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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

CENTRO DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - ARAPIRACA - AL

BRENDA BARROS CABRAL (18111098)


HENRIQUE MORITZ (16111041)
GABRIELA JATOBÁ CORDEIRO DE SOUZA (15111203)
ODETE THAÍS FREITAS ALVES DE MELO (14111098)

Maceió - 2021
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CENTRO DE TECNOLOGIA
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA - ARAPIRACA - AL

Trabalho referente ao projeto de


Sistema de Abastecimento de Água do
condomínio Portal dos Ipês localizado
no municipio de Arapiraca, sob
orientação da professora Daysy Lira
Oliveira, como requisito de obtenção
de nota para a disciplina de Sistemas
de Abastecimento de Água.

Maceió - 2021
SUMÁRIO

1. ARAPIRACA – ALAGOAS ............................................................................................ 3


1.2. População Atual ...................................................................................................... 3
1.3. Abastecimento de Água ............................................................................................ 3
1.4. Esgotamento Sanitário ............................................................................................. 4
1.5. Drenagem Urbana ................................................................................................... 6
1.6. Resíduos Sólidos ...................................................................................................... 6
1.7. Legislação do município com respeito ao saneamento básico...................................... 7
2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO .............................................................. 8
2.1. Indicação da Localização do Empreendimento.......................................................... 8
2.2. Características Físicas.............................................................................................. 9
2.3. Sistema de Abastecimento de Água Existente ............................................................ 9
2.4. Levantamento dos Estudos e Planos Existentes ....................................................... 10
2.5. Estudos Demográficos e de Uso e Ocupação do Solo ................................................ 10
2.6. Critérios e Parâmetros de Projeto e Demanda de Água: .......................................... 10
2.7. Estudos de Mananciais ........................................................................................... 10
2.8. Formulação de Alternativas de Concepção ............................................................. 11
2.9. Estimativa de Custo das Alternativas Propostas ...................................................... 11
2.10. Concepção Escolhida .......................................................................................... 11
3. DIMENSIONAMENTO POPULACIONAL .................................................................. 11
4. CÁLCULO DE VAZÕES.............................................................................................. 14
5. RESERVATÓRIO ........................................................................................................ 14
5.1. Características do Reservatório ................................................................................. 14
5.2. Dimensões do Reservatório .................................................................................... 15
6. DIMENSIONAMENTO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO .............................................. 16
7. REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 20
1. ARAPIRACA – ALAGOAS
1.2. População Atual

Como o segundo maior município do estado de Alagoas no quesito população,


Arapiraca possui cerca de 233.047 habitantes e densidade demográfica de 600,83 hab/km²,
segundo estimativa do IBGE para o ano de 2020. Sua população em 2010, ano de realização
do último censo, era de 214.006 pessoas.
A renda média mensal per capita dos trabalhadores formais da cidade é de 1,6 salários
mínimos e o PIB per capita no ano de 2018 era de R$19.389,15. O Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,649.

1.3. Abastecimento de Água

A Companhia de Saneamento de Alagoas, Casal, é a principal responsável pelo


abastecimento da cidade de Arapiraca, a água é captada no Rio São Francisco pelo Sistema
Coletivo do Agreste e tratada por duas estações de tratamento de água (ETA) convencionais,
que contam com estrutura de floculação, decantação e filtração, ambas localizadas no morro
do Gaia, em São Brás. A vazão da captação para a cidade é de 162,59 l/s, distribuída em
regime de 24 horas.
A cidade também é abastecida pela Nova Adutora do Agreste, inaugurada em agosto
de 2014, que leva a água captada para o reservatório-pulmão localizado na Serra dos Manões.
Com o objetivo de findar a problemática da falta de água crônica na região, a adição
proporcionou um aumento significativo na produção do sistema, que passou de 1.500 m³/h a
3.000 m³/h, com isso, atualmente são cerca de 236 mil habitantes atendidos pelo sistema
público de abastecimento de água, sendo 8 mil destes residentes dos dez municípios que
compõem a zona rural.
Segundo dados do censo de 2010, ao todo, Arapiraca contava com 58.258 domicílios,
sendo 47.231 abastecidos pela rede pública, 7.926 por poço ou nascente na propriedade,
1.717 por poço ou nascente fora da propriedade, 237 por carro-pipa, 70 por água da chuva
armazenada em cisterna, 28 por água da chuva que foi armazenada de outra maneira, 216 por
água de rio, açude ou lago e 833 por outras fontes, como mostra a Figura 1.

