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Introdução à Filosofia
Introdução à Filosofia
Disciplina na modalidade a distância
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Introdução à Filosofia
Livro didático
Design instrucional
Leandro Kingeski Pacheco
1ª edição revista
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Design Instrucional
Leandro Kingeski Pacheco
João Marcos de Souza Alves (1ª Edição Revista)
Assistente Acadêmico
Aline Cassol Daga (1ª ed. rev.)
ISBN
978-85-7817-278-7
Diagramação
Delinea Soluções Gráficas e Digitais LTDA
Michael Bernardini
Alberto Regis Elias (1ª ed. rev.)
Revisão
Amaline Boulus Issa Mussi
100
C35 Cataneo, Marciel Evangelista
Introdução à filosofia : livro didático / Marciel Evangelista Cataneo ;
design instrucional Leandro Kingeski Pacheco ; [assistente acadêmico Aline
Cassol Daga]. – 1. ed. rev. – Palhoça : UnisulVirtual, 2011.
183p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7817-278-7
1. Filosofia. I. Pacheco, Leandro Kingeski. II. Daga, Aline Cassol. III. Título.
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Palavras do professor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Equipe UnisulVirtual.
Olá, acadêmico(a)!
Bons estudos!
o livro didático;
o Sistema Tutorial.
Ementa
O problema do conceito de Filosofia. Filosofia e outras formas
de conhecimento. Os dois eixos norteadores para o estudo
da Filosofia: o eixo histórico e o eixo temático. Panorama
da história da Filosofia: principais períodos e respectivas
características. Disciplinas clássicas da Filosofia.
Objetivos
Geral
Apresentar a Filosofia e o conhecimento filosófico como uma
busca amorosa da sabedoria sobre a existência humana no tempo
e no mundo.
Específicos
Identificar um conjunto de referenciais teóricos que lhe
possibilite divisar por detrás de tal multiplicidade de objetos
de estudo a unidade que caracteriza a prática filosófica.
Carga Horária
A carga horária total da disciplina é 60 horas-aula.
Conteúdo programático/objetivos
Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático desta
disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aos
resultados que você deverá alcançar ao final de uma etapa de
estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de
conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento
de habilidades e competências necessárias à sua formação.
Unidades de estudo: 5
12
Agenda de atividades/Cronograma
Atividades obrigatórias
14
O que é Filosofia
Objetivos de aprendizagem
Identificar no modo humano a origem e a necessidade
da atividade filosófica.
Conhecer e compreender a Filosofia como atitude,
autonomia, reflexão, crítica, criatividade, sabedoria e
visão de mundo.
Identificar os primórdios da Filosofia e do pensamento
ocidental.
Conhecer os objetivos e motivações do projeto
pedagógico do curso de graduação em Filosofia da
UnisulVirtual.
Seções de estudo
Seção 1 O desejo de compreender o mundo
16
Unidade 1 17
18
Filosofia é autonomia
Conforme Pacheco e Nesi (2007, p. 23), a palavra “autonomia
está ligada à capacidade de pensar por si próprio”. Tem “origem
grega e é composta por duas outras palavras, autós e nómos.
Autós refere-se à condição de independência, de realizar algo
Unidade 1 19
Filosofia é reflexão
O trabalho filosófico é um trabalho de reflexão. Esta palavra
define bem a atitude do filósofo: reflexão vem do verbo latino
reflectere, que significa voltar atrás. Filosofar significa, portanto,
retomar, reconsiderar os dados disponíveis, revisar, analisar,
examinar, prestar atenção. É este o sentido da expressão “acercar-
se amorosamente do saber”.
20
Filosofia é crítica
A palavra crítica vem do grego “krisis” (crise) e significa
purificação, crescimento. É o conceito de crítica que torna a
reflexão filosófica qualitativamente superior a uma reflexão, pelo
simples prazer de refletir.
Unidade 1 21
Filosofia é criatividade
A Filosofia é criatividade e, conforme Pacheco e Nesi (2007, p. 25):
22
A palavra Filosofia foi utilizada pela primeira vez por Pitágoras Fonte: Souza (2008).
