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Teoria do Conhecimento I
Disciplina na modalidade a distância
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Créditos
Universidade do Sul de Santa Catarina | Campus UnisulVirtual | Educação Superior a Distância
Avenida dos Lagos, 41 – Cidade Universitária Pedra Branca | Palhoça – SC | 88137-900 | Fone/fax: (48) 3279-1242 e 3279-1271 | E-mail: cursovirtual@unisul.br | Site: www.unisul.br/unisulvirtual
Reitor Coordenadores Graduação Marilene de Fátima Capeleto Patrícia de Souza Amorim Karine Augusta Zanoni
Ailton Nazareno Soares Aloísio José Rodrigues Patricia A. Pereira de Carvalho Poliana Simao Marcia Luz de Oliveira
Ana Luísa Mülbert Paulo Lisboa Cordeiro Schenon Souza Preto Mayara Pereira Rosa
Vice-Reitor Ana Paula R.Pacheco Paulo Mauricio Silveira Bubalo Luciana Tomadão Borguetti
Sebastião Salésio Heerdt Artur Beck Neto Rosângela Mara Siegel Gerência de Desenho e
Bernardino José da Silva Simone Torres de Oliveira Desenvolvimento de Materiais Assuntos Jurídicos
Chefe de Gabinete da Reitoria Charles Odair Cesconetto da Silva Vanessa Pereira Santos Metzker Didáticos Bruno Lucion Roso
Willian Corrêa Máximo Dilsa Mondardo Vanilda Liordina Heerdt Márcia Loch (Gerente) Sheila Cristina Martins
Diva Marília Flemming Marketing Estratégico
Pró-Reitor de Ensino e Horácio Dutra Mello Gestão Documental Desenho Educacional
Lamuniê Souza (Coord.) Cristina Klipp de Oliveira (Coord. Grad./DAD) Rafael Bavaresco Bongiolo
Pró-Reitor de Pesquisa, Itamar Pedro Bevilaqua
Pós-Graduação e Inovação Jairo Afonso Henkes Clair Maria Cardoso Roseli A. Rocha Moterle (Coord. Pós/Ext.) Portal e Comunicação
Daniel Lucas de Medeiros Aline Cassol Daga Catia Melissa Silveira Rodrigues
Mauri Luiz Heerdt Janaína Baeta Neves
Aline Pimentel
Jorge Alexandre Nogared Cardoso Jaliza Thizon de Bona Andreia Drewes
Pró-Reitora de Administração José Carlos da Silva Junior Guilherme Henrique Koerich Carmelita Schulze Luiz Felipe Buchmann Figueiredo
Acadêmica José Gabriel da Silva Josiane Leal Daniela Siqueira de Menezes Rafael Pessi
Marília Locks Fernandes Delma Cristiane Morari
Miriam de Fátima Bora Rosa José Humberto Dias de Toledo
Eliete de Oliveira Costa
Joseane Borges de Miranda Gerência de Produção
Pró-Reitor de Desenvolvimento Luiz G. Buchmann Figueiredo Gerência Administrativa e Eloísa Machado Seemann Arthur Emmanuel F. Silveira (Gerente)
e Inovação Institucional Marciel Evangelista Catâneo Financeira Flavia Lumi Matuzawa Francini Ferreira Dias
Renato André Luz (Gerente) Geovania Japiassu Martins
Valter Alves Schmitz Neto Maria Cristina Schweitzer Veit
Ana Luise Wehrle Isabel Zoldan da Veiga Rambo Design Visual
Maria da Graça Poyer
Diretora do Campus Mauro Faccioni Filho Anderson Zandré Prudêncio João Marcos de Souza Alves Pedro Paulo Alves Teixeira (Coord.)
Universitário de Tubarão Moacir Fogaça Daniel Contessa Lisboa Leandro Romanó Bamberg Alberto Regis Elias
Milene Pacheco Kindermann Nélio Herzmann Naiara Jeremias da Rocha Lygia Pereira Alex Sandro Xavier
Onei Tadeu Dutra Rafael Bourdot Back Lis Airê Fogolari Anne Cristyne Pereira
Diretor do Campus Universitário Patrícia Fontanella Thais Helena Bonetti Luiz Henrique Milani Queriquelli Cristiano Neri Gonçalves Ribeiro
da Grande Florianópolis Roberto Iunskovski Valmir Venício Inácio Marcelo Tavares de Souza Campos Daiana Ferreira Cassanego
Hércules Nunes de Araújo Rose Clér Estivalete Beche Mariana Aparecida dos Santos Davi Pieper
Gerência de Ensino, Pesquisa e Marina Melhado Gomes da Silva Diogo Rafael da Silva
Secretária-Geral de Ensino Vice-Coordenadores Graduação Extensão Marina Cabeda Egger Moellwald Edison Rodrigo Valim
Adriana Santos Rammê Janaína Baeta Neves (Gerente) Mirian Elizabet Hahmeyer Collares Elpo Fernanda Fernandes
Solange Antunes de Souza Aracelli Araldi Pâmella Rocha Flores da Silva
Bernardino José da Silva Frederico Trilha
Diretora do Campus Catia Melissa Silveira Rodrigues Rafael da Cunha Lara Jordana Paula Schulka
Elaboração de Projeto Roberta de Fátima Martins Marcelo Neri da Silva
Universitário UnisulVirtual Horácio Dutra Mello Carolina Hoeller da Silva Boing
Jucimara Roesler Jardel Mendes Vieira Roseli Aparecida Rocha Moterle Nelson Rosa
Vanderlei Brasil Sabrina Bleicher Noemia Souza Mesquita
Joel Irineu Lohn Francielle Arruda Rampelotte
Equipe UnisulVirtual José Carlos Noronha de Oliveira Verônica Ribas Cúrcio Oberdan Porto Leal Piantino
José Gabriel da Silva Reconhecimento de Curso
José Humberto Dias de Toledo Acessibilidade Multimídia
Diretor Adjunto Maria de Fátima Martins Vanessa de Andrade Manoel (Coord.) Sérgio Giron (Coord.)
