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BOCAIS

São peças tubulares adaptadas nos orifícios. Servem


para dirigir o jato. O comprimento deve ser
compreendido entre 1,5 a 3 vezes o seu diâmetro.
O estudo de orifícios em parede espessa é feito do
mesmo modo que o estudo dos bocais. Os bocais são
construídos c/ várias finalidades como: Combate a
incêndio, irrigações, tratamento de água, maquinas
agrícolas, operações de limpeza, etc...

O Coeficiente de
O O descarga Cd
situam-se entre
0,95 e o,98.
2) VAZÃO DOS BOCAIS

Aplica-se a fórmula geral, deduzidas para orifícios


pequenos.

3)Tipos de Bocais
3.1) Bocais Cilíndricos
A contração da veia ocorre no interior dos bocais
cilíndricos.
Nos bocais padrão, a veia pode colar-se ou não as
suas paredes Fechado-se bem o tubo de modo a
enchê-lo, fazemos com que a veia fique colada ,
resultando em um jato total (ocupando inteiramente a
seção de saída).
No bocal reentrante de borda diminui a razão Cd = 0,5
No Bocal Cilíndrico externo deve-se a razão Cd = O,8

Bocal cônico simples

Bocal tipo Rouse


convexo

Bocal cônico de extremidade


cilíndrica

3.2 Bocas cônicos


Nos bocais cônicos aumenta-se a vazão. Verifica-se que nos
bocais convergentes, a descarga é máxima E =13°30´ Cd= 0,94.
Tubos divergentes com pequenas seção inicial, em experiência
de Venturi, demonstrou que em ângulo de divergência de 5º,
combinado com o comprimento do tubo igual a área de nove vezes
o diâmetro da seção estrangulada, permite os mais altos
coeficientes de descarga.
4. Experiência de Venturi
O paradoxo de a vazão se elevar com adição de um
bocal, onde novos pontos de perde de perda de
carga são criados, a explicação foi dada por Venturi.

A pressão média existente na coroa de


depressão, que envolve a veia liquida é
menor que a pressão atmosférica.
Nestas condições a descarga, de um
orifício que ocorreria contra a pressão
atmosférica,com a adição de um bocal
passa a ser feita contra uma pressão
menor elevando a razão.
5. Subdivisão da carga em um bocal . Perda
de carga
Idêntica a dos orifícios.Da carga H
que atuava sobre o cilíndrico 2/3 se
hf = converte em velocidade, o restante 1/3
é a energia despendida na entrada do
bocal.
5.1 Perda de carga em um bocal comum e a perda em um bocal com
entrada arredondada.
Em bocais comuns, o valor médio da Cv 0,82. Empregando-se bordas
arredondas consegue-se um Cv de até 0,98., o que mostra a
conveniência de haver melhor condições de entrada. Na prática, uma
curvatura destas constitui-se um refinamento que raramente pode ser
utilizado. Entretanto as condições podem ser bastante melhoradas
empregando-se na sua extremidade uma peça para redução do
diâmetro
5.2. Tubos curtos sujeitos a descarga livre

D Quando L ultrapassa muitas


vezes o diâmetro D encontra-se
o caso de tubulação L > nD, n
não deve ser inferior a 40 ou
exceder a 500.

Exemplo tubos curtos : canalizações para


esvaziamento de tanques, descarga de canalizações,
bueiros, instalações industriais etc..
L=O L=D - são orifícios
L=2D L= 30 – são bocais
5.3 Perdas de carga nas tubulações retilíneas

Além da perda de carga na entrada 0,5 V²/2g e da


correspondente a velocidade (V²/2g) existe ainda a perda por
atrito ao longo das tubulações ( hf)

Ex.: 1)Considerando por exemplo


1
Cd = um tanque com uma altura de água
V 1+ f L
de 10m em relação ao eixo de um
CV² D bocal, cujo o comprimento é de 0,30
m e o diâmetro é de 0,30 m?

Os valores de f ( atrito) variam conforme a velocidade média, e


com o diâmetro das canalizações, para as mesma condições de
temperatura e de rugosidade das paredes. O aumento da
velocidade corresponde a um decréscimo de f. Nos tubos curtos
com descarga livre a dificuldade na fixação do valor adequado de
f são principalmente por não contar com valores experimentais
correspondentes a grandes cargas e velocidades elevadas.
5.4 Processo de expedido de cálculos de vazão
Em virtude das dificuldades p/ o tratamento do problema
apresenta-se vantajoso o calculo expedido.

