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DICAS FUNDAMENTAIS PARA O SUCESSO DA SUA OBRA!

É com muita alegria que compartilho esse e-book com você,


esperando que ele contribua para otimizar seu trabalho.
Jefferson Inoue
Olá!
Para quem não me conhece,
sou o Jefferson Inoue,
Engenheiro Civil formado
pela UNIVAP – Universidade
do Vale do Paraíba,
pós-graduando em MBA em
Gestão e Inovação de
Cidades Inteligentes pela
FACENS – Faculdade de
Engenharia de Sorocaba e
fundador do Instagram
@Infra_Urbana.

Todos nós, atuantes no setor da


construção, sabemos que dentro de um
canteiro de obras as coisas acontecem no
maior dinamismo, ter o controle e estar por
dentro de tudo que acontece na sua obra,
Sou o atual Gerente de Engenharia da
te ajudará a ser um profissional
empresa JLB Grupo, empresa atuante em diferenciado dos demais.
consultoria em gerenciamento e execução
de loteamentos, onde nossa expertise é Pensando nisso, e em lhe aproximar ainda
atuar, de forma integral, em todas as fases mais do Infra, decidi dividir esse eBook
de um loteamento, desde a fase de com você! Isso mesmo que você acabou
de ler: estou compartilhando com você
aprovação, passando pela execução das
uma ferramenta que uso diariamente nos
obras, até a sua entrega final. loteamentos que gerencio, e sei que será
Atuo há mais de 10 anos na área de de grande utilidade para você.
Infraestrutura voltada para o
Desenvolvimento Urbano, no caso,
loteamentos, e foi com muita dedicação,
amor ao trabalho e boas parcerias, que eu
participei do processo de algo em torno de Depois me conta se isso te
14.500 lotes, em sete estados brasileiros. ajudou a ter uma melhor visão
Também, sempre fiz questão de disseminar das fases de um loteamento.
o pouco conhecimento que tenho, afinal,
sou um entusiasta da engenharia, e
É isso, simples e objetivo sempre!
acredito que JUNTOS SOMOS MAIS
Um grande abraço!
FORTES.
Apresentação
Mediante o desenvolvimento que
acontecia e com um número cada
vez maior de pessoas em um
É sabido que, há tempos, a busca determinado local, um problema
incessante pela melhoria da surgiria, a urbanização rápida e
qualidade de vida e melhores desordenada.
oportunidades profissionais são
metas que boa parte das pessoas Hoje mais de 80% da população
objetivam para sua vida. Neste brasileira vive em centros urbanos,
cenário, o número de pessoas que e a tendência, como já fora dito, é
se deslocaram para os centros que esta porcentagem siga
urbanos cresceu de acordo com aumentando.
as ofertas de oportunidades
profissionais que surgiam ao
longo do tempo.

Para atacar este problema, pensar em


desenvolvimento urbano sustentável é
a grande sacada para equilibrarmos
esta “conta”, afinal, pensar no
desenvolvimento sustentável é procurar
satisfazer a necessidade da geração
atual, sem comprometer a capacidade
das gerações futuras em satisfazerem
as suas próprias necessidades.

Não temos como falar em


desenvolvimento urbano sem fazer
relação direta ao parcelamento de solo,
ou seja, em loteamentos. Lotear uma
determinada área, de forma regular e
com qualidade, influi diretamente em
resultados benéficos para todos os
usuários locais e em seu entorno.
Toda sociedade é beneficiada com a
implantação deste empreendimento,
afinal empregos diretos e indiretos são
criados, a melhoria da qualidade de
vida será notável com a chegada e a
instalação de água potável, redes de
esgoto, asfaltamento, redes de
iluminação pública, áreas verdes, etc.

Sem falar na melhoria do comercio


local, pois com o aumento populacional
local o volume de vendas crescerá
proporcionalmente, criando um ciclo
“virtuoso”.

A legislação federal que rege os


loteamentos no Brasil, está em vigor
desde 1979, com a famosa LEI 6.766,
que dispõe sobre o parcelamento de
solo, que além de explanar sobre a
subdivisão de uma gleba em lotes, com
aberturas de novas vias e/ou
modificações de outras já existentes,
também define as restrições a locais
onde não é possível lotear.

Se você, assim como


eu, se interessa pela
área de loteamentos,
te dou uma dica!
Comece a estudar esta legislação,
isso te fará um profissional
diferenciado, afinal, são poucos
que possuem este conhecimento.
Objetivo
Partimos da ideia de que o
público alvo deste guia, já possui
capacidade técnica mínima no
que tange o principio de como se
Este guia foi elaborado para fazer, de como é executada tal
orientar os profissionais etapa. Atentem-se as dicas dadas,
envolvidos na execução e/ou pois estão registrados todos os
gerenciamento das obras e pontos de atenção que eu utilizo
atividades de um loteamento. durante a execução e
gerenciamento de um loteamento.
Saliento que este guia é para dar Foi com esse olhar, com muita
conhecimento, a você, dos pontos dedicação e amor ao trabalho, e
de atenção e os detalhes mais com pessoas certas, que eu
relevantes da cada etapa de participei do processo de algo em
execução de um loteamento, torno de 14.500 lotes, em sete
objetivando-se a boa evolução e estados brasileiros.
ao alcance da qualidade em cada
etapa de serviço, que em sua Tenha certeza, que após o
somatória, resultará em um entendimento deste conteúdo, e
produto, loteamento, de colocando as boas práticas em
qualidade. ação, você com toda a certeza,
estará passos, largos, a frente
de qualquer outro profissional.
Introdução
Iniciaremos este guia tendo como
pressuposto que toda a fase de
aprovação e/ou regularização e
registro do loteamento, já tenham
sido concluídos. Estas etapas
“pré-obras” serão abordadas em
outro guia que lançarei em breve,
e que fará você ter conhecimentos
básicos de toda a cadeia de
aprovação de um loteamento.

Sendo assim, sigamos com o tão


desejado Guia Básico de Obras de
Loteamento – As Dicas para o
Sucesso de sua Obra.

Aproveite!
Índice
1. Serviços Preliminares ........................................................................... 08

2. Terraplenagem ......................................................................................... 12

3. Abertura e Reaterro de Valas para Redes Enterradas ............. 20

4. Drenagem de Águas Pluviais ............................................................ 28

5. Rede de Distribuição de Água Potável .......................................... 35

6. Rede de Coleta de Esgotos Sanitários ........................................... 37

7. Guias e Sarjetas ..................................................................................... 40

8. Rede de Eletrificação e Iluminação Pública ................................ 47

9. Pavimentação .......................................................................................... 51

10. Procedimentos Finais para Entrega de Obra ............................. 61

11. Normas e Legislação ........................................................................... 63

12. Conclusão ............................................................................................... 64

Bibliografia .................................................................................................. 65
1 . Serviços Preliminares
1 . Serviços Preliminares
Entende-se como serviços preliminares o conjunto de operações que
resultarão na liberação, física, da área a ser trabalhada. Após esta
etapa, que explicaremos agora, os serviços de terraplenagem estarão
aptos a serem iniciados e assim, termos a tão desejada
movimentação de máquinas.

Basicamente os serviços preliminares compreendem a supressão


vegetal, ou famoso desmatamento, o destocamento, que trata das
raízes de toda a supressão e a famosa limpeza de camada vegetal.

Para chegar nestas três etapas dos serviços preliminares, antes, se faz
relevante você se atentar as seguintes dicas.
______________________________________________

Verificações Pré-Serviços Preliminares


Com a liberação de mobilização de obras em mãos, você, responsável
pelo gerenciamento e execução do loteamento deverá organizar uma
pasta contendo:

 Documentos de Aprovação:
• L.I. (Licença de Instalação);
 TCRA (Termo de Compromisso de Recuperação Ambiental);
• Licenças Ambientais para trabalhos em APPs;
 Licenças de Corte e Remoção (transporte) de material
vegetal (DOF);
• Alvará de Execução da Prefeitura;
• Registro no Cartório;

É muito importante ter arquivado em obra, digital e fisicamente,


todos os documentos referentes às aprovações; a fim de atender
qualquer fiscalização e em alguns casos de supressão de mata nativa
ou árvores isoladas, pode ocorrer da Polícia Ambiental, por exemplo,
se fazer presente na obra por denuncia ou inspeções rotineiras e,
caso não existam cópias das licenças na obra, o responsável da obra
será conduzido ao distrito policial para prestar esclarecimentos e não
estando toda a documentação regular, estará suscetível à multa e
embargo da obra.

Obs: Não se preocupe com os termos técnicos citados acima, em breve outro guia de
licenciamento e aprovação estará sendo lançado e você terá a oportunidade de se aprofundar
mais no tema.
8
1 . Serviços Preliminares

 Projetos:
• Levantamento Topográfico / Cadastro;
• Loteamento / Arruamento;
• Licenciamento Ambiental;
• Complementares (Geométrico, Drenagem, Água, Esgoto,
Pavimentação, Eletrificação, Edificações etc.);

Para que o trabalho em campo seja eficiente, é necessário ter


arquivado em obra, digital e físico, todos os projetos referentes ao
empreendimento, com isso obtemos uma rápida consulta em caso de
dúvidas e/ou uma rápida solução para eventuais problemas, afinal o
projeto garantirá a uniformidade da informação.

Nota: certificar-se de que a versão em uso de cada projeto seja a mais


atual.

 Projeto de Canteiro de Obras:

O Canteiro de obras deve estar situado em local estratégico da obra,


geralmente de fácil acesso.

O que fazemos constantemente é que a implantação do canteiro de


obras deverá ser parte integrante do contrato da empresa
responsável pela execução da obra, ou outro específico para este fim,
caso você terceirize a execução do loteamento.

Atualmente, com o dinamismo das loteadoras e com a constante


evolução e implantação da tecnologia nos canteiros de obra, é
possível instalar câmeras que transmitam, via Internet, as imagens
para monitoramento externo não só do canteiro de obras, mas
também de todo o loteamento. Com esta ferramenta, todos os
envolvidos poderão ter visão e acompanhar a evolução da obra de
maneira online, inclusive seus clientes.

