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DA MATEMÁTICA
PROF.A MA. ALINE RODRIGUES ALVES ROCHA
Prof. Me. Ricardo Benedito de Oliveira
REITOR
Reitor:
Prof. Me. Ricardo Benedito de
Oliveira
Pró-reitor:
Prof. Me. Ney Stival
Diretoria EAD:
Prezado (a) Acadêmico (a), bem-vindo Prof.a Dra. Gisele Caroline
(a) à UNINGÁ – Centro Universitário Ingá. Novakowski
Primeiramente, deixo uma frase de PRODUÇÃO DE MATERIAIS
Sócrates para reflexão: “a vida sem desafios
não vale a pena ser vivida.” Diagramação:
Alan Michel Bariani
Cada um de nós tem uma grande Thiago Bruno Peraro
responsabilidade sobre as escolhas que
fazemos, e essas nos guiarão por toda a vida Revisão Textual:
acadêmica e profissional, refletindo diretamente Felipe Veiga da Fonseca
em nossa vida pessoal e em nossas relações Luana Ramos Rocha
com a sociedade. Hoje em dia, essa sociedade Marta Yumi Ando
é exigente e busca por tecnologia, informação
e conhecimento advindos de profissionais que Produção Audiovisual:
possuam novas habilidades para liderança e Adriano Vieira Marques
sobrevivência no mercado de trabalho. Eudes Wilter Pitta Paião
Márcio Alexandre Júnior Lara
De fato, a tecnologia e a comunicação Osmar da Conceição Calisto
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas,
diminuindo distâncias, rompendo fronteiras e Gestão de Produção:
nos proporcionando momentos inesquecíveis. Kamila Ayumi Costa Yoshimura
Assim, a UNINGÁ se dispõe, através do Ensino a
Distância, a proporcionar um ensino de qualidade,
capaz de formar cidadãos integrantes de uma
sociedade justa, preparados para o mercado de
trabalho, como planejadores e líderes atuantes.
© Direitos reservados à UNINGÁ - Reprodução Proibida. - Rodovia PR 317 (Av. Morangueira), n° 6114
UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
01
DISCIPLINA:
METODOLOGIA E PRÁTICAS
DA MATEMÁTICA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................................................4
1. O CONHECIMENTO MATEMÁTICO AO LONGO DA HISTÓRIA: PERSPECTIVAS PARA ENSINAR ...................5
2. AS DIFERENTES VISÕES DO CURRÍCULO ...........................................................................................................6
3. A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO CIENTÍFICO E AS DIMENSÕES DA MATEMÁTICA.................................9
3.1 DIMENSÃO HISTÓRICA DA MATEMÁTICA ........................................................................................................10
3.2 A MATEMÁTICA ALÉM DA PERSPECTIVA HISTÓRICA.................................................................................... 12
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................................................................15
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ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Na Unidade I, iremos apresentar as diversas concepções de currículo, para que você
seja capaz de compreender de que maneira ele se materializa em sala de aula e colabora para a
formação do aluno para a convivência na sociedade na qual está inserido. Para tanto, é primordial
compreender que a matemática assume o papel de elemento social que busca desenvolver no
aluno o raciocínio lógico, o pensamento concreto e abstrato e sua capacidade de compreender os
usos da matemática em seu dia a dia.
Objetivo
• Promover um debate sobre as diferentes concepções de currículo na escola e a forma
como elas contribuem para a compreensão da matemática enquanto elemento social.
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Existe, portanto, uma compreensão de que a matemática é uma área cujos conteúdos
estão diretamente ligados à sociedade como um todo. Por isso, é necessário que o/a estudante
desenvolva competências que o/a tornem capaz de viver em sociedade.
Assim, cada povo dava sentido próprio à sua maneira de ensinar a matemática, pois
ela mesma tinha um significado peculiar para cada cultura. E nesta concepção, ainda que de
forma bastante rudimentar, percebe-se a formação de diferentes currículos. Não obstante, na
atualidade não é diferente. Vale, porém, lembrar o que pode ser compreendido como currículo,
para entender como se dá o seu processo de formulação.
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ENSINO A DISTÂNCIA
O currículo tem sido visto como: (a) os conteúdos a serem ensinados e aprendidos;
(b) as experiências de aprendizagem escolares vivenciadas pelos estudantes; (c)
os planos pedagógicos elaborados por profissionais da educação; (d) os objetivos
a serem atingidos por meio do ensino; (e) os processos de avaliação, que afetam
a determinação dos conteúdos e dos procedimentos pedagógicos (MOREIRA;
CANDAU, 2006 apud MOREIRA, 2010, p. 1-2).