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Figura 1: Distribuição de água das fontes de abastecimento de Arapiraca.

Fonte: Plano de Municipal de Saneamento Básico Sustentável - PMSB - Produto I - Arapiraca.

A Figura 2 mostra a distribuição do abastecimento de água para zona rural e urbana.

Figura 2: Distribuição de água.

Fonte: Censo – IBGE/Rural – PNSR.

1.4. Esgotamento Sanitário

De acordo com os dados do IBGE 2020, Arapiraca conta apenas com 19,1% de
domicílios atendidos com esgotamento sanitário adequado. De modo geral, o panorama do
esgotamento sanitário no município pode ser dividido em dois grandes grupos característicos:
zona urbana e zona rural.

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Apesar de conter uma rede projetada com recursos do Programa de Aceleração do
Crescimento – PAC (2003), para o atendimento de 60% da população e com vida útil de vinte
anos, o seu funcionamento não é possível por não haver estação de tratamento de esgoto no
município.
Na Zona urbana, o serviço é disponibilizado em alguns locais pela prefeitura com
sistema do tipo unitário ou combinado. Na maior parte da cidade, a população conta com uma
rede de esgotamento precária/inapropriada que destina o esgoto doméstico de forma
clandestina diretamente em rios, córregos, barragens ou nas águas pluviais,sem nenhum
tratamento prévio ou utilizam sistemas individuais, como fossas sépticas ou sumidouro.
Nas comunidades e vilas rurais apenas 1,3% dos domicílios possuem um sistema de
saneamento adequado. A maioria das casas possuem fossas para onde é direcionada, em
geral, apenas a água do vaso sanitário. Em outros casos o esgoto é despejado a céu aberto.
O censo 2010 aponta que 87% da população ainda utiliza os sistemas de fossa. Apesar
de aparecer 11% como uso da rede geral, vale salientar que esta rede ainda não possui
sistema de tratamento nem destinação correta (Figura 3).
De acordo com o Plano Municipal de Saneamento Básico de 2016 dois projetos de
infraestrutura estão sendo implantados nas bacias do Piauí e, posteriormente, do Perucaba.

Figura 3: Esgotamento Sanitário de acordo com o censo 2010.

Fonte: Censo – IBGE/Rural – PNSR.

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1.5. Drenagem Urbana

A Política Municipal de Saneamento Básico (Lei nº 3.281 de 2017) do município de


Arapiraca inclui as obras de drenagem urbana no sistema de esgotamento sanitário. No
entanto, o sistema de drenagem não atende as necessidades de forma eficiente devido ao
aumento de áreas impermeabilizadas decorrente do crescimento acelerado e sem
planejamento adequado. Em 2015, Arapiraca contava com, aproximadamente, 40% da sua
malha urbana com serviço de drenagem, contudo, nos últimos anos a cidade tem ampliado os
investimentos em infraestrutura, via governo federal, principalmente Ministério das Cidades,
porém, o lançamento de resíduos sólidos nas galerias, bocas de lobo, canais e sarjetas é muito
recorrente, segundo diagnóstico, impossibilitando ainda mais o funcionamento adequado
desse sistema.
Quanto a microdrenagem do município, o sistema inicial de drenagem urbana é
constituído pelo sistema de condutos pluviais relacionados aos espaços dos loteamentos ou
rede primária urbana, um sistema de galerias, que continue a parte subterrânea da
microdrenagem, iniciada na boca de lobo e contendo condutos de ligação, poços de visita,
caixas de ligação e ramais.
O município está inserido na bacia hidrográfica do Rio São Francisco, banhado pelos
afluentes das sub bacias dos Rios Jurubeba, a sul, e Coruripe, a norte. O riacho Piauí é o mais
importante afluente do Rio Jurubeba, compondo a macrodrenagem do município. O padrão
de drenagem é o dendrítico (CPRM, 2005).

1.6. Resíduos Sólidos

A cidade de Arapiraca é considerada a principal geradora de resíduos sólidos da


região do Agreste, com uma geração diária de 143,37 t/dia e resíduos que não passam por
processo de separação, atualmente todo esse resíduo produzido é destinado ao lixão, que fica
localizado na Serra da Mangabeira, em Arapiraca. A Tabela 1 abaixo detalha a geração per
capita por dia desses resíduos.
Tabela 1: Geração per capita de resíduos.

