa forma, é importante mais uma vez lembramos que o professor deve respeitar
o nível de conhecimento que a criança está e a partir daí dar sequência a construção de
novos conhecimentos.
Fonte: Referencial curricular nacional para a educação infantil / Ministério da Educação e do Desporto,
Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998. p.47
A partir dos objetivos acima a escola, enquanto mediadora desse processo deve
criar novas estratégias que estimulem e incentivem a produção de novos conhecimentos,
atribuindo significado ao que a criança já sabe e sistematizando novos saberes.
Para Piaget (1973), a criança cria sozinha alguns dos conceitos matemáticos,
entretanto, quando um adulto tenta impor algum tipo de conceito de forma prematura na
mente da criança, ela vai aprender apenas de forma verbal o que lhe foi imposto, pois a
compreensão do conceito só acontece com o crescimento mental da criança.
Ainda que o assunto a ser trabalhado seja simples, o professor deve ter o cuidado
de explorar o conteúdo e incluir atividades pertinentes que poderão contribuir para uma me-
lhor compreensão do conceito que está sendo ensinado. Quanto mais desafiante for para
a criança, maiores serão as chances dela se apropriar dos conceitos. O professor pode
explorar diferentes noções matemáticas, para isso basta que organize seu planejamento e
inclua nele diferentes campos de conhecimento matemático, abordando de diferentes ma-
neiras o mesmo conteúdo, estimulando a criança no campo das estruturas mentais, mais
sem deixar de utilizar o concreto que é um recurso fundamental para auxiliar na construção
do conhecimento.
Essa concepção não indica que o professor deixa de cumprir seu papel, mais que
ele deixa de ser o agente transmissor do conhecimento, com respostas prontas, e se torna
mediador, estimulador, que vão permitir ao aluno a reflexão, a formulação de hipóteses e
apresentação de resultados.
REFLITA
Você sabia?
A aprendizagem em Matemática está ligada à compreensão, isto é, à apreensão do
significado; apreender o significado de um objeto ou acontecimento pressupõe vê-lo
em suas relações com outros objetos e acontecimentos. Assim, o tratamento dos con-
teúdos em compartimentos estanques e numa rígida sucessão linear deve dar lugar a
uma abordagem em que as conexões sejam favorecidas e destacadas. O significado da
Matemática para o aluno resulta das conexões que ele estabelece entre ela e as demais
disciplinas, entre ela e seu cotidiano e das conexões que ele estabelece entre os dife-
rentes temas matemáticos. (BRASIL, 1997 p. 19).
A forma com que esses conteúdos serão selecionados, os valores mais relevantes
de cada um, as suas competências e como eles irão contribuir para o desenvolvimento do
No segundo ciclo a criança conhece a noção dos números racionais, suas repre-
sentações e seus significados, ampliando sua ideia acerca dos números naturais. Aprofun-
dam-se também os conceitos de operações e são ampliados os recursos de cálculos.
As atividades que exploram o campo do espaço e forma devem ter um olhar especial.
No que tange a exploração do espaço, as atividades devem permitir que a criança relacione
os objetos no espaço a fim designá-los utilizando o vocabulário correto. Os mapas, guias e
diagramas podem ser fortes aliados do professor nesse processo.
Foi possível verificar que no decorrer dos anos as reformas ocorridas apontaram
sempre para o uso de metodologias inovadoras que levem em consideração aspectos
culturais, socioeconômicos, bem como o conhecimento prévio do aluno durante as aborda-
gens pedagógicas como forma de construção do conhecimento. Fica claro a importância da
matemática aplicada a prática.
O documento também mostra que há diversos problemas antigos além dos novos
que surgirão e precisarão ser encarados e solucionados para que a matemática alcance o
propósito de formar cidadãos ativos e reflexivos capazes de identificar e solucionar situa-
ções-problemas do seu cotidiano, sabendo qual o seu lugar na sociedade.
Foi possível verificar que o professor da educação infantil pode encontrar grandes
aliados no processo de ensino-aprendizagem ao organizar seu planejamento e incluir nele
os diferentes campos de conhecimento matemático, abordando de diferentes maneiras o
mesmo conteúdo, respeitando os blocos de conhecimento e os ciclos que dividem o ensino
fundamental.
