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Palhoça
UnisulVirtual
2012
Copyright © UnisulVirtual 2012
658.3
R83 Rubin, Carolina Bithencourt
Gestão por competência : livro digital / Carolina Bithencourt Rubin,
Renata de Martins Faria Vieira Heins ; design instrucional Rafael da Cunha
Lara. – Palhoça : UnisulVirtual, 2012.
165 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
Designer instrucional
Rafael da Cunha Lara
Palhoça
UnisulVirtual
2012
Sumário
5 Sumário
7 Apresentação
11 Plano de estudo
15 Unidade 1
Noções gerais sobre gestão por competência
51 Unidade 2
Gerenciamento de competências nas organizações que aprendem
77 Unidade 3
As ferramentas da gestão por competências
121 Unidade 4
Modelos de gestão por competência
157 Minicurrículo
161 Referências
Apresentação
Caro/a estudante,
Tais materiais didáticos foram construídos especialmente para este curso, levando
em consideração as necessidades da sua formação e aperfeiçoamento profissional.
Atenciosamente,
Equipe UnisulVirtual
Palavras das professoras
Caro/a aluno/a,
Nesta disciplina, você irá entender a diferença entre competência e gestão por
competências, reconhecer a importância das competências para as organizações
da atualidade, observar os tipos de saberes necessários aos profissionais da Era do
Conhecimento, estudar as principais competências que os colaboradores da Era
do Conhecimento precisam desenvolver, conhecer o processo de aquisição das
competências individuais e coletivas dos profissionais da Era do Conhecimento,
estudar o gerenciamento das competências em organizações que aprendem,
analisar as principais ferramentas de gestão por competências e dois modelos
práticos de gestão por competência.
Atenciosamente,
Objetivo geral
Estudar os conceitos, processos, ferramentas e modelos de
Gestão por Competências.
Ementa
Gestão por Competências nas organizações. Aspectos individuais para o
desenvolvimento de competências coletivas. Métodos participativos de gestão
de pessoas no gerenciamento de equipes.
Conteúdo programático/objetivos
A seguir, as unidades que compõem o livro digital desta disciplina e os seus
respectivos objetivos. Estes se referem aos resultados que você deverá alcançar
ao final de uma etapa de estudo. Os objetivos de cada unidade definem o
conjunto de conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento de
habilidades e competências necessárias a este nível de estudo.
Unidades de estudo: 4
Pós-graduação
Unidade 4 – Modelos de gestão por competências
Objetivos de Aprendizagem
••Compreender como se deu a transição da área de recursos humanos para
a área de gestão de pessoas.
••Conceituar competência e gestão por competências.
••Entender a importância das competências para as organizações
da atualidade.
••Estudar a diferença entre profissionalismo, profissional.
••Observar os tipos de saberes necessários aos profissionais da
Era do Conhecimento.
••Estudar as principais competências que os colaboradores da Era do
Conhecimento precisam desenvolver.
••Conhecer o processo de aquisição das competências individuais e
coletivas dos profissionais da Era do Conhecimento.
Introdução
Nesta unidade, você irá compreender como ocorreu a transição da área de
recursos humanos para a área de gestão de pessoas ao longo das últimas décadas
e como chegamos à gestão por competências.
Importante
Gerenciar pessoas não significa mais controlar um recurso da
organização, mas sim negociar, compreender, ouvir, trocar,
propor e mapear as competências das pessoas, tão necessárias às
organizações. Importante ressaltar que tudo isso ocorre associado à
gestão da participação e do conhecimento.
Pós-graduação
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Você já parou para pensar que são as pessoas que mantêm as organizações vivas
e pulsantes? São os colaboradores que movimentam, criam, tomam decisões,
encantam clientes, lideram, motivam, comunicam, humanizam, propõem soluções
organizacionais, e direcionam os processos das empresas. São pessoas que
gerenciam os colaboradores, elas são o “sangue vivo” que corre nas veias de uma
organização.
Mas afinal: O que a Era do Conhecimento tem a ver com a gestão de pessoas?
Vamos primeiro conhecer as quatro eras que a humanidade viveu até o momento.
Veja a imagem a seguir.
4ª onda
Conhecimento
3ª onda Atual
Informação
2ª onda algumas décadas
1ª onda Industrial
Agricultura 300 anos
5.000 anos
A primeira Era que a humanidade vivenciou foi a Era Agrícola, em que a riqueza
provinha da posse de terra e do cultivo de alimentos. Nesse modo de produção,
o homem precisava muito de músculos e força para arar a No feudalismo, eram os senhores feudais
terra e dela obter seu sustento. Essa Era teve início há cerca (os donos da terra) que ficavam com
a maior parte das safras, enquanto os
de 5.000 anos e se estendeu até a Idade Moderna, com o fim agricultores que trabalhavam em suas
do sistema feudal de produção. terras ficavam com a menor parte.
A segunda Era vivida pela humanidade foi a Industrial, em que a riqueza era gerada
pela fabricação de produtos em série. E a maior parcela do valor de venda do
produto fabricado pelos trabalhadores ficava com os donos das empresas.
Autores como Zarifian (2003), Le Boterf (2003), Leme (2005) e Dutra (2004)
defendem a necessidade de as empresas buscarem ou treinarem colaboradores
que desejem e consigam apreender e trabalhar de maneira cooperativa, gerando
e dividindo soluções criativas e funcionais para as organizações. Estamos então
falando de competências que os colaboradores devem ter ou desenvolver.
A escola americana surgiu quando McClelland, em 1973, deu início ao debate sobre
competências entre os psicólogos e os administradores nos Estados Unidos. Para
McClelland, a competência era uma característica subjacente a uma pessoa que
era casualmente relacionada com o desempenho superior na realização de uma
tarefa ou em determinada situação. (FLEURY; FLEURY, 2001).
Mirabile (1997, p.13) retoma e explica o conceito de competência, que para McClelland
Pós-graduação
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Conceito
O conceito de competência pode ser compreendido como
um conjugado de conhecimentos, habilidades e atitudes,
(doravante CHA), ou seja, um conjugado de aptidões humanas, que
revelam um alto desempenho, apostando que os desempenhos mais
surpreendentes estão embasados na inteligência e personalidade das
pessoas. (MIRABILE, 1997).
Dutra (2007) afirma que alguns pesquisadores desta área que ressaltam a não
inclusão de “soft competencies” nos programas de desenvolvimento, ressaltam a
importância de focar a performance dos sujeitos e não a personalidade deles, já
que a personalidade não pode ser treinada. O autor ressalta ainda a necessidade
de se estruturar processos seletivos que mapeiem e visualizem as competências
mais difíceis de se adquirir nos candidatos, para que o processo seletivo seja
bem sucedido ao escolher um indivíduo que já possua essas competências.
(DUTRA, 2007).
Zarifian (2001, p. 68) diz que “competência é tomar iniciativa”. Para ele, a
competência profissional é assumir responsabilidade diante de situações
Pós-graduação
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Ter atitudes pró‑ativas, sendo responsabilizadas por ações, não está ligado
apenas em construir conhecimento e aplicar as habilidades individuais de uma
pessoa, mas, acima de tudo, reporta‑se às aspirações, valores e crenças individuais
que ajudam a estabelecer o sentido aplicado ao trabalho e às funções que são
acarretadas. (ZARIFIAN, 2001).
Nesse sentido, Le Boterf ressalta que existe competência apenas quando está em
ação, traduzindo‑se em saber ser e saber mobilizar o repertório dos sujeitos em
contextos distintos, como veremos a seguir.
Importante
A gestão por competências opera como uma opção aos métodos
tradicionais de gerenciamento aplicados pelas empresas. Dispoem‑se
a gerenciar ações como planejamento, captação, desenvolvimento
e avaliação das competências necessárias à sucessão de metas nos
diversos niveis organizacionais.
De acordo com Deluiz (1995, p. 1), os dados dos novos métodos de gestão que
sustentam o modelo da competência no mundo organizacional são:
••a valorização dos altos níveis de escolaridade nas normas de contratação;
••a valorização da mobilidade e do acompanhamento individualizado
da carreira;
••novos critérios de avaliação que valorizam as competências relativas à
mobilização do trabalhador e seu compromisso com a empresa;
••a instigação à formação contínua;
••a desvalorização de antigos sistemas de hierarquização e classificação,
ligando a carreira ao desempenho e à formação.
Deluiz (1995) explica que esse modelo foi adotado pelos setores de RH devido
ao uso, controle, formação e avaliação do desempenho da força de trabalho
diante das novas exigências postas pelo padrão de acumulação capitalista
flexível ou toyotista, que privilegiam a competitividade, produtividade, agilidade
e racionalização de custos. Segundo essa visão, os conhecimentos basilares do
modelo das competências organizacionais são a flexibilidade, a transferibilidade,
a polivalência e a empregabilidade. (DELUIZ, 1995, p.3)
Pós-graduação
23
Zarifian (2001) explica que a utilização das competências dos colaboradores pelas
organizações (de seus saberes em ação, dos seus talentos, de sua capacidade
de inovar, de sua criatividade e de sua autonomia – não implica, em geral, o
comprometimento da empresa), com os processos de formação/construção das
competências, atribuindo‑se aos trabalhadores a responsabilidade individual de
atualizar e validar regularmente sua “carteira de competências”, para evitar a
obsolescência e o desemprego.
Hirata (1994) explica que o antigo conceito de qualificação estava ligado aos
elementos empresariais notáveis da qualificação do colaborador como educação
escolar, formação técnica e experiência profissional. Para ele, a qualificação estava
relacionada ao plano educacional, à escolarização formal e aos seus diplomas
obtidos pelos colaboradores. E equitativamente nas organizações a qualificação
estava ligada à grade de salários, aos cargos e à hierarquia das profissões.
Importante
Na gestão por competências, é importante que os colaboradores
consigam utilizar seus saberes (disciplinares escolares ou
técnico‑profissionais) para solucionar os desafios e problemas que
diariamente surgem nas organizações.