Lembrando que, é importantíssimo, que os ambientes de trabalho,


em toda a obra, estejam sempre limpos e organizados, sem resíduos
ou restos de materiais espalhados, funcionários uniformizados e com
EPI, etc.

Nota: deve-se providenciar um sistema de “lava rodas”, a fim de se


evitar que a obra suje de terra o pavimento das vias de acesso
existentes. Isso evitará problemas com a vizinhança.

9
1 . Serviços Preliminares

 Instalação do canteiro de obras:

Atente-se às seguintes necessidades para a implantação do seu


canteiro de obras:

• Ligação de água;
• Ligação de esgoto;
• Ligação de energia;
• Ligação de telefonia e internet.

É importante que estas ligações estejam contempladas no


planejamento para inicio da obra, pois estas ligações provisórias
deverão ser realizadas junto às concessionárias locais de água,
esgoto e energia, bem como a contratação dos serviços de telefonia
e internet, pois são itens necessários para o inicio da obra.

Caso alguma ligação não possa ser feita em tempo hábil pela
respectiva concessionária, deve-se procurar uma solução alternativa
- como exemplo, alguns loteamentos usam poços artesianos ou
freáticos (cacimbas) para iniciar os trabalhos, mas, para ser feito um
poço pode demorar até trinta dias entre escavação, limpeza e
instalação da bomba, sem contar o licenciamento de tal. Portanto, é
imprescindível que as ligações provisórias sejam solicitadas e
executadas antecipadamente à instalação do canteiro de obras e,
obviamente, ao início das obras.

 Placa de obra:

Este item não poderá ser esquecido, em nenhuma hipótese, afinal é


uma exigência em obra e também mostrará a organização da
empresa. A placa de obra deve conter as informações exigidas pelo
CREA e demais órgãos licenciadores:

• Nome e Nº de Registro no CREA da Loteadora;


• Nome e Nº da ART do Profissional (Arquiteto Urbanista) Autor do Projeto;
• Nome e Nº da ART do Profissional (Engenheiro Civil) Responsável pela Obra;
• Tipo/Nome da Obra (ex.: Loteamento Residencial);
• Endereço da Obra;
• Nº do Alvará de Execução expedido pela Prefeitura;
• Nº do Licenciamento Ambiental expedido pelo órgão responsável (IBAMA ou
Secretaria Estadual de Meio Ambiente ou Secretaria Municipal de Meio Ambiente);
• Nº de Registro do Loteamento no Cartório de Registro de Imóveis;
• Contatos (telefone e e-mails).
10
1 . Serviços Preliminares

 Placas Complementares:

Placas contendo informações das empresas, fornecedores,


investidores e/ou bancos participantes do empreendimento.
______________________________________________

Marcações Topográficas

Tendo as condições mínimas de instalações, acima citadas, podemos


avançar com o início das marcações topográficas, para a liberação
dos serviços preliminares.

Sempre começamos com as delimitações da área do


empreendimento e a sinalizações de áreas internas, como por
exemplo, as áreas de preservação permanente, APP, e áreas verdes,
no intuito de destacar os limites físicos de trabalho, deste modo
evitando que os trabalhos invadam áreas “proibidas”. Também
estaqueamos o eixo do viário e determinamos exatamente a faixa de
limpeza e abertura das vias.

A limpeza e abertura das vias, ainda que não considerados os perfis e


cotas finais, dá a forma ao loteamento, facilitando a visualização e a
percepção de onde estão os pontos mais preocupantes e os menos
críticos do projeto como um todo.

Podemos então iniciar os Serviços Preliminares, executando o corte


de árvores, destoca, além, obviamente, da remoção da camada
vegetal. É muito importante nesta etapa que o responsável pela obra
esteja atento ao contrato de serviços, observando se tal contratação
contempla todos os serviços identificados em campo, caso contrário,
o responsável de obras deverá tomar as providências necessárias
para negociar e providenciar o adendo de contrato,
preferencialmente, antes do início do serviço.

Nota: a limpeza de camada vegetal consiste na operação de


escavação e remoção da camada de solo ou material orgânico, na
profundidade até 0,20 m, em toda a área destinada a operações de
terraplenagem.

11
2 . Terraplenagem
2 . Terraplenagem
Esta etapa é considerada pelo pessoal de campo, como sendo a
primeira etapa da obra. Para início da execução dos serviços de
terraplenagem, o responsável pela obra deve ter em mãos, os
seguintes documentos:

 Projeto de arruamento / loteamento (urbanístico);


 Projeto geométrico (perfis e seções transversais de todas as vias);
 Projeto de terraplenagem, indicando as áreas, em planta, com as
respectivas seções e volumes de cortes e aterros:

É importante que, logo após os serviços de limpeza das vias, seja


providenciado o levantamento planialtimétrico, o famoso primitivo,
no eixo das vias, e é este levantamento que servirá como base para as
medições dos serviços e, consequentemente, a conferência dos
volumes.

Nota: buscar sempre a obtenção do menor movimento de terra


possível, procurando-se compensar os volumes de corte e aterro de
modo a evitar-se ao máximo, a necessidade de empréstimos ou “bota
foras” de materiais, resultando em projetos mais econômicos com
menores alterações nas condições topográficas locais, minimizando
assim eventuais problemas decorrentes da implantação da
infraestrutura.

Os trabalhos de movimentação de terra, terraplenagem, são


basicamente divididos em:
A. Escavação;
B. Carregamento e Transporte;
C. Espalhamento;
D. Compactação.
E. Cuidados contra erosões e assoreamento.
______________________________________________

A . Escavação
Durante o processo de escavação, além dos cuidados para se evitar a
saturação do solo, recomenda-se:

12
2 . Terraplenagem

 Separar a camada superficial de solo orgânico, a qual poderá ser


usada para proteção de quadras e taludes, principalmente;
 Prever onde será disposto o material vegetal excedente (como por
exemplo, em praças ou quadras).

Os equipamentos mais indicados para esta etapa são:

 Trator de esteira;
 Escavadeira hidráulica;
 Retroescavadeira;
 Motoscraper.

Vale ressaltar que, para o serviço de terraplenagem, as


retroescavadeiras só serão eficientes se o volume de terra a ser
movimentado for muito pequeno, não justificando a aplicação de
uma escavadeira-hidráulica. Sua aplicação é mais comum em
escavações de redes enterradas.

Já o scraper, terá sua utilização justificada quando a movimentação


de terra for de grande volume, afinal os custos envolvidos para sua
operação são altos.

B . Carregamento e Transporte
O carregamento do material escavado pode ser feito por meio de Pás
Carregadeiras, quando a escavação for feita por Tratores de Esteira.

As Escavadeiras Hidráulicas executam o carregamento do material


escavado, dispensando o uso de outro equipamento para realizar tal
atividade.

Os Motoscrapers, conforme já mencionado, são equipamentos


escavo-transportadores, ou seja, executam o transporte e o
espalhamento do material por eles escavado.

13
2 . Terraplenagem

C . Espalhamento
Depois de transportado, o solo deve ser espalhado em camadas
horizontais, de acordo com o equipamento compactador a ser
utilizado, conforme a tabela abaixo:

O espalhamento do solo poderá ser executado por pás carregadeiras,


tratores de esteira ou motoniveladoras, sendo este último o
equipamento mais indicado, e o mais utilizado para este serviço, em
obras de loteamento.

No caso do solo cuja movimentação seja feita por Motoscrapers, o


uso de Motoniveladora só será necessário quando se deseja um
acabamento mais preciso, como por exemplo, na execução de leitos
de pavimentos.
______________________________________________

D . Compactação
A compactação do solo deve ser executada com equipamentos e
parâmetros adequados ao tipo de solo local.
Para esta etapa, saiba quais os pontos de atenção e as verificações
imprescindíveis para alcançar bons resultados:

 Altura máxima das camadas de aterro;


O Engenheiro de Obras deve seguir as orientações de projeto ou do
consultor geotécnico, quando houver. Caso contrário, a Tabela 2.1
(acima) indica os parâmetros usuais a serem seguidos.
 Grau de compactação solicitado em projeto;
 Umidade ótima de compactação.

A compactação está diretamente relacionada à umidade do solo a


ser trabalhado, com isso, para se atingir a umidade ótima, você terá
14
2 . Terraplenagem

que controlar cuidadosamente este índice. Esta necessidade deve ser


percebida em função das especificações de compactação previstas
em projeto, as quais dependem do tipo de solo previamente
estudado. Deve-se tomar o cuidado para que o solo seja bem
homogeneizado, isto é, tenha a umidade bem distribuída e cuidar
para que não haja torrões, pois estes prejudicam a compactação do
solo.

A verificação da umidade do solo em campo, para checar se está


abaixo ou acima da umidade ótima, pode ser feita, de maneira
simples e confiável, por meio do “teste da frigideira”, executado pela
equipe de controle tecnológico da obra.

Para se trabalhar a umidade do solo, são empregados os seguintes


equipamentos:

 Caminhão Pipa;
 Trator Agrícola e Grade;
 Motoniveladora.

Também é indispensável nesta etapa o acompanhamento da equipe


de controle tecnológico da obra.

Figura – Motoniveladora e Trator Agrícola com


Grade – Controle da Umidade.

Nota: a umidade ótima varia de acordo com o tipo de solo e, é a


umidade na qual cada solo apresenta a capacidade de receber a
maior energia de compactação e, consequentemente, atingir sua
maior capacidade de suporte (resistência).

15
2 . Terraplenagem

Tendo a umidade do solo controlada de acordo com os índices de


projeto, libera-se a compactação.

Com a compactação em andamento, se faz necessário o controle da


compactação, onde deve ser verificado se o GC, grau de
compactação, e o Δh, desvio da umidade, estão dentro dos limites
especificados em projeto.