Outro ponto importante discutido no tópico III se refere aos conteúdos básicos.
Podemos observar a importância de o professor respeitar o nível de conhecimento que a
criança está e a partir daí criar novas estratégias que estimulem e incentivem a produção
de novos conhecimentos.
Foi possível verificar que o professor da educação infantil pode encontrar grandes
aliados no processo de ensino-aprendizagem ao organizar seu planejamento e incluir nele
os diferentes campos de conhecimento matemático, abordando de diferentes maneiras o
mesmo conteúdo, respeitando os blocos de conhecimento e os ciclos que dividem o ensino
fundamental.
LIVRO
• Currículo, cultura e educação matemática: uma aproximação
possível?
• Godoy, Elenilton Vieira.
• Papirus, 2015.
• Apesar de termos hoje um número significativo de pesquisas
sobre currículo no Brasil, boa parte ainda não está incorporada
às discussões envolvendo a matemática escolar. Esse livro busca
preencher essa lacuna ao aproximar, confrontar e articular ideias
desses dois campos afins, para analisar o papel das disciplinas
escolares em face das questões da contemporaneidade. Ao
entender a matemática como prática social, cultural e política,
o autor defende um ensino mais igualitário, pautado não só nos
saberes institucionalizados, mas também naqueles que pertencem
ao repertório e à subjetividade de cada aluno. Para isso, constrói
uma proposta alicerçada em teorias curriculares e educacionais
em consonância com a etnomatemática, que se apoia, sobretudo,
no fortalecimento da diversidade; com a educação matemática
crítica, que se preocupa com os aspectos políticos da área; com
a modelagem matemática, que é peça importante dos debates
envolvendo a matemática escolar e as relações de poder; e com a
enculturação matemática, que apresenta uma proposta de currícu-
lo centrada na dimensão cultural.
FILME
• Uma mente brilhante
•Drama
• 2002.
• Sinopse
John Nash (Russell Crowe) é um gênio da matemática que, aos 21
anos, formulou um teorema que provou sua genialidade e o tornou
aclamado no meio onde atuava. Mas aos poucos o belo e arrogan-
te Nash se transforma em um sofrido e atormentado homem, que
chega até mesmo a ser diagnosticado como esquizofrênico pelos
médicos que o tratam. Porém, após anos de luta para se recuperar,
ele consegue retornar à sociedade e acaba sendo premiado com
o Nobel.
Plano de Estudo:
• Aprendizagem na infância e práticas docentes, com elaboração de plano de aula e regência
• Proposição de atividades para a educação infantil
• Proposição de atividades para os anos iniciais do ensino fundamental
• Planejamento e avaliação para a área de matemática
Objetivos de Aprendizagem:
Ao final dessa unidade o aluno(a) será capaz de:
• Refletir sobre a importância da prática docente, a constante formação do professor, a
influência da sua prática na aprendizagem infantil, bem como compreender a importância
de um bom plano de aula para a organização da prática docente.
• Pensar nos mais diversos tipos de atividades e jogos como recursos fundamentais para
a prática pedagógica e construção de conceitos por parte do aluno tanto da educação in-
fantil quanto dos anos iniciais do ensino fundamental.
• Compreender a importância da avaliação na área da matemática e todos os envolvidos
nesse processo, conhecer as diversas formas de avaliação e suas características, bem
como parte indissociável do processo de aprendizagem.
83
INTRODUÇÃO
Wallon (1975) e Vygotsky (2001), são estudiosos que veem como princípio da
educação a construção dialógica e democrática, que tem no professor um mediador e par-
ceiro que é sensível as necessidades da criança e que a reconhece como sujeito ativo do
processo de conhecimento, que possui autonomia, mas não está sozinha, tem o professor
ao seu lado.
Quanto mais preparado o professor estiver, maior será a possibilidade de sua aula
ser se tornar mais atrativa, criativa e interessante para o aluno. Neste sentido, Almeida;
Soares (2012) ainda enfatizam que,
O plano de aula é um roteiro que será utilizado pelo professor para desenvolver
os conteúdos, definir as metodologias, os recursos didáticos e a forma com que se dará a
avaliação. Ao preparar sua aula o professor deverá ter a consciência de que suas escolhas,
Diante disso, é importante que ao preparar uma aula, todo o processo seja conduzido
a partir de muita reflexão e análise, a fim de que a aprendizagem ocorra de maneira correta.