(século V a.C.). Em resposta aos que o chamavam de “sábio”,
Pitágoras retrucava, exigindo não ser chamado assim, mas apenas
de “amante da sabedoria”, alguém que procura pelo saber, ou seja:
um filósofo. Veja a figura 1.2.
A Filosofia informal
Na vida cotidiana, as pessoas deparam-se com situações para as
quais buscam respostas. Estas questões rotineiras são refletidas no
ritmo em que acontecem, sem nenhum compromisso com a lógica,
a coerência, o formalismo científico, por pessoas comuns, dotadas
de racionalidade. Este pensar cotidiano dá origem a uma “filosofia”
vulgar, ou seja, popular, ou do povo. Uma sabedoria de vida.
Unidade 1 23
A Filosofia formal
A Filosofia não se resume apenas à filosofia de vida. Ela também
tem sua elaboração formal, seu compromisso com a lógica, seus
critérios universais. É a chamada Filosofia formal.
24
Unidade 1 25
A mitologia
A palavra grega mythos significa narrativa. Trata-se de uma palavra
que aponta a origem dos deuses, do mundo, dos homens, das
técnicas (fogo, caça, pesca, artesanato, guerra etc...) e da vida social.
26
Unidade 1 27
28
Unidade 1 29
30
Unidade 1 31
32
A Filosofia na Unisul
A Filosofia é considerada a mãe de todas as ciências. Está na
origem da civilização e mentalidade ocidental. Na antiga Grécia,
na passagem das explicações mitológicas para as tentativas
racionais de explicação e entendimento da realidade, nasce a
Filosofia, a ciência, a civilização ocidental. Não há produção ou
descoberta do conhecimento sem a atitude filosófica, por isso
a Filosofia não pode estar ausente da universidade virtual que
estamos construindo.
Unidade 1 33
34
Unidade 1 35
36
Unidade 1 37
38
Unidade 1 39
Concluindo
40
Síntese
Unidade 1 41
Atividades de autoavaliação
42
Somatória:______________
Saiba mais
Unidade 1 43
44
Unidade 1 45
46
Conhecimento e conhecimento
filosófico
Objetivos de aprendizagem
Identificar o conceito de conhecimento e de
conhecimento filosófico.
Compreender diferenças e aproximações entre ciência e
Filosofia.
Identificar peculiaridades do conhecimento filosófico.
Seções de estudo
Seção 1 O que é conhecimento
O conhecimento
Você sabe o que é conhecimento?
48
Conhecimento filosófico
Unidade 2 49
50
Unidade 2 51
O Método da Filosofia
Você conhece o método da Filosofia?
52
Observe as explicações.
Filosofia é Comunicação
Unidade 2 53
54
Unidade 2 55
56
A caverna
A missão do filósofo
Unidade 2 57
58
Síntese
Atividades de autoavaliação
Unidade 2 59
60
Saiba mais
Unidade 2 61
A Vida Humana
62
Unidade 2 63
64
Objetivos de aprendizagem
Compreender a relação entre Filosofia e História.
Seções de estudo
Seção 1 Filosofia e história
O pensamento ocidental
Estudar Filosofia é estudar o desenvolvimento do pensamento
ocidental. Acompanhar o homem ocidental no desenvolvimento
da sua racionalidade, ao desdobrar-se sobre si mesmo e sobre o seu
mundo. Porém, embora este desenvolvimento constitua a espinha
dorsal do estudo da Filosofia, cabe ressaltar que o aprendizado da
Filosofia não se limita ao estudo da história da Filosofia.
66
A História e a Filosofia
Não estudamos a história da Filosofia para repetir o que foi pensado
e dito, reproduzir respostas que, longe do contexto existencial em
que foram produzidas, apresentam-se anacrônicas. É mais do que
isso: é ter a coragem de formular explicações novas, muitas vezes
para os mesmos problemas, e submetê-las à crítica e desenvolvimento
de outros que se dedicarem a esta tarefa. Feito isso, colocamos a
nossa racionalidade a serviço desse grande mutirão de ideias que faz
a caminhada da humanidade.