Para além dos aspectos que emergem e são debatidos no currículo, enquanto elemento/
documento que norteia as práticas pedagógicas e de conteúdo na escola, os autores também
salientam que
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Assim, como nos aponta a Figura 4, se faz necessário compreender que, considerando
a diversidade de experiências e culturas presentes dentro de um mesmo espaço escolar, não é
possível haver exclusivismo no método de ensino da matemática, a não ser no ponto em que o
papel do professor e o uso de recursos metodológicos diversificados são necessários.
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Faz parte do universo humano contar, selecionar, calcular, mensurar, mesmo sem ter a
consciência disso. Então, desde o surgimento da humanidade, é possível observar a presença
desses comportamentos, e a matemática, enquanto conhecimento sistematizado, surge para
organizar tais processos.
Desde então, tal como a criança em suas fases iniciais de desenvolvimento, o indivíduo
teve ações sobre objetos e espaços até atingir um determinado grau de conhecimento.
Com a criança não é diferente. Ela vai agindo de forma processual, repetindo
comportamentos e relações que se apresentavam desde os primórdios da humanidade, partindo
de seu universo concreto até conseguir chegar ao abstrato na construção de seu saber matemático.
Por esse motivo, é primordial que o professor conheça a história da matemática, a fim de reunir
elementos que auxiliem em tal processo. Então, devemos partir do princípio de que
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[...] a Matemática se justifica, nas escolas, por ser útil como instrumento para a
vida, para o trabalho, parte integrante das nossas raízes culturais, porque ajuda
a pensar com clareza e raciocinar melhor. Também por sua universalidade, sua
beleza intrínseca, como construção lógica, formal etc. Assim, torna-se evidente
a utilidade social da Matemática para fornecer instrumentos aos sujeitos, para
atuarem no mundo de forma mais eficaz, necessitando que a escola precisa
‘[...] desenvolver a capacidade do aluno para manejar situações reais, que se
apresentam a cada momento, de maneira distinta (D’AMBRÓSIO, 1990, p. 16
apud SANTOS; OLIVEIRA, 2014, p. 191).
Quem nunca ouviu a pergunta: por que estou aprendendo isso? Onde vou usar isso na
vida? Ora, entender a história da matemática perpassa o fato de mostrar ao aluno, de maneira
concreta, quais as aplicações desse conhecimento em seu cotidiano. E, para além disso, auxiliá-lo
a dar sentido e significado àquilo que ele está aprendendo.
Embora o autor destaque que são formas distintas de conceber a matemática, é preciso
que, enquanto profissionais, tenhamos clareza de sua correlação e sentido de complementaridade
para a organização do trabalho pedagógico.
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Visto dessa forma, determinados pontos devem ser considerados para o estudo da
matemática: a importância do contexto social, lembrando que a matemática surgiu e vem
evoluindo conforme a necessidade da humanidade (é não apenas uma forma de pensamento,
mas uma ferramenta humana); a importância da interação social no processo de construção do
conhecimento, que entende o indivíduo dentro de suas relações (construindo e sendo construído
nestas); e, por fim, a importância do conhecimento matemático na vida social das pessoas (a
capacidade que a pessoa que aprende a matemática desenvolve em transpor os conhecimentos da
sala de aula para o seu cotidiano).
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao longo desta unidade, foi possível debater um pouco da importância da Matemática
ao longo do tempo, destacando as suas transformações. Entendemos que, por ser um campo de
conhecimento que está inserido no cotidiano das pessoas, ele se refaz continuamente e, por isso,
não pode ser visto como uma ciência estática.
A partir desse pressuposto, percebemos que o espaço da matemática em sala de aula vai
muito além de fórmulas e exercícios decorados. É preciso mostrar ao aluno de que forma ela está
presente em nosso cotidiano, tornando o processo de aprendizagem muito mais significativo.
Para atingir essa finalidade, porém, é preciso compreender qual é a concepção de currículo que
o espaço escolar adota e quais são as diretrizes de trabalho em sala de aula, pois é a partir destes
que a prática cotidiana é planejada e se materializa.
