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da Matemática
Metodologia do Ensino da
Matemática
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transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e
Distribuidora Educacional S.A.
ISBN 978-85-8482-103-7
CDD 510
Sumário
Bons estudos!
O PLANEJAMENTO PARA O
ENSINO DE MATEMÁTICA NA
EDUCAÇÃO BÁSICA
Introdução à unidade
Seção 1
O material é composto por uma base, onde estão afixados três pequenos
bastões em posição vertical, e cinco ou mais discos de diâmetros decrescentes,
perfurados ao centro, que se encaixam nos bastões. Ao invés de discos,
também se podem também utilizar argolas ou outros materiais. A torre é
formada, então, pelos discos empilhados no bastão de uma das extremidades,
que será chamada de casa A. O objetivo do jogo é transportar a torre para a
casa C, usando a intermediária B.
As regras são:
1 1 2
2 3 4
3 7 8
4 15 16
5 31 32
6 63 64
7 127 128
8 255 256
9 511 512
10 1023 1024
N 2n–1 2n
Fonte: Cabral (2006, p. 35)
Outros aspectos a serem tratados, nesta seção, são os fatores que favorecem o
ensino da matemática. A seguir elencamos elementos relacionados à elaboração
de planos de aulas.
Segundo Saviani (1987, p. 23), "a palavra reflexão vem do verbo latino 'reflectire'
que significa 'voltar atrás'. É, pois um (re)pensar, ou seja, um pensamento em
segundo grau. [...] Refletir é o ato de retomar, reconsiderar os dados disponíveis,
revisar, vasculhar numa busca constante de significado. É examinar detidamente,
prestar atenção, analisar com cuidado. E é isto o filosofar”. Deste modo, o
planejamento do ensino abrange a elaboração, execução e avaliação de planos de
ensino, a partir de uma atitude crítica do educador diante de seu trabalho docente.
Ao preparar aulas deve-se considerar: quem é seu aluno, quais são os objetivos
com o conteúdo, qual será a rotina das aulas, como será a sistematização do
conteúdo, quais atividades são propostas, que tarefas serão indicadas.
aula.
Seção 2
- intervir, com base nas informações obtidas via avaliação, em favor da superação
das dificuldades detectadas;
- intervir, com base nas informações obtidas via avaliação, em favor da superação
das dificuldades detectadas;
Faz parte desse processo a escola adequada das questões que irão compreender
as avaliações escritas. Segundo Luckesi (2011), as questões elaboradas devem:
Além disso, Saul (apud CHUEIRI, 2008, p. 59), afirma que a avaliação qualitativa
tem outra característica que é o “delineamento flexível que permite um enfoque
progressivo, isto é, a avaliação centrada em processos é em si mesma um processo
que evolui em virtude de descobertas sucessivas e de transformações do contexto”
Segundo o autor, é preciso romper com práticas que não contribuam com o
processo avaliativo para que sejam implementadas novas práticas pedagógicas que
deem sentido à avaliação escolar, sendo esta integrante do processo de ensino
e aprendizagem, e não como um propósito em si mesmo na quantificação das
notas.
Classificar os
Identifica problemas resultados de
Aperfeiçoa o
de aprendizagem, aprendizagem de
Objetivos processo ensino e
buscando solucioná- acordo com os níveis
aprendizagem.
los. de aproveitamento
estabelecidos.
Para avaliar temos procedimentos de coleta, análise e síntese dos dados que
configuram o objeto da avaliação, além de complementar uma atribuição de valor
ou qualidade, a partir da comparação da configuração do objeto avaliado com um
determinado padrão de qualidade previamente estabelecido para aquele tipo de
objeto.
Registro da
Autoavaliação
autoavaliação.
Uma das aplicações dos resultados desse estudo pelos governos dos países
envolvidos é como instrumento de trabalho na definição e refinamento de políticas
educativas, procurando tornar mais efetiva a formação dos jovens para a vida futura
e para a participação ativa na sociedade.
01. O ato de avaliar, segundo Rios não é algo estático, que ocorre
em determinado momento, mas deve estar continuamente
presente no trabalho do educador. Para a autora, entre outras
ações, avaliar pressupõe:
(A)
Selecionar os conteúdos que apresentam maiores
dificuldades para os alunos.
Referências
PIAGET, Jean. A tomada de consciência. São Paulo: Melhoramentos e EDUSP, 1977. p. 172-178.
Disponível em: <http://www.ufrgs.br/psicoeduc/piaget/a-torre-de-hanoi/>. Acesso
em: 3 nov. 2014.
DOCUMENTOS
NORTEADORES DO ENSINO
DA MATEMÁTICA
Introdução à unidade
Seção 1
A década de 90 foi marcada pela busca de melhorias na educação. Esta década foi
considerada a “década da educação”. Podemos destacar o movimento “Educação
para Todos” e conferências mundiais realizadas por órgãos internacionais que
discutiram sobre propostas para essas melhorias. Segundo Appel (1995, p. 59),
o currículo “é produto das tensões, conflitos e concessões culturais, políticas e
econômicas que organizam e desorganizam um povo”.
