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PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA GEOTÉCNICA (M. ENG.

)
IEC PUC MINAS

Disciplina:

MECÂNICA DOS SOLOS


APLICADA À GEOTECNIA
Professora: Ma. Adriana Rodrigues Pereira
REFERÊNCIAS BÁSICAS
COMPORTAMENTO DE ALGUNS
SOLOS TÍPICOS
SOLOS TROPICAIS
Solos tropicais são solos que apresentam propriedades peculiares em relação aos
solos das regiões não tropicais, em decorrência da atuação de processos geológicos
ou pedológicos típicos das regiões tropicais úmidas.

lateríticos saprolíticos
SOLOS TROPICAIS
SOLOS TROPICAIS Permeabilidade dos solos
tropicais (residuais)
Permeabilidade
Em comparação com os solos
de zona temperada, os solos
Distribuição da
tropicais tendem a apresentar Estrutura recebida
porosidade -
maior resistência e da rocha mãe
macroporos
permeabilidade.
Nesses solos, ainda que as
partículas sejam pequenas, os
Macroporos Índice de vazios
vazios entre os aglomerados
de partículas são grandes e é
por eles que a água flui. Porosidade Permeabilidade
SOLOS TROPICAIS
Compressibilidade Comportamento dos solos tropicais
Para os solos residuais, (residuais)
apenas o índice de vazios e a
história de tensões não são
suficientes para caracterizar
o comportamento quanto à Índice de Histórico de
Cimentação
sua compressibilidade. vazios tensões
A resposta do solo frente às
solicitações está fortemente
ligada à sua estrutura, Resistência ao
cimentação e características Compressibilidade
cisalhamento
herdadas da rocha matriz.
SOLOS RESIDUAIS
x
TRANSPORTADOS
SOLOS ESTRUTURADOS E CIMENTADOS NATURALMENTE

₋ Solos que possuem substâncias


cimentantes nos contatos
intergranulares.

₋ Os deslocamentos entre as
partículas são resistidos por essas
ligações aglomerantes, que agem
como se fossem uma cola, para
depois mobilizar o atrito. Essa
parcela de resistência é a coesão Fonte: adaptado de Wesley (2010).
natural do solo.
SOLOS ESTRUTURADOS E CIMENTADOS NATURALMENTE

A estabilidade da agregação aumenta com o


aumento do número de pontos de contato
entre as partículas constituintes.

O gráfico mostra que existem três estágios


de comportamento para solos estruturados
naturalmente em carregamentos
edométricos

Fonte: Adaptado Vaughan et al. (1988).


SENSIBILIDADE E TIXOTROPIA DA ARGILA
O amolgamento de um solo é a destruição parcial ou total de sua estrutura original.

O grau de sensibilidade da argila pode ser


definido como:
• Tixotropia é a recuperação da
resistência perdida pela argila
pelo efeito do amolgamento.
• Quando a argila permanece
em repouso, a argila tende a
recuperar a resistência inicial
que foi perdida pelo
amolgamento.

• A tixotropia é mais evidente


nas argilas montmoriloníticas.
SOLOS COLAPSÍVEIS
Solos colapsíveis são solos não saturados que
apresentam uma considerável e rápida compressão
quando submetidos a um aumento de umidade sem
que varie a tensão normal a que estejam submetidos.
SOLOS EXPANSIVOS
O fenômeno expansibilidade está vinculado à capacidade de alguns solos argilosos, em
especial solos com componentes montmoriloníticos, experimentarem modificações
expansivas em sua estrutural original.
SOLOS NÃO SATURADOS
• Princípio das tensões efetivas não é válido.
• Em solos não saturados, a água preenche parcialmente os vazios e as tensões no
fluido são negativas, denominadas sucção. Nestas condições o solo apresenta uma
coesão aparente que pode ser alterada em virtude de variações na umidade.
SOLOS NÃO SATURADOS
• A condição de não saturação do solo ocorre
na camada acima do lençol freático.

• Nos solos parcialmente saturados, os volumes ocupados pelo ar e pela água podem
apresentar um dos seguintes arranjos:
Ar e água Ar
Bolhas de ar
intercomunicados intercomunicado
totalmente
formando canais e água
envolvidas pela
que se concentrada no
água e pelas
entrelaçam no contatos entre
partículas
espaço partículas
SOLOS NÃO SATURADOS
Para solos não saturados deve-se
considerar uma quarta fase independente,
a interface ar-água, conhecida também
como membrana contrátil.
No solo saturado os vazios são
preenchidos com água. Nos solos não
saturados os vazios são parcialmente
preenchidos com ar. A pressão no ar é sempre superior à
pressão na água, e a diferença entre as
O ar existente nos vazios do solo encontra- duas é chamada de pressão de sucção
se com pressão (𝑢a), diferente da pressão (𝑢a − 𝑢w).
da água (𝑢w).
SOLOS NÃO SATURADOS
Marinho (1997) define a sucção como sendo “a
pressão isotrópica da água intersticial, fruto de Teor de umidade
condições físico-químicas, que faz como que o
sistema água/solo absorva ou perca água,
dependendo das condições ambientais, Sucção
aumentando ou reduzindo o grau de saturação”.

De acordo com Lee e Wray (1995), quando ocorre


fluxo da água livre num solo não saturado, a mesma
poderá ser retida ou adsorvida por ele. Neste caso,
é necessária a aplicação de uma força externa para
desprendê-la. Tal energia aplicada por unidade de
volume de água é a sucção.
SOLOS NÃO SATURADOS
CURVA DE SUCÇÃO
SOLOS SATURADOS x SOLOS NÃO SATURADOS
ESTADO DE TENSÕES
Em solos saturados, aspectos relacionados à
resistência e deformação são estudados com
base no conceito de tensões efetivas. Entretanto,
este conceito não se aplica para solos não
saturados. Em função disto, começaram a surgir
diversas pesquisas com o objetivo de encontrar
uma equação que explicasse as variações de
tensão.
Solos saturados Solos não saturados

𝜎’ = 𝜎 − 𝑢
REOLOGIA
REOLOGIA
Segundo Machado (2010), reologia é a ciência que estuda como a matéria, ao ser
submetida a esforços originados por forças externas, irá se deformar ou escoar. Inclui
propriedades como: elasticidade, viscosidade e plasticidade.
Concentração volumétrica dos sólidos
Característica do meio líquido
Temperatura
Característica das partículas
Tipo de interação entre as partículas
Concentração de moléculas dispersantes no meio líquido
Barragem Morro do Ipê

Fundamental para
dimensionamento de
dutos e sistemas de
bombeamento e
para análise da
propagação da onda
na ruptura.
REOLOGIA
Escoamento cisalhante simples:
pressupõe fluxo laminar e perfil
de velocidade linear.

Válido para fluidos newtonianos:


sua viscosidade é constante,
seguem a Lei de Newton.

Fonte: Dias, 2017.


INSTRUMENTOS PARA MEDIR A REOLOGIA

Viscosímetro Reômetro

Fonte: Dias, 2017.


REOLOGIA

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