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Filosofia do Direito
Disciplina na modalidade a distância
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Reitor Unisul Assistente e Auxiliar de Luana Borges da Silva Gerência de Desenho Jeferson Pandolfo
Ailton Nazareno Soares Coordenação Luana Tarsila Hellmann e Desenvolvimento de Karine Augusta Zanoni
Maria de Fátima Martins (Assistente) Luíza Koing Zumblick Materiais Didáticos Marcia Luz de Oliveira
Vice-Reitor Fabiana Lange Patricio Maria José Rossetti Márcia Loch (Gerente)
Tânia Regina Goularte Waltemann Marilene de Fátima Capeleto Assuntos Jurídicos
Sebastião Salésio Heerdt Ana Denise Goularte de Souza Bruno Lucion Roso
Patricia A. Pereira de Carvalho Desenho Educacional
Chefe de Gabinete da Paulo Lisboa Cordeiro Cristina Klipp de Oliveira (Coord. Grad./DAD) Marketing Estratégico
Coordenadores Graduação Silvana Souza da Cruz (Coord. Pós/Ext.)
Reitoria Adriano Sérgio da Cunha Paulo Mauricio Silveira Bubalo Rafael Bavaresco Bongiolo
Rosângela Mara Siegel Aline Cassol Daga
Willian Máximo Aloísio José Rodrigues Ana Cláudia Taú Portal e Comunicação
Ana Luísa Mülbert Simone Torres de Oliveira
Vanessa Pereira Santos Metzker Carmelita Schulze Catia Melissa Silveira Rodrigues
Pró-Reitora Acadêmica Ana Paula R. Pacheco Carolina Hoeller da Silva Boeing Andreia Drewes
Arthur Beck Neto Vanilda Liordina Heerdt
Miriam de Fátima Bora Rosa Eloísa Machado Seemann Luiz Felipe Buchmann Figueiredo
Bernardino José da Silva Gestão Documental Flavia Lumi Matuzawa Marcelo Barcelos
Pró-Reitor de Administração Catia Melissa S. Rodrigues Lamuniê Souza (Coord.) Gislaine Martins Rafael Pessi
Fabian Martins de Castro Charles Cesconetto Clair Maria Cardoso Isabel Zoldan da Veiga Rambo
Diva Marília Flemming Daniel Lucas de Medeiros Jaqueline de Souza Tartari Gerência de Produção
Pró-Reitor de Ensino Fabiano Ceretta Eduardo Rodrigues João Marcos de Souza Alves Arthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)
José Carlos da Silva Junior Guilherme Henrique Koerich Francini Ferreira Dias
Mauri Luiz Heerdt Horácio Dutra Mello Josiane Leal
Leandro Romanó Bamberg
Letícia Laurindo de Bonfim Design Visual
Itamar Pedro Bevilaqua Marília Locks Fernandes
Campus Universitário de Jairo Afonso Henkes
Lygia Pereira Pedro Paulo Alves Teixeira (Coord.)
Tubarão Lis Airê Fogolari Adriana Ferreira dos Santos
Janaína Baeta Neves Gerência Administrativa e Luiz Henrique Milani Queriquelli
Diretora Jardel Mendes Vieira Financeira Alex Sandro Xavier
Milene Pacheco Kindermann Marina Melhado Gomes da Silva Alice Demaria Silva
Joel Irineu Lohn Renato André Luz (Gerente) Marina Cabeda Egger Moellwald
Jorge Alexandre N. Cardoso Ana Luise Wehrle Anne Cristyne Pereira
Campus Universitário da Melina de La Barrera Ayres Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro
José Carlos N. Oliveira Anderson Zandré Prudêncio Michele Antunes Corrêa
Grande Florianópolis José Gabriel da Silva Daniel Contessa Lisboa Daiana Ferreira Cassanego
Nágila Hinckel Diogo Rafael da Silva
Diretor José Humberto D. Toledo Naiara Jeremias da Rocha Pâmella Rocha Flores da Silva
Hércules Nunes de Araújo Joseane Borges de Miranda Rafael Bourdot Back Edison Rodrigo Valim
Rafael Araújo Saldanha Frederico Trilha
Luciana Manfroi Thais Helena Bonetti Roberta de Fátima Martins
Campus Universitário Luiz G. Buchmann Figueiredo Valmir Venício Inácio Higor Ghisi Luciano
Roseli Aparecida Rocha Moterle Jordana Paula Schulka
UnisulVirtual Marciel Evangelista Catâneo Sabrina Bleicher
Maria Cristina S. Veit Gerência de Ensino, Pesquisa Marcelo Neri da Silva
Diretora Sabrina Paula Soares Scaranto Nelson Rosa
Maria da Graça Poyer e Extensão Viviane Bastos
Jucimara Roesler Mauro Faccioni Filho Oberdan Porto Leal Piantino
Moacir Heerdt (Gerente) Patrícia Fragnani de Morais
Moacir Fogaça Aracelli Araldi Acessibilidade
Nélio Herzmann Vanessa de Andrade Manoel (Coord.) Multimídia
Equipe UnisulVirtual Onei Tadeu Dutra Elaboração de Projeto e Letícia Regiane Da Silva Tobal
Reconhecimento de Curso Sérgio Giron (Coord.)
Patrícia Fontanella Mariella Gloria Rodrigues Dandara Lemos Reynaldo
Diretora Adjunta Rogério Santos da Costa Diane Dal Mago
Patrícia Alberton Vanderlei Brasil Avaliação da aprendizagem Cleber Magri
Rosa Beatriz M. Pinheiro Fernando Gustav Soares Lima
Tatiana Lee Marques Francielle Arruda Rampelotte Geovania Japiassu Martins (Coord.)