Fonte: PMSB Arapiraca/AL – Relatório Final Simplificado – Maio de 2016.

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Segundo o PMSB, os principais tipos de resíduos produzidos no município de
Arapiraca são: domiciliares, comerciais, saneamento, industriais, serviço de saúde,
construção civil, transporte, mineração e outros (Figura 4).
Segundo dados do censo de 2010 do IBGE, 53.170 domicílios tem os resíduos
coletados, 49.845 entre eles são coletados por serviços de limpeza e 3.325 em caçambas de
serviço de limpeza, seguindo por 3.966 de domicílios que praticam a queima do lixo na
propriedade, outros 153 que enterram, 847 jogam em terreno baldio ou logradouro, 16 jogam
em rio, lago ou mar e 106 dão outro destino, como mostra o gráfico abaixo sobre a destinação
dos resíduos sólidos.
Figura 4: Destinação dos resíduos no município de Arapiraca.

Fonte: Plano de Municipal de Saneamento Básico Sustentável - Arapiraca/AL.

1.7. Legislação do município com respeito ao saneamento básico


• A Lei Nº 2.221/2001 institui o Código Ambiental do Meio Ambiente.
• A Lei Nº 2.424/2006 institui o Plano Diretor do Município de Arapiraca.
• A Lei Nº 2.743/2011 autoriza o poder executivo a celebrar convênio de cooperação
com o estado de Alagoas, para delegação ao Estado das competências de
planejamento, organização, fiscalização e regulação, inclusive tarifária, dos serviços
municipais de abastecimento de água e esgotamento sanitário bem como a autorização
para a prestação dos serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário pela
Companhia de Saneamento de Alagoas - CASAL, por intermédio de contrato de
programa.

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• A Lei N° 3.281/17 dispõe sobre a Política Municipal de Saneamento Básico do
município de Arapiraca que define atribuições correlatas ao Conselho Municipal de
Defesa do Meio Ambiente, criando o Fundo Municipal de Saneamento Básico e o
Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico.
• O município de Arapiraca possui Plano Municipal de Saneamento Básico elaborado
em 2016 por uma equipe multidisciplinar, com uma composição técnica dos
representantes das entidades municipais, da área de saneamento básico e áreas
relacionadas. O plano completo se encontra disponível através do link:
https://web.arapiraca.al.gov.br/arquivos/plano-municipal-de-saneamento-basico/

2. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

2.1. Indicação da Localização do Empreendimento

A localização do loteamento compreende as coordenadas de latitude 9° 45.3' 54” SUL


e de longitude 36° 41’ 18.40” OESTE, de acordo com a Figura 5.
A região foi escolhida com base na proximidade com o local de possível captação e
caminho mais acessível para implantação dos trechos da rede.

Figura 5: Mapa da localização do condomínio na cidade de Arapiraca - AL.

Fonte: Autores, 2021.

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2.2. Características Físicas

O município de Arapiraca está situado na região Agreste do Estado de Alagoas, a 130


km da capital Maceió (AL), a 180 km de Aracaju (SE) e 380 km de Recife (PE). Situado a
9º75’25” Sul e 36°60’11” Oeste, o município tem seus limites marcados pelos municípios de
Craíbas e Igaci ao norte; Feira Grande, São Sebastião e Lagoa da Canoa ao sul; Limoeiro,
Junqueiro e Coité do Nóia a leste e Lagoa da Canoa e Girau do Ponciano a oeste. As
principais atividades econômicas são a agropecuária e a agricultura. Segundo dados do IBGE
(2018), o município possui um PIB per capita de R$19.389,15 e conta com 17,6% da
população ocupada (IBGE, 2019).
Encontra-se geologicamente inserido na Província Borborema, abrangendo rochas do
embasamento gnáissico-migmatítico. A província está aqui representada pelos litotipos dos
complexos Nicolau/Campo Grande e Marancó e dos grupos Macurur e Barreiras (CPRM –
Serviço Geológico do Brasil, 2005).
Arapiraca apresenta altitude média em torno dos 250 metros e destaca-se em seu
relevo um conjunto de serrotes aflorantes em vasta área plana onde se situa a cidade. Este
território é drenado por mananciais de águas de superfície representados por partes de quatro
bacias hidrográficas: do rio Piauí, do rio Perucaba, do rio Coruripe, e pequena parte do riacho
Salgado, afluente do rio Traipu. As bacias dos rios Piauí, Perucaba e Traipu pertencem ao
Sistema Hidrográfico do rio São Francisco e a bacia do rio Coruripe é totalmente de domínio
estadual, drenando suas águas para o Oceano Atlântico. Portanto, o município participa tanto
do Comitê do rio São Francisco quanto do rio Coruripe.
O município está situado em áreas de transição dos biomas Mata Atlântica (Bacias
dos rios Piauí e Coruripe) e Caatinga, do sertão semi-árido (Bacias do rio Perucaba e rio
Traipú).