Durante o serviço de terraplenagem, com o intuito de evitar


problemas decorrentes da intervenção executada, tomo os seguintes
cuidados:

I. Medidas de contenção de erosão e assoreamentos;


II. Medida para se impedir a invasão de APP, Área de Preservação
Permanente, e Áreas Verdes;
______________________________________________

E . Cuidados com Erosões e Assoreamentos


Os empreendimentos de parcelamento do solo, loteamentos,
provocam, de uma forma geral, altos índices de impermeabilização
do solo, que, se não tomadas as devidas precauções, resultará em
erosão da área trabalhada e, consequentemente, assoreamento de
rios, lagos e galerias de águas pluviais.

A figura abaixo mostra a execução do desassoreamento de um lago


que, devido ao carreamento de sólidos oriundos de uma erosão e da
falta de proteção vegetal, em taludes e passeios, fora assoreado:

Figura – Desassoreamento de lago.

16
2 . Terraplenagem

Também é possível que ocorram danos às obras do próprio


loteamento em questão, como no viário ou em taludes, caso não
sejam tomadas medidas eficazes de controle de erosão, tais como o
rápido recobrimento vegetal, seja ela realizado por plantio de mudas
ou semeadura. Na figura abaixo podemos notar os danos causados
pela erosão, devido à falta de medidas eficazes nos taludes de um
loteamento:

Figura – Erosão em talude – Falta de Proteção Vegetal ou Curvas de Nível.

Particularmente, após algumas experiências vividas, sempre tomo


alguns cuidados especiais, antes mesmo do início das obras, para
impedir ou compensar, ao máximo, possíveis efeitos danosos ao
meio-ambiente e às comunidades vizinhas ao empreendimento,
principalmente à jusante, parte mais baixa do loteamento, pois é para
lá que toda a água escoará. Sendo:

1. Prever e implantar barreiras físicas, diques e lagoas de retenção de sedimentos nas porções
mais baixas do loteamento, bem como a implantação de curvas de nível no intuito de “quebrar”
a velocidade das águas;
2. Tomar as devidas precauções para que a drenagem provisória, durante as obras de
implantação do empreendimento, garanta o direcionamento das águas de chuva diretamente
para as lagoas de retenção e não para curso d’água e/ou galerias existentes nas proximidades;
3. Proteger os taludes, em sua base, próximos aos curso d’água com material granular ou
pedregoso;
4. Revestir com grama, sempre que possível, os taludes do loteamento, garantindo assim a
proteção contra erosões e conservando a sua estabilidade;
5. Executar canaletas de drenagem em platôs de aterros, prevenindo, principalmente, o
escoamento superficial sobre os taludes;
6. Tomar cuidado especial com aterros que cruzem linhas naturais de drenagem, evitando-se a
formação de “barramentos”, os quais costumam ocorrer, principalmente, em aterros de sistemas
17 viários.
2 . Terraplenagem

Abaixo, uma foto da execução de curvas de nível na quadra de um


loteamento:

Figura – Curvas de Nível – Solução contra Erosões nas Quadras.

Outra forma, também muito utilizada por sua eficiência, de conter o


processo erosivo, é a cobertura vegetal de taludes e áreas
terraplanadas. Abaixo, um talude com proteção vegetal, no caso a
grama:

Figura – Talude com cobertura vegetal – Semeadura.

Utiliza-se o geotêxtil, ou material similar, para criar uma Barreira de


Sedimentos, nos pontos à jusante do loteamento, com o intuito de
diminuir o carreamento de sólidos para áreas próximas, como mostra
a figura abaixo:

Figura – Barreira de Sedimentos.


18
2 . Terraplenagem

Nota: - A rotineira limpeza e manutenção de taludes e platôs, durante


toda a obra, são imprescindíveis para se evitar danos aos serviços
executados.
- Tenha sempre uma equipe dedicada a esta manutenção,
principalmente em períodos chuvosos.

Com toda a área terraplenada, ou parcialmente, é hora de iniciarmos


os trabalhos com as redes enterradas, como as redes do sistema de
drenagem de águas pluviais, a do sistema de distribuição de água
potável e do sistema coletor de esgoto sanitário. Antes de
adentrarmos em cada sistema, vale um capítulo dedicado aos
trabalhos de abertura e reaterro de valas para as redes enterradas,
que você acompanhará agora.

19
3 . Abertura e Reaterro de Valas para
Redes Enterradas
3 . Abertura e Reaterro de Valas para Redes Enterradas

Aqui, apresentarei as verificações referentes aos serviços de abertura


e reaterro de valas para redes enterradas (drenagem de águas
pluviais, rede de água potável, rede de esgotos sanitários etc.), tais
como:

 Alinhamento;
 Berço para assentamento de tubulações;
 Nivelamento;
 Testes e ensaios usuais.
______________________________________________

Iniciando os serviços
Toda e qualquer abertura de vala só deve ser iniciada após a devida
marcação topográfica, indicando a locação e profundidade da vala.

De maneira geral, a marcação topográfica irá indicar as


profundidades das valas no início e final de cada trecho de rede, bem
como a locação de PV’s (Poços de Visita), PI’s (Poços de Inspeção),
Caixas de Passagem, entre outros dispositivos específicos de cada
rede.

Comumente a abertura de vala, é feita por meio de equipamento


mecânico, como por exemplo, a retroescavadeira e a escavadeira
hidráulica. Para redes de drenagem e esgotos, geralmente estas são
mais profundas, aconselha-se o uso exclusivo das escavadeiras
hidráulicas, quer seja devido à profundidade da escavação, quer seja
devido ao tamanho e peso da tubulação de drenagem ou pelo
simples fato de produtividade nas escavações.

Para o início dos serviços de abertura de valas, é imprescindível ter


em mãos:

 Contrato;
 Projetos executivos;
 Memorial descritivo da rede a ser executada, contendo as
especificações de materiais, quantidades, dimensões, etc.

20
3 . Abertura e Reaterro de Valas para Redes Enterradas

Locação
Para ser possível o início dos serviços de abertura de valas, a
escavação propriamente dita, deverá ter sido executada,
primeiramente, a locação topográfica das redes, compreendendo o
estaqueamento de 20 m em 20 m e referências de nível (RN’s) a cada
10 estacas ou, invariavelmente, para todos os dispositivos das redes,
como os PV’s, BL’s, etc.

Nota: assim, como no caso da locação topográfica para a execução


dos serviços de terraplenagem, toda locação, em campo, deverá
verificar a exata posição das cotas do terreno, uma vez que os
projetos são orientativos, ou seja, não representam, exatamente, o
perfil natural do terreno.

Uma técnica bastante usual nas obras para se determinar a


profundidade de escavação, é construir duas “cruzetas”, conforme
figura abaixo, a serem utilizadas em dois PV’s consecutivos, pelas
quais se pode visar uma linha “imaginária” de mesma cota. Desta
maneira, pode-se determinar, entre os dois PV’s, as cotas do terreno
e, consequentemente, as profundidades de escavação de tal forma
que o fundo da vala fique com a mesma declividade definida, em
projeto, para a tubulação.

Figura – Detalhe da cruzeta para determinação da


profundidade da vala (Fonte: Botelho, 1985).

Nota: o Engenheiro deverá estar atendo para que a topografia


confira, a cada trecho estipulado em campo, o nivelamento e as
inclinações das valas.

21
3 . Abertura e Reaterro de Valas para Redes Enterradas

Deve-se ter especial cuidado na locação das travessias, pois,


certamente, haverá sobreposição de redes e será necessário verificar
se há, no mínimo, 30 cm de distância (vertical) entre a geratriz
superior da tubulação que estiver abaixo e a geratriz inferior da rede
que estiver acima; sendo que, no caso de sobreposição (cruzamento)
de rede de água com rede de esgotos, a primeira deverá estar no
mínimo, 40 cm acima da segunda.

É altamente aconselhável, desde que aceito pela concessionaria local,


que as redes de água e esgotos sejam executadas sob o passeio
público, as calçadas, conforme as figuras abaixo, pois, diminui-se o
risco de afundamentos no pavimento oriundos de um reaterro
irregular da vala.

Caso as especificações do poder público municipal e ou estadual,


dependendo da concessionaria de saneamento local, não prevejam
ou, até mesmo, proíbam a execução das redes de água e esgotos sob
a calçada, os projetistas deverão se empenhar em um trabalho de
conscientização e convencimento junto aos responsáveis pela
aprovação do projeto e manutenção das redes, no caso a
concessionaria, para que tal posicionamento seja alterado, de tal
forma que se permita a execução de ambas as redes, água e esgotos,
sob as calçadas.

As redes de água e esgotos sob as calçadas, além de serem mais


seguras, têm operação mais prática e de menor custo.

Figura – Representação de Redes


Enterradas – Água e Esgoto sob o passeio.

22
3 . Abertura e Reaterro de Valas para Redes Enterradas

Abertura e reaterro de valas


A abertura de vala deve ser executada de modo a garantir o greide,
declividade, previsto em projeto, com a largura necessária para boa
execução da rede e com profundidade suficiente para a execução do
lastro, caso seja necessário, conforme exemplificado na figura abaixo.

Figura – Exemplo de uma vala para execução


de redes enterradas (Fonte: Botelho, 1985).

Após o assentamento da tubulação, deve-se tomar o devido cuidado


no reaterro da vala. Vale ressaltar que as primeiras camadas de
reaterro, principalmente nas tubulações de menor diâmetro, de PVC
ou outro material flexível, deve-se tomar o cuidado de apiloar o solo
até, no mínimo, 30 cm, sendo duas camadas de 15 cm cada, acima da
geratriz superior do tubo.

Recomenda-se que não se deve apiloar sobre a projeção da


tubulação, para não danificá-la, conforme mostra a figura abaixo:

Figura – Assentamento de tubulação de PVC ou


material flexível (Fonte: Botelho, 1985).