Pós-graduação
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Importante
O aumento de tarefas nas empresas significa que os colaboradores
operam concomitantemente diversas funções ou maquinários
em uma cadência imposta pela automação e a informatização,
aumentando a jornada de trabalho – que começa a estar sujeita
muito menos aos contratos acordados inicialmente entre empresa e
colaborador, e muito mais às necessidades da produtividade própria
do neoliberalismo.
Pós-graduação
27
Importante
O colaborador não tem apenas uma tarefa ou uma função, porém,
possui um certo grau de destaque na prática dessa tarefa ou serviço,
pois não se encontra mais na fase iniciante: o colaborador alçou
um nível tolerável de independência na direção de suas ações
profissionais e no gerenciamento de funções trabalhosas, que
demandam muita atenção e trabalho (Le Boterf, 2003). Buscar um
colaborador seguindo os princípios da gestão por competência
é buscar um indivíduo que atingiu um determinado domínio
do trabalho, pois querer um colaborador com determinadas
competências é reportar‑se a um alto nível de exigência.
fora dela. Um colaborador brilhante, ainda que não tenha sido “ordenado” em
uma certa empresa, terá conhecimento de como se vender no mercado graças às
competências que tem. Para Le Boterf, o grande destaque que o profissionalismo
deve reforçar aos profissionais competentes é a menção a uma tarefa
organizacional inicial, que deve ser concluída com sucesso.
Referências
CARVALHO, I.; PASSOS, A.; SARAIVA, S. Recrutamento e seleção por Competências. Rio de
Janeiro: Editora FGV, 2008.
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DUTRA, Joel Souza. Gestão de pessoas com base em competências. Gestão por
competências. São Paulo: Ed. Gente, 2007.
HERZBERG, Frederick. Work and Nature of Man. Cleveland: The World Publishing, 1966.
MASLOW, Abraham H. Motivation and Personality. New York: Harper & Row Publisher Inc.,
1970.
MACGREGOR, Douglas. O lado humano da empresa. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
MIRABILE, R. J. Everything You Wanted to Know About Competency Modeling. Trainning &
Development, vol. 51. n. 8, 1997.
Fleury e Fleury (2001) explicam que a função dos saberes teóricos pode ser
resumida ao entendimento e interpretação dos indivíduos. Para eles, os
colaboradores que desejarem desenvolver este tipo de saber devem investir na
educação formal e continuada.
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Importante
Sobre os diversos tipos de saberes que os profissionais da Era do
Conhecimento devem ter, e ainda sobre os processos de aquisição
e desenvolvimento nos colaboradores de uma organização,
Le Boterf (2003) explica que as competências são produzidas a partir
do saber e da ação.
Isso ocorre graças à combinação de recursos que irá resultar na ação competente.
Para Le Boterf, o saber – somado aos recursos individuais e pessoais – gera o
poder do profissional, isso, por sua vez, gerará autonomia aos colaboradores das
organizações da Era do Conhecimento.
De acordo com Souza, Sampaio, Silva, Nina e Lemos (2008, p.6), o autor Le Boterf
(2003) julga que é necessário um conjugado de atributos que é definido por ele em
cinco ações principais que são:
••saber agir e reagir com pertinência;
••saber combinar recursos e mobilizá‑los em um contexto;
••saber transpor (capacidade de aprendizado e adaptação);
••saber aprender e aprender a aprender;
••saber envolver‑se.
Para Fleury e Fleury (2001, p.5) “um saber agir responsável e reconhecido
implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos e habilidades,
que agreguem valor econômico à organização e valor social ao indivíduo”. Esses
autores expandem os tipos de saberes apresentados por Le Boterf (saber agir,
saber mobilizar recursos). Para Fleury e Fleury os colaboradores também precisam
saber comunicar, saber aprender, saber engajar‑se e comprometer‑se, saber
assumir responsabilidades e ter visão estratégica.
Importante
Os autores indagam sobre o significado dos verbos: saber agir, saber
mobilizar recursos, saber comunicar, saber aprender, saber engajar‑se
e comprometer‑se, saber assumir responsabilidades, e ter visão
estratégica. (FLEURY; FLEURY, 2001).
Fleury e Fleury analisam e explicam que saber agir está ligado a saber o que e por
que faz saber julgar, escolher e decidir. Já saber mobilizar recursos, está ligado
a criar sinergia e mobilizar recursos e competências. (FLEURY; FLEURY, 2001).
Saber comunicar está ligado a compreender, trabalhar, transmitir informações e
conhecimentos dentro das rotinas das organizações. Saber aprender diz respeito
a trabalhar o conhecimento e a experiência, tem a ver com rever modelos mentais
e saber se desenvolver.
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Educação formal
Saber tratar
Educação inicial e
Saber‑fazer cognitivo a informação Procedural
contínua Experiência
Saber raciocinar social e profissional
analisada
Quadro 1 – Modos de manifestação dos saberes
Fonte: Le Boterf (2003, p. 124).
Pós-graduação
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O saber‑fazer operacional, por sua vez, tem como principais funções o saber
proceder e o saber operar propriamente. Para Le Boterf, o principal modo de
aquisição desses saberes é a própria prática ou experiência profissional, e o modo
de manifestação desse saber é procedural.
O saber‑fazer social tem como principal função o saber cooperar com as pessoas e
as equipes de trabalho. Seu modo de aquisição é por meio das experiências sociais
e profissionais, e seu modo de manifestação mais comum é o procedural.
O último tipo de saber apresentado por Le Boterf é o saber fazer cognitivo. Para
o autor, a principal função desse tipo de saber é conseguir tratar a informação
processando de maneira eficiente, resumindo: é saber raciocinar. A principal
forma de aquisição deste tipo de saber é a educação formal, a educação inicial e
contínua, além das experiências social e profissional. Seu modo de manifestação
mais comum é procedural.
Fica evidenciado, assim, que existe uma série de conjunturas que envolvem os
saberes e suas aprendizagens. Se os indivíduos que compõem uma organização
conseguirem propiciar a transformação do conhecimento em competência, isso
será positivo para os colaboradores e para as organizações, como veremos mais
à frente.
Referências
FLEURY, Maria Tereza Leme Fleury; FLEURY, Afonso. Construindo o Conceito de Competência.
Revista de Administração de Empresas, São Paulo, Edição Especial 2001: 183‑196.
SOUZA, Katyusha Madureira L; SAMPAIO, Larissa Amorim C.; SILVA, Luciana Candida da;
NINA, Renée; LEMOS, Wilda Soares. Competência: diferentes abordagens e interpretações
como estímulo à ciência da informação. São Paulo. Seminário Nacional de Bibliotecas
Universitárias. São Paulo : CRUESP, v. XV. 2008.
Dutra (2009) nos apresenta doze áreas de negócios e elenca para cada uma delas,
algumas competências específicas que os colaboradores da Era do Conhecimento
devem ter ou desenvolver. De modo geral, as principais competências são:
••articulação de relacionamentos;
••capacidade analítica;
••comunicação;
••gerenciamento de projetos;
••gestão de melhorias e inovação;
••gestão do conhecimento;
••multifuncionalidade ou polivalência;
••negociação;
Pós-graduação
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Pós-graduação
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Por fim, a visão sistêmica é uma competência que está ligada ao entendimento
de todo o negócio, da relação entre os processos organizacionais e da clareza
sobre a agregação de valor ao negócio. Para Dutra (2009), a visão sistêmica busca
resultados, conciliando a visão de negócios nas dimensões técnicas, econômica
e social. Está, em termos de qualidade, segurança, saúde, meio ambiente e
responsabilidade social, integrando pessoas e recursos existentes no ambiente
interno e externo.
Pós-graduação
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Para Teixeira (2002) toda competência é relativa, pois não existe uma competência
absoluta. O autor explica que seguindo essa lógica é admissível que o estado
de incompetência tenha o mesmo caráter de temporalidade. Assim, quando um
colaborador é considerado competente é porque ele esta apto a desenvolver
determinada tarefa de maneira satisfatória – e então ele possuiu um conjugado de
conhecimentos básicos indispensáveis para que ele desempenhe uma atividade
com sucesso.
Pós-graduação
43
Importante
Em nível individual, competências são entendidas como as
capacidades, os conhecimentos e as características pessoais que
distinguem os profissionais de alto desempenho daqueles de
desempenho regular em determinada função (LARA; SILVA, 2004).
Por sua vez, a gestão por competências é o sistema gerencial que
busca impulsionar os funcionários na competência profissional,
acrescentando capacidades e aumentando as já existentes, em busca
da potencialização das competências organizacionais.
Lara e Silva (2004) acrescentam que a gestão por competências é uma ferramenta
que identifica nas organizações, as habilidades e conhecimentos determinantes
da eficácia profissional e também as lacunas de qualificação do funcionário para
tarefas específicas, além de fornecer recursos para aperfeiçoar suas capacidades.
O resultado é um quadro de funcionários mais talentosos e mais produtivos.
Por meio desses conceitos, pode‑se presumir que a gestão por competência se
propõe a ajudar diretamente no crescimento e amadurecimento da organização,
bem como das pessoas nela inseridas. E que, conforme o conhecimento das
competências organizacionais e a gradativa associação dessas às pessoas certas
para as atividades esperadas, poder‑se‑á esperar um melhor nível de entrega e
melhores resultados.
Referências
OLIVEIRA, Alysson André Regis de; ZAGO, Celia Cristina. Compatibilidade entre
competências individuais e organizacionais: um estudo de caso em uma organização não
governamental – ONG. Produto&Produção, vol. 9, n. 1, p. 41‑53, fev. 2008.
TEIXEIRA, Élson A. Criatividade, ousadia & competência. São Paulo: Makron Books, 2002.
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Atividades de Autoaprendizagem
1. De acordo com o conteúdo do livro didático desta disciplina, marque V para as
afirmações verdadeiras e F para as afirmações falsas.
c. ( ) Para Deluiz (1995), os dados dos novos métodos de gestão que sustentam
o modelo da competência no mundo organizacional são: a valorização
dos altos níveis de escolaridade nas normas de contratação; a valorização
da mobilidade e do acompanhamento individualizado da carreira;
novos critérios de avaliação que valorizam as competências relativas à
mobilização do trabalhador e seu compromisso com a empresa; e o limite
de formação.