Título I - Da Educação
Título II - Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
Título III - Do Direito à Educação e do Dever de Educar
Título IV - Da Organização da Educação Nacional
Título V - Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino
- Educação Infantil
- Ensino Fundamental
- Ensino Médio
- Educação Profissional Técnica de Nível Médio
- Educação de Jovens e Adultos
- Educação Profissional e Tecnológica
- Educação Superior
- Educação Especial
Título VI - Dos Profissionais da Educação
Título VII - Dos Recursos Financeiros
Título VIII - Das Disposições Gerais
Título IX - Das Disposições Transitórias
A LDB é uma lei que se renova a cada período, cabe à Câmara dos
Deputados adequá-la ao contexto em que se encontra a sociedade. Como
exemplo, no princípio o ensino fundamental era de 8 anos, após adequações da
LDB, o período se ampliou para 9 anos, com idade inicial de 6 anos.
matemáticos.
Foram realizadas duas publicações do PCN pelo MEC, uma em 1997, com
orientações para o ensino básico, ou seja, de 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental,
e outra em 1998, com ênfase no ensino de 6º ao 9º ano (adequamos a referências
documento: ensino de 1ª à 8ª séries para 1º ao 9º ano, devido aos ajustes da LDB).
Para aplicar tais estratégias precisa-se entender os PCN não como uma listagem
de conteúdos e sim como orientações norteadoras para o ensino. A seguir
destacamos as orientações desses parâmetros para o Ensino Médio.
Houve uma época em que o Ensino Médio em que não havia preocupação com
a contextualização dos conteúdos apenas havia a transmissão das informações e
ao aluno cabia a memorização e um grande acúmulo de informações. Atualmente,
os PCN norteiam a educação para que ela seja contextualizada, com base na
interdisciplinaridade, na construção da criticidade dos alunos e desenvolvimento
da capacidade de aprender a aprender.
O currículo do Ensino Médio é composto por três áreas que relacionam objetos
de estudo e, sendo possível estabelecer comunicação entre tais conteúdos,
propiciando a interdisciplinaridade, sendo estas:
Mesmo que haja alguns avanços sobre a educação na legislação brasileira ainda
precisamos de mudanças nas práticas pedagógicas para melhoria da qualidade na
educação. Segundo Arroyo (1999, p. 143), é necessário
Seção 2
Sua elaboração foi a partir dos documentos nacionais e este texto de Diretriz
Curricular enfatiza a importância do conteúdo matemático e da disciplina
de Matemática para o processo de ensino e aprendizagem, sendo referência
obrigatória nas escolas estaduais. Neste documento entende-se que, se faz
necessário que o aluno compreenda conceitos e princípios matemáticos, bem
como desenvolva a linguagem matemática, e lide com aplicações de problemas
matemáticos. Para atingir esses objetivos, o trabalho docente precisa emergir da
disciplina Matemática e ser organizado de acordo com o conteúdo matemático.
• Números e Álgebra
• Grandezas e Medidas
• Geometrias
• Funções
• Tratamento da Informação
a) Números e Álgebra:
Para o Ensino Fundamental, se desdobra nos seguintes
conteúdos:
• conjuntos numéricos e operações
• equações e inequações
• polinômios
• proporcionalidade
Para o Ensino Médio, se desdobra nos seguintes conteúdos:
• números reais
• números complexos
• sistemas lineares
• matrizes e determinantes
• equações e inequações exponenciais, logarítmicas e
modulares
• polinômios (BRASIL, 2014).
a) Grandezas e Medidas:
• sistema monetário
• medidas de comprimento
• medidas de massa
• medidas de tempo
• medidas derivadas: áreas e volumes
• medidas de ângulos
• medidas de temperatura
• medidas de velocidade
• trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e
relações trigonométricas nos triângulos (BRASIL, 2014).
• medidas de massa
• medidas derivadas: área e volume
• medidas de informática
• medidas de energia
• medidas de grandezas vetoriais
• trigonometria: relações métricas e trigonométricas no
triângulo retângulo e a trigonometria na circunferência
(BRASIL, 2014).
b) Geometria
• geometria plana
• geometria espacial
• geometria analítica
• noções básicas de geometrias não euclidianas (BRASIL, 2014).
O enfoque dado por Euclides foi acerca da geometria plana e espacial, porém
no desenvolvimento da matemática surgiram outros problemas como calcular
distância entre pontos, determinar equações de retas, entre outros, por volta da
primeira metade do século XVII surge a geometria, a geometria analítica.
c) Funções:
• função afim
• função quadrática (BRASIL, 2014)
• função afim
• função quadrática
• função polinomial
• função exponencial
• função logarítmica
• função trigonométrica
• função modular
• progressão aritmética
• progressão geométrica (BRASIL, 2014).
d) Tratamento da Informação
• noções de probabilidade
• estatística
• matemática financeira
• noções de análise combinatória (BRASIL, 2014).
• análise combinatória
• binômio de Newton
• estatística
• probabilidade
• matemática financeira (BRASIL, 2014).
Referências
APPEL, M. W. Apolítica do conhecimento oficial: faz sentido a ideia de um currículo
nacional? In: MOREIRA, Antonio F. B; SILVA, Tomaz T. (Orgs.). Currículo, Cultura e
Sociedade. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1995. p. 59-91.
TENDÊNCIAS EM EDUCAÇÃO
MATEMÁTICA E ANÁLISE
DO LIVRO DIDÁTICO DE
MATEMÁTICA
Bons estudos!
Introdução à unidade
Seção 1
Teorias de Aprendizagem
Para você que será um futuro profissional da educação esse conceito será
de grande importância para melhor auxiliar seus estudantes no processo de
construção do conhecimento.
