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Tópico 2 - ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE

POLÍTICAS AMBIENTAIS GLOBAIS / RISCOS E IMPACTOS


AMBIENTAIS DAS ATIVIDADES DE ENGENHARIA

Profª. Me. Tatiana Oliveira

tatiana.soares@professores.estacio.br
ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE

2.1 POLÍTICAS AMBIENTAIS GLOBAIS

- Economia, capitalismo e comércio exterior.

- Problemas ambientais não possuem fronteiras!!!

- Comunidade internacional: preocupação desde 1970 com a


discussão e indicação de soluções.

- Organização das Nações Unidas (ONU): 1972 - Programa das


Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
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- Constituição de um movimento ambientalista global (VIOLA, 1996):

a) ONG’s e grupos em escala internacional: luta pela proteção do meio


ambiente;
b) Agências estatais encarregadas de proteger o meio ambiente;
c) Instituições e grupos científicos pesquisando sobre problemas ambientais;
d) Setores da administração preocupados com o meio ambiente e tentando
diminuir o impacto de suas atividades;
e) “Consumidor-cidadão”: produtos “ecologicamente corretos”;
f) Processo de produção com foco na sustentabilidade (“selos verdes” e ISO
14000);
g) Agências e tratados internacionais: equacionam e trazem solução aos
problemas mediante uma série de medidas.
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2.1.1. Políticas e ação pública: Campo interdisciplinar e território

- Busca de soluções para os desafios ambientais globais: depende


tanto da cooperação cientifica (interdisciplinar), interinstitucional
(financeira/tecnológica), das redes sociais como também das empresas.

- “Impacto global, ação local”.

- Massardier (2003): a complexidade e dificuldade em discutir as políticas


públicas e analisá-las:

a) a estruturação formal das políticas pelas autoridades públicas;


b) a mobilização social;
c) as externalidades, gerenciadas pelo Estado ou pelo mercado;
d) os níveis entrelaçados das políticas públicas (escalas local, nacional,
internacional);
e) a ingovernabilidade das sociedades ocidentais.
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Linha do tempo sobre criação de políticas ambientais e mudanças de gestão no Ministério do


Meio Ambiente e presidência da República. Brasil, 1970 a 2008.
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Como fica a Amazônia?


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“A nossa geração provocou danos crescentes e irreversíveis


ao nosso meio ambiente natural. Massacramos espécies
inteiras de animais, envenenamos os mares, poluímos o ar e a
água, desmatamos florestas e desertificamos milhões de
hectares de terra. O atual desenvolvimento desregulado do
capitalismo, insustentável sob o plano ecológico muito mais do
que sob o econômico, está se alastrando como uma
metástase no nosso planeta, colocando em risco, em tempos
não muito longos, a própria existência humana.”

FERRAJOLI, Luigi. A democracia através dos direitos: o constitucionalismo garantista como


modelo teórico e como projeto político. Tradução Alexander Araujo de Souza, Alexandre Salim,
Alfredo Copetti Neto, André Karam Trindade, Hermes Zaneti Júnior e Leonardo Menin. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2015. 2015, p. 180.
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Como resolver esse


problema?!?!?
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“Política Ambiental é um conjunto de ações ordenadas e práticas


tomadas por empresas e governos com o propósito de preservar o meio
ambiente e garantir o desenvolvimento sustentável do planeta. Esta
política ambiental deve ser norteada por princípios e valores ambientais
que levem em consideração a sustentabilidade”.

Agenda 21: políticas ambientais são objetivos de ação governamental


orientados ao uso, controle, proteção e conservação do meio ambiente
(CNUMAD, 1995). Para que se realizem tais objetivos, mecanismos de gestão e
instrumentos legais são produzidos para guiar o planejamento e o procedimento
dos agentes públicos e privados.
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2.1.2. Ações práticas de uma política ambiental (exemplos):