Moacir Heerdt Luciana Manfroi
Rogério Santos da Costa Extensão Letícia Regiane Da Silva Tobal Dandara Lemos Reynaldo
Secretaria Executiva e Cerimonial Rosa Beatriz Madruga Pinheiro Maria Cristina Veit (Coord.) Mariella Gloria Rodrigues Cleber Magri
Jackson Schuelter Wiggers (Coord.) Sergio Sell Vanesa Montagna Fernando Gustav Soares Lima
Marcelo Fraiberg Machado Pesquisa Josué Lange
Tatiana Lee Marques Daniela E. M. Will (Coord. PUIP, PUIC, PIBIC) Avaliação da aprendizagem
Tenille Catarina Valnei Carlos Denardin Claudia Gabriela Dreher Conferência (e-OLA)
Mauro Faccioni Filho (Coord. Nuvem)
Assessoria de Assuntos Sâmia Mônica Fortunato (Adjunta) Jaqueline Cardozo Polla Carla Fabiana Feltrin Raimundo (Coord.)
Internacionais Pós-Graduação Nágila Cristina Hinckel Bruno Augusto Zunino
Coordenadores Pós-Graduação Anelise Leal Vieira Cubas (Coord.) Sabrina Paula Soares Scaranto
Murilo Matos Mendonça Aloísio José Rodrigues Gabriel Barbosa
Anelise Leal Vieira Cubas Thayanny Aparecida B. da Conceição
Assessoria de Relação com Poder Biblioteca Produção Industrial
Público e Forças Armadas Bernardino José da Silva Salete Cecília e Souza (Coord.) Gerência de Logística Marcelo Bittencourt (Coord.)
Adenir Siqueira Viana Carmen Maria Cipriani Pandini Paula Sanhudo da Silva Jeferson Cassiano A. da Costa (Gerente)
Walter Félix Cardoso Junior Daniela Ernani Monteiro Will Marília Ignacio de Espíndola Gerência Serviço de Atenção
Giovani de Paula Renan Felipe Cascaes Logísitca de Materiais Integral ao Acadêmico
Assessoria DAD - Disciplinas a Karla Leonora Dayse Nunes Carlos Eduardo D. da Silva (Coord.) Maria Isabel Aragon (Gerente)
Distância Letícia Cristina Bizarro Barbosa Gestão Docente e Discente Abraao do Nascimento Germano Ana Paula Batista Detóni
Patrícia da Silva Meneghel (Coord.) Luiz Otávio Botelho Lento Enzo de Oliveira Moreira (Coord.) Bruna Maciel André Luiz Portes
Carlos Alberto Areias Roberto Iunskovski Fernando Sardão da Silva Carolina Dias Damasceno
Cláudia Berh V. da Silva Rodrigo Nunes Lunardelli Capacitação e Assessoria ao Fylippy Margino dos Santos Cleide Inácio Goulart Seeman
Conceição Aparecida Kindermann Rogério Santos da Costa Docente Guilherme Lentz Denise Fernandes
Luiz Fernando Meneghel Thiago Coelho Soares Alessandra de Oliveira (Assessoria) Marlon Eliseu Pereira Francielle Fernandes
Renata Souza de A. Subtil Vera Rejane Niedersberg Schuhmacher Adriana Silveira Pablo Varela da Silveira Holdrin Milet Brandão
Alexandre Wagner da Rocha Rubens Amorim
Assessoria de Inovação e Jenniffer Camargo
Gerência Administração Elaine Cristiane Surian (Capacitação) Yslann David Melo Cordeiro Jessica da Silva Bruchado
Qualidade de EAD Acadêmica Elizete De Marco
Denia Falcão de Bittencourt (Coord.) Jonatas Collaço de Souza
Angelita Marçal Flores (Gerente) Fabiana Pereira Avaliações Presenciais
Andrea Ouriques Balbinot Juliana Cardoso da Silva
Fernanda Farias Iris de Souza Barros Graciele M. Lindenmayr (Coord.)
Carmen Maria Cipriani Pandini Juliana Elen Tizian
Juliana Cardoso Esmeraldino Ana Paula de Andrade
Secretaria de Ensino a Distância Kamilla Rosa
Maria Lina Moratelli Prado Angelica Cristina Gollo
Assessoria de Tecnologia Samara Josten Flores (Secretária de Ensino) Simone Zigunovas
Mariana Souza
Osmar de Oliveira Braz Júnior (Coord.) Cristilaine Medeiros Marilene Fátima Capeleto
Giane dos Passos (Secretária Acadêmica) Daiana Cristina Bortolotti
Felipe Fernandes Adenir Soares Júnior Tutoria e Suporte Maurício dos Santos Augusto
Felipe Jacson de Freitas Delano Pinheiro Gomes Maycon de Sousa Candido
Alessandro Alves da Silva Anderson da Silveira (Núcleo Comunicação) Edson Martins Rosa Junior
Jefferson Amorin Oliveira Andréa Luci Mandira Claudia N. Nascimento (Núcleo Norte- Monique Napoli Ribeiro
Phelipe Luiz Winter da Silva Fernando Steimbach Priscilla Geovana Pagani
Cristina Mara Schauffert Nordeste)
Fernando Oliveira Santos
Priscila da Silva Djeime Sammer Bortolotti Maria Eugênia F. Celeghin (Núcleo Pólos) Sabrina Mari Kawano Gonçalves
Rodrigo Battistotti Pimpão Lisdeise Nunes Felipe Scheila Cristina Martins
Douglas Silveira Andreza Talles Cascais Marcelo Ramos
Tamara Bruna Ferreira da Silva Evilym Melo Livramento Daniela Cassol Peres Taize Muller
Marcio Ventura Tatiane Crestani Trentin
Fabiano Silva Michels Débora Cristina Silveira Osni Jose Seidler Junior
Coordenação Cursos Fabricio Botelho Espíndola Ednéia Araujo Alberto (Núcleo Sudeste) Thais Bortolotti
Coordenadores de UNA Felipe Wronski Henrique Francine Cardoso da Silva
Diva Marília Flemming Gisele Terezinha Cardoso Ferreira Janaina Conceição (Núcleo Sul) Gerência de Marketing
Marciel Evangelista Catâneo Indyanara Ramos Joice de Castro Peres Eliza B. Dallanhol Locks (Gerente)
Roberto Iunskovski Janaina Conceição Karla F. Wisniewski Desengrini
Jorge Luiz Vilhar Malaquias Kelin Buss Relacionamento com o Mercado
Auxiliares de Coordenação Juliana Broering Martins Liana Ferreira Alvaro José Souto
Ana Denise Goularte de Souza Luana Borges da Silva Luiz Antônio Pires
Camile Martinelli Silveira Luana Tarsila Hellmann Maria Aparecida Teixeira Relacionamento com Polos
Fabiana Lange Patricio Luíza Koing Zumblick Mayara de Oliveira Bastos Presenciais
Tânia Regina Goularte Waltemann Maria José Rossetti Michael Mattar Alex Fabiano Wehrle (Coord.)