2.3. Sistema de Abastecimento de Água Existente

A principal companhia responsável pelo abastecimento de água na cidade de


Arapiraca é a CASAL - Companhia de Abastecimento de Água e Saneamento do Estado de
Alagoas- sob supervisão da UNAG – Unidade de Negócios do Agreste. A água que abastece
a cidade de Arapiraca é captada no Rio São Francisco em São Brás (Sistema Coletivo do
Agreste) e tratada por duas ETA convencionais (floculação, decantação e filtração)
localizadas no morro do Gaia em São Brás. A vazão de captação para a cidade é de 162,59 l/s
que é distribuída em regime de 24 horas.

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2.4. Levantamento dos Estudos e Planos Existentes

Os mais relevantes são o Plano Diretor Participativo do Município de Arapiraca (Lei


nº 2.424/2006) e o Plano Municipal de Saneamento Básico.

2.5. Estudos Demográficos e de Uso e Ocupação do Solo

Segundo estimativa feita pelo IBGE a população de Arapiraca é de 233.047 pessoas,


correspondente a uma densidade demográfica de 600,83 hab/km² (IBGE, 2010).
Através do Plano Diretor Municipal adota-se o macrozoneamento rural e urbano de
uso e ocupação do solo.

2.6. Critérios e Parâmetros de Projeto e Demanda de Água:

O Consumo per capita é de 79.7 L/hab.dia. Os coeficientes de variação das vazões são
K1 (o coeficiente do dia de maior consumo) igual a 1,2 e K2 (o coeficiente da hora de maior
consumo) igual a 1,5. No município em estudo, 95,27% da população total possui acesso aos
serviços de abastecimento de água. O volume total de água disponibilizado por economia
26,65 m³/mês e o consumo médio é de 9,26m³/mês por economia. 95,57% das economias são
residenciais. (SNIS 2019). Segundo dados do IBGE 2017 são distribuídos um volume de
24.984 m3 de água tratada por dia das quais 22.464 são consumidas.

2.7. Estudos de Mananciais

O município de Arapiraca está inserido na bacia hidrográfica do Rio São Francisco,


sendo banhado pela sub-bacia do Rio Jurubeba a sul e o Rio Coruripe ao norte, que o
atravessa no sentido NW-SE, e o Riacho Piauí, é o mais importante afluente do Rio Jurubeba,
sendo os demais de importância secundária. A porção W do município é banhada por
afluentes de menor expressão do Rio Traipu.
Segundo o projeto cadastro de fontes de abastecimento por água subterrânea, o
município de Arapiraca possui área inserida no Domínio Hidrogeológico Fissural e
Intersticial, que se caracteriza por ter sua água armazenada em fissuras de rochas,
apresentando reduzida capacidade de infiltração e armazenamento de água devido à
inexistência de espaços vazios intergranulares, ou poros, como ocorre nas rochas
sedimentares.

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2.8. Formulação de Alternativas de Concepção
Tendo em vista que a cidade já possui um sistema de abastecimento de água, então
deverá ser realizada apenas uma ligação do empreendimento com a rede de distribuição do
sistema da Companhia de Abastecimento de Água e Saneamento do Estado de Alagoas –
CASAL que abastece todo município de Arapiraca.

2.9. Estimativa de Custo das Alternativas Propostas

Um orçamento será realizado com o levantamento inicial da obra, utilizando três


softwares: SINAPI (Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil),
ORSE (Sistema de Orçamento de Obras de Sergipe) e Orçafascio, uma plataforma que conta
com 19 bases de composição de orçamento de obras. O orçamento será anexado ao projeto.