Atividade colaborativa
1. Assista ao vídeo “Solução de Gestão de Pessoas – Gestão por Competências”,
adotado pela empresa Senior. Em seguida, escolha uma empresa onde exista
uma política de gestão de pessoas (pode ser a empresa em que você ou algum
amigo trabalha, ou ainda, uma empresa de recrutamento e seleção de pessoas)
e descreva como a prática de gestão de competências auxilia a empresa em
seu cotidiano.
Discuta esta questão com seus colegas no Fórum. Aproveite para conhecer outras
experiências relatadas por seus colegas e contribua com comentários.
Síntese
Nesta primeira unidade, viajamos pelo tempo e descobrimos que a transição da área
de RH para área de gestão de pessoas é muito recente. Aqui tivemos a oportunidade
de conhecer os conceitos de competência e de gestão de competências, foi possível
compreender a importância das competências para as organizações da atualidade,
além de estudar a diferença entre profissionalismo e, profissional.
Dessa forma, foi possível compreender que cada área ou eixo de trabalho somado
à cultura organizacional das empresas exigem determinadas competências
específicas para cada vaga.
Saiba Mais
De acordo com Nyan (1994), o dicionário das competências requeridas de A a Z
para o Profissional ou Trabalhador do Conhecimento que se perspectivam na
atualidade e para o futuro, tendo em conta o que é e o que será um perfil de
sucesso, traduzir‑se‑á da seguinte forma:
Pós-graduação
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Gerir‑se a si Próprio – Com efeito, surge cada vez mais como fundamental
numa sociedade do conhecimento, esta nova dimensão da aprendizagem
ou nova competência, a que alguns autores (Nyan, 1994) denominam de
um novo paradigma ‑ “self learning competence”. Cada vez mais as pessoas
vão ter de se posicionar onde podem dar o seu maior contributo. Vão ter de
aprender a desenvolverem‑se e a manterem‑se mentalmente “vivas” durante
uma vida de trabalho de cinquenta anos ou mais. Segundo Peter Drucker, as
pessoas vão ter de aprender como e quando mudar o que estão a fazer, a
forma como fazem e quando o fazem.
Persistência ‑ Nem tudo funciona como nós queremos, até porque qualquer
investimento que façamos, seja ele no conhecimento, financeiro ou de
outro tipo, os resultados geralmente só aprecem a médio e em longo prazo.
Por vezes, é preciso saber esperar pelo momento certo, dar a volta à situação
ou insistir até conseguir os resultados pretendidos. A verdade é que um bom
profissional não “baixa os braços” ao primeiro não.
Pós-graduação
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Tecnologias ‑ Ainda que atualmente a sua carreira não esteja ligada às novas
tecnologias da informação, mais cedo ou mais tarde ela será afetada por
essas tecnologias, nem que seja pelos processos, ou seja, pela forma de
fazer. Assim, é preferível tentar acompanhar as tendências e a evolução para
posteriormente não se ser apanhado de surpresa.
World Wide Web ‑ Cada vez mais as empresas vivem num ambiente
tecnológico, integrando a sua atividade no mundo da web. O estar
familiarizado com o mundo on‑line é essencial no perfil do profissional do
século XXI. Constitui não só uma nova forma de trabalhar, mas também de
ser e estar na sociedade, no que concerne às novas formas de comunicação e
relacionamento.
FONTE: GUERRA. José. Competências do “trabalhador do conhecimento” no Séc. XXI. Disponível em:
<http://www.psicologia.pt/profissional/emprego/ver_artigo.php?id=114&grupo=1>. Acesso em 04 dez. 2011.
Objetivos de Aprendizagem
•• Entender o que é competência.
•• Conhecer os vários tipos de competência.
•• Conhecer a importância do papel da gestão de pessoas diante do
processo de gestão por competências.
•• Identificar a importância da gestão por competência para as organizações.
Introdução
A palavra competência é utilizada para designar uma pessoa qualificada para
realizar alguma atividade. Porém, nos últimos anos, a academia e as organizações
têm discutido o tema “competência” em diferentes níveis: o nível das pessoas e
das organizações.
Por isso, nesta Unidade, busca‑se abordar a origem da gestão por competências
nas organizações, para, em seguida, abordar os conceitos de competência que
fundamentam os modelos de gestão. Após essas definições iniciais, é necessário
abordar os principais tipos de competências, as competências organizacionais
e individuais, buscando compreender que ambas são responsáveis pelo
conhecimento, habilidades e atitudes necessários às pessoas e empresas, para seu
crescimento e desenvolvimento, e ainda, para tornarem‑se competitivas em um
mercado cada vez mais exigente.
Pós-graduação
53
Conceito
Carletto (2006) destaca os principais conceitos de competência,
para diferentes autores. Na revisão de literatura, competência é o
conjunto de conhecimentos, habilidades e experiências que habilitam
uma pessoa a exercer determinada função. É a capacidade da pessoa
de tomar iniciativa e assumir responsabilidade, diante das situações
profissionais com as quais se depara. Ser competente é compartilhar
conhecimento e despender recursos diante de situações complexas,
com o intuito de atingir as metas propostas. Boni (2004, p. 2 apud
CARLETTO, 2006) afirma que “as competências são parâmetros
de desempenho que maximizam comportamentos e habilidades
compatíveis com o contexto estratégico da empresa”.
A partir do que foi exposto, percebe‑se que a área de recursos humanos passou
por várias transformações, até chegar a este novo modelo de gestão: a gestão de
competências. Assim, serão abordados, a seguir, os conceitos que fundamentam
novos modelos de gestão.
Pós-graduação
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Pode‑se dizer que as pessoas passaram a ser cada vez mais valorizadas pelas
organizações, neste cenário de mudanças e complexidades. Assim, as empresas
estão buscando capacitar cada vez mais suas equipes, por meio de treinamentos
técnicos e comportamentais.
ESTRATÉGIA
APRENDIZAGEM
COMPETÊNCIAS
Essas premissas devem ser difundidas até que façam parte da cultura geral e
sejam internalizadas nas atitudes e no comportamento de todos.
Competência organizacional
Pós-graduação
57
Importante
Desenvolver competências organizacionais deve ser o primeiro
objetivo da organização, para que essa possa ter um bom
desempenho atual e no futuro. Para se desenvolver competências
organizacionais é preciso que se tenham pessoas. As organizações
não funcionam sem pessoas. São as pessoas os maiores responsáveis
pelo desenvolvimento das competências organizacionais (SOARES;
ANDRADE, 2012).
Características
organizacionais
I. II.
Competências essenciais Valores essenciais
e habilidades e prioridades
Capacidades,
Conhecimento hábitos de
e habilidades trabalho e
com ferramentas habilidades
interpessoais
III. IV.
Conhecimento técnico Habilidades e competências
e habilidades no cargo de desempenho
Características
individuais
Esquema 2 – Características organizacionais e individuais
Fonte: Green (2000 apud CARLETTO, 2006, p. 38)
De acordo com o Esquema 2, Green (2000 apud CARLETTO, 2006, p. 38) faz as
seguintes considerações:
•• As competências essenciais necessitam de tempo e recursos para
se desenvolverem;
•• A capacidade é importante por garantir a efetividade da organização;
•• Os valores essenciais complementam os aspectos técnicos do trabalho;
•• As prioridades demonstram a ênfase da organização no uso das
competências individuais;
•• Conhecimento técnico e habilidades no cargo são avaliadas as ferramentas
usadas para desempenho das atividades;
•• Habilidades e competência de desempenho demonstram como a pessoa é,
seus hábitos, liderança, comunicação, comprometimento etc.
Pós-graduação
59
Vieira (2002, p.38 apud CARLETTO, 2006, p. 44) também chama a atenção para
esse aspecto ao comentar que:
Competência individual
Para Fleury (2000 apud SOARES; ANDRADE, 2012), “competência é saber ouvir
de maneira responsável, implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos,
recursos, habilidades, que agreguem valor econômico à organização e valor social
ao indivíduo”.
Pós-graduação
61
Saber agir
Saber mobilizar
Saber transferir
Indivíduo Saber aprender
Organização
Saber engajar-se
Conhecimentos Ter ótica estratégica
Habilidades Assumir responsabilidade
Atitudes
Social Econômico
Agregar valor
Exemplo
Conforme Soares e Andrade (2012), Resende (2000) inclui “interesse”
e “vontade” na definição de competência individual; Rabaglio (2001)
define a competência como meio para desempenhar com eficácia
uma tarefa e Fleury (2000) é mais profunda em sua definição,
pois descreve a competência como meio para mobilizar, integrar,
transferir conhecimentos e agregar valor social.
Conhecimentos
Saber
• Ciências da Terra / Geologia
Faz estudos de
mapeamento
Habilidades sísmico e tira
Saber fazer
• Mapeamento sísmico conclusões no
prazo e com a
qualidade desejada
Características pessoais
Forma de fazer
• Motivação
Pós-graduação
63
Dessa forma, a gestão de pessoas deve andar junto com o negócio, desenvolvendo
estratégias e pessoas, focando os objetivos estratégicos da organização.
Acompanhamento e avaliação
Fleury e Fleury (2001, p. 67) ilustram a mudança que ocorre quando uma
organização deixa de usar um modelo tradicional de gestão de pessoas e adota
um modelo de gestão por competências.
Nível educacional
Importância na definição
das estratégias Sistema de
remuneração
Nível educacional das
funções-chave
Políticas de RH: Estratégia de
documentadas e atualizadas participação
Investimento em treinamento
e desenvolvimento
Pós-graduação
65
É importante salientar que a gestão de pessoas não deve ser vista como
responsabilidade apenas nos Departamentos de Recursos Humanos das
organizações: a gestão de pessoas deve fazer parte dos outros departamentos,
pois o acompanhamento desses permite à empresa atingir seus objetivos
estratégicos com maior efetividade.
Referências
COELHO, Marcos Paulo Copolillo; FUERTH, Leonardo Ribeiro. A Influência da Gestão por
Competência no Desenvolvimento Profissional. Revista Cadernos de Administração. ano 2,
vol. 1, Nº 03 Jan – Jun/2009.
SOARES, Andrea Vieira; ANDRADE, George Albin Rodrigues de. Gestão por
Competências – Uma Questão de Sobrevivência em um Ambiente Empresarial Incerto.
