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(Profa. Teresinha)
Introdução
A compactação de um solo é a sua densificação (ou seja, tornar mais denso) por meio
de equipamento mecânico (geralmente um rolo compactador), embora, em alguns
casos, podem ser empregados soquetes manuais (como em pequenas valetas).
Um solo, quando transportado e depositado para a construção de um aterro, fica num
estado relativamente fofo e heterogêneo e, portanto, além de pouco resistente e
muito deformável, apresenta comportamentos diferentes de um local para o outro.
O tipo de obra e de solo é que vão determinar qual o processo de compactação que
será empregado, a umidade em que o solo deve se encontrar na ocasião, e a
densidade a ser atingida, tendo como objetivo, evitar ou reduzir a ocorrência de
futuros recalques, aumentar a rigidez e a resistência do solo e reduzir a
permeabilidade. O aumento do peso específico de um solo produzido pela
compactação depende da energia despendida e do teor de umidade.
b) Umidade;
c) Energia de compactação e
d) Tipo de solo.
Quando se faz a compactação sob uma umidade baixa, o atrito entre as partículas é
muito alto e não se consegue uma redução significativa de vazios. Para umidades mais
elevadas, a água provoca certo efeito de lubrificação entre as partículas, que deslizam
entre si, acomodando-se num arranjo mais compacto.
Esta curva nos mostra que há um determinado ponto para o qual γs é máximo. A
umidade correspondente a este ponto de peso específico aparente máximo (γs,máx) é a
umidade ótima (hOT).
Ressalta-se que para cada tipo de solo, sob uma dada energia de compactação,
existem um hOT e um γs,máx., específico.
Observa-se no gráfico que a medida que cresce o teor de umidade, até h OT, obtém γs
maiores. Nessa situação, o solo torna-se mais trabalhável. Como não é possível
expulsar todo o ar existente nos vazios do solo, a curva de compactação nunca
alcançará a curva de saturação, justificando, assim a partir de γs,máx, o ramo
descendente.
O ensaio é repetido para diferentes teores de umidade, para cada um deles, obtém-se
o peso específico aparente. Com os valores obtidos traça-se a curva γs = f(h), de onde
se obterá hOT e γsmáx.
Para a execução do ensaio, a amostra deve ser previamente seca ao ar, destorroada e
separada na quantidade necessária para o ensaio.
- Desmancha-se o material compactado até que possa ser passado pela peneira nº 4
(4,8mm), misturando-o em seguida ao restante da amostra inicial (para o caso de
reuso do material);
- Repete-se esse procedimento até que se tenha 5 pares de valores (densidade seca x
umidade), resultando em pontos que são plotados em um gráfico semi-logarítimo. Em
seguida, traça-se uma curva, com formato de uma parábola.
Equação 5.1
Equação 5.2
γ
γs = (g⁄cm³)
1+h
Sendo:
A energia de compactação
Na prática, com o excesso de água, o solo fica plástico e aparece o fenômeno chamado
“borrachudo”.
5.5.1 Soquetes
(a) (b)
Figura 5.8: Na figura (a) temos um compactador à percussão, e na (b) um
compactador de placa.
Fonte: http://aluguequip.com.br/ (acesso em 04/02/13).
5.5.2 Rolos Estáticos
Pé-de-Carneiro
Rolo Liso
Trata-se de um cilindro oco de aço, podendo ser preenchido por areia úmida ou água,
a fim de que seja aumentada a pressão aplicada. São usados em bases de estradas, em
capeamentos e são indicados para solos arenosos, pedregulhos e pedra britada,
lançados em espessuras inferiores a 15 cm.
Rolo Pneumático
Podem-se usar rolos com cargas elevadas obtendo-se bons resultados. Neste caso,
muito cuidado deve ser tomado no sentido de se evitar a ruptura do solo.
Equação 7.3
Também se faz necessário obter a umidade do solo “in loco”. Isso ocorre utilizando-se
o aparelho Speedy (figura 5.15)
Trata-se de uma técnica rápida não destrutiva que permite a determinação do teor de
umidade (w) e do peso específico seco (𝛾𝑆) dos solos e misturas de solos, pela
atenuação de radiação gama, quando:
Levando em consideração esse índice, pode-se tirar algumas conclusões por meio de
curvas obtidas em gráficos.
A curva DCP 2, indica que a parte superior da camada está compactada com um grau
de compactação maior que a parte inferior. Isto implica dizer, que essa curva pode
indicar que há um gasto desnecessário de energia para compactação, ou o
equipamento utilizado não é adequado para a operação, ou ainda que a camada seja
muito espessa.
Já na curva DCP 3, a curva indica que a parte superior da camada apresenta um grau
de compactação ruim em relação a parte inferior da cota – 400 mm.
Em laboratório, realiza-se a compactação do solo. Logo após o corpo de prova é
submetido ao ensaio DCP, obtendo diferentes valores de DN (cm/golpe) para cada
ponto de umidade.
Exercício de aplicação
Atividade complementar
Ver exercícios resolvidos 4.1 a 4.4 – pag 76 a 77 – Livro: Curso Básico de Mecânica dos
Solo. Carlos Pinto
Referências Básica:
______. DNER-ME 092/94 -Solo- Determinação da massa específica aparente “in situ”,
com emprego do frasco de areia, 1994.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURAS DE TRANSPORTES. DNIT-ME
164/2013 - Solos – Compactação utilizando amostras não trabalhadas, 2013.
PINTO, C. S. Curso básico de mecânica dos solos. Editora Oficina de Textos, 2006.