A preparação das aulas é fundamental, pois a partir dela o professor poderá desenvolver
alguns princípios que o auxiliarão em sua atuação, como o domínio do conteúdo, a didática
e o uso da metodologia correta.
Abaixo um modelo básico de Plano de Aula:
PLANO DE AULA
Escola: Disciplina:
Série:
Data: Professor:
Unidade didática:
Objetivos específicos Conteúdos Nº de aulas Desenvolvimento metodológico
Preparação:
Introdução do assunto:
Sistematização e aplicação:
Avaliação:
Referencial teórico:
Não podemos nos esquecer dos recursos didáticos como componentes da aprendi-
zagem. Tem como objetivo estimular a criança durante as aulas, possui função pedagógica
complementar auxiliando na transmissão dos conteúdos constituindo um elo para o saber.
De acordo com Munhoz (2013),
Existem diversos tipos de recursos didáticos que podem variar quanto a sua forma
e utilização. A tecnologia dispõe de diversos recursos didáticos que poderão auxiliar peda-
gogicamente o professor na transmissão do conteúdo, entre eles estão os mais tradicionais
que são o quadro de giz, a tv, o rádio, o livro didático, jornais, revistas, etc. (MUNHOZ,
2013).
O uso de recursos didáticos torna viável a prática pedagógica, neste sentido fica
claro que haja uma boa prática pedagógica deve haver também uma boa elaboração do
plano de aula, com domínio correto dos recursos que serão utilizados. Desse modo, o
professor, ao elaborar o plano de aula, deve verificar quais são os recursos didáticos dispo-
níveis na instituição para seu uso, evitando dessa forma imprevistos durante a aula.
[...] ensinar e aprender o aluno entra no mundo dos sonhos das fábulas, pro-
porcionando momentos agradáveis e ainda dando espaço a criatividade, se
deixando influenciar com o lúdico, com as brincadeiras, trabalhando desta
forma não só o raciocínio lógico, mas também o seu esquema corporal e se
envolvendo como se diz “de corpo e alma”, como consequência a matemática
se torna envolvente.(p.03).
Abaixo alguns exemplos de brincadeiras e jogos que poderão ser exploradas nas
aulas de matemática.
Elefante
Um elefante incomoda muita gente.
Dois elefantes incomodam, incomodam muito mais.
Três elefantes incomodam muita gente.
Quatro elefantes incomodam, incomodam, incomodam, incomodam muito mais.
Cinco elefantes incomodam muita gente.
Seis elefantes incomodam... Muito mais.
Sete, oito, nove, dez.
Indiozinhos
Um, dois, três indiozinhos.
Quatro, cinco, seis indiozinhos.
Sete, oito, nove indiozinhos.
Dez num pequeno bote.
Iam navegando pelo rio abaixo
Quando o jacaré se aproximou
E o pequeno bote dos indiozinhos
Quase, quase virou!
(mais não virou)
Adoleta
Em roda uma criança começa a contar, a seguinte diz o próximo número e assim
sucessivamente, ao mesmo tempo em que fala a criança bate na mão do amigo do lado.
Ao chegar no número dez (ou outro estipulado pelo professor) o aluno deve retirar a
mão evitando a palmada; se conseguir começa outra sequência, se não conseguir sai da
brincadeira ou paga prenda.
Um
Um é um
Um é um só
Um nariz, uma boca,
Um pescoço, uma barriga,
Umbigo só um...
Bato uma palma,
Dou um pulo,
Escondo uma mão
E com a outra um beijão.
(Thelma Chan - CD Pirralhada)
Dois
Você e eu
Somos dois.
Você canta antes
Eu canto depois.
Você e eu
Somos dois
Você canta antes
Eu canto depois
Corrida numérica:
Os alunos devem andar livremente pelo pátio, ao sinal do professor formar grupos de
acordo com a quantidade solicitada.
