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FÁBRI CA D E SABÃO EM BARRA

FI CH A TÉCN I CA

Se t or da Econ om ia : secundário
Ra m o de At ivida de : indúst ria
Tipo de N e gócio: fabricação de Sabão
Pr odu t os Ofe r t a dos/ Pr oduzidos: sabão em barra
I n ve st im e n t o in icia l: R$ 50 m il
Área Mínim a: 100 m 2

APRESEN TAÇÃO

As referências m ais ant igas aos sabões rem ont am ao início da Era Crist ã. O sábio
rom ano Plínio, o Velho ( Gaius Plinius Secundus, 23 ou 24- 79 d.C) , aut or da célebre
Hist ória Nat ural, m enciona a preparação do sabão a part ir do cozim ent o do sebo de
carneiro com cinzas de m adeira. De acordo com sua descrição, o procedim ent o
envolve o t rat am ent o repet ido da past a result ant e com sal, at é o produt o final.
Segundo Plínio, os fenícios conheciam a t écnica desde 600 a.C. O m édico grego
Galeno ( 130- 200 d.C) , que fez carreira, fam a e fort una em Rom a, t am bém
descreve um a t écnica segundo a qual o sabão podia ser preparado com gorduras e
cinzas, apont ando sua ut ilidade com o m edicam ent o para a rem oção de suj eira
corporal e de t ecidos m ort os da pele.
No século XI I I , a indúst ria de sabão foi int roduzida na França. No século XI V,
passou a se est abelecer na I nglat erra. Na Am érica do Nort e o sabão era fabricado
art esanalm ent e at é o século XI X. A part ir daí, surgem as prim eiras fábricas. No
Brasil, a indúst ria de sabões dat a da segunda m et ade do século XI X.
É cert o que o sabão est á inserido na cult ura há m uit o t em po. Sua ligação com o
progresso da sociedade é bem est reit a, exist indo at é est udos que m ediram o grau
de desenvolvim ent o de sociedades pela quant idade de sabão que consum iam .
Hoj e em dia, o sabão j á não possui a im port ância com ercial de t em pos at rás, m as a
indúst ria saboeira cont inua t endo um carát er essencial dent ro de um a sociedade.
Com aproxim adam ent e 25% da dem anda de produt os de lim peza dom ést ica, só
perde para os det ergent es.
Em poucas palavras, podem os dizer que o sabão é um sal obt ido da reação quím ica
ent re um ácido graxo superior ( sebo, gorduras, óleos veget ais e anim ais) e um a
base inorgânica, que pode ser o hidróxido de sódio ou de pot ássio. Após essa
reação, t em os a salgadura com cloret o de sódio ( sal de cozinha) . A part ir de ent ão,
ocorre a separação da “ m assa” ( sabão) e a lixívia ( part e líquida) .

Em bora à prim eira vist a pareça sim ples, a fabricação de sabão requer bast ant e
prát ica, um a vez que exige cert os conhecim ent os t écnicos. Em geral, progridem
nessa at ividade aqueles que at ravés dos anos vêm se int eirando de t udo quant o a
ela se refere. Ao fabricant e que se inicia no ram o recom enda- se aprender a t eoria,
realizar cont at os com em presários do set or e cont ar com a colaboração de alguém
que conheça bem o aspect o produt ivo.
M ERCAD O

Apesar da produção de sabão ser bem aceit a no m ercado, a concorrência é


bast ant e acirrada, com presença de grandes em presas e m ult inacionais. O que
poderá t ornar o pequeno fabricant e com pet it ivo é a qualidade e o preço acessível,
aliado à criat ividade na apresent ação do produt o.
O em preendedor deve at ent ar- se para o fat o de que há nesse m ercado a fort e
presença de em presas inform ais. Os preços dos produt os ilegais vendidos de port a
em port a ou em pequenas loj as em garrafas de vidro ou plást ico t êm um fort e
apelo ao consum idor, que com pra o produt o clandest ino, m esm o sabendo do risco
que oferece à saúde da população, pois est es produt os não t razem inform ações
sobre as subst âncias ut ilizadas em sua com posição.
Out ro desafio enfrent ado pelo pequeno produt or est á na com pra das m at érias-
prim as. Grandes fornecedores não cost um am vender pequenas quant idades, e
quando as fornece, as condições são desvant aj osas.

Um a boa sugest ão na definição do rum o que seu em preendim ent o vai t om ar é


encont rar um nicho. É im port ant e especializar- se e, claro, não descuidar das out ras
com pet ências da gest ão.

Conhecer as caract eríst icas dos seus fut uros client es, porque preferem com prar t ais
produt os, quando fazem suas com pras e quais são suas t endências de consum o são
avaliações essenciais para o sucesso do seu em preendim ent o.

Na vida, a gent e sabe que das adversidades podem surgir oport unidades. No
m undo dos negócios não é diferent e: a m aioria das em presas bem sucedidas,
algum dia enfrent ou dificuldades e adot ou a m udança com o alt ernat iva de
sobrevivência naquele m om ent o, para depois, fort alecida, apresent ar- se
com pet it iva ao concorrent e.

LOCALI ZAÇÃO

A escolha do local e do espaço físico necessário para inst alar a fábrica de sabão é
um a decisão m uit o im port ant e para o sucesso do em preendim ent o. O local deve
oferecer infra- est rut ura adequada e condições que propiciem o seu
desenvolvim ent o.

Dessa form a, ao definir o local para sua inst alação, observe a disponibilidade das
m at érias- prim as básicas ( gordura de origem anim al e/ ou veget al) , de água, de
m ercado local para o produt o e os aspect os relacionados à disposição dos rej eit os,
por ser a indúst ria considerada poluent e.

Além disso, as at ividades econôm icas da m aioria das cidades são regulam ent adas
pelo Plano Diret or Urbano ( PDU) . É essa Lei que det erm ina o t ipo de at ividade que
pode funcionar em det erm inado local. A consult a de local j unt o à Prefeit ura é o
prim eiro passo para avaliar a im plant ação de sua fábrica de sabão.

Na Prefeit ura de Vit ória o PDU é fornecido a part ir de consult a no sit e


ht t p: / / www.vit oria.es.gov.br/ hom e.ht m .
ESTRUTURA

A est rut ura básica deve cont ar com um a área de, aproxim adam ent e, 100 m ² ,
dist ribuída ent re escrit ório, galpão de produção para a inst alação de m áquinas,
equipam ent os, est oques de m at éria- prim a e de produt os acabados e alm oxarifado.

As posições e dist ribuição das m áquinas e equipam ent os, balcões de at endim ent o,
depósit os, ent re out ros é im port ant e para a int egração das at ividades a serem
execut adas. Para alcançar sat isfat oriam ent e a produção desej ada, você deverá
considerar o layout int erno ( am bient e, decoração, facilidade de m ovim ent ação,
lum inosidade, ent re out ros) e o ext erno ( vit rinas, fachada, let reiros, ent rada e
saída, est acionam ent o, ent re out ros) da sua em presa.