Secretaria Executiva e Cerimonial Gabriella Araújo Souza Esteves
Jackson Schuelter Wiggers (Coord.) Valnei Carlos Denardin Extensão Conferência (e-OLA)
Roberto Iunskovski Jaqueline Cardozo Polla Carla Fabiana Feltrin Raimundo (Coord.)
Marcelo Fraiberg Machado Maria Cristina Veit (Coord.) Thayanny Aparecida B.da Conceição
Tenille Catarina Rose Clér Beche Bruno Augusto Zunino
Rodrigo Nunes Lunardelli Pesquisa
Assessoria de Assuntos Sergio Sell Daniela E. M. Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC) Gerência de Logística Produção Industrial
Internacionais Mauro Faccioni Filho(Coord. Nuvem) Jeferson Cassiano A. da Costa (Gerente) Marcelo Bittencourt (Coord.)
Murilo Matos Mendonça Coordenadores Pós-Graduação
Aloisio Rodrigues Pós-Graduação Logísitca de Materiais Gerência Serviço de Atenção
Assessoria de Relação com Poder Bernardino José da Silva Anelise Leal Vieira Cubas (Coord.) Carlos Eduardo D. da Silva (Coord.)
Público e Forças Armadas Abraao do Nascimento Germano Integral ao Acadêmico
Carmen Maria Cipriani Pandini Maria Isabel Aragon (Gerente)
Adenir Siqueira Viana Daniela Ernani Monteiro Will Biblioteca Bruna Maciel
Walter Félix Cardoso Junior Salete Cecília e Souza (Coord.) Fernando Sardão da Silva André Luiz Portes
Giovani de Paula Carolina Dias Damasceno
Karla Leonora Nunes Paula Sanhudo da Silva Fylippy Margino dos Santos
Assessoria DAD - Disciplinas a Renan Felipe Cascaes Cleide Inácio Goulart Seeman
Distância Leticia Cristina Barbosa Guilherme Lentz
Marlon Eliseu Pereira Francielle Fernandes
Patrícia da Silva Meneghel (Coord.) Luiz Otávio Botelho Lento Holdrin Milet Brandão
Carlos Alberto Areias Rogério Santos da Costa Gestão Docente e Discente Pablo Varela da Silveira
Enzo de Oliveira Moreira (Coord.) Rubens Amorim Jenniffer Camargo
Cláudia Berh V. da Silva Roberto Iunskovski Juliana Cardoso da Silva
Conceição Aparecida Kindermann Thiago Coelho Soares Yslann David Melo Cordeiro
Capacitação e Assessoria ao Jonatas Collaço de Souza
Luiz Fernando Meneghel Vera Regina N. Schuhmacher Docente Avaliações Presenciais Juliana Elen Tizian
Renata Souza de A. Subtil Simone Zigunovas (Capacitação) Graciele M. Lindenmayr (Coord.) Kamilla Rosa
Gerência Administração Alessandra de Oliveira (Assessoria)
Assessoria de Inovação e Acadêmica Ana Paula de Andrade Maurício dos Santos Augusto
Qualidade de EAD Adriana Silveira Angelica Cristina Gollo Maycon de Sousa Candido
Angelita Marçal Flores (Gerente) Alexandre Wagner da Rocha
Denia Falcão de Bittencourt (Coord) Fernanda Farias Cristilaine Medeiros Monique Napoli Ribeiro
Andrea Ouriques Balbinot Elaine Cristiane Surian Daiana Cristina Bortolotti Nidia de Jesus Moraes
Carmen Maria Cipriani Pandini Secretaria de Ensino a Distância Juliana Cardoso Esmeraldino Delano Pinheiro Gomes Orivaldo Carli da Silva Junior
Iris de Sousa Barros Samara Josten Flores (Secretária de Ensino) Maria Lina Moratelli Prado Edson Martins Rosa Junior Priscilla Geovana Pagani
Giane dos Passos (Secretária Acadêmica) Fabiana Pereira Fernando Steimbach Sabrina Mari Kawano Gonçalves
Assessoria de Tecnologia Adenir Soares Júnior Fernando Oliveira Santos Scheila Cristina Martins
Osmar de Oliveira Braz Júnior (Coord.) Tutoria e Suporte
Alessandro Alves da Silva Claudia Noemi Nascimento (Líder) Lisdeise Nunes Felipe Taize Muller
Felipe Jacson de Freitas Andréa Luci Mandira Marcelo Ramos Tatiane Crestani Trentin
Jefferson Amorin Oliveira Anderson da Silveira (Líder)
Cristina Mara Schauffert Ednéia Araujo Alberto (Líder) Marcio Ventura Vanessa Trindade
Phelipe Luiz Winter da Silva Djeime Sammer Bortolotti Osni Jose Seidler Junior
Priscila da Silva Maria Eugênia F. Celeghin (Líder)
Douglas Silveira Andreza Talles Cascais Thais Bortolotti
Rodrigo Battistotti Pimpão Evilym Melo Livramento
Tamara Bruna Ferreira da Silva Daniela Cassol Peres
Fabiano Silva Michels Débora Cristina Silveira Gerência de Marketing
Fabricio Botelho Espíndola Francine Cardoso da Silva Fabiano Ceretta (Gerente)
Coordenação Cursos Felipe Wronski Henrique Joice de Castro Peres Relacionamento com o Mercado
Coordenadores de UNA Gisele Terezinha Cardoso Ferreira Karla F. Wisniewski Desengrini
Indyanara Ramos Eliza Bianchini Dallanhol Locks
Diva Marília Flemming Maria Aparecida Teixeira
Marciel Evangelista Catâneo Janaina Conceição Mayara de Oliveira Bastos Relacionamento com Polos
Roberto Iunskovski Jorge Luiz Vilhar Malaquias Patrícia de Souza Amorim Presenciais
Juliana Broering Martins Schenon Souza Preto Alex Fabiano Wehrle (Coord.)
