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COMPRESSIBILIDADE E

ADENSAMENTO
Tatiana Oliveira
GEOTECNIA
Compressilidade e Adensamento

Cargas de uma determinada


estrutura ou Aterro

Redistribuição dos estados de


tensão no maciço (acréscimos
de tensão)

Deformações Recalques superficiais


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Compressibilidade e Adensamento

PRINCIPAIS CONCEITOS:

- Compressão (ou expansão): processo pelo qual uma massa de


solo, sob a ação de cargas, varia de volume (“deforma”) mantendo sua
forma.
a) Compactação (redução de volume devido ao ar nos vazios);
b) Adensamento (redução do volume de água nos vazios do solo)

- Compressibilidade: relação independente do tempo entre


variação de volume (deformação) e tensão efetiva. É a propriedade que os
solos têm de serem suscetíveis à compressão.

- Adensamento: processo que depende do tempo de variação de


volume (deformação) do solo devido à drenagem da água dos poros.
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ADENSAMENTO DO SOLO

- Definição: diminuição dos vazios com o tempo, devido a saída


da água do seu interior.

- Ocorre devido a um acréscimo de solicitação sobre o solo.


Ex: edificação de uma estrutura, aterro, rebaixamento do nível
de água do lençol freático ou drenagem do solo.

- Heterogeneidade, grau de saturação, umidade, fração mineral


predominante: vários tipos de deformação - metodologia própria
para a sua avaliação.
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Relação Carga - Deformação

- Todos os materiais sofrem deformação quando sujeitos a uma


mudança de esforço (solicitação). A deformação dos solos,
principalmente os finos, não é instantânea, mas com o tempo e,
geralmente, não são uniformes.

- Recalques diferenciais provocam esforços adicionais que


comprometem à sua própria estabilidade.

- Previsão de recalque: influenciam no tipo de fundação e no


sistema estrutural adotado.

- Conhecer o subsolo (espessura, posição, natureza das


camadas, nível da água), a distribuição das pressões (carga da
obra).
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Aterro
(2o estágio)
superfície

deformação maior em uma porção


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Pedro Murrieta:

- Tipos de recalque:

a) Positivo: quando a camada sofre compressão e a


fundação se desloca para baixo.

b) Negativo: quando a camada sofre expansão e a fundação


desloca-se para cima.

- Tempo de recalque:

a) Imediatos: ocorrem em um tempo curto (horas);

b) Diferidos: ocorrem em tempo muito maior (meses, anos...)


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59,0m
22,0m
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Areia argilosa (4,3 m)


Areia pura (6,3 m) Bulbo de pressões

Argila marinha
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As fundações profundas foram


escavadas com lama bentonítica. Para
possibilitar o trabalho na camada
superficial de areia, utilizou-se camisas
metálicas. Com diâmetros entre 1,00 e
1,40m, e 57m de profundidade em média,
as estacas foram executadas muito
próximas às antigas fundações de
sapatas, o que necessitou de cuidados
extras na hora da escavação e cravação
da camisa, para evitar deslizamentos.
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14 macacos hidráulicos acionados por bombas foram


posicionados entre as vigas de transição e os novos blocos de
fundação. Esses equipamentos propiciaram o levantamento de 45
cm na fachada lateral esquerda e 25 cm na fachada posterior. O vão
que surgiu entre os macacos e os blocos foi preenchido com calços
metálicos, concretados posteriormente.
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Vigas de transição com cerca


de 4,50m de altura foram executadas
entre os pilares do edifício e as novas
fundações. Com o processo de
renivelamento, as 8 vigas
trapezoidais apoiaram-se sobre
macacos hidráulicos.
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As antigas sapatas repousavam sob


uma camada de concreto magro e estavam
pressionadas por cerca de 200t de terra. Para
facilitar o macaqueamento, os operários
tiveram que cortar essa camada e retirar a
terra que envolvia as fundações. Depois de
niveladas, as sapatas ficaram suspensas a tal
ponto que poderia ser inutilizadas.
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onde:
po = pressão transmitida pela fundação ao ponto M;
p = pressão efetiva ou pressão grão a grão (pressão aplicada nas
partículas sólidas);
µ = sobrepressão hidrostática/acréscimo de pressão neutra (pressão aplicada
nas partículas de água).
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- Com o escoamento da água diminui até anular-se, p vai


aumentando, pois po é constante, portanto, no momento da
aplicação da carga µ = po e p = 0.
- No final, quando cessa a transferência de pressões de para p,
temos:
µ = 0 e p = po .
- Em uma fase intermediária po = p(t µ(t),pois p e são funções do
tempo.

