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BEATRIZ GARCIA ZILIOTTO

BEATRIZ NUNES DE OLIVEIRA


GIULIANA MARIA COSTA
LAURA RUBIM DO MONTE JESUS
RAFAEL SANTOS OLIVEIRA

PROJETO DE INSTALAÇÃO DE UMA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE


ESGOTO NO MUNICÍPIO DE GASPAR-SC
Lagoa Anaeróbia + Lagoa Facultativa

Presidente Prudente
2023
SUMÁRIO

SUMÁRIO................................................................................................................................. 2
1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................... 3
2. TIPO DE TRATAMENTO...................................................................................................6
2.1. LAGOA ANAERÓBIA................................................................................................. 7
2.2. LAGOA FACULTATIVA...............................................................................................7
2.3. EFICIÊNCIA................................................................................................................. 8
3. LOCALIZAÇÃO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DE GASPAR....8
4. DIMENSIONAMENTO..................................................................................................... 10
4.1. Pré-dimensionamento...................................................................................................10
População atual do município em 2023.................................................................................10
População do município estimada em 2073.......................................................................... 10
4.2. Sistema de grades.........................................................................................................12
4.3 Desarenador e Calha Parshall....................................................................................... 15
4.3.1 Dimensionamento do tratamento preliminar........................................................15
4.3.2 Alturas d’água na calha Parshall (h2).................................................................. 16
4.3.3 Rebaixo do Parshall (z)........................................................................................ 16
4.3.4 Dimensionamento da caixa de areia.....................................................................17
4.3.5 Altura da caixa de areia (h1)................................................................................ 17
4.3.6 Largura da caída de areia (b)................................................................................18
4.3.7 Verificação da velocidade de escoamento............................................................18
4.3.8 Comprimento da caixa de areia (L)......................................................................19
4.3.9 Profundidade do depósito de areia (P)................................................................. 19
4.4 Lagoas Anaeróbias........................................................................................................ 20
4.5 Lagoa facultativa...........................................................................................................22
4.6 Cálculos finais...............................................................................................................25
5. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 25
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................25
1. INTRODUÇÃO

Gaspar, situado no estado de Santa Catarina, é a entrada para o Vale do Itajaí,


privilegiado por uma localização estratégica entre os principais destinos turísticos do estado,
conecta as cidades de Balneário Camboriú, Itajaí, Blumenau e Brusque, está localizado a uma
distância de 120 km da capital Florianópolis. Sua área total abrange 386,35 km², com
aproximadamente 40 km² destinados à área urbana.
Figura 1 - Localização de Gaspar-SC

Fonte:
https://gaspar.sc.gov.br/uploads/sites/421/2021/12/999087_PLO_016_2017_ANEXO_I.pdf

No município de Gaspar, não há um sistema separado para coletar e transportar


esgotos sanitários. Além disso, não existem sistemas de tratamento, resultando no lançamento
desses esgotos na rede de drenagem das águas pluviais. Dessa forma, essa rede passa a
funcionar como um sistema combinado, direcionando os resíduos para os principais cursos
d'água da região. Tanto a Prefeitura quanto o SAMAE (Serviço Autônomo Municipal de Água
e Esgoto) não possuem um controle abrangente sobre a extensão da rede pluvial presente nas
ruas do município.
Dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, do ano de 2021
mostram que 2,34% da população total de Gaspar tem acesso aos serviços de esgotamento
sanitário. A média do estado de Santa Catarina é 40,83% e, do país, 66,95%.
Figura 2 - População com acesso à rede coletora de esgoto

Fonte: SNIS, 2021

E de acordo com os dados do Atlas Esgoto de 2013, desenvolvido pela Agência


Nacional de Águas, Gaspar possui 64,29% de seu esgoto manejado de forma adequada, por
meio de sistemas centralizados de coleta e tratamento ou de soluções individuais.
A Lei Municipal nº 1155, de 1988, torna obrigatório que todas as residências que não
estiverem ligadas à rede coletora de esgoto disponham de um sistema individualizado para
tratamento de efluentes. Em alguns casos, os esgotos sanitários domésticos vêm sendo
tratados individualmente através da utilização dos tanques sépticos, filtros biológicos e/ou
sumidouro.
Figura 3 - Exemplo de fossa séptica

