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(10291) Mecânica Dos Solos I – 3A/1S

Relatório
Ensaio de compactação (E 197)

Lutonda Adolph Tomalela, Nº 38775

(1332) Engenharia Civil


(Mestrado Integrado)

Docente: Prof. Isabel Maria da Conceição Fonseca Gonçalves Falorca


Ano Letivo 2019/2020

Covilhã, 17 de janeiro de 2020


Índice:
Ensaio de compactação .................................................................................... 1

1. Objetivo ................................................................................................ 1

2. Generalidades ......................................................................................... 1

2.1. Princípio da compactação dos solos ............................................................ 1

2.2. Fatores que podem influenciar a compactação ............................................... 2

2.2.1. Teor em água.................................................................................... 2

2.2.2. Energia de compactação ....................................................................... 2

2.2.3. Tipo de solo ..................................................................................... 3

2.3. Efeito da compactação nas principais propriedades do solo ................................ 4

2.3.1. Compressibilidade .............................................................................. 4

2.3.2. Permeabilidade ................................................................................. 4

2.3.3. Resistência ao corte e capacidade de carga ................................................ 4

3. Procedimentos experimentais ...................................................................... 5

4. Resultados e conclusão .............................................................................. 7

5. Bibliografia ............................................................................................ 9

ii
Lista de Figuras:

Figura 1 - Curvas de compactação e curvas de saturação;


Figura 2 - Energia de compactação;
Figura 3 - Curvas de compactação de areias bem graduadas, argilas arenosas, argilas com baixa
e alta plasticidade e areias uniformes;
Figura 4 - Areia seca;
Figura 5 - Mistura do solo e água;
Figura 6 - Solo húmido (teor em água = 11%);
Figura 7 - Camadas do solo húmido;
Figura 8 – Compactação;
Figura 9 - Curva de compactação resultante.

iii
Lista de Tabelas:

Tabela 1 - Compactação por meio de impacto - Proctor Modificado (E 197 - 1966 LNEC);
Tabela 2 - Teores em água;
Tabela 3 - Resultados da compactação.

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Ensaio de compactação

1. Objetivo

Obter a curva de compactação, que relaciona o peso volúmico seco com o teor em água,
podendo se obter as caraterísticas de compactação, respeitando às exigências normativas.

2. Generalidades

2.1. Princípio da compactação dos solos

A compactação é o processo pelo qual uma massa de solo vê reduzido o seu índice de vazios
por redução do volume da sua fase gasosa, à custa de ações mecânicas repetidas e rápidas.

O peso volúmico seco de um solo depois de compactado depende do teor em água e da energia
de compactação. As caraterísticas de compactação dos solos podem ser determinadas através
de ensaios laboratoriais normalizados. Existem vários métodos de compactação normalizados:
compactação estática, compactação dinâmica, compactação por meio de vibração e por
impacto.

No presento caso usou-se o apiloamento, ou seja, compactação por meio de impacto – PROCTOR
Modificado (E 197 – 1996 LNEC), com as características descritas na tabela 1.

Tipo de compactação

Pesada (Proctor modificado)

Diâmetro do molde (mm) 102 152

Altura do molde (mm) 117 114

Massa do pilão (kg) 2.54 2.54

Altura de queda (cm) 47.5 47.5

Número de camadas 5 5

Nº de pancadas por camada 25 55


Tabela 1 - Compactação por meio de impacto - Proctor Modificado (E 197 - 1966 LNEC)

1
O objetivo do ensaio de compactação é obter a curva de compactação, esta curva relaciona o
peso volúmico seco (γd) e o teor em água (ω), que permitem conhecer as caraterísticas de

compactação, teor em água ótimo (ωópt) e peso volúmico seco máximo (γd máx).

Figura 1 - Curvas de compactação e curvas de saturação.

2.2. Fatores que podem influenciar a compactação

2.2.1. Teor em água

O teor em água no momento da compactação dos solos influencia no valor do peso volúmico,
ou seja, índice de vazios, aumentando gradualmente o valor do teor em água até ao teor em
água ótimo, a resistência ao movimento relativo das partículas diminui, e verifica-se o aumento
gradual do peso volúmico seco.
Para valores altos do teor em água, as curvas de compactação tendem a ser paralelas às curvas
de saturação (fig. 1).

2.2.2. Energia de compactação

Os valores do teor em água ótimo e do peso volúmico seco máximo dependem da energia de
compactação. Assim, maior energia de compactação (E2 > E1) corresponde a um peso volúmico

2
seco maior e consequentemente, um teor em água ótimo menor, como indica a figura 2.

Figura 2 - Energia de compactação.

2.2.3. Tipo de solo

As areias grossas bem graduadas com uma superfície lisa e forma redonda dão os maiores pesos
volúmicos secos; as areias uniformes dão uma curva menos pronunciada e menores pesos
volúmicos; os solos argilosos têm teores em água ótimos mais elevados e pesos volúmicos secos
mais baixos (fig. 3).

Figura 3 - Curvas de compactação de areias bem graduadas, argilas arenosas, argilas com baixa e alta
plasticidade e areias uniformes.

3
2.3. Efeito da compactação nas principais propriedades do
solo

2.3.1. Compressibilidade

Elevados índices de vazios resultam em posteriores assentamentos das estruturas durante a fase
de serviço.

