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- MECÂNICA DOS SOLOS -

AULA 7: COMPACTAÇÃO
DOS SOLOS

Prof. Francisco Pereira

2017/2
INTRODUÇÃO
 O que é a compactação: é um procedimento que visa

aumentar a compacidade (densidade relativa) de um solo

pela redução de vazios através de esforços externos gerados

por meios mecânicos;

 Qual o objetivo da compactação dos solos: melhorar de

propriedades mecânicas do solo. Por exemplo:


INTRODUÇÃO
 O que é a compactação: é um procedimento que visa

aumentar a compacidade (densidade relativa) de um solo

pela redução de vazios através de esforços externos gerados

por meios mecânicos;

 Qual o objetivo da compactação dos solos: melhorar de

propriedades mecânicas do solo. Por exemplo:

- redução da compressibilidade;

- aumento da resistência;

- redução da permeabilidade.
INTRODUÇÃO
Estrutura não compacta Estrutura compacta
INTRODUÇÃO
Estrutura não compacta Estrutura compacta

maior índice de vazios, solo mais menor índice de vazios, solo menos

deformável e menos resistente deformável e mais resistente


INTRODUÇÃO
 Quando utilizamos a compactação dos solos:

• construção de aterros;

• construção de camadas constitutivas de pavimentos;

• construção de barragens de terra;

• melhoramento de solo para fundações;

• solo de reaterro em muros de arrimo.


INTRODUÇÃO
 Técnica básica:

• lançamento do material de empréstimo (oriundo de

jazida) ou do próprio local (reaterros);

• passagem com equipamentos que transmitam ao solo a

energia de compactação (pressão estática, vibrações ou

impacto).
COMPACTAÇÃO
 princípios fundamentais:

• Ralph Proctor (1933), descobriu a relação entre o peso específico do

solo, o teor de umidade e o grau de compactação.

• trabalhando em obras de barragens, percebeu que para uma mesma

energia de compactação, o peso específico do solo compactado

cresce até atingir um valor máximo e depois tende a decrescer;

• Proctor propôs a compactação como o resultado da interação de

quatro variáveis: peso específico seco do solo, teor de umidade,

energia de compactação e tipo de solo.


COMPACTAÇÃO
 representação gráfica do processo de compactação:
COMPACTAÇÃO
 curva de compactação:

• ao teor de umidade que

possibilita o peso específico

máximo, Proctor chamou de

umidade ótima;

• o ramo ascendente da curva é

denominado ramo seco (menores

valores de teor de umidade) e o

ramo descendente é chamado

ramo úmido (maiores valores de

umidade);
COMPACTAÇÃO
 as diferenças de comportamento do solo mediante compactação

nos dois ramos (seco e úmido) pode ser explicada de duas

maneiras complementares:

a. no ramo ascendente a água lubrifica as partículas,

facilitando seu deslocamento e arranjo. No descente a água

amortiza a compactação porque há mais água do que

sólidos.
COMPACTAÇÃO
 as diferenças de comportamento do solo mediante compactação

nos dois ramos (seco e úmido) pode ser explicada de duas

maneiras complementares:

b. no ramo seco a água está na condição não saturada. Com a

entrada dá água as tensões capilares são reduzidas,

facilitando o movimento relativo entre as partículas. No

ramo úmido a elevação do teor de umidade favorece o

aparecimento de água livre, a qual absorve parte

considerável da energia de compactação.


COMPACTAÇÃO
 Exemplo prático:

• Ponto 1: colocando-se uma amostra de solo dentro de um cilindro e

aplicando uma energia de compactação constante (E), obtém-se,

para um teor de umidade ω1, o peso específico seco. Nessas

condições, o solo terá uma certa porcentagem de vazios, a qual

pode ser reduzida se for mantida a umidade e aumentada a E;

• Ponto 2: para um novo teor de umidade ω2 (ω2 > ω1), com a

mesma energia de compactação E, obtêm-se um novo valor de peso

específico seco;
COMPACTAÇÃO
 Exemplo prático:

• Ponto 3: aumentando a quantidade de água, mantendo E, o peso

específico seco aumentará. Nesse ponto obtêm-se o máximo peso

específico seco que pode ser atingida para essa dada energia de

compactação;

• demais pontos: continuando a se adicionar água, parte da E será

absorvida pela água, que desenvolverá pressões que tendem a

separar as partículas de solo e reduzir o peso específico seco pelo

aumento de vazios.
COMPACTAÇÃO
 Exemplo prático:
COMPACTAÇÃO
 curva de compactação:

• pares de no gráfico de compactação obtidos ao se

realizar a compactação do solo por uma mesma energia de

compactação para diferentes valores do teor de umidade.