Unidade 3 67
68
Antiga;
Medieval;
Moderna; e
Contemporânea.
A Filosofia Antiga
A Filosofia Antiga compreende o período que vai do século VI
a.C. até o século II d.C.
Unidade 3 69
70
Unidade 3 71
72
Unidade 3 73
74
A Filosofia Medieval
A Filosofia Medieval compreende o período que vai do século II
d.C. até XV d.C.
A Patrística
Unidade 3 75
A Escolástica
Apologética significa um
discurso ou escrito que defende, Quando desapareceu o poder do Império Romano do Ocidente, a
justifica, elogia uma pessoa ou Igreja arrogou-se a supremacia universal. O papa foi reconhecido
coisa.A Filosofia Patrística era como a autoridade máxima, a quem deviam submeter-se os
apologética, pois usava a razão poderes temporais. Assim, a hierarquia eclesiástica de Roma
para defender a fé cristã em meio
representou o fator aglutinante das monarquias ocidentais. A
a um mundo cultural que lhe era
desfavorável. O que não é mais progressiva conversão dos bárbaros ao cristianismo fez da Igreja a
necessário na Idade Média, com instituição mais importante da Idade Média.
o predomínio da cristandade.
Outros exemplos do uso do termo As exigências que se apresentavam aos filósofos cristãos já não
apologia: Apologia de Sócrates; eram as mesmas, pois o pressuposto de que partiam não era o
apologia ao crime; apologia às
paganismo, mas o próprio cristianismo. A Filosofia, assim, deixou
drogas.
de ser apologética e tornou-se docente, magistral ou escolástica.
76
Unidade 3 77
78
Unidade 3 79
80
O Renascimento
A escolástica chegou ao seu limite. A desagregação da
cristandade, com a reforma protestante e o renascimento cultural,
trouxe novas questões. A desintegração da estruturas feudais,
as grandes descobertas da ciência e a ascensão da burguesia
assinalam a emergência do Renascimento.
Unidade 3 81
82
O Racionalismo
Este período tem como principal característica uma crescente
confiança na capacidade do intelecto humano e o surgimento de
uma série de sistemas fundados na convicção de que a razão constitui
o instrumento fundamental para a compreensão do mundo. Esta
era a ideia central comum ao conjunto de doutrinas conhecidas
tradicionalmente como Racionalismo, e cuja primeira manifestação
Unidade 3 83
O Empirismo
Em oposição à crença racionalista, que se baseia, em grande
medida, na razão, surge o empirismo, doutrina que reconhece a
experiência como fonte válida de conhecimento. O empirismo
deu início a uma nova e transcendental etapa na história
da Filosofia, tornando possível o surgimento da moderna
metodologia científica. O que o caracteriza e define é a afirmação
de que a validade das proposições depende exclusivamente da
experiência sensível. Nega qualquer outra espécie de realidade
além da que se atinge pelos sentidos. Entre os principais
representantes estão John Locke (LOCKE, 1999), Thomas
Hobbes, George Berkeley, David Hume, Stuart Mill, Herbert
Spencer.
O Iluminismo
O racionalismo cartesiano e o empirismo inglês preparam o
surgimento do Iluminismo. O Iluminismo foi uma revolução
intelectual ocorrida na Europa e, particularmente, na França,
durante o século XVIII. Na verdade, foi o apogeu e a
consolidação dos ideais renascentistas, que começaram a ser
difundidos por todo o velho continente.
84
O Criticismo
Diante desta efervescência, surge um filósofo que questiona o
poder absoluto da razão: será que a razão pode conhecer tudo?
Qual o conhecimento que possui fundamento? A razão é levada a
julgamento pelo Criticismo do Immanuel Kant (1724-1804).