Durante o exercício de sua futura profissão verá que em uma sala de aula cada
estudante tem personalidade e características diferentes. Vamos ver um exemplo
para deixar claro o que é um comportamento operante. Vamos imaginar que na
sala de aula do quarto ano do Ensino Fundamental existe um estudante muito
agitado, que falta com o respeito e que não faz suas atividades. Para tentar “conter”
esse comportamento e obter a comportamento operante que a professora espera,
ela fala brava com esse estudante, as vezes até exalta sua voz e costumeiramente
escreve recados para os pais desse estudante relatando o seu comportamento.
Mesmo a professora fazendo tudo isso, não tem sucesso. Um dia ao chegar
na sala de aula, viu que o menino estava lendo um gibi. Como teve um momento
de leitura na aula, a professora decidiu pedir para o estudante contar para a turma
toda a história que leu no gibi.
Ele foi à frente da sala e contou a história, tanto a professora quanto os outros
colegas se divertiram com a história e ao final a professora o elogiou.
Podemos dizer que de acordo com essa teoria, o comportamento das pessoas
é controlado por suas consequências, pois é comum repetirmos comportamentos
que nos trouxeram benefícios, coisas boas, ou recompensas.
Você já viu alguma criança pequena que quando o pai e a mãe dizem não para
algo, ela grita e chora? Essa é uma situação comum e se os pais acabam cedendo
aos gritos, eles reforçam o comportamento dessa criança, aumentando assim a
probabilidade de que esse comportamento volte a se repetir, pois a criança associa
Vale lembrar que nem sempre o que é reforço positivo para uma pessoa é para
a outra. Está aí um de nossos desafios, descobrir o que podemos fazer para reforçar
comportamentos que são desejáveis em sala de aula, de nossos estudantes.
Temos que tomar cuidado para não confundir reforço negativo com punição.
Esses conceitos são diferentes.
Após a reflexão acredito que sua resposta tenha sido não. Temos que tomar
cuidado, pois condicionamento e aprendizagem não são a mesma coisa. De acordo
com a teoria behaviorista a aprendizagem é uma mudança de comportamento
que acontece devido às experiências de cada indivíduo, enquanto que o
condicionamento se refere ao aumento da probabilidade de um comportamento
associado a um reforçador positivo.
Podemos verificar por meio da citação anterior que de acordo com a teoria
skinneriana, o professor deve reforçar comportamentos no momento certo para
aumentar a probabilidade desse comportamento se repetir.
A INSTRUÇÃO PROGRAMADA
Com essa máquina de ensinar em uma mesma turma é possível cada estudante
estar em um ponto do conteúdo, pois cada um segue seu próprio ritmo de
aprendizagem e logo após a realização de uma atividade, ele já tem um retorno
quase que imediato, sabendo se acertou ou errou e assim, ele próprio consegue
regular seu processo de aprendizagem.
Bruner não quis dizer que é possível ensinar um conteúdo em sua forma final,
mas sim que é possível ensiná-lo desde que se leve em consideração as diferentes
etapas do desenvolvimento intelectual.
Bruner se refere a algo que geralmente os professores fazem quando vão iniciar
um conteúdo matemático novo, ou seja, a retomada de conteúdos, mas de uma
forma mais estruturada, ou seja, um conteúdo deve e pode ser ensinado em um
ano escolar e depois aprofundado em outros, isso possibilita que um estudante
tenha contato com o mesmo conteúdo em diferentes etapas escolares. O que
você pensa a respeito desse conceito tão importante da teoria de Bruner? Será
que isso seria possível? Pense na realidade de sua região e reflita a respeito das
vantagens de utilizar o currículo em espiral de Bruner.
Uma parte muito importante da teoria desse autor é exatamente esses modos
de representação.
Você conhece alguma criança pequena? Com a idade por volta dos quatro
anos? Se sim, tente fazer um teste e verificar que realmente nessa fase de
representação as crianças têm dificuldade em compreender a conservação da
massa. Coloque duas filas com cinco tampinhas de garrafa, cada tampinha à frente
da outra, verifique inicialmente que a criança percebeu que as quantidades são
iguais. Depois de feito isso, diminua o espaço entre as tampinhas de apenas uma
fila e pergunte para a criança qual fila tem mais.
Muito provavelmente a criança vai responder que tem mais a fila na qual a
distância entre as tampinhas é maior, pois essa fila tem maior comprimento. Isso
indica que crianças nessa fase não compreendem a conservação.
A segunda característica que uma teoria de aprendizagem deve ter, é que ela
deve especificar como podem ser estruturados os conhecimentos específicos de
cada um dos anos escolares, para que o conteúdo seja mais bem compreendido
pelos estudantes.
Agora que você já refletiu a respeito, vamos nos aprofundar nesses conceitos.
Na teoria de Bruner são fatores importantes:
Devido a essa estrutura que Bruner afirma ser possível ensinar qualquer conteúdo
a qualquer pessoa de forma honesta, ou seja, por meio da estrutura adequada ao
estágio de desenvolvimento da pessoa. Vamos a algumas das razões apresentadas
por Bruner para realizar o ensino por meio da estrutura dos conteúdos.
Bruner (apud MOREIRA, 1999) nos apresenta quatro razões pelas quais ele
acredita que é possível ensinar qualquer assunto, de maneira honesta, a qualquer
criança em qualquer estágio de desenvolvimento, sendo essas:
• A segunda relação tem ligação com a própria memória humana, pois nós
facilmente esquecemos alguns detalhes, a não ser, se esses detalhes estiverem
ligados a uma estrutura, ou um padrão estruturado.