Para tubos de concreto, geralmente para redes de drenagem, deve-se


apiloar a terra, ou outro material de reaterro, como areia, por
exemplo, até, no mínimo, 15 cm acima da tubulação. A seguir, uma
representação de assentamento de tubo, e na sequencia uma foto
com afundamentos oriundos da má compactação de valas:

23
3 . Abertura e Reaterro de Valas para Redes Enterradas

Figura – Exemplo de tubulação assentada


em solo de boa qualidade (Fonte: Botelho, 1985).

Figura – Afundamentos causados, provavelmente,


por má compactação de reaterro.

Nota: seja o lastro de material granular, ou de concreto magro, só


deverá ser executado em observância à sua prenotada necessidade.

24
3 . Abertura e Reaterro de Valas para Redes Enterradas

Abaixo segue uma tabela com as larguras mínimas para valas de


drenagem, água e esgoto.

Tabela – Largura mínima de valas (cm)

Nota: o reaterro de valas é uma das principais fontes de problemas


em obras de infraestrutura urbana. Isto ocorre devido à má
compactação das valas, resultando em futuras patologias.

A seguir veja uma tabela com as profundidades mínimas para as valas


de drenagem, água e esgoto.

25
3 . Abertura e Reaterro de Valas para Redes Enterradas

Tabela – Profundidade mínima para valas de redes enterradas (cm)

Escoramento de valas
Para toda e qualquer vala aberta a prumo com mais de 1,5 m de
profundidade é obrigatória a execução de escoramento.

Os tipos de escoramento dependem, principalmente, do tipo de solo,


da adequação ao local da obra, do custo e da disponibilidade dos
materiais.

Os tipos mais comuns de escoramento são:

 Pontalete;
 Contínuo;
 Descontinuo;
 Metálicos e Mistos.
26
3 . Abertura e Reaterro de Valas para Redes Enterradas

Abaixo, temos a foto de um escoramento metálico, do tipo


“blindado”:

Figura – Escoramento Metálico - Blindado.

27
4 . Drenagem de Águas Pluviais
4 . Drenagem de Águas Pluviais
Neste capítulo, apresentarei as verificações relevantes aos serviços
de drenagem de águas pluviais, tais como:

 Existência de dispositivos de mitigação da impermeabilização do solo:


- Caixas de infiltração;
- Bacias de contenção permanente.
 Dispositivos de Drenagem Urbana, tais como:
- B.L.;
- P.V.;
- Caixas de passagem;
- Muros de ala;
- Escadas hidráulicas.
 Testes e ensaios usuais.

Um projeto sustentável de drenagem de águas pluviais, ao contrário


do paradigma da engenharia tradicional do século XX, que primava
pelo afastamento mais rápido possível das águas de chuva para a
jusante da área drenada, deve conceber a máxima retenção das
águas de chuva em sua área de precipitação.

Desta maneira, conforme abordado no capítulo Terraplenagem, o


projeto de Drenagem das Águas Pluviais, em conjunto com o projeto
Geométrico/Movimento de Terra, deve prever dispositivos que
retenham as águas de chuva e propiciem a sua infiltração no solo, as
famosas Bacias e/ou Caixas de Retenção.

Estes dispositivos podem ser individuais, isto é, por lote, ou coletivos.


Os dispositivos coletivos podem ser previstos em projeto de tal
maneira a serem usados desde a etapa de implantação do
loteamento, de tal forma a mitigar possíveis assoreamentos em
cursos d’água ou redes existentes à jusante da área do loteamento.
______________________________________________

Detalhes Construtivos
BOCAS DE LOBO – BL’S
As bocas de lobo, ou bocas de leão, são os dispositivos que têm a
função de capturar a água de chuva que escoa pelas ruas e sarjetas.
Quando estiverem localizadas sob as calçadas, denominadas Bocas
de Lobo, já sob o pavimento, recebem a denominação de Bocas de
Leão.
28
4 . Drenagem de Águas Pluviais

Figura – Exemplo de Boca de Lobo combinada Figura – Tipos de Boca de Lobo

Nota: - Bocas de lobo de boa eficiência devem ter a sarjeta adjacente


em ângulo de 45º, conforme figura abaixo.
- Além disso, se houver grelhas, no caso de Bocas de Leão, estas
devem ter uma inclinação que favoreça a entrada da água.

POÇOS DE VISITA
Deve-se estar atento quando houver desnível entre qualquer
tubulação de chegada e o fundo do PV, o qual não deve ser superior
a 1,5 m, conforme a figura abaixo:

Figura – Detalhe de PV com desnível (Fonte: Botelho, 1985).

Os poços de visita, obrigatórios em todo início de rede e a cada


mudança de direção, mudança de declividade, mudança de diâmetro
ou encontro de dois ou mais ramais, podem ser executados em
blocos de concreto ou tijolos de barro maciços e atualmente já
encontramos pré-moldados.

29
4 . Drenagem de Águas Pluviais

Abaixo, um poço de visita em alvenaria sendo executado e, na


sequencia, um poço de visita pré-moldado:

Figura – PV em Alvenaria.

Figura – PV pré-moldado.

CAIXAS DE PASSAGEM
As caixas de passagem têm função similar a dos PV’s, porém, podem
ser usadas em canteiros centrais de avenidas ou sob as calçadas,
dispensando o pescoço e o tampão de ferro fundido. As figuras a
seguir mostram os detalhes de uma caixa de passagem, ou caixa de
ligação.

30
4 . Drenagem de Águas Pluviais

MUROS DE ALA
Os muros de ala são dispositivos que têm a função de reduzir a
energia e dispersar o fluxo de água na chegada ao leito, próximo ao
curso d’água, pontos de lançamentos, com o intuito de se evitar os
efeitos danosos de erosão.

Figura – Representação de Muro Ala.

Os dispositivos de dissipação de energia dos muros de ala podem ser


executados, principalmente, com material granular de grande
diâmetro, tais como pedra de mão, Brita 4, ou Rachão.

Figura – Dissipador de energia Figura – Dissipador de energia


com pedra de mão. com rachão.

Atualmente encontramos o fornecimento destes dispositos, já


pré-moldados, conforme foto abaixo:

Figura – Muro Ala e Dissipador - Pré-Moldados.

31
4 . Drenagem de Águas Pluviais

ESCADAS HIDRÁULICAS
As escadas hidráulicas têm a função de diminuir a velocidade de
escoamento do fluxo das águas pluviais em um sistema de drenagem,
em pontos de grande declividade, geralmente, próximos aos pontos
de lançamento.

As escadas hidráulicas podem ser concebidas de tal forma a formar


um colchão d’água, conforme figura abaixo, o que irá proteger o
fundo (base) dos degraus da ação erosiva da água e, portanto, terão
maior durabilidade e menor custo de manutenção.

Deve-se atentar para que as escadas hidráulicas com colchão d’água


tenham dispositivo (tubos dreno ou fendas) que permitam o total
escoamento das águas após as chuvas, evitando-se, assim, a
proliferação de insetos.

Abaixo temos a representação de uma escada hidráulica e na


sequencia, uma implantação real.

Figura – Representação de Escada hidráulica com colchão d’água.

Figura – Execução de Escada Hidráulica.

32
4 . Drenagem de Águas Pluviais

Cuidados durante a execução


RECEBIMENTO DOS TUBOS: alguns critérios visuais que podem
indicar um defeito de fabricação ou problemas ocasionados,
eventualmente, no transporte, e que são motivos de rejeição da
tubulação, com isso é necessário verificar a existência de trincas ou
fissuras durante o recebimento dos tubos.

REVESTIMENTO INTERNO DE PV’S, BL’S, CAIXAS DE PASSAGEM E


OUTROS DISPOSITIVOS: o engenheiro deverá estar atento para que
os dispositivos da rede de drenagem sejam revestidos com
argamassa de cimento e areia, traço usual 1:3, de, no mínimo, dois
centímetros de espessura.

ASSENTAMENTO DA TUBULAÇÃO: o assentamento da tubulação é


feito, preferencialmente, por meio de retroescavadeiras e, no caso de
valas profundas ou tubulações de maior peso, por meio de
escavadeiras hidráulicas.

A mesma atenção ora dada à locação para a abertura das valas, deve
ser dada, também, para o assentamento da tubulação.
A figura abaixo mostra um bom exemplo de uma rede de drenagem
de águas pluviais assentada de forma correta, em função de seu
nivelamento e alinhamento.

Figura – Assentamento de Tubo de Concreto.

33
4 . Drenagem de Águas Pluviais

TESTES E ENSAIOS USUAIS: na rede de drenagem, é usual a


realização do teste de fumaça pela fiscalização do poder público
municipal antes do reaterro da vala.

É imprescindível, portanto, que o Engenheiro esteja atento para a


realização deste teste antes de autorizar o fechamento da vala,
evitando assim, um retrabalho de escavação e posterior reaterro.

Outro ensaio comum que pode ser necessário é o ensaio de


resistência à compressão axial em tubos de concreto. Tal ensaio é
recomendável quando se tem alguma desconfiança sobre a
qualidade dos tubos que deverão ser usados na execução da rede de
drenagem.

Nota: - Exigir de seus fornecedores de materiais, o certificado de


controle de qualidade dos mesmos.
- Com isso, você terá a certeza de estar aplicando em sua obra,
materiais de qualidade e boa procedência.

34
5 . Rede de Distribuição de
Água Potável
5 . Rede de Distribuição de Água Potável

Agora falaremos dos detalhes que considero relevantes, referente


aos serviços de rede de distribuição de água potável, tais como:

 Detalhes Construtivos:
- Ligações domiciliares, quando aplicável;
- Blocos de ancoragem;
- Válvulas de descarga;
- Válvulas ventosas.
 Testes e ensaios usuais.

______________________________________________

Detalhes Construtivos
LIGAÇÕES DOMICILIARES
Conforme falamos no capítulo “Abertura e Reaterro de Valas”,
recomendamos, quando possível, que as redes de água e esgotos não
sejam executadas sob vias pavimentadas, ao invés disso, sugiro que
estas redes sejam executadas sob as calçadas, em ambos os lados
das ruas.