- Para uma análise das pressões que se instalam nas fases sólida,
líquida e gasosa de um solo saturado, consideremos duas partículas
sólidas em contato sobre uma superfície de área As.
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- O estudo teórico do adensamento permite obter uma avaliação da


dissipação das sobre pressões hidrostáticas (conseqüentemente da
variação de volume), ao longo do tempo, a que um elemento de solo
estará sujeito, dentro de uma camada compressível.

- A partir dos princípios da hidráulica, Terzaghi elaborou a sua


teoria, sendo necessárias algumas simplificações.

- As hipótese básicas, são:

a) solo homogêneo e completamente saturado;


b) partículas sólidas e água intersticial incompressíveis;
c) adensamento unidirecional;
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d) o escoamento da água obedece a lei de Darcy: a velocidade de


percolação é diretamente proporcional ao gradiente hidráulico) v = k .
i, sendo :

v = velocidade ;
k = coeficiente de permeabilidade;
i = gradiente hidráulico = h / L;
com coeficiente de permeabilidade constante e se processa
unicamente na direção vertical.

e) uma variação na pressão efetiva no solo causa uma variação


correspondente no índice de vazios.
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Coeficiente de Compressibilidade ( av )

av = de / dFe

onde:
de = variação do índice de vazios
dFe = acréscimo de tensões

Para: av alto = solo muito compressível


av baixo = solo não susceptível a grande variação de
volume quando carregado
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Este ensaio serve para se obter diretamente os parâmetros do


solo, necessários para os cálculos de deformações da camada no
campo.
O ensaio é feito sobre uma amostra de solo, geralmente com
forma circular de pequena espessura, confirmada por um anel
metálico e colocada entre dois discos porosos (pedras porosas) ou
um disco, dependendo das condições de campo.
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- São aplicadas cargas verticais gradualmente, segundo uma


progressão geométrica de razão igual a 2.

- Cada estágio de carga deverá permanecer o tempo suficiente


para permitir a deformação total da mostra, registrando-se nos
intervalos apropriados (15, 30s, 1, 2, 4, 8, 16 min, etc) as indicações
no extensômetro.

- Os resultados das leituras aferidas no extensômetro são


colocados em gráficos onde, em abscissa ficarão os valores dos
tempos de leitura, em escala logarítmica ou em raiz quadrada dos
tempos e, em ordenada as correspondentes leituras no
extensômetro, em escala natural. São denominadas Curvas de
Adensamento.
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- Destas curvas são obtidos os coeficientes de adensamento "Cv"


do solo, através de construções gráficas. Estes coeficientes
admitidos constantes para cada acréscimo de solicitação,
determinam as velocidades de adensamento
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Variação do Índice de Vazios com a Pressão Efetiva


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- Pelo ponto " T " (raio mínimo) traça-se a horizontal "h", a


tangente "t" e a bissetriz do ângulo formado por " t " e " h " ( b ).
- Prolonga-se a parte reta daquela linha até encontrar a bissetriz, a
abscissa correspondente determina a pressão de pré-adensamento.
- Pa não é necessariamente igual a " pe " , determinada através do
perfil do terreno, levando em conta o peso próprio da terra existente
quando a amostra foi retirada.
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• pa = pe, a camada argilosa é dita normalmente adensada


• pa > pe, pré adensamento ( o solo já esteve sujeito a cargas
maiores do que a atuais), ocorre em campo
• pa < pe, parcialmente adensado ( o solo ainda não atingiu as suas
condições de equilíbrio e, portanto, ainda não terminou de adensar
sob o próprio peso da terra).
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O ajuste da curva tempo-recalque à curva teórica U= ƒ(t),


consiste na eliminação dos trechos superior e inferior, por
CASAGRANDE.

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