Fonte: SAMAE

O Plano Diretor Municipal (GASPAR, 2006) estabelece a necessidade da utilização de


unidades de tratamento individuais para edificações, porém não especifica quais. Nos últimos
anos foram implementadas algumas obras relacionadas à canalização de esgotos domésticos,
porém isoladas e pouco efetivas.
Para determinados bairros do município, foram elaborados alguns projetos de
esgotamento sanitário. No entanto, por não haver disponibilidade de recursos financeiros, não
foram implementados.
No município um ramo de atividade que merece atenção é o das indústrias de
estamparia e tinturaria de tecidos, especialmente as de pequeno porte. Estima-se que no
município existam mais de 400 empresas que trabalham nessa atividade, para as quais não é
ou foi requisitada licença ambiental de operação. Assim, uma vez que não é exigido
legalmente o tratamento dos efluentes gerados, a maior parcela dessas indústrias não o fazem,
lançando seus despejos diretamente para as pias de lavagem, alcançando a rede pública de
esgoto e, por consequência, os cursos d’água mais próximos.
No processo de estamparia são utilizados, além das matérias-primas (roupas e tecidos),
diversos insumos, dentre pigmentos, amaciantes, cola, removedores, retardantes, alvejantes, e
outros. Os efluentes líquidos são gerados nas fases de secagem de telas, lavagem de telas e do
chão, constituindo a principal fonte de impactos ambientais do empreendimento. Estes
efluentes, sendo despejados nas pias, além de gerarem um problema ambiental, pois são
lançados nos corpos d’água, também gerarão um problema quando instalada a rede de
tratamento de esgoto, pois a população pagará pelo custo do tratamento de um efluente
industrial que estará sendo lançado juntamente com o doméstico, bem menos poluente.
A jusante de um dos locais de lançamento das águas pluviais no rio Itajaí-Açu,
localiza-se um dos pontos de captação de água para abastecimento público, o que demonstra a
necessidade de se manter ações que garantam uma qualidade aceitável da água para
tratamento visando o abastecimento humano.

2. TIPO DE TRATAMENTO

A eficiência do tratamento sempre vai variar de acordo com o método utilizado, na


aplicação no projeto da estação de tratamento de esgoto e nas características da água
residuária a ser tratada. Sistemas de tratamento biológico por lagoas de estabilização são
amplamente utilizados no mundo, onde os mais empregados seriam os combinados, os quais
suas características básicas geralmente consistem no emprego de lagoas em série, lagoa
anaeróbia e facultativa e sucessivamente a lagoa de maturação (SILVA et al., 2015).
O emprego de lagoas de estabilização vem crescendo consideravelmente, pois a
mesmo mostra-se um sistema satisfatório no tratamento e é bastante aceitável, tendo em vista
que, apesar da sua demanda por área, tem economia no custo e principalmente simplicidade
em sua operação, sendo assim torna o seu uso eficiente comparado às demais tecnologias de
tratamento existentes. No Brasil, é comum o uso das lagoas de estabilização, devido ao clima
tropical e sua amplitude geográfica. O objetivo deste estudo é fazer uma revisão da literária
desde o histórico da existência da lagoa de estabilização e sua utilização na eficiência na
remoção de poluentes (SILVA et al., 2015).
Lagoas de estabilização são sistemas simples onde os esgotos são tratados
biologicamente por processos naturais envolvendo principalmente algas e bactérias. É ampla a
utilização de lagoas de estabilização, devido a disponibilidade de área, seu baixo custo e
simplicidade na construção, operação e manutenção Nelson et al. (2004). Von Sperling (2002)
fala que apesar de ocuparem maiores áreas, estão menos sujeitas aos problemas decorrentes
da falta de operação e manutenção adequada.
O tratamento biológico pode ocorrer em meio anaeróbio, facultativo ou aeróbio de
acordo com a disponibilidade de oxigênio dissolvido, da atividade biológica predominante, da
carga orgânica afluente e das características físicas e operacionais da lagoa, ou de acordo com
a atividade metabólica predominante na degradação da matéria orgânica. As lagoas de
estabilização removem elevadas quantidades de matéria orgânica e micro-organismos
patogênicos, e, em menor escala nutrientes (SILVA et al., 2010).