Desta forma, não haverá o risco de vazamentos o que, fatalmente,


danificaria o pavimento, além de se eliminar o risco de afundamentos
devido à má compactação durante o reaterro destas valas, caso
fossem executadas no terço médio das ruas.

Abaixo, podemos visualizar as ligações domiciliares de água, os


famosos ramais de água.

Figura – Ramais de Água.


35
5 . Rede de Distribuição de Água Potável

BLOCOS DE ANCORAGEM
Geralmente de concreto magro, possui a finalidade de absorver os
esforços, exercidos nas tubulações, resultantes da pressão exercida
pela água. Quando da sua necessidade de utilização, será sempre
indicada em projeto.

CAIXAS PARA VÁLVULAS DE MANOBRA


As válvulas de manobra possuem a finalidade de restrição total ou
parcial da passagem da água. A caixa possui a finalidade de abrigar
as válvulas, proteger e facilitar sua identificação e acesso a eventuais
manutenções.

Figura – Representação de uma caixa para válvulas.

VÁLVULA DE DESCARGA
São instaladas, geralmente em pontos baixos da rede, para esvaziá-la
totalmente, quando necessário.

VÁLVULA VENTOSA
A ventosa é usada para retirar o ar que se acumula nos pontos altos
e permite uma rápida entrada de ar em condições de sub-pressão.

TESTES E ENSAIOS USUAIS


A rede de distribuição de água potável, via de regra, também deverá
ser testada antes do reaterro das valas. O Engenheiro deverá
providenciar para que o teste de estanqueidade e pressão da rede
sejam acompanhados pelo profissional responsável pelo recebimento
da rede por parte da concessionária local. O ideal é ir testando a cada
trecho executado, para que no ato do recebimento desta rede, o
processo fique mais ágil. Atualmente existem empresas que realizam
estes testes e emitem um relatório de conformidade e estanqueidade
da rede a ser entregue na concessionaria.

36
6 . Rede de Coleta de Esgotos Sanitários
6 . Rede de Coleta de Esgotos Sanitários

Neste capítulo, apresentarei os detalhes referentes aos serviços de


rede de coleta e afastamento de esgotos sanitários, tais como:

 Detalhes de projeto, tais como:


- Ligações domiciliares;
- P.V.s;
- Terminais de Limpeza “TL”.
 Testes e ensaios usuais.

Todas as considerações sobre a locação para assentamento da rede


de esgotos sanitários seguem os mesmos procedimentos descritos
para as redes de drenagem e rede de distribuição de água potável.
Para as ligações domiciliares, orientamos que sejam projetadas e
implantadas, assim como na rede de distribuição de água potável,
redes duplas, ou seja, em ambas as calçadas da rua.

Abaixo, uma foto da execução do assentamento de tubos da rede


coletora de esgoto.

Figura – Assentamento de Tubos.

Detalhes Construtivos
POÇOS DE VISITA
Permitem o acesso às tubulações enterradas sem que haja a
necessidade de se fazer escavações no solo. Também têm a função
de interligar diferentes redes de tubulações.

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6 . Rede de Coleta de Esgotos Sanitários

Figura – Representação de um PV de Esgoto.

TERMINAIS DE LIMPEZA
Os Terminais de Limpeza (TL) são tubulações de pequeno diâmetro
instaladas no sentido vertical, que permitem a injeção de água
pressurizada para a lavagem e desentupimento de trechos da rede de
esgotos.

Figura – Representação de Terminal de Limpeza “TL”.

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6 . Rede de Coleta de Esgotos Sanitários

LIGAÇÕES DOMICILIARES
Conforme falamos no capítulo “Abertura e Reaterro de Valas”,
recomendamos, quando possível, que as redes de água e esgotos não
sejam executadas sob vias pavimentadas, ao invés disso, sugiro que
estas redes sejam executadas sob as calçadas, em ambos os lados
das ruas.

Desta forma, não haverá o risco de vazamentos o que, fatalmente,


danificaria o pavimento, além de se eliminar o risco de afundamentos
devido à má compactação durante o reaterro destas valas, caso
fossem executadas no terço médio das ruas.

Abaixo, podemos visualizar as ligações domiciliares de água, os


famosos ramais de esgoto.

Figura – Rede de esgoto com ramal domiciliar.

TESTES E ENSAIOS USUAIS


A rede de coleta e afastamento de esgotos sanitários deverá,
também, ser testada antes do reaterro das valas.

Assim como na rede de distribuição de água potável, o Engenheiro


deverá providenciar para que o teste de estanqueidade e pressão da
rede tenham acompanhamento do profissional responsável pelo
recebimento da rede por parte da concessionária local, ou realizada
por empresa capacitada e emitido relatório de conformidade a ser
entregue na concessionária.

39
7 . Guias e Sarjetas

41
7 . Guias e Sarjetas
Aqui, apresentarei as verificações e ações que utilizo para garantir o
bom andamento dos serviços, sendo que esta etapa se resume em:

 Execução do alinhamento e marcação das cotas com o uso de


estacas e linha.
 Regularização do solo natural e execução da base de
assentamento.
 Execução das guias com máquina extrusora ou manualmente,
quando pré-moldadas.
 Execução das juntas de dilatação.
 Acabamento e aplicação de água na superfície durante o período
de cura do concreto.
 Travamento.

Após a execução da limpeza do terreno, da terraplenagem e,


particularmente executo nesta ordem, após os serviços de redes
enterradas, podemos dar inicio à execução das guias e sarjetas.

Nesta etapa, o Engenheiro deverá assegurar uma boa frente de


trabalho para que o serviço transcorra de forma ininterrupta, para tal,
sigo uma sequencia logica que para facilitar o entendimento, registro
abaixo.

Ressalto que, após a execução das guias e sarjetas, e estas quando


extrusadas, respeitando o tempo necessário da cura do concreto, se
faz necessário o “travamento” das mesmas.

Este travamento, que nada mais é que o preenchimento e


regularização do passeio, e o inicio das atividades de pavimentação,
tem o objetivo de preservar o serviço executado e evitar erosões ao
logo do trecho das guias.

Durante a execução, alguns detalhes são de vital importância para a


qualidade final do serviço, destacando-se:

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7 . Guias e Sarjetas

ALINHAMENTO E NIVELAMENTO
O bom alinhamento das guias e sarjetas depende diretamente de
dois fatores. O primeiro, que em obra denominamos “marcação do
ponto”, refere-se ao procedimento que consiste na marcação
topográfica do local das guias e sarjetas.

O segundo fator, e tão importante quanto o primeiro, que garantirá a


qualidade nesta etapa é a habilidade do operador da maquina
extrusadora.

Após a marcação dos pontos e com o auxílio de uma linha esticada


entre as estacas, temos então uma linha guia, em todo o trecho a ser
trabalhado. É por esta linha que o profissional responsável pela
execução do serviço irá alinhar e nivelar as guias. No caso de guias e
sarjetas extrusadas, alinha-se o ferro guia da máquina extrusora à
linha de “marcação do ponto”, conforme a figura abaixo:

Figura – Detalhe da máquina


extrusora e linha guia.

CONCRETO
Apesar de ser muito comum não se dar a devida importância à
resistência do concreto usado na confecção de guias e sarjetas, por
não ser considerado um elemento estrutural, temos que garantir as
especificações técnicas contidas em projetos.

Em prática, esta falta de atenção acarreta vários problemas, inclusive,


no período de operação, pós-ocupação, do loteamento. Estes
problemas são oriundos, principalmente, de tráfego de veículos de
carga pesada, tais como caminhões betoneira, carretas de aço,
blocos, etc., durante a execução das residências, que podem vir a

41
7 . Guias e Sarjetas

quebrar ou afundar a guia exposta no trecho de trafego.

Aconselha-se, portanto, que o concreto usado na confecção das


guias e sarjetas tenha resistência igual ou superior a 25 MPa.

E não só a resistência, mas também, a consistência do concreto influi


na qualidade do serviço. Um concreto com consistência plástica ou
fluida não dará um bom resultado.

É imprescindível, nesta questão, que o projeto especifique a


resistência e a consistência do concreto para as guias e sarjetas e,
que a obra possua controle tecnológico de concreto.
______________________________________________

Detalhes Construtivos
Detalhes de emendas, constantemente, passam despercebidos, mas
tais detalhes são extremamente relevantes para manter a qualidade
do empreendimento. Os principais problemas com emendas em
guias e sarjetas dizem respeito às:

EMENDAS DE CONCRETAGEM
Conforme falamos no capítulo “Abertura e Reaterro de Valas”,
Detalhes de emendas, constantemente, passam despercebidos, mas
tais detalhes são extremamente relevantes para manter a qualidade
do empreendimento.

A – Bom exemplo B – Mau exemplo

Figura – Detalhes de emendas de concretagem


em guias e sarjetas extrusadas.

42
41
7 . Guias e Sarjetas

EMENDAS NO ENCONTRO DE BOCAS DE LOBO

Figura – Exemplos de emendas mal feitas de guias


e sarjetas nas bocas de lobo

Analisando as figuras acima, e se, além da grelha na sarjeta, houver


necessidade de tampas de concreto, no passeio, sobre as bocas de
lobo, estas deverão ser executadas “atrás” da guia e não “sobre” elas.
A figura abaixo ilustra um bom exemplo de execução de recorte em
sarjetas para execução de bocas de leão.

Figura – Bom exemplo de guias e sarjetas com recorte


para a execução de bocas de leão.

Detalhes como a inclinação transversal da sarjeta e a “entrada” na


boca de lobo foram discutidos no capítulo “Drenagem de Águas
Pluviais”.

43
7 . Guias e Sarjetas

SUGESTÕES PARA PROJETO


O projetista e, também, o Engenheiro deverão estar atentos para as
diretrizes locais, no caso as da Prefeitura Municipal, no que diz
respeito às guias e sarjetas, pois estas podem possuir diferentes
exigências das usualmente usadas na maioria dos empreendimentos.