[20‑‑?]. Disponível em: <http://www.aedb.br/seget/artigos05/251_Gestao%20por%20
Competencias.pdf>. Acesso em: 14 jan. 2012.
A implantação de um modelo de
gestão por competências
Renata de Martins Faria Vieira Heis
Não se pode afirmar que realizar o processo desta maneira não trará resultados,
mas com certeza a empresa usufruirá pouco diante do que o modelo é capaz de
oferecer. Apesar disso, é possível implantar a gestão por competências em toda
a organização e em todas as funções, independente de tamanho, número de
colaboradores ou recursos financeiros.
Ruano (2003 apud LOPES, 2007) menciona três fatores que acredita serem
importantes para a implementação do sistema de competências:
•• a participação: por meio dela cria‑se a oportunidade de as pessoas se
comprometerem para utilizar o sistema quando ele estiver funcionando;
•• a medição: responsável por confirmar a validade das ações; e
•• a tecnologia: proporcionará à organização uma maior agilidade e
competitividade, no alinhamento da estratégia de gestão de pessoas à
estratégia corporativa.
Conscientização
O processo de implantação da gestão por competências inicia com o trabalho
de sensibilização e conscientização de toda a organização. Essa etapa é de
fundamental importância para o sucesso do projeto, pois se não for bem‑sucedido,
poderá não ser concluído.
Pós-graduação
67
objetivos almejados e o que todos conquistarão com o processo, para que assim
as pessoas se sintam envolvidas e motivadas a participarem.
Os colaboradores precisam sentir que fazem parte do processo, e que este, além
de ser um recurso organizacional, é também um recurso de desenvolvimento
pessoal e profissional. Dessa maneira, conquistar‑se‑á a confiança e o
envolvimento dos colaboradores, que são requisitos fundamentais para passar
para a próxima etapa do processo (LOPES, 2007).
Importante
Após a definição das competências da organização é preciso
descrever as funções e analisar quais são as competências técnicas
ou comportamentais necessárias para cada função.
Carbone (2006 apud LOPES, 2007) menciona que a identificação das competências
humanas ou organizacionais é realizada por meio de análise documental, coleta
de dados com pessoas‑chaves da organização, observações, grupos focais e
questionários estruturados. O mapeamento deve ser realizado periodicamente,
pois dependendo das ações de captação e desenvolvimento por parte da empresa,
o gap irá sofrer variação ao longo do tempo. Por esse motivo, esse mapeamento
precisa ser acompanhado periodicamente.
Pós-graduação
69
entrevistas, dinâmicas de grupos etc. Outro ponto a ser destacado, para o êxito da
seleção, é que a pessoa responsável deve ter o perfil da função bem definido, para
que possa conseguir o candidato mais capacitado para o cargo.
Mensuração/avaliação e acompanhamento
Para completar o modelo de gestão por competências, é necessário mensurar
a evolução de cada colaborador e de todo o trabalho realizado. Esta etapa, de
acompanhamento e avaliação, serve como um mecanismos de feedback e de
retroalimentação do processo, na medida em que se avaliam os resultados
alcançados em comparação aos que eram esperados.
Carbone (2006) explica que, ao final desta etapa, devem ser apurados os
resultados alcançados. Tais resultados devem ser comparados com aqueles que
eram esperados, também deve ser verificado se ações adotadas pela organização
foram atingidas.
Importante
A gestão por competências pode ser considerada uma útil e eficiente
ferramenta para uma gestão estratégica de pessoas na medida em
que ambas visam a alinhar as práticas de RH com o planejamento
estratégico da organização.
Pós-graduação
71
Assim, percebe‑se que o modelo de gestão por competências pode auxiliar muito
no desenvolvimento dos colaboradores e das organizações, tornando‑se uma
importante ferramenta na atuação de um RH estratégico.
Importante
Felizmente, no Brasil, os gestores já estão despertando para a
importância da gestão por competência, para o desenvolvimento
organizacional e para se manterem competitivos no difícil
mercado mundial. Um modelo de gestão por competências ajuda
a organização a definir quais são as habilidades, conhecimentos e
atitudes necessárias que todos precisam desenvolver para caminhar
em direção às competências organizacionais.
Referências
LOPES, Cristiane Paiva Cavalcanti. Gestão por competências como ferramenta para um RH
estratégico. 2007. 31fls. Monografia (Especialização em Gestão de Equipes) – Universidade
Católica de Pernambuco. Recife, 2007.
SOARES, Andrea Vieira; ANDRADE, George Albin Rodrigues de. Gestão por
Competências – Uma Questão de Sobrevivência em um Ambiente Empresarial Incerto.
[20‑‑?]. Disponível em: <http://www.aedb.br/seget/artigos05/251_Gestao%20por%20
Competencias.pdf>. Acesso em: 14 jan. 2012.
Pós-graduação
73
Atividades de Autoaprendizagem
1. A partir dos seus estudos na unidade, leia as afirmações abaixo e assinale V para
as verdadeiras ou F para as falsas.
Atividade colaborativa
1. A gestão por competências nas organizações assume uma grande importância,
pois no cenário competitivo atual, as empresas precisam desenvolver competências
organizacionais e individuais para que possam manter‑se competitivas.
Síntese
Nesta Unidade, buscou‑se entender o que é competência e conhecer os vários
tipos de competências existentes na literatura. Diante do conceito e tipos de
competências, foi possível verificar ainda, a importância que essa tem para as
organizações, em termos de competitividade no mercado. Foi visto, também,
o papel da gestão de pessoas no processo de gestão por competências e
apresentada a importância das organizações adotarem esse novo modelo de
gestão para se manterem competitiva no mercado.
Pós-graduação
75
Saiba Mais
Para aprofundar os assuntos tratados nesta unidade, ver as seguintes obras:
Objetivos de Aprendizagem
•• Conhecer os métodos de planos de cargos e salários.
•• Identificar o melhor método para remunerar funcionário.
•• Conhecer as formas de avaliação de desempenho baseadas na gestão por
competência e os métodos de avaliação de desempenho.
•• Conhecer as formas de treinamento e desenvolvimento do colaborador.
•• Conhecer os recursos que as organizações podem utilizar para
desenvolver os colaboradores.
Introdução
A partir da nova forma de gestão das pessoas nas organizações, passou‑se
a novas ferramentas para se avaliar, remunerar e desenvolver os novos
colaboradores para organização.
Pós-graduação
79
Importante
Remunerar os colaboradores de maneira diferenciada é importante
para as organizações que valorizam as competências de cada pessoa.
Em virtude desse fato, torna‑se necessário a organização desenvolver
um plano de cargos e salários (PCS).
As técnicas quantitativas são aquelas que atribuem pontos aos cargos, conforme
um conjunto de fatores previamente definidos e caracterizados, de acordo com
o seu grau de complexidade/dificuldade. A avaliação do cargo, geralmente, é
feita por uma comissão e o valor do salário é uma proporção direta ao número de
pontos de cada cargo.
Pós-graduação
81
Proprietário
Gerente
Por exemplo:
•• Categoria 1 – trabalho manual supervisionado;
•• Categoria 2 – trabalho manual autônomo;
•• Categoria 3 – supervisão de trabalhos manuais;
•• Categoria 4 – trabalho intelectual realizado de acordo com
instruções prévias;
•• Categoria 5 – trabalho intelectual autônomo, realizado de acordo com o
senso crítico. Inclui a supervisão de outros trabalhadores intelectuais.
Importante
O método das categorias predeterminadas não é adequado ao
dinamismo da economia atual, pois hoje a natureza das tarefas tende
a mudar constantemente, o que logo tornaria as categorias obsoletas.
São escolhidos alguns cargos de referência para serem decompostos nesses cinco
fatores. Os cargos escolhidos devem ter uma remuneração adequada, pois eles
servirão de base para o cálculo da remuneração de todos os outros.
Pós-graduação
83
Sistema de pontos
O sistema de pontos foi o primeiro método quantitativo utilizado para a avaliação
de cargos. Devido ao elevado grau de objetividade e precisão que proporciona,
tornou‑se muito popular e é até hoje o método mais utilizado.
Alguns fatores agregam mais valor ao negócio do que outros, por isso são mais
bem remunerados. Assim, o passo seguinte do método consiste em ponderar
os fatores segundo aquilo que a organização está disposta a pagar por eles.
Geralmente paga‑se mais por fatores como responsabilidade pelo trabalho de
outros, responsabilidade pelo patrimônio e conhecimentos.
Fatores Peso
Conhecimentos 15%
Experiência 15%
Complexidade das tarefas 10%
Esforço físico 3%
Esforço mental/visual 2%
Responsabilidade pelo patrimônio 10%
Responsabilidade pela segurança de terceiros 8%
Responsabilidade pelo trabalho de outros 27%
Ambiente 5%
Segurança 5%
Total 100%
Quadro 2 – Exemplo de ponderação dos fatores de avaliação
Fonte: Pearson Education do Brasil (2010, p. 173).
Pós-graduação
85
Os avaliadores vão determinar qual peso cada fator está tendo para o salário
daquele cargo. Feito isso, será obtida uma média entre os cargos de referência,
que indicará o valor relativo que a empresa atribui a cada fator. A etapa da
ponderação pode demorar bastante, pois normalmente são necessárias várias
tentativas antes de se chegar a uma distribuição satisfatória do peso.
Pontos muito distantes da curva salarial podem indicar um destes dois problemas:
ou há situações de injustiça ou os fatores foram mal definidos.
Saber em que pontos da curva salarial cada cargo se encontra é interessante, mas
não resolve o problema, pois o objetivo da administração de cargos e salários
é estabelecer uma estrutura salarial, e não fazer uma análise cargo a cargo.
Portanto, é preciso definir faixas salariais de acordo com os pontos.
Pós-graduação
87
Hipólito (2001 apud DUTRA; FLEURY; RUAS, 2008, p. 134) menciona algumas
dificuldades de se implantar a remuneração por competências, são elas:
•• dificuldade em se estabelecer o valor de cada habilidade tanto para
garantir a equidade interna quanto o equilíbrio com o mercado;
•• tendência a aumentar os valores destinados à folha de pagamento;
•• aumento no investimento em treinamento e no monitoramento do
desenvolvimento e certificação de habilidades;
•• dificuldade de gerenciar a expectativa dos profissionais;
•• estímulo à rotação de posições como forma de aumentar o ganho individual,
não promovendo, necessariamente, aumento na eficiência organizacional;
•• dificuldade de atualização da sistemática e complexidade administrativa,
sobretudo em situações em que o ritmo de mudança na organização do
trabalho e na tecnologia é acelerado;
•• risco de reproduzir a realidade vigente e desenhar uma sistemática
focada no passado e no presente, e não no futuro;
•• riscos de induzir as pessoas a um foco em comportamentos, em vez de
em realizações, e a organização a tentar homogeneizar as características
de seus profissionais, em contextos em que a diversidade se constitui em
elemento determinante da competitividade;
•• risco de ação legal (trabalhista).
Referências
BOHLANDER, G.; SNELL, S.; SHERMAN, A. Administração de recursos humanos. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2003.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
DUTRA, Joel Souza; FLEURY, Maria Tereza Leme; RUAS, Roberto, (Orgs.). Competências:
conceitos, métodos e experiências. São Paulo: Atlas, 2008. 303p.
DUTRA, Ademar; MIROSKI, Christiane (Orgs.). Gestão Estratégica de Pessoas: teoria &
reflexão na prática de cases. Florianópolis: Insular, 2008.
Pós-graduação
89
A avaliação do desempenho
Renata de Martins Faria Vieira Heis
Avaliar o desempenho do colaborador é uma prática, que está sendo cada vez
mais utilizada pelas organizações. Essa se tornou uma importante ferramenta
para a empresa.
Pós-graduação
91
Avaliação de desempenho
A avaliação de desempenho não é nenhuma novidade no mundo corporativo.
Na verdade, muita coisa mudou, desde os antigos estudos de tempos e
movimentos realizados por Taylor, pelo casal Gilbreth e outros, com o objetivo
de estabelecer um “tempo padrão” para a realização de tarefas. Esses estudos já
eram uma forma de avaliação de desempenho.
Essa nova denominação reflete melhor o significado que a avaliação tem hoje: em
vez de submeter o colaborador a uma “prova”, a ideia agora é informá‑lo sobre
como a organização e os demais o enxergam, o que esperam dele e como acham
que ele pode se desenvolver (PEARSON EDUCATION DO BRASIL, 2010).
Outro objetivo é levá‑lo a refletir sobre sua vida profissional e suas atitudes no
trabalho. Segundo Claerte Martins (2002 apud PEARSON EDUCATION DO BRASIL,
2010, p. 205), que comandou um processo de avaliação de desempenho, na
maioria das vezes as pessoas não fazem o que se espera porque:
•• Desconhecem as expectativas;
•• Não têm autoridade para fazê‑lo;
•• A organização dificulta o trabalho;
•• O ambiente de trabalho cria obstáculos;
•• As fontes de informação são inacessíveis, mal desenhadas
ou inexistentes;
•• Elas são ignoradas por fazer o correto;
•• São recompensadas por fazer o errado;
•• Falta feedback;
•• Não sabem fazer o trabalho;
•• Não estão motivadas.
Pós-graduação
93
Você sabia?
A Pearson Education do Brasil (2010) menciona os seguintes modelos
de avaliação de desempenho do colaborador:
Pós-graduação
95
Já Fernandes e Hipólito (DUTRA; FLEURI; RUAS, 2008) dizem que para avaliar
o desempenho dos funcionários com base nas competências, as empresas
devem avaliar utilizando os seguintes instrumentos: a) avaliações centradas
em conhecimentos, habilidades e atitudes; b) avaliações centradas em metas
e objetivos; c) avaliações orientadas ao desenvolvimento do profissional;
d) avaliações orientadas à análise do perfil e do potencial.
Gramigna (2002) diz que a avaliação de desempenho foi evoluindo até chegar no
modelo de avaliação 360°. A seguir, serão detalhados os modelos tradicionais de
avaliação de desempenho mais utilizados.
Escalas gráficas
Importante
As escalas gráficas constituem o método de avaliação mais utilizado
nas empresas brasileiras. Essa preferência deve‑se ao fato de
proporcionarem resultados confiáveis, de modo relativamente
simples, já que não exige treinamento dos avaliadores. Quando
se deseja um maior nível de profundidade na avaliação, as escalas
gráficas precisam ser completadas com outros procedimentos.
Elas apenas discriminam os empregados em categorias como bons,
médios ou fracos, sem oferecer maiores esclarecimentos acerca de
necessidades de treinamento, potencial de desenvolvimento etc.
Uma escala bem simples é apresentada no quadro a seguir. Nela são indicados
os fatores a serem avaliados e as categorias de avaliação. Costuma‑se definir
quatro ou cinco categorias que podem ser representadas por pontos ou adjetivos
indicadores de desempenho.
Avaliação do Desempenho
Nome: ________________________________________________________ Data: ____/____/____
Cargo: ________________________________________________________ Seção: ____________
Categorias de Avaliação
Fatores
Ótimo Bom Regular Fraco
Quantidade de trabalho
Qualidade de trabalho
Assiduidade
Pontualidade
Conhecimento do trabalho
Cooperação
Iniciativa
Pós-graduação
97
Avaliação do Desempenho
Nome: ____________________________________________________________ Data: ____/____/____
Cargo: ____________________________________________________________ Seção: ____________
Avaliação
Ótimo Bom Regular Suportável Muito Fraco
Fatores
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Conhece Conhece bem Conhece‑o Apresenta lacunas Não conhece
perfeitamente seu seu trabalho suficiente no conhecimento bem seu
Conhecimento
trabalho e procura do trabalho. trabalho. Recorre
do trabalho
aumentar seus Algumas vezes frequentemente
conhecimentos. precisa ser ajudado. ao chefe e
aos colegas.
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Muito rápido. Corresponde Satisfaz às Ás vezes fica abaixo Muito lento. Está
Produção
Ultrapassa sempre sempre ao nível exigências mínimas. do nível exigido. sempre abaixo
o nível exigido. requerido. do nível exigido.
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Seu trabalho é Seu trabalho é A qualidade de Seu trabalho Seu trabalho, de
sempre perfeito. bom e algumas seu trabalho é algumas vezes modo geral, é
Qualidade
Não há o que vezes apresenta satisfatória. apresenta insatisfatório.
melhorar. qualidade superior. imperfeições. Apresenta
muitos erros.
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Tem grande Relaciona‑se bem Seu relacionamento Seu relacionamento Em contato
facilidade para se com as pessoas. com as pessoas com as pessoas com as pessoas,
Relacionamento
relacionar com as Possui espírito geralmente é bom. apresenta frequentemete
pessoas. Nunca de colaboração. algumas falhas. cria problemas de
cria problemas relacionamento.
( ) ( ) ( ) ( ) ( )
Adapta‑se Não apresenta Após algum tempo Apresenta algumas Só consegue
facilmente a problemas ao passa a executar dificuldades executar uma
Adaptação a
novas tarefas, executar uma satisfatoriamente ao executar tarefa às custas
novas tarefas
executando‑as nova tarefa. as novas tarefas. novas tarefas. de grande
satisfatoriamente, esforço.
desde o início.
Quadro 2 – Método da Escala Gráfica
Fonte: Gil (2001, p. 156).
Escolha forçada
A constituição dos blocos pode ser feita de maneiras diversas. A mais comum
consiste em apresentar, em cada um, duas frases positivas e duas negativas.
O supervisor, ao analisar o empregado, escolhe a que mais se aplica e a que
menos se aplica a seu desempenho. O quadro a seguir esclarece como essas
frases são apresentadas.
Preencha cada um dos blocos, anotando com um “x” na coluna “+” a frase que melhor define
o desempenho do empregado e na coluna “‑” a frase que menos define seu desempenho
No + -
É rápido no desempenho de suas tarefas. 1
É descortês com os colegas. 2
Conhece bem seu trabalho. 3
Não merece muita confiança. 4
Todos os colegas gostam dele. 5
Costuma reclamar do serviço. 6
Tem um bom potencial de trabalho. 7
É dinâmico. 8
Cuida bem de seu material de trabalho. 9
É criterioso na tomada de decisões. 10
Só faz o que lhe mandam. 11
Seu comportamento é irrepreensível. 12
..... ....
Pós-graduação
99
De acordo com Gil (2001), esse sistema, ainda pouco utilizado no Brasil, é
desenvolvido a partir da comparação periódica entre as metas fixadas para cada
empregado e os resultados efetivamente alcançados.
A avaliação por resultados vem sendo apresentada como alternativa aos métodos
tradicionais que, com frequência, aparecem dissociados de um modelo de gestão
do trabalho e das pessoas. Constitui um método bastante adequado para as
empresas que adotam o planejamento estratégico.
Com base nesses padrões, procede‑se a avaliação dos resultados, que passa
a ser realizada periodicamente. Geralmente, marca‑se o prazo máximo para a
realização das reuniões (trimestral ou quadrimestral), mas essa periodicidade não
deve ser rígida.
Acompanhamento do desempenho
___________________ ___________________
Assinatura Assinatura
Avaliação Final:
Incidentes críticos
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
Nome: ___________________________ Cargo: __________________ Departamento: ___________
Aspectos especialmente positivos Aspectos especialmente negativos
Pós-graduação
101
Listas de verificação
AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO
Nome: ___________________________ Cargo: __________________ Departamento: ___________
Importante
Nesta moderna concepção, a avaliação do desempenho começa
não pela apreciação do passado, mas pela focalização no futuro. Ou
melhor, está mais orientada para o planejamento do desempenho
futuro do que para o julgamento do desempenho passado.
A avaliação 360° é uma metodologia que prevê que o colaborador receba feedback
de seus pares, superiores, clientes e fornecedores, ampliando a possibilidade de
aumentar a eficácia pessoal nos processos empresariais. (GRAMIGNA, 2002).
Da mesma forma, terá a clara percepção das suas falhas ou pontos fracos e
poderá administrá‑los no seu dia‑a‑dia de trabalho (GRAMIGNA, 2002, p. 92).