Contudo, embora se parta do pressuposto de que a matemática é importante na vida e
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
02
DISCIPLINA:
METODOLOGIA E PRÁTICAS
DA MATEMÁTICA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO.............................................................................................................................................................. 17
1. PLANEJAMENTO: CONCEITO E ETAPAS..............................................................................................................18
2. SELEÇÃO E ORGANIZAÇÃO DE CONTEÚDOS...................................................................................................... 21
CONSIDERAÇÕES FINAIS ....................................................................................................................................... 30
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INTRODUÇÃO
Após entender a importância do currículo e suas múltiplas determinações no processo
de formação do indivíduo, a Unidade II traz para o debate a importância do planejamento para
o ensino da matemática. Conceituaremos o que é o planejamento, quais elementos fazem parte
dele e qual a importância de se fazer um planejamento de aula, de disciplina, para que o processo
de ensino e aprendizagem da matemática se consolide de maneira eficaz.
Objetivo
• Compreender o que é o planejamento de ensino e a sua importância para atingir os
objetivos da disciplina.
Tópicos abordados
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Daí a importância de ter em mente o quanto se faz necessário planejar o processo de ensino
e aprendizagem da matemática. Esta, que já é um campo de estudos rodeado de preconceitos sobre
o fato de ser difícil, precisa ser cuidadosamente planejada para que o alunado alcance os objetivos
traçados. E, enquanto professores, não podemos nos distanciar do fato de que estamos lidando
com vidas, com projetos de vida e, por isso mesmo, trabalhar no sentido de que nossos estudantes
aprendam é fundamental para que não sejamos colaboradores na produção do fracasso escolar.
Ou seja,
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Cabe lembrar que os objetivos de se fazer um planejamento são distintos na mesma medida
em que conteúdos e indivíduos também o são. Mais do que previsões acerca de um determinado
fato, o planejamento permite fazer um ajuste de ações (CERVI, 2013). Desse modo, planejar
deveria ser um movimento contínuo, no sentido de dar condições ao docente para refletir sobre
• Objetivos: referem-se aos resultados esperados com aquilo que será ensinado, podendo
se subdividir em objetivos gerais e específicos:
Os objetivos gerais são mais amplos e complexos (por isso, demandam mais tempo
para serem alcançados).
Os objetivos específicos são mais simplificados e concretos e, por isso, demandam
um tempo menor para serem alcançados.
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Para que os objetivos sejam vistos como definidos, é fundamental que expressem com
clareza a intenção/intencionalidade daquilo que será ensinado, ou seja, para que ensinar e aonde
se quer chegar com isso.
• Conteúdos: a seleção dos conteúdos que serão abordados é feita com base nos
documentos orientadores, considerando que esses conteúdos serão o meio para atingir
os objetivos estabelecidos previamente. O que os alunos deverão aprender? Os conteúdos
são compostos por um vasto conjunto de conhecimentos que deverão ser alinhados para
promover a construção do conhecimento do aluno. Assim, é fundamental que, na seleção
de conteúdos, haja:
• Recursos: pensar os recursos é compreender com o que ensinar aquilo que está
proposto. Os recursos, que podem ser tanto humanos quanto materiais, devem focalizar
conhecimento, promover maior interesse, mobilizar estruturas dos indivíduos, estimular
a imaginação, facilitar a compreensão e, principalmente, mobilizar e provocar a percepção
do aluno sobre aquilo que é ensinado.
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Assim, no processo de seleção de conteúdos que serão abordados em sala de aula, durante
a fase do planejamento, é fundamental conhecer e fazer a leitura dos documentos norteadores,
para compreender de que modo podemos planejar uma aula que seja compatível com a série/
ano escolar em questão, para que sejamos assertivos na escolha metodológica, nos recursos e na
materialização do planejamento em sala de aula. Nesse sentido, é importante compreender que
Assim, salientamos que conteúdo e conhecimento são itens distintos, mas que precisam
estar em consonância para que o aluno atinja seu objetivo. Desse modo, podemos inferir que
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Assim, para que haja uma mobilização de ações e conhecimentos que se transformem
e possibilitem ao alunado abstrair e compreender, é preciso que haja a mediação por meio de
conteúdos, como expressa a Figura 3.
Selecionar conteúdos, afinal, seria isso: escolher e pensar sobre aquilo que será trabalhado
em sala de aula, sempre a partir dos documentos norteadores, considerando a realidade do aluno
e da escola e como todo esse conhecimento (objetivo final do processo de ensino e aprendizagem)
irá se materializar.