2.10. Concepção Escolhida


Ligação na rede de abastecimento da Companhia de Abastecimento de Água e
Saneamento do Estado de Alagoas – CASAL.

3. DIMENSIONAMENTO POPULACIONAL

A partir dos valores de população referentes aos anos de 2010 e 2020, obtidos no site
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, foram utilizados dois modelos de
predição, geométrico e aritmético, a fim de estimar a população do loteamento para o ano de
2041, considerando um horizonte de projeto de 20 anos, seguindo as metodologias descritas
abaixo.
O método aritmético faz uso das seguintes equações matemáticas:

𝑃2 − 𝑃1
𝐾𝑎 =
𝑡2 − 𝑡1

Onde:
● Ka: taxa de crescimento aritmética;
● P2 e P1: população final e inicial conhecidas;
● Pt: população de projeto;
● t2 e t1: ano final e inicial conhecidos;
● t: ano de fim de projeto.

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O método geométrico considera que a população cresce exponencialmente, isto é, que
períodos de tempo iguais têm o mesmo percentual de crescimento. Abaixo temos as equações
referentes a esse método, sendo os parâmetros abaixo com as mesmas unidades, exceto Kg,
que representa a taxa de crescimento geométrico.

Onde:

● P: população no ano de projeção;


● P2 e P1: população do último e penúltimo censo;
● Kg: taxa de crescimento geométrico;
● t: ano de projeção.

Os resultados obtidos para o dimensionamento populacional utilizando o método


aritmético podem ser observados na Tabela 2.

Tabela 2: Dados do método aritmético.

Fonte: Autores, 2021.

O coeficiente Ka encontrado na aplicação do método aritmético foi igual a 1.904,1,


com ele, foi possível estimar o crescimento populacional do loteamento com 1.200 pessoas
no ano de 2021, para o ano de 2041 (Tabela 3).

Tabela 3: Método Aritmético para população do condomínio.


Método Aritmético - Condomínio

Coeficiente (Ka) População do condomínio (2021) População estimada para o condomínio (2041)

1904,1000 1200 39282


Fonte: Autores, 2021.

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Visto que o coeficiente apresentou um valor elevado para a estimativa de uma
população reduzida de um condomínio, foi feita uma proporção, sabendo que a população do
condomínio é cerca de 227 vezes menor que a da cidade de Arapiraca, dividimos Ka por esse
valor e encontramos Ka= 8,3687 (Tabela 4).

Tabela 4: Método Aritmético ajustado para população do condomínio.

Método Aritmético - Condomínio

Coeficiente (Ka) População do condomínio (2021) População estimada para o condomínio (2041)

8,3687 1200 1367

Fonte: Autores, 2021.

Com relação ao método geométrico, também foi calculada a estimativa da população,


conforme demonstra a Tabela 5.

Tabela 5: Dados do método geométrico.

Fonte: Autores, 2021.

Na Tabela 6, apresentamos a comparação entre os dois métodos calculados, no qual


pelo método geométrico a população estimada apresentou-se maior em relação ao método
aritmético.
Tabela 6: Resultados da comparação entre os métodos.

Fonte: Autores, 2021.

Analisando os padrões de crescimento da população da cidade de Arapiraca, o método


escolhido para estimar a população do condomínio foi o geométrico, portanto, segundo a
projeção, o empreendimento poderá contar, no ano de 2041, com 1.435 habitantes.

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4. CÁLCULO DE VAZÕES
Para o dimensionamento das vazões foi utilizada como referência a projeção
populacional para o condomínio (P) até o ano de 2041 (1.435 habitantes). O consumo per
capita (q), foi obtido através do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento
(SNIS), de forma que foi feita a média do consumo entre os anos 2018 e 2019 no estado de
Alagoas, chegando a 150,7 l/hab./dia. Os coeficientes do dia de maior consumo (K1) e da
hora de maior consumo (K2) adotados foram de 1,2 e 1,5, respectivamente, segundo o PNB-
587-ABNT. O coeficiente de consumo na ETA (Ceta) normalmente varia de 1% a 5%, sendo
assim, foi adotado um valor correspondente a 5%.
Sendo então calculadas, respectivamente, as vazões de captação até a ETA (Equação
1), da ETA até o reservatório (Equação 2) e do reservatório até a rede (Equação 3). Os
valores de vazão específica (Qesp) foram desconsiderados em razão da falta de informação.