Neste caso, aconselha-se a busca de um entendimento, juntamente


com uma aprovação formal, com os responsáveis do poder público
municipal para que possam ser adotadas e executadas guias e
sarjetas extrusadas nos padrões usuais.

É preciso também, definir qual o perfil de guia que será usado.


Caberá ao Engenheiro, estar atento para que a forma da máquina
extrusora seja adaptada para o perfil definido.

Abaixo, segue representação da seção tipo e um perfil 60, um dos


mais usuais nos loteamentos:

Figura – Seção Tipo. Figura – Perfil 60.

E, caso as especificações locais não permitam a execução de guias e


sarjetas extrusadas e não se consiga esta permissão para o
empreendimento em questão, o Engenheiro deverá estar atento para
a execução de guias pré-moldadas com sarjetas moldadas “in loco”,
conforme figura abaixo:

Figura – Assentamento de Guia Pré-moldada.

44
7 . Guias e Sarjetas

Abaixo temos algumas boas execuções de guia e sarjeta:

Figura – Acabamento Figura – Acabamento com


da Guia. Nata de Concreto.

GUIAS E SARJETAS EXTRUSADAS.

Normalmente utilizada para grandes extensões devido sua alta


produtividade, como alternativa à guia tradicional pré-moldada de
concreto, a guia extrusada é feita no local da obra (moldada "in loco")
com o uso de máquinas especiais e com a utilização de concreto
usinado, geralmente de 25 MPa (35 MPa, para guias e sarjetas mais
reforçadas). Existem vários modelos de guias, sendo os mais usuais:
- guia extrusada perfil padrão prefeituras 45 cm, o mais usado na maioria
das cidades (15 cm de largura de guia, 20 cm de altura e 30 cm de
largura de sarjeta).
- perfil "americano" (guia americana) 42,5 cm de largura.
- perfil "americano" (guia americana) 46 cm de largura.
- perfil "americano" (guia americana) 60 cm de largura, muito utilizado
em loteamentos fechados e condomínios.

Em nossas execuções temos os seguintes índices:

Consumo: 1 m3 de concreto usinado faz 16m de guia/sarjeta


extrusadas com o perfil padrão de 45 cm, padrão da maioria
das prefeituras.
Ou seja, 1 caminhão betoneira de 5 m3 de concreto usinado
faz aproximadamente 80m de guia e sarjeta extrusadas.

Rendimento diário: até 400 m/dia.


Juntas de dilatação: a cada 2 ou 3 m.
45
7 . Guias e Sarjetas

ACESSIBILIDADE
O Engenheiro da obra deverá estar atento, ainda, para que o projeto
não deixe de contar com detalhes de rebaixamentos de guias nas
esquinas e que os mesmos sejam devidamente executados.

Para a confecção das rampas de acessibilidade nas calçadas o


projeto deverá atender as especificações contidas na NBR 9050 -
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos.

A figura abaixo representa as dimensões mínimas estabelecidas pela


NBR 9050 para acessibilidade em calçadas:

Figura – Representação do rebaixamento e acessibilidade de calçadas.

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7 . Guias e Sarjetas

Para a confecção das rampas de acessibilidade nas calçadas o


projeto deverá atender as especificações contidas na NBR 9050 -
Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos
urbanos.

Vale ressaltar que:


- Os rebaixamentos de calçadas devem ser construídos na direção
do fluxo da travessia de pedestres.
- A inclinação deve ser constante e não superior a 8,33 % (1:12) no
sentido longitudinal da rampa central e na rampa das abas laterais.
- A largura mínima do rebaixamento é de 1,50 m.
- O rebaixamento não pode diminuir a faixa livre de circulação, de
no mínimo 1,20 m, da calçada.

Figura – Implantação de rampas de acessibilidade em calçadas.

Nota: ainda durante a execução das guias e sarjetas, prever o


rebaixamento de rampas de acessibilidade, bem como a execução
das guias rebaixadas, para locais de acesso a garagem e
estacionamentos. Desta forma, evita-se a necessidade de quebrar a
guia para tais rebaixos, além do retrabalho de acabamento.

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8 . Rede de Eletrificação e Iluminação Pública
8 . Rede de Eletrificação e Iluminação Pública

Nesta seção, serão apresentadas as verificações imprescindíveis aos


serviços de eletrificação e iluminação pública, tais como:

 Colocação dos postes;


 Instalação da rede de media tensão;
 Instalação da rede de baixa tensão;
 Instalação dos transformadores;
 Instalação da iluminação pública;
 Cuidados especiais:
 Detalhes de projeto:
 Testes e ensaios usuais.

______________________________________________

Iniciando os serviços
Para início da execução dos trabalhos, o Engenheiro deve ter em
mãos, os seguintes documentos:

 Projeto de locação dos postes:


- Só executar a rede se o projeto tiver sido compatibilizado com
o projeto urbanístico, o de drenagem e os de agua e esgoto;
 Projeto de Rede da media e baixa tensão;
 Projeto de iluminação pública;
 Projeto aprovado pela Companhia de energia elétrica do local.
 Especificação dos materiais.

No ponto de vista estético, sustentável e urbanístico, a melhor


solução seria que toda a rede de distribuição de energia e iluminação
publica fosse subterrânea, porém, seu custo de implantação ainda é
alto, o que poderia onerar a viabilidade financeira do
empreendimento.

Por este motivo, ou por falta de especificações técnicas de algumas


concessionárias de energia, a rede de energia e iluminação pública é,
via de regra, aérea.

É recomendável, portanto, que todos os postes sejam locados na


projeção de divisa de lotes, ou seja, deve-se tomar o cuidado para
que nenhum poste fique em uma posição que poderá restringir,
futuramente, a entrada da edificação.
48
8 . Rede de Eletrificação e Iluminação Pública

Esta concepção pode acarretar em pequeno aumento do número


total de postes necessários no loteamento, porém, evitam-se futuros
problemas com os clientes e concessionária.
Neste sentido, o Engenheiro, antes do início dos serviços, deverá
verificar, a locação de todos os postes e solicitar ao projetista, a
devida correção do projeto, caso exista algum poste muito deslocado
da divisa dos lotes.
______________________________________________

Instalação dos postes


Para esta etapa, a instalação dos postes, o ideal é que as guias e
sarjetas já estejam executadas, pois facilita o processo de locação
dos postes. Caso as guias não tenham sido executadas,
recomenda-se que a locação seja realizada por equipe topográfica,
diminuindo a possibilidade de locação fora do especificado em
projeto.

Muito importante se ater ao nível e a colocação de forma a que os


postes não fiquem tortos ou pendendo para um dos lados. Deste
modo, a abertura e o tipo de solo, assim como a compactação no
reaterro, são itens de extrema importância e deverão ser estudados
caso a caso para que, quando da instalação dos cabos e
transformadores, o poste não se movimente.

Vale ressaltar que todo o material para a execução da rede elétrica e


iluminação publica, deverá atender as especificações de projeto, que
por sua vez está de acordo com as exigências da concessionaria de
energia. Qualquer coisa diferente disso deixará a rede do loteamento
a mercê de reprovas junto à concessionaria, que servirá de
impeditivos para interligações e futuras energizações.

Os postes, geralmente, são colocados por meio de um caminhão


“Munck”, conforme a figura abaixo:

Figura – Instalação de Postes com Caminhão Munck.

49
8 . Rede de Eletrificação e Iluminação Pública

Instalação dos postes


Recomenda-se executar as duas redes, média e baixa tensão,
simultaneamente, a fim de se evitar a repetição do trabalho de
lançamento de cabos e acessórios, visto que os mesmos
equipamentos são utilizados para a montagem de ambas as redes.
Deve-se tomar atenção para que o tensionamento dos cabos esteja
dentro das normas dos fabricantes.

Deverá ser tomada especial atenção ao material utilizado nos cabos,


pois algumas concessionárias já estão aceitando redes aéreas com
cabos de alumínio.

Tomar os devidos cuidados quanto à montagem dos transformadores


e chaves de proteção, os quais devem estar bem conectados para
evitar as quedas de tensão por mau contato.

Uma vez que o projeto deverá estar aprovado pela concessionária,


basta manter na obra a lista de material e conferir se o material que
chega está dentro da norma e especificação do projeto. Assim,
diminui-se muito o risco de ser usado um material não especificado.
______________________________________________

Instalação da rede iluminação pública


Depois de instaladas as redes de media e baixa tensão, deverão ser
instalados os braços e as luminárias. Deve-se verificar se os materiais
a serem instalados atendem às especificações de projeto e, este, às
especificações da concessionária.

Recomenda-se, sempre que possível, que todos os acessórios e


circuitos sejam verificados e testados ainda no chão, antes da
instalação definitiva, a fim de se evitar desperdício de tempo e
serviços com retrabalhos, quando do não funcionamento dos
mesmos.

É muito importante, também, prever o uso de lâmpadas de baixo


consumo, como as lâmpadas LED, pois, os loteamentos pagam um
valor estimado para as concessionárias de energia conforme o
numero de pontos e o respectivo consumo.

Assim, quanto menor for o consumo, menor será o valor deste


pagamento à concessionária em relação à iluminação pública.

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8 . Rede de Eletrificação e Iluminação Pública

Figura – Instalação de Luminárias – Iluminação Pública.

As concessionárias também estão muito interessadas em reduzir o


consumo e a demanda de energia, assim, é importante verificar a
potência das lâmpadas e os demais componentes que serão
instalados para saber se estão de acordo com o projeto aprovado.
______________________________________________

Teste e ligação
As concessionárias fazem os testes para o recebimento da rede, pois,
depois de doadas, será de responsabilidade delas a manutenção e os
aumentos de carga conforme a ocupação, assim, o recomendado é
que o projeto sempre seja o mais simples possível e que atenda,
dentro dos limites, as recomendações de carga instalada para cada
lote.