2.1. LAGOA ANAERÓBIA

As lagoas anaeróbias são dimensionadas para receber cargas orgânicas elevadas, que
impedem a existência de oxigênio dissolvido no meio líquido. Sua profundidade geralmente
varia de 3,0 m a 4,5 m e o tempo de detenção hidráulico tem que ser no mínimo de três dias
(KELLNER e PIRES, 1998). A profundidade tem a finalidade de impedir que o oxigênio
produzido pela camada superficial seja transmitido às camadas inferiores. Von Sperling
(1996) complementa que o tempo de detenção hidráulico varia de 3 a 6 dias.
A eficiência de remoção de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) por uma lagoa
anaeróbia é da ordem de 50% a 60%. Como a DBO do efluente é ainda elevada, necessita-se
de outra unidade de tratamento. Adota-se uma lagoa facultativa que necessitará de área menor
devido ao pré-tratamento do esgoto pela lagoa anaeróbia (SILVA et al., 2015). O conjunto
lagoa anaeróbia + lagoa facultativa economiza cerca de 1/3 da área ocupada comparado a uma
lagoa facultativa apenas como unidade única, para tratar a mesma quantidade de esgoto. Na
lagoa anaeróbia, maus odores, provenientes da liberação de gás sulfídrico, podem ocorrer
como consequência de problemas operacionais, recomendando-se sua localização em áreas
afastadas, longe de bairros residenciais (VON SPERLING, 1996).

2.2. LAGOA FACULTATIVA

As lagoas facultativas são a variante mais simples do sistema de lagoas de


estabilização (SOARES; BERNARDES, 2001). Basicamente, o processo consiste na retenção
dos esgotos por um período de tempo longo o suficiente para que os processos naturais de
estabilização da matéria orgânica se desenvolvam. São as lagoas em que na estabilização da
matéria orgânica ocorrem simultaneamente processos de fermentação anaeróbia, oxidação
aeróbia e redução fotossintética, apresentando uma zona aeróbia na parte superior, uma zona
anaeróbia no fundo e uma zona facultativa entre as duas zonas (OLIVEIRA, 1999). Rawat et
al. (2011) complementa que as lagoas facultativas apresentam condições aeróbias na
superfície, devido à produção de oxigênio fotossintético por algas e condições anaeróbias nas
camadas inferiores. As Lagoas facultativas podem ser classificadas como primária e
secundária, com base nas características do efluente. Se a lagoa facultativa recebe efluente
sem pré-tratamento, ela é apontada como principal lagoa facultativa, enquanto que se a lagoa
facultativa recebe efluente pré-tratado da lagoa anaeróbica, ela é chamado de lagoa facultativa
secundária (SAH et al., 2011).

2.3. EFICIÊNCIA

A avaliação de qualquer processo de tratamento é baseada na análise dos parâmetros


físico-químicos e microbiológicos do início e do final do tratamento, calculando o percentual
de eficiência de redução dos parâmetros préestabelecidos. Os parâmetros mais utilizados para
avaliar a eficiência do processo de tratamento são a DBO, que caracteriza a carga orgânica e o
número de coliformes termotolerantes, que caracteriza a contaminação microbiológica.
Segundo Mara et al. (1992), um sistema de lagoas bem dimensionado e operado pode alcançar
mais de 90% de remoção de matéria orgânica e até 99,999% de remoção de organismos
termotolerantes.
As lagoas de estabilização apresentam excelente eficiência de tratamento na remoção
de organismos patogênicos, segundo Von Sperling (2002). O sistema de lagoas de maturação
é capaz de atingir a eficiência de remoção de bactérias de 99,9999%. Von Sperling et al.
(2004), afirma que as lagoas de estabilização têm diversas vantagens, principalmente em
relação a sua capacidade de remover os microorganismos patogênicos. E que a sedimentação
na lagoa é um dos principais fatores na remoção de ovos de helmintos. A remoção dos
patógenos e de fundamental importância principalmente quando o efluente tratado é utilizado
na agricultura ou para fins recreativos, sendo uma crescente preocupação em relação os níveis
exigidos pela OMS.
Mburu et al. (2013) complementa que os sistemas convencionais não são só utilizados
para tratamento de águas residuárias industriais, mas também amplamente utilizada para
tratamento de esgoto doméstico nos países desenvolvidos.

3. LOCALIZAÇÃO DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO DE


GASPAR

Devido ao relevo da região ter uma característica de montanhas e a tecnologia


utilizada, que demanda grande espaço físico, se tornam muito limitadas as opções de áreas
disponíveis para implantação da ETE Gaspar. Um ponto com potencial está localizado na
região oeste do município, como pode ser visualizado na imagem a seguir, destacado na cor
amarela.

