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ORIFÍCIOS E

BOCAIS
ORIFÍCIOS
São perfurações, geralmente de forma geométrica definida, feitas abaixo
da superfície livre do líquido em paredes de reservatórios, tanques, canais
ou canalizações.

Figura 1: Esquema de um orifício.


CLASSIFICAÇÃO DOS
ORIFÍCIOS
Os orifícios podem ser classificados como:

• Quanto à forma: circulares, retangulares, etc

• Quanto às dimensões relativas: pequenos e grandes

• Quanto à natureza da parede: em parede delgada e em parede espessa


ORIFÍCIOS PEQUENOS EM
PAREDES DELGADAS
• Pode-se admitir, sem erro apreciável, que todas as partículas
atravessam o orifício, na mesma velocidade, sob a mesma carga h.

• São considerados pequenos os orifícios cujas dimensões são muito


menores que a profundidade em que se encontram.

• Então pode-se admitir que as velocidades na parte superior e na


inferior do orifício são iguais.
ORIFÍCIOS PEQUENOS
• A fórmula geral para os pequenos orifícios:

Sendo:
h = carga sobre o centro do orifício (m)
A = área do orifício (m²)
= coeficiente de descarga = 0,61
g = aceleração da gravidade (m/s²)
Q = vazão (m³/s)
ADUFAS E COMPORTAS
• Adufas e Comportas são dispositivos para fechar
ou abrir orifícios e permitir o controle do fluxo da
água nessas estruturas hidráulicas.

• Adufas (do fundo ou de parede) são os


dispositivos que fecham ou abrem axialmente
contra o orifício.

• Comportas são os dispositivos colocado contra


Figura 2: Comportas do lado Paranoá.
as paredes que fecham ou abrem
tangencialmente ao orifício.
ORIFÍCIOS AFOGADOS EM
PAREDES DELGADAS
• Um orifício está afogado quando a veia ou jato escoa em massa líquida.
Nesse caso ocorre o fenômeno de contração da veia.

• A carga h deve ser considerada como a diferença entre as cargas de


montante de jusante.

Figura 3: Orifício afogado.


CONTRAÇÃO INCOMPLETA
DA VEIA
• Para posições particulares dos orifícios, a contração da veia pode ser afetada,
modificada, ou mesmo suprimida, alterando-se a vazão (pelo aumento da
pressão).

• Para que a contração seja completa, produzindo-se em todo o contorno da


veia, é preciso que o orifício esteja localizado a uma distância do fundo ou das
paredes laterais pelo menos igual a duas vezes a sua menor dimensão.
CONTRAÇÃO INCOMPLETA
DA VEIA

• Para orifícios retangulares:

Onde
CONTRAÇÃO INCOMPLETA
DA VEIA
A Figura inclui os seguintes casos:

Figura 4: Orifícios junto ao fundo e/ou


paredes.
CONTRAÇÃO INCOMPLETA
DA VEIA
Para orifícios circulares:

Para orifícios juntos:


• a uma parede lateral, k = 0,25
• ao fundo, k = 0,25
• ao fundo e a uma parede lateral, k = 0,50
• ao fundo e a duas paredes laterais, k = 0,75
VÓRTICE OU VÓRTEX
• O Vórtex é o redemoinho que se observa quando um líquido escoa por um
orifício aberto no fundo de um tanque raso.
• O primeiro investigador a descrever esse fenômeno foi Venturi.

Figura 5: Venturi. Figura 6: Vórtex.


VÓRTICE OU VÓRTEX
• O Vórtex se forma quando a profundidade (carga) é inferior a cerca de três vezes o
diâmetro do orifício.
• A formação do Vórtice é inconveniente para o escoamento, pois o arraste de ar causado
pelo redemoinho, além de reduzir a vazão, provoca ruídos e posterior acúmulo de ar em
pontos altos das canalizações, prejudicando também o funcionamento de eventuais
bombas instaladas a seguir (a jusante).

Figura 7: Vórtice de água.


BOCAIS
Os Bocais são constituídos por peças especiais adaptadas aos orifícios ou
extremidades de tubos ou mangueiras. Eles servem para dirigir o jato.
O seu comprimento costuma estar compreendido entre vez e meia (1,5) e três (3)
vezes o seu diâmetro nominal DN.

• Para comprimentos maiores de 3 a 500 DN temos tubulações muito curtas.


• De 500 a 4000 DN como tubulações curtas.
• E acima 4000 DN como tubulações longas.
Denomina-se bocal-padrão o bocal cujo comprimento é igual a 2,5 vezes o seu
diâmetro nominal, e bocal de borda ao bocal reentrante de comprimento padrão.
CLASSIFICAÇÃO DOS BOCAIS

Os Bocais costumam ser classificados de acordo com:

Interiores ou Reentrantes
Cilíndricos
Exteriores
Convergentes
Interiores ou Reentrantes
Divergentes
Cônicos
Convergentes
Exteriores
Divergentes
VAZÃO NOS BOCAIS
Aplica-se a fórmula geral, deduzida para os orifícios pequenos:

Onde:
h = carga sobre o centro do orifício (m)
A = área do orifício (m²)
= coeficiente de descarga = 0,61
g = aceleração da gravidade (m/s²)
Q = vazão (m³/s)
BOCAIS CILÍNDRICOS
• A contração da veia ocorre no interior
dos bocais cilíndricos.
• Nos bocais-padrão, a veia pode colar-se
ou não às suas paredes. Fechando-se o
tubo de modo a enchê-lo, fazemos com
que a veia fique colada, resultando um
jato “total” (ocupando inteiramente a
seção da saída). Figura 8: Bocais cilíndricos.
BOCAIS CÔNICOS
• Com os bocais cônicos aumenta-se a vazão.

• Os tubos divergentes com a pequena seção inicial convergente, conforme a Figura,


denominam-se Venturi, por terem sido estudados pelo investidor italiano.

• As experiências de Venturi demonstram que um ângulo de divergência de 5


combinado com o comprimento do tubo igual a cerca de nove vezes o diâmetro da
seção estrangulada permite os mais altos coeficientes de descarga.

Figura 9: Bocais cônicos convergente e divergente.


BOCAIS NA PRÁTICA
Na prática, os bocais são construídos para várias finalidades:

• Combate a incêndios (requintes)


• Operações de limpeza
• Serviços de construção
Figura 10: Aspersores.
• Aplicações agrícolas (aspersores)
• Tratamento de água
• Máquinas hidráulicas (agulha das rodas Pelton)
• Chafarizes

Figura 11: Chafariz.


𝐶√
𝑄=𝐶 𝑑 × 𝐴 × ′ 2=
×𝐶
𝑑 𝑔 ××h( 1 +0,15 × 𝑘 )
𝑑

𝑏
𝑘=
2 × ( 𝑧 +𝑏 )

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