Unidade 3 85
86
O Idealismo
O Idealismo consiste na interpretação da realidade exterior e
material a partir do mundo interior, subjetivo e espiritual. Isso
implica a redução do objeto do conhecimento ao sujeito do
conhecedor. Ou seja: o que se conhece sobre o ser humano e o
mundo é produto de idéias, representações e conceitos elaborados
pela consciência humana.
Friedrich Hegel (1770-1831) afirma que a idéia passa por
Figura 3.2 - Friedrich Hegel
transformação contínua e tudo se desenvolve através da lógica Fonte: The Free Dictionary (2011).
dialética, do vir-a-ser, em três fases: a tese, a antítese e a síntese.
Unidade 3 87
O Materialismo
Em contraposição ao idealismo, surge o Materialismo. O
Materialismo é a concepção filosófica que aponta a matéria como
substância primeira e última de qualquer ser, coisa ou fenômeno.
Para os materialistas, a realidade é matéria em movimento, que
produz efeitos surpreendentes, entre os quais a consciência.
Figura 3.3 - Karl Marx
Fonte: Ramos (2011).
No século XIX, Karl Marx (1818-1883) utiliza o método
dialético desenvolvido por Hegel e o adapta à sua teoria, o
materialismo histórico, que considera o modo de produção da
vida material como condicionante da história.(MARX, 1996).
O Positivismo
As descobertas científicas e os avanços técnicos do século XIX
fazem crer que o homem pode dominar a natureza, com uma ciência
e tecnologia cada vez mais eficazes. Neste clima de exaltação do
progresso científico, surge o Positivismo, e a convicção de que o
único porto seguro para o conhecimento é a ciência. Defendem os
positivistas que o método das ciências da natureza – baseado na
observação, experimentação e matematização – deve ser estendido a
todos os campos do conhecimento e a todas as atividades humanas.
88
Unidade 3 89
90
Unidade 3 91
92
Fenomenologia e Existencialismo
Neste contexto de dúvida e desencanto, diversos pensadores
passam a questionar o sentido da vida humana. Surge, assim,
o existencialismo, interpretando esta urgente renovação e, ao
mesmo tempo, testemunhando a situação de angústia na qual
o flagelo horroroso da guerra lançara à humanidade.
Unidade 3 93
O Neopositivismo
A partir do começo do século XX, teve início uma reflexão
radical sobre a natureza da Filosofia, sobre a determinação de
seus métodos e objetivos: o neopositivismo.
94
Unidade 3 95
96
Unidade 3 97
98
Unidade 3 99
100
Síntese
Unidade 3 101
Atividades de autoavaliação
102
Unidade 3 103
104
Saiba mais
Metamorfose Ambulante
Eu prefiro ser
Eu quero dizer
Agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Unidade 3 105
Eu vou desdizer
Aquilo tudo que eu lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Fonte: Seixas (1973).
106
Unidade 3 107
Objetivos de aprendizagem
Conhecer os principais temas com os quais se ocupa
a Filosofia.
Identificar as disciplinas clássicas da Filosofia.
Seções de estudo
Seção 1 O homem
Seção 2 O mundo
Seção 3 A cultura
Seção 5 A religião
Seção 6 A arte
Seção 1 – O homem
Quem sou Eu?
110
Por que o homem pratica o mal? Segundo Sócrates, por que não
conhece o bem, é vítima da “ignorância”. Ou seja: o mal reduz-
se a um “erro de cálculo”, a um “erro da razão”, precisamente à
“ignorância” do verdadeiro bem.
Unidade 4 111
112
Unidade 4 113
Seção 2 - O Mundo
Espanto, inquietação, admiração, curiosidade, medo, respeito,
reverência, dominação: atitudes que marcam a relação do homem
com o mundo, com a natureza, com o cosmos; uma questão que
tem feito a história da filosofia ao longo dos séculos.
114
Unidade 4 115
116
Unidade 4 117
118
Unidade 4 119
Seção 3 - A cultura
A atividade do ser pensante em busca da satisfação de suas
necessidades constrói um mundo humano, diferente do mundo
dado. É esta a temática deste tópico, também de fundamental
importância para a construção do pensamento filosófico.
120
Unidade 4 121
A Cidade Antiga
122
Unidade 4 123
O Estado moderno
124
Seção 5 - A religião
A reflexão sobre Deus e sobre a experiência religiosa está presente
em toda a história da Filosofia. Os pré-socráticos concebiam
Deus como imanente ao mundo, como parte da realidade das
coisas. Tales dizia que todas as coisas estão cheias de Deus
e Xenofantes fala de um único Deus, estático e imanente ao
mundo. Sócrates, Platão e Aristóteles fazem Filosofia num
contexto politeísta em que os deuses retratam as grandezas e
misérias humanas.
Unidade 4 125
A dimensão do sagrado
As religiões organizam-se em torno da noção do que é sagrado. O
sagrado abrange tudo o que este mundo pode ter de misterioso e que
não podemos entender por meio do simples esforço da inteligência.
O fundamento da fé
126
Seção 6 - A Arte
Quando a racionalidade silencia, surge a arte como espelho
da alma, e a reflexão faz-se emoção, sentimento, afeto, beleza,
alegria e dor, medo e confiança. Eis o homem, falando do
mundo, falando de si, feito arte.
Expressão de um conhecimento
Unidade 4 127
Expressão de humanidade
128
Expressão da liberdade
Unidade 4 129
Filosofia Política
Teoria do Conhecimento
130
Lógica
Unidade 4 131
Antropologia Filosófica
Filosofia da Linguagem
132
História da Filosofia
Síntese
O que é o homem? que é o mundo? que é a cultura? que é a cidade?
que é a religião? que é a arte? Compreender a vida e dar um sentido
para ela é a nossa tarefa, uma tarefa humana. Ao perseguir tais
conceitos e temáticas, a Filosofia busca a real natureza de cada coisa.
Por isso ela pensa o mundo e volta-se sobre ele, abrindo perspectivas
de conhecimentos favoráveis à realização pessoal.
Atividades de autoavaliação
Unidade 4 133
134
Unidade 4 135
Saiba mais
136
Unidade 4 137
Objetivos de aprendizagem
Relacionar a vida humana em seu quotidiano e a
reflexão filosófica.
Compreender a importância dos objetivos, metas e
ideais para a realização da existência humana em todas
as suas potencialidades.
Identificar a ‘Filosofia do Cuidado’ como aproximação
ideal e desejável entre reflexão filosófica e vida humana.
Analisar o momento existencial humano e seu
necessário reencontro com a sabedoria e a Filosofia.
Seções de estudo
Seção 1 A Filosofia e a vida
140
Viver é escolher
Unidade 5 141
142
Unidade 5 143
Vimos que o homem não nasce pronto, precisa realizar a sua vida,
suprindo suas necessidades. O homem é um ser de necessidades
biológicas, psíquicas e sociais, satisfeitas na relação que estabelece
com a natureza, consigo mesmo e com os outros.
144
Unidade 5 145
“Não há vento favorável para aquele que não sabe aonde vai!”
146
A força da inquietude
A Filosofia é movimento, dinamismo, questionamento, mudança.
A atividade filosófica é para os inquietos, para os que não se
acomodam e nem se contentam com as primeiras respostas.
Unidade 5 147
148
A Filosofia do cuidado
Unidade 5 149
150
Unidade 5 151
152
Unidade 5 153
Caçador de Mim
Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim
Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
o que me faz sentir
154
a felicidade é possível; e
Unidade 5 155
156
O renascimento da Filosofia
Osvaldo Della Giustina
Inicio, manifestando a minha convicção de que as crises
existenciais pelas quais estamos passando, que se manifestam
nas perplexidades éticas e comportamentais e que se
ampliam para as crises das instituições políticas, econômicas
e sociais, ameaçando a vida humana em sociedade; decorrem
essencialmente disto: vivemos um tempo em que o
conhecimento, e mesmo a simples informação, ameaçam tomar
o lugar da sabedoria. Esta nefasta substituição vem acontecendo
num processo progressivo e sorrateiro de renúncia do homem à
sua condição humana, sem que ele mesmo o perceba.