𝑄 = {[(𝐾1 ∗ 𝑃 ∗ 𝑞)/86400] + 𝑄𝑒𝑠𝑝} ∗ 𝐶𝑒𝑡𝑎 (Equação 1)

𝑄 = [(𝐾1 ∗ 𝑃 ∗ 𝑞)/86400] + 𝑄𝑒𝑠𝑝 (Equação 2)

𝑄 = [(𝐾1 ∗ 𝐾2 ∗ 𝑃 ∗ 𝑞)/86400] + 𝑄𝑒𝑠𝑝 (Equação 3)

Vazão captação até a ETA (L/s) 3.15

Vazão da ETA até o reservatório (L/s) 3.00

Vazão do reservatório até a rede (L/s) 4.50

5. RESERVATÓRIO

5.1. Características do Reservatório

O reservatório que irá abastecer o condomínio será do tipo elevado a montante,


confeccionado de concreto armado. Para seu dimensionamento foi utilizado o valor da vazão
do reservatório até a rede, considerando a população estimada do condomínio até o ano de
2041, calculadas na etapa anterior do projeto, sendo a vazão de 4,5 L/s e a população de 1435
habitantes.

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5.2. Dimensões do Reservatório

A partir da vazão para o dia de maior consumo (4,5 L/s) é determinado o volume de
reservação, pela fórmula V = (Q*86400)/3, que corresponde a 1/3 do volume consumido no
dia de maior consumo, resultando num volume de 129600 l/s, ou 129,6 m³. Foi adotada uma
capacidade para o reservatório de 500 m³, comumente utilizado em projetos de estação
elevatória. A altura do nível da água encontrada foi de 6 m, possibilitando o cálculo da área
do reservatório, uma vez que a área é dada pela fórmula A = Vt/h, onde Vt é a capacidade
adotada para o reservatório, chegando a uma área de 83,33 m². Utilizando a fórmula de área
circular (A = 𝚷*(D/2)²), encontramos o diâmetro de 10,3 m.
O volume útil equivale a 16% do volume do dia de maior consumo (388,8*0,16),
indicando 62,2 m³. Os volumes para combate a incêndio e para emergências são
determinados pela literatura e ambos equivalem a 130 m³, considerando uma população
menor que 5.000 habitantes (Tsutiya). Somando os volumes útil, de combate a incêndio,
emergência e reservação temos um total de 451,8 m³.

Figura 7: Dimensões do reservatório.

Fonte: Autores, 2021.

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6. DIMENSIONAMENTO DA REDE DE DISTRIBUIÇÃO

Inicialmente, traçou-se a rede distribuidora de água do loteamento e identificou-se as


cotas do terreno, representadas na tabela a seguir:

Tabela 7: Cotas do Terreno

COTA (m) Distância


Trecho
Montante Jusante trecho (m)
P25-R 235.00 234.70 235.00
R-P8 234.70 233.30 18.59
P8-P9 233.30 232.05 56.73
P8-P7 233.30 231.97 29.03
P7-P6 231.97 232.17 88.53
P6-P5 232.17 230.67 43.00
P5-P4 230.67 231.04 35.22
P4-P10 231.04 230.56 71.83
P4-P3 231.04 230.50 30.70
P3-P24 230.50 230.20 52.45
P3-P11 230.50 230.10 69.79
P3-P2 230.50 229.52 35.34
P2-P1 229.52 230.00 63.06
P2-P12 229.52 229.30 87.91
P2-P13 229.52 229.50 31.03
P13-P14 229.50 229.20 65.25
P13-P15 229.50 229.28 25.64
P15-P18 229.28 226.20 68.50
P15-P16 229.28 229.30 40.90
P16-P17 229.30 229.33 33.24
P16-P26 229.30 226.75 44.62
P26-P24 226.75 226.50 14.72
P13-P19 229.50 229.00 14.36
P19-P23 229.00 226.00 72.74
P19-P20 229.00 228.00 34.17
P20-P22 228.00 225.00 34.05
P20-P21 228.00 227.10 24.56

Fonte: Autores, 2021.

Para o dimensionamento, foi levado em consideração:


• Vazão demandada pela comunidade = 4,5 L/s;
• Extensão total da rede distribuidora = 1420,96 metros (medidos em planta);

16
• Vazão em marcha = 0,00317 L/s.m; (obtida através da razão entre a demanda e a
extensão da rede)
• Coeficiente de Hazen-Williams para PVC, C = 130.
A partir de então, utilizou-se o modelo de tabelas de cálculo hidráulico, onde a
numeração dos nós e trechos encontram-se em planta anexa, chegando-se ao seguinte
resultado:
Tabela 8: Dimensionamento da Rede de Distribuição de água.