Pós-graduação
105
Níveis de Trajetória
Competências: orientação para resultados
Gerencial
Estabelece os resultados a longo prazo esperados para o negócio
Nível 4 que administra, influenciando na definição daqueles esperados para a
empresa como um todo.
Participa da definição e estabelecimento de parâmetros e práticas de
Nível 3 apuração e análise de resultados da área que apóiem os processos
decisórios da empresa.
Estabelece metas e objetivos táticos para a área sob sua
Nível 2 responsabilidade, tomando por base os objetivos de resultados
definidos para o negócio.
Planeja, administra e controla recursos, respondendo pela sua
Nível 1 utilização, bem como pelo cumprimento de prazos e projetos sob
sua responsabilidade.
Quadro 7 – Exemplo de competência caracterizada conforme evolução de complexidade: orientação para resultados
Fonte: Dutra, Fleury, Ruas, 2008, p. 162.
Pós-graduação
107
Referências
BOHLANDER, G.; SNELL, S.; SHERMAN, A. Administração de recursos humanos. São Paulo:
Pioneira Thomson Learning, 2003.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações, Rio de Janeiro: Elsevier, 2004, 529 p.
DUTRA, Joel Souza; FLEURY, Maria Tereza Leme; RUAS, Roberto, (org.). Competências:
conceitos, métodos e experiências. São Paulo: Atlas, 2008.
GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais, São Paulo: Atlas,
2001.
GRAMIGNA, Maria Rita. Modelo de competências e gestão de talentos. São Paulo: Makron
Books, 2002.
A educação corporativa e o
desenvolvimento de competências
Renata de Martins Faria Vieira Heis
Desde seu nascimento até sua morte, o ser humano vive em constante interação
com o meio, recebendo e exercendo influências em suas relações com ele.
A educação pode ser entendida como toda influência que o ser humano recebe
do ambiente social, durante a sua existência, no sentido de se adaptar a normas e
valores sociais vigentes e aceitos.
Pós-graduação
109
Conteúdo do treinamento
Segundo Chiavenato (2006), o conteúdo do treinamento pode envolver quatro
tipos de mudança de comportamento:
1. transmissão de informações – o elemento essencial em muitos
programas de treinamento é o conteúdo: repartir informações entre
os treinandos, como um corpo de conhecimentos. Normalmente, as
informações são genéricas, de preferência sobre o trabalho, como
informações sobre a empresa, seus produtos e serviços, sua organização
e políticas, regras e regulamentos etc. Pode envolver também
transmissão de novos conhecimentos;
2. desenvolvimento de habilidades: principalmente as habilidades, destrezas
e conhecimentos diretamente relacionados com o desempenho do cargo
atual ou de possíveis ocupações futuras. Trata‑se de um treinamento
orientado diretamente para as tarefas e operações a serem executadas;
3. desenvolvimento ou modificação de atitudes: geralmente mudanças
de atitudes negativas para atitudes mais favoráveis entre trabalhadores,
aumento de motivação, desenvolvimento da sensibilidade do pessoal de
gerência e de supervisão quanto aos sentimentos e reações das pessoas.
Pode envolver aquisição de novos hábitos e atitudes, principalmente em
relação a clientes ou usuários ou técnicas de vendas; e
4. desenvolvimento de conceitos: o treinamento pode ser conduzido
no sentido de elevar o nível de abstração e conceptualização de ideias
e de filosofias, seja para facilitar a aplicação de conceitos na prática
administrativa, seja para elevar o nível de generalização, desenvolvendo
gerentes que possam pensar em termos globais e amplos.
Objetivos do treinamento
De acordo com Chiavenato (2006), os principais objetivos do treinamento são:
•• preparar as pessoas para execução imediata das diversas tarefas do cargo;
•• proporcionar oportunidades para o contínuo desenvolvimento pessoal,
não apenas em seus cargos atuais, mas também para outras funções
mais complexas e elevadas; e
•• mudar a atitude das pessoas, seja para criar um clima mais satisfatório
entre elas ou para aumentar‑lhes a motivação e torná‑las mais receptivas
às novas técnicas de gestão.
Ciclo do treinamento
Treinamento é o ato intencional de fornecer os meios para possibilitar a
aprendizagem. Aprendizagem é um fenômeno que surge como resultado dos
esforços de cada indivíduo. A aprendizagem é uma mudança no comportamento e
ocorre no dia a dia e em todos os indivíduos.
Pós-graduação
111
2) Programação de treinamento
Pós-graduação
113
3) Execução do treinamento
No Nível 2 deve‑se avaliar o que os participantes aprenderam. Para isso, deve ser
aplicado uma prova ou questionário após o treinamento.
No Nível 4 devem ser avaliados os resultados concretos para a empresa. Pode ser
medido em termos quantitativos, qualitativos e em termos de economia.
Pós-graduação
115
Universidade corporativa
A educação corporativa é feita por meio do conceito de universidade corporativa.
Ela representa mais um processo, uma mentalidade, um estado de espírito
generalizado do que propriamente um local físico ou uma entidade concreta.
Dentro dessa visão, as organizações precisarão reunir cinco características
simultâneas e fundamentais, os cinco “F”: fast, focused, flexible, friend e fun (veloz,
focada, flexível, amigável e divertida).
Coaching
A palavra coaching vem do inglês e significa “preparador”, ou “técnico”.
No universo corporativo, o coach é a pessoa que ajuda o colaborador da
empresa a extrair o melhor de si e a realizar todo o seu potencial. O coach pode
ser interno, como um gerente ou alguém da área de recursos humanos, mas o
mais comum – e recomendável – é que seja um consultor externo, normalmente
um psicólogo especializado.
O coaching visa a fazer com que a pessoa atinja os resultados por vontade
própria, e não porque o chefe, o diretor ou o mercado está exigindo. Um dos
papéis do coach, aliás, é ajudar a pessoa a separar o que ela quer fazer de verdade
e o que faz por pressão externa. O coaching é utilizado, principalmente, em
desenvolvimento gerencial, em treinamentos atitudinais e em desenvolvimento
de planos de carreira.
Pós-graduação
117
Ensino a distância
O ensino a distância está expandindo‑se por duas razões fundamentais: o uso da
internet e das intranets e a evolução da tecnologia da informação (TI).
Gestão do conhecimento
A gestão do conhecimento refere‑se à criação, identificação, integração,
recuperação, compartilhamento e utilização do conhecimento dentro da empresa.
Está voltada para a criação e organização de fluxos de informação dentro e
entre os vários níveis organizacionais, para gerar, incrementar, desenvolver e
partilhar o conhecimento dentro da organização, sobretudo para incentivar trocas
espontâneas de conhecimento entre as pessoas.
Cada pessoa precisa agregar valor aos processos e produtos da empresa. E esse
valor é alcançado mediante o compartilhamento do conhecimento e representa
a essência da inovação. O segredo não mais está em deter o conhecimento nas
mãos de poucos, mas divulgá‑lo em toda a organização, ou seja, distribuir o
conhecimento, e não retê‑lo.
Referências
CHIAVENATO, Idalberto. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 8 ed. São
Paulo: Atlas, 2006.
DUTRA, Joel Souza; FLEURY, Maria Tereza Leme; RUAS, Roberto (Orgs.). Competências:
conceitos, métodos e experiências. São Paulo: Atlas, 2008.
RUAS, Roberto Lima; ANTONELLO, Claudia Simone; BOFF, Luiz Henrique (Orgs.). Os novos
horizontes da gestão: aprendizagem organizacional e competências. Porto Alegre:
Bookman, 2005.
Pós-graduação
119
Atividades de Autoaprendizagem
1. Chiavenato (2004) afirma que existem nove critérios básicos na construção de
um plano de remuneração. Leia as afirmações abaixo e selecione a opção que não
corresponde a um critério de remuneração definido pelo autor.
Atividade colaborativa
1. O treinamento é um processo educacional de curto prazo, aplicado de maneira
sistemática e organizada, por meio do qual as pessoas aprendem conhecimentos,
habilidades e competências em função de objetivos definidos. Em uma
empresa, formada por diversas áreas, alguns treinamentos são específicos para
determinados setores, outros podem ser aplicados a todos os colaboradores.
Síntese
A gestão por competências, enquanto uma nova prática de gestão de pessoas nas
organizações, criou a necessidade e fez surgir novas formas de avaliar, remunerar
e desenvolver os colaboradores. Por isso, nesta Unidade abordamos e estudamos
alguns dos aspectos relacionados às mudanças decorrentes das práticas de gestão
baseadas na gestão por competências.
Saiba Mais
Para aprofundar os conteúdos estudados na disciplina, leia o seguinte artigo:
Pós-graduação
Unidade 4
Objetivos de Aprendizagem
••Conhecer o modelo de gestão de competência MRG.
••Analisar o modelo de gestão por competência do Eneagrama.
Introdução
As novas configurações de mercado exigem cada dia mais das empresas
um posicionamento diferenciado e capaz de encantar os clientes. Fazer o
mesmo que o concorrente já não é mais suficiente para uma empresa ser
considerada competitiva.
Por fim, ela apresenta a copa da árvore, metáfora que está ligada às habilidades
das pessoas. Neste âmbito, todos os saberes e conhecimentos estão associados
e terão valor se o sujeito detentor desses saberes e conhecimentos conseguir
agir com destreza para resolver os problemas. Aqui acontece uma espécie de
demonstração do que as pessoas sabem fazer.
Pós-graduação
123
Dessa forma, tomando o exemplo de uma pessoa que sabe se comunicar (pois ela
preenche cada um dos três quesitos do CHA com sucesso), percebe‑se que o saber
que se quer desenvolver ou administrar está associado ao seu conceito, bem como
aos três elementos do CHA. Para Gramigna (2007), as premissas básicas nas quais
um modelo de gestão por competência deve se embasar pode ser resumido em
quatro passos. São eles:
1. conscientização de que cada tipo de negócio necessita de perfis específicos;
2. entendimento de que cada posto de trabalho tem características
específicas e pode ser definido um perfil de competências para os
profissionais a ocupá‑lo;
3. reconhecimento de que as pessoas que ocupam funções gerenciais são
responsáveis pela oferta de oportunidades para o desenvolvimento de
novas competências; e
4. percepção de que sempre haverá demanda para desenvolver novas
competências, e o que atualmente é essencial para o desenvolvimento do
trabalho, amanhã poderá trazer novas exigências.