Figura 4 - Localização da ETE Gaspar em relação ao município de Gaspar

Fonte: Google Earth, 2023

Para escolha do local, foi levado em consideração a área total necessária para o
projeto, calculada no tópico de dimensionamento, na imagem a seguir, pode-se observar com
mais detalhes a área selecionada para implantação da ETE Gaspar.
Figura 5 - Terreno seleciono para uma futura instalação da ETE Gaspar

Fonte: Google Earth, 2023

4. DIMENSIONAMENTO

4.1. Pré-dimensionamento

O pré-dimensionamento tem como objetivo determinar os parâmetros iniciais do


projeto. Para isso, é necessário obter previamente os seguintes dados de entrada do sistema:

População atual do município em 2023 73319 habitantes

População do município estimada em 2073 171037 habitantes


Percentual de atendimento desejado no 80%
projeto

Consumo de água per capita 155,8 L/hab.dia

A partir disso, foi necessário calcular qual será a população atendida nos anos
de início e final do projeto, através da seguinte equação:

𝑃𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎 = 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 × %𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜


Onde:
Ptotal = população do município (hab.)
%atendimento = percentual de atendimento desejado no projeto;
Patendida = população atendida pelo sistema de tratamento de efluentes projetado
(habitantes).
Dessa forma, a população atendida pelo sistema em 2023 será equivalente a 58656
munícipes, e em 2073, 136830 habitantes.
Em posse desses valores, foi possível calcular a vazão média para ambos o ano de
início e fim do projeto, como mostra a equação:

𝑄𝑚é𝑑𝑖𝑎 = ( 𝑃 . 𝑄𝑝𝑐 . 𝑅 ) ÷ 86400


Onde:
Qmédia = vazão média de geração de esgoto (L.s-1);
P = população (habitantes);
Qpc = vazão per capita de consumo de água (L.s-1);
R = coeficiente de retorno água/esgoto; igual a 0,8.

A vazão média em 2023 é de 84,61555704 l/s, e em 2073 estima-se que seja de


197,3893674 l/s.
Por fim, foram obtidas as vazões mínima e máxima de esgoto através da
multiplicação da vazão média pelos coeficientes de variação de consumo K1, K2 e K3.

𝑄𝑚í𝑛𝑖𝑛𝑎 = 𝑄𝑚é𝑑𝑖𝑎 . 𝐾3
𝑄𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑎 = 𝑄𝑚é𝑑𝑖𝑎 . 𝐾1 . 𝐾2
Onde:
Qmínima = vazão mínima de geração de esgoto (L.s-1 );
Qmáxima = vazão máxima de geração de esgoto (L.s-1 ).
K1, K2 e K3= coeficientes de variação de vazão de esgoto, adotados como 1,2, 1,5 e
0,5, respectivamente.

Obtendo assim os valores que irão nortear o dimensionamento da estação de


tratamento de esgoto.

● Em 2023:
Qmínima = 42,30777852 L.s-1;
Qmáxima = 152,3080027 L.s-1.

● Em 2073
Qmínima = 98,6946837 L.s-1;
Qmáxima = 355,3008613 L.s-1.

4.2. Sistema de grades

De acordo com a NBR 12.209 (2011), a vazão de dimensionamento das grades deve
ser a vazão máxima afluente à unidade e que, caso esse valor seja maior ou igual a 100 L/s, é
obrigatório que as grades finas e médias tenham limpeza mecanizada. Quando se opta pela
utilização de limpeza mecanizada, a NBR recomenda a instalação de no mínimo duas
unidades com capacidade para lidar com a vazão máxima de entrada, sendo uma das unidades
de limpeza manual, para ser utilizada como reserva. Por fim, a norma ainda indica que caso
exista o risco de danos ao equipamento de limpeza mecanizada, é necessário instalar uma
grade grossa de limpeza manual montada antes do sistema.
Dessa forma, o sistema de gradeamento projetado para a ETE de Gaspar conta com
um sistema de grades grossas com limpeza manual seguindo por dois sistemas de grades
finas, sendo um de limpeza mecanizada e o outro de limpeza manual.
Para fins de dimensionamento, considerando os critérios colocados pela NBR, foi
adotado espaçamento de 50 mm e espessura de 10 mm para as grades grossas, e espaçamento
de 10 mm e espessura de 9,5 mm para as grades finas.
A eficiência das grade, que representa a porcentagem de ocupação da seção do canal
pelas barras foi calculada para ambos os sistemas utilizando a equação abaixo.

𝑎
𝐸 = (𝑎 + 𝑡)

Onde:
E = eficiência da grade de barras (adimensional);
t = espessura (mm);
a = espaçamento entre as barras (mm).