Filosofia do Direito
Livro didático
Revisão de conteúdo
Leandro Kingeski Pacheco
Design instrucional
Ana Cláudia Taú
Roseli Rocha Moterle
1ª edição revista
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Revisão de conteúdo
Leandro Kingeski Pacheco
Design Instrucional
Ana Cláudia Taú
Roseli Rocha Moterle (1ª ed. rev.)
ISBN
978-85-7817-194-0
Diagramação
Jordana Paula Schulka
Noemia Mesquita (1ª ed. rev.)
Revisão
Amaline Boulus Issa Mussi
340.1
P11 Filosofia do direito: livro didático / Leandro Kingeski Pacheco ... [et al.]; design
instrucional Ana Cláudia Taú, Roseli Rocha Moterle. – 1. ed. rev. – Palhoça: UnisulVirtual,
2011.
195p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7817-194-0
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Palavras dos professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Equipe UnisulVirtual.
Caro(a) aluno(a),
Bons estudos!
o livro didático;
o Sistema Tutorial.
Ementa
Direito e Filosofia do Direito. Filosofia do Direito e seus
campos de abrangência. Filosofia do Direito e suas relações
com a Dogmática Jurídica e a Teoria Geral do Direito. Os
clássicos da Filosofia do Direito (idealistas, materialistas e
críticos). Perspectiva humanista: o Direito e o Homem.
Objetivos da disciplina
Geral:
Identificar algumas das principais questões da Filosofia do Direito.
Específicos:
Identificar o conceito, o objeto de estudo e a concepção
de método da Filosofia do Direito.
Carga horária
A carga horária total da disciplina é de 60 horas-aula.
Conteúdo programático/objetivos
Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático desta
disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aos
resultados que você deverá alcançar ao final de uma etapa de
estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de
conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento
de habilidades e competências necessárias à sua formação
Unidades de estudo: 4
12
13
Atividades obrigatórias
14
Objetivos de aprendizagem
Identificar o conceito, o objeto de estudo e a concepção
de método da Filosofia do Direito.
Seções de estudo
Seção 1 Filosofia, Direito, Filosofia do Direito e áreas afins
16
Unidade 1 17
18
Unidade 1 19
20
Unidade 1 21
22
Unidade 1 23
24
Unidade 1 25
Ética e Direito
Como indica Vázquez (1975, p. 80-84), há entre o Direito e a
Moral muitos aspectos em comum. São eles:
4. mudam historicamente.
26
Unidade 1 27
28
Você já deve ter ouvido alguém dizer que está devendo um favor
a outro, ou que não pode ir a uma festa de aniversário sem levar
um presente, pois o aniversariante lhe deu um no seu aniversário.
Este costume de retribuir remonta a velhas práticas, que remetem
à recomposição da ordem com justiça natural. Há antigas questões,
retomadas no Direito contemporâneo, que se pautam pela justiça
distributiva e reparatória (retomando Aristóteles), pretendendo
repor diretos a cidadãos que historicamente têm seus direitos
negados e, assim, impossibilitados de ascensão social. É o caso do
debate sobre as cotas e as normas contra os preconceitos étnicos.
Nestas antigas concepções, entretanto, se está pensando a Lei
como modelo universal e, como tal, trata-se de uma idealização
da lei. Tal postura pode facilmente considerar como correlatas Lei
e Justiça, Direito e Justiça, Ordem e Justiça. Contudo, no âmbito
do mundo prático, constata-se que nem toda lei é justa e nem
Unidade 1 29
30
1. Introdução
Unidade 1 31
10. Conclusão
O Princípio da Legitimidade
A legitimidade tem exigências mais delicadas, visto que levanta
o problema de fundo, questionando acerca da justificação e dos
valores do poder legal. A legitimidade é a legalidade acrescida
de sua valorização. É o critério que se busca menos para
compreender e aplicar do que para aceitar ou negar a adequação
do poder às situações da vida social que ele é chamado a
disciplinar.
No conceito de legitimidade entram as crenças de determinada
época, que presidem à manifestação do consentimento e da
obediência.
32
Unidade 1 33
34
Unidade 1 35
36
Unidade 1 37
38
Unidade 1 39
Escolha
Escolha do
do tema
tema
Especificação
Especificação e
e delimitação
delimitação do
do tema
MOMENTO
MOMENTO PREPARATÓRIO
PREPARATÓRIO tema
Formulação
Formulação dodo problema,
problema, das
das hipóteses
hipóteses e
e das
das
(Planejamento
(Planejamento da
da pesquisa)
pesquisa) variáveis
variáveis (quando
(quando for
for o
o caso)
caso)
Levantamento
Levantamento inicial
inicial de
de dados,
dados, documentos
documentos e
e
bibliografia
bibliografia
Elaboração
Elaboração do
do projeto
projeto de
de pesquisa
pesquisa
Levantamento
Levantamento complementar
complementar de
de dados,
MOMENTO
MOMENTO OPERACIONAL
OPERACIONAL informações,
dados,
informações, documentos
documentos e
e bibliografia
bibliografia
(Execução
(Execução da
da pesquisa
pesquisa ee estruturação
estruturação Análise
Análise de
de dados
dados e
e documentos
documentos e
e leitura
leitura da
da
das idéias)
das idéias)
bibliografia
bibliografia
Crítica
Crítica dos
dos dados,
dados, documentos
documentos e
e bibliografia;
bibliografia;
reflexão
reflexão pessoal
pessoal
Redação
Redação inicial
inicial do
do relatório/trabalho
relatório/trabalho
MOMENTO
MOMENTO REDACIONAL
REDACIONAL E
E Revisão do relatório/trabalho
Revisão do relatório/trabalho
COMUNICATIVO
COMUNICATIVO Redação
Redação definitiva
definitiva do
do relatório/trabalho
relatório/trabalho
(Apresentação
(Apresentação dos
dos resultados
resultados Defesa pública do relatório/trabalho,
da pesquisa) Defesa pública do relatório/trabalho,
da pesquisa) quando
quando for
for o
o caso
caso
Publicação
Publicação dos
dos resultados
resultados da
da pesquisa
pesquisa
40
Epistemologia e Direito
Ainda é muito comum pensar o conhecimento científico como
verdadeiro em termos absolutos. Poderíamos discutir o que é
verdade e suas diferentes vertentes. Entretanto, para o momento,
vamos pensar nos sentidos contemporâneos de ciência. Tal Para esta temática, leia o
investigação é importante para desfazermos certa compreensão, capítulo 3. A verdade, do livro
ainda muito forte, de que o Direito, como Ciência, é um de Marilena Chaui, Convite à
conhecimento verdadeiro acerca de um objeto, aprendido a partir filosofia.