Memória de quantidade:
joga-se como na forma tradicional, porém, as cartelas são preparadas com pares de nú-
meros e suas respectivas quantidades.
Longe / Perto
Se está longe
Não alcanço
Se está perto
Vou pegar.
Longe, perto
Perto, longe
Que gostoso
Vou brincar.
Longe, perto
Perto, longe
Que gostoso
Vou brincar.
(Thelma Chan - CD Pirralhada)
A pessoa misteriosa
Com os alunos organizados em filas, o professor seleciona um deles sem que os outros
saibam quem é. Em seguida, apresenta algumas pistas sobre a criança escolhida para
que eles possam descobrir:
- A pessoa que eu escolhi usa (ou não usa) óculos.
- A pessoa que eu escolhi está sentada entre um menino e uma menina.
- A pessoa que eu escolhi está na frente de João e atrás de Laura.
2.5 Jogos
Idade de 4 a 5 anos:
Sequência de Formas.
Objetivos: Atenção, percepção visual, reconhecimento de figuras geométricas, cores e ta-
manhos.
Desenvolvimento. A criança retira um cartão e com as peças dos blocos lógicos deverá
montar a sequência apresentada.
Idade de 5 a 6 anos:
Quebra-cabeça.
Objetivos: Concentração, percepção visual, análise e resolução de problemas.
Desenvolvimento: O participante irá dispor das peças a fim de montá-las corretamente
formando o “todo”.
Dominó de Números.
Objetivos: Reconhecimento de numerais, associação numeral/ numeral. Desenvolvimento:
Joga-se procedendo da mesma maneira que o dominó tradicional.
Trabalhar Matemática vai muito além do que trabalhar as quatro operações fun-
damentais de adição, subtração, multiplicação e divisão ou conceitos como maior/menor,
grande/pequeno, igual/diferente.
Para contribuir com a prática pedagógica do professor dos anos iniciais, apresenta-
remos a seguir alguns jogos matemáticos.
3.1. Jogos
Círculos da sorte.
Objetivos: Estimulação do pensamento e cálculo mental, reconhecimento de numerais.
Desenvolvimento: Colocar todas as peças viradas para baixo sobre a mesa; sendo que
cada jogador em sua vez, terá direito a desvirar duas peças. De posse das mesmas, ele
deverá efetuar a adição “+”
Sequência numérica
Objetivos: Reconhecimento de algarismos. Noção de antecessor / sucessor. Noção de or-
dem numérica. Descoberta do erro. Orientação espacial.
Desenvolvimento: Colocar os numerais em cima dos “iguais” na cartela. Colocar as carteli-
nhas em ordem numérica sem seguir um modelo. Colocar alguns números na posição erra-
da dentro da sequência, para que as crianças descubram quais são. Virar alguns números
para baixo e perguntar: “quais são eles?”.
Virar o algarismo que está antes e/ou depois de um determinado algarismo.
Montar a sequência de trás para adiante (em ordem decrescente).
Jogo da velha
Objetivos: Estimulação do pensamento e raciocínio lógico, desenvolvimento da atenção e
concentração, percepção visual, análise e resolução de problemas.
Desenvolvimento: Dispor, um jogador por vez, cada uma das peças (0 e +), tentando “fe-
char / velha”. (Forma tradicional do jogo).
Operações fundamentais
Usando o ábaco
Nessa atividade as crianças podem confeccionar seu próprio ábaco levando de casa uma
tampa de caixa de sapato, alguns rolos de papel higiênico e também palitos de sorvete ou
canudinhos. Para confeccionar o ábaco é só colocar inicialmente um rolinho na tampa à
sua direita, que significa a casa das unidades, o segundo rolinho, a casa das dezenas e o
terceiro rolinho, a casa das centenas.
Material dourado
O material dourado foi criado pela médica e educadora Maria Montessori com a
finalidade de trabalhar atividades matemáticas e auxiliar no processo de ensino- a aprendi-
zagem do sistema de numeração decimal-posicional e nas operações fundamentais. Esse
Nomenclatura e equivalência
O professor pede para que cada um construa a figura que desejar e depois que
contem quantos cubinhos foram utilizados na construção.