Em posse desses dados, foi aplicada a equação abaixo para calcular a área útil para as
grades de barras.

𝑄
𝐴𝑢 = 𝑣

Onde:
Au = área útil entre as barras (m²);
Q = vazão máxima afluente a estação (m³.s-1 );
v = velocidade de escoamento (m.s-1 ).

Já para dimensionar a seção do canal junto à grade, que é necessária ao escoamento da


vazão de esgoto, foi utilizada a equação abaixo, onde a área da seção é representada pela letra
S é dada em m².

𝐴𝑢
𝑆 = 𝐸

Para obter as dimensões do canal de escoamento, adotou-se uma altura fixa de lâmina
d'água no canal, de acordo com as condições de escoamento. A partir disso calculou-se a
largura do canal dividindo a área da seção pela altura adotada. Os valores obtidos foram
aproximados com o intuito de facilitar a execução da construção do sistema, e a partir deles
realizou-se novamente o cálculo da área útil do canal (Au) com o valor de largura final.
Obtidas as dimensões para a largura do canal, espessura das barras e espaçamento
entre as barras, foi possível prosseguir com o cálculo do número de barras e do número de
espaçamentos da grade a ser instalada, dados pelas equações abaixo.
(𝐿−𝑎)
𝑁𝑏 = (𝑎+𝑡)
e 𝑁𝑒 = 𝑁𝑏 + 1

Onde:
Nb = Número de barras;
Ne = Número de espaçamentos;
L = largura do canal (m);
a = espaçamento entre as barras (m);
t = espessura das barras (m);

Por fim, foi realizado o cálculo de perda de carga nas grades, conforme indica a
equação:
2 2
𝑣 − 𝑣0
∆𝐻 = 1, 43 * ( 2𝑔
)

Onde:
v = velocidade de passagem (m/s);
v0 = velocidade de aproximação (m/s).

Para as grades de limpeza manual esse cálculo foi realizado também considerando
50% de obstrução, como recomenda a NBR 12209 (2011).
Todos valores obtidos durante essa etapa do dimensionamento estão em conformidade
com os limites estabelecidos em normas técnicas e se encontram apresentados nas tabelas
abaixo.

Grades grossas

Perda de
Espess Velocid Largura
Espaçame Eficiên Au S Perda carga
ura ade do canal Nb Ne
nto (mm) cia (m2) (m2) de carga (50%
(mm) (m/s) (m)
obstruído)

12,
50 10 0,83 0,9 0,39 0,47 0,8 13,3 0,018 0,20
3
Grades finas

Perda de
Espess Velocid Largura
Espaçame Eficiên Au S Perda carga
ura ade do canal Nb Ne
nto (mm) cia (m2) (m2) de carga (50%
(mm) (m/s) (m)
obstruído)

55,
10 9,5 0,51 0,8 0,44 0,87 1,1 56,0 0,034 0,17
0

4.3. 4.3 Desarenador e Calha Parshall

O tratamento preliminar tem por objetivo, principalmente, a remoção de sólidos


grosseiros e areia, através de mecanismos de remoção de ordem física. Este sistema conta
com, além dos mecanismos de remoção física, uma unidade para a medição de vazão (ex:
calha Parshall) (FERREIRA, 2017 Apud VON SPERLING, 2015, p. 264).

● Dimensionamento do tratamento preliminar

Seleção da calha Parshall Selecionou-se a calha Parshall mais adequada a partir da


vazão máxima para o ano de 2073 (Qmáx = 355,3 L/s), e da ficha técnica do fornecedor. A
Figura mostra a ficha técnica de um medidor de vazão de conduto livre genérico.
Portanto, de acordo com a vazão máxima, escolheu-se a calha Parshall com seção de
estrangulamento (W) de γ”, ou seja, 0,305 m.

● Alturas d’água na calha Parshall (h2)

Utilizou-se a Equação 1, para calcular as alturas d’água da seção estrangulada (W) da


calha Parshall.