Jeferson Pandolfo
Arturo Fatturi
Teoria do Conhecimento I
Livro didático
Design instrucional
Lucésia Pereira
1ª edição revista
Palhoça
UnisulVirtual
2011
Copyright © UnisulVirtual 2011
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização desta instituição.
Design Instrucional
Lucésia Pereira
João Marcos de Souza Alves (1ª ed. rev.)
Assistente Acadêmico
Aline Cassol Daga (1ª ed. rev.)
Diagramação
Higor Ghisi
Daiana Ferreira Cassanego (1ª ed. rev.)
Revisão
Papyrus Textos Ltda.
ISBN
978-85-7817-356-2
121
F26 Fatturi, Arturo
Teoria do conhecimento I : livro didático / Arturo Fatturi ; design
instrucional Lucésia Pereira ; [assistente acadêmico Aline Cassol Daga]. – 1.
ed. rev. – Palhoça : UnisulVirtual, 2011.
204 p. : il. ; 28 cm.
Inclui bibliografia.
ISBN 978-85-7817-356-2
Apresentação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
Palavras do professor. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9
Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Equipe UnisulVirtual.
7
Palavras do professor
10
Teoria do Conhecimento I
Bom estudo!
11
Plano de estudo
o livro didático;
o Sistema Tutorial.
Ementa
O conhecimento como problema filosófico, articulação entre
problema filosófico do conhecimento e Metafísica, Metafísica e
Teoria do Conhecimento entre os modernos, Giro Linguístico
e Conhecimento na Filosofia Contemporânea.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Objetivos da disciplina
Geral
Proporcionar ao aluno o domínio dos fundamentos da discussão
filosófica sobre o conhecimento e os problemas oriundos da
fundamentação do conhecimento verdadeiro.
Específicos
Proporcionar aos alunos os principais argumentos da
discussão filosófica do conhecimento.
14
Teoria do Conhecimento I
Carga horária
A carga horária total da disciplina é 60 horas‑aula.
Conteúdo programático/objetivos
Veja, a seguir, as unidades que compõem o livro didático desta
disciplina e os seus respectivos objetivos. Estes se referem aos
resultados que você deverá alcançar ao final de uma etapa de
estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto de
conhecimentos que você deverá possuir para o desenvolvimento
de habilidades e competências necessárias à sua formação.
Unidades de estudo: 7
15
Universidade do Sul de Santa Catarina
16
Teoria do Conhecimento I
17
Universidade do Sul de Santa Catarina
18
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 – Fundacionalismo
Nosso estudo nesta unidade dedicar‑se‑á ao problema filosófico
do conhecimento como um problema sobre o que faz, ou não faz
sentido perguntar. Este argumento está inserido no denominado
“giro linguístico”, isto é, o ponto de vista de que as respostas aos
problemas filosóficos sejam linguísticas. Iremos considerar o
problema filosófico do conhecimento com base no ponto de vista
do estudo filosófico da linguagem, isto é, a partir da consideração
de que nossa linguagem possui regras que não podem ser violadas
e que muitas questões formuladas na filosofia são construções
linguísticas equivocadas. Vamos tentar responder à questão: “Há
um problema filosófico quanto ao conhecimento, ou apenas um
uso equivocado da linguagem?”
19
Universidade do Sul de Santa Catarina
Agenda de atividades/Cronograma
Atividades obrigatórias
20
1
UNIDADE 1
Argumentação filosófica
Objetivos de aprendizagem
Conhecer a técnica de argumentação filosófica.
Seções de estudo
Seção 1 Aprendendo sobre argumentos
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Teoria do Conhecimento I
Unidade 1 23
Universidade do Sul de Santa Catarina
24
Teoria do Conhecimento I
Unidade 1 25
Universidade do Sul de Santa Catarina
Mas imagine que alguns deles não aceitam sua afirmação como
verdadeira. Ora, você imediatamente lhes dá uma prova.
26
Teoria do Conhecimento I
Logo:
Unidade 1 27
Universidade do Sul de Santa Catarina
28
Teoria do Conhecimento I
Unidade 1 29
Universidade do Sul de Santa Catarina
30
Teoria do Conhecimento I
Infelizmente não!
Unidade 1 31
Universidade do Sul de Santa Catarina
Como sei que é uma pessoa real e não uma criação dos cientistas
malignos? Logo, perguntar para alguém nada prova (veja o início
do parágrafo 6 da estória). Quanto à S2, devemos concordar que
um beliscão no braço é algo radical, pois a dor seria uma prova de
que algo é real. Teríamos vencido a dúvida? Você crê que já têm
uma prova final? Infelizmente, mesmo a dor pode ser criada pelo
cientista maligno, tanto quanto a pessoa que nos belisca. Releia
a estória. Não é por pouca coisa que Mike ficou com vontade
de voltar ao laboratório e pedir que removam seu cérebro e o
coloquem novamente no seu crânio. Desta forma ele teria certeza
de que vive em um mundo real.