Objetivo: Neste momento os estudantes são levados a encontrar formas rápidas de
contagem e para isto precisarão descobrir quantos cubinhos há em uma placa e no cubão,
por exemplo.
Metodologia: O professor poderá sugerir as seguintes atividades:
== Contagem dos cubinhos da figura feita pelo aluno;
== Contagem dos cubinhos da figura do colega;
== Construção de figuras com um número limitado de cubinhos, podendo o aluno
escolher que peça poderá utilizar.
Fonte: <<http://praticaspedagogicas.com.br/blog/?p=1194>>
SAIBA MAIS
Para conhecer mais atividades educativas para a área da matemática indicamos o site:
ATIVIDADES EDUCATIVAS. Disponível em: <http://www.atividadeseducativas.com.br/
index.php?lista=matematica>. Acesso em: 09 jul 2019. Este site disponibiliza jogos, brin-
cadeiras e atividades para as várias áreas do conhecimento, propiciando ao leitor uma
relação títulos de vídeos, brincadeiras e atividades.
4.1 O Planejamento
O ato de planejar faz parte da história do ser humano. No decorrer do dia a dia
enfrentamos diversas situações que necessitam ser planejadas, mesmo que nem sempre
nossas atividades se definam pelas etapas concretas de ação. Entretanto, quando realiza-
mos atividades que não estão inseridas no nosso dia a dia usamos processos denominados
racionais, visando por meio deles alcançar o que desejamos.
Neste sentido, o planejamento pode ser entendido como um processo o qual uma
ou mais pessoas estão envolvidas, com a finalidade de pensar sobre a melhor forma de
realizar uma determinada tarefa.
Requer estudo constante por parte dos docentes, deve cumprir com a proposta
pedagógica da instituição, estabelecer limites, organização do trabalho e considerar o meio
em que os alunos estão inseridos. Constitui, por suas características, base vital do trabalho
do professor.
Participação Objetividade
Coerência Exeqüidade
Flexibilidade Continuidade
Contextualização Clareza
O avaliar faz parte do nosso dia a dia. Somos constantemente avaliados, seja em
nosso ambiente de trabalho, por meio da apresentação de resultados e metas, seja na nos
resultados que os alunos apresentam em seus trabalhos ou atividades realizadas em sala
de aula ou em casa.
Sabemos que cada professor utiliza um método avaliativo, que varia de acordo
com o nível escolar. No entanto é importante ao professor considerar em seu formato de
avaliação as avaliações formais e informais. Na literatura em educação matemática, as
avaliações costumam ser separadas em avaliações somativas (formais) e avaliações for-
mativas (informais).
A avaliação somativa, é também chamada de classificatória ou tradicional e tem
como objetivo, medir o nível de aprendizado do aluno ao fim de uma unidade, um semestre
ou ano letivo.
A medição do nível de aprendizado se dá por comparação baseada em algum tipo
de padrão ou uma referência. Nesse tipo de avaliação são utilizados testes de avaliação
final, entrega de trabalhos, bem como provas dissertativo-argumentativas.
Esses processos de avaliação podem ser empregados de forma paralela, pois uma
pode complementar a outra. Todavia, o processo de avaliação precisa estar coerente com
o currículo, com o conteúdo matemático abordado em sala de aula.
Também é preciso considerar que na avaliação formativa a principal questão é
determinar se o aluno domina gradativamente e hierarquicamente cada etapa da aprendi-
zagem. (SILVA; BOGATSCHOV, 2012).
Sttigins; Bridgeford (1997) deixam claro um conjunto de princípios que devem com-
por os elementos da avaliação, são eles:
A avaliação é um assunto muito sério, pois não consiste em constatar o que ocor-
reu, mais sim, o que não ocorreu, ou seja, estudar a diferença entre o esperado e o atingido,
porém de forma permanente e não somente de forma bimestral ou semestral. Avaliar con-
siste em acompanhar as atividades do aluno, as mudanças de comportamento ocorridas no
decorrer do processo de aprendizagem e que podem variar de aluno para aluno.