Na qual:
Q = vazão, em m³/s;
W= 0,305 m (largura da seção estrangulada (garganta)
h2 = altura d’água na base horizontal do Parshall, em m
Portanto, com base na Equação 1, determinou-se as alturas na calha Parshall (h1) para
as vazões máxima, média e mínima

Qmax = 355,3 L/s → h2 max = 0,654 m


Qmed = 197,3 L/s → h2 med = 0,441 m
Qmin = 98,6 L/s → h2 min = 0,158 m

● Rebaixo do Parshall (z)

Na qual:
Qmáx = vazão máxima, em m³/s;
Qmín = vazão mínima, em m³/s;
h2 máx = altura d’água máxima na base horizontal da calha Parshall, em m;
h2 mín = altura d’água mínima na base horizontal da calha Parshall, em m;
z = altura do degrau antes da calha Parshall, em m (FERREIRA, 2017)
0,355 0,654−𝑧
0,0986
= 0,158−𝑧

Com isso temos que o Rebaixo é de 0,032 m ou 3,2 cm .

● Dimensionamento da caixa de areia

As caixas de areia ou desarenadores são parte do sistema responsável pela remoção da


areia nos esgotos, através do processo de sedimentação simples (FERREIRA,2017 apud VON
SPERLING, 2005, p.266)

● Altura da caixa de areia (h1)

Calcularam-se as alturas d’água na caixa de areia através da diferença entre a altura


d’água na base horizontal da calha Parshall e a altura do degrau entre a caixa de areia e o
medidor de vazão, segundo a Equação 2 (FERREIRA, 2017 apud SALLA, 2017a, p. 36).

Dessa forma temos que para:


3
Qmax = 0,3553 𝑚 /s → H1 máx = 0,622 m
3
Qmed = 0,1973 𝑚 /𝑠→ H1 min = 0,126 m
3
Qmin = 0,0986 𝑚 /s → H1 med = 0,409 m
● Largura da caída de areia (b)

b = largura da caixa de areia, em m;


h1 méd = altura média d’água na caixa de areia gerada pela vazão média, em m;
Qméd = vazão média afluente à ETE, m³/s;
V = velocidade do esgoto, em m/s.

Portanto, a largura da caixa de areia, será de 1,9 m

● Verificação da velocidade de escoamento

Para garantir que a velocidade de escoamento esteja na faixa estipulada pela


NBR 12209, calculou-se as velocidades geradas pelas vazões máxima e mínima
afluente a ETE, com base na Equação 3.

Na qual:
V = velocidade do esgoto, em m/s;
Q = vazão afluente à ETE, m³/s;
b = largura da caixa de areia, em m;
h1 = altura d’água na caixa de areia.

Logo:
3
Qmax = 0,3553 𝑚 /s → V máx = 0,30 m
● Comprimento da caixa de areia (L)

Segundo a NBR 12209 (2011, p. 14), a taxa de escoamento superficial deve estar
compreendida entre 600 a 1300 m³/m².d.
Adotando então 1300 ou seja, 0,051505m³/m².s para a vazão máxima

A= 0, 355𝑚³/s/ 0,01505
A= 23,6 m²

Neste trabalho, foram adotadas caixas de areia prismáticas de base retangular, logo, a
área da base pode ser calculada através da Equação
A=bxL
logo,
L = A/b
23,6
L= 1,4

L= 16,85 m²

● Profundidade do depósito de areia (P)

Considerando-se a retenção de 30 L de material a cada 1000 m³ de esgoto, ou seja,


30.10-6 L de material retido por litro de esgoto e a vazão média de esgoto o (Qméd = 197,3
L/s = 17046720 L/d), tem-se que em um dia serão retidos 504,6 L/d. Logo, arbitrando-se o
período de limpeza da caixa de areia a cada 14 dias, serão retidos, aproximadamente, 7060 L,
portanto, 7,06 m³ de material (FERREIRA, 2017).
Considerando que o material retido se distribui de forma homogênea ao longo do
desarenador e conhecendo a área da base da caixa de areia, pode-se determinar profundidade
da caixa de areia por meio da Equação
Na qual:
P = profundidade do depósito da caixa de areia, em m;
MR = volume de material retido entre os períodos de limpeza (MR = 7,06 m³);
A = área da base da caixa de areia (A = 23,6 m²).

Portanto, a profundidade do coletor de areia, será de P = 0,20 m, ou seja, 20 cm.

4.4. Lagoas Anaeróbias

Para realizar o dimensionamento das lagoas anaeróbias foram utilizados os seguintes


parâmetros iniciais:

População: 136830 habitantes;


Vazão afluente: 17055m3/dia
DBO afluente: 300 mg/l
Temperatura média no mês mais frio do ano: 15,3 °C

● Carga afluente de DBO

A carga afluente (L) de foi obtida através da multiplicação da vazão pela concentração
de DBO, obtendo o valor de 5116,5 kg/dia.