Unidade 1 41
42
Unidade 1 43
44
Síntese
Atividades de autoavaliação
Unidade 1 45
(1) são aqueles que dizem o que as coisas são, como são e por
que são. Em nossa vida cotidiana, mas também na metafísica
e nas ciências, os (1) estão presentes. Diferentemente deles, os
(2), avaliações sobre coisas, pessoas, situações, são proferidos na
moral, nas artes, na política, na religião.
(2) avaliam coisas, pessoas, ações, experiências, acontecimentos,
sentimentos, estados de espírito, intenções e decisões como bons
ou maus, desejáveis ou indesejáveis.
Os juízos éticos de valor são também (3), isto é, enunciam normas que
determinam o dever ser de nossos sentimentos, nossos atos, nossos
comportamentos. São juízos que enunciam obrigações e avaliam
intenções e ações segundo o critério do correto e incorreto do (4).
Os juízos éticos de valor nos dizem o que são o bem, o mal, a felicidade.
Os juízos éticos normativos nos dizem que sentimentos, intenções, atos
e comportamentos devemos ter ou fazer, para alcançarmos o bem e
a felicidade... Enunciam também que atos, sentimentos, intenções e
comportamentos são condenáveis ou incorretos.
46
a) ( ) normativos
b) ( ) senso moral
c) ( ) juízo de fato
e) ( ) juízos de valor
Unidade 1 47
Saiba mais
48
ANÁLISE
A intolerância racial no sul dos EUA remonta ao período da Guerra de
Secessão ou Guerra Civil Americana, quando os estados do norte obtiveram
sua vitória, resultando na libertação dos escravos afro-descendentes
que trabalhavam na lavoura. Um dos maiores ícones dessa intolerância
foi (ou ainda é) uma organização chamada Ku Klux Klan. Esse grupo foi
formado, inicialmente, por veteranos do exército confederado sulista, os
Unidade 1 49
Essa intolerância racial no sul dos Estados Unidos pode ser apontada como o
principal fator na condenação dos nove jovens.
Outro aspecto demonstrado pelo filme e que também pode ser apontado
como responsável pela acusação e consequentemente a condenação
dos jovens, diz respeito à ética e à moral. Duas jovens brancas, viajando
clandestinamente em um trem de carga, acompanhadas de um jovem era
algo considerado amoral naqueles dias. No intuito de não ser acusada de um
crime menor (Vadiagem nos EUA é crime e pode levar o indivíduo a pagar
multa ou à prisão), acusa outros de um crime maior, e tanto as jovens como
seus companheiros sustentam essa versão mesmo em um novo julgamento.
“A busca pela justiça” é um título sugestivo que nos leva a ponderar sobre as
condições onde o suposto crime aconteceu, sobre seus supostos envolvidos,
sobre as características da sociedade envolvida nesse julgamento e na busca
por essa justiça. Poderia essa sociedade tão atrelada aos costumes locais,
com raízes fincadas na intolerância racial -- e, como sabemos, o costume
é uma importante fonte do Direito, poderia ela produzir e alcançar a
verdadeira justiça?
50
Uma jovem que, podemos dizer, possui um espírito livre e que está à frente
de seu tempo, sai de casa à procura de trabalho e, como apresentado pela
defesa, vive uma vida liberta e sem preconceitos sexuais, mas que esconde
isso da sociedade em questão e utiliza-se do poder judiciário como uma
espécie de cortina de fumaça para que isso não ganhe relevância em
detrimento da vida e dignidade de jovens trabalhadores. Temos ainda a
condição da sua companheira de viagem que, na mesma situação, corrobora
a versão, mas que decide voltar atrás e revelar a verdadeira versão da
história.
Isso nos leva a refletir como estudantes do Direito, sobre tudo o que está
em jogo quando se trata de vida, dignidade, destino, tanto dos envolvidos
diretamente num caso como esse, quanto dos familiares, amigos e da
sociedade em geral. A sociedade produz muitas vezes homens de caráter
idôneo, cultos, cumpridores de seus deveres cívicos, mas alguns desses
ainda continuam com suas ideias enraizadas em costumes que desfocam
seu discernimento e julgamento, levando assim a uma falsa ideia de justiça.
O jovem condenado à pena de morte acabou por fazer sua própria justiça,
fugindo da prisão, mas como terá sido sua vida, sua sobrevivência depois
de um trauma como esse e sendo fugitivo da justiça. Mesmo livre terá
contribuído para sociedade? E terá a sociedade contribuído com ele?
Unidade 1 51
Objetivos de aprendizagem
Identificar algumas teses tradicionais de filósofos do
Direito as quais marcaram a Filosofia do Direito.