Quando os conteúdos são a única base para a avaliação, a mesma torna-se en-
gessada e quase que mecânica, com provas objetivas ou de múltipla escolha, reprovando
aqueles alunos com conteúdos insuficientes para atingir os objetivos da avaliação. Todavia,
quando a escola proporciona ao aluno um ambiente matematizador, com atividades cons-
trutivas, desafiadoras, contextualizadas, que considerem o cotidiano do aluno e ligadas a
seu próprio nível desenvolvimento, as mudanças provocadas pela avaliação serão normais,
sem traumas, respeitando a individualidade de cada aluno promovendo um amadurecimen-
to de forma acelerada.
Diante das concepções acima, percebemos que avaliação precisa ser contínua
e deve servir como diagnóstico para o professor monitorar o desenvolvimento do aluno.
Avaliar é conhecer o aluno com o objetivo saber a hora certa, a maneira certa e o momento
certo de abordarmos determinada questão.
Desse modo, se o aluno não se desenvolveu como o esperado, pode ser que o pro-
fessor e a escola não tenham colocado questão certa no momento certo. Daí a importância
de avaliar não somente o aluno, mas também o professor e a escola. Avaliar e também se
auto-avaliar.
“A partir do momento em que o “erro” é tomado como hipótese, como tentativa de acerto,
torna-se importante que o professor se capacite e para tornar-se um professor-pesqui-
sador. Dessa forma, ele observa o caminho que os alunos percorrem para construir sua
aprendizagem, faz levantamento dos “erros” cometidos pelos alunos, os analisa quanto
à sua natureza e propor alternativas de solução para superá-los. Só então, o professor
pode falar de alguns tipos de “erros” e considerar a teoria da aprendizagem que sustenta
sua análise. Cabe, portanto, ao professor-pesquisador analisar o “erro” à luz da teoria
da aprendizagem adotada pelo projeto pedagógico, tais como teorias construtivistas,
sociointeracionista, entre outras propor e intervir de modo adequado para solucionar
o problema de aprendizagem que se expressou como “erro” ou tentativa de acerto por
parte do aluno”. (p, 75)
Isto posto, ficou claro que a avaliação é uma ação que está presente em diversos mo-
mentos da vida do ser humano, e quando a serviço da educação a avaliação pode pro-
mover experiências de aprendizagem e desenvolvimento, e quando concebida dessa
forma, é aceita como parte indissociável em qualquer processo de aprendizagem.
Por meio dos estudos realizados nessa unidade, pôde-se perceber que a prática
pedagógica consiste em parte primordial da educação infantil e anos iniciais, sendo estru-
turada em um contexto específico e intrinsecamente ligado ao Projeto Político Pedagógico,
no qual a prática pedagógica precisa partir da relação que se estabelece entre a teoria e a
prática em que relações que são estabelecidas e projetadas na atuação do professor, e das
intenções assumidas no planejamento são determinadas por ele com base no do Projeto
Político Pedagógico.
Nos tópicos dois e três, foi possível verificar a importância das atividades e jogos
como recursos pedagógicos que poderão contribuir para a prática pedagógica e, conse-
quentemente, para a aprendizagem do aluno.
LIVRO
• Brincando com números
• Luis Marcio Imenes
• Scipione
• Sinopse: Da coleção Vivendo a Matemática, onde num enfoque
de brincadeiras, e mágicas são apresentadas atividades envolven-
do números e operações.
LIVRO
FILME/VÍDEO
• Como eu odiava a matemática - Documentário
• 2013.
• Sinopse: Para muitos estudantes, a matemática é muitas vezes
uma tarefa árdua. Qual é o interesse de aprender as fórmulas e
outros teoremas de Pitágoras, em poucas palavras, coisas um
pouco rígidas e obscuras que não servem “nunca na vida cotidia-
na?” Olivier Peyon, o autor do documentário, pensava isso antes
de conhecer um matemático do Collège de France que afirmava
que a matemática é uma ferramenta de liberdade. Intrigado, Olivier
Peyon começou então a explorar uma matéria pouco estimada par-
tindo ao encontro dos matemáticos mais importantes, entre eles,
Cédric Villani (Medalha Fields 2010), Jean-Pierre Bourguignon e
Robert Bryant...