Um exemplo que pode nos ajudar a compreender melhor essa razão é, por
exemplo, se o professor procura incentivar a descoberta e propõe para seus alunos
um problema envolvendo razões, sem nunca ter explicado esse conteúdo para
eles, com a intenção que utilizem seus conhecimentos, quando, guiados pelo
professor, conseguirem chegar à resposta, os estudantes terão obtido o resultado
de um caso particular que posteriormente será sistematizado e então, aprenderão
o conceito de razão e proporção.
• A última razão apresentada por Bruner é que se um conceito for visto e revisto em
diversos períodos escolares na Educação Básica, a distância entre conhecimento
avançado e conhecimento elementar se torna menor. Se valorizarmos a estrutura
do conhecimento, ele deixará de ser descontextualizado e possivelmente deixa
de ser ensinado de forma atrasada com relação ao seu avanço.
Temos que lembrar que Bruner acredita que é possível se um estudante tiver
um bom desenvolvimento intelectual e já estiver no estágio simbólico, ele pode
pular um ou os dois estágios anteriores.
Você já ouviu algum estudante dizendo que “eu não gosto de matemática, ela
é muito difícil e eu não consigo aprender”? Provavelmente já tenha ouvido isso. De
acordo com a teoria de Bruner, por a aprendizagem ser um reforçador por si só, se
o estudante que diz isso perceber que aprendeu um conteúdo matemático, ele se
sentirá reforçado e motivado para continuar estudando e aprendendo matemática.
A linguagem tem um papel muito importante no ensino, pois ele é facilitado por
meio da própria linguagem, que deixa de ser apenas um meio de comunicação e
passa a ser um instrumento para ordenar o meio ambiente.
Não podemos esquecer que nessa teoria a descoberta feita pelo estudante e
dirigida pelo professor tem um papel central.
Com isso, terminamos a teoria de Bruner, espero que tenha ficado claro que
para essa teoria a estrutura da matéria de ensino e suas relações têm um espaço
central de grande importância. Outros aspectos importantes são as três fases
do desenvolvimento intelectual das pessoas e a forma de guiar que o professor
deve assumir ao longo das descobertas e explorações de alternativas. Como dito
no início dessa seção, as teorias de aprendizagem são complexas e para melhor
compreensão é necessário realizar o estudo de materiais complementares. Assim,
vamos aprender mais a respeito.
A ideia central de sua teoria de aprendizagem diz que: a inteligência das crianças
mais novas é qualitativamente diferente das mais velhas, ou ainda, que a maneira
de pensar das crianças é diferente. Em sua família, ou círculo de convivência
tem crianças de idades diferentes? Você já reparou como elas agem diferentes
mediante as mesmas situações? Como acontecem os processos de aprendizagem
de formas diferentes? De acordo com a teoria de Piaget, isso ocorre, pois em
idades diferentes os indivíduos passam por diferentes estágios de desenvolvimento.
Estágio pré-operacional: Esse estágio inicia-se por volta de dois anos e tem
duração até aproximadamente os sete. É nesse período que se inicia a organização
do pensamento, embora esse ainda não seja reversível.
Podemos dizer que esse é um período que vai desde o fim do estágio sensório
motor até o início das operações concretas. Neste período temos algumas
características importantes como o desenvolvimento da capacidade simbólica, ou
seja, criança não depende somente de suas sensações e de seus movimentos.
d) realismo, a criança vive no concreto, por exemplo, é comum nessa fase ao terem
um sonho se confundirem com a verdade. Por isso, muitos pais de crianças
dessa etapa relatam que os filhos começaram a falar muitas mentiras, porém
em alguns casos, o que as crianças dizem não são mentiras, mas são verdades
individuais, verdades apenas para elas.
e) animismo, ou seja, dá-se vida a seres inanimados, por exemplo, o Sol, a Lua, os
ursos de pelúcia e as bonecas passam a ter vida para as pessoas nessa etapa de
desenvolvimento.
Quando dizemos que o pensamento nessa etapa ainda não é reversível, nós
estamos dizendo que a criança ainda não consegue perceber que se um conjunto
for dividido em grupos, se juntarmos novamente esses grupos o valor inicial volta
a ter a quantidade inicial.
Estágio operacional – concreto: esse estágio inicia-se por volta dos 7 anos
e finaliza por volta dos 12. Nesse período ocorre uma progressiva relação à
perspectiva egocêntrica que caracterizada a criança até então. No estágio
operacional-concreto a criança já consegue identificar, por exemplo, apenas pela
observação o recipiente que contém mais água.
Novas experiências que não podem ser assimiladas levam a novas acomodações
e novas adaptações, ou acomodações cognitivas.
Vamos estudar um pouco mais da teoria de Piaget. Ainda temos muito que
aprender.
Nos links do Para saber mais, você vai aprofundar seu conhecimento
a respeito da Teoria de Aprendizagem de Piaget e de como essa teoria
pode ser utilizada em salas de aula.
<http://www.unicamp.br/iel/site/alunos/publicacoes/textos/d00005.
htm>.
<http://www.ceunes.ufes.br/downloads/2/apmorila-Ferracioli,%20
La%C3%A9rcio.%20Aprendizagem,%20desenvolvimento%20e%20
conhecimento%20na%20obra%20de%20Jean%20Piaget%20
uma%20an%C3%A1lise%20do%20processo%20de%20ensino-
aprendizagem%20em%20Ci%C3%AAncias..pdf>.