Seções de estudo
Seção 1 As perspectivas idealista, materialista e crítica
da Filosofia do Direito
54
Unidade 2 55
56
Unidade 2 57
58
Unidade 2 59
60
Unidade 2 61
62
Unidade 2 63
64
Unidade 2 65
66
Unidade 2 67
68
Unidade 2 69
ESTADO DE SOCIEDADE
NATUREZA CIVIL/ESTADO
Hobbes
Os homens eo
são iguais na
esperança Leviatã Os homens são
iguais na
de alcançar esperança de
alcançar seus
seus desejos desejos
Vida
Compeção, Pazee
sórdida, Paz
embrutecida
segurança e Leis segurança
glória segurança
e solitária
Estado
Não há Lei, Guerra de absoluto Contrato
Jusça e todos contra (Leviatã) Social
Propriedade todos
Figura 2.5 – Esquema ilustrativo da passagem do estado de natureza para a Sociedade Civil
Fonte: Dimas (2010).
70
Unidade 2 71
Portanto:
72
Unidade 2 73
74
Unidade 2 75
76
Unidade 2 77
78
Unidade 2 79
80
Unidade 2 81
82
Síntese
Nesta unidade, você estudou algumas teses acerca da Filosofia
do Direito de Platão. Entre elas, que a justiça identifica-se com
a perfeição dos homens, que a justiça e a injustiça opõem-se,
que os bons governantes visam cuidar dos governados e que o
filósofo deve governar a cidade na qualidade de magistrado.
Para tanto, os filósofos, governantes, magistrados formulam leis,
considerando a ideia de bem como paradigma, como princípio
Unidade 2 83
84
Atividades de autoavaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de autoavaliação. O
gabarito está disponível no final do livro-didático. Mas se esforce para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
promovendo (estimulando) a sua aprendizagem.
1) Leia atentamente o texto a seguir.
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2005, p. 8).
Unidade 2 85
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2008, p. 7).
86
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2006, p. 9).
Unidade 2 87
e) ( ) “[...] o juiz [...] governa a alma por meio da alma, à qual não
convém desde nova ser criada no convívio com as almas
perversas nem ter percorrido todas as injustiças, cometendo-as
ela mesma, de modo a poder conjecturar com precisão, pelo
seu próprio exemplo, os crimes dos outros, tal como avaliava
das doenças pelo seu corpo. Deve antes ser inexperiente e estar
intacta dos maus costumes na juventude, se quer tornar-se
perfeita, para julgar corretamente o que é justo. Por esse
motivo é que as pessoas de bem, quando jovens, se mostram
simples e fáceis de ludibriar pelos injustos, por não terem
em si modelos com sentimentos iguais aos dos perversos [...]
Por isso [...] o bom juiz não deve ser novo, mas idoso, tendo
aprendido tarde o que é a injustiça, tendo-se apercebido dela
sem a ter alojado na sua própria alma, mas tendo-a observado
como coisa alheia nos outros, durante muito tempo, para
que, servindo-se do saber, e não da experiência própria,
compreenda o mal que ela é.” (______, 2002, p. 103).
88
Unidade 2 89
90
Saiba mais
Existem várias obras que podem ajudar a ampliar sua compreensão
sobre a Filosofia do Direito de Platão ou a Filosofia do Direito de
Aristóteles. Por meio das seguintes referências, você pode saber
mais sobre pelo menos um destes dois temas:
Unidade 2 91
92
Objetivos de aprendizagem
Identificar a relação da Filosofia do Direito com a
Dogmática Jurídica.
Seções de estudo
Seção 1 Entre criar e explicar: as razões para a Filosofia do
Direito e sua relação com a dogmática e Teoria do
Direito
94
Unidade 3 95
96
Analise.
Unidade 3 97
98
Unidade 3 99
100
Nesta perspectiva, o Direito não é uma coisa que esteja “ao lado”
de outras, estranha a nós, mas algo que nós, seres humanos,
fazemos e cuja realidade é produto nosso. Assim, podemos dizer
que a Filosofia do Direito trabalha com quatro problemas básicos:
Unidade 3 101
Observe.
Igualdade distributiva, que se estabelece na relação
entre a Polis e os indivíduos, na qual a Polis dá a cada um
segundo o seu mérito, ou seja, segundo o necessário para
fazer o que deve ser feito: ao escravo é dado o necessário
para ser escravo, ao herói para ser herói, ao sacerdote
O Império Romano, nesse para ser sacerdote: tudo, para que a ordem do cosmos se
período, estava dividido, mantenha em equilíbrio.
como que uma estratégia
burocrática para manter sua Igualdade sinalagmática, que se estabelece entre os
hegemonia. Mesmo com a indivíduos e que deve ser uma relação equilibrada e
queda do Império Romano
uniforme, ou seja, o que se dá deve ser correspondente à
do Ocidente, a parte oriental
do Império, denominada
medida do que se recebe, nem mais, nem menos.
posteriormente como
Império Bizantino, existiu
até 1453, quando ocorreu a
Você sabia?
Queda de Constantinopla.
A Grécia torna-se parte do Império Romano em torno de 150
a.C., portanto, o período de construção e hegemonia do Direito
como Prudência se localiza, na história de antes de Cristo até a
queda do Império Romano do Ocidente, datada em 476 d.C., com
a tomada de Roma pelos hérulos. O Império Romano teve várias
fases, de que não vamos tratar aqui, porque não é nosso objeto
principal, mas cabe observar os fatores de mudança na forma de
ser daquela sociedade, o que alteraria a formar de ‘dever ser’ das
condutas humanas.
102
Unidade 3 103
104
Unidade 3 105
instituições;
povo;
106
Unidade 3 107
108
França,
Alemanha,
Inglaterra.