● Adoção da taxa de aplicação volumétrica (Lv)

A taxa de aplicação volumétrica para projeto de lagoas anaeróbias é determinada em


função da temperatura. De acordo com dados do IBGE, o mês de julho tem a temperatura
média mais baixa, 15.3 °C.
Dessa forma, a taxa pode ser calculada por 0,02T - 0,10, resultando no valor de 0,206
kgDBO/m3.dia.
Como medida conservadora, o valor adotado para essa taxa foi de 1,2.

● Cálculo do volume requerido


O volume requerido foi calculado a partir dos valores calculados acima, através da
divisão da carga do afluente pela taxa de aplicação volumétrica, resultando em um volume de
42637,5 m3.

● Verificação do tempo de detenção

O tempo de detenção em cada lagoa é determinado pela divisão do volume requerido


pela vazão da ETE. Nesse caso, obtivemos um tempo de detenção de 2,5 dias, valor que se
encaixa dentro dos parâmetros estabelecidos.

● Determinação da área requerida e dimensões

Determinou-se uma profundidade de 5 metros. Dessa forma, ao dividir o valor do


volume obtido na etapa anterior pela profundidade estabelecida, obteve-se o valor da área
requerida para a construção das lagoas, sendo essa equivalente a 8527,5 m2.
Visando otimizar funcionamento e implantação desse sistema, optou-se pela divisão
em 4 lagoas, tendo cada uma 55 m de comprimento por 40 m de largura, e área de 2200 m2.

● Concentração de DBO efluente


Primeiramente, deve-se obter a eficiência de remoção de DBO, que pode ser calculada
em função da temperatura através da equação 2T + 20. A eficiência de remoção estimada para
a lagoa anaeróbia de Gaspar é de 50,6%.
Uma vez em posse da eficiência de remoção, é possível calcular com qual
concentração de DBO o efluente sai da lagoa anaeróbia.

𝐷𝐵𝑂𝑒𝑓𝑙 = 𝑆𝑜 ( 1 − 𝐸/100)

Onde:
DBOefl = concentração de DBO total efluente (mg/L)
So = concentração de DBO total afluente (mg/L)
E = eficiência de remoção (%).

O valor obtido foi de 148,2 mg/L.


● Eficiência de remoção
A eficiência de remoção é estimada em função da temperatura, como mostra a
equação:
𝐸 = 2𝑇 + 20

Dessa forma, a eficiência das lagoas anaeróbias em Gaspar é de 50,6%.

● Acúmulo de lodo na lagoa anaeróbia

A taxa de acúmulo média de lodo em lagoas anaeróbias é da ordem de 0,03 a 0,10


m3/hab.ano, sendo que os valores maiores tendem a corresponder ao comportamento das
lagoas em ambientes frios.
Para a ETE Gaspar, o valor adotado foi de 0,05 m3/hab.ano. Multiplicando essa taxa
pela população total, obtemos um acúmulo anual de lodo na ordem de 6841,5 m3/ano.
A espessura (El) de lodo em 1 ano é dada pela divisão do acúmulo total pela área, e o
valor obtido foi de 0,80 m/ano.
Por fim, deve-se ainda estimar o tempo que o lodo levará para atingir 1/3 da altura útil
das lagoas. Isso pode ser feito através da seguinte fórmula:

(𝐻/3)
𝑇𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎 𝑙𝑖𝑚𝑝𝑒𝑧𝑎 𝑑𝑜 𝑙𝑜𝑑𝑜 = 𝐸𝑙
= 2,077 anos.

Ou seja, para otimizar o funcionamento das lagoas, a limpeza do lodo deverá ser
realizada a cada dois anos.

4.5. Lagoa facultativa

● Carga afluente à lagoa facultativa

A carga afluente à lagoa facultativa corresponde à carga efluente das lagoas


anaeróbias. Dessa forma, considerando a eficiência de remoção de 50,6% do primeiro
sistema, a carga afluente é calculada por:

(100 − 𝐸) * 𝐿0
𝐿= 100
O valor obtido foi de 2527,551 kg/dia.