Por fim, é importante o acompanhamento das fiscalizações


executadas pela concessionária para evitar o atraso da interligação e
energização do loteamento e, consequentemente, da liberação para
as ligações dos lotes, conforme demanda.

Após o processo de energização, feito pela concessionária, será


emitido um Documento de Incorporação de Rede, onde a
concessionária formaliza o recebimento e assume a responsabilidade
de operação e manutenção da rede em questão.
.

51
9 . Pavimentação
9 . Pavimentação
Nesta seção, apresentaremos as verificações imprescindíveis para os
serviços de pavimentação asfáltica, tais como:

 Profundidade da caixa;
 Especificações de reforço de subleito;
 Especificações de sub-base composta;
 Espessura da base;
 Grau de compactação do subleito, sub-base e base;
 Especificações de impermeabilização da base e ou sub-base;
 Especificação da pintura de ligação;
 Existência ou não de camada de Binder e sua espessura;
 Espessura do revestimento;
 Testes e ensaios usuais.

A pavimentação possui uma grande importância, uma vez que ela irá
permitir que os usuários se desloquem com facilidade e segurança. O
pavimento é composto, basicamente, por quatro camadas principais:

- Revestimento asfáltico;
- Base;
- Sub-base ;
- Sub-leito.

Abaixo, uma representação das camadas de um pavimento:

Figura – Representação da Estrutura Básica de um Pavimento.

52
9 . Pavimentação

Abertura de caixa
A abertura de caixa para execução das camadas de um pavimento
não deve ser executada antes da execução das guias e sarjetas.

A declividade transversal da via já deve ser formada desde o subleito,


de tal forma que todas as camadas do pavimento, reforço, sub-base,
base e revestimento, tenham espessuras uniformes em toda extensão
da via.
______________________________________________

A importância das camadas


Falarei de cada camada de um pavimento para que você saiba da
importância estrutural, bem como as verificações e dicas de cada
uma dessas camadas, sendo:

REFORÇO DE SUBLEITO
Em regiões de solos de baixa capacidade de suporte (CBR < 10), é
usual, desde que haja jazida de solo de melhor capacidade de
suporte, à distância e custo viáveis para o empreendimento, que o
projeto preveja uma camada de reforço do subleito.

Deve-se assegurar que a camada de reforço do subleito tenha o grau


de compactação e CBR especificados em projeto.

Vale ressaltar que atualmente existem estabilizantes de solos que


aumentam a capacidade de suporte do mesmo, podendo ser uma
saída viável para viabilizar a camada de reforço do sub-leito e
também de sub-base.

Figura – Motoniveladora executando o preparo e regularização do Sub-leito.

53
9 . Pavimentação

SUB-BASE
Por definição, uma sub-base é uma camada de pavimento composta
por uma mistura de solo com outro material que melhore a
capacidade de suporte do solo. Por exemplo: solo-brita,
solo-cimento, solo-cal, etc. A especificação de uma sub-base é,
também, usual em regiões em que o solo local apresente baixa
capacidade de suporte.

Tanto a sub-base, quanto a camada de reforço, além de melhorar a


capacidade de suporte do pavimento, tem a função de diminuir seus
custos de execução, pois propicia menor espessura da camada de
material granular, a Base propriamente dita.

Deve-se assegurar que a sub-base tenha o grau de compactação e


CBR especificados em projeto.

Figura – Preparo de Mistura, na pista, de brita para obtenção


do solo-brita para sub-base do tipo Solo Brita.

BASE
A Base de um pavimento é a camada composta por material granular,
geralmente a Brita Graduada Simples, a famosa BGS. É comum, em
algumas regiões, como no interior de São Paulo, por exemplo, o uso
de bica corrida, em vez de BGS.

Porém, a bica corrida não é um material tão homogêneo quanto a


BGS e pode, por este motivo, não apresentar as propriedades
necessárias, tais como a capacidade de suporte.

54
9 . Pavimentação

A bica corrida possui baixo percentual de material de fina


granulometria, tais como pedrisco, brita 0, e pó-de-pedra. Desta
forma, uma técnica recomendável é a adição, em obra, de pedrisco e
pó-de-pedra à bica corrida, antes de sua aplicação.

Esta adição pode ser feita por meio de pás-carregadeiras,


adicionando e misturando o pó-de-pedra à bica corrida até a
homogeneização da mistura ou em usinas de misturas. Deve-se
assegurar que a base tenha o grau de compactação e CBR
especificado.

Figura – Sequência da execução de Base, em


BGS - Espalhamento e Compactação.

IMPERMEABILIZAÇÃO DA BASE
É imprescindível para garantir a durabilidade de um pavimento que
seja feita, adequadamente, a impermeabilização da base do
pavimento, a famosa Imprimação. O produto usado para a
imprimação é o asfalto diluído de petróleo de cura média, CM30.

A taxa de aplicação do CM-30 pode variar em função da absorção,


composição e textura da base. A impermeabilização deverá ser
realizada por equipamento adequado, no caso, o caminhão
espargidor, conforme foto a seguir.

55
9 . Pavimentação

Figura – Imprimação do CM-30 – Caminhão Espargidor.

PINTURA DE LIGAÇÃO
A pintura de ligação tem a função de garantir a boa aderência da
camada de revestimento, capa asfáltica, à base do pavimento, ou a
uma camada antiga de revestimento betuminoso no caso de
recapeamentos. A pintura de ligação pode ser executada, também,
por meio de um caminhão espargidor.

O produto usado para a pintura de ligação é o ligante betuminoso,


emulsão asfáltica de ruptura rápida, RR-1C ou RR-2C. A diferença
entre os dois é a velocidade de ruptura, ou seja, sua “secagem”.
Para execução de grandes áreas de pavimentos de uma única vez, em
trechos de rodovias, por exemplo, é indicado o uso do ligante de
menor velocidade de ruptura.

A taxa residual do ligante betuminoso é de 0,3 l/m a 0,4 l/m . A


emulsão asfáltica deve ser diluída em água, à taxa de 1:1, para garantir
uniformidade na distribuição da taxa residual. A taxa de aplicação da
emulsão diluída é de 0,8 l/m a 1,0 l/m .

É comum que a aplicação do CM-30, e também do ligante, seja


executada através da caneta, principalmente para correção de
pontos falhos durante a etapa, conforme foto abaixo:

Figura – Aplicação através da Caneta.

56
9 . Pavimentação

Ressalto que, para a aplicação com a caneta, deve-se tomar as


devidas precauções para que as guias e sarjetas não sejam “pintadas”
pelo material betuminoso. Notem que na foto acima, existe um
“escudo de madeira”, que serve de proteção para tal.

Nota: - Não se deve executar a pintura de ligação em dias chuvosos


ou quando a temperatura ambiente estiver abaixo de 10 ºC.
- A superfície deve ser varrida antes da aplicação, a fim de se remover
todo o pó ou qualquer material solto.

BINDER
O Binder é um tipo de CBUQ (Concreto Betuminoso Usinado a
Quente) de maior granulometria, isto é, em sua composição não são
usados agregados de menor granulometria, brita 0 e pó-de-pedra.

Desta forma, o Binder tem um acabamento mais áspero que o


revestimento asfáltico, a Capa de CBUQ, propriamente dita. Por outro
lado, o Binder tem menor custo que a Capa de CBUQ.

A camada de Binder é, geralmente, indicada em pavimentos onde se


necessita de camadas espessas de revestimento asfáltico, maiores
que 7 cm, pois, nestes casos, não é possível se executar todo o
revestimento de uma única vez.

Nota: a camada de Binder, além de propiciar melhor aderência da


camada superior, tem, geralmente, menor custo de produção.

REVESTIMENTO ASFÁLTICO EM CBUQ


É a única camada, da estrutura de um pavimento, que é perceptível
aos seus usuários. Não possui características de suporte e é a camada
que estará em contato com os pneus, sua principal finalidade é a de
oferecer boas condições de rolamento e segurança ao usuário. Sua
aplicação é feita por meio de uma vibroacabadora, conforme figura
a seguir.

57
9 . Pavimentação

Figura – Vibroacabadora aplicando CBUQ.

ESPESSURA DAS CAMADAS


Deve-se tomar o cuidado na execução de um pavimento com as
espessuras das camadas devido à propriedade de empolamento dos
materiais.

Os diversos materiais usados na execução das camadas de um


pavimento possuem taxas de empolamento específicas, por exemplo:

- A taxa de empolamento dos solos pode variar de 25% a 40%;


- Dos materiais granulares, de 12% (areias) a 50% (britas);
- Do CBUQ (capa e Binder), de 30% a 40%.

Assim sendo, para se garantir a espessura final de cada camada,


deve-se aplicar uma quantidade que compense a redução de volume
após a compactação.

Para um bom acabamento da camada de revestimento, deve ser


usado rolo liso, “chapa”, porém, o adensamento deve ser executado
com rolo pneumático de pneus.

Figura – Compactação do CBUQ – Rolo de Pneus.

58
9 . Pavimentação

PROTEÇÃO SUB-SUPERFICIAL DO PAVIMENTO


Caso seja necessária, deve ser prevista a utilização de dispositivos de
drenagem sub-superficial na estrutura do pavimento, conforme
ilustrado na Figura 9.4.

O lençol d’água subterrâneo deve estar rebaixado, pelo menos,


1,5 m do greide da terraplenagem acabada.

Revestimento

Figura – Detalhe de dreno sub-superficial


para proteção de pavimentos.

PROTEÇÃO DA CAIXA DO PAVIMENTO DURANTE AS OBRAS


É muito comum que a abertura da caixa seja executada com alguma
antecedência da execução das camadas definitivas do pavimento,
porém, sempre que possível, planejo as etapas de serviço de maneira
sequencial, a fim de evitar problemas como este. Quando isto
acontece, a caixa do pavimento fica sujeita à erosão, por ação das
intempéries, resultando em situações como as ilustradas na abaixo:

Figura – Erosão causada pela ação de enxurradas

Para se evitar este problema, devem ser providenciadas curvas de


nível transversalmente ao longo da via e a abertura da caixa não pode
estar abaixo do nível da sarjeta, pois, senão, a curvas de nível não
terão boa eficiência. O “segredo” é direcionar as águas oriundas das
enxurradas para as sarjetas.

