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Professora: Denise de Freitas Silva

Condutos Livres
O escoamento de água em um
conduto livre, tem como
característica principal o fato de
apresentar uma superfície livre,
sobre a qual atua a pressão
atmosférica.
 Rios, canais, calhas e drenos são
exemplos de condutos livres de seção
aberta
 enquanto que os tubos também podem
operarem como condutos livres, quando
funcionam parcialmente cheios, como é o
caso das galerias pluviais e dos bueiros,
tubulações de esgoto residenciais.
Aplicação:
-Saneamento básico;
- Drenagem urbana,
- Contenção e Previsão de Cheias,
- Qualidade da Água,
-Condução e Tratamento de Esgotos
etc..
Os canais são construídos com
uma certa declividade, suficiente
para superar as perdas de carga e
manter uma velocidade de
escoamento constante.
 Energia :
Em qualquer seção transversal de um
conduto livre, a carga pode ser obtida da
seguinte expressão:
A solução de problemas hidráulicos
envolvendo canais é mais difícil do
que aqueles relativos aos condutos
forçados; porque a superfície livre
pode variar no espaço e no tempo e
portanto variam também a
profundidade de escoamento.
 Exemplo1:
Um canal com base de 5 m transporta uma
vazão de 10 m3/s. entre os pontos 1 e 2, em
uma extensão de 1 km e desnível de 13 m.
Sabendo-se que a profundidade a montante é
de 1m e a velocidade a jusante é igual à 3 m/s,
pede-se calcular a perda de carga total entre o
início e o término do canal.
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DE
UM CANAL:
 Seção transversal: é a seção plana
do conduto, normal á direção do
escoamento;
ELEMENTOS GEOMÉTRICOS DE UM
CANAL:
- Área Molhada (A),
- Perímetro Molhado (P),
- Largura Superficial (B),
- Profundidade(y)
- Profundidade Hidráulica (yh) e
- Raio Hidráulico (Rh) .
Área molhada (A) correspondente a parte da
seção transversal que é ocupada pelo líquido.
Perímetro Molhado (P): corresponde a
soma dos comprimentos (fundo e
talude) em contato com o líquido.
- Largura Superficial (B) : é a largura da
superfície de contato com a atmosfera.
- Profundidade (y): altura do líquido acima do
fundo do canal.
- Talude do canal – 1: z (vert:horiz)
- Profundidade hidráulica (yh): É a razão
entres a área molhada e a largura superficial.
- Raio Hidráulico (Rh): É a relação
entre a área molhada (A) e o perímetro
molhado (P) de um canal.
FORMA GEOMÉTRICA DOS CANAIS

 A maioria dos condutos livres


apresentam seção trapezoidal,
retangular, triangular ou circular
Seção retangular
Seção trapezoidal

Área molhada:

Perímetro molhado:

Raio Hidráulico:
Seção triangular

Área molhada:

Perímetro molhado:

Raio Hidráulico:
Seção circular (50%)
Exemplo 2
Calcular a área molhada da seção, o
perímetro molhado e o raio hidráulico
para o canal esquematizado a seguir
(talude = 1 : 0,42)
Exemplo 3
Calcular a área molhada da seção
triangular, o perímetro molhado e o raio
hidráulico para o canal de terra com as
seguintes características: Largura da
base= 1,2 m; inclinação do talude(1:3); e
profundidade de escoamento = 0,5 m.
A fórmula de Manning é de uso
muito difundido, pois alia
simplicidade de aplicação com
excelentes resultados práticos.
Nos canais o atrito entre a superfície livre e
o ar e a resistência oferecida pelas paredes e
pelo fundo originam diferenças de velocidades.

A determinação das várias velocidades em


diferentes pontos de uma secção transversal é
feita por via experimental.
 Diferente dos condutos forçados, a
presença de uma superfície de atrito
distinta, correspondente às interfaces
líquido-parede e líquido/ar, acarreta uma
distribuição não uniforme da velocidade
nos diversos pontos da seção transversal;
 A determinação das velocidades nos
diferentes pontos das seções transversais
dos canais, de um modo geral, só é possível
por via experimental

 Dada a não uniformidade na distribuição de


velocidade, utilizaremos, a partir do
presente, o conceito de velocidade média
na seção de interesse.


 A não uniformidade dos perfis de velocidade
tem relação direta com a geometria da seção;

 O atrito entre a superfície livre e o ar e a


resistência oferecida pelas paredes e pelo
fundo originam diferentes velocidades dentro
do canal:
 tendo um valor mínimo, junto ao fundo do
canal, e
 máximo, próximo à superfície livre da água.
 A velocidade de água nos cálculos será um
valor médio: é, aproximadamente, igual à
media das velocidades à profundidades
0,2y e 0,8y, podendo ser calculada por:

V = 0,5(V0,2 + V0,8).
A utilização de velocidades altas está
limitada pela capacidade das paredes do
canal resistirem a erosão.

Velocidades baixas implicam em canais


de grandes dimensões e assoreamento pela
deposição do material suspenso na água.
O controle da velocidade é obtido através do
aumento ou diminuição da declividade.

Quando as condições topográficas são


adversas, no caso de grandes pendentes,
adoptam se maneiras de reduzir a declividade,
com degraus espaçados de acordo com o
terreno.
Nos canais de esgoto devem evitar-se as
pequenas velocidades que causam a
deposição da descarga solida.
Ás vezes as grandes dimensões da
secção do conduto livre originam velocidade
pequenas.
Neste caso costuma recorrer-se ao uso
de pequenas caleiras incorporadas no fundo
dos canais.
Quanto maior a declividade do canal
maior será a velocidade de escoamento, o
que pode provocar erosão dos canais.
As declividades recomendadas seguem
na Tabela abaixo.
Exemplo 4
Determinar a velocidade de escoamento e a
vazão de um canal trapezoidal com as seguintes
características: inclinação do talude (1:1,5);
declividade do canal 0,00067 m/m, largura do
fundo = 3,5 m e profundidade de escoamento =
1,2 m e n= 0,02. Considera um canal com
paredes de terra, reto e uniforme.

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