2.3.2. Permeabilidade

Os solos depois de compactados, devido a sua baixa permeabilidade, a resistência pode


depender durante um período muito considerável de condições não drenadas.

2.3.3. Resistência ao corte e capacidade de carga

A resistência ao corte e a capacidade de carga são máximas para o mínimo índice de vazios.
Grandes quantidades de ar nos vazios podem vir a ser preenchidos por água, e pode reduzir a
resistência dos solos. No caso de solos finos, o aumento do teor em água pode ser acompanhado
de dilatação do solo, diminuindo também a sua resistência ao corte.

4
3. Procedimentos experimentais

Pesou-se uma quantidade de solo seco, aproximadamente 5 kg para cada um dos 5 grupos
(fig. 4).

Figura 4 - Areia seca.

Adicionou-se água de modo a ter amostras com teores em água (ω) de 2 em 2%, com base na
tabela 2, cada grupo usou um (ω) diferente (fig. 5 e fig. 6).

ω (%) 5 7 9 11 13
Vol (𝒄𝒎 )𝟑 250 350 450 550 650
Tabela 2 - Teores em água

Figura 5 - Mistura do solo e água. Figura 6 - Solo húmido (teor em água = 11%).

Todos os grupos usaram o molde de 4300.7 g, com exceção do grupo nº5 que usou o molde de
4114.4 g, mas ambos moldes com o mesmo volume de 2068.63 𝑐𝑚3 .
Depois de ter o solo húmido, inicia-se então o ensaio de compactação, 55 pancadas para cada
uma das 5 camadas do solo húmido (fig. 7 e fig. 8).

5
Figura 7 - Camadas do solo húmido. Figura 8 - Compactação.

Após a compactação, pesou-se o molde com o solo húmido, e obteve-se uma massa de 8561.56
g (grupo 5).

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4. Resultados e conclusão

Depois de concluídos os procedimentos experimentais, fez-se os cálculos para então se obter a


curva de compactação (tabela 3).

Água misturada Grupo 5 Grupo Milena Grupo Evilásio


Peso do molde + 8561.65 8594.10 8603.99
solo húmido (g)

Peso do solo 4447.25 4293.40 4303.29


húmido (g)
Peso volúmico total 2.15 2.044 2.08
(g/cm3)
Número da cápsula 210 208 265 281 189 2001 104 217 282
Peso da cápsula (g) 46.92 47.13 47.04 47.09 48.57 46.92 47.45 48.64 47.47

Peso da cápsula + 101.43 152.24 151.36 81.81 108.18 114.64 141.1 148.9 163.53
solo húmido (g)
Peso da cápsula + 95.48 140.87 140.17 79.27 103.66 109.67 128.96 136.52 148.23
solo seco (g)
Peso do solo seco 48.56 93.74 93.33 32.18 55.09 62.75 81.01 87.88 100.76
(g)
Peso da água (g) 5.95 11.37 11.19 2.09 4.52 4.97 14.64 12.38 15.30
Teor em água (%) 12.25 12.13 12.89 6.5 8.21 7.92 15.60 14.10 15.20
Teor em água 12.17 7.54 14.96
médio (%)
Peso volúmico seco 1.92 1.90 1.80
(g/𝒄𝒎𝟑 )
Tabela 3 - Resultados da compactação

Onde:
• Peso do molde: Pm = 4114.4 g; Pm = 4300.7g;
• Volume do molde: V = 2068.63 𝑐𝑚3 ;
• Peso do molde + solo húmido (g): Pt;
• Peso do solo húmido (g): P = Pt – Pm;
𝑃
• Peso volúmico total (g/𝑐𝑚3 ):  = 𝑉;
• Peso da cápsula (g): m1;
• Peso da cápsula + solo húmido (g): m2;
• Peso da cápsula + solo seco (g): m3;
• Peso do solo seco (g): Ws = m3 - m1;
• Peso da água (g): m2 – m3;
7
𝑊𝑤
• Teor em água (%): ∗ 100;
𝑊𝑠
100 ∗ 
• Peso volúmico seco (𝑔/𝑐𝑚3 ): ;
100 +𝑤

Com base nos resultados obtidos, conseguiu-se fazer a curva de compactação e obter as
caraterísticas de compactação, peso volúmico máximo e teor em água ótimo (fig. 9).

Yd (g/cm³)
2
1,9
1,8
1,7
Yd (g/cm³)

1,6
1,5
1,4
1,3
1,2
1,1
1
4 6 8 10 12 14 16
W%
Figura 9 - Curva de compactação resultante

Os resultados que foram obtidos foram:


• Peso volúmico seco máximo ~ 1.98 𝑔/𝑐𝑚3 ;
• Teor em água ótimo ~ 10.1 %.

Os resultados esperados eram:


• Peso volúmico seco máximo = 2.05 𝑔/𝑐𝑚3 ;
• Teor em água ótimo = 10 %.

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5. Bibliografia

Apontamentos disponibilizados pela docente na plataforma moodle.


DOCUMENTAÇÃO NORMATIVA – ESPECIFICAÇÃO LNEC – SOLOS – ENSAIO DE COMPACTAÇÃO (E 197
- 1966).
Compactação, Elementos teóricos, Prof. Jaime A. Santos (fevereiro, 2008) -
http://www.civil.ist.utl.pt/~jaime/Compacta_T.pdf

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