COMPACTAÇÃO
 resumindo:

• em um baixo teor de umidade o atrito entre as partículas é

elevado, o que resulta numa dificuldade de compactação;

• aumentando-se o teor de umidade, ocorre o feito de

lubrificação entre as partículas, facilitando a compactação e

aumentando a saída de ar;

• após certo teor de umidade (próximo a saturação), a

compactação não consegue mais reduzir os vazios de ar, e a

maior quantidade de água resulta numa redução do peso

específico seco.
COMPACTAÇÃO
 relação entre :
COMPACTAÇÃO
 curva de compactação para diferentes solos:
COMPACTAÇÃO
 curva de compactação para diferentes solos:
COMPACTAÇÃO
 curva de compactação para diferentes solos:
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 o ensaio de compactação foi desenvolvido por Proctor e é

conhecido como ensaio de Proctor Normal. No Brasil foi

normalizado pela ABNT 7182/86.

• objetivo: estabelecer a correlação entre peso específico

seco, teor de umidade e energia de compactação;

• equipamentos: - cilindro metálico (V=1000cm³)

- soquete (P=2,5kgf) que deve ser solto

de uma altura de 30,5cm.


ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 equipamentos:
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 procedimento de ensaio:

a) prévia secagem ao ar e destorroamento do solo;

b) acrescenta-se água a porção a ser ensaiada,

homogeneizando a mistura para que o material fica com a

mesma umidade;

c) o material é disposto no cilindro de compactação em três

camadas. cada uma recebe 25 golpes do soquete (energia

normal). Cada camada compactada deve ocupar 1/3 da

altura do cilindro e é escarificada previamente a

compactação da camada subsequente;


ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 procedimento de ensaio:

d) obtêm-se o peso específico natural e a umidade do corpo de

prova obtido

e) novos pontos da curva de compactação são obtidos

destorroando o corpo de prova e adicionando mais água em

intervalos de 2% de umidade, ficando 2 pontos abaixo, 2

acima e 1 no entorno da umidade ótima.


ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 procedimento de ensaio:
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 procedimento de ensaio:
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 procedimento de ensaio:
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 analise dos resultados:

• ajuste dos pontos: retas definindo os ramos secos e úmidos

e uma parábola fazendo a transição entre as duas.


ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 analise dos resultados:

• ajuste dos pontos: retas definindo os ramos secos e úmidos

e uma parábola fazendo a transição entre as duas.

• cálculos do ensaio:
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 alternativas de ensaio:

• ensaio sem reuso do material: uso de amostras virgens para cada

ponto da curva. Embora exija maior quantidade de material, os

resultados são mais fiéis. Uso imprescindível para solos de grãos

quebradiços;

• ensaio sem secagem prévia: mais se aproxima dos procedimentos

de campo. Uso para solos sensíveis à pré-secagem;

• ensaios para solos com pedregulho: uso de cilindro maior e soquete

mais pesado (com menor número de golpes para igualar a energia

de compactação)
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 uso de diferentes energias de compactação:

• com o desenvolvimento da engenharia mecânica, foram lançados no

mercado equipamentos de compactação capazes de fornecer maior

energia de uma forma mais econômica, gerando a necessidade de se

normalizar ensaios para diferentes energias (intermediária e

modificada). A energia de compactação por unidade de volume pode

ser calculada através da fórmula:

(kgf.cm/cm³)
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 uso de diferentes energias de compactação:

• especificações para energias

(kgf.cm/cm³)
(kgf.cm/cm³)
(kgf.cm/cm³)
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 uso de diferentes energias de compactação:

• especificações para energias


ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 especificações do DNER:
ENSAIO DE COMPACTAÇÃO
 especificações do DNER:
DÚVIDAS?
EXERCÍCIOS

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