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Referencial Curricular

do Sistema SESI-SP de Ensino

Ensino Fundamental
REFERENCIAL
CURRICULAR
DO SISTEMA SESI-SP DE ENSINO

Ensino Fundamental

2a edição
São Paulo, 2020
Serviço Social da Indústria – SESI
Departamento Regional de São Paulo

Avenida Paulista, 1313 – Bela Vista


CEP 01311-923 – São Paulo – SP – Brasil
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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

SESI-SP – Serviço Social da Indústria


Referencial Curricular do Sistema SESI-SP de Ensino: Ensino Fundamental /
SESI-SP – Serviço Social da Indústria. -- São Paulo: SESI-SP Editora, 2020.
280 p.
ISBN 978-85-504-1332-7
1. Ensino fundamental - Currículos. I. Título.
CDD: 372.19

Índice para o catálogo sistemático:


1. Ensino fundamental : Currículos

Bibliotecária responsável: Evelyn Ruani de Souza CRB-8 8562

© SESI-SP Editora, 2020


Todos os direitos reservados.
Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida sem a permissão expressa do SESI-SP.
A SESI-SP Editora empenhou-se em identificar e contatar todos os responsáveis pelos direitos autorais das imagens
e dos textos reproduzidos neste livro. Se porventura for constatada omissão na identificação de algum material,
dispomo-nos a efetuar, futuramente, os possíveis acertos.
REFERENCIAL
CURRICULAR
DO SISTEMA SESI-SP DE ENSINO

Ensino Fundamental

2a edição
São Paulo, 2020
SESI-SP Editora
Avenida Paulista, 1.313, 4o andar,
01311-923, São Paulo - SP
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Gerência de produção Leda Lucia Fruett da Costa Inglês


editorial e gráfica Lilian Engracia dos Santos Adriana Rodrigues Mendonça
Caroline Mori Ferreira Luciana Cirillo Tatiane Honório Lima
Coordenação editorial e edição Marcel Alves Martins
Arte
Glauce Perusso Pereira Dias Muniz Maria Clara Vieira Jacheta Rabelo
Amélia Natalina C. Garcia
Mariana de Abreu Campos
Produção gráfica Beatriz Marsiglia
Mário Conceição Oliveira
Rafael Zemantauskas Maurício Colenghi Filho Educação Física
Sirlene Nascimento Nádia Hatsue Aoyama Hugo César Nunes
Vanessa Lopes dos Santos Nildon da Silva de Figueiredo História
Preparação Rafaella Spiga Real Bernini Claudia Maria de Souza
Fabio Bonillo Fernandes Carvalho Rossana Ishii Chida David Emanuel Madeira Davim
Soraia Romano
Revisão Tábita Pereira de Araújo Geografia
Lilian Regato Garrafa Tânia Rosie Ferreira dos Santos Flávio Sérgio de Oliveira Vilar
Diagramação Thaila de Sousa Orlando David Emanuel Madeira Davim
Globaltec Thamara Rúbia Almeida de Medeiros Nádia Cristina Dias
Vitor Abdias Cabot Germano Matemática
Assistência editorial
Willyan Roberto Scheid da Silva Anderson Barros Lucas
Mariane Cristina de Oliveira
Consultoria Daniela Alves Soares
Coordenação geral do projeto Deivid Bilhasi Luz
Galícia Assessoria Pedagógica
Luis Paulo Martins Dimas Cassio Simão
Ulisses Ferreira de Araújo
EDIÇÃO DE 2020 Valéria Amorim Arantes de Araújo Ciências
Elaboração de conteúdo Laor Fernandes de Oliveira
EDIÇÃO DE 2016
Alex Wilson da Silva Fonseca Rossana Ishii Chida
Elaboração de conteúdo
Aline Leme da Silva Formação continuada
Aline Scravoni Costacurta Ohnuki Movimentos curriculares do
Sistema SESI-SP de Ensino; Anaide Trevizan
Anagilda Siqueira Sobral Cordeiro Nádia Cristina Dias
André Guilherme Lopes Rueda Fundamentos e pressupostos
Beatriz Marsiglia curriculares da ação pedagógica; Educação Inclusiva
Camila de Oliveira Teodoro Organização Curricular para Célia Maria Amato Balian
Camila Toshio Osaki o Ensino Fundamental Maria Beatriz Gomes da Cunha
Carlos José Correia de Souza Anaide Trevizan Soraia Romano Soares
Carlos Rogério Sartori Daniele Gualtieri Rodrigues
Ciência e Tecnologia
Carolina Puras da Rocha Amorim Nádia Cristina Dias
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Célia Maria Amato Balian Renata Soares de Oliveira
Jaqueline Oliveira Silva Ribeiro
Cláudia Maria de Souza Rossana Ishii Chida
Deivid Bilhasi Luz Avaliação educacional Rede de Informação Educação
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Elieste da Silva Junior Paula Helena Querido Enisete Malaquias
Fernando Augusto dos Santos Rosangela de Souza B. Lara Pareceristas
Flavia Cristina Dozo Luíza Helena da Silva Christov
Anos iniciais
Herman Renato Assumpção Teresa Cristina Rego
Adriana Teixeira Rago
Ivanei Nunes
José Renato da Silva Laura Arato Rocha Camargo Leitores Críticos
Juliana Prezia e Silva Renata Soares de Oliveira Anaide Trevizan
Karina de Paula Vezzaro Susy Generoso Sacco Christiane Moreira Jorge
Karina Stefanin Pereira Língua Portuguesa Nádia Cristina Dias
Kathya da Silva Cruz Alves Daniele Gualtieri Rodrigues Sebastião Fernandes