<http://meuartigo.brasilescola.com/educacao/resenha-teoria-
desenvolvimento-cognitivo-piaget.htm>.
<http://www.ppe.uem.br/dissertacoes/2008_fatima_fabril.pdf>.
<http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/per09.htm>.
Mediação: A nossa relação com o mundo não é feita de forma direta, existe
uma mediação que acontece por meio de signos e símbolos. Para Vygotsky deu-se
início à sociedade no momento em que se criaram os instrumentos de mediação
e essa relação entre homem e meio é diretamente ligada à aprendizagem, pois o
desenvolvimento da criança acontece num primeiro momento em um nível social
e depois, passa a ser individual e posteriormente a esse desenvolvimento individual
passa a ser interior da criança.
Você poderá verificar que assim como Piaget, Vygotsky relata fases de
desenvolvimento do pensamento. Para ele o desenvolvimento se dá de fora para
dentro e a aprendizagem é que promove o desenvolvimento. O indivíduo se
desenvolve porque ele aprende
A teoria de Vygotsky é muito rica em detalhes, por isso vamos estudar e aprender
mais a respeito dela:
- Um signo é algo que significa alguma coisa para o indivíduo, como por
exemplo, a linguagem falada ou escrita.
Essa teoria afirma que para acontecer a aprendizagem significativa é preciso que
os estudantes sejam capazes de associar o novo conteúdo que estão aprendendo
a algo que eles já sabem.
Além de Ausubel e dos demais pensadores citados, existem outros, como por
exemplo, Gagné e Rogers.
Seção 2
Essa seção tem como objetivo que você compreenda a relação existente entre
a utilização dos livros didáticos e a forma como professores ministram as aulas de
matemática.
Para atingir o nosso objetivo, este material impresso foi escrito com uma
linguagem dialógica e faz uso de material para leitura, atividades, atividades
resolvidas, exemplos e sugestões para leitura.
Nas últimas décadas alguns autores vêm apresentando uma relação entre o
modo como o professor ministra suas aulas e o livro didático que ele adotou, nas
pesquisas a respeito desse tema vem se percebendo que as ações dos professores
são influenciadas por sua concepção de como acontece o processo de ensino e
de aprendizagem de matemática; geralmente professores que valorizam muito a
memorização e a repetição de exercícios de fixação adotam livros didáticos que
seguem a ordem, conteúdo, exemplos resolvidos e exercícios de fixação similares
aos exercícios resolvidos.
Agora que já sabemos que existe uma relação entre a concepção dos professores
e o livro didático adotado, vamos para uma atividade.
O livro didático não pode ser encarado apenas como um material que oferece
exercícios que serão realizados em sala de aula, como, muitas vezes, eles são
considerados.
De acordo com Dante (1996, p. 83) quando o livro didático é bem utilizado,
ele pode proporcionar vantagens para o processo de ensino e de aprendizagem,
vejamos algumas dessas vantagens:
O que você pensa a respeito do que discutimos até o momento? Vamos realizar
uma atividade a respeito.
Nos links desse Para saber mais, vamos aprofundar nosso conhecimento
a respeito das contribuições que os livros didáticos podem trazer para
aulas de matemática, quando bem utilizados.
<http://emaberto.inep.gov.br/index.php/emaberto/article/
viewFile/1040/942>.
<http://tede.unifra.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3>.
Agora que já sabemos mais a respeito da importância dos livros didáticos, vamos
na próxima seção aprender a respeito da apresentação dos conceitos e conteúdos
matemáticos nos livros didáticos.
Seção 3
Essa seção tem como objetivo que você compreenda a forma como os livros
didáticos costumeiramente utilizam para realizar a apresentação dos conceitos
matemáticos.
Para atingir o nosso objetivo, este material impresso foi escrito com uma
linguagem dialógica e faz uso de material para leitura, atividades, atividades
resolvidas, exemplos e sugestões para leitura.
De acordo com Ramos (2006, p. 39), o ensino da matemática deve ter por
objetivo:
Além disso, o mesmo autor ainda afirma que o ensino da matemática deve
visar à percepção de regularidade nas operações, o emprego, compreensão
e evidenciação de manifestações do pensamento algébrico, para assim poder
traduzir problemas em linguagem natural para a linguagem matemática.
Você já havia parado para pensar em todos esses objetivos? Mas eles não param
por aí, vamos refletir a respeito.
Agora que você já refletiu sobre os objetivos, podemos voltar a citar mais alguns.
O estudante deve desenvolver o pensamento geométrico e aritmético, utilizar a
Podemos verificar nos livros mais atuais que eles são compostos por poucos
textos, iniciam a apresentação do conteúdo geralmente com situações problemas
e os exercícios e atividades são voltados para o cotidiano dos estudantes.
Com o estudo desse artigo, acredito que diversos aspectos da organização dos
livros didáticos foram esclarecidos. Assim, vamos realizar uma atividade onde sua
resposta pode ser encontrada no artigo do Saiba mais anterior.
Agora que já sabemos mais a respeito desse movimento, vamos refletir sobre
ele.
Os conteúdos dessa unidade chegam ao fim, mas agora é vez da prática, vamos
a algumas atividades.
Bons estudos!
Referências
SKINNER, B. F. Tecnologia do ensino. Trad. Rodolpho Azzi. São Paulo: Herder, Ed.
da Universidade São Paulo, 1972.