COTA DA TUBULAÇÃO VAZÃO


Diferença
Trecho
A montante A jusante de cotas Em marcha A jusante A montante Fictícia
(L/s*m) (L/s) (L/s) (L/s)
P25-R 234.10 233.80 0.30 0.744215178 0 4.5 2.25
R-P8 233.80 232.40 1.40 0 4.5 4.5 4.5
P8-P9 232.40 231.15 1.25 0.179656711 0 0.1796567 0.089828
P8-P7 232.40 231.07 1.33 0.091934326 0.1796567 0.271591 0.225624
P7-P6 231.07 231.27 -0.20 0.280363276 0.271591 0.5519543 0.411773
P6-P5 231.27 229.77 1.50 0.136175543 0.5519543 0.6881299 0.620042
P5-P4 229.77 230.14 -0.37 0.111537271 0.6881299 0.7996671 0.743898
P4-P10 230.14 229.66 0.48 0.227476495 0 0.2274765 0.113738
P4-P3 230.14 229.60 0.54 0.097223004 0.2274765 0.3246995 0.276088
P3-P24 229.60 229.30 0.30 0.166102494 0.3246995 0.490802 0.407751
P3-P11 229.60 229.20 0.40 0.221016074 0 0.2210161 0.110508
P3-P2 229.60 228.62 0.98 0.111917295 0.2210161 0.3329334 0.276975
P2-P1 228.62 229.10 -0.48 0.199703018 0 0.199703 0.099852
P2-P12 228.62 228.40 0.22 0.278399814 0 0.2783998 0.1392
P2-P13 228.62 228.60 0.02 0.098268072 0.2783998 0.3766679 0.327534
P13-P14 228.60 228.30 0.30 0.20663847 0 0.2066385 0.103319
P13-P15 228.60 228.38 0.22 0.081198626 0.2066385 0.2878371 0.247238
P15-P18 228.38 225.30 3.08 0.216930807 0 0.2169308 0.108465
P15-P16 228.38 228.40 -0.02 0.12952511 0.2169308 0.3464559 0.281693
P16-P17 228.40 228.43 -0.03 0.105266862 0 0.1052669 0.052633
P16-P26 228.40 225.85 2.55 0.141305878 0.1052669 0.2465727 0.17592
P26-P24 225.85 225.60 0.25 0.046616372 0 0.0466164 0.023308
P13-P19 228.60 228.10 0.50 0.045476298 0.0466164 0.0920927 0.069355
P19-P23 228.10 225.10 3.00 0.230358349 0 0.2303583 0.115179
P19-P20 228.10 227.10 1.00 0.108212054 0.2303583 0.3385704 0.284464
P20-P22 227.10 224.10 3.00 0.107832029 0 0.107832 0.053916
P20-P21 227.10 226.20 0.90 0.077778403 0 0.0777784 0.038889

Fonte: Autores, 2021.

A vazão fictícia é formada pela média das vazões a montante e a jusante.

17
Para dimensionamento e cálculo das perdas de carga utilizamos as equações de Hazen-
Williams multiplicando o valor encontrado pela extensão do trecho:

𝑄1,85
𝐻 = 10,641 ∗ ∗ 𝑇𝑟𝑒𝑐ℎ𝑜
𝐶 1,85 ∗ 𝐷 4,87

A velocidade é obtida através da Equação da continuidade: 𝑉 = 𝑄 ⁄𝐴, atendendo os


valores limites segundo a literatura.

Figura 8: Limites de velocidade de acordo com a vazão no trecho

Fonte: Adaptado de Martins, 1976 apud Tsutiya, 2006.