© SESI-SP Editora, 2020


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Nenhuma parte deste livro pode ser reproduzida ou transmitida sem a permissão expressa do SESI-SP.
A SESI-SP Editora empenhou-se em identificar e contatar todos os responsáveis pelos direitos autorais das imagens
e dos textos reproduzidos neste livro. Se porventura for constatada omissão na identificação de algum material,
dispomo-nos a efetuar, futuramente, os possíveis acertos.
“A alegria não chega apenas no encontro do achado, mas
faz parte do processo da busca. E ensinar e aprender não
pode dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”.

Paulo Freire
ORGANIZAÇÃO CURRICULAR PARA
O ENSINO FUNDAMENTAL

De acordo com a legislação de ensino brasileira, as escolas de ensino fundamental devem


contribuir para a formação integral dos estudantes. Portanto, devem criar condições para que
os estudantes desenvolvam suas habilidades e competências e construam conhecimento por
meio de aprendizagens que lhes permitam compreender a realidade, possibilitando a conti-
nuidade progressiva de seus estudos.
O perfil do ingressante no ensino fundamental é caracterizado pela curiosidade, moti-
vação, interação social e construção de significados com base nas experiências vivenciadas
e nas descobertas. Essa e as demais etapas podem ser consideradas estruturantes na for-
mação do indivíduo, sendo propícias ao desenvolvimento da socialização e da aquisição de
habilidades relacionadas à leitura, à escrita e ao cálculo, ao conhecimento do seu entorno –
em bases distintas das que sustentam os conhecimentos que já trazem consigo – e da sua
história, seja familiar, social ou cultural.
Essa interação social vai ao encontro da abordagem sociointeracionista, pois entende-se que
“a cultura e a interação social estão envolvidas no desenvolvimento da consciência humana”
(LEFRANÇOIS, 2016, p. 254). Dessa forma, deve-se levar em consideração o contexto no qual
o estudante está inserido, suas vivências e seus conhecimentos prévios, de forma a ampliar e
sistematizar progressivamente essas experiências e desenvolver novas formas de ver o mundo.
Ao atingirem a pré-adolescência, os estudantes apresentam maior possibilidade de dedicar
atenção, por períodos mais longos, a atividades que demandam a sua concentração, além de
aprimorar a exposição verbal de suas ideias, favorecendo a elaboração de reflexões e a inte-
ração com a realidade, reconhecendo-se nessa relação. Esse momento de transição favorece
o desenvolvimento de conceitos mais complexos, como o da reversibilidade, a capacidade de
diferenciar aparência de realidade, de identificar o conhecimento abstrato e não só o concreto.
Já a adolescência é marcada por um conjunto de mudanças emocionais, biológicas, psicoló-
gicas e sociais. O adolescente é um sujeito cuja história e memória recente exercem influência
em seu modo de viver e apresentam indicativos de como viverá a transição para a vida adulta.
Suas interações sociais contribuem para a construção da identidade e explicitam-se por meio de
múltiplas, e por vezes conflituosas, formas de comunicação, revelando aspectos relacionados
aos grupos com os quais convivem, interagem e nos quais transitam, dentro ou fora da escola.
Toda a estrutura ora apresentada, assim como as demais iniciativas e projetos institu-
cionais, apoia sua racionalidade num conjunto de elementos facilitadores para o desenvol-
vimento do currículo. Em outras palavras, estão a serviço da aprendizagem dos estudantes.
Para que todas essas iniciativas e investimentos efetivamente se articulem e, de forma
integrada, favoreçam a aprendizagem dos estudantes, é necessária a manutenção de prin-
cípios e orientações específicas da instituição, que valorizam e favorecem a constituição de
redes e de sistema. Mas vale ressaltar que, como cada escola está inserida em uma realidade

