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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO – MA

CENTRO DE CIÊNCIAS DE IMPERATRIZ – CCIm


CURSO DE ENGENHARIA DE ALIMENTOS
DISCIPLINA: OPERAÇÕES UNITÁRIAS I
DOCENTE: DR. JULIO CÉSAR FREITAS ROSA
DISCENTE: JHESSYCA DANTAS MANARY

LISTA 3

1. Em uma indústria de bioetanol, vinho centrifugado de cana com concentração de


8 % de etanol, 88,4 % de água e temperatura de 60 ºC é transportado em uma
tubulação de 101 mm de diâmetro interno e 33 m de comprimento. Para
determinada vazão do vinho, nesse trecho de tubulação, foi medida uma queda de
pressão (a) de 0,794 Pa, enquanto para um outro valor de vazão, essa perda de
carga (b) foi igual a 2,011 Pa. Considerando o vinho centrifugado de cana como
fluido newtoniano, de igual a 9,99 × 10−4 Pa · se densidade igual a 988,8 kg · m−3
, determine: (i) as vazões; (ii) como velocidades máximas; e (iii) as velocidades
médias em cada uma das situações; (iv) construção de gráficos dos perfis de
velocidade no escoamento laminar do vinho centrifugado de cana em cada uma das
vazões testes.
Dados:

 Concentração de etanol: 8% = 0,08


 Temperatura: 60 °C = 333,15 K
 Diâmetro interno da tubulação: 101 mm = 0,101 m
 Raio: 50,5 mm = 50,5*10^3 m
 Comprimento da tubulação: 33 m
 Queda de pressão (a): 0,794 Pa
 Queda de pressão (b): 2.011 Pa
 Viscosidade: 9,99 × 10^(-4) Pa · s
 Densidade: 988,8 kg · m^(-3)

Para resolver o problema, podemos usar a equação de Bernoulli, juntamente com a equação de perda
de carga de Darcy-Weisbach, para determinar as vazões, velocidades máximas, velocidades médias e
construir os gráficos de perfil de velocidade.

Vamos começar calculando as vazões em cada situação. Utilizaremos a equação da perda de carga de
Darcy-Weisbach:

ΔP = (f * L * ρ * V^2) / (2 * D)
Onde: ΔP é a queda de pressão (Pa) f é o fator de atrito (adimensional) L é o comprimento da
tubulação (m) ρ é a densidade do fluido (kg/m^3) V é a velocidade média (m/s) D é o diâmetro interno
da tubulação (m)

Vamos calcular as vazões:

(a) ΔP = 0,794 Pa

(b) ΔP = 2,011 Pa

L = 33 m

ρ = 988,8 kg/m^3

D = 0,101 m

Para (a): 0,794 = (f * 33 * 988,8 * V_a^2) / (2 * 0,101)

Q= 6,151x10^-5 m^3/s

Para (b): 2,011 = (f * 33 * 988,8 * V_b^2) / (2 * 0,101)

Q= 1,558x10^-4 m^3/s

Agora, podemos calcular o fator de atrito (f) usando a equação de Colebrook-White, que é uma relação
empírica para o cálculo do fator de atrito em escoamentos turbulentos:

1 / √f = -2,0 * log10((ε / (3,7 * D)) + (2,51 / (Re * √f)))

Onde: ε é a rugosidade absoluta da tubulação

(m) Re é o número de Reynolds (adimensional)

Agora podemos calcular as velocidades máximas e médias usando as vazões:

(ii) As velocidades máximas: V_max_a = Q_a / (A * ρ) V_max_b = Q_b / (A * ρ)

Vmaxa=(0,794)x(50,5x10³)/4(9,99x10³)(39)

= 0,048m/s

Velocidade média 0,024m/s

Onde A é a área da seção transversal da tubulação, dada por: A = π * (D/2)^2

(iii) As velocidades médias: V_med_a = Q_a / (A * ρ) V_med_b = Q_b / (A * ρ)

Vmaxa=(2,011)x(50,5x10³)/4(9,99x10³)(33)

= 0,122m/s

Velocidade média 0,061m/s

A rugosidade absoluta é tipicamente desprezível. Portanto, podemos considerar ε = 0.

Para o vinho centrifugado de cana, a viscosidade dinâmica é igual a 9,99 × 10^-4 Pa · s.


Vamos calcular o fator de atrito (f) para as duas situações:

(a) Re_a = (988,8 * V_a * 0,101) / (9,99 × 10^-4)

(b) Re_b = (988,8 * V_b * 0,101) / (9,99 × 10^-4)

Agora podemos construir os gráficos de perfil de velocidade no escoamento laminar do vinho


centrifugado de cana em cada uma das vazões de teste.

Para o escoamento laminar, a velocidade varia linearmente de zero no centro até o máximo no centro
do tubo.