Esses pressupostos teóricos devem ser propagados até que sejam introjetados
nos indivíduos de uma organização, constituindo parte da cultura organizacional e
sendo assumidas pelas pessoas nas atitudes e comportamentos organizacionais.
1. Sensibilização
Importante
O trabalho de sensibilização, quando bem estruturado, promove a
adesão da direção da empresa no processo de implantação de um
programa de gestão por competências. (GRAMIGNA, 2007).
Pós-graduação
125
Para que de fato haja a sensibilização dentro das organizações, é importante que
algumas medidas sejam adotadas, para que se verifique se as diretrizes e missões
setoriais estejam sintonizadas com a missão da empresa. Se não estiverem, será
necessário alinhar o programa aos macro objetivos organizacionais, por meio de
seminários ou reuniões de realinhamento, verificando ainda se as unidades de
negócio (postos de trabalho) têm suas atividades descritas de forma objetiva.
Você sabia?
Segundo Gramigna (2007), existem alguns “pecados” pertinentes
a essa etapa, que exigem cuidados. Para a autora, esses “pecados”
são a preguiça, a avareza, inveja, ira e luxúria. Por isso, faz‑se
necessário que a empresa conheça sua força de trabalho disponível,
identificando seus pontos de excelência e as dificuldades de
cada colaborador.
Gramigna explica que o banco de talentos permite à empresa realizar uma análise
do seu potencial humano. Esse banco serve a diversas decisões gerenciais, como
adotar medidas que favoreçam a motivação dos colaboradores. É importante
destacar que para uma empresa conseguir gerenciar as competências de seus
colaboradores, ela necessita, primeiramente, mapear as competências desses
funcionários. Isso será realizado na etapa anterior (definição de perfis).
Pós-graduação
127
Como vimos, existem muitos motivos para uma organização criar um banco
de talentos.
Importante
As vantagens da criação de um banco de talentos são: a identificação,
absorção, e aproveitamento máximo das potencialidades dos
colaboradores, a prospecção dos colaboradores na carreira e
próximas opções profissionais, elevação do moral e da situação de
pessoas e grupos, ampliação do domínio das competências, maior
rendimento e produtividade, melhoria do potencial humano e maior
integração das funções.
Pós-graduação
129
O método MRG permite ao gestor ter uma visão individual de cada uma das
competências elencadas no perfil da função que foi analisada, traçando gráficos
que esboçam os dados relativos às competências dos colaboradores, por meio
de relatórios gerais e específicos, os quais servirão para o estudo da situação de
diversos programas de gestão de pessoas que maximizam as competências.
4. Capacitação
Para cada grupo (T, FT, M e AM) mapeado pelo método MRG, deve‑se adotar
medidas distintas. O grupo dos talentos (T) é o grande patrimônio das empresas
e deve‑se sempre aproveitar o potencial deste grupo, já que nele podem estar
posteriores sucessores para funções de grande encargo nas organizações.
Importante
Para potencializar as competências e habilidades deste grupo (T),
é importante que as companhias mantenham um programa de
desenvolvimento específico para o grupo de talentos, de forma
a retê‑los nas empresas. Do contrário, a empresa corre o risco
de perdê‑los.
Pós-graduação
131
Por fim, para o grupo de pessoas abaixo da média (AM), é recomendável que se
estude minuciosamente cada caso, procurando informações sobre o colaborador.
Segundo Gramigna (2007), o gestor de pessoas deve levantar quais são os
motivos do baixo desempenho desses profissionais, checando se as pessoas se
ajustariam em novos cargos disponíveis na empresa e oferecendo feedback sobre
o atual desempenho.
5. A gestão do desempenho
Gestão de desempenho
Capacitação
Banco de talentos
Definição de perfis
Sensibilização
Referências
BRAGA, Fátima; VILAS‑BOAS, Floripes Maria; ALVES, Maria Ema Monteiro; FREITAS, Maria
João de; LEITE, Carlinda. Planificações novos papéis, novos modelos. Porto (Portugal):
Edições Asa, 2004.
GRAMIGNA, Maria Rita. Modelo de competências e gestão de talentos. 2.ed. São Paulo:
Peterson Pretince Hall, 2007.
Pós-graduação
133
8 1
7 2
6 3
5 4
Imagem 1 – Representação do eneagrama
Fonte: Adaptado de Damião (2008).
Você sabia?
Desde a década de 1990, o eneagrama é objeto de estudo de
pesquisadores como Coda e Bergamini (1997), da Fundação Getúlio
Vargas (FGV), além de ser utilizado como ferramenta no processo
seletivo de várias organizações e consultorias brasileiras. Atualmente,
a FGV de Alphaville oferece um curso de eneagrama dentro do MBA.
(CODA; BERGAMINI, 1997).
Porém, no Brasil, o eneagrama ainda não é tão popularizado quanto
em países como os Estados Unidos, onde esse método de gestão por
competências é aplicado em grandes empresas como: 3M, IBM, Sony,
Motorola, Disney e DuPont, entre outras, que já avaliaram e aplicam o
eneagrama. (DAMIÃO, 2008).
Pós-graduação
135
Importante
A capacidade motora ou instintiva está ligada a atividades que
envolvem a ação e execução de tarefas, já a capacidade emocional
está relacionada a atividades que envolvem o sentir. Por fim, a
capacidade intelectual ou cognitiva está associada à ação de pensar.
(ANTUNES, 1999).
Aprender a ser
Aprender a conhecer
Capacidade cognitiva
De acordo com o eneagrama, cada sujeito possui suas ferramentas internas muito
pertinentes à sua personalidade, que o ajuda a seguir pela vida. Cada um desses
nove estilos de personalidade abordadas pelo eneagrama possui uma capacidade
Pós-graduação
137
Nessa perspectiva, cada pessoa possui ainda uma capacidade reprimida que pode
ser estimulada e potencializada, auxiliando os indivíduos a minimizar problemas de
relacionamentos interpessoais em suas vidas particulares e nas organizações.
Capacidade Capacidade
Estilo Classificação Capacidade de apoio
preferida reprimida
1 Perfeccionista Motora Emocional Cognitiva
2 Doador Emocional Motora Cognitiva
3 Empreendedor Emocional Motora ou Cognitiva Emocional
4 Raciocinador Emocional Cognitiva Motora
5 Observador Cognitiva Emocional Motora
6 Questionador Cognitiva Emocional ou Motora Cognitiva
7 Planejador Cognitiva Motora Emocional
8 Confrontador Motora Cognitiva Emocional
9 Pesquisador Motora Emocional ou Cognitiva Motora
Quadro 1 – A origem dos nove estilos do Eneagrama
Fonte: Macarenco; Damião (2008, p. 78).
Pessoas com o estilo de personalidade doador são sujeitos que sempre querem
se doar e ajudar os outros; gostam de elogios, buscam ser amados e apreciados,
tornando‑se indispensáveis para a outra pessoa. São empenhados em satisfazer as
necessidades alheias.
Pós-graduação
139
FORMA DE
ESTILO BÁSICO DE COMPETÊNCIAS E OCORRÊNCIA OU O QUE MAIS O QUE
PERSONALIDADE HABILIDADES FIXAÇÃO DE ESTILO DE VALORIZA O MOTIVA
PERSONALIDADE
Busca da melhor
qualidade possível.
Excessivamente crítico.
Senso moral elevado.
Rigidez e falta de
Respeito a regras criatividade. Ser perfeito.
PERFECCIONISTA e princípios. A perfeição.
Ansiedade que dificulta Ter ordem.
Vontade de fazer bem assumir riscos.
feito e progredir.
Raiva inconsciente.
Comunicação
calma e precisa.
Objetividade e
rigor intelectual.
Frieza nas relações.
Excelente
Ignorância dos
capacidade lógica.
fatores humanos.
Boa faculdade
Excessiva preocupação
de análise. Ser sábio.
com detalhes. O
OBSERVADOR Vontade de aprender Ter
Dificuldade para agir. conhecimento.
no plano intelectual. conhecimento.
Rigidez quanto à
Grande autonomia
organização do trabalho.
no trabalho.
Retenção das
Promoção da
informações.
autonomia e da
boa delegação
Respeito às regras,
aos procedimentos Rigidez pessoal
e às estruturas. e inflexibilidade
com os outros.
Lealdade com o
Ser leal e
gerente e a empresa. Desconfiança excessiva.
QUESTIONADOR A segurança. protetor.
Grande capacidade de Ausência de espírito
Ter segurança.
trabalho em equipe. crítico com os
membros da equipe.
Facilidade em
perceber o potencial Dúvida e negatividade.
de um projeto.
Grande capacidade Falta de interesse
de síntese e forte pela realização.
criatividade. Dificuldade em lidar
Boas relações com pessoas mais
baseadas na sedução críticas e lúcidas.
Ser feliz.
PLANEJADOR e no otimismo. Ausência da avaliação O prazer.
de riscos e dificuldades Ter prazer.
Flexibilidade e
boa delegação. potenciais.
Pós-graduação
141
Exemplo
Por exemplo, se um gestor tem o estilo de personalidade
questionador, dificilmente ele gostaria que alguém de seu grupo o
desafiasse, pois pessoas com este estilo de personalidade prezam por
segurança, ao contrário de um gestor com estilo de personalidade
raciocinador que se motiva pela inovação e pela originalidade.
Por fim, é importante lembrar que ninguém motiva ninguém. Mas sabendo que
podemos estimular a automotivação dos indivíduos de um grupo, o eneagrama
pode propiciar maneiras de instigar e maximizar as competências e as habilidades
das pessoas, otimizando os resultados pessoais e organizacionais.
Referências
DAMIAO. Maria de Lurdes. O Eneagrama como método para avaliar atributos pessoais e
estilos comportamentais. V Congresso Virtual Brasileiro de Administração. 2008.
RISO, Don Richard; HUDSON, Russ. A sabedoria do eneagrama. São Paulo: Cultrix, 1999.