Para o cálculo da Pressão disponível foi adotado a pressão inicial garantida de 10 m.c.a.
no reservatório e seguiu-se com ou cálculos no trecho a montante considerando-se:

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑀𝑜𝑛𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 − 𝐶𝑜𝑡𝑎 𝑎 𝐽𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒 + 𝐻 + 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 𝑎 𝑗𝑢𝑠𝑎𝑛𝑡𝑒

18
Tabela 9: Dimensionamento da Rede de Distribuição de água.

PRESSÃO
DISPONÍVEL Área
Diâmetro Velocidade Perda de
Trecho tubulação
Nominal (m) (m/s) carga (m) Montante Jusante
(m²)
(mca) (mca)
P25-R 0.1 0.28647896 0.28760257 10.59 10 0.00785398
R-P8 0.1 0.57295791 0.08201811 11.48 10.59 0.00785398
P8-P9 0.05 0.04574922 0.00524603 12.74 11.48 0.001963495
P8-P7 0.05 0.11490932 0.0147507 14.08 12.74 0.001963495
P7-P6 0.05 0.20971414 0.13690213 14.0169021 14.08 0.001963495
P6-P5 0.05 0.31578491 0.14179174 15.6517917 14.01 0.001963495
P5-P4 0.05 0.37886447 0.16266457 15.4426646 15.65 0.001963495
P4-P10 0.05 0.05792643 0.01027865 15.9302787 15.44 0.001963495
P4-P3 0.05 0.14061049 0.02266103 16.492661 15.93 0.001963495
P3-P24 0.05 0.20766579 0.07964878 16.8696488 16.49 0.001963495
P3-P11 0.05 0.05628129 0.00946837 17.2694684 16.86 0.001963495
P3-P2 0.05 0.1410621 0.02624123 18.2662412 17.26 0.001963495
P2-P1 0.05 0.05085397 0.00709191 17.7870919 18.26 0.001963495
P2-P12 0.05 0.07089395 0.01827989 17.4182799 17.18 0.001963495
P2-P13 0.05 0.16681165 0.03142021 17.4614202 17.41 0.001963495
P13-P14 0.05 0.05262007 0.00781662 14.7678166 14.46 0.001963495
P13-P15 0.05 0.1259172 0.01543063 14.9954306 14.76 0.001963495
P15-P18 0.05 0.05524099 0.00897806 18.0789781 14.99 0.001963495
P15-P16 0.05 0.14346528 0.03133382 18.0813338 18.07 0.001963495
P16-P17 0.05 0.02680599 0.0011434 18.0511434 18.08 0.001963495
P16-P26 0.05 0.08959524 0.01430755 20.6143075 18.05 0.001963495
P26-P24 0.05 0.01187076 0.0001122 20.8601122 20.61 0.001963495
P13-P19 0.05 0.03532197 0.0008229 21.3608229 20.86 0.001963495
P19-P23 0.05 0.05866028 0.01065414 24.3706541 21.36 0.001963495
P19-P20 0.05 0.14487655 0.0266563 25.3966563 24.37 0.001963495
P20-P22 0.05 0.02745921 0.00122461 28.3912246 25.39 0.001963495
P20-P21 0.05 0.01980611 0.00048263 29.2904826 28.39 0.001963495
Fonte: Autores, 2021.

Nota-se que o reservatório está a uma altura de 6 m na cota do terreno de 235m, para
garantir uma pressão mínima de 10 m.c.a., o reservatório foi alocado no ponto de cota mais
alta de todo o terreno do loteamento, a pressão máxima é de 28.39 m.c.a., já que o terreno
apresenta pouca elevação.
A planta com o desenho da rede, as respectivas cotas, distâncias e diâmetros
utilizados em cada trecho se encontra na última página deste trabalho, em anexo.

19
7. REFERÊNCIAS

IBGE, “Arapiraca”; Cidades e Estados; Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/cidades-e-


estados/al/arapiraca.html>. Acesso em: 28 jul. 2021.

SNIS. Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos - 2019. Disponível em:


<http://www.snis.gov.br/diagnostico-anual-agua-e-esgotos/diagnostico-dos-servicos-de-agua-
e-esgotos-2019>. Acesso em: 30 jul. 2021.

TSUTIYA - ABASTECIMENTO DE ÁGUA Disponível em:


<http://www.snis.gov.br/downloads/diagnosticos/ae/2019/Diagnostico-SNIS-AE-2019-
Capitulo-07.pdf>. Acesso em: 29 jul. 2021.

20
ARQUIVO.DWG
GABRIELA, BRENDA, HENRIQUE E ODETE

01/01
PRANCHA:
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS

BRENDA CABRAL
ENGENHARIA AMBIENTAL E SANITÁRIA

PROJETO DE SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA


CENTRO DE TECNOLOGIA

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