A plant a ideal de um a fábrica de sabão, em t erm os gerais, será aquela na qual as


et apas do processo, desde a fusão das m at érias gordurosas at é o acondicionam ent o
e expedição sej am realizadas em níveis descendent es. Nesse caso, seria possível
ut ilizar a gravidade em vez de bom bas, o que, nat uralm ent e, t ornaria a at ividade
m uit o m ais econôm ica. Exist em , ent ret ant o, inst alações onde a fabricação se dá no
sent ido vert ical ou, ainda, por m eio da com binação ent re os dois sist em as.
Porém , ant es de definir o proj et o, o em preendedor deve ent rar em cont at o com a
prefeit ura, gerência do m eio am bient e e vigilância sanit ária de sua cidade, para
t om ar conhecim ent o das exigências legais quant o à est rut ura física de sua
em presa.
E não se esqueça de reservar um espaço para expansão, especialm ent e a
const rução de um novo t acho e am pliação da área de secagem .

EQUI PAM EN TOS

Os equipam ent os im plem ent ados dependerão subst ancialm ent e a est rut ura que vai
ser m ont ada. Vai variar de acordo com o processo e m ecanism o de t rabalho
adot ado e da quant idade de sabão a ser produzido. Um proj et o básico cert am ent e
cont ará com :
- Tachos de ferro ou aço;
- Fogão indust rial;
- Tanque de cim ent o para secagem ( pode t am bém ser ut ilizada caixa de m adeira) .

Equipam ent os auxiliares:


Equipam ent os para cort e do sabão, baldes, balança de plat aform a, t am bores,
m esas para cort e e em balagem , m áquina seladora, pás, calhas e form as de
m adeira, rodo de ferro ou agit ador m ecânico.

Há ainda m óveis e equipam ent os para o escrit ório, com o t elefone, fax e
com put ador, e um veículo ut ilit ário.

I N VESTI M EN TOS

O invest im ent o varia m uit o de acordo com o port e do em preendim ent o e do


quant it at ivo de que dispõe o invest idor.

O valor m ínim o necessário é de R$ 30.000,00 em equipam ent os e inst alações


( t achos, fôrm as, em baladeira e bat edor, além de t elefone, ut ilit ário e galpão de 100
m 2) e R$ 20.000,00 em capit al de giro.
Est ão relacionados a seguir os it ens a serem considerados no levant am ent o de
recursos necessários para invest im ent o:

1. I nvest im ent o:
- galpão;
- m áquinas e equipam ent os;
- m óveis e ut ensílios;
- veículo;
- event uais ( 10% do valor do invest im ent o fixo) .

2. Capit al de giro ( recursos necessários para a em presa iniciar e m ant er sua


at ividade operacional) :
- caixa m ínim o ( recursos para despesas rot ineiras) ;
- m at érias- prim as, em balagens e m at eriais secundários;
- financiam ent o das vendas;
- insum os e serviços básicos;
- m ão- de- obra.

I nvest indo em AUTOMAÇÃO


Um a t endência cada vez m ais present e nas em presas que buscam o sucesso é
aut om at izar as diversas at ividades desenvolvidas. A aut om ação m elhora o
dinam ism o dos serviços oferecidos, reduzindo filas, t em po de espera, agilizando a
em issão de not as fiscais, ent re out ros. Exist em m uit as opções que possibilit am essa
facilidade: caixas elet rônicas isoladas ou int egradas, im pressoras para
preenchim ent o aut om át ico de cheques, im pressoras de not as fiscais nos caixas,
código de barras nos produt os, banco de dados sobre cada produt o ou serviço e
cadast ro de client es. I nvest igue de que form a a adoção de um equipam ent o dessa
nat ureza pode ser capaz de increm ent ar seus lucros.

PESSOAL

Na hora de selecionar as pessoas que irão t rabalhar na sua em presa, você deve
levar em consideração as habilidades específicas exigidas para cada t ipo de
at ividade que desenvolverão. Na linha de produção, por exem plo, é fundam ent al
que em pregue m ão- de- obra qualificada que, na m aioria dos casos, não se encont ra
pront a no m ercado, t endo assim que form á- la usando as diversas opções de
t reinam ent o.

A m ão- de- obra requerida para um a fábrica de sabão é facilm ent e t reinável, com
exceção do encarregado de produção, que deverá possuir experiência ant erior e
conhecim ent o quím ico, além do dom ínio das fórm ulas e de inform ações t écnicas.

Já na área de vendas, saber ouvir, t er boa vont ade, ser persist ent e e flexibilidade,
são m ais relevant es. Mas exist em caract eríst icas que são com uns a profissionais de
t odas as áreas: pessoas felizes com a vida, criat ivas, ágeis, prest at ivas e que
t enham iniciat iva. Essas caract eríst icas podem ser desenvolvidas at ravés de
t reinam ent os periódicos, lem brando que não só os funcionários e gerent es devem
ser t reinados, m as t am bém , o dono do em preendim ent o deve sem pre se at ualizar
para se m ant er com pet it ivo no m ercado.

PROCESSOS PROD UTI VOS

Os sabões são form ados a part ir de ácidos graxos ext raídos de gorduras anim ais ou
veget ais e saponificados pela soda caust ica ( NaOH) ou pela pot assa caust ica ( KOH) ,
form ando o sal correspondent e.

Qualquer gordura sólida ou óleo, de origem anim al ou veget al, serve de m at éria-
prim a para a fabricação de sabões com erciais, sendo m uit o grande a sua variedade.

No caso do aproveit am ent o de rest os de açougues ( gordura anim al) , apenas as


gorduras e o sebo poderão ser ut ilizados com o m at éria- prim a no preparo de
sabões.

Para fins prát icos, as m at érias- prim as em pregadas na fabricação de sabões est ão
divididas em t rês grupos:
- Essenciais
- Secundárias
- Coadj uvant es

Mat érias- prim as essenciais, são os com ponent es fundam ent ais para a produção do
sabão. Eles se classificam em :
a) MATÉRI AS GRAXAS: podem ser de origem anim al ou veget al.
São de origem anim al: o sebo, a graxa de porco, a graxa de ossos, a graxa de
cavalo, a graxa de lã, et c.
De origem veget al: azeit e de oliva, óleo de coco, óleo de palm a, azeit e de algodão,
óleo de rícino, azeit e de girassol, et c.
b) MATÉRI AS ALCALI NAS: as subst âncias alcalinas que cont êm sódio produzem
sabões sólidos; aquelas que cont êm pot ássio produzem sabões m oles. Os álcalis
m ais usados são o hidróxido de sódio ( soda cáust ica) e o carbonat o de pot ássio
( K2CO3) , conhecido sim plesm ent e com o pot assa.

Mat érias- prim as secundárias: são aqueles com ponent es que, incorporados ao
produt o, m elhoram a qualidade ou dim inuem o cust o. Podem ser: resinas,
subst âncias de recheio, corant es
e perfum es.
a) RESI NAS: são resíduos sem cheiro nem sabor, result ado da dest ilação da
t erebint ina crua.
b) MATÉRI AS DE RECHEI O ( CARGAS) : o principal obj et ivo da incorporação dos
com ponent es de recheio é a redução de cust os. Muit as vezes, sacrifica- se a
qualidade do produt o por um rendim ent o m aior. Cont udo, alguns sabões t êm suas
qualidades
m elhoradas com a incorporação de pequena quant idade de silicat o de sódio, o que
os t ornam m ais sólidos e duráveis. Nos sabonet es não é convenient e o uso de
m at érias de recheio. Subst âncias m ais em pregadas: silicat o de sódio, carbonat o de
sódio, caulim , t alco, açúcar, caseína, am ido, bórax, dent re out ras.
c) CORANTES E PERFUMES: o uso de corant es visa m elhorar o aspect o do sabão e
agradar à vist a. Podem ser de origem anim al, veget al ou m ineral. Para perfum ar,
são em pregadas essências liposolúveis.

Coadj uvant es de fabricação: as m at érias- prim as consideradas com o coadj uvant es


são aquelas em pregadas com o veículo no processo de fabricação. As principais são
a água e o cloret o de sódio ( sal de cozinha) .

Conheça um pouco m ais as m at érias- prim as ut ilizadas na fabricação de sabão:

ÓLEOS E AZEI TES. Os óleos ou azeit es podem ser de procedência veget al ou


anim al.

Óleo de linhaça
Procede das sem ent es de linho. Obt ido por processo frio, apresent a cor am arela
escura ou verde pálida, quando é obt ido por processo quent e, apresent a cor
am arela escura. É em pregado especialm ent e para a fabricação de sabões de pouca
consist ência.

Óleo de rícino
Obt ido das sem ent es dessa plant a, que cont ém cerca de 60 a 90% de azeit e. O
óleo de rícino, j unt o com o óleo de coco, pode saponificar com facilidade at ravés do
processo a frio. É assim que obt êm - se excelent es sabões duros e t ransparent es, o
único inconvenient e é que não espum am com t ant a abundância com o aqueles feit os
com óleo de coco. Devido a est e fat o est a m at éria- prim a nunca é em pregada
isolada, é m ist urada com breu ou óleo de coco.

Óleo de am endoim
As sem ent es de am êndoas cont ém de 42 a 51 % de óleo ext raído por m eio de
pressão.

Óleo de coco
Provem dos frut os do coqueiro, é em pregada m uit o para a fabricação de sabões
duros, sabões líquidos e sobret udo, para a fabricação de sabões a frio.

Óle o de soj a
Na saponificação se em pregam lixívias fracas.

SEBOS

Sebo veget al
Usa- se na fabricação de sabões j unt o com o sebo anim al.

Sebo anim al
A m aior part e se em prega na fabricação de sabão.

ÁCI DO OLÉI CO: é um resíduo da fabricação de velas de cera. Est e ácido é


em pregado ( m esclada ou isoladam ent e) com óleo de palm a ou de sebo. Trat ado
com soda, em prega- se na fabricação de sabões.

RESI NA OU BREU: é o produt o da dest ilação da essência da t erebint ina. É dura e


frágil, apresent a cor am arelada. Com o em prego da resina se corrigem defeit os de
cert as graxas que são em pregadas na fabricação de sabões e, ao m esm o t em po,
t ransm it em ao sabão qualidade det ergent es, com o por exem plo, a de form ar
grande quant idade de espum a.

POTASSA E SODA CÁUSTI CA: a pot assa e a soda desem penham papel de prim eira
ordem na fabricação de sabões. O que no com ércio se conhece com o nom e de
soda, é o carbonat o de sódio. A soda e a pot assa que se encont ram no com ércio
são o carbonat o de sódio e o carbonat o de pot ássio.

Pot assa Nat ural


Procede da calcificação de cert os veget ais, os rest os obt idos se t rat am com água do
que se obt ém lixívia, evapora- se est a e calcina- se, obt endo- se assim pot assa em
brut o.

Pot assa Art ificial


Obt ida at ravés de processos sem elhant es aos da soda art ificial. Pode- se, t am bém ,
obt er m ediant e a lavagem de lã de carneiro, bem com o da lavagem dos resíduos da
bet erraba.

Soda Nat ural


É const it uída pelos rest os de cert os veget ais m arinhos deposit ados na praia pelas
ondas. Est as plant as são post as a secar e em seguida são queim adas. A soda
obt ida dest a form a é denom inada soda brut a.

Soda Art ificial


É obt ida quim icam ent e por dois processos. O prim eiro consist e em t ransform ar o
sal m arinho ( cloret o de sódio) em sulfat o de sódio, pela ação do ácido sulfúrico e o
sulfat o de carbono pela ação do carbonat o de sódio. O segundo consist e em t rat ar
o m esm o sal m arinho com bicarbonat o de am ônio, obt endo- se bicarbonat o de sódio
precipit ado que se calcina, para t ransform á- lo em bicarbonat o de sódio.

GLI CERI NA: a glicerina é um álcool m uit o fort e que, unido aos ácidos graxos,
proporciona os ést eres graxos ou glicéreos. No est ado puro é um líquido incolor
azeit oso, inodoro e de sabor açucarado. Em cont at o com o ar absorve a um idade,
dissolve energicam ent e grande núm ero de m at érias, com o por exem plo a cal.

ÁGUA: elem ent o de grande im port ância na saponaria. Serve para dar vapor, para
esquent ar as caldeiras com serpent inas, para preparar as soluções de álcalis e
cloret o de sódio, além de ser agent e da lavagem . A água, durant e o em past o,
produz a em ulsão das graxas e facilit a assim a com binação dest as com álcalis,
indispensáveis, com o com ponent es na indúst ria de sabões. Nem t odas as águas são
boas para a fabricação de sabões. As águas que cont êm ácido sulfúrico, carbono e
sal, em sua m aioiria, não são adequadas à fabricação de sabões. No ent ant o,
pequenas quant idades dessas m at érias, não prej udicam t ant o o produt o final. Para
os sabões brancos e puros, bem com o para os de t oucador, é convenient e que se
evit e águas ferruginosas, que colorem os sabões, em virt ude dos sais que t razem
consigo.

CAL: a cal que serve para a caust ificação da lixívia, deve ser de 90 a 100% pura. A
cal em pregada na fabricação de sabões é a cham ada cal apagada ou hidrat ada,
obt ida a part ir do t rat am ent o da água cal viva ou óxido de cálcio. A cal usada em
saponaria dist ingue- se das dem ais por sua m aior leveza e ausência de ácido
carbônico, o que se com prova por m ais sim ples ensaio com ácido clorídrico, sem
provocar efervescência.

SAL: o cloret o de sódio ( sal de cozinha com um ) serve para separar o sabão da
lixívia depois de verificado o em past e. O cloret o de sódio separa a cal dos ácidos
graxos de suas soluções em água, água lixivial e glicerina.
Trat ando um a solução de sabão com out ra de sal com um , os dois líquidos não se
m ist uram a não ser que se consist am em soluções m uit o diluídas. Est ando bast ant e
concent radas, m ant ém - se separadas em duas cam adas superpost as.

ÁLCALI S: os álcalis com binados com ácidos graxos dão com o result ado um sal
conhecido pela denom inação de sabão.

PROCESSO D E FABRI CAÇÃO D E SABÃO EM PED RA EM PEQUEN A ESCALA

Em virt ude de a solubilidade e a consist ência dos sais de sódio dos diversos ácidos
graxos serem consideravelm ent e diferent es ent re si, o fabricant e de sabão deve
escolher a m at éria- prim a de acordo com as propriedades que desej a, não deixando
de levar em consideração o preço de m ercado e a qualidade que desej a t er em seu
produt o.
Com o dit o ant eriorm ent e, diversos produt os quím icos podem ent rar na com posição
do sabão em pedra, com a finalidade de aum ent ar seu peso e barat ear o cust o.
Alguns at é m elhoram a qualidade do produt o. Exem plos: breu e silicat o de sódio.
O sebo é a principal m at éria gordurosa na fábrica de sabão; as quant idades
ut ilizadas const it uem cerca de t rês quart os do t ot al de óleos e de gorduras
consum idos na indúst ria de sabão. Usualm ent e, m ist ura- se o sebo com óleo de
côco, na caldeira de sabão, ou no hidrolisador, para aum ent ar a solubilidade do
sabão.
O óleo de côco cont ém um a m ist ura de glicerídeos de ácidos graxos, principalm ent e
dos ácidos láurico e m iríst ico, que são m uit o desej áveis. O sabão de óleo de côco é
firm e e espum a bast ant e.
A seguir, fornecem os um a form ulação de sabão, cuj a part e graxa é const it uída de
óleo de côco e sebo anim al.
A form ulação apresent ada na t abela abaixo servirá com o base para descrição do
processo produt ivo de 1Kg de sabão:

MATÉRI A- PRI MA QUANTI DADE


Sebo anim al 0,210 Kg
Óleo de côco 0,210 Kg
Soda cáust ica 0,067 Kg
Sal com ercial 0,020 Kg
Silicat o de sódio ( barrilha) 0,060 Kg
Essência para sabão # 9 q.s. ( quant idade suficient e)
Corant e # 9 q.s. ( quant idade suficient e)

O pr oce sso – pa sso a pa sso:

1) Preparo da lixívia e das soluções: a lixívia de soda cáust ica ( hidróxido de sódio)
é preparada na seguint e proporção: 6,7 Kg de soda cáust ica para 35,3 Kg de água.
Pesada a soda e m edido o volum e de água, coloque a soda sobre a água em
const ant e agit ação. A lixívia deve ser preparada com ant ecedência de 24 horas.
Depois disso, prepare a solução de sal a 33% , que é feit a com 2 Kg de sal para 4
Kg de água, da seguint e form a: pese o sal e coloque- o sobre a água ( j á m edida)
em const ant e agit ação, at é a com plet a dissolução. A solução de silicat o de sódio a
60% ( barrilha) é feit a na proporção de 6 Kg de silicat o de sódio para 4 Kg de água,
seguindo o m esm o processo da solução de sal.
2) Aquecim ent o das subst âncias graxas: depois de pesados, leve o sebo anim al e o
óleo de côco ao fogo ( a lenha ou a gás) , at é um a t em perat ura aproxim ada de 60° C
em um t acho ou t am bor de ferro, at é que o sebo se dissolva com plet am ent e.
3) Adição de soda à lixívia: após a dissolução do sebo no óleo, ainda sob o fogo,
adicione, gradat ivam ent e, a lixívia de soda cáust ica sob agit ação const ant e, para
favorecer a reação de saponificação, ut ilizando agit ador de m adeira t ipo rem o.
Nest a et apa, cont role bem a t em perat ura para evit ar o t ransbordam ent o do
m at erial.
4) Adição das soluções de sal e silicat o de sódio: após a adição da soda cáust ica,
m ant enha o aquecim ent o at é obt er a form ação de grum os de sabão e,
post eriorm ent e, um a m assa past osa e hom ogênea. Nest e m om ent o, adicione as
soluções de sal e silicat o de sódio, sob const ant e agit ação. Periodicam ent e, coloque
pequenas porções de m assa sabonosa em um pires ou sobre a m esa, para t est ar a
saponificação. No m om ent o em que est a m assa endurecer, est á com plet a a reação.
Ent ão apague o fogo.
5) Tingim ent o: dissolva, previam ent e, quant idade suficient e de corant e escolhido
( anilina) em pequeno volum e de água ou álcool. O t ingim ent o é feit o após o
cozim ent o do sabão, m ist urando o corant e dissolvido, sob const ant e agit ação, para
facilit ar a hom ogeneidade da cor.
6) Perfum e: t am bém sob const ant e agit ação, m ist ure quant idade suficient e da
essência escolhida na m assa. A essência é ut ilizada para m ascarar o odor
desagradável das m at érias graxas.
7) Enform agem : concluída a saponificação, a m assa deve ser colocada nas form as,
por ação da gravidade, at ravés da t ubulação conect ada ao t acho, deixando que ela
esfrie durant e o t em po necessário ( que vai depender da quant idade de sabão
produzida) . Sugere- se esperar aproxim adam ent e 6 horas para desenform á- lo.
8) Cort e: com o auxílio de um a " lira" e, t endo com o guia t alas de m adeira com as
dim ensões desej adas para a barra de sabão, cort e- o e coloque as barras na m esa
de m adeira para post erior em balagem .
9) Em balagem : depois de revest ir as barras com film es plást icos, para preservar a
um idade, acondicione o produt o em caixas de papelão.
Um a vez iniciado, o processam ent o não deve se int errom pido. Caso haj a
int errupção, a m assa irá se solidificar, m esm o ant es do sabão est ar pront o.

Não se deve levar o produt o novam ent e ao fogo para dissolver a m assa e cont inuar
o processam ent o, pois poderão ocorrer acident es graves. Com o o calor irá dissolver
prim eiram ent e a cam ada inferior da m assa, o líquido que vai se form ando ficará
ret ido no fundo da vasilha pela cam ada superior. Ocorrerá ent ão um significat ivo
aum ent o da t em perat ura e da pressão da fase líquida, fazendo com que o conj unt o
( fase líquida m ais fase sólida) funcione com o um a panela de pressão. Os incaut os,
sem im aginar o que est á acont ecendo, cost um am perfurar a m assa superior,
abrindo espaço para que a pressão sej a liberada. I m ediat am ent e j orrará com força
descom unal um j at o de líquido super quent e ( próxim o dos 100º C) , que poderá
causar queim aduras de prim eiro grau.

Por quest ão de com odidade, pode- se fazer, ant ecipadam ent e, um a quant idade
m aior de lixívia, pois ela não est raga. Tenha sem pre lixívia preparada de ant em ão,
quando for fabricar qualquer produt o quím ico que ut ilize soda cáust ica. A lixívia
preparada previam ent e, além de conferir um a qualidade m elhor ao produt o, est á
est abilizada, não causando out ra reação na m ist ura, além da desej ada.

E lem bre- se de que um bom sabão depende da qualidade das m at érias- prim as
ut ilizadas, do adequado balanceam ent o de seus com ponent es quím icos e
preservação das condições ideais de produção, com o t em perat ura, agit ação da
m assa, secagem , et c.

ESTOQUE

Em função dessa caract eríst ica do sebo, recom enda- se m ant er um est oque com
giro rápido ( com ciclo m édio de 25 dias por produção) .

OUTRAS FÓRMULAS

- Fórm ula " A" : 3 lit ros de óleo ( sebo) , 2 lit ros de água m orna, 500 m l de pinho sol
e 1 kg soda cáust ica.

- Fórm ula " B" : 75 kg de sebo, 25 kg de óleo de coco, 75 kg de soda cáust ica a 35º
Be e 125 kg de silicat o de sódio.

- Fórm ula " C" : 250 kg de sebo, 375 kg de óleo de palm a, 312 kg de soda cáust ica a
38º Be, 37 kg de carbonat o de pot ássio a 20º Be e 25 kg de solução de sal com um
a 20º Be.

- Fórm ula " D" : 100 kg de óleo de coco, 100 kg de óleo de palm a, 250 kg de soda
cáust ica a 32º Be, 50 kg de silicat o de sódio a 36º Be e 1 kg de álcool a 96º Be.

- Fórm ula " E" : 3,5 part es ( peso) lixívia de soda cáust ica a 19º Be, 2,5 part es ( peso)
gordura de coco, 0,25 part es ( peso) óleo de rícino, 2,75 part es ( peso) salm oura a
17º Be e 1 part e ( peso) silicat o de sódio a 28- 30º Be.

- Fórm ula " F" : 5 part es ( peso) de gordura de coco e 3 part es ( peso) de lixívia de
soda a 30º Be.

Lem bram os t odas as fórm ulas ou valores indicados nesse docum ent o devem ser
considerados com o indicação orient adora suj eit a a sucessivas elaborações e a
desenvolvim ent os dit ados pela experiência de quem os ut iliza, sem qualquer
garant ia im plícit a ou declarada, nem qualquer responsabilidade assum ida por quem
as forneceu.

COM EÇAN D O

Um a fábrica de sabão é um em preendim ent o é relat ivam ent e sim ples, considerando
o seu processo de produção, aliados aos níveis de invest im ent o ( que não são m uit o
elevados) e à m ão- de- obra, que não exige qualificação especial.

Porém , um a vez colocado em funcionam ent o, est abelece- se um novo desafio: a sua
gest ão com pet it iva, capaz de oferecer ao m ercado os m elhores produt os e serviços
e assegurar o ret orno do capit al invest ido. Gerenciar o negócio significa colocar à
prova o t alent o, o conhecim ent o e a experiência do em preendedor.

Adm inist rar é o processo de organizar o que foi planej ado, assegurando a liderança
e o cont role na execução do t rabalho de t odos que fazem part e diret a ou
indiret am ent e da em presa. É usar os recursos adm inist rat ivos disponíveis com
vist as a alcançar os obj et ivos est abelecidos.

E é aqui que ent ra a im port ância da busca cont ínua de inform ações. Est as podem
ser adquiridas at ravés da leit ura, vídeos t écnicos e adm inist rat ivos, em feiras,
palest ras, t reinam ent os, e out ros event os. O próprio SEBRAE oferece m uit os cursos
de aperfeiçoam ent o: Adm inist ração Básica para Pequenas Em presas, Técnicas para
Negociações, Lucrat ividade – Crescer, Sobreviver ou Morrer, Análise e
Planej am ent o Financeiro, Cont roles Financeiros, Desenvolvim ent o das Habilidades
Gerenciais, Gest ão de Pessoas, ent re out ros.

CLI EN TES

Para ganhar proj eção no m ercado você deve lançar um olhar crít ico sobre seu
fut uro negócio, analisá- lo do pont o de vist a do consum idor e a part ir daí definir a
client ela que pret ende conquist ar. Você pode com eçar ident ificando segm ent os
específicos e levant ar inform ações com o renda, idade, classe social, nível de
inst rução, et c., para t raçar o perfil dos fut uros consum idores do produt o que sua
em presa venderá.
Por se t rat ar de um produt o de consum o popular e de prim eira necessidade, os
client es de um a fábrica de sabão podem ser facilm ent e encont rados em
residências, hospit ais, colégios, em presas públicas e privadas, lavanderias e out ros,
sendo os principais canais de dist ribuição os superm ercados, m ercearias e
at acadist as de m at eriais de lim peza.
Você deve, ainda, definir se vai at uar no m ercado consum idor diret o ou no m ercado
indiret o e m ant er sem pre at ualizado um cadast ro de client es.
D I VULGAÇÃO

O dit ado popular diz que “ a propaganda é a alm a do negócio” , m as a gent e pode
cont inuar dizendo que os " m úsculos" t am bém são im port ant es. Assim , ent endem os
que dot ar os client es int ernos ( funcionários, os " m úsculos" do negócio) de
inform ações sobre os produt os oferecidos é a chave para vendê- los ao client e
ext erno.

Volt ando à " alm a do negócio" , concluím os que para at ingir o consum idor e garant ir
as vendas, você deve planej ar o seu m arket ing. E com o fazer isso? A prim eira
sugest ão é fazer um a análise da sua realidade: ident ifique quais são os cust os de
seus serviços, adapt e- os e busque a ot im ização de sua alocação. Mant enha seus
consum idores m ot ivados, part indo para um a revisão da sua est rut ura de
com ercialização, avaliando paralelam ent e, se essa est rut ura at inge seu m ercado-
alvo com sucesso. Lem bre- se que o m arket ing deve ser cont ínuo e sist êm ico.

Considere ainda, que num plano de m arket ing é im port ant e o conhecim ent o de
elem ent os com o preço, produt o ( serviço) , pont o ( localização) e prom oção. Avaliar
as preferências e necessidades de seus client es em relação as funções, finanças,
facilidade, " feeling" ( sensibilidade) e fut uro.

D I VERSI FI ÇÃO

Um a boa form a de diversificar seu leque de at uação é agregando valor ao produt o


principal. Para alcançar o sucesso nest e m ercado é im port ant e oferecer diferenciais.
Um a sugest ão é desenvolver novas form as de apresent ação dos produt os,
t ornando- os m ais at rat ivos que os do concorrent e.

Além disso, pode- se invest ir na fabricação de out ros t ipos de sabão: em pó, em
past a, sabonet e e out ros produt os da linha de lim peza.

LEM BRETES

É de fundam ent al im port ância para quem t rabalha com produt os quím icos obedecer
às regras m ínim as de segurança. Lem bre- se que você ira t rabalhar com produt os
ácidos e básicos que oferecem grande risco para a pele, os olhos, os pulm ões, et c.
Trabalhe sem pre com bot as de borracha. Est e m at erial perm it e um a m aior prot eção
dos pés cont ra um idade e subst âncias ácidas, além de dim inuir o risco de
escorregões;
- Mant enha sem pre lim po o piso onde serão fabricados os produt os;
- Quando for necessário colocar as m ãos em algum produt o, use luvas de prot eção.
E quando for m anipular caldeirões ou t am bores quent es, use luvas de am iant o;
- Quando m ont ar a sua área de produção, evit e usar m at eriais de Segunda
cat egoria, principalm ent e para as t ubulações de água e gás. A econom ia de hoj e
pode ser a sua despesa m aior ou o acident e de am anhã;
- Um a das m at érias- prim as m ais ut ilizada pelo fabricant e de produt os de lim peza é
o ácido sulfônico. Est a subst ância, quando dissolvida na água, libera um gás
irrit ant e para os pulm ões. Evit e sem pre a inalação dest e gás. Se for necessário use
m áscara de segurança;
- A m esm a recom endação ant erior se aplica quando você for m anipular o am oníaco,
o form ol e o cloro;
- Ao m anipular o fenol ( usado no desinfet ant e creolina) , evit e o cont at o com a pele,
pois ele produz queim aduras;
- Quando for preparar um produt o, separe com ant ecedência t odas as m at érias-
prim as que serão ut ilizadas. Quant o m enos você se locom over na área de produção
durant e o processo, m elhor. Tenha t udo á m ão na hora de preparar o produt o;
- Procure sem pre ut ilizar um a roupa de prot eção adequada para evit ar o cont at o
com m at érias- prim as com a sua roupa e, principalm ent e com a sua pele;
- Sem pre que você derram ar algum a m at éria- prim a, lave o local im ediat am ent e
com bast ant e água. I st o evit ará um risco m aior de acident es;
- Evit e deixar o sist em a de aquecim ent o ( fogão, por exem plo) , ligado quando não
ut ilizado;
- Mant enha sem pre cest os de lixo nas dependências próxim as e no local de
m anipulação dos produt os. Um am bient e lim po é um local agradável de t rabalho.
Não j ogue m at eriais sólidos nas pias e ralos;
- Mant enha sem pre que possível um sist em a de exaust ão para elim inar m at eriais
volát eis;
- Sem pre que ocorrer algum acident e com você ou algum funcionário, procure
im ediat am ent e socorro m édico. I ndependent e disso, procure t er sem pre à m ão
m at eriais de prim eiros socorros;
- Quando fizer qualquer produt o de lim peza, confira sem pre se o ( PH) é o exigido da
receit a.

LEGI SLAÇÃO ESPECÍ FI CA

especificações do Código de Defesa do Consum idor ( Lei nº . 8.078/ 1990 - Código de


Defesa do Consum idor – Alt erada pela Lei nº 8.656/ 1993, Lei nº 8.703/ 1993, Lei nº
8.884/ 1994, Lei nº 9.008/ 1995, Lei nº 9.298/ 1996 e Lei nº 9.870/ 1999) .

É int eressant e, t am bém , fazer um a consult a à “ CARTI LHA DO FORNECEDOR


CAPI XABA” , que se encont ra disponível na Bibliot eca do SEBRAE/ ES.

Est a at ividade exige o conhecim ent o de algum as leis:

Nível Federal:

LEI Nº 5991/ 73. Dispõe sobre o cont role sanit ário do com ércio de produt os de
lim peza e higiene – Regulam ent ada pelo Decret o nº 74.170/ 1974, alt erada pelo
Decret o nº 94.053/ 1987, Decret o nº 793/ 93 e Lei nº 5.348/ 2005.
LEI Nº 6360/ 76. Dispõe sobre a vigilância a que ficam suj eit os os produt os de
lim peza e higiene – alt erada pela Lei nº 6.480/ 1977, Lei nº 9.787/ 99, Lei nº
9.782/ 1999, Lei 10.669/ 2005, Lei nº 10.742/ 2003 e Medida Provisória nº 2.190-
34/ 2001.
DECRETO Nº 793/ 93. Alt era os decret os nº 74.710/ 74 e nº 79.094/ 77, que
regulam ent avam as respect ivas leis, e da out ras providências.
LEI Nº 9782/ 99. Cria a Agência Nacional de Vigilância Sanit ária, orgão fiscalizador.
A nível est adual, a fiscalização cabe a Secret aria Est adual de Saúde, conform e o
Código Est adual de Saúde – Regulam ent ada pelo Decret o nº 3.029/ 1999, alt erada
pela Lei nº 8.080/ 1990, Lei nº 9.986/ 2000, Lei nº 10.871/ 2004 e Medida Provisória
nº 2.190- 34/ 2001.
LEI Nº 2590/ 71, regulam ent ada pelo decret o nº 1277- N/ 79. Dispõe sobre a
at ividade e discrim ina algum as providências, t ais com o:
- Aprovação da aut oridade sanit ária;
- Responsável t écnico habilit ado;
- Regist ro no Minist ério da Saúde.
Revogada pela Lei nº 6.066/ 1999.
LEI 8.072/ 90. Lei vigent e sobre crim es considerados hediondos ( com o vender
produt os que não t enham regist ros no Minist ério da Saúde) – alt erada pela Lei nº
8.930/ 1994 e Lei nº 9.965/ 1998.

Nível Est adual:


- PORTARI A 278 R. Dispõe sobre a docum ent ação necessária para o licenciam ent o
de I ndúst rias de Medicam ent os, Cosm ét icos, Perfum es, Produt os de Higiene,
Correlat os e Saneant es Dom issanit ários.

REGI STRO ESPECI AL

Para regist rar sua em presa você precisa de um cont ador. Profissional legalm ent e
habilit ado para elaborar os at os const it ut ivos da em presa, auxiliá- lo na escolha da
form a j urídica m ais adequada para o seu proj et o e preencher os form ulários
exigidos pelos órgãos públicos de inscrição de pessoas j urídicas. Além disso, ele é
conhecedor da legislação t ribut ária à qual est á subordinada a nossa produção e
com ercialização. Mas, na hora de escolher t al prest ador de serviço, deve- se dar
preferência a profissionais qualificados, que t enha boa reput ação no m ercado e
m elhor que sej a indicado por alguém que j á t enha est abelecido com ele um a
relação de t rabalho.

Para legalizar a em presa é necessário procurar os órgãos responsáveis para as


devidas inscrições:
- Regist ro na Junt a Com ercial;
- Regist ro na Secret aria da Receit a Federal;
- Regist ro na Secret aria de Est ado da Fazenda;
- Regist ro na Prefeit ura do Município;
- Regist ro no I NSS;
- Regist ro no Sindicat o Pat ronal ( em presa ficará obrigada a recolher por ocasião da
const it uição e at é o dia 31 de j aneiro de cada ano, a Cont ribuição Sindical
Pat ronal) ;
- Regist ro na Prefeit ura para obt er o alvará de funcionam ent o;
- Cadast ram ent o j unt o à Caixa Econôm ica Federal no sist em a “ Conect ividade Social
- I NSS” ;
- Você deve procurar a prefeit ura da cidade onde pret ende m ont ar a sua fábrica de
sabão para fazer a consult a de local e efet uar a inscrição m unicipal para obt er o
alvará de funcionam ent o.

Após o regist ro norm al da em presa, o em presário do set or de produt os de lim peza


deve preocupar- se com o regist ro da m arca no I NPI . Além disso, deverão obt er o
regist ro j unt o à Divisão de Produt os Dom issanit ários do Minist ério da Saúde
( DI PROD) , além de t er quím ico responsável com regist ro no CRQ – Conselho
Regional de Quím ica.
A em presa precisa ainda da aut orização da Agência Nacional de Vigilância Sanit ária
( Anvisa) para funcionar.

LI NKS DE I NTERESSANTES

I NDI – I nst it ut o de Desenvolvim ent o I ndust rial de Minas Gerais. Perfis indust riais:
sabão. Disponível em : ht t p: / / www.indi.m g.gov.br/ publicacoes/ Sabao.pdf Acesso
em 07 de m arço de 2005.

EVEN TOS

O em preendedor deve est ar sem pre em cont at o com as ent idades e associações
para obt er inform ações sobre os event os que ocorrerão dent ro da sua área ( t ipo,
dat a, local de realização) . Os event os com o feiras, roda de negócios, congressos,
et c., são m uit o im port ant es para o em presário ficar por dent ro das t endências de
m ercado, conhecer novos produt os e t ecnologias, realizar parcerias e fazer bons
negócios.

On de pe squ isa r : União Brasileira de Feiras e Event os - ht t p: / / www.ubrafe.com .br

H I GI EXPO
Feira de Produt os e Serviços para Higiene, Lim peza e Conservação Am bient al
Período: 24 a 26 de Agost o de 2005
I TM Expo
Av. Eng. Robert o Zuccolot o, 555 - Vila Leopoldina
www.abralim p.org.br

CURSO E TREI N AM EN TOS

Os cursos de em preendedorism o dão base para est rut urar o seu plano de negócios,
planej ar a em presa e desenvolver caract eríst icas próprias e indispensáveis a
em preendedores.

I niciando um Pequeno Grande Negócio


Carga horária: 30h

Em pret ec
Carga horária: 72h
SEBRAE/ ES
Av. Jerônim o Mont eiro, 935
Ed. Sebrae – Cent ro
Vit ória/ ES
CEP: 29010- 003
Tel.: 3331- 5500

Adm inist ração Básica para Pequenas Em presas


Carga horária: 20h
O Adm inist ração Básica para Pequenas Em presas t em o obj et ivo de levar aos
em presários inform ações sobre as principais áreas da adm inist ração de um a
pequena em presa. É um inst rum ent o para que os obst áculos encont rados sej am
superados com m aior facilidade am pliando, consequent em ent e, o horizont e de
conhecim ent os necessários nessa função.
SEBRAE/ ES
Av. Jerônim o Mont eiro, 935
Ed. Sebrae – Cent ro
Vit ória/ ES
CEP: 29010- 003
Tel.: 3331- 5500

EN TI D AD ES

JUN TA COM ERCI AL D O ESTAD O D O ESPÍ RI TO SAN TO


Av. Nossa Senhora da Penha, 1433. Praia do Cant o - Vit ória/ ES.
CEP 29045- 401
Tel.: ( 027) 3135- 3167
ht t p: / / www.j ucerj a.rj .gov.br - Sit e do Est ado do Rio de Janeiro.

PREFEI TURA D E VI TÓRI A


SEMUS - Sec. Municipal de Saúde – Vigilância Sanit ária do Município de Vit ória.
Av. Mal. Mascarenhas de Moraes, 1185
Fort e São João – Vit ória/ ES.
CEP 29010- 331
Tel.: ( 0xx27) 3132- 5047 / 3132- 5044 / 3132- 5045
ht t p: / / www.vit oria.es.gov.br/ hom e.ht m

SECRETARI A D E ESTAD O D A FAZEN D A D O ESPÍ RI TO SAN TO


Rua Duque de Caxias, no. 105. Cent ro – Vit ória/ ES.
CEP 29010- 000
Tels.: ( 027) 3380- 3771
FAX: ( 027) 3380- 3772
E- m ail: crrvit oria@sefa.es.gov.br
ht t p: / / www.sefaz.es.gov.br

PREFEI TURA D E VI TÓRI A


SEMUS - Secret aria Municipal de Saúde – Vigilância Sanit ária do Município de
Vit ória.
Av. Mal. Mascarenhas de Moraes, 1185
Fort e São João – Vit ória/ ES
CEP 29010- 331
Tel.: ( 0xx27) 3132- 5047 / 3132- 5044 / 3132- 5045
ht t p: / / www.vit oria.es.gov.br/ hom e.ht m

ABI PLA – Associa çã o Br a sile ir a da I ndú st r ia de Pr odu t os de Lim pe za e


Afin s
Avenida Brigadeiro Faria Lim a, 1903 - 11o.Andar - Conj unt o 111. São Paulo/ SP.
CEP 01452- 001
Tel.: ( 011) 3816- 3405 / 3816- 2762
Fax: ( 011) 3031- 6578
ht t p: / / www.abipla.org.br

CFQ – Conse lh o Fe de r a l de Qu ím ica


Set or de Aut arquia Sul - SAUS - Quadra 05 - Bloco I – Brasília/ DF.
CEP 70070- 050
Tel.: ( 061) 3224- 0202 / 3224- 5316 / 3224- 0493
Fax: ( 061) 3224- 3277
ht t p: / / www.cfq.org.br

CRQ – Conse lh o Re giona l de Quím ica 3 º Re giã o ( RJ/ ES)


R. Alcindo Guanabara, 24 - 13º andar - Cent ro - Rio de Janeir/ RJ.
CEP 20031- 138
Tel.: ( 21) 2524 2236
ht t p: / / www.crq3.org.br

AN VI SA – Agê n cia N a cion a l de Vigilâ n cia Sa n it á r ia


SEPN 515, Bloco B - Edifício Ôm ega – Brasília/ DF
CEP 70770- 502
Tel.: ( 61) 3448- 1000
ht t p: / / www.anvisa.gov.br

FORN ECED ORES E FABRI CAN TES

CLARI AN T S/ A
Av. Das Nações, 180001 – Sant o Am aro. São Paulo/ SP.
CEP 04795- 100
Tel.: 55 ( 11) 5683 7233
Fax: 55 ( 11) 5642 1654
ht t p: / / www.clariant .com .br

COPEBRAS LTD A
Av. Paulist a, 2300, cj . 94 - 9º andar - Bela Vist a
São Paulo/ SP.
CEP 01310- 300
Tel.: 55 ( 11) 3123- 4200
Fax: 55 ( 11) 3123- 4210
ht t p: / / www.copebras.com .br

D ETEN QUI M I CA S/ A
Rua Hidrogênio, 1744 – Com plexo - Pet roquím ico de Cam açari ( COPEC)
Cam açari – Bahia/ BA
CEP 42810- 000
Tel.: 55 ( 71) 3634- 3000
Fax: 55 ( 71) 3632 2324
www.det en.com .br

OXI TEN O S/ A I N D COM


Av. Brig Luiz Ant onio. 1343 10o.andar
São Paulo/ SP
CEP 01317- 910
Tel.: ( 11) 3177- 6990/ 6408
Fax: ( 11) 283- 1116
www.oxit eno.com .br

CARBOCLORO S/ A I N D ÚSTRI AS QUÍ M I CASAv. Pres. Juscelino Kubit schek,


1830/ 4º andar/ Torre I I I . I t aim Bibi/ SP.
CEP 04543- 900
Tel.: ( 11) 3704- 4200
Fax: 3078- 9725
e- m ail: vendas@carbocloro.com .br
Produt o: Fornecedor de soda cáust ica
ht t p: / / www.carbocloro.com .br

CARTON AGEM FLOR D E M AI O S/ A


R. Prot ocolo, 456 – S. João Clim aco/ SP.
CEP 04254- 030
Tel.: ( 11) 6948- 8200
Fax: ( 11) 6948- 8258
Produt o: Fornecedor de em balagem
e- m ail: flordem aio@flordem aio.com .br

EM BAGRAF EM BALAGEM GRÁFI CA E ED I TORA LTD A


R. St a. Am élia 1 Vila Paraíso. Guarulhos/ SP.
CEP 07242- 130
Tel.: ( 11) 6484- 6736
Fax: ( 11) 6484- 8804
Produt o: Fornecedor de em balagem
E- m ail: em bagraf@st i.com .br
ht t p: / / www.em bagraf.com .br

M I N ERALM AQ M ÁQUI N AS PARA M I N ERAÇÃO, M ETALURGI A E QUÍ M I CA


LTD A
R. Dom Pedrit o, 100/ Parq. I nd. Cum bica. Guarulhos/ SP.
CEP 07223- 060
Tel.: ( 11) 6412- 3205
Produt os: Fornecedor de equipam ent os
e- m ail: m ineralm aq@m ineralm aq.com .br
ht t p: / / www.m ineralm aq.com .br/ m ineracao.ht m

EN I PLAN I N D ÚSTRI A E PLAN EJAM EN TO LTD A


Av Marginal B, 1280 - São José dos Cam pos/ SP.
CEP 12238- 390
Tel.: ( 12) 3931- 2511
Produt os: Fornecedor de Equipam ent os
ht t p: / / www.eniplan.com .br

BI BLI OGRAFI A

Consult a TI PS nº SB4764 / PA
MELLO, Ribeiro de. Com o Fazer Sabões e Art igos de Toucador. 8º ed. São
Paulo: Ed.I cone. 1991. 202p.
Aiub, George Wilson. Plano de Negócios: Serviços./ George Wilson Aiub, Nadir
Andreolla, Rogério Della Fávera Allegret t i. 2.ed – port o Alegre : SEBRAE, 2000.
I NDI – I nst it ut o de Desenvolvim ent o I ndust rial de Minas Gerais. Perfis ind- ust riais:
sabão. Disponível em : ht t p: / / www.indi.m g.gov.br/ publicacoes/ Sabao.pdf
Pequenas Em presas Grandes Negócios, Nº 151. Fábrica de Sabão, 01/ 08/ 2001.
Nelm a Cam êlo de Arauj o ¬ Bolsist a do SBRT. CETEC¬ - Fundação Cent ro
Tecnológico de Minas Gerais, 20/ 06/ 2005.
Sit e do Sebrae/ MA: O Sebrae Responde – Fabricação de Sabão em Barra:
ht t p: / / www.sebraem a.com .br/ diversos/ responde_sabao.ht m
Sit e da Coordenadoria Execut iva de Cooperação Universit ária e de At ividades
Especiais ( CECAE) ht t p: / / www.cecae.usp.br/ Aprot ec/ default .ht m
Sit e Pernam buco.com . Saboaria t em o selo da t erra. Diário de Pernam buco,
12/ 09/ 2003.
ht t p: / / www.pernam buco.com / diario/ 2003/ 09/ 12/ especial75arcoverde10_0.ht m l

En de r e ços n a I n t e r n e t :

Conselho Federal de Quim ica


ht t p: / / www.cfq.org.br

Conselho regional de Quím ica ( RJ/ ES)


ht t p: / / www.crq3.org.br

Assoc. Bras. I ndust . prod. De Lim p. e Afins


ht t p: / / www.abipla.org.br

Agência de Vigilância Sanit ária


ht t p: / / www.anvisa.gov.br/

Secret aria Municipal de Saúde de Vit ória


ht t p: / / www.vit oria.es.gov.br/ secret arias/ saude/ hom e.ht m

PROCON - Vit ória


ht t p: / / www.vit oria.es.gov.br/ procon.ht m

Secret ária de Saúde do ES


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UCE – Unidade de Capacit ação Em presarial - SEBRAE/ ES

Dat a de at ualização: Janeiro de 2006.

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