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Teoria do Conhecimento I
Unidade 1 33
Universidade do Sul de Santa Catarina
34
Teoria do Conhecimento I
Unidade 1 35
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
Atividades de autoavaliação
36
Teoria do Conhecimento I
que existo, uma vez que ele me ludibria; e por mais que me engane
a seu bel prazer, jamais conseguirá que eu não exista, enquanto eu
continuar pensando que sou alguma coisa. Então, uma vez ponderados
escrupulosamente todos os argumentos, tenho de concluir que,
sempre que digo ou concebo em meu espírito Eu sou, logo existo, esta
proposição tem que ser necessariamente verdadeira”. (René Descartes).
Premissa:
Conclusão:
Unidade 1 37
Universidade do Sul de Santa Catarina
b) “No que diz respeito ao bem e ao mal, estes termos nada indicam de
positivo nas coisas consideradas por si, nem são mais do que modos
de pensar ou noções que formamos a partir da comparação de uma
coisa com outra. Assim, uma só coisa pode ser, ao mesmo tempo, boa,
má ou indiferente. A música, por exemplo, é boa para uma pessoa
melancólica, má para uma que está de luto, enquanto para um surdo
não é nem boa nem má”. (Benedito Espinosa)
Premissa:
Conclusão:
38
Teoria do Conhecimento I
c) É ilógico raciocinar assim: “Sou mais rico do que tu, portanto, sou
superior a ti. Sou mais eloquente do que tu, portanto, sou superior a
ti. É mais lógico raciocinar assim: Sou mais rico do que tu, portanto,
minha propriedade é maior que a tua. Sou mais eloquente do que tu,
portanto, meu discurso é superior ao teu. As pessoas são algo mais do
que propriedade ou fala”. (Epiteto, filósofo grego).
Premissa:
Conclusão:
Unidade 1 39
Universidade do Sul de Santa Catarina
Conclusão:
40
Teoria do Conhecimento I
Conclusão:
Unidade 1 41
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
42
2
UNIDADE 2
Objetivos de aprendizagem
Compreender o problema do conhecimento.
Seções de estudo
Seção 1 Descartes e o ceticismo
44
Teoria do Conhecimento I
Unidade 2 45
Universidade do Sul de Santa Catarina
46
Teoria do Conhecimento I
Para ele, como nada pode ser conhecido, nada pode ser
investigado. Portanto, devemos nos adequar ao comportamento
comum dos outros seres humanos. Há uma afirmação
interessante que Sexto atribui à Pirro: segundo Pirro, nada
pode ser ensinado, pois ou você ensina o que a pessoa já sabe e,
portanto, isto não é aprender algo; ou você ensina algo obscuro,
mas, neste caso, como você poderá fazer com que esta pessoa
entenda algo obscuro, que ela nem sabe como compreender?
Unidade 2 47
Universidade do Sul de Santa Catarina
48
Teoria do Conhecimento I
Imagine que alguém diga “duvido que dois mais dois é igual
à quatro”. Se não for uma pessoa alcoolizada, nem estiver de
brincadeira, então a questão não faz sentido. Dois mais dois
sempre resultarão quatro. A mesma coisa ocorre com o metro
padrão: ele sempre é igual a cem centímetros. Se você disser que
um metro é a soma de 99 centímetros, então, se você não está
brincando nem estiver sob efeito de alguma substância química
que altere seu estado de percepção, então sua afirmação estará
errada. Mais do que isto: matematicamente, ela não faz sentido.
Unidade 2 49
Universidade do Sul de Santa Catarina
O que é uma pessoa normal neste caso? Ora, alguém que sente
que o gelo é frio! Logo, você define normal segundo o que você
pretende, a saber, que percebe que o gelo é frio. Isto não vale
como prova. Descartes poderia argumentar também que: se você
segurar um pedaço de gelo na mão durante muito tempo, não
50
Teoria do Conhecimento I
terá sensação de frio e sim de que algo está queimando sua mão.
Ora, a afirmação de que o gelo é frio já não é inquestionável.
É possível que você encontre alguém que diga “o gelo queima” e
esta pessoa não será maluca, pois de fato o gelo queima, apesar
de ser frio.
Eles poderiam afirmar: tenho tantas razões para dizer que o gelo
é frio, quantas para dizer que o gelo queima; logo, nada posso
afirmar com certeza a respeito do gelo e, portanto, não tenho
conhecimento infalível ou inquestionável sobre o gelo.
Unidade 2 51
Universidade do Sul de Santa Catarina
Ele não questiona que as coisas movam‑se, e sim que exista algo
chamado “movimento”. Para ele “movimento” é algo diferente
de um corpo movendo‑se. Complicado? Veja, o cético não aceita
as experiências como prova, pois elas são questionáveis. Ora,
no caso do movimento não temos como refutar o cético, pois
tudo que podemos lhe fornecer como prova são experiências.
Teríamos de fornecer outro tipo de prova que não envolva os
cinco sentidos da experiência.
Porque, para cada experiência que você alega como prova, pode
existir outra que a negue (veja o caso do gelo, do movimento).
Aqui temos outra exigência do ceticismo: a certeza. Ou seja, você
deve fornecer uma razão que seja indubitável.
52
Teoria do Conhecimento I
3) Você acredita que Mike poderia ter outra saída para suas
dúvidas além daquela que ele mesmo propõe? Argumente sobre
sua resposta.
Unidade 2 53
Universidade do Sul de Santa Catarina
Note que Descartes era muito esperto. Ele sabia que responder
ao cético não era algo fácil. Além disto, Descartes também
sabia que a única carta que o cético tinha para jogar era que a
experiência pode ser mutável, isto é, ela varia de pessoa para
pessoa e com o tempo. Logo, Descartes teria de eliminar esta
carta da mão do cético. O que ele faz? Responde ao cético?