Unidade 3 109
FRANÇA
Fatos sociais
Revolução Francesa
Ideia de um legislador universal
Declaração Universal dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789)
Declaração Universal dos Direitos da Mulher e do Cidadão, de Olympe de Gouges (1793)
Inversão do poder: do direito natural para o direito positivo – declarações de direito
Despotismo esclarecido
Código Napoleônico (1804): com o Código de Napoleão, as normas jurídicas são
sistematicamente organizadas e expressamente elaboradas. Qual a diferença para a idade
média? Elas passam a fazer parte de uma única instituição, com poder centralizado e
procedimentos definidos. Napoleão altera o ensino do Direito: não haveria mais,
por exemplo, filosofia ou retórica, apenas o estudo do código a partir de uma
interpretação literal (exegética).
Escola Exegese (século XIX) surge na França (na Alemanha é chamada de Escola Pandectista).
Esta escola parte do pressuposto de que a tarefa do jurista é a teorização e sistematização
da experiência jurídica, em termos de unificação construtiva dos juízos normativos e do
esclarecimento dos seus fundamentos, ou seja, a ele cabe aplicar os dispositivos legais. Em
síntese: 1. a validade das prescrições jurídicas está no Código; 2. o legislador é a
autoridade que faz o direito; 3. há uma onipotência do legislador; 4. há, na França,
a alteração do ensino superior por Napoleão – somente o direito positivo passa a ser
ensinado.
Fundamentos teóricos
(continua...)
110
ALEMANHA
Fatos sociais
Fundamentos teóricos
(continua...)
Unidade 3 111
INGLATERRA
Fatos sociais
Fundamentos teóricos
Cesari Beccaria (1748-1832): com o princípio do “nullum crime nulla pena sine lege” (não há
crime ou pena sem lei) desenvolve as bases do princípio da legalidade.
John Austin (1790-1859): desenvolve a jurisprudência analítica.
Thomas Hobbes: trabalha com a relação entre leis naturais e positivas, para ele as leis naturais
tornar-se-iam obrigatórias para integrar as lacunas do direito positivo. O conceito de norma
fundamental hobbesiano não era uma hipótese normativa, mas uma lei natural (fonte de
validade do direito).
Os utilitaristas eram contrários ao iluminismo pelo fato deste não ser conciliável com o
empirismo. Jeremy Bentham (1748-1832) faz uma crítica ao sistema Inglês, a Common law. Para
ele, a Common Law:
1. cria incerteza, falta segurança jurídica;
2. não é fundada no princípio da utilidade;
3. tem caráter político, ou seja, não é o povo que produz as leis: juízes não são eleitos; e
4. Quem faz o direito é o juiz, e não o povo.
112
Unidade 3 113
3. Autolimitação da força.
114
Unidade 3 115
* Norma Fundamental
Constituição Federal
116
INVÁLIDA
INEFICAZ EFICAZ
(Direito Marginal)
Unidade 3 117
Portanto uma norma pode ser inválida, porque uma norma outra,
posterior a ela, lhe tira a validade. Ela também pode ser inválida,
porque não tem qualquer efeito no mundo concreto, contudo
essa hipótese é uma exceção, não é o caso do furto, por exemplo.
Nesse caso, a norma ainda é valida, apesar de ela poder não ser
eficiente. Isso significa que o que dá validade (ou tira) para a
norma não é sua eficiência, mas outra norma.
118
Unidade 3 119
O sentido da ética
A definição de ética e moral sempre surge como uma exigência
para o desenrolar de estudos de natureza semelhante ao da tese
anterior, referente à relação da ética e da moral com o direito.
Mesmo reconhecendo a ambiguidade de sentidos e conceitos
possíveis dessas duas categorias, já que a categoria moral “não
tem sequer uma variedade de usos bem definidos, mas sim um
espectro muito vago de usos que se obscurecem uns aos outros
e são difíceis de distinguir” (HARE, 1981, p. 54), é necessário
adotar um conceito. No sentido proposto por Peter Singer (2002),
a ética estará a responder às questões ‘como devemos viver’. A
diferença que propomos é que esse ‘dever’ surge de diferentes
fontes:
3. de normas jurídicas.
120
Unidade 3 121
Máximo ético
O direito como máximo ético é tratado, no Brasil, por alguns
juristas como Joaquim Carlos Salgado e Maria Brochado. A ideia
central compartilhada por eles é que o Direito é um máximo
ético por ser “a forma de universalização dos valores éticos.
Com efeito, enquanto tais valores permanecem regionalizados,
isto é, como valores morais de um grupo e não como valores
de toda a sociedade, e como tais reconhecidos, não podem ser
elevados ao status jurídico [...] Numa sociedade pluralista podem
e devem conviver sistemas éticos dos mais diversos com as
respectivas escalas de valores mais ou menos aproximadas, ou
mesmo distanciadas umas das outras. Somente, porém, quando
há valores éticos comuns a todos esses grupos ou sistemas,
portanto quando se alcançam materialmente à categoria
da universalidade, como valores de todos os membros da
sociedade, e como tais reconhecidos, podem esses valores éticos
ingressar na esfera do direito: primeiro, por serem considerados
como universais na consciência jurídica de um povo, a exemplo
dos Direitos Naturais, assim concebidos antes da Revolução
Francesa; depois, formalmente positivados na Declaração de
Direitos, ato de vontade que os normatiza universalmente,
isto é, como de todos os membros da sociedade e por todos
reconhecidos [...]. O Direito é nesse sentido o maximum
ético de uma cultura, tanto no plano da extensão – universal
(reconhecido por todos) – como no plano axiológico – enquanto
valores mais altos ou de cumeada” (SALGADO, 1999, p. 97).
Maria Brochado afirma que “a noção de Direito como máximo
ético foi enriquecida quando posta em diálogo com categorias
universais de pensabilidade do fenômeno jurídico” (BROCHADO,
2006, p. 203). Para a autora, trata-se “de uma tentativa de
resgate da essência do Direito como um projeto em si mesmo
de Justiça, afastando a compreensão mais do que consolidada
de que o Direito nada mais é que mero meio ou caminho formal
de realização de um ideal não jurídico” (BROCHADO, 2006, p.
