Avaliação Mediadora: Uma prática em construção da pré escola à universidade –
Jussara Hoffmann
Avaliação Mediadora Exige prestar muita atenção no aluno,
conhecê-lo, ouvir seus argumentos, propor-lhe questões novas e desafiadoras, guiando-o por um caminho voltado á autonomia moral e intelectual, pois estamos vivendo um momento caracterizado por uma infinidade de fontes de informação. Nessa concepção a subjetividade na elaboração das perguntas é positiva, uma vez que, permite no momento da correção uma reflexão sobre as hipóteses construídas pelos alunos. O aluno Deve-se guiar o aluno procurando desafiar e leva-lo a conquistar autonomia moral e intelectual. O Professor O professor deve observar, identificar e conhecer seu aluno e deixa claro que sem conhecer as suas dificuldades e como ele aprende não é possível atender as necessidades de aprendizagem que cada aluno têm. O professor deve interpretar a prova não para saber o que o aluno não sabe, mas para pensar nas estratégias pedagógicas que ele deverá utilizar para interagir com esse discente. O erro O erro se trata do mal posicionamento e incoerência na elaboração de tarefas e atividades para os alunos, onde o docente acaba prejudicando o aprendizado do aluno. Direcionamento para que a avaliação O direcionamento deve partir do mediadora se concretize professor, que vai observar e analisar seus alunos de forma que seja possível adaptar as demais atividades propostas segundo o que o aluno consegue realizar de primeiro momento. Instrumentos de Avaliação Instrumentos de avaliação: Por atividades e tarefas que não tem carácter classificatório, onde consiste em avaliar o aluno em sua rotina escolar visando o que ele já aprendeu ou está desenvolvendo. Escola de Qualidade A escola de qualidade visa sair da metodologia tradicional trazendo mudanças e melhorias para a educação. Avaliação dialógica Propõem uma forma de estudo voltada para o diálogo e o questionamento da realidade, reflete-se no aprendizado, principalmente no meio acadêmico, por possibilitar ao aluno a construção do conhecimento, tornando-o crítico e capaz de pensar. Relatórios de acompanhamento São relatórios que podem ser feitos no decorrer de um período, onde o professor acompanha o aluno e relata por extenso o que foi possível observar. Posteriormente pode ainda realizar outros relatórios com o mesmo fundamento, assim é possível avaliar se o aluno evoluiu ou não. O ressignificar da avaliação na escola Diante desse contexto, ressignificar resulta em reconhecer o processo pedagógico com algo dinâmico, onde não somente os conteúdos, mas também as práticas pedagógicas podem ganhar um novo sentido e serem reinventadas, por meio da adequação, da contextualização, da aplicabilidade e da linguagem clara e precisa.
A avaliação mediadora no processo de aprendizagem.
Ao falar sobre a Avaliação Mediadora é possível fazer uma análise com
inúmeros detalhes sobre os efeitos que uma avaliação meramente classificatória proporciona e também defende que as propostas pedagógicas de não-reprovação não devem ser entendidas como propostas de não-avaliação. O professor precisa compreender o que significa a palavra processo e expandir assim sua ideia de prática avaliativa, percebendo que apesar de não avaliar para aprovar ou reprovar, ele tem o papel de avaliar no sentido de observar, realizar tarefas e orientar. A avaliação do desempenho precisa ser uma proposta permanente, uma vez que a aprendizagem se trata de um processo contínuo, diferente do sistema de provas ocasionais. Ainda é preciso ter um caráter diagnóstico e nunca um meio de punição, aferição de certo ou errado, de inclusão ou exclusão. É possível entender que a educação infantil e o processo de alfabetização são campos particulares e desafiadores de avaliação, onde o registro é a imagem de um trabalho e dos passos efetivos do progresso individual do aluno. A equipe pedagógica precisa então saber de certo investir e proporcionar momentos de reflexão sobre os fatores de acompanhamento do desenvolvimento dos alunos, buscando educar o olhar dos professores para que utilizem uma linguagem bastante similar. Quando isto não ocorre, os alunos e os pais não conseguem compreender as escolhas e os pareceres dos professores e consequentemente ficam inseguros e confusos com relação a aprendizagem e métodos de avaliação que são propostos. Os registros da avaliação exige uma postura do professor, postura assim de ser mais atento nas manifestações dos alunos, de descrever e refletir sobre as manifestações, de modo que seja possível encaminhamentos ao invés de permanecer nas constatações. Neste sentido, Jussara Hoffmann alerta para o fato dos professores evitarem o registro exclusivo dos aspectos atitudinais e ter em mente que o significado da avaliação é de encaminhamento e não por mera constatação. Por isso os relatórios individuais não podem acabar se transformando em roteiros fechados, mas devem assim expressar avanços, conquistas, descobertas