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Tendo como base o que a BNCC estabelece para o ensino da matemática, temos os blocos
de conhecimento, ou unidades temáticas, divididos da seguinte forma:
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Objetivos:
A unidade temática Álgebra, por sua vez, tem como finalidade o desenvolvimento
de um tipo especial de pensamento – pensamento algébrico – que é essencial
para utilizar modelos matemáticos na compreensão, representação e análise
de relações quantitativas de grandezas e, também, de situações e estruturas
matemáticas, fazendo uso de letras e outros símbolos. [...] Essa unidade temática
deve enfatizar o desenvolvimento de uma linguagem, o estabelecimento de
generalizações, a análise da interdependência de grandezas e a resolução de
problemas por meio de equações ou inequações (BRASIL, 2018).
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Objetivos:
Identificar regularidades e padrões de sequências numéricas e não numéricas.
Compreensão de leis matemáticas que expressem relação de interdependência em
diferentes contextos.
Criar, representar e transitar entre diferentes representações simbólicas.
Resolver problemas por meio de equações e inequações.
Bloco de Conhecimento (Unidade Temática): Geometria (Espaço e Forma)
Objetivos:
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Objetivos:
Propor o estudo das medidas e das relações entre elas – ou seja, das relações métricas.
Reconhecer que medir é comparar uma grandeza com uma unidade e expressar o
resultado da comparação por meio de um número.
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Objetivos:
Raciocinar e utilizar conceitos, representações e índices estatísticos para descrever,
explicar e predizer fenômenos.
Desenvolvimento da noção de aleatoriedade, de modo que os alunos compreendam
que há eventos certos, eventos impossíveis e eventos prováveis.
Confrontar os resultados obtidos com a probabilidade teórica – probabilidade
frequentista.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ensinar matemática não é tarefa fácil, assim como não é em outras disciplinas. Porém,
especificamente no caso da matemática, muitos mitos tornam tudo mais complexo, principalmente
o mito de que ela é a disciplina mais difícil. Nessa perspectiva, devemos colocar em foco que
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
03
DISCIPLINA:
METODOLOGIA E PRÁTICAS
DA MATEMÁTICA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO..............................................................................................................................................................32
1. A ESCOLHA DOS PROCEDIMENTOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA ...............................................................33
2. RECURSOS DIDÁTICOS E PROCEDIMENTOS PARA SEREM USADOS EM SALA DE AULA: ENGENHARIA
DIDÁTICA, TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)...................................................................37
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................................................................40
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ENSINO A DISTÂNCIA
INTRODUÇÃO
Uma vez que compreendemos que uma aula bem planejada é importante para que a
materialização do ensino dos conteúdos matemáticos ocorra de forma eficiente, na Unidade III,
debateremos as possibilidades de escolha no que tange a procedimentos e recursos didáticos,
considerando-os como ferramentas que instrumentalizarão o professor em sua prática em sala
de aula.
Objetivo
• Definir o que são procedimentos e recursos didáticos no ensino da matemática,
considerando e destacando como estes podem auxiliar a ação docente na e para a
formação do aluno.
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Tendo em vista essa perspectiva, podemos perceber que os procedimentos didáticos estão
ligados a um conceito mais amplo de como se faz o trabalho pedagógico: o fazer em sala de aula.
Desse modo, é importante frisar que
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• Cabe ao professor ponderar sobre quais recursos didáticos deverão ser usados e/ou
confeccionados pelos próprios discentes e, até mesmo, se realmente são necessários.
• Na escolha e no uso de determinado recurso didático, o professor deve se perguntar:
“como”, “qual”, “por quê”, “quando” e “para quê”.
Estas e outras questões devem ser pensadas ao planejar uma aula para que seja possível
refletir sobre aquilo que será proposto e se amplie a assertividade em trabalhar o conteúdo, pois
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Há momentos em que a aula expositiva e o livro didático estarão presentes, mas devemos
entender que, para além desses materiais, considerados tradicionais, o professor poderá utilizá-
los como ferramenta de apoio para as suas aulas.
O professor, nesse sentido, precisa garantir que haja uma vinculação entre ensino e
aprendizagem da matemática, focando o desenvolvimento de cada aluno (individualidade é
primordial nesse processo). Assim, é na aula que emerge o caráter mediador do professor, que
transmite o que aprendeu, conduzindo seus alunos no processo de construção do conhecimento.