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com características específicas, não há um único modo de organizá-las, tampouco existem
prescrições a serem estritamente seguidas no contexto da sala de aula.
No presente documento, o currículo foi organizado para fornecer aos profissionais da
educação aspectos fundamentais abordados nos componentes curriculares pertinentes às
quatro áreas de conhecimento, que articulam suas especificidades a favor da construção dos
saberes por parte do estudante.
A subdivisão das áreas em seus respectivos componentes curriculares proporciona o apro-
fundamento ou especialização em uma determinada temática. Todavia, essa divisão pode
levar ao afastamento de determinado conhecimento dos demais e dos questionamentos e
reflexões que os tornam vivos e em movimento constante (MORIN, 2000 apud FARIA; MAL-
TEMPI, 2019). Assim, propõe-se aqui um trabalho interdisciplinar entre os componentes,
de maneira que os estudantes percebam que todos os conhecimentos fazem parte de uma
mesma realidade, um conjunto que foi construído pelos homens para atender a suas deman-
das e necessidades – embora cada campo do saber construa sua forma própria de indagar o
mundo.
Cabe ressaltar também a importância de uma relação intradisciplinar do conhecimento,
com o objetivo de relacionar as respectivas ramificações de um mesmo componente curri-
cular, quando pertinente. Dessa forma, faz-se necessário criar mecanismos integradores no
âmbito do próprio componente para que os estudantes percebam a integração e conexão
entre os diferentes assuntos e objetos de estudo abordados, mesmo tendo conhecimento
das peculiaridades dessas ramificações.
Para além do trabalho intra e interdisciplinar, é também fundamental uma reflexão sobre a
visão transdisciplinar do conhecimento, termo este criado por Jean Piaget e que tem sido de-
batido e estudado por pesquisadores desde então. Segundo Basarab Nicolescu, um dos mais
atuantes e respeitados físicos teóricos no cenário científico contemporâneo, a transdiscipli-
naridade “como o prefixo ‘trans’ indica aquilo que está ao mesmo tempo entre as disciplinas,
através das diferentes disciplinas e além de qualquer disciplina. Seu objetivo é a compreensão
do mundo presente para o qual um dos imperativos é a unidade do conhecimento” (NICO-
LESCU, 1999, p. 16). Quanto à transdisciplinaridade, esta leva o indivíduo

[…] a tomar consciência da essencialidade do outro e da sua inserção na rea-


lidade social, natural e planetária, e cósmica. Uma consequência imediata da
essencialidade é que a inserção só pode se dar através de um relacionamento
de respeito, solidariedade e cooperação com o outro, consequentemente com a
sociedade, com a natureza e com o planeta, todos e tudo integrados na realidade
cósmica. (D’AMBROSIO, 2011, p. 10)

Áreas de conhecimento

Entende-se por área de conhecimento um conjunto de saberes que apresentam relações


entre si, guardando similaridades no que diz respeito ao objeto e aos métodos de pesquisa.
Na prática escolar, pode constituir-se como uma forma de organizar o currículo.

72 REFERENCIAL CURRICULAR • ORGANIZAÇÃO CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL


O sistema SESI-SP de ensino organiza seu currículo no ensino fundamental em quatro
áreas de conhecimento, a saber: Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e
­Linguagens.
Na contemporaneidade, a proposta pedagógica dos componentes curriculares visa à prepa-
ração do estudante para a crítica de seu cotidiano e para a aceitação das diversidades como um
valor importante de convivência e transformação da realidade. Nesse sentido, o sistema SESI-SP
de ensino tem buscado uma abordagem interdisciplinar, objetivando superar uma divisão entre
as diferentes áreas do saber e entre seus respectivos componentes curriculares. Sendo eles:

Matemática

MATEMÁTICA

Arte
Ciências da CIÊNCIAS DA Língua Inglesa
Natureza LINGUAGENS
NATUREZA Educação Física
Língua Portuguesa

CIÊNCIAS
HUMANAS
História
Geografia

Objetivos do ensino fundamental

Articulando os princípios e objetivos do sistema escolar SESI-SP em todas as suas moda-


lidades de ensino com as finalidades dispostas nas diretrizes, propicia-se no ensino funda-
mental – 1o ao 5o ano – a progressão do conhecimento pela consolidação das aprendizagens
obtidas anteriormente (educação infantil) e pela ampliação das práticas de linguagem e da
experiência estética e intercultural das crianças.
Além de propor um percurso contínuo de aprendizagem entre as duas fases do ensino
fundamental com o intuito de promover uma maior interação entre ambas, no ensino fun-
damental – 6o ao 9o ano – proporciona-se um trabalho de retomada e ressignificação dos
conhecimentos aprendidos na fase anterior, de forma a ampliar e também aprofundar as
aprendizagens obtidas pelos alunos.
É imprescindível que, ao longo dos nove anos do ensino fundamental, se fortaleça a au-
tonomia e o protagonismo dos estudantes, além do estímulo à reflexão e à análise crítica
em relação aos diferentes conteúdos apresentados em meios midiáticos e digitais. Para isso,
pode-se propor diferentes abordagens e um trabalho de diálogo contínuo, respeitando a mul-
ticulturalidade presente tanto na escola como na comunidade escolar.

ORGANIZAÇÃO CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL • REFERENCIAL CURRICULAR


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O ensino fundamental da rede SESI-SP também tem como objetivo contribuir para o pro-
jeto de vida de seus alunos e com o prosseguimento de seus estudos no ensino médio, de
forma que se tornem cidadãos conscientes e participativos.
Com base no exposto e nos princípios consolidados, a rede escolar SESI-SP sintetiza seus
objetivos de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Dessa forma, terá
por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I. o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno do-
mínio da leitura, da escrita e do cálculo;
II. a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das
artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;
III. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de
conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;
IV. o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tole-
rância recíproca em que se assenta a vida social.

74 REFERENCIAL CURRICULAR • ORGANIZAÇÃO CURRICULAR PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

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