ELABORAÇÃO DE
PROPOSTAS DIDÁTICAS
Bons estudos!
Introdução à unidade
Seção 1
professor diz o que é, como deve ser feito, passa exemplos, propõem repetições
de exercícios de fixação semelhantes ao exemplo e depois coloca mais outros
semelhantes na avaliação formal.
Você pode pensar, “mas quando eu estudava as aulas eram desse jeito, o
professor passava teoria, exemplos e depois exercícios de fixação e eu aprendi”.
Isso provavelmente aconteceu, mas quantas pessoas que estudavam com você
não aprenderam?
A aula tradicional a maioria das pessoas conhece bem, mas existem diversas
propostas diferentes. Agora vamos aprender a respeito de algumas tendências
Educacionais.
respeito do caminho que deve traçar para atingir o objetivo. Escrevendo ou tendo
em mente um bom plano de trabalho, o estudante apresentará menos dificuldade,
pois terá uma direção e saberá com certeza o seu objetivo.
Etapa 3 – Executar o plano: nessa etapa o estudante deve seguir o plano que ele
determinou, mas não existe problema se ao executar o plano inicial ele perceber
que existe outro caminho melhor a seguir e trocar de plano, porém todo o percurso
deve ser realizado por meio de reflexões. Os estudantes não devem buscar a
solução para o problema de forma eufórica, sem saber o que estão fazendo.
Para Polya (1981) resolver um problema é encontrar um caminho para obter uma
solução desejada, mas para ser a resolução de problemas não se deve conhecer
um caminho que conduz a resolução a priori, pelo contrário, o caminho deve ser
trilhado e o que motiva essa busca é a superação de uma dificuldade e o desejo de
conseguir chegar ao fim desejado.
Além disso, você precisará ter discernimento para saber quando interferir e
oferecer sugestões, tomando sempre o cuidado de não conduzir seus estudantes.
Por meio do estudo dos links desse saiba mais, você vai aprofundar seu
conhecimento a respeito da tendência em educação, a resolução de
problemas.
<http://www.reveduc.ufscar.br/index.php/reveduc/article/
viewFile/413/178>.
<http://www.ufrrj.br/emanped/paginas/conteudo_producoes/
docs_24/metodologia.pdf>.
<http://www.sbemrn.com.br/site/III%20erem/comunica/doc/CC_
Nascimento.pdf>.
<http://www.fecilcam.br/nupem/anais_vi_epct/PDF/ciencias_
exatas/04-DAMACENO_%20SANTOS.pdf>.
<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1960-6.
pdf>>
Muitos dos conhecimentos matemáticos que temos nos dias atuais são
resultados de investigações. Como vimos na disciplina História da Matemática,
por várias vezes, pessoas comuns ao se depararem com problemas investigaram
métodos e buscaram caminhos para solucioná-los.
Agora que você já sabe mais a fundo o que significa a palavra investigar, vamos
aprender mais a respeito.
Em um projeto geralmente não se busca uma resposta, mas sim uma solução,
mas para chegar a essa solução, são necessárias muitas respostas. A utilização
de projetos permite aos professores uma versatilidade, favorece aos estudantes
o desenvolvimento da autonomia reflexiva, participação de atividades planejadas
dentro de um grupo, o respeito mutuo, entre outras habilidades e competências.
Os projetos dessa metodologia não precisam ser iguais para todos os grupos
e ter o mesmo objetivo. Um projeto pode envolver pequenos grupos da mesma
turma, ou então envolver todas as turmas do mesmo ano escolar, ou até mesmo
toda a escola.
<http://if.ufmt.br/eenci/artigos/Artigo_ID26/pdf/2006_1_3_26.pdf>.
<https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=
web&cd=9&ved=0CFQQFjAI&url=http%3A%2F%2Fwww.seer.ufu.
br%2Findex.php%2Folharesetrilhas%2Farticle%2Fdownload%2F13904
%2F7959&ei=gAAwVMlg0ZaDBM_igqgE&usg=AFQjCNFV4_jXRgwAKN
pmEkDUIR0791oQmw&sig2=rTJAS43bV3aI5L9iJLw2Bw&bvm=bv.768
02529,d.eXY&cad=rja>.
EXEMPLO DE PROJETO
RESTAURANDO A ESCOLA
Num primeiro momento, a professora faz uma reunião com os estudantes para
verificar os problemas da escola. Após ouvi-los propõe o projeto e divide o que
cada uma das turmas vai fazer para ajudar na realização do projeto.
Para fazer essa separação o professor deve ter em mente a matemática que quer
que os estudantes aprendam. No caso:
Essas informações devem estar claras para o professor, mas ele não precisa dizer
isso aos estudantes, cada ano escolar sabe o que tem que fazer e é parte da
realização do projeto eles verificarem o que é preciso fazer e traçar as estratégias.
Os alunos não devem saber toda a matemática que precisam para poder realizar
suas metas, pois é essa matemática que eles precisam investigar. O professor
pode sistematizar com as turmas os conteúdos no tempo em que eles forem
aparecendo.
Essa prática traz também vantagens para os professores que têm um alargamento
de seu próprio conhecimento matemático (LINGENFJÄRD; HOLMQUIST, 2001;
SHEALY, 1995 apud BARBOSA, 2004), pois é necessário que os professores estejam
em constante processo de reflexão, tanto em sua prática quanto com relação
aos conhecimentos matemáticos. Muitos professores não a modelagem por se
sentirem inseguros, por sair de uma “zona de conforto” para entrar em um “mundo
desconhecido”, porém a segurança vem com a realização de diferentes processos
de modelagem e além da segurança, possivelmente venha a convicção de que
ao realizar uma atividade de modelagem os estudantes estão aprendendo, estão
recriando, e desenvolvendo a matemática.