54
Teoria do Conhecimento I
Unidade 2 55
Universidade do Sul de Santa Catarina
56
Teoria do Conhecimento I
Unidade 2 57
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
58
Teoria do Conhecimento I
Atividades de autoavaliação
Unidade 2 59
Universidade do Sul de Santa Catarina
60
Teoria do Conhecimento I
Saiba mais
Unidade 2 61
3
UNIDADE 3
Conhecimento, ceticismo
e a vida cotidiana
Objetivos de aprendizagem
Compreender o que é o senso comum.
Seções de estudo
Seção 1 Senso comum e conhecimento
64
Teoria do Conhecimento I
Unidade 3 65
Universidade do Sul de Santa Catarina
66
Teoria do Conhecimento I
Unidade 3 67
Universidade do Sul de Santa Catarina
68
Teoria do Conhecimento I
o cético está colocando em dúvida a razão pela qual tal prática foi
adotada como verdadeira!
Unidade 3 69
Universidade do Sul de Santa Catarina
70
Teoria do Conhecimento I
Por outro lado, você pode ficar confuso(a), se pensar que agimos
sem fundamentos verdadeiros, mas você estará correto(a), pois
a função da ação não é a verdade, e sim a convivência entre
humanos e não humanos. Se fôssemos pensar na verdade
indubitável de cada ação prática, ficaríamos imóveis, sem ação.
Unidade 3 71
Universidade do Sul de Santa Catarina
72
Teoria do Conhecimento I
Unidade 3 73
Universidade do Sul de Santa Catarina
74
Teoria do Conhecimento I
Pois bem, Moore não que falar desse tipo de objeto – aos quais
ele dá o nome de pós‑imagem –, e sim daqueles objetos que não
dependem de nossa visão. Estes objetos seriam existentes por si
mesmos, independeriam de nós.
Para que você compreenda a estratégia de Moore, veja que ele
faz uma distinção que o cético ainda não havia feito. O cético
apenas diz que “não podemos conhecer objetos exteriores a nós”,
contudo Moore está sugerindo que uma “pós‑imagem” é um
objeto exterior a nós, apesar de depender de nossa visão. Com
isto, acusa o cético de não ser claro quanto ao que afirma ser
impossível conhecer (é como se perguntasse: afinal, o que é um
objeto exterior a nós, Sr. Cético?). Por outro lado, Moore quer
dizer ao cético que ele vai lhe apontar objetos que não dependem
de nós, isto é, objetos que, quer esteja você olhando, ou não,
continuam a existir.
Moore apresenta, então, sua prova: ergue uma mão e diz: “Eis
aqui uma mão”, ergue a outra mão e diz “Eis aqui outra mão”!
Uma prova estranha, você não acha? Mas, por mais estranha que
pareça, Moore está apresentando dois objetos exteriores a nós,
que independem de nossa visão, que podem ser tocados (você
pode apertar ou beliscar a mão de Moore).
Unidade 3 75
Universidade do Sul de Santa Catarina
76
Teoria do Conhecimento I
Unidade 3 77
Universidade do Sul de Santa Catarina
78
Teoria do Conhecimento I
Unidade 3 79
Universidade do Sul de Santa Catarina
Unidade 3 81
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
Atividades de autoavaliação
Unidade 3 83
Universidade do Sul de Santa Catarina
3) Explique por qual razão é difícil responder ao cético filosófico? Que tipo
de resposta ele aceitaria?
84
Teoria do Conhecimento I
Saiba mais
Unidade 3 85
Universidade do Sul de Santa Catarina
86
4
UNIDADE 4
Objetivos de aprendizagem
Aprender o pensamento de Immanuel Kant
sobre o conhecimento.
Seções de estudo
Seção 1 Kant e as ideias sobre o conhecimento
88
Teoria do Conhecimento I
Unidade 4 89
Universidade do Sul de Santa Catarina
90
Teoria do Conhecimento I
Unidade 4 91
Universidade do Sul de Santa Catarina
92
Teoria do Conhecimento I
Unidade 4 93
Universidade do Sul de Santa Catarina
94
Teoria do Conhecimento I
Unidade 4 95
Universidade do Sul de Santa Catarina
96
Teoria do Conhecimento I
Unidade 4 97
Universidade do Sul de Santa Catarina
98
Teoria do Conhecimento I
Unidade 4 99
Universidade do Sul de Santa Catarina
(3) não sei distinguir ‘o que é estar com o cérebro em uma cuba’
de ‘não estar com o cérebro em uma cuba’; e
100
Teoria do Conhecimento I
Unidade 4 101
Universidade do Sul de Santa Catarina
102
Teoria do Conhecimento I
mesmo sem ele estar lá, mesmo que nenhum ser humano
estivesse lá.
O cético lhe perguntaria como ele sabe e, neste caso, sua resposta
seria apenas afirmar que o barulho de uma árvore caindo
não é uma criação nossa, e sim da natureza física dos objetos.
O problema com o argumento de Kant é desejar compatibilizar a
resposta do idealista com a do realista.
Ele afirma que a árvore faz barulho, mesmo que nenhum ser
humano presencie sua queda, porque nosso entendimento
constrói a queda de um corpo físico como sendo barulhenta,
isto é, como algo que faz barulho. Ele responderia à questão
afirmando que há barulho sim, mas porque nosso entendimento
constrói as coisas desta forma.
Unidade 4 103
Universidade do Sul de Santa Catarina
Barry Stroud, mas sim dizer que ele não foi contestado. Ou seja,
sua descoberta do problema do círculo vicioso é aceita por toda a
comunidade filosófica, menos pelos filósofos kantianos, é claro!
Mas esta não é a resposta que o cético pede. Ele quer saber como
podemos provar que temos conhecimento de coisas externas
a nós; ele não perguntou “Como as informações desconexas
de nossa percepção tornam‑se objetos do mundo?”, pois as
informações desconexas, as quais nosso entendimento constrói
com objetos, devem ter alguma origem.