59
53
9 . Pavimentação

Nota: é imprescindível que seja feita manutenção constante das


curvas de nível e, tão logo se perceba o início de um processo erosivo
junto às guias, deve-se providenciar a recomposição da caixa no
ponto em questão.

FALHAS DE ACABAMENTO
Quando se opta pela execução das guias e sarjetas, após a execução
do pavimento, ficamos suscetíveis ao problema abaixo ilustrado, o
mau acabamento entre a junção do pavimento e da sarjeta. A foto
abaixo ilustra tal falha:

Figura – Guias e sarjetas executadas após a


pavimentação resultando em um péssimo acabamento.

O propósito de se executar o pavimento e, principalmente, a capa,


após as guias e sarjetas deve-se, justamente, à possibilidade de se
poder vedar o pavimento através da sobreposição da capa de asfalto
no rebaixo da sarjeta, especialmente projetado para este propósito.
Outro problema recorrente se refere à cota de tampões de PV’s,
conforme ilustrado abaixo:

Figura – Tampão de PV
com diferença de cota
para o pavimento.

60
9 . Pavimentação

Para evitar tal problema, duas são as principais ações. A primeira é ter
o controle topográfico do greide final, e fazer valer tal índice durante
a execução da pavimentação e instalação de tampões, e a segunda
está relacionada diretamente à qualidade e experiência da sua
equipe.

Abaixo, uma foto onde podemos ver os principais equipamentos para


a execução de uma pavimentação:

Figura – Equipamentos executando a Pavimentação.

61
10 . Procedimentos Finais para Entrega de Obra
10 . Procedimentos Finais para Entrega de Obra

Se você chegou, fisicamente, nesta etapa de seu empreendimento,


parabéns! Agora falta pouco, porém não menos trabalhosa que as
demais etapas, devido a burocracia existente para este processo.

Nesta seção, apresentaremos as verificações finais para entrega de


obras, seja para os órgãos competentes, seja para os clientes, tais
como:

 Testes;
 Licenças;
 Alvarás;
 Documentação.

Deverão ser observadas as exigências de cada órgão. É, fortemente,


recomendável que se tenha os registros de como cada fase evoluiu
em cada serviço, para que a liberação ou a doação seja conduzida da
forma mais tranquila, rapida e simples possível.

Cada órgão, em cada município, tem procedimentos diferentes de


fiscalização, testes, aprovação e recebimento das obras, e, portanto,
deverão ser conhecidas e observadas todas as especificidades de
cada local, pois isso facilitará a finalização e a liberação dos alvarás,
licenças e doações.

O Engenheiro da obra deverá estar atento, desde o início do


empreendimento, ao sequenciamento dos serviços, incluindo testes e
prazos para solicitação de vistorias e emissão de documentos oficiais
de aceite, conformidade, etc., para que todos sejam iniciados e
executados de acordo com o cronograma para que a entrega de
redes e ou demais obras possam ser feitas em tempo hábil.

Este cuidado é vital para não atrasar a entrega do empreendimento


aos futuros clientes e, principalmente, para não causar nenhum
transtorno quando da execução das futuras edificações, tais como a
falta de água ou de energia por falta de aceite da concessionária.

Outro aspecto importante a observar é que a Lei 6766/1979 prevê


que alguns lotes ficarão alienados no Cartório de Registro de Imóveis
até que a Prefeitura reconheça o término das obras e libere os lotes
para a venda.
62
10 . Procedimentos Finais para Entrega de Obra

O termo de liberação da Prefeitura deverá ser levado ao registro de


imóveis para a baixa da garantia.

As Prefeituras, normalmente, pedem as liberações dos órgãos


envolvidos para a emissão deste termo, restando à Prefeitura
somente as liberações da Drenagem, das Guias e Sarjetas, da
Pavimentação e, em alguns casos, dos passeios.

Vale observar, ainda, que algumas Prefeituras fazem a liberação


parcial dos lotes conforme o andamento das obras, de acordo com o
cronograma físico-financeiro, e, para tal, deve ser solicitada,
periodicamente, a vistoria para a constatação do que já foi executado
para que se obtenha a liberação de lotes, proporcional, em valor
financeiro, aos serviços executados.

63
11 . Normas e Legislação
11 . Normas e Legislação
Para facilitar o acesso as normas referentes a tudo que falamos, fiz
uma apanhando das mais importantes, sendo elas:

- NBR 12266: 1992 - Projeto e execução de valas para assentamento


de tubulação de água, esgoto ou drenagem urbana.
______________________________________________

- NBR 15645: 2008 - Execução de obras de esgoto sanitário e


drenagem de águas pluviais utilizando-se tubos e aduelas de
concreto.
______________________________________________

- NBR 9814:1987- Execução de rede coletora de esgoto sanitário.


______________________________________________

- NBR 12948:1993 – Materiais para concreto betuminoso usinado a


quente - Especificação.
______________________________________________

- NBR ISO 15878:2008 – Equipamento para manutenção@infra_urbana


e construção
de rodovias – Pavimentadoras de asfalto – Terminologia e
especificações comerciais.
/infraurbanaoficial
______________________________________________

- NBR 12266:1992 – Projeto e execução de valas para assentamento


de tubulação de água, esgoto ou drenagem urbana.
______________________________________________

- NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da


construção.
______________________________________________

- NBR 7367:1988 Projeto e assentamento de tubulações de PVC rígido


para sistemas de esgoto sanitário.
______________________________________________

- Norma NBR 9050 - Acessibilidade a Edificações.

64
Conclusão
Tenha certeza que o conteúdo
deste guia é o que realmente
utilizo na execução e
Tendo todas as obras concluídas, gerenciamento dos loteamentos
estando tudo de acordo com os que trabalho, portanto, reflete a
projetos aprovados e exigências realidade do que vivo e do que
das concessionarias e Prefeitura acontece em campo.
Municipal e, por fim, em posse do
Termo de Vistoria de Obra, Este conteúdo foi pensado de
devidamente registrado na maneira que a informação fosse
matrícula, em mãos, você terá transmitida de forma simples e
concluído o seu empreendimento. direta, para que o menos
Esta á a etapa mais aguardada experiente pudesse ter o mesmo
para nós da área de loteamento, entendimento que o profissional
portanto, orgulhe-se! que já atua na área. Se me
perguntarem qual era a minha
Afinal, este processo, desde a pretensão com este Guia, tenham
aprovação de um loteamento até certeza que a resposta seria:
a sua conclusão, leva no mínimo 4
anos para concluir-se. Este guia, “Minha maior pretensão é, um
reforçando o que já foi dito, vem dia, em um desses loteamentos
para auxiliar quem está que visito, Brasil a fora, encon-
interessado em atuar nesta área e trar este guia todo sujo, sendo
não possui experiência, e também utilizado por alguém em obra,
servir como ferramenta de ou encontrar uma cópia na bi-
consulta rápida para a verificação
blioteca de algum escritório”.
de boas práticas pelas equipes de
campo.

Aproveitem! Forte abraço!


“Sigo loteando e urbanizando
esse Brasilzão”. - Jefferson Inoue
Encontre-me nas redes sociais:
@infra_urbana /infraurbanaoficial
Bibliografia
ALANBERT JR., N. Manual prático de tubulações para abastecimento de água:
informações práticas e indispensáveis para projetos, obras e manutenções. Rio de
Janeiro: ABES, 1997.

BITUMINOUS mixtures aggregates and pavements. Washington, DC: NRC, 1975.


(Transportation Research Record; v. 549).

BOTELHO, M. H. C. Águas de chuva: engenharia das águas pluviais nas cidades. São
Paulo: Edgard Blücher, 1985.

BRASIL. LEI n.º 6.766, de 20 de dezembro de 1979. Dispõe sobre o Parcelamento do


Solo Urbano e dá outras Providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 de dez.
1979. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L6766.htm>. Acesso em: 22 dez. 2008.

CANHOLI, A. P. Drenagem urbana e controle de enchentes. São Paulo: Oficina de


Textos, 2005.

CARVALHO, P. A. S. Taludes de rodovias: orientação para diagnóstico e soluções de


seus problemas. São Paulo: IPT, 1991.

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Técnico, 1966.

DNER. Manual de pavimentação. Rio de Janeiro: DNER, 1996.

FENDRICH, R. et. al. Drenagem e controle da erosão urbana. 4. ed. Curitiba:


Champagnat, 1997.

MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas. Cartilha de


instruções técnicas de engenharia e arquitetura. Belo Horizonte: SETOP, 2010.

NOVAES, C. P. Sistema de drenagem urbana. Feira de Santana: UEFS, 2000.

RICARDO, H. S.; CATALINI, G. Manual prático de escavação: terraplenagem e escavação


de rocha. 3. ed. São Paulo: Pini, 2007.
Bibliografia
CONSULTAS VIA INTERNET

DER/PR ES-T 01/05 TERRAPLENAGEM: SERVIÇOS PRELIMINARES -


http://www.der.pr.gov.br/arquivos/File/PDF/pdf_Terraplenagem/ES-T01-05ServicosPrel
iminares.pdf

http://www.dynamisbr.com.br/14092009_Manual_de_Geotecnia.pdf

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Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e Pesquisa. Instituto de Pesquisas
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CADERNOS TÉCNICOS DAS COMPOSIÇÕES DE ESCAVAÇÃO DE VALAS – CAIXA


ECONOMICA FEDERAL

ET – DE – H00/004 Especificação técnica reaterros – Departamento de Estradas e


Rodagem

Cartilha Scopel v0, sem ano e sem autor

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