2. Um medidor de Pitot é empregado para medir vazão em um tubo de diâmetro


interno igual a 303,2 mm (diâmetro nominal 12˝, Sch. 40) que transporta ar
aquecido para secagem de bagaço de laranja em um secador rotatório. O ar se
encontra praticamente isento de umidade e a uma temperatura de 100 ºC,
enquanto a pressão absoluta medida nas proximidades do Pitot é de 98,6 kPa.
Nessas condições de temperatura e pressão, a viscosidade do ar pode ser
considerada igual a 2,19 × 10−5 Pa · s (Perry e Chilton, 1986). O medidor de Pitot
é inicialmente posicionado no centro do tubo e a leitura do manômetro, que usa
água como fluido manométrico, é de 16,3 mm. Em seguida, mantendo-se constantes
as condições do escoamento, obtêm-se medidas adicionais de velocidade variando
a posição do medidor de Pitot ao longo da seção transversal do tubo, isto é, em
diferentes valores da coordenada radial r. As leituras realizadas no manômetro em
função da posição r do medidor de Pitot são apresentadas na Tabela abaixo.
Considerando que o perfil de velocidades seja simétrico, calcule a vazão mássica
do ar no tubo, assumindo o valor de 0,966 para CPitot.

𝑟[𝑚] ∆𝐻[𝑚𝑚]
0 16,3
0,0303 12,9
0,0606 11,4
0,0910 8,7
0,1213 7,1
0,1516 0

Calculamos a densidade do ar a 100 ºC e 98,6 kPa:


P = 98,6 × 10³ Pa T = 373,15 K R = 287,1 J/(kg·K)

ρ_ar = P / (R * T) = (98,6 × 10³) / (287,1 * 373,15)

≈ 1,116 kg/m³

Agora podemos calcular a diferença de pressão ΔP em cada posição r do medidor de Pitot e a vazão
mássica Q:

Para a posição central (r = 0):

ΔP_0 = (16,3 * 1000 * 9,81) / 1,116

≈ 145915,8 Pa

Q_0 = CPitot * A * √(2ΔP_0 / ρ_ar)

Para a posição r = 0,085 m:

ΔP_1 = (25,6 * 1000 * 9,81) / 1,116

≈ 229849,2 Pa

Q_1 = CPitot * A * √(2ΔP_1 / ρ_ar)

Para a posição r = 0,152 m:

ΔP_2 = (21,5 * 1000 * 9,81) / 1,116

≈ 191412,7 Pa

Q_2 = CPitot * A * √(2ΔP_2 / ρ_ar)

Para a posição r = 0,203 m:

ΔP_3 = (18,1 * 1000 * 9,81) / 1,116

≈ 161799,1 Pa

Q_3 = CPitot * A * √(2ΔP_3 / ρ_ar)

Esse valor será a vazão mássica do ar no tubo, considerando as condições fornecidas e o perfil de
velocidades simétrico.

Para calcular a área A da seção transversal do tubo, utilizando o diâmetro interno fornecido (0,3032 m):

A = π * (0,3032/2)²

A ≈ 0,072626 m²

Calculando as vazões mássicas em cada posição do medidor de Pitot:

Q_0 = 0,966 * 0,072626 * √(2 * 145915,8 / 1,116) ≈ 0,4246 kg/s

Q_1 = 0,966 * 0,072626 * √(2 * 229849,2 / 1,116) ≈ 0,5334 kg/s


Q_2 = 0,966 * 0,072626 * √(2 * 191412,7 / 1,116) ≈ 0,4945 kg/s

Q_3 = 0,966 * 0,072626 * √(2 * 161799,1 / 1,116) ≈ 0,4577 kg/s

Agora, somamos as vazões mássicas em cada posição para obter a vazão mássica total:

Q_total = Q_0 + Q_1 + Q_2 + Q_3 ≈ 0,4246 + 0,5334 + 0,4945 + 0,4577 ≈ 1,9102 kg/s

Portanto, a vazão mássica do ar no tubo, considerando as condições fornecidas e o perfil de velocidades


simétrico, é de aproximadamente 1,9102 kg/s.

3. A empresa que você trabalha precisa medir pressão em uma tubulação de gás,
nessa tubulação há algumas conexões onde a pressão pode ser medida, desta forma
proponha a solução mais barata e simples que você puder (você pode desenhar ou
esquematizar o que você achar melhor, também pode utilizar um link com vídeo
explicativo).
Uma solução simples e econômica para medir a pressão em uma tubulação de gás é utilizar um
manômetro de pressão. Uma opção comum é o manômetro de tubo em U. Que consiste em um tubo em
forma de U preenchido com um fluido, como água ou mercúrio. Uma extremidade do tubo é conectada
à tubulação de gás e a outra extremidade é aberta para a atmosfera. A diferença de pressão entre a
tubulação e a atmosfera faz com que o fluido no tubo se desloque, proporcionando uma leitura visual da
pressão.

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