104
Teoria do Conhecimento I
É por esta razão que ele diria a Harry que não deveria buscar
provas da realidade através de seus sentidos, pois estes apenas
lhe forneceriam um múltiplo de percepção. Kant, através de sua
“revolução copernicana” (Nós criamos o mundo objetivo, não
o encontramos pronto. Nosso entendimento nos “dá objetos
externos, sempre que usa as regras do entendimento de maneira
correta), também se torna um empirista.
Ele não pode fornecer esta resposta, pois seria afirmar que
os objetos existem na realidade tal como afirma um realista e
não um idealista como Kant. Este ponto é tão controverso que
Kant apenas conseguiu responder afirmando que “Apenas Deus
percebe o que um objeto é em si mesmo”, apenas Deus conhece
“a coisa em si”. Nós humanos, devido à nossa limitação, apenas
compreendemos as coisas como são para nós, segundo nosso
entendimento. Nós percebemos fenômenos, e não objetos tal
como são. Bem, este é um primeiro ponto.
Unidade 4 105
Universidade do Sul de Santa Catarina
Parece, por fim, que o cético não foi convencido por Kant. Antes,
Kant exige que o cético aceite sua argumentação para que, só
então, aceite a prova do mundo exterior fornecida por Kant. Mas
cabe ao cético uma última palavra: não aceitar o Idealismo.
Síntese
106
Teoria do Conhecimento I
Unidade 4 107
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividades de autoavaliação
108
Teoria do Conhecimento I
Unidade 4 109
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
110
5
UNIDADE 5
A naturalização do conhecimento
e o questionamento cético
Objetivos de aprendizagem
Compreender o argumento da naturalização do
conhecimento, elaborado por Quine.
Seções de estudo
Seção 1 Ponto de vista interno e ponto de vista externo
do conhecimento
112
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 113
Universidade do Sul de Santa Catarina
114
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 115
Universidade do Sul de Santa Catarina
116
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 117
Universidade do Sul de Santa Catarina
118
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 119
Universidade do Sul de Santa Catarina
120
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 121
Universidade do Sul de Santa Catarina
122
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 123
Universidade do Sul de Santa Catarina
124
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 125
Universidade do Sul de Santa Catarina
126
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 127
Universidade do Sul de Santa Catarina
128
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 129
Universidade do Sul de Santa Catarina
Síntese
Atividades de autoavaliação
130
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5 131
Universidade do Sul de Santa Catarina
Saiba mais
132
6
UNIDADE 6
Filosofia da linguagem e o
problema do conhecimento
Objetivos de aprendizagem
Conhecer a História do Círculo Positivista de Viena.
Seções de estudo
Seção 1 Positivismo e linguagem
Seção 3 Verificacionismo
134
Teoria do Conhecimento I
Unidade 6 135
Universidade do Sul de Santa Catarina
136
Teoria do Conhecimento I
Unidade 6 137
Universidade do Sul de Santa Catarina
138
Teoria do Conhecimento I
Unidade 6 139
Universidade do Sul de Santa Catarina
140
Teoria do Conhecimento I
Unidade 6 141
Universidade do Sul de Santa Catarina
Seção 3 – Verificacionismo
O Círculo de Viena apresentou variantes do Princípio de
Verificação. Inicialmente, temos uma versão “estrita”, isto é, uma
adesão irrestrita ao princípio. Este período inicia‑se com Moritz
Schlick, em 1922, até 1935. De 1935 em diante, algumas críticas
fazem com que se adote uma versão menos restrita.
142
Teoria do Conhecimento I
Por outro lado, é possível que uma afirmação não seja totalmente
confirmável, mas confirmável apenas tendo em vista que não é
possível reduzi‑la a um indivíduo em particular, a não ser através
de uma serie infinita de etapas. Em um terceiro caso, dizemos
que uma afirmação é completamente confirmável se cada
predicado usado na afirmação puder ser reduzido a um ou outro
indivíduo, isto é, neste caso a afirmação poderá ser verificada
através de método empírico.
Unidade 6 143
Universidade do Sul de Santa Catarina
144
Teoria do Conhecimento I
Unidade 6 145
Universidade do Sul de Santa Catarina
146
Teoria do Conhecimento I
Unidade 6 147
Universidade do Sul de Santa Catarina
148
Teoria do Conhecimento I
Síntese
Atividades de autoavaliação
Unidade 6 149
Universidade do Sul de Santa Catarina
150
Teoria do Conhecimento I
Unidade 6 151
7
UNIDADE 7
Fundacionalismo
Objetivos de aprendizagem
Compreender os principais argumentos do
Fundacionalismo em Teoria do Conhecimento.
Seções de estudo
Seção 1 Argumentos fundacionalistas
154
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 155
Universidade do Sul de Santa Catarina
156
Teoria do Conhecimento I
Probabilidade
Bem, você deve saber que a probabilidade de algo ocorrer não
corresponde a uma certeza, isto é, nós sempre queremos saber
qual a probabilidade de que algo ocorra, e não a probabilidade
absoluta. Ou seja, a probabilidade é sempre relativa segundo
determinadas evidências. Por exemplo: se perguntarmos ao
probabilista “Qual a probabilidade absoluta de que Red Lady
ganhe o terceiro páreo desta tarde?”, ele redarguirá, afirmando
que não poderá nos fornecer uma probabilidade absoluta, e
sim uma probabilidade aproximada. Ou seja, dados os páreos
anteriores, as corridas anteriores e as posições de chegada e
partida de Red Lady, é provável que ganhe a corrida. Mas não
é absolutamente certo que será assim. Que tal colocar isto em
símbolos para visualizar melhor?