– Processos de reciclagem.
– Redução do consumo de energia.
– Evitar o desperdício de água: consumo racional.
– Planejamento urbano adequado: preservação de áreas verdes e projetos
de arborização urbana.
– Uso de fontes de energia limpa.
– Empresas: medidas eficazes para que seus poluentes não sejam
despejados no meio ambiente (ar, rios, lagos, oceanos e solo).
– Produtos com baixo consumo de energia e, sempre que possível, com
materiais recicláveis.
– Projetos governamentais voltados para a educação ambiental: escolas.
– Implantação das normas do ISO 14000 e obtenção do certificado.
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2.2. RISCOS E IMPACTOS AMBIENTAIS DAS ATIVIDADES DE ENGENHARIA

2.2.1. O conceito de impacto e risco ambiental

a) Impacto ambiental

- Artigo 1º da Resolução CONAMA-001:

Artigo 1º - Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental


qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,
causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas
que, direta ou indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais.
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- ISO 14.001/2004: “3.7 impacto ambiental – Qualquer


modificação do meio ambiente, adversa ou benéfica, que resulte, no todo
ou em parte, dos aspectos ambientais da organização.”
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b) Risco ambiental

- OHSAS 18.001: “3.21 risco - combinação da probabilidade de


ocorrência ou exposição(ões) a um evento perigoso e a severidade da lesão
ou doença (3.8) que pode ser causada pelo evento ou exposição(ões)”.

a) Percepção do risco

- Envolve crenças, atitudes, julgamentos e sentimentos de pessoas.

- Envolve valores sociais e culturais adotados pelas pessoas em relação aos


perigos e seus benefícios.

* Interfere no julgamento sobre se determinado risco é “aceitável” e se as


medidas de gerenciamento de risco são suficientes ou não para a solução do
problema
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b.1) Classificação dos riscos

- Quanto ao tipo de recurso vulnerável que é objeto do dano causado


pelo acidente: para pessoas, para o meio ambiente e para o patrimônio da
empresa ou da sociedade.

Fonte: Risco e Impacto Ambiental, DNV Principia – 2006.


Engenharia, ambiente e sustentabilidade

b.2) Riscos ambientais e medidas de proteção

- O diagnóstico ambiental da área de influência do projeto de um


empreendimento deve abranger:

Resolução CONAMA-001
Engenharia, ambiente e sustentabilidade

Principais riscos para cada um dos recursos vulneráveis

Resolução CONAMA-001
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Camadas de Proteção

Riscos para o Meio Ambiente: Medidas de Proteção

Fonte: Risco e Impacto Ambiental, DNV Principia – 2006.


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2.2.2. Impactos ambientais dos projetos e atividades de engenharia

- Estudo do Impacto Ambiental – EIA: ferramenta para o processo


de licenciamento de várias obras de engenharia.

EIA x RIMA
Estudo do Impacto Ambiental Relatório de Impacto Ambiental
Mais detalhado Destinado à informação e consulta
pública
Linguagem técnica
Linguagem não técnica e com as
Equipe multidisciplinar conclusões do EIA

Resolução CONAMA 001/86 “Resumo” do EIA mais acessível

http://www2.mma.gov.br/port/cona
ma/res/res86/res0186.html 20
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2.2.3. Os desafios da sustentabilidade

*José Antônio de Sousa Neto: Professor da Escola de Engenharia de Minas


Gerais (EMGE). PhD em Accounting and Finance pela University of
Birmingham no Reino Unido.

https://domtotal.com/noticia/1072910/2016/10/o-maior-desafio-da-engenharia-sustentavel/

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2.2.4. Vamos aprender mais?

- OBRA DE RODOVIA: SILVA, Laura Cristina Paes De Barros. A


geração de impacto ambiental das obras de engenharia. 2017. Revista
Biodiversidade. Disponível em:
http://www.periodicoscientificos.ufmt.br/ojs/index.php/biodiversidade/article/do
wnload/4982/3360

- OBRA DE HIDROELÉTRICA: DE CASTRO, Nivalde José; LEITE, André Luis


da Silva; DANTAS, Guilherme. Análise comparativa entre Belo Monte e
empreendimentos alternativos: impactos ambientais e competitividade econômica.
2011. Texto de Discussão do Setor Elétrico n.º 35, do Grupo de estudos do setor
elétrico da UFRJ Disponível em:
http://www.gesel.ie.ufrj.br/app/webroot/files/publications/41_TDSE35.pdf

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