A substituição da sabedoria pelo conhecimento e pela
informação ameaça reduzir o homem a um simples componente
do processo tecnológico da sociedade no meio de sua história,
isto é, a alguém que, tendo perdido sua especificidade de ser
humano – a sabedoria – se reduziu a máquina – ao nível do
elemento a informação, repositório ou memória de informações:
informações captadas, armazenadas e expressas, sem que
tenha havido o processo de análise e síntese, através do qual
a informação, elaborada pela inteligência, se transforma em
conhecimento, e o conhecimento apreendido pela consciência
num processo global, e por ela ativado, se transforma em
sabedoria.
Isto quer dizer que é necessário levantar a voz em defesa do
retorno do homem à sabedoria como condição de salvá-lo de ser
submetido e comido pelos processos cegos com que sua própria
criação o ameaça. Não por que esses processos tenham crescido
demasiadamente, mas por que o homem não soube entendê-los,
crescer mais do que eles e dominá-los.
No entanto, tem-se disseminado a mentalidade de que este país
não necessita da Filosofia, por que a filosofia não oferece mercado
de trabalho, não tem utilidade. Tal argumento, e argumentos
equivalentes usados com freqüência, revelam a pobreza dos
conceitos que se têm do trabalho, da formação e, sobretudo,
do homem, de sua capacidade de criar e fazer, a partir de sua
qualidade essencial de pessoa.
Na verdade, são enganosas as informações de que a ciência
moderna ultrapassou a filosofia e de que as ciências sociais, a
psicologia, a história, a economia ou a política são instrumentos
mais eficazes de compreender a realidade ou atuar sobre ela.
Essas posturas revelam que pouco se entende da filosofia,
do homem e da sociedade, e todos estamos pagando um
Unidade 5 157
158
Unidade 5 159
160
Síntese
Unidade 5 161
Atividades de autoavaliação
162
Unidade 5 163
Saiba mais
164
168
169
170
171
172
Unidade 1
1) Filosofia é pensar, descobrir o verdadeiro “peso” (valor) de
cada coisa, fato, situação. O “peso” de cada atitude, escolha,
decisão. Filosofia é atitude (prática) e requer humildade,
dúvida, admiração, espanto, encantamento. Filosofia é
autonomia: capacidade de pensar por si próprio e estabelecer
as suas próprias regras e leis. Filosofia é reflexão, ou seja, voltar
atrás e revisar, analisar, examinar a vida e a existência. Filosofia
é crítica, questionamento, purificação. Filosofia é criatividade,
atividade que cria o novo. Filosofia é, literalmente, amor à
sabedoria. Refletindo sobre estes e outros conceitos, você
pode agora elaborar a sua concepção de Filosofia, criar o seu
conceito e partilhar com os colegas no Fórum.
3) Somatória: 30
Unidade 2
1) As alternativas corretas são: a; b; e.
2) Para negar algo você precisa argumentar, pensar, refletir e, ao fazer isto,
você estará fazendo filosofia.
Unidade 3
1) A filosofia na Antiguidade é cosmocêntrica; nasce do desejo de
encontrar na natureza uma explicação para natureza e o cosmo. Por
isso os filósofos pré-socráticos também são chamados de filósofos
da natureza (physis). A questão da origem de todas as coisas que
constituem a realidade é o centro das preocupações destes primeiros
filósofos. A filosofia clássica, embora coloque o ser humano no centro
das suas preocupações, não abandona o fundamento cosmológico:
Sócrates traz a filosofia dos céus para a terra e preocupa-se com o
autoconhecimento (ética); Platão vê a harmonia do cosmos e quer
reproduzi-la na pólis (política); Aristóteles quer desvendar os segredos
da natureza no estudo da matéria (ciência).