P = probabilidade
h = hipótese (que Red Lady ganhe o páreo desta tarde)
e = evidência
Unidade 7 157
Universidade do Sul de Santa Catarina
158
Teoria do Conhecimento I
Bem, que isto é assim fica fácil de perceber por meio do seguinte
raciocínio: imagine que você possui uma crença A. Você a
justifica através de duas outras crenças B e C. Ora, você ainda
não provou que A é justificada. Você apenas disse que B e C são
justificadas, e que por isto A também é justificada. Sendo assim,
a justificação por inferência é condicional (depende da verdade de
outras crenças).
Unidade 7 159
Universidade do Sul de Santa Catarina
Infalibilidade e justificação
Os dois argumentos anteriores podem ser combinados para
que se forneça outro argumento favorável ao Fundacionalismo.
Assim, o argumento é que toda crença infalível é justificada
de maneira não inferencial. Uma crença infalível poderá ser
justificada, mas não retira sua justificação de outra crença
qualquer, ela não necessita de nenhum suporte inferencial.
Ao mesmo tempo, nada poderá minimizar a probabilidade de
que uma crença infalível seja verdadeira, pois ela é justificada, isto
é, não temos nenhuma razão para colocá‑la em questão, ou supor
que ela é falsa. Isto faz com que a ameaça do regresso ao infinito
seja afastada.
160
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 161
Universidade do Sul de Santa Catarina
162
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 163
Universidade do Sul de Santa Catarina
Neste último caso, você poderia não aceitar que apenas utilizei
uma palavra inadequada; você poderá argumentar que não sei
o que estou percebendo, pois se trata de um erro substancial.
Então, não apenas utilizei a palavra errada, mas também quanto
a o que é uma cor. Logo, cometo dois tipos de erros, quais sejam,
conceitual e substancial.
164
Teoria do Conhecimento I
Este ponto é importante, pois lida com dois aspectos que são
necessários para que obtenhamos conhecimento:
Unidade 7 165
Universidade do Sul de Santa Catarina
166
Teoria do Conhecimento I
Harry lhe perguntaria: “Qual a base que tenho para inferir que
não sou um cérebro em uma cuba neste momento?”
Unidade 7 167
Universidade do Sul de Santa Catarina
Ainda mais: Harry não tem dúvida quanto a quais são suas
crenças, sua dúvida é quanto à verdade delas. O cientista maligno
eliminou a sua certeza em crenças infalíveis, ao lhe revelar que ele
já havia sido um cérebro em uma cuba. Harry não sabia se agora
estava, ou não, com seu cérebro em uma cuba.
168
Teoria do Conhecimento I
Assim, ele deseja manter tanto (a) quanto (b). Porém, a mudança
que ele operou em seu programa, a fim de mantê‑lo de pé,
implicará o fato de já não termos crenças básicas não inferenciais.
Unidade 7 169
Universidade do Sul de Santa Catarina
I – crenças que são justificadas por algo que não seja outra crença;
170
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 171
Universidade do Sul de Santa Catarina
172
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 173
Universidade do Sul de Santa Catarina
174
Teoria do Conhecimento I
Todavia, não temos provas para afirmar que estas pessoas não
são autômatos, robôs treinados para agirem de uma determinada
forma, a saber, a forma como seres humanos agem. Sabemos
por nós o que é agir como um ser humano, ter sentimentos e ter
experiências, mas não podemos atribuir “mente” a outras pessoas
apenas com base em nosso caso pessoal.
Unidade 7 175
Universidade do Sul de Santa Catarina
Mas isto, como você já viu, não é uma prova suficiente. Não me
é permitido extrapolar o meu caso pessoal para todos os outros
casos. Por exemplo: se sinto uma dor no pé e meu colega também
alega ter uma dor no pé no mesmo instante, nada nos garante que
estamos falando da mesma dor: meu colega fala da dor que ele
sente e eu falo de minha dor.
176
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 177
Universidade do Sul de Santa Catarina
Ora, você pode perceber que este argumento de Stuart Mill parte do
caso pessoal para o caso de outras pessoas. Mill admite não saber se
as outras pessoas possuem os mesmos sentimentos que ele, contudo,
devido ao fato de apresentarem o mesmo comportamento exterior,
conclui que devem ter os mesmos sentimentos. O argumento parte
do princípio de que o meu caso pessoal constitui uma base sólida
para inferir o caso dos outros.
178
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 179
Universidade do Sul de Santa Catarina
180
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 181
Universidade do Sul de Santa Catarina
182
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 183
Universidade do Sul de Santa Catarina
184
Teoria do Conhecimento I
Unidade 7 185
Universidade do Sul de Santa Catarina
Isto significa que a busca por uma certeza não faz sentido, pois o
conhecimento não é uma verdade absoluta e indubitável, antes é
nossa vida que cerca este conhecimento e o faz ser tão certo que
não o podemos negar. Quando um cético pede contas da certeza
de nosso conhecimento, não conseguimos lhe fornecer nenhuma,
pois não obtivemos aquele conhecimento por meio de uma
investigação experimental, mas, sim, pelas nossas vidas.
186
Teoria do Conhecimento I
Síntese
Unidade 7 187
Universidade do Sul de Santa Catarina
Atividades de autoavaliação
188
Teoria do Conhecimento I
Saiba mais
Unidade 7 189
Para concluir o estudo
192
Referências
194
Teoria do Conhecimento I
195
Sobre o professor conteudista
Unidade 1
1) Esta resposta é pessoal mas o aluno poderá indicar que, ainda
que exista um embusteiro sumamente poderoso, sumamente
ardiloso, que empregue todos os seus esforços para
manter – me perpetuamente ludibriado, não pode subsistir
dúvida alguma de que existo, uma vez que ele me ludibria; e,
por mais que me engane a seu bel prazer, jamais conseguirá
que eu não exista, enquanto eu continuar pensando que sou
alguma coisa. Já no que se refere à conclusão, o (a) aluno (a)
poderá indicar que, uma vez ponderados escrupulosamente
todos os argumentos, terá de concluir que, sempre que diz ou
concebe em seu espírito Eu sou, logo existo, esta proposição
tem de ser necessariamente verdadeira. Já a premissa no
que diz respeito ao bem e ao mal, estes termos nada indicam
de positivo nas coisas consideradas por si, nem são mais do
que modos de pensar, ou noções que formamos, a partir da
comparação de uma coisa com outra.