Seção 2
O que você concluiu do que pesquisou? Vamos ver uma definição dessas
palavras. De acordo com as normas da Língua Portuguesa e segundo Kehdi
(1992) o prefixo presente na palavra reinvenção tem origem latina e pode ter três
sentidos: 1. Repetição, 2. Reforço, e 3. Retrocesso. No contexto que estamos
estudando, o prefixo da palavra reinvenção tem significado de repetição, sendo
que reinvenção pode ser entendida baseando-se no significado da palavra como
inventar novamente, criar novamente ou ainda, descobrir novamente.
Perceba que para que haja essa descoberta, podemos utilizar as tendências em
Educação Matemática apresentadas na seção anterior.
A reinvenção deve ser feita de maneira contínua por meio de tarefas e problemas
propostos pelos professores. Os professores além de selecionarem questões com
potencial realístico têm o papel fundamental de guiar os estudantes, auxiliando-
os ou direcionando-os por meio de perguntas, para que assim possam atingir os
objetivos.
Para Freudenthal (1991) a aprendizagem está longe de ser linear e gradual. Ela
apresenta descontinuidades, saltos repentinos de descobertas, sendo a criatividade
uma característica essencial para todos que reinventam a matemática, pois, sem
resolver, sem procurar e formular problemas não se faz matemática. É importante
lembrar que, os conceitos, estruturas e ideias matemáticas formais foram inventadas
como ferramentas por homens para organizar os fenômenos do mundo físico,
social e mental (Freudenthal, 1983), lembra? Vimos algumas dessas invenções na
disciplina de História da Matemática.
Além da reinvenção guiada, a RME possui outras ideias, que são relatadas por
Gravemeijer et al. (2002). Vejamos essas ideias.
Nessa Para saber mais você vai poder aprofundar seu conhecimento a
respeito da Educação Matemática Realística.
<http://www.uel.br/pos/mecem/arquivos_pdf/FERREIRA_Pamela_
tese.pdf>. Páginas 26 a 38.
<http://sbem.esquiro.kinghost.net/anais/XIENEM/pdf/1033_1128_
ID.pdf>.
<http://www.cibem7.semur.edu.uy/7/actas/pdfs/761.pdf>.
Seção 3
Já sabemos o que é uma THA, mas mais importante que isso, devemos saber
como construí-las, pois é a sua construção que pode trazer benefícios no processo
de ensino e de aprendizagem.
Para Simon, a THA possibilita que o professor construa seu projeto de decisões,
baseado em suposições e amparado pelo conhecimento já processado. Ainda
sobre a THA, PIRES (2009, p. 14) da uma visão geral sobre o que Simon relata:
No link desse Para saber mais, você vai aprofundar mais seu
conhecimento a respeito da THA.
<http://www.pucsp.br/sites/default/files/download/posgraduacao/
programas/educacaomatematica/luciane_mendonca.pdf>.
Nessa seção vamos apresentar uma THA feita. Vale relembrar que a trajetória é
um planejamento, as falas que aparecerão são fictícias, mas são elas, ou similares
que o professor deveria buscar.
A tarefa que compõe essa THA chama-se Macieiras, é uma proposta para o 7º
ano do Ensino Fundamental, podendo ser realizada em um tempo estimado de
duas aulas de 50 minutos, porém o tempo pode variar de acordo com cada turma.
Será utilizada a abordagem da RME, e a estratégia utilizada será a de Resolução de
Problemas.
Perceba que essa THA envolve conceitos que estudamos, pois envolve a
proposta da Educação Matemática Realística e também a resolução de problemas.
Objetivos Específicos
Conteúdo
Material
c) Calculadora.
d) Dicionário.
Encaminhamento Metodológico
c) Sistematização do conteúdo.
Questão 1: macieiras
Complete o quadro:
Alunos: Sim!
De acordo com a definição que lemos do dicionário, os frutos das coníferas são
em forma de cone, alguém sabe qual é a forma de um cone?
Miguel: Eu sei professora, ele é mais ou menos desse jeito assim. (o aluno utiliza
as duas mãos para tentar fazer a representação de um cone), mas em seguida
outro aluno diz:
Após essa breve conversa, os alunos devem ter tempo suficiente para que
possam resolver a primeira parte da tarefa.
Miguel: Professora tem um erro no enunciado do problema. Aqui diz que esta
situação está ilustrada no diagrama a seguir representado, no qual se pode ver a
distribuição das macieiras e das coníferas para um número qualquer (n) de filas de
macieiras, mas n é letra e não é número.
Rafaela: Ele está certo, porque n não é um número, se fosse um número viria
antes de qual, ou depois de qual?
Caio: Se ele for qualquer número, aí não tem como saber qual número que ele
é, pode ser infinito. Nossa, será que ele pode ser um número negativo também?
Vamos voltar ao que a Isabela nos disse sobre o enunciado do problema, você
Isabela: Eu disse que, eu entendi pelo enunciado que o n pode ser qualquer
número e que ele representa a quantidade de filas de macieiras.
Caio: Bom, eu acho que sim, é isso que está escrito no enunciado.