Para o cálculo da Q aplica-se o


Mesmo dos bocais.

Q = vazão m³/s
A = seção de escoamento (área útil do tubo) m²
G = 9,8 m/s²
H = Carga inicial disponível em m
Cd = coeficiente de descarga
O coeficiente de descarga Cd (ou também Cvt)
dependerá do comprimento relativo do tubo, isto é,a
relação L/D.
Para tubos muito curtos, o valor de Cd, vai
decrescendo, a medida de que se eleva a relação L/D,
em conseqüência dos atritos internos e externos
( paredes do tubo).

Ex: Eytewein para ferro fundido 0,30 D c/ carga inicial


de 30m

L/D= 10 Cd=0,77 L/D=20 Cd=0,73


L/D=30 Cd=0,70 L/D=40 Cd=0,66
6.BUEIROS
Os bueiros são condutos relativamente curtos, intercalando um
curso d´água , geralmente destinado a transpor uma estrada ou
aterro. Além do bueiros propriamente ditos, há entrada e na saída,
além dos dispositivos que visam melhorar as condições de
escoamento como impedir o solapamento do talude. De uma
maneira geral o diâmetro de um bueiro deve sr de 45 a 60 cm . A
vazão é a mesma utilizada para os bucais.
As variáveis que devem ser consideradas na análise hidráulica de
um bueiro são:
- Material das parede do conduto. Escolha do coeficiente de
rugosidade
- Características geométricas da seção transversal do conduto.
Cálculo da área molhada, perímetro molhado e raio hidráulico em
função da altura do nível da água.
- Comprimento e declividade do conduto
- Condição da seção de montante (entrada)
• É recomendável que, na medida do possível, o conduto siga o
traçado e a declividade do percurso natural das águas como na
fig A. Porém também pode ser construído horizontalmente fig
B. Porém ao adotar esta solução, o bueiro deve ser assentado
no aterro, e é necessário proteger o talude a jusante,
principalmente na descarga do bueiro. Se ele for colocado
como na fig C, o aterro funciona como uma barragem, por
represar a água a montante. Neste caso ele ficará mais curto
devendo ser apoiado (assentado) sobre o terreno natural. A
jusante também deverá estar protegido devido a descarga da
água.
6.1 Dispositivos de entrada e saída

Quando são construídos pequenos bueiros na mesma direção do


escoamento natural, em pequeno declive (fig A), constrói-se normalmente
um muro de testa ortogonal ao eixo do bueiro, como na fig A. Se,
entretanto, for inevitável que haja uma mudança brusca na saída do
bueiro, devem ser usados muros em ala em forma de L (fig B). Já os
muros em ala em U (fig C) se justificam pelo seu baixo custo, mas são
menos eficientes em termos hidráulicos. Para grandes vazôes é
recomendável o uso da ala oblíquas como das fig D e E.
Nestes a obliquidade deve acompanhar quando possível a
direção escoamento natural. O mais eficiente seriam muros
com curvas de transição suaves proporcionando u,a melhor
característica hidráulica. Mas de maneira geral, essa solução
não compensa o custo de construção que exige formas
complexas que as usuais

6.2 Dimensionamento de um bueiro


Se houver afogamento em ambas as extremidades, o
escoamento será independente da declividade, sendo
apenas função da perda da carga h
Se a declividade do conduto for tal que a profundidade normal
corresponde a vazão de projeto é maior que a altura do bueiro, e a
entrada estiver afogada, o escoamento será a seção plena, mesmo que a
saída não esteja afogada

7. Exercícios
2. Calcular a capacidade provável de um bueiro de 1,20 m de diâmetro e
12m de comprimento, sendo de 1,50 a carga a que está sujeita. Aresta
de montante são de quina viva e Cd = 0,74
3. Qual deve ser o diâmetro de um bueiro circular de 15m de
comprimento, arestas de entrada chanfradas (Cd= 0,80), para a
capacidade de 14 m³/s, sob a condição de não ser a carga (diferença
entre os dois níveis de água, a montante e a jusante), superior a 2,40 m?

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