Conforme salienta Libâneo (1994), a atividade pedagógica implícita no trabalho docente possui,
entre seus principais objetivos:
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ENSINO A DISTÂNCIA
Com a discussão frequente sobre as novas formas de se ensinar matemática, entra em cena
uma série de novos métodos e recursos, entre eles, figuram atualmente a Engenharia Didática e as
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC).
A Engenharia Didática caracteriza-se, em primeiro lugar, por um esquema experimental
baseado em “realizações didáticas” em sala de aula, isto é, na concepção, realização, observação
e análise de sessões de ensino. Ou seja, uma metodologia de pesquisa estruturada e cuja noção
Assim, a Engenharia Didática surge como proposta para que se destaquem os processos
de ensino e aprendizagem, enfatizando elementos, conteúdos e dando suporte ao professor, com
ênfase na compreensão geral por parte do aluno, mas partindo de partes e dando ampla visão dos
processos ao professor.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, estudamos o conceito de procedimentos e recursos didáticos, enfatizando
que a escolha deles está diretamente ligada ao resultado que será obtido em sala de aula. É
importante que o professor conheça seus alunos e tenha os objetivos traçados de maneira clara,
destacando que utilizar esse ou aquele recurso pode gerar uma inversão didática.
Também destacamos ao longo da unidade o quanto é importante que o professor assuma
o papel de mediador, facilitando o processo de ensino e aprendizagem de seus alunos. Contudo,
isso só é possível se houver um intenso processo de formação e reflexão docente nos usos dos
recursos propostos, isto é, é fundamental que o professor tenha domínio dos recursos que se
propõe a utilizar em sala de aula.
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UNIDADE ENSINO A DISTÂNCIA
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DISCIPLINA:
METODOLOGIA E PRÁTICAS
DA MATEMÁTICA
SUMÁRIO DA UNIDADE
INTRODUÇÃO..............................................................................................................................................................32
1. A ESCOLHA DOS PROCEDIMENTOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA ...............................................................33
2. RECURSOS DIDÁTICOS E PROCEDIMENTOS PARA SEREM USADOS EM SALA DE AULA: ENGENHARIA
DIDÁTICA, TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC)...................................................................37
CONSIDERAÇÕES FINAIS..........................................................................................................................................40
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INTRODUÇÃO
As profundas transformações presentes no mundo têm um impacto direto no fazer
cotidiano em sala de aula. Tendo em vista estas transformações, a Unidade IV levará você a
refletir sobre as múltiplas possibilidades de ensinar matemática na sociedade da informação
e do conhecimento, considerando não apenas as chamadas tendências atuais no ensino da
matemática, mas também o papel do lúdico em criar espaços dinâmicos de ensino em que se
favoreça o processo de aprendizagem dos alunos.
Objetivo
• Contribuir com um debate acerca das novas formas de se ensinar a matemática na
contemporaneidade.
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[...] várias teorias descritas por autores de renome, que apontam para o que se
chama: Tendências em Educação Matemática. Essas tendências surgiram de
movimentos que tiveram como objetivo proporcionar um ensino de matemática
mais eficiente. Estas estão previstas nas Diretrizes Curriculares para o ensino de
matemática do Estado do Paraná, mas que são raramente utilizadas como proposta
metodológica. Acredita-se que uma proposta metodológica, fundamentada nas
Tendências em Educação Matemática, faça a diferença na compreensão, no
significado e aplicação do conhecimento matemático, especialmente no ensino
fundamental, que é onde se constrói a base dessa ciência (MAZUR, 2012, p. 14).
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Em pleno século XXI, com o avanço tecnológico existente, não tem sentido
a escola não se apropriar desse recurso como mais uma possibilidade de
aprendizagem. O mundo mudou, se modernizou, mas a escola caminha a
passos lentos no desenvolvimento da aprendizagem. Ao mesmo tempo em que
temos tanta tecnologia, parece estarmos muito longe de utilizá-la efetivamente,
especialmente nas escolas públicas. É necessário ressaltar que tecnologia não
envolve somente o uso de computadores, internet, softwares, Laboratórios de
Informática. O uso da calculadora, a partir de critérios pedagógicos, também é
uma tecnologia, recorte de jornal como material para a identificação no texto da
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Nessa proposta, a matemática está além de uma disciplina abstrata em que o aluno deve
somente buscar as respostas corretas para determinadas “contas”. A matemática, na modelagem,
assume um papel de protagonista da realidade na qual se insere, dotada de linguagem, história,
fundamentos peculiares que podem dar um significado muito mais amplo àquilo que se aprende.
