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AULA 16

Introdução
Definição:
– Estrutura formada pela abertura de um ori cio
na parede de um reservatório, na qual a borda
superior a nge a super cie livre do líquido.
– Haverá escoamento através da estrutura
formada.
– Hidraulicamente os vertedores podem ser
considerados como ori cios incompletos: sem a
borda superior.
– O escoamento é semelhante ao dos ori cios de
grandes dimensões.
Visão espacial
Esquema de um vertedor retangular com lâmina livre
Cortes
Terminologia para o escoamento através dos vertedores
Régua para
medição da
carga hidráulica

Face: Presente nos vertedores


Crista ou Soleira: superfície
com contrações laterais
por onde a água extravasa
Classificação dos Vertedores
Quanto à forma:
• Simples: retangular, triangular, trapezoidal, circular,
exponencial;
• Compostos: mais de uma forma simples combinadas;
Quanto à altura rela va da soleira:
• Livres ou completos: (p > p’);
• Afogados ou incompletos: (p < p’);
Quanto à espessura da parede:
• parede delgada ou soleira fina: e ≤ 2H/3 🡪contato segundo
uma linha entre a lâmina e a soleira;
• parede espessa ou soleira espessa: e > 2H/3;
Quanto à largura rela va da soleira:
• sem contrações laterais: L = B;
• com uma ou duas contrações laterais: L < B.
Classificação dos Vertedores
Quanto à forma da Lâmina:
• Lâmina Livre: com aeração na face inferior de forma que a
pressão seja igual à pressão atmosférica;
• Lâmina alterada: aderente ou contraída
Posição dos Vertedores
Principais Usos dos Vertedores:
• Medição de vazão
• Extravasores de Barragens
• Tomada d´água em canais
• Elevação de nível nos canais
• Decantadores e ETA
• Escoamentos em galerias
• ETE
Vertedor Retangular de Parede Delgada

Os filetes inferiores se elevam para atravessar a crista do vertedor. A super cie livre da
água e os filetes próximos são rebaixados, ocorrendo o estreitamento da veia fluida.

Caso de ori cio de grandes dimensões:


Influência da Forma da Veia Fluida
• Quando o ar não entra, naturalmente, no espaço abaixo da
lâmina vertente, pode ocorrer uma pressão menor que a
pressão atmosférica, produzindo uma depressão da veia
líquida. Esse fenômeno altera a determinação da vazão
pelas fórmulas clássicas.
• O fenômeno é comum nos vertedores sem contração e
pode ocorrer ocasionalmente nos vertedores com
contração lateral.
• Nessas condições a lâmina deixa de ser livre, para adotar
as formas de lâmina deprimida, lâmina aderente ou
lâmina afogada.
• Quando se u liza um vertedor para medição de vazão,
deve-se evitar a ocorrência do fenômeno acima descrito.
Influência da forma da Veia Fluida
• As diferentes formas da veia fluida que pode ocorrer nos
vertedores:
Influência da forma da Veia Fluida
Lâminas aderente e afogada
Coeficiente de Descarga
Recursos da Análise Dimensional confirmam que o coeficiente de
descarga depende:

• do Número de Weber (influência da tensão superficial - lâminas


pequenas),
• do Número de Reynolds (influência da viscosidade do fluido) e,
• principalmente, da relação H/p.

Exemplo:
H/p = 2,0 => Cd = 0,75; H/p = 0,10 => Cd = 0,62
Coeficiente de Descarga
Influência da Contração Lateral:
Quando há contração lateral, o seu efeito se manifesta na
diminuição da largura ú l da soleira causando uma super-
es ma va da vazão pelas fórmulas anteriores.
Nesse caso, corrige-se a largura do vertedor.
A largura corrigida L’ será dada por: L’ = L – n.C’.H
L = largura real do vertedor
n = número de contrações
C’ = fator de contração
Usualmente: C’ = 0,10 para soleira e faces com canto vivo
C’ = 0 para o caso de soleira e faces com bordas arredondadas.
H = carga sobre o vertedor
Obs: 1) Se L > 10H 🡪 desprezