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FI CH A TÉCN I CA
Se t or da Econ om ia : secundário
Ra m o de At ivida de : indúst ria
Tipo de N e gócio: fabricação de Sabão
Pr odu t os Ofe r t a dos/ Pr oduzidos: sabão em barra
I n ve st im e n t o in icia l: R$ 50 m il
Área Mínim a: 100 m 2
APRESEN TAÇÃO
As referências m ais ant igas aos sabões rem ont am ao início da Era Crist ã. O sábio
rom ano Plínio, o Velho ( Gaius Plinius Secundus, 23 ou 24- 79 d.C) , aut or da célebre
Hist ória Nat ural, m enciona a preparação do sabão a part ir do cozim ent o do sebo de
carneiro com cinzas de m adeira. De acordo com sua descrição, o procedim ent o
envolve o t rat am ent o repet ido da past a result ant e com sal, at é o produt o final.
Segundo Plínio, os fenícios conheciam a t écnica desde 600 a.C. O m édico grego
Galeno ( 130- 200 d.C) , que fez carreira, fam a e fort una em Rom a, t am bém
descreve um a t écnica segundo a qual o sabão podia ser preparado com gorduras e
cinzas, apont ando sua ut ilidade com o m edicam ent o para a rem oção de suj eira
corporal e de t ecidos m ort os da pele.
No século XI I I , a indúst ria de sabão foi int roduzida na França. No século XI V,
passou a se est abelecer na I nglat erra. Na Am érica do Nort e o sabão era fabricado
art esanalm ent e at é o século XI X. A part ir daí, surgem as prim eiras fábricas. No
Brasil, a indúst ria de sabões dat a da segunda m et ade do século XI X.
É cert o que o sabão est á inserido na cult ura há m uit o t em po. Sua ligação com o
progresso da sociedade é bem est reit a, exist indo at é est udos que m ediram o grau
de desenvolvim ent o de sociedades pela quant idade de sabão que consum iam .
Hoj e em dia, o sabão j á não possui a im port ância com ercial de t em pos at rás, m as a
indúst ria saboeira cont inua t endo um carát er essencial dent ro de um a sociedade.
Com aproxim adam ent e 25% da dem anda de produt os de lim peza dom ést ica, só
perde para os det ergent es.
Em poucas palavras, podem os dizer que o sabão é um sal obt ido da reação quím ica
ent re um ácido graxo superior ( sebo, gorduras, óleos veget ais e anim ais) e um a
base inorgânica, que pode ser o hidróxido de sódio ou de pot ássio. Após essa
reação, t em os a salgadura com cloret o de sódio ( sal de cozinha) . A part ir de ent ão,
ocorre a separação da “ m assa” ( sabão) e a lixívia ( part e líquida) .
Em bora à prim eira vist a pareça sim ples, a fabricação de sabão requer bast ant e
prát ica, um a vez que exige cert os conhecim ent os t écnicos. Em geral, progridem
nessa at ividade aqueles que at ravés dos anos vêm se int eirando de t udo quant o a
ela se refere. Ao fabricant e que se inicia no ram o recom enda- se aprender a t eoria,
realizar cont at os com em presários do set or e cont ar com a colaboração de alguém
que conheça bem o aspect o produt ivo.
M ERCAD O
Conhecer as caract eríst icas dos seus fut uros client es, porque preferem com prar t ais
produt os, quando fazem suas com pras e quais são suas t endências de consum o são
avaliações essenciais para o sucesso do seu em preendim ent o.
Na vida, a gent e sabe que das adversidades podem surgir oport unidades. No
m undo dos negócios não é diferent e: a m aioria das em presas bem sucedidas,
algum dia enfrent ou dificuldades e adot ou a m udança com o alt ernat iva de
sobrevivência naquele m om ent o, para depois, fort alecida, apresent ar- se
com pet it iva ao concorrent e.
LOCALI ZAÇÃO
A escolha do local e do espaço físico necessário para inst alar a fábrica de sabão é
um a decisão m uit o im port ant e para o sucesso do em preendim ent o. O local deve
oferecer infra- est rut ura adequada e condições que propiciem o seu
desenvolvim ent o.
Dessa form a, ao definir o local para sua inst alação, observe a disponibilidade das
m at érias- prim as básicas ( gordura de origem anim al e/ ou veget al) , de água, de
m ercado local para o produt o e os aspect os relacionados à disposição dos rej eit os,
por ser a indúst ria considerada poluent e.
Além disso, as at ividades econôm icas da m aioria das cidades são regulam ent adas
pelo Plano Diret or Urbano ( PDU) . É essa Lei que det erm ina o t ipo de at ividade que
pode funcionar em det erm inado local. A consult a de local j unt o à Prefeit ura é o
prim eiro passo para avaliar a im plant ação de sua fábrica de sabão.
A est rut ura básica deve cont ar com um a área de, aproxim adam ent e, 100 m ² ,
dist ribuída ent re escrit ório, galpão de produção para a inst alação de m áquinas,
equipam ent os, est oques de m at éria- prim a e de produt os acabados e alm oxarifado.
As posições e dist ribuição das m áquinas e equipam ent os, balcões de at endim ent o,
depósit os, ent re out ros é im port ant e para a int egração das at ividades a serem
execut adas. Para alcançar sat isfat oriam ent e a produção desej ada, você deverá
considerar o layout int erno ( am bient e, decoração, facilidade de m ovim ent ação,
lum inosidade, ent re out ros) e o ext erno ( vit rinas, fachada, let reiros, ent rada e
saída, est acionam ent o, ent re out ros) da sua em presa.
Os equipam ent os im plem ent ados dependerão subst ancialm ent e a est rut ura que vai
ser m ont ada. Vai variar de acordo com o processo e m ecanism o de t rabalho
adot ado e da quant idade de sabão a ser produzido. Um proj et o básico cert am ent e
cont ará com :
- Tachos de ferro ou aço;
- Fogão indust rial;
- Tanque de cim ent o para secagem ( pode t am bém ser ut ilizada caixa de m adeira) .
Há ainda m óveis e equipam ent os para o escrit ório, com o t elefone, fax e
com put ador, e um veículo ut ilit ário.
I N VESTI M EN TOS
1. I nvest im ent o:
- galpão;
- m áquinas e equipam ent os;
- m óveis e ut ensílios;
- veículo;
- event uais ( 10% do valor do invest im ent o fixo) .
PESSOAL
Na hora de selecionar as pessoas que irão t rabalhar na sua em presa, você deve
levar em consideração as habilidades específicas exigidas para cada t ipo de
at ividade que desenvolverão. Na linha de produção, por exem plo, é fundam ent al
que em pregue m ão- de- obra qualificada que, na m aioria dos casos, não se encont ra
pront a no m ercado, t endo assim que form á- la usando as diversas opções de
t reinam ent o.
A m ão- de- obra requerida para um a fábrica de sabão é facilm ent e t reinável, com
exceção do encarregado de produção, que deverá possuir experiência ant erior e
conhecim ent o quím ico, além do dom ínio das fórm ulas e de inform ações t écnicas.
Já na área de vendas, saber ouvir, t er boa vont ade, ser persist ent e e flexibilidade,
são m ais relevant es. Mas exist em caract eríst icas que são com uns a profissionais de
t odas as áreas: pessoas felizes com a vida, criat ivas, ágeis, prest at ivas e que
t enham iniciat iva. Essas caract eríst icas podem ser desenvolvidas at ravés de
t reinam ent os periódicos, lem brando que não só os funcionários e gerent es devem
ser t reinados, m as t am bém , o dono do em preendim ent o deve sem pre se at ualizar
para se m ant er com pet it ivo no m ercado.
Os sabões são form ados a part ir de ácidos graxos ext raídos de gorduras anim ais ou
veget ais e saponificados pela soda caust ica ( NaOH) ou pela pot assa caust ica ( KOH) ,
form ando o sal correspondent e.
Qualquer gordura sólida ou óleo, de origem anim al ou veget al, serve de m at éria-
prim a para a fabricação de sabões com erciais, sendo m uit o grande a sua variedade.
Para fins prát icos, as m at érias- prim as em pregadas na fabricação de sabões est ão
divididas em t rês grupos:
- Essenciais
- Secundárias
- Coadj uvant es
Mat érias- prim as essenciais, são os com ponent es fundam ent ais para a produção do
sabão. Eles se classificam em :
a) MATÉRI AS GRAXAS: podem ser de origem anim al ou veget al.
São de origem anim al: o sebo, a graxa de porco, a graxa de ossos, a graxa de
cavalo, a graxa de lã, et c.
De origem veget al: azeit e de oliva, óleo de coco, óleo de palm a, azeit e de algodão,
óleo de rícino, azeit e de girassol, et c.
b) MATÉRI AS ALCALI NAS: as subst âncias alcalinas que cont êm sódio produzem
sabões sólidos; aquelas que cont êm pot ássio produzem sabões m oles. Os álcalis
m ais usados são o hidróxido de sódio ( soda cáust ica) e o carbonat o de pot ássio
( K2CO3) , conhecido sim plesm ent e com o pot assa.
Mat érias- prim as secundárias: são aqueles com ponent es que, incorporados ao
produt o, m elhoram a qualidade ou dim inuem o cust o. Podem ser: resinas,
subst âncias de recheio, corant es
e perfum es.
a) RESI NAS: são resíduos sem cheiro nem sabor, result ado da dest ilação da
t erebint ina crua.
b) MATÉRI AS DE RECHEI O ( CARGAS) : o principal obj et ivo da incorporação dos
com ponent es de recheio é a redução de cust os. Muit as vezes, sacrifica- se a
qualidade do produt o por um rendim ent o m aior. Cont udo, alguns sabões t êm suas
qualidades
m elhoradas com a incorporação de pequena quant idade de silicat o de sódio, o que
os t ornam m ais sólidos e duráveis. Nos sabonet es não é convenient e o uso de
m at érias de recheio. Subst âncias m ais em pregadas: silicat o de sódio, carbonat o de
sódio, caulim , t alco, açúcar, caseína, am ido, bórax, dent re out ras.
c) CORANTES E PERFUMES: o uso de corant es visa m elhorar o aspect o do sabão e
agradar à vist a. Podem ser de origem anim al, veget al ou m ineral. Para perfum ar,
são em pregadas essências liposolúveis.
Óleo de linhaça
Procede das sem ent es de linho. Obt ido por processo frio, apresent a cor am arela
escura ou verde pálida, quando é obt ido por processo quent e, apresent a cor
am arela escura. É em pregado especialm ent e para a fabricação de sabões de pouca
consist ência.
Óleo de rícino
Obt ido das sem ent es dessa plant a, que cont ém cerca de 60 a 90% de azeit e. O
óleo de rícino, j unt o com o óleo de coco, pode saponificar com facilidade at ravés do
processo a frio. É assim que obt êm - se excelent es sabões duros e t ransparent es, o
único inconvenient e é que não espum am com t ant a abundância com o aqueles feit os
com óleo de coco. Devido a est e fat o est a m at éria- prim a nunca é em pregada
isolada, é m ist urada com breu ou óleo de coco.
Óleo de am endoim
As sem ent es de am êndoas cont ém de 42 a 51 % de óleo ext raído por m eio de
pressão.
Óleo de coco
Provem dos frut os do coqueiro, é em pregada m uit o para a fabricação de sabões
duros, sabões líquidos e sobret udo, para a fabricação de sabões a frio.
Óle o de soj a
Na saponificação se em pregam lixívias fracas.
SEBOS
Sebo veget al
Usa- se na fabricação de sabões j unt o com o sebo anim al.
Sebo anim al
A m aior part e se em prega na fabricação de sabão.
POTASSA E SODA CÁUSTI CA: a pot assa e a soda desem penham papel de prim eira
ordem na fabricação de sabões. O que no com ércio se conhece com o nom e de
soda, é o carbonat o de sódio. A soda e a pot assa que se encont ram no com ércio
são o carbonat o de sódio e o carbonat o de pot ássio.
GLI CERI NA: a glicerina é um álcool m uit o fort e que, unido aos ácidos graxos,
proporciona os ést eres graxos ou glicéreos. No est ado puro é um líquido incolor
azeit oso, inodoro e de sabor açucarado. Em cont at o com o ar absorve a um idade,
dissolve energicam ent e grande núm ero de m at érias, com o por exem plo a cal.
ÁGUA: elem ent o de grande im port ância na saponaria. Serve para dar vapor, para
esquent ar as caldeiras com serpent inas, para preparar as soluções de álcalis e
cloret o de sódio, além de ser agent e da lavagem . A água, durant e o em past o,
produz a em ulsão das graxas e facilit a assim a com binação dest as com álcalis,
indispensáveis, com o com ponent es na indúst ria de sabões. Nem t odas as águas são
boas para a fabricação de sabões. As águas que cont êm ácido sulfúrico, carbono e
sal, em sua m aioiria, não são adequadas à fabricação de sabões. No ent ant o,
pequenas quant idades dessas m at érias, não prej udicam t ant o o produt o final. Para
os sabões brancos e puros, bem com o para os de t oucador, é convenient e que se
evit e águas ferruginosas, que colorem os sabões, em virt ude dos sais que t razem
consigo.
CAL: a cal que serve para a caust ificação da lixívia, deve ser de 90 a 100% pura. A
cal em pregada na fabricação de sabões é a cham ada cal apagada ou hidrat ada,
obt ida a part ir do t rat am ent o da água cal viva ou óxido de cálcio. A cal usada em
saponaria dist ingue- se das dem ais por sua m aior leveza e ausência de ácido
carbônico, o que se com prova por m ais sim ples ensaio com ácido clorídrico, sem
provocar efervescência.
SAL: o cloret o de sódio ( sal de cozinha com um ) serve para separar o sabão da
lixívia depois de verificado o em past e. O cloret o de sódio separa a cal dos ácidos
graxos de suas soluções em água, água lixivial e glicerina.
Trat ando um a solução de sabão com out ra de sal com um , os dois líquidos não se
m ist uram a não ser que se consist am em soluções m uit o diluídas. Est ando bast ant e
concent radas, m ant ém - se separadas em duas cam adas superpost as.
ÁLCALI S: os álcalis com binados com ácidos graxos dão com o result ado um sal
conhecido pela denom inação de sabão.
Em virt ude de a solubilidade e a consist ência dos sais de sódio dos diversos ácidos
graxos serem consideravelm ent e diferent es ent re si, o fabricant e de sabão deve
escolher a m at éria- prim a de acordo com as propriedades que desej a, não deixando
de levar em consideração o preço de m ercado e a qualidade que desej a t er em seu
produt o.
Com o dit o ant eriorm ent e, diversos produt os quím icos podem ent rar na com posição
do sabão em pedra, com a finalidade de aum ent ar seu peso e barat ear o cust o.
Alguns at é m elhoram a qualidade do produt o. Exem plos: breu e silicat o de sódio.
O sebo é a principal m at éria gordurosa na fábrica de sabão; as quant idades
ut ilizadas const it uem cerca de t rês quart os do t ot al de óleos e de gorduras
consum idos na indúst ria de sabão. Usualm ent e, m ist ura- se o sebo com óleo de
côco, na caldeira de sabão, ou no hidrolisador, para aum ent ar a solubilidade do
sabão.
O óleo de côco cont ém um a m ist ura de glicerídeos de ácidos graxos, principalm ent e
dos ácidos láurico e m iríst ico, que são m uit o desej áveis. O sabão de óleo de côco é
firm e e espum a bast ant e.
A seguir, fornecem os um a form ulação de sabão, cuj a part e graxa é const it uída de
óleo de côco e sebo anim al.
A form ulação apresent ada na t abela abaixo servirá com o base para descrição do
processo produt ivo de 1Kg de sabão:
1) Preparo da lixívia e das soluções: a lixívia de soda cáust ica ( hidróxido de sódio)
é preparada na seguint e proporção: 6,7 Kg de soda cáust ica para 35,3 Kg de água.
Pesada a soda e m edido o volum e de água, coloque a soda sobre a água em
const ant e agit ação. A lixívia deve ser preparada com ant ecedência de 24 horas.
Depois disso, prepare a solução de sal a 33% , que é feit a com 2 Kg de sal para 4
Kg de água, da seguint e form a: pese o sal e coloque- o sobre a água ( j á m edida)
em const ant e agit ação, at é a com plet a dissolução. A solução de silicat o de sódio a
60% ( barrilha) é feit a na proporção de 6 Kg de silicat o de sódio para 4 Kg de água,
seguindo o m esm o processo da solução de sal.
2) Aquecim ent o das subst âncias graxas: depois de pesados, leve o sebo anim al e o
óleo de côco ao fogo ( a lenha ou a gás) , at é um a t em perat ura aproxim ada de 60° C
em um t acho ou t am bor de ferro, at é que o sebo se dissolva com plet am ent e.
3) Adição de soda à lixívia: após a dissolução do sebo no óleo, ainda sob o fogo,
adicione, gradat ivam ent e, a lixívia de soda cáust ica sob agit ação const ant e, para
favorecer a reação de saponificação, ut ilizando agit ador de m adeira t ipo rem o.
Nest a et apa, cont role bem a t em perat ura para evit ar o t ransbordam ent o do
m at erial.
4) Adição das soluções de sal e silicat o de sódio: após a adição da soda cáust ica,
m ant enha o aquecim ent o at é obt er a form ação de grum os de sabão e,
post eriorm ent e, um a m assa past osa e hom ogênea. Nest e m om ent o, adicione as
soluções de sal e silicat o de sódio, sob const ant e agit ação. Periodicam ent e, coloque
pequenas porções de m assa sabonosa em um pires ou sobre a m esa, para t est ar a
saponificação. No m om ent o em que est a m assa endurecer, est á com plet a a reação.
Ent ão apague o fogo.
5) Tingim ent o: dissolva, previam ent e, quant idade suficient e de corant e escolhido
( anilina) em pequeno volum e de água ou álcool. O t ingim ent o é feit o após o
cozim ent o do sabão, m ist urando o corant e dissolvido, sob const ant e agit ação, para
facilit ar a hom ogeneidade da cor.
6) Perfum e: t am bém sob const ant e agit ação, m ist ure quant idade suficient e da
essência escolhida na m assa. A essência é ut ilizada para m ascarar o odor
desagradável das m at érias graxas.
7) Enform agem : concluída a saponificação, a m assa deve ser colocada nas form as,
por ação da gravidade, at ravés da t ubulação conect ada ao t acho, deixando que ela
esfrie durant e o t em po necessário ( que vai depender da quant idade de sabão
produzida) . Sugere- se esperar aproxim adam ent e 6 horas para desenform á- lo.
8) Cort e: com o auxílio de um a " lira" e, t endo com o guia t alas de m adeira com as
dim ensões desej adas para a barra de sabão, cort e- o e coloque as barras na m esa
de m adeira para post erior em balagem .
9) Em balagem : depois de revest ir as barras com film es plást icos, para preservar a
um idade, acondicione o produt o em caixas de papelão.
Um a vez iniciado, o processam ent o não deve se int errom pido. Caso haj a
int errupção, a m assa irá se solidificar, m esm o ant es do sabão est ar pront o.
Não se deve levar o produt o novam ent e ao fogo para dissolver a m assa e cont inuar
o processam ent o, pois poderão ocorrer acident es graves. Com o o calor irá dissolver
prim eiram ent e a cam ada inferior da m assa, o líquido que vai se form ando ficará
ret ido no fundo da vasilha pela cam ada superior. Ocorrerá ent ão um significat ivo
aum ent o da t em perat ura e da pressão da fase líquida, fazendo com que o conj unt o
( fase líquida m ais fase sólida) funcione com o um a panela de pressão. Os incaut os,
sem im aginar o que est á acont ecendo, cost um am perfurar a m assa superior,
abrindo espaço para que a pressão sej a liberada. I m ediat am ent e j orrará com força
descom unal um j at o de líquido super quent e ( próxim o dos 100º C) , que poderá
causar queim aduras de prim eiro grau.
Por quest ão de com odidade, pode- se fazer, ant ecipadam ent e, um a quant idade
m aior de lixívia, pois ela não est raga. Tenha sem pre lixívia preparada de ant em ão,
quando for fabricar qualquer produt o quím ico que ut ilize soda cáust ica. A lixívia
preparada previam ent e, além de conferir um a qualidade m elhor ao produt o, est á
est abilizada, não causando out ra reação na m ist ura, além da desej ada.
E lem bre- se de que um bom sabão depende da qualidade das m at érias- prim as
ut ilizadas, do adequado balanceam ent o de seus com ponent es quím icos e
preservação das condições ideais de produção, com o t em perat ura, agit ação da
m assa, secagem , et c.
ESTOQUE
Em função dessa caract eríst ica do sebo, recom enda- se m ant er um est oque com
giro rápido ( com ciclo m édio de 25 dias por produção) .
OUTRAS FÓRMULAS
- Fórm ula " A" : 3 lit ros de óleo ( sebo) , 2 lit ros de água m orna, 500 m l de pinho sol
e 1 kg soda cáust ica.
- Fórm ula " B" : 75 kg de sebo, 25 kg de óleo de coco, 75 kg de soda cáust ica a 35º
Be e 125 kg de silicat o de sódio.
- Fórm ula " C" : 250 kg de sebo, 375 kg de óleo de palm a, 312 kg de soda cáust ica a
38º Be, 37 kg de carbonat o de pot ássio a 20º Be e 25 kg de solução de sal com um
a 20º Be.
- Fórm ula " D" : 100 kg de óleo de coco, 100 kg de óleo de palm a, 250 kg de soda
cáust ica a 32º Be, 50 kg de silicat o de sódio a 36º Be e 1 kg de álcool a 96º Be.
- Fórm ula " E" : 3,5 part es ( peso) lixívia de soda cáust ica a 19º Be, 2,5 part es ( peso)
gordura de coco, 0,25 part es ( peso) óleo de rícino, 2,75 part es ( peso) salm oura a
17º Be e 1 part e ( peso) silicat o de sódio a 28- 30º Be.
- Fórm ula " F" : 5 part es ( peso) de gordura de coco e 3 part es ( peso) de lixívia de
soda a 30º Be.
Lem bram os t odas as fórm ulas ou valores indicados nesse docum ent o devem ser
considerados com o indicação orient adora suj eit a a sucessivas elaborações e a
desenvolvim ent os dit ados pela experiência de quem os ut iliza, sem qualquer
garant ia im plícit a ou declarada, nem qualquer responsabilidade assum ida por quem
as forneceu.
COM EÇAN D O
Um a fábrica de sabão é um em preendim ent o é relat ivam ent e sim ples, considerando
o seu processo de produção, aliados aos níveis de invest im ent o ( que não são m uit o
elevados) e à m ão- de- obra, que não exige qualificação especial.
Porém , um a vez colocado em funcionam ent o, est abelece- se um novo desafio: a sua
gest ão com pet it iva, capaz de oferecer ao m ercado os m elhores produt os e serviços
e assegurar o ret orno do capit al invest ido. Gerenciar o negócio significa colocar à
prova o t alent o, o conhecim ent o e a experiência do em preendedor.
Adm inist rar é o processo de organizar o que foi planej ado, assegurando a liderança
e o cont role na execução do t rabalho de t odos que fazem part e diret a ou
indiret am ent e da em presa. É usar os recursos adm inist rat ivos disponíveis com
vist as a alcançar os obj et ivos est abelecidos.
E é aqui que ent ra a im port ância da busca cont ínua de inform ações. Est as podem
ser adquiridas at ravés da leit ura, vídeos t écnicos e adm inist rat ivos, em feiras,
palest ras, t reinam ent os, e out ros event os. O próprio SEBRAE oferece m uit os cursos
de aperfeiçoam ent o: Adm inist ração Básica para Pequenas Em presas, Técnicas para
Negociações, Lucrat ividade – Crescer, Sobreviver ou Morrer, Análise e
Planej am ent o Financeiro, Cont roles Financeiros, Desenvolvim ent o das Habilidades
Gerenciais, Gest ão de Pessoas, ent re out ros.
CLI EN TES
Para ganhar proj eção no m ercado você deve lançar um olhar crít ico sobre seu
fut uro negócio, analisá- lo do pont o de vist a do consum idor e a part ir daí definir a
client ela que pret ende conquist ar. Você pode com eçar ident ificando segm ent os
específicos e levant ar inform ações com o renda, idade, classe social, nível de
inst rução, et c., para t raçar o perfil dos fut uros consum idores do produt o que sua
em presa venderá.
Por se t rat ar de um produt o de consum o popular e de prim eira necessidade, os
client es de um a fábrica de sabão podem ser facilm ent e encont rados em
residências, hospit ais, colégios, em presas públicas e privadas, lavanderias e out ros,
sendo os principais canais de dist ribuição os superm ercados, m ercearias e
at acadist as de m at eriais de lim peza.
Você deve, ainda, definir se vai at uar no m ercado consum idor diret o ou no m ercado
indiret o e m ant er sem pre at ualizado um cadast ro de client es.
D I VULGAÇÃO
O dit ado popular diz que “ a propaganda é a alm a do negócio” , m as a gent e pode
cont inuar dizendo que os " m úsculos" t am bém são im port ant es. Assim , ent endem os
que dot ar os client es int ernos ( funcionários, os " m úsculos" do negócio) de
inform ações sobre os produt os oferecidos é a chave para vendê- los ao client e
ext erno.
Volt ando à " alm a do negócio" , concluím os que para at ingir o consum idor e garant ir
as vendas, você deve planej ar o seu m arket ing. E com o fazer isso? A prim eira
sugest ão é fazer um a análise da sua realidade: ident ifique quais são os cust os de
seus serviços, adapt e- os e busque a ot im ização de sua alocação. Mant enha seus
consum idores m ot ivados, part indo para um a revisão da sua est rut ura de
com ercialização, avaliando paralelam ent e, se essa est rut ura at inge seu m ercado-
alvo com sucesso. Lem bre- se que o m arket ing deve ser cont ínuo e sist êm ico.
Considere ainda, que num plano de m arket ing é im port ant e o conhecim ent o de
elem ent os com o preço, produt o ( serviço) , pont o ( localização) e prom oção. Avaliar
as preferências e necessidades de seus client es em relação as funções, finanças,
facilidade, " feeling" ( sensibilidade) e fut uro.
D I VERSI FI ÇÃO
Além disso, pode- se invest ir na fabricação de out ros t ipos de sabão: em pó, em
past a, sabonet e e out ros produt os da linha de lim peza.
LEM BRETES
É de fundam ent al im port ância para quem t rabalha com produt os quím icos obedecer
às regras m ínim as de segurança. Lem bre- se que você ira t rabalhar com produt os
ácidos e básicos que oferecem grande risco para a pele, os olhos, os pulm ões, et c.
Trabalhe sem pre com bot as de borracha. Est e m at erial perm it e um a m aior prot eção
dos pés cont ra um idade e subst âncias ácidas, além de dim inuir o risco de
escorregões;
- Mant enha sem pre lim po o piso onde serão fabricados os produt os;
- Quando for necessário colocar as m ãos em algum produt o, use luvas de prot eção.
E quando for m anipular caldeirões ou t am bores quent es, use luvas de am iant o;
- Quando m ont ar a sua área de produção, evit e usar m at eriais de Segunda
cat egoria, principalm ent e para as t ubulações de água e gás. A econom ia de hoj e
pode ser a sua despesa m aior ou o acident e de am anhã;
- Um a das m at érias- prim as m ais ut ilizada pelo fabricant e de produt os de lim peza é
o ácido sulfônico. Est a subst ância, quando dissolvida na água, libera um gás
irrit ant e para os pulm ões. Evit e sem pre a inalação dest e gás. Se for necessário use
m áscara de segurança;
- A m esm a recom endação ant erior se aplica quando você for m anipular o am oníaco,
o form ol e o cloro;
- Ao m anipular o fenol ( usado no desinfet ant e creolina) , evit e o cont at o com a pele,
pois ele produz queim aduras;
- Quando for preparar um produt o, separe com ant ecedência t odas as m at érias-
prim as que serão ut ilizadas. Quant o m enos você se locom over na área de produção
durant e o processo, m elhor. Tenha t udo á m ão na hora de preparar o produt o;
- Procure sem pre ut ilizar um a roupa de prot eção adequada para evit ar o cont at o
com m at érias- prim as com a sua roupa e, principalm ent e com a sua pele;
- Sem pre que você derram ar algum a m at éria- prim a, lave o local im ediat am ent e
com bast ant e água. I st o evit ará um risco m aior de acident es;
- Evit e deixar o sist em a de aquecim ent o ( fogão, por exem plo) , ligado quando não
ut ilizado;
- Mant enha sem pre cest os de lixo nas dependências próxim as e no local de
m anipulação dos produt os. Um am bient e lim po é um local agradável de t rabalho.
Não j ogue m at eriais sólidos nas pias e ralos;
- Mant enha sem pre que possível um sist em a de exaust ão para elim inar m at eriais
volát eis;
- Sem pre que ocorrer algum acident e com você ou algum funcionário, procure
im ediat am ent e socorro m édico. I ndependent e disso, procure t er sem pre à m ão
m at eriais de prim eiros socorros;
- Quando fizer qualquer produt o de lim peza, confira sem pre se o ( PH) é o exigido da
receit a.
Nível Federal:
LEI Nº 5991/ 73. Dispõe sobre o cont role sanit ário do com ércio de produt os de
lim peza e higiene – Regulam ent ada pelo Decret o nº 74.170/ 1974, alt erada pelo
Decret o nº 94.053/ 1987, Decret o nº 793/ 93 e Lei nº 5.348/ 2005.
LEI Nº 6360/ 76. Dispõe sobre a vigilância a que ficam suj eit os os produt os de
lim peza e higiene – alt erada pela Lei nº 6.480/ 1977, Lei nº 9.787/ 99, Lei nº
9.782/ 1999, Lei 10.669/ 2005, Lei nº 10.742/ 2003 e Medida Provisória nº 2.190-
34/ 2001.
DECRETO Nº 793/ 93. Alt era os decret os nº 74.710/ 74 e nº 79.094/ 77, que
regulam ent avam as respect ivas leis, e da out ras providências.
LEI Nº 9782/ 99. Cria a Agência Nacional de Vigilância Sanit ária, orgão fiscalizador.
A nível est adual, a fiscalização cabe a Secret aria Est adual de Saúde, conform e o
Código Est adual de Saúde – Regulam ent ada pelo Decret o nº 3.029/ 1999, alt erada
pela Lei nº 8.080/ 1990, Lei nº 9.986/ 2000, Lei nº 10.871/ 2004 e Medida Provisória
nº 2.190- 34/ 2001.
LEI Nº 2590/ 71, regulam ent ada pelo decret o nº 1277- N/ 79. Dispõe sobre a
at ividade e discrim ina algum as providências, t ais com o:
- Aprovação da aut oridade sanit ária;
- Responsável t écnico habilit ado;
- Regist ro no Minist ério da Saúde.
Revogada pela Lei nº 6.066/ 1999.
LEI 8.072/ 90. Lei vigent e sobre crim es considerados hediondos ( com o vender
produt os que não t enham regist ros no Minist ério da Saúde) – alt erada pela Lei nº
8.930/ 1994 e Lei nº 9.965/ 1998.
Para regist rar sua em presa você precisa de um cont ador. Profissional legalm ent e
habilit ado para elaborar os at os const it ut ivos da em presa, auxiliá- lo na escolha da
form a j urídica m ais adequada para o seu proj et o e preencher os form ulários
exigidos pelos órgãos públicos de inscrição de pessoas j urídicas. Além disso, ele é
conhecedor da legislação t ribut ária à qual est á subordinada a nossa produção e
com ercialização. Mas, na hora de escolher t al prest ador de serviço, deve- se dar
preferência a profissionais qualificados, que t enha boa reput ação no m ercado e
m elhor que sej a indicado por alguém que j á t enha est abelecido com ele um a
relação de t rabalho.
LI NKS DE I NTERESSANTES
I NDI – I nst it ut o de Desenvolvim ent o I ndust rial de Minas Gerais. Perfis indust riais:
sabão. Disponível em : ht t p: / / www.indi.m g.gov.br/ publicacoes/ Sabao.pdf Acesso
em 07 de m arço de 2005.
EVEN TOS
O em preendedor deve est ar sem pre em cont at o com as ent idades e associações
para obt er inform ações sobre os event os que ocorrerão dent ro da sua área ( t ipo,
dat a, local de realização) . Os event os com o feiras, roda de negócios, congressos,
et c., são m uit o im port ant es para o em presário ficar por dent ro das t endências de
m ercado, conhecer novos produt os e t ecnologias, realizar parcerias e fazer bons
negócios.
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Fax: 55 ( 11) 3123- 4210
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Tel.: 55 ( 71) 3634- 3000
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BI BLI OGRAFI A
Consult a TI PS nº SB4764 / PA
MELLO, Ribeiro de. Com o Fazer Sabões e Art igos de Toucador. 8º ed. São
Paulo: Ed.I cone. 1991. 202p.
Aiub, George Wilson. Plano de Negócios: Serviços./ George Wilson Aiub, Nadir
Andreolla, Rogério Della Fávera Allegret t i. 2.ed – port o Alegre : SEBRAE, 2000.
I NDI – I nst it ut o de Desenvolvim ent o I ndust rial de Minas Gerais. Perfis ind- ust riais:
sabão. Disponível em : ht t p: / / www.indi.m g.gov.br/ publicacoes/ Sabao.pdf
Pequenas Em presas Grandes Negócios, Nº 151. Fábrica de Sabão, 01/ 08/ 2001.
Nelm a Cam êlo de Arauj o ¬ Bolsist a do SBRT. CETEC¬ - Fundação Cent ro
Tecnológico de Minas Gerais, 20/ 06/ 2005.
Sit e do Sebrae/ MA: O Sebrae Responde – Fabricação de Sabão em Barra:
ht t p: / / www.sebraem a.com .br/ diversos/ responde_sabao.ht m
Sit e da Coordenadoria Execut iva de Cooperação Universit ária e de At ividades
Especiais ( CECAE) ht t p: / / www.cecae.usp.br/ Aprot ec/ default .ht m
Sit e Pernam buco.com . Saboaria t em o selo da t erra. Diário de Pernam buco,
12/ 09/ 2003.
ht t p: / / www.pernam buco.com / diario/ 2003/ 09/ 12/ especial75arcoverde10_0.ht m l
En de r e ços n a I n t e r n e t :