● Adoção de taxa de aplicação superficial


Vários parâmetros influenciam no valor da taxa a ser adotado, como a temperatura
local, latitude, exposição solar, altitude, entre outros. Mara (1997) sugere a seguinte equação
para estimar a taxa de aplicação superficial levando em consideração a temperatura média do
ar no mês mais frio do ano. Ao aplicá-la, tivemos o valor de 171,35 kgDBO5/ha.d

(𝑇−25)
𝐿𝑠 = 350 * (1, 107 − 0, 002 * 𝑇)

Para regiões com inverno frio e baixa insolação, adotam-se valores de Ls entre 100 e
180 kgDBO5/ha.dia. Portanto, a taxa calculada se encontra dentro do intervalo proposto.

● Área requerida

Assim como nas lagoas anaeróbias, a área requerida pelas lagoas facultativas pode ser
calculada através da divisão da carga do afluente pela taxa de aplicação superficial.
Nesse caso, obtivemos o valor de aproximadamente 14,8 ha. Visando otimizar
funcionamento e implantação desse sistema, optou-se pela divisão em 8 lagoas, tendo cada
uma 210 m de comprimento por 90 m de largura, e área de 18900 m2. Vale ressaltar que essas
dimensões atendem os critérios de relação comprimento/largura, que deve estar entre 2 e 4.

● Adoção de um valor para a profundidade

Devido ao fato da zona aeróbia da lagoa facultativa depender da penetração de luz


para realizar suas atividades fotossintéticas, Von Sperling (2002) recomenda a adoção de
valores na faixa de 1,5 e 2 metros.
Para a ETE de Gaspar, foi definida a profundidade de 1,5 metros.

● Cálculo do volume resultante


O volume resultante obtido através da multiplicação da área requerida pela
profundidade adotada foi de 221242,18 m3.

● Cálculo do tempo de detenção resultante

O cálculo do tempo de detenção das lagoas facultativas foi feito da mesma forma que
para as lagoas anaeróbias, ou seja, dividindo o volume pela vazão. O valor obtido foi de
aproximadamente 13 dias.

● Adoção de um valor para o coeficiente de remoção de DBO (K)


−1
Com base na literatura, foi adotado o valor de K = 0,27𝑑 para um regime de mistura
completa a 20°C. Feito isso, foi realizado o cálculo para a correção desse valor para a
temperatura de 15,3°C, como indica a fórmula abaixo.

(𝑇−20)
𝐾𝑇 = 𝐾20 * θ

−1
O valor obtido foi de 0,34 𝑑 .

● Estimativa da DBO solúvel efluente

Para calcular a estimativa de DBO efluente foi utilizado o modelo de mistura


completa, uma vez que a lagoa não é predominantemente longitudinal.

𝑆0
𝑆 = 1 + 𝐾 *𝑡

O valor obtido foi de aproximadamente 27,42 mg/l.

● Estimativa da DBO particulada efluente

Admitindo-se uma concentração de SS efluente igual a 80 mg/l, e considerando que


cada 1 mgSS/l implica em uma DBO5 em torno de 0,35 mg/l, obtivemos:
𝐷𝐵𝑂5 𝑝𝑎𝑟𝑡𝑖𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑎 = 0, 35 * 80 = 28 𝑚𝑔𝐷𝐵𝑂5/𝑙

● DBO total efluente

O valor da DBO total nada mais é do que a soma da DBO solúvel efluente e a DBO
particulada. No caso da ETE de Gaspar, obteve-se um valor equivalente a 55,42 mg/l.

4.6. Cálculos finais

● Cálculo da eficiência total do sistema


O cálculo da eficiência total do sistema de lagoas na remoção de DBO é dado pela
equação abaixo e o valor obtido foi de 81,53 %

(𝑆0 −𝐷𝐵𝑂𝑒𝑓𝑙)
𝐸= 𝑆0
* 100

● Área útil total (lagoas anaeróbias + facultativa)


Para calcular a área útil total das lagoas foi feita a soma da área útil total das lagoas
anaeróbias e facultativas, calculadas nos itens anteriores, e o valor obtido foi de 15,60
hectares.
● Área total requerida

Estimou-se que a área total requerida seja 30% superior à área útil total. Dessa forma,
para a construção da ETE Gaspar seriam necessários 20,3 hectares de área. O valor de área
per capita é de 1,48 m2/habitante.

5. CONCLUSÃO

Com os resultados obtidos, podemos concluir que a tecnologia selecionada não é a


melhor opção para resolver os problemas do município de Gaspar em relação ao tratamento
de esgoto, visto que demanda uma grande área e a região é montanhosa. Possíveis soluções
seriam a implantação de outro tipo de tecnologia ou separar o município por regiões e criar
uma ETE para cada região, utilizando a tecnologia do estudo.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental, 1998.

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