dos alunos, bem como relatar o processo vivido em sua evolução, em seu desenvolvimento, dirigindo-se aos encaminhamentos, às sugestões de cooperação entre todos que participam do processo. Cabe ao professor organizar os trabalhos dos alunos como um mediador, explicando e propondo situações em que diferentes habilidades sejam desenvolvidas, levando o aluno a se construir como agente de sua própria aprendizagem. As habilidades elencadas por Hoffmann referentes à Educação Infantil que o professor precisa ter em mente ao planejar suas aulas são observar, conhecer, localizar no tempo, separar, medir, relatar, combinar, localizar no espaço, classificar e criticar. Quando a equipe pedagógica da escola acreditar e apostar de fato neste modelo de avaliação, a escola pode se aproximar mais da vida real, já que avaliação no nosso dia-a-dia significa refletir para mudar, para tentar melhorar nossas vidas. Fazemos isso todo o dia, todo o tempo, sem programações, tentamos várias vezes descobrir melhores soluções para um determinado problema e amadurecimentos a partir de algumas tentativas frustradas. Na concepção de avaliação classificatória, a qualidade se refere a padrões preestabelecidos, em bases comparativas: critérios de promoção, gabaritos de respostas às tarefas, padrões de comportamento ideal. Uma qualidade que se confunde com a quantidade, pelo sistema de médias, estatísticas, índices numéricos dessa qualidade. Contrariamente, qualidade, numa perspectiva mediadora de avaliação, significa desenvolvimento máximo possível, um permanente vir a ser, sem limites preestabelecidos, embora com objetivos claramente delineados, desencadeadores da ação educativa. Não se trata aqui, como muitos compreendem, de não delinearmos pontos de partida, mas, sim, de não delimitarmos ou padronizarmos pontos de chegada. Isto então evidencia que é importante levar em consideração todo o conhecimento que o aluno carrega consigo, aquele conhecimento não concretizado, e partir desse conhecimento para se chegar ao conhecimento que queremos que desenvolvam e aprendam. Outro ponto importante é não propor uma avaliação de caráter fechado que conduza às respostas diretas como sim e não, pois isso não avalia o que o aluno realmente assimilou. Deve-se sim, elaborar uma avaliação de caráter aberto que possibilite ao aluno refletir sobre sua resposta, o que consequentemente fará com que o professor também reflita sobre que conhecimentos o aluno assimilou e onde terá que reforçar esta assimilação. Portanto, Hoffmann assevera que a ação avaliativa mediadora se desenvolve em benefício do aluno e dá-se fundamentalmente pela proximidade entre quem educa e quem é educado. Para realizar uma avaliação mediadora é necessário um currículo centrado no desenvolvimento, na construção, na experiência da igualdade e da democracia, pois neste sentido avaliação é o ato de oferecer a construção de resultados satisfatórios, um currículo que valorize os conhecimentos prévios do aluno, que o respeite e valorize como indivíduo formador de opinião e ser crítico da realidade que o cerca. Temos de abrir mão do poder autoritário e aprender a viver democraticamente, o que implica em servir e não impor. A qualificação da aprendizagem enquanto princípio da educação tem na Avaliação Mediadora um caminho seguro, pois através dela educadores e educandos estabelecem vínculos na construção contínua e cumulativa de conhecimentos. Enquanto diz que o professor necessita compreender o que é avaliar e, ao mesmo tempo, praticar essa compreensão no cotidiano escolar e, que repetir conceitos de avaliação é uma atitude simples e banal; o difícil é praticar a avaliação, isso exige mudanças não só do professor, mas também do sistema de ensino. E que a escola necessita praticar a avaliação, prática essa que realimentará novos estudos e aprofundamentos que possibilitem identificar sucessos e deficiências e, desse modo orientar novas situações motivadoras e com significação de ensino aprendizagens para os alunos. A avaliação mediadora consiste então numa metodologia de avaliação diferente para fazer com que o aluno aprenda, com ela o professor pode colocar momentos diferentes da rotina do aluno como método de avaliação, sendo possível assim analisar o aluno como um todo. Entrando o aluno aprende de diversas formas e sendo assim ele demonstra tudo o que aprendeu e ainda precisa aprender em momentos diferentes durante o período que ele passa dentro da sala de aula. Está avaliação exige assim prestar muita atenção no aluno, conhecê-lo, ouvir seus argumentos, propor-lhe questões novas e desafiadoras, guiando-o por um caminho voltado à autonomia moral e intelectual, pois estamos vivendo um momento caracterizado por uma infinidade de fontes de informação e não por somente uma avaliação a ser aplicada.
Avaliação da Aprendizagem: uma Análise Diagnóstica para Ações Pedagógicas no Ensino Fundamental I na Escola Municipal Eduardo Martini – Serra do Ramalho – BA