Unidade 2
1) Espera‑se que o(a) aluno(a) elabore sua resposta de maneira
argumentativa, discutindo seu(s) ponto(s) de vista. O objetivo
da questão é fazer o(a) aluno(a) pensar no argumento cético
de que a investigação da verdade não tem um fim. Logo,
buscar a verdade é tornar‑se escravo de uma busca que
apenas traz perturbação ao espírito.
2) As verdades da razão são aquelas verdades que não
necessitam de nossas experiências sensoriais para
estabelecer sua verdade. As verdades da experiência são
possíveis, apenas, devido à capacidade humana de perceber
e, portanto, poderiam ser diferentes. Espera‑se que o(a)
aluno(a) apresente seu(s) ponto(s) de vista de maneira
argumentativa, fornecendo as razões de seu raciocínio.
Universidade do Sul de Santa Catarina
Unidade 3
1) Exemplo de conhecimento “interno”: a ciência mostra que os objetos
do mundo são compostos de partículas unidas através de pequenos
espaços. A afirmação fala apenas de determinada característica
dos objetos. Parte do pressuposto que nós podemos conhecer os
objetos do mundo. Exemplo de conhecimento “externo”: nossa
capacidade de conhecer objetos da realidade. Aqui está em jogo todo o
conhecimento, e não uma parte específica.
2) A resposta mais correta neste caso é argumentar que Moore não
compreendeu corretamente o ceticismo filosófico. O cético questiona
todo conhecimento, e não apenas o conhecimento de objetos
exteriores a nós.
3) A resposta correta a esta pergunta é argumentar da seguinte forma:
a dificuldade em fornecer uma resposta ao cético consiste na
impossibilidade de fornecer um tipo de conhecimento que não seja
baseado em nossa percepção. A resposta que o cético aceitaria é a que
lhe mostra um tipo de conhecimento o qual não pudesse ser colocado
em dúvida.
Unidade 4
1) Kant argumenta que seu Idealismo é uma resposta ao cético pelo fato
de que, em primeiro lugar, o cético não poderia rejeitar a existência
das estruturas a priori do conhecimento, que inclusive o permitem
duvidar. Para duvidar da existência de algo, o cético precisa, antes
de mais nada, ter algumas noções sobre o que este algo é, como lhe
aparece, ou ainda noções básicas sobre o conhecimento, do tipo, “o
que é duvidar”. Esta já seria uma primeira instância do conhecimento,
inatingível pelo questionamento da validade dos sentidos e da
existência do mundo exterior.
2) Kant consegue combinar o Idealismo e o Realismo baseado na distinção
entre fenômenos e “coisas em si”. Em outras palavras, para Kant não
conhecemos diretamente as coisas, mas sim uma síntese dos dados da
percepção elaborada pelas regras do entendimento. Assim, as coisas
de fato existem independentemente de nós (realismo), mas ao mesmo
tempo só as conhecemos mediante a razão pura, isto é, as regras a
priori do entendimento (Idealismo).
3) Resposta subjetiva (As duas posições são possíveis, dependendo
da argumentação.
200
Teoria do Conhecimento I
Unidade 5
1) Ponto de vista interno: o fato de podermos conhecer objetos por
meio de nossa percepção. Ponto de vista externo: somos capazes de
conhecer o mundo que nos cerca.
2) Para Quine, a Epistemologia a partir de sua naturalização faz parte das
ciências naturais e, sendo assim, pode servir‑se das descobertas da
Psicologia Empírica sobre nossa mente e a maneira como interagimos
com o mundo que nos cerca. Assim, segundo o argumento de Quine,
a Epistemologia não é mais a tentativa racional de construir uma
explicação sobre o nosso conhecimento, e sim um ponto de vista
científico sobre o conhecer. A Epistemologia passa a incluir em suas
explicações as descobertas empíricas sobre o cérebro humano.
3) A vantagem é que a Epistemologia passará a estudar o conhecimento
humano como se este fosse um aspecto empírico da natureza do ser
humano, e não mais como uma reconstrução racional apenas, isolada
de qualquer investigação empírica.
Unidade 6
1) Segunda, terceira e quarta afirmação estão de acordo com o
princípio geral.
2) Ciências Formais: são as ciências que lidam apenas com as regras
através das quais elaboramos nossos conhecimentos. Lógica,
Matemática, Sistemas de Informação, Biblioteconomia.
Ciências Naturais: são as ciências que se utilizam do método
experimental de investigação. Seu objeto de estudo é parte
da realidade perceptível, pois apenas desta podemos realizar
experimentos. Física, Química, Ciência Cognitiva, Biologia, Psicologia
Empírica, Medicina.
201
Universidade do Sul de Santa Catarina
Unidade 7
1) O argumento da probabilidade parte do princípio que algumas
evidências devem ser verdadeiras para que os eventos prováveis
sejam esperados. Sem evidências verdadeiras, não se pode prever o
que irá acontecer, ainda que não seja de todo certo que o previsto vá
ocorrer. A necessidade de aceitarmos o argumento da probabilidade é
que nossas previsões, para serem de todo aceitáveis, devem partir de
algumas evidências aceitas como corretas e indubitáveis.
2) O ponto de vista fundacionalista parte do princípio de que apenas
poderemos obter conhecimento se nossa investigação basear‑se
em verdades primeiras que são indubitáveis. O argumento de
Lewis afirma que, se não tivermos crenças verdadeiras indubitáveis,
também não saberemos distinguir o que é, ou não, provável que
ocorra, pois não teremos conhecimentos seguros. Assim, para
que a probabilidade possa funcionar, é necessário que alguns
conhecimentos sejam indubitáveis.
202
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