Ótimo, levando isso em consideração, será que o n pode ser qualquer número,
até negativo como o Caio nos perguntou?
Julia: Não professora, o n só vai poder ser número positivo, e eu acho que
começa do 1 e não sei onde termina. Não tem como ter -3 filas de macieiras no
pomar, mas tem como ter 10, 20, 30 e muito mais se o pomar for bem grande.
Caio: É mesmo, não pode ter uma quantidade de filas de macieiras negativa.
Julia: Aí não professora, o h pode ser negativo e positivo, porque você pode
estar devendo dinheiro para o banco, aí na sua conta vai ficar –R$ 120,00, e como
o h é o que tem na sua conta o h vai valer –R$ 120,00, isso significa que está
devendo R$120,00 para o banco.
Muito bem pessoal, e voltando para a atividade, alguém imagina por que
escolheram colocar uma letra ao invés de um número para representar a quantidade
de filas de macieira.
Vitor: Professora, eu acho que eles deveriam ter colocado um número, são os
números que representam quantidade.
Vitor, então vamos trocar no enunciado para ver como ficaria, qual número
você acha que devemos usar no lugar do n?
Até agora concordamos que o n pode ser qualquer número maior que zero,
você também acha que ele deve ser maior que zero?
Então se o número que você escolher for maior que zero, pode sim.
Trocando o n por 4, valor que Vitor escolheu, como ficaria essa parte do
enunciado?
Miguel: Sim!
Gabriel: Não vai ficar estranho se nós usarmos assim: e das coníferas para o
número 4 de filas de macieiras. Aí dá para entender que tem 4 filas de macieiras.
Alunos: Sim!
Agora que já acertamos isso, e não vamos por enquanto usar o n, vamos usar o
4, vejamos qual é a tarefa. Complete a tabela:
Ana Heloisa: Ah, então eu já sei por que eles usaram uma letra, e não um
número. Se fosse um número, nós só íamos poder completar a tabela naquele
número, mas usando o n, que pode ser vários números, podemos ter várias linhas
para completar.
Isso mesmo nós estamos usando a letra n como uma incógnita e não como
um número específico.
Após a discussão, os alunos em duplas devem voltar à atenção para sua tarefa,
e quando terminarem, a professora pode encaminhar outras discussões.
Eu gostaria que alguma dupla viesse até o quadro para mostrar como fez para
resolver esta tarefa.
Por favor, Natam, explique para a turma como você fez para resolver.
Eu gostaria que você desenhasse e explicasse como fez para desenhar. Tinha
alguma regra, ou não?
Explique para nós como você fez para fazer os desenhos, por favor!
Natam: Bom, quando estávamos, Caio e eu, conversando sobre a tarefa nós
descobrimos primeiro como faríamos para desenhar as coníferas. Vimos que
quando o n valia 1, tinha três coníferas em cada um dos lados do quadrado
formado por elas, quando o n valia 2 tinha cinco coníferas em cada lado do
quadrado, quando n valia 3 tinha 7 coníferas em cada lado, aí tentamos descobrir
a quantidade de coníferas que ia ter quando n fosse 5, mas dessa fez sem contar.
Depois percebemos que eram os números ímpares que eram a quantidade de
coníferas em cada lado, então como já tinha ido o 3, 5 e o 7, então o próximo tinha
que ser o 9, e depois o 11, e foi assim que fizemos para desenhar os quadrados das
coníferas, até o valor 7 para n.
Natam: Para descobrir a quantidade de macieiras, foi bem mais fácil, porque o
desenho formado pelas macieiras também é um quadrado, só não é quando n = 1,
e como já discutimos que o n representa o número de filas das macieiras, então se
n = 2, então tem que ter duas filas com duas macieiras em cada fila, se n = 3, então
tem que ter 3 filas com três macieiras em cada fila, e assim por diante. Depois de
descobrir isso foi só desenhar e depois contar.
Milena: Eu acho que está certo professora, mas eu e a Emília não fizemos desse
Leonardo: Professora, eu acho que não está certo o que a Emília e a Milena
fizeram.
Sim.
Milena: É verdade professora, eu pensei certo, mas falei errado, não é o dobro
e sim o número vezes ele mesmo, duas vezes.
Alguém pode me ajudar a escrever então essa multiplicação que a Milena está
falando, de outra maneira?
Isabela: Na notação de potência vai ficar assim, 62, o número 6 que foi repetido
é a base, e a quantidade de vezes que foi repetido é o expoente.
Alunos: Sim.
O que você achou da THA? Você acredita que ela poderia lhe
auxiliar na prática profissional? Se sim, no que ela poderia lhe
ajudar? Reflita a respeito.
Espero que esse material tenha sido útil para sua formação, bem como para
a reflexão e início de formação de personalidade de professor(a). Vamos agora
aprofundar o conhecimento, por meio de atividades a respeito do que estudamos.
Anseio que tenha tido bons estudos e uma boa compreensão dos
conceitos que estudamos nessa unidade e em todo o material.
Mas e o que mais? Agora é a sua vez de contar o que aprendeu nessa
unidade. Vamos compartilhar o conhecimento participando do fórum.
Bons estudos!
c) Polya.
d) Hans Freudenthal.
e) Simon.
Referências
BARBOSA, J. C. As relações dos professores com a modelagem matemática. In:
Encontro Nacional de Educação Matemática, 8., 2004, Recife. Anais... Recife:
SBEM, 2004. 1 CD-ROM.