205). O argumento utilizado neste estudo para pensar o Direito
como máximo ético é o fato de sua capacidade de efetivação e
expressão da razão pública através dos Direitos Fundamentais
e da ação judicial – mecanismo de exigibilidade de direitos.
Discordamos de Salgado e Brochado em relação à afirmação de
ser a “a Declaração de Direitos toda a verdade do processo ético,
é o termo real da totalidade ética” (BROCHADO, 2006, p. 205),
por compreender que Direito e Ética não se preocupam com a
verdade e, mesmo que assim o fosse, a verdade, em sociedades
contemporâneas, sejam elas modernas ou pós-modernas, será
sempre temporal ou parcial.
122
Unidade 3 123
124
Unidade 3 125
I - Teoria essencialista
A linguagem é um instrumento para designar as coisas do
mundo. A partir da linguagem, estruturamos conceitos. Os
conceitos são explicações sobre as coisas a partir de códigos
passíveis de serem comungados por diferentes atores sociais.
126
II - Teoria Convencionalista
Nesta perspectiva, o que existe, decorre das relações sociais. A
linguagem, nestes termos, é vista como um sistema de signos
cujo sentido é determinado arbitrariamente pelo ser humano
(filosofia analítica). Dado esse arbítrio, o que deve ser levado
em conta não é uma suposta essência, mas os usos da palavra/
conceito (social e técnico).
Unidade 3 127
128
elementos pessoais,
interesses privados,
Unidade 3 129
a) explicações léxicas;
b) explicações gramaticais;
130
Unidade 3 131
o autor,
o texto,
o leitor.
o período histórico;
132
Unidade 3 133
A Interpretação do Direito
O método hermenêutico clássico do Direito tem como parâmetro
quatro elementos já desenvolvidos por Savigny (2004) no século
XIX:
2. análise histórica,
3. análise lógica e
4. análise sistemática.
134
Unidade 3 135
136
3. a finalidade da norma.
1. conhecer a situação/fato;
Unidade 3 137
138
Em síntese:
Unidade 3 139
140
Unidade 3 141
142
Unidade 3 143
144
Unidade 3 145
Síntese
Neste capítulo, você pôde estudar a relação entre Filosofia do
Direito, Teoria do Direito e dogmática jurídica. Em outras
palavras, isso significa que, nesta unidade, foi-lhe possível
entender em uma primeira etapa as diferentes facetas do Direito e
seu funcionamento.
Atividades de autoavaliação
Ao final de cada unidade, você realizará atividades de autoavaliação. O
gabarito está disponível no final do livro-didático. Mas esforce-se para
resolver as atividades sem ajuda do gabarito, pois, assim, você estará
promovendo (estimulando) a sua aprendizagem.
1) Você viu que o Direito é algo que nós, seres humanos, fazemos e cuja
realidade é produto nosso. Estudou também que o Direito se preocupa
com algumas questões básicas, e que estas podem ser entendidas
a partir dos vários sentidos de Direito obtidos ao longo da história.
Procure discorrer sobre os sentidos de Direito apresentados nesta
unidade, de forma a apontar suas principais características.
146
Unidade 3 147
Saiba mais
148
Perspectiva humanista:
o Direito e o Homem
Leandro Kingeski Pacheco
Objetivos de aprendizagem
Compreender a perspectiva humanista como
importante base de fundamentação do Direito
contemporâneo.
Seções de estudo
Seção 1 O Direito e o Homem na contemporaneidade
Bons estudos!
Cultura designa um
Seção 1 – O Direito e o Homem na contemporaneidade
conjunto padrão de
saberes, fazeres e Você é capaz de detectar uma característica da concepção de
discursos cultivados Homem que norteia o Direito, na contemporaneidade?
pelos integrantes de
uma sociedade ou de um
Antes de identificar pelo menos uma resposta para esta pergunta,
grupo.
note que toda cultura, em todas as épocas, apresenta, consciente
ou inconscientemente, uma concepção de Homem.
150
Unidade 4 151
152
Unidade 4 153
154
Unidade 4 155
156
Unidade 4 157
Quadro 4.1 – Exemplos da liberdade como valor que fundamenta a primeira geração dos Direitos
Humanos
Fonte: Pacheco (2010).
158
Igualdade Declaração de
Art. I. “[...] todos os homens são, por natureza, do direito a 1776 Direitos do Bom
igualmente livres e independentes [...]” Liberdade Povo de Virgínia
Declaração de
Art. 1º. “Os homens nascem e são livres e Igualdade 1789 Direitos do Homem
iguais em direitos.” universal e do Cidadão
Quadro 4.2 – Exemplos da igualdade como valor que fundamenta a segunda geração dos Direitos
Humanos
Fonte: Pacheco (2010).
Unidade 4 159
Fraternidade
Art. 23º. “Os povos têm direito à paz e à Carta Africana dos
por meio
segurança tanto no plano nacional como no 1981 Direitos Humanos e
da paz e da
plano internacional.” dos Povos
segurança
Quadro 4.3 – Exemplos da fraternidade como valor que fundamenta a terceira geração dos Direitos
Humanos
Fonte: Pacheco (2010).
160
A alteridade como valor ético e político que fundamenta a quarta geração de direito DH
Trecho Valor básico Ano Lei ou tratado
Quadro 4.4 – Exemplos da alteridade como valor que fundamenta a quarta geração dos Direitos
Humanos
Fonte: Pacheco (2010).
Unidade 4 161
162
Garantia
Art. 7º. “Os dados genéticos relativos à universal de Declaração Universal
pessoa identificável, armazenados ou confidência sobre o Genoma
processados para efeitos de pesquisa ou acerca do 1997 Humano e os Direitos
qualquer outro propósito de pesquisa, próprio Humanos
deverão ser mantidos confidenciais [...]”. patrimônio
genético
Quadro 4.5 – Exemplos do respeito a todo tipo de seres vivos, inclusive futuros, como valor que
fundamenta a quinta geração dos Direitos Humanos
Fonte: Pacheco (2010).
Unidade 4 163
Alteridade
Fraternidade
Igualdade
Liberdade
164
Unidade 4 165
166
Embora possamos sonhar com cidades ideais, não é por acaso que
os regimes régios estão, cada vez mais, com baixa popularidade e
aceitação social.
Unidade 4 167
Não há uma única resposta para esta questão. Aliás, como você
deve estar pensando, agora há muitas respostas para esta
pergunta. Veja dois exemplos.
168
Unidade 4 169
170
Unidade 4 171
Síntese
172
Atividades de autoavaliação
Você realizará atividades de autoavaliação ao final de cada unidade, com o
objetivo de desenvolver a sua aprendizagem. No final do livro didático, há
um gabarito, mas esforce-se para resolver as atividades sem a ajuda deste.
Unidade 4 173
X IV
IX
VI
II VIII
III
VII
174
Fundamentação
Papel do Homem na Fundamentação de Direito
de Direito
Teológica
Régia
Natural
Social
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2008, p. 2).
Unidade 4 175
Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (2008, p. 5).
176
Saiba mais
Você quer saber mais sobre os assuntos tratados nesta unidade?
Então consulte as seguintes referências:
Unidade 4 177
178
Caríssimo(a),
182
FRANCO, Hugo. Evolução dos Conceitos da Física. 2. ed. São Paulo: IFUSP,
2002. Disponível em: < http://plato.if.usp.br/1-2003/fmt0405d/apostila/
helen8/index.html >. Acesso em: 28 out. 2008. Apostila.
FREDSON. Análise do filme a busca pela justiça. JusNavigandi, 10 jul.
2009. Disponível em: <http://forum.jus.uol.com.br/143119/analise-do-filme-
a-busca-pelajustica/>. Acesso em: 28 fev. 2011.
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Vozes, 1997.
GIBBON, Edward. Declínio e queda do império romano. Edição
abreviada. São Paulo: Companhia da Letras: Círculo do Livro, 1989.
GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Secretaria de Estado da Justiça
e Defesa da Cidadania. Ex-Secretários. [2008?]. Disponível em: < http://
www.justica.sp.gov.br/Modulo.asp?Modulo=226>. Acesso em: 28 out. 2009.
GROPPALI, Alexandre. Doutrina do estado. Tradução da 8. ed. italiana por
Paulo Edmur de Souza Queiroz. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 1962.
HARE, Richard. A linguagem da moral. Tradução Eduardo Pereira e
Ferreira. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
HARE, Richard. Moral thinking: its levels, method and point. Oxford:
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HEIDEGGER, Martin. El ser y el tiempo. 7. ed. Tradução de J. Gaos. México,
Madrid, Buenos Aires: Foundo Cultura Economica, 1989.
HOBBES, Thomas. Leviatã ou matéria, forma e poder de um estado
eclesiástico e civil. São Paulo: Nova Cultural, 2000.
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INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO
TEIXEIRA. Prova ENADE 2006 do curso de Direito. Disponível em:
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INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO
TEIXEIRA. Prova ENADE 2005 do curso de Filosofia. Disponível em:
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Acesso em: 15 set. 2009.
INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO
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186
Samanthabuglione.blogspot.com/buglione@antigona.org.br
188
189
Unidade 1
1) Letra c: “o problema atual dos direitos humanos é o de que,
apesar de positivados e constitucionalizados, carecem de ser
efetivados”.
2) Sequência correta:
a) ( 3 ) normativos
b) ( 5 ) senso moral
c) ( 1 ) juízo de fato
d) ( 4 ) vista moral
e) ( 2 ) juízos de valor
Unidade 2
1) Letra ‘a’.
2) Letra ‘d’
3) Letra ‘d’
4) a) Letra ‘P’
b) Letra ‘A’
c) Letra ‘P’
d) Letra ‘A’
e) Letra ‘P
f) Letra ‘A’
g) Letra ‘P’
h) Letra ‘A’
i) Letra ‘A’
Unidade 3
1) O Direito como Prudência – tem base na teoria aristotélica de Justiça
(o Justo é o equitativo) e nas instituições romanas. O Direito como
equidade vincula-se a uma concepção aristotélica de que tanto a Polis
quanto o Direito são os meios para realizar o fim (a finalidade – telos)
humano, que é a felicidade.
192
Unidade 4
1) X IV
S F
O R
C IX N A T U R A L
I T
V A L T E R I D A D E
L R
N
VI R E S P E I T O
D
II VIII R É G I A
L D
III I G U A L D A D E
B
E
I D I R E I T O S H U M A N O S
D
A
D
VII T E O L Ó G I C A
Gabarito
I) Direitos II) Liberdade III) Igualdade IV) Fraternidade V) Alteridade
Humanos
VI) Respeito VII) Teológica VIII) Régia IX) Natural X) Social
193
Fundamentação
Papel do Homem na Fundamentação de Direito
de Direito
4) Letra ‘a’.
5) Após escolher uma entre as novas concepções de direito abordadas
na questão (a habitação como moradia digna, e não apenas como
necessidade de abrigo e proteção; a segurança como bem-estar, e
não apenas como necessidade de vigilância e punição; o trabalho
como ação para a vida, e não apenas como necessidade de emprego
e renda), é preciso dissertar sobre como tal concepção contribui para
a promoção e consolidação da cidadania, considerando o caráter
da integralidade/indivisibilidade dos direitos humanos. Ao fazê-lo, é
pertinente também explorar alguns indicativos da própria questão,
como o caráter universalizante dos direito humanos ou a figura da mão
chamuscada que segura um papel amassado.
194