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Orifícios
• Conceito:
Orifícios são aberturas de perímetro fechado (geralmente de forma
geométrica conhecida) localizadas nas paredes ou no fundo de
reservatórios, tanques, canais ou canalizações, sendo posicionadas
abaixo da superfície livre do líquido.
• Finalidade:
Os orifícios possuem a finalidade de medição de vazão, sendo
utilizados, também, para a determinação do tempo de esvaziamento de
reservatórios e o cálculo do alcance de jatos.
Orifícios
• Classificação:
i) Quanto à forma geométrica: podem ser retangulares, circulares,
triangulares etc
ii) Quanto às dimensões relativas:
• Substituindo, tem-se:
em que;
Ac = área da seção contraída, L2.
Orifícios
• Chamando de CC (coeficiente de contração) a relação entre AC e A
(área do orifício), vem:
=>
Determinação da velocidade real (V) usando o
processo das coordenadas cartesianas
Esta técnica constitui-se num método para a determinação da
velocidade real do escoamento, e consequentemente da vazão, desde
que se despreze a resistência do ar. Sabe-se que a pressão exercida
numa superfície por um líquido é normal a essa superfície. Para o
equacionamento do problema, considere-se um orifício na parede
inclinada de um reservatório.
Equações cinemáticas:
No ponto 0, tem-se:
=>
=>
Vertedores
Vertedores
Conceito e finalidade:
• Vertedores são estruturas hidráulicas utilizadas para medir
indiretamente a vazão em condutos livres por meio de uma
abertura (entalhe) feita no alto de uma parede por onde a água
escoa livremente, apresentando, portanto a superfície sujeita à
pressão atmosférica. São utilizados na medição de vazão de
pequenos cursos d’água, canais ou nascentes, geralmente
inferiores a 300 L/s.
Partes Constituintes
• Quanto a sua Forma:
Os vertedores mais usuais possuem as seguintes formas de seção transversal:
retangular, triangular, trapezoidal, parabólico, circular ou composto.
Parede espessa (e > 2/3 H): a espessura (e) da parede do vertedor é suficiente para que
sobre ela se estabeleça o paralelismo entre as linhas de corrente.
Vertedores
Quanto ao comprimento da soleira (L):
Vertedor sem contração lateral (L = B): o escoamento não apresenta
contração ao passar pela soleira do vertedor, se mantendo constantes
antes e depois de passar pela estrutura hidráulica
Vertedores
Quanto ao comprimento da soleira (L):
• Vertedor com contração lateral (L < B): nesse caso a linha de corrente se
deprime ao passar pela soleira do vertedor, podendo-se ter uma ou duas
contrações laterais
Vertedores
• Quanto à inclinação da face de montante:
Denomina-se face de montante o lado da estrutura do vertedor que
está em contato com a água.
Vertedores
• Quanto à relação entre o nível da água a jusante (P’) e a altura do
vertedor (P):
O vertedor pode funcionar de duas diferentes formas. Quando operado
em condições de descarga livre, o escoamento acontece livremente a jusante
da parede do vertedor, onde atua a pressão atmosférica. Esta é a situação
que mais tem sido estudada e a mais prática para a medição da vazão,
devendo por isso ser observada quando na instalação do vertedor.
A situação do vertedor afogado deve ser evitada na prática, pois existem
poucos estudos sobre ela e é difícil medir a carga hidráulica H para o cálculo
da vazão. Além disso, o escoamento não cai livremente a jusante do vertedor.
Vertedores
Vertedores
• Equação geral da vazão para vertedores de parede delgada, descarga
livre, independentemente da forma geométrica
Para obtenção da equação geral da vazão será considerado um
vertedor de parede delgada e de seção geométrica qualquer
(retangular, triangular, circular etc), desde que seja regular, ou seja, que
possa ser dividida em duas partes iguais. Na Figura a seguir está
apresentada uma vista longitudinal e frontal do escoamento,
destacando a seção de vertedor.
Vertedores
Vertedores
• As seguintes hipóteses são feitas na dedução da equação geral:
O escoamento é permanente;
A pressão na cauda é nula (abaixo e acima da cauda tem-se Patm);
O valor de P é suficientemente grande para se desprezar a velocidade de aproximação (V 0);
Distribuição hidrostática das pressões nas seções (0) e (1);
Escoamento ideal entre as seções (0) e (1), isto é, ausência de atrito entre as referidas
seções e incompressibilidade do fluido (densidade constante);
Par de eixos coordenados (x, y) passando pelo centro da soleira do vertedor, de modo a
dividi-la em duas partes iguais; e
Seção (1) ligeiramente a jusante da crista do vertedor.
Vertedores
Sendo o escoamento permanente, considerando a seção (1) localizada
ligeiramente à jusante da crista do vertedor (onde a pressão é nula) e
empregando a equação de Bernoulli entre as seções (0) e (1), para a
linha de corrente genérica AB, com referência em A, tem-se:
0
Vertedores
• O coeficiente Cd, é denominado de coeficiente de vazão ou de
descarga de vertedores e corrige todas as hipóteses feitas na
dedução da equação. Vale apena salientar que esta equação só se
aplica aos casos em que o eixo y divide o vertedor em duas partes
iguais, que são os casos mais comuns na prática.
Vertedores retangular
• Vertedor retangular de parede delgada em condições de descarga
livre
Vertedores retangular
𝐻 0,5 𝐻
𝐿
𝑄=2 √ 2 𝑔𝐶 𝑑∫ (𝐻 − 𝑦 ) 𝑑𝑦= √2 𝑔 𝐶 𝑑 𝐿∫ (𝐻 − 𝑦) 𝑑𝑦
0,5
0 2 0
• Fazendo: H – y = u, diferenciando-se e mudando os limites da
integral para variável (u), tem-se:
-dy = du
u = H (para y=0)
u = 0 (para y = H)
Substituindo tem-se: 𝐻
2
𝑄=√ 2𝑔𝐶 𝑑 𝐿∫ 𝑢 𝑑𝑢= √ 2𝑔 𝐶 𝑑 𝐿 𝐻
0,5 3/2
0 3
• Rehbock
Vertedores retangular
• Francis
• Fazendo:
• (H - y)0,5= u
• H – y = u2 ∴ H –u2= y
• dy = -2udu
• Trocando os limites de integração, tem-se:
• u = H1/2 (para y = 0) e u = 0 (para y = H)
Vertedor triangular
• Resultando em:
𝑄=
8
15 ( ) 𝜃
√ 2 𝑔 𝐶 𝑑 𝑡𝑔 𝐻 5 / 2
2
Que é válida para o cálculo da vazão em vertedores triangulares isósceles. O valor
de Cd poderá ser encontrado em tabelas, em função de θ, H e P. Na falta
de informações pode-se adotar como valor médio Cd=0,60. Se θ= 90° a tg(θ/2)= 1
e a fórmula se simplifica para:
Q = 1,40 H5
Para pequenas vazões o vertedor triangular é mais preciso que o retangular
(aumenta o valor de H a ser lido quando comparado com o retangular),
entretanto, para maiores vazões ele passa a ser menos preciso, pois qualquer
erro de leitura da altura de lâmina vertente (H) é afetado pelo expoente 5/2.
Vertedor trapezoidal
• Vertedor trapezoidal de parede delgada em condições de descarga
livre
Menos utilizado do que os vertedores retangular e triangular. Pode ser
usado para medição de vazão em canais, sendo o vertedor CIPOLLETTI
o mais empregado. Esse vertedor apresenta taludes de 1:4 (1 na
horizontal para 4 na vertical) para compensar o efeito da contração
lateral da lâmina ao escoar por sobre a crista.
Vertedor trapezoidal
• Neste caso, a equação geral também pode ser usada para a
dedução da equação particular do vertedor trapezoidal. Por razões
de simplicidade, a vazão pode ser calculada como a soma das vazões
que passam pelo vertedor retangular e pelos vertedores triangulares,
ou seja:
8
( ) 𝜃 5/2 2
𝑄= √ 2 𝑔 𝐶 𝑑 1 𝑡𝑔 𝐻 + √2 𝑔 𝐶 𝑑2 𝐿 𝐻 3 / 2
15 2 3
=>
[
𝐶 𝑑 = 𝐶 𝑑1+
4𝐻
5𝐿
𝐶 𝑑2 𝑡𝑔
]
𝜃
2
{[ ( ) ( )] }
2 3 1/ 2
2 2
𝑄=𝐶 𝑑 𝐿 √2 𝑔 ( 𝐻h −h ) =𝐶 𝑑 𝐿 √ 2 𝑔 𝐻 𝐻 − 𝐻
2 3 1 /2
3 3
( )
3 1 /2
( )
3 1 /2
4 8 4
𝑄=𝐶 𝑑 𝐿 √2 𝑔 𝐻 − 𝐻 =𝐶 𝑑 𝐿 √ 2𝑔
3 /2
𝐻
9 27 27