Pós-graduação
143
Atividades de autoaprendizagem
1. Após a leitura criteriosa da unidade, leia os enunciados e marque V para as
respostas verdadeiras e F para as respostas falsas:
Atividade colaborativa
1. Acesse o seguinte endereço na internet: <http://www.escolaeneagrama.com.br/
view/teste‑de‑eneagrama/>. Neste site, responda ao teste simplificado que traça
seu perfil de personalidade, de acordo com o Eneagrama.
Síntese
Nesta unidade, estudamos o método MRG de gestão por competências, e
reconhecemos os cinco blocos de intervenção da gestão por desempenho.
Estudamos ainda o método do eneagrama que tem auxiliado diversos gestores
americanos a administrar suas equipes, reconhecendo os nove estilos de
personalidade apresentados por este instrumento, suas três capacidades
(preferidas, de apoio e reprimida), bem como as características, limitações,
principais competências e habilidades de cada estilo.
Os dois métodos apresentados nesta unidade são ferramentas úteis e viáveis para
as organizações que ainda não possuem uma política de gestão por competências.
Saiba Mais
Histórico da empresa
Pós-graduação
145
A implantação
Pós-graduação
147
Desdobramento do projeto
Vale ressaltar que esse processo não é eliminatório, pois visa apenas a
priorizar as competências passíveis de desenvolvimento, bem como as que
estão dentro do desempenho esperado.
Depois dessa fase, temos em mãos uma base de dados que serve de
orientação para a elaboração dos planos de desenvolvimento individuais e
grupais, visando a ampliar as competências desejáveis.
Nosso modelo atual de gestão por competências ainda não abrange a área de
remuneração, porém, estamos em fase de planejamento para a implantação
desse módulo.
Pós-graduação
149
Capacitação
FONTE: GRAMIGNA, Maria Rita. Modelo de competências e gestão de talentos, 2. ed. São Paulo: Peterson
Pretince Hall, 2007, p.156‑160.
2) Concordo que...
A. ( ) Primeiro a obrigação, depois a diversão!
B. ( ) Toda a minha vida foi uma constante entrega de amor!
C. ( ) Gosto de criar uma imagem positiva de mim mesmo.
D. ( ) Sou extremamente sensível!
E. ( ) Ter que ir a uma festa é um sofrimento para mim, especialmente por ter
que ouvir tanta bobagem!
F. ( ) Sempre demoro a concretizar algo, pois fico imaginando as possíveis
consequências.
Pós-graduação
151
3) Em geral...
A. ( ) Meu dia a dia é tenso, cheio de cobranças e exigências.
B. ( ) Agradar aos outros é bom, porque desse modo recebo o que quero.
C. ( ) Tenho grandes dificuldades para expressar meus sentimentos.
D. ( ) Nada no presente me faz feliz: a lembrança do passado é muito forte!
E. ( ) Somente com pessoas do meu nível intelectual me sinto mais à vontade.
F. ( ) Minha imaginação é poderosa e me provoca uma grande ansiedade.
G. ( ) Sou uma pessoa muito versátil, sei fazer várias coisas diferentes.
H. ( ) A vida é uma luta constante, só me aparecem desafios, só entro em
complicações, mas no fundo até que gosto.
I. ( ) Demoro a fazer as coisas, mas tento fazê‑las bem feitas.
4) Sinto que...
A. ( ) Estou sempre dizendo: “eu tenho que...”, “eu deveria...”
B. ( ) Com jeitinho, consigo tudo o que quero.
C. ( ) Tenho grandes dificuldades para ficar quieto, meditando!
D. ( ) Não posso ser feliz em um mundo tão cego e insensível!
E. ( ) Gosto de ser reconhecido pelos meus conhecimentos especializados.
F. ( ) Tomar decisões é algo que não gosto e tento evitar sempre que possível.
G. ( ) Considero‑me uma pessoa muito criativa e audaciosa. Planejar me dá
prazer, executar nem sempre.
H. ( ) Abraço com muita determinação as causas que considero justas e
verdadeiras.
I. ( ) Estou sempre disposto a ajudar os outros.
5) Percebo que...
A. ( ) Se não pode ser bem feito, melhor não fazer!
B. ( ) Fico zangado quando as pessoas das quais espero reconhecimento me
ignoram ou me fazem sentir em segundo lugar!
C. ( ) Quando fracasso, recupero‑me rapidamente.
D. ( ) Ninguém compreende meus sentimentos.
E. ( ) Meu quarto é o único local da casa no qual posso ficar mais livre, sem ter
que falar com ninguém.
F. ( ) Não aceito ser controlado ou obrigado a fazer algo.
G. ( ) Tento manter sempre o alto astral!
H. ( ) Preciso controlar tudo, mesmo percebendo quanto isso me faz mal no
sentido de gastar muita energia.
I. ( ) É fácil me adaptar a qualquer tipo de pessoa.
6) Sei que...
A. ( ) Desde muito cedo me foi incutido um senso de responsabilidade, no
sentido de que deveria dar o exemplo.
B. ( ) Ajudar as pessoas é maravilhoso.
C. ( ) É difícil ter tempo para minhas próprias necessidades.
D. ( ) Melancolia, esse é meu estado permanente!
E. ( ) Tenho dificuldades para viver relacionamentos amorosos.
F. ( ) Sentir‑se seguro é essencial.
G. ( ) Minhas grandes paixões são as ideias, os novos conhecimentos e desafios.
H. ( ) Nunca estou satisfeito, sempre desejo conquistar mais e mais!
I. ( ) Costumo adiar muitas coisas importantes para mim.
7) Na verdade
A. ( ) Sempre faço tudo bem feito!
B. ( ) Adoro aplausos! A vida é um espetáculo...
C. ( ) Modestamente, sou o melhor na minha área.
D. ( ) Sinto‑me diferente dos demais, sinto o que ninguém é capaz de sentir.
E. ( ) Eu sou capaz de ter momentos privados de lazer; sozinho é melhor!
F. ( ) Não gosto nada de falar de mim. Além de não gostar, não tenho a
menor vontade.
Pós-graduação
153
Some quantas vezes você respondeu a mesma letra. Exemplo: Se você respondeu
4 ou mais vezes a letra A, você terá tendência ao Traço 1. Maioria B – Traço 2;
C – Traço 3; D – Traço 4; E – Traço 5; F – Traço 6; G – Traço 7; H – Traço 8; I – Traço 9.
felizes e que, para eles as coisas são mais difíceis. Devido à grande sensibilidade,
profissionalmente, adequam‑se a profissões como as de artistas plásticos,
escritores, poetas e assistentes sociais.
5 – Observador: cuidadoso, não faz nada sem antes refletir. Fica observando de
longe para analisar cuidadosamente as situações e saber em que terreno pisará,
porque têm medo de correr riscos. É desconfiado, reservado e deixa de lado as
emoções. Por isso, pode acabar levando uma vida solitária. Este traço terá sucesso
como pesquisador, astrônomo, físico e matemático.
Fonte: Teste do Eneagrama. Solução RH. Acesso em 10 nov. 2011. Disponível em:
<http://www.solucaorh.com.br/paginas/veja_mais/teste_eneagrama.html>.
Pós-graduação
Para concluir os estudos
Caro(a) aluno(a),
Por fim, deixamos nosso abraço e nos colocamos à sua disposição para ajudá‑los
a sanar eventuais dúvidas que possam ter ficado sobre os conceitos apresentados
neste livro didático que acabou de ler.
Um grande abraço.
Unidade 1
Atividade de autoaprendizagem
1. Resposta correta: F – V – F – F.
b. verdadeiro.
Unidade 2
Atividades de autoaprendizagem
1. Resposta correta: V – F – F – V – F – V.
a. verdadeiro.
b. falso, pois as pessoas passaram a ser cada vez mais valorizadas pelas
organizações, neste cenário de mudanças e complexidades e as empresas estão
buscando capacitar cada vez mais suas equipes, por meio de treinamentos
técnicos e comportamentais.
160
d. verdadeiro.
f. verdadeiro.
2. Resposta correta: C – A – D – B.
Unidade 3
Atividade de autoaprendizagem
1. Resposta correta: D.
Unidade 4
Atividade de autoaprendizagem
1. Resposta correta: F – V – V.
Pós-graduação
Referências
BRAGA, Fátima; VILAS-BOAS, Floripes Maria; ALVES, Maria Ema Monteiro; FREITAS,
Maria João de; LEITE, Carlinda. Planificações novos papéis, novos modelos. Porto
(Portugal): Edições Asa, 2004.
_____. Recursos humanos: o capital humano das organizações. 8 ed. São Paulo:
Atlas, 2006.
______. Carreira e competência: gerenciando seu maior capital. São Paulo: Editora
Saraiva, 2002.
DUTRA, Joel Souza. Gestão de pessoas com base em competências. Gestão por
competências. São Paulo: Ed. Gente, 2007.
DUTRA, Joel Souza; FLEURY, Maria Tereza Leme; RUAS, Roberto, (Orgs.).
Competências: conceitos, métodos e experiências. São Paulo: Atlas, 2008. 303p.
Pós-graduação
163
GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais, São
Paulo: Atlas, 2001.
HERZBERG, Frederick. Work and Nature of Man. Cleveland: The World Publishing,
1966.
JR., C.B.; HAYS, S.W. Para administrar a organização pública. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar ed., 1994.
MACGREGOR, Douglas. O lado humano da empresa. São Paulo: Martins Fontes, 1992.
MASLOW, Abraham H. Motivation and Personality. New York: Harper & Row
Publisher Inc., 1970.
RUAS, Roberto Lima; ANTONELLO, Claudia Simone; BOFF, Luiz Henrique (Orgs.).
Os novos horizontes da gestão: aprendizagem organizacional e competências.
Porto Alegre: Bookman, 2005.
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SOARES, Andrea Vieira; ANDRADE, George Albin Rodrigues de. Gestão por
Competências – Uma Questão de Sobrevivência em um Ambiente Empresarial
Incerto. [20--?]. Disponível em: <http://www.aedb.br/seget/artigos05/251_
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TEIXEIRA, Élson A. Criatividade, ousadia & competência. São Paulo: Makron Books,
2002.