Figura 2 – Conceitos relacionados com as formas de utilização do lúdico no processo de aprendizagem. Fonte: a
autora.
O trabalho com crianças, conforme aponta a Figura 2, pode ter entretenimento, diversão
e brincadeira e se faz peculiar justamente por conta dessa questão: é fundamental que a criança
tenha um envolvimento emocional e tenha prazer no processo de aprendizagem, sob o risco de
fracassar no seu desenvolvimento intelectual. Assim, o lúdico (principalmente o trabalho com
jogos e brinquedos) pode se tornar uma alternativa interessante para despertar o interesse dos
alunos e criar um ambiente de aprendizagem favorável.
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De acordo com Débora Garofalo (2017), “Os jogos digitais permitem a criação
de contextos que motivam alunos a trabalhar elementos como raciocínio e
cooperação”. Para mais informações, leia o texto 5 Motivos para Usar Games na
Aula de Matemática. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/6776/5-
motivos-para-usar-games-na-aula-de-matematica>.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Na Unidade IV, trabalhamos as novas tendências em ensino da matemática e o lugar do
lúdico no ensino da matemática. Partindo do pressuposto das constantes mutações no mundo
e na educação, percebemos ao longo da unidade que o papel do professor em compreender e
aprimorar os recursos e métodos que utiliza em sala de aula é fundamental para que os objetivos
traçados para a aprendizagem do aluno sejam alcançados.
Conhecer a diversidade de recursos, refletir sobre a própria prática, entendendo que
tanto as novas tendências quanto o lúdico podem se constituir num instrumento para que a aula
se torne mais dinâmica são ações que permitem ou que facilitam a fixação, a compreensão e a
interação. Com isso, propicia-se o desenvolvimento humano proposto pelos conteúdos formais
presentes na escola e que instrumentalizam o aluno para fazer uma abstração e a transposição de
seus usos na sociedade na qual está inserido.
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REFERÊNCIAS
ADOROCINEMA. A corrente do bem. 2000. Disponível em: <http://www.adorocinema.com/
filmes/filme-28027/trailer-19391584/>. Acesso em: 01 ago. 2019.
ALUNOS ONLINE UOL. As grandezas e medidas que utilizamos no dia a dia. 2019. Disponí-
vel em: <https://alunosonline.uol.com.br/matematica/grandezas-medidas.html>. Acesso em: 01
ago. 2019.
BRASIL. Base Nacional Curricular Comum. 3. versão. Brasília: Ministério da Educação. 2017.
Disponível em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_20dez_site.pdf>. Acesso
em: 15 jul. 2018.
CALÇADE, P. Como usar a Copa do Mundo nas aulas de Matemática. 28 maio 2018. Dispo-
nível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/11804/como-usar-a-copa-do-mundo-nas-aulas-
-de-matematica#>. Acesso em: 01 ago. 2019.
CUNHA, J. S.; SILVA, J. A. V. A importância das atividades lúdicas no ensino da matemática. In:
ESCOLA DE INVERNO DA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA, 3., 2012, Santa Maria. Anais... Santa
Maria: UFSM, 2012. p. 1-12. Disponível em: <http://w3.ufsm.br/ceem/eiemat/Anais/arquivos/
RE/RE_Cunha_Jussileno.pdf>. Acesso em: 24 jul. 2019.
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REFERÊNCIAS
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da probabilidade e estatística. 2019. Disponível em: <https://esquadraodoconhecimento.wor-
dpress.com/matematica/probabilidade-e-estatistica/>. Acesso em: 01 ago. 2019.
GAROFALO, D. 5 motivos para usar games na aula de Matemática. 20 set. 2017. Disponível
em: <https://novaescola.org.br/conteudo/6776/5-motivos-para-usar-games-na-aula-de-mate-
matica>. Acesso em: 01 ago. 2019.
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REFERÊNCIAS
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um programa de pesquisa. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 1, jan./mar. 2005.
O BOM PASTOR. A criança que tenta compreender o conteúdo a partir de seu lugar de fala.
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REFERÊNCIAS
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