A filosofia da Idade Média é teocêntrica; nasce do encontro, marcado
por tensões, aproximações e total assimilação, do cristianismo com
a filosofia grega. Visava, em um primeiro momento, desenvolver um
pensamento que acomodasse a religião cristã com a tradição filosófica;
aproximar a fé da razão, para converter os pagãos, inclusive os mais
176
177
5) Na Idade Antiga, política é vista como uma atividade natural. Faz parte
da natureza do cidadão contribuir com a discussão sobre os destinos
da sua pólis. O homem realiza-se na pólis e deve estar constantemente
preocupado com ela. A participação política define o cidadão e
manifesta o ideal de homem grego.
Na Idade Média, impera o dualismo da Filosofia de Santo Agostinho e de
São Tomás de Aquino: céus e terra, dia e noite, trevas e luz, bem e mal.
A política, vista como preocupação com o mundo, com as coisas que
passam, cai em descrédito. É considerada uma distração para o homem
em sua caminhada para a verdade, o céu, a luz. Os santos e justos, os
moralmente irrepreensíveis, devem se afastar desta atividade. Política
não é para gente boa e honesta! Tal mentalidade perdura até os nossos
dias.
Na Idade Moderna a política passa a ser vista como um mal necessário,
uma obrigação da convivência social que exige aparar arestas, a
resolução de conflitos de ideias e interesses através da argumentação
e negociação para que esta convivência seja possível. Você pode citar
exemplos de atitudes e estilos de vida hodiernos que representam ou
manifestem estas diferentes concepções.
Unidade 4
1) A origem latina do termo (colere, cultus), tudo o que é cultivado,
confirma a expressão citada na questão. Cultura significa tudo o
que é obra do homem na sociedade, em contraposição ao que
é simplesmente natural. É a forma de vida de um povo, fruto das
realizações e atividade criadora dos indivíduos. Uma maneira de agir,
de pensar, de sentir, que se manifesta na linguagem, no código de leis,
na religião, na criação estética. É expressão dos anseios criadores do
espírito humano em busca da satisfação de suas necessidades e sonhos.
178
179
4)
■■ Homem Boi: dê exemplos de atitudes e ações onde somos guiados
pelos instintos (vontades, desejos, compulsões) e necessidades da
vida vegetativa (comer, dormir, procriar). Não que estas atitudes
não tenham o seu valor; a pergunta é: quem está no controle? Você
domina, ou é dominado?
■■ Homem Leão: dê exemplos de atitudes e ações em que somos guiados,
tomados, dominados pelas emoções, pelos sentimentos, pelo coração;
em que a racionalidade cede aos impulsos emocionais e afetivos.
■■ Homem Águia: dê exemplos de atitudes e ações radicalmente racionais,
nas quais a razão, o raciocínio, o cálculo domina as ações. Aqui medimos
a finalidade, os prós e os contra, as consequências de cada ato.
■■ Ser humano: dê exemplos de atitudes que demonstrem domínio
sobre os instintos, emoções e razão, dimensões do homem integral
que não podem ser negligenciadas ou esquecidas: nós somos
instinto, paixão e razão.
5)
( V ) Filosofia da Linguagem
( VII ) Metafísica ou Ontologia
( VI ) Ética ou Filosofia Moral
( II ) Estética ou Filosofia da Arte
( VIII ) Lógica
( III ) Teoria do Conhecimento
180
( IX ) Filosofia Política
( I ) História da Filosofia
( IV) Antropologia Filosófica
Unidade 5
1) Filosofia é reflexão, por isso permite “voltar atrás” e compreender,
entender, organizar experiências vividas e, ao seu tempo, não
compreendidas. Filosofia é visão de mundo: permite o entendimento
do contexto existencial, da realidade que nos cerca, possibilita a
ação consciente ao analisar o cotidiano dos seres humanos em
sociedade, buscando investigar o seu sentido e o seu papel. Filosofia é
projeto, a atitude filosófica propõe metas, perseguindo ideais; dá um
direcionamento para a práxis. Através desse movimento, o homem vem
conquistando, ao longo dos séculos, uma compreensão mais cabal
de si mesmo e do mundo que o cerca, e uma maior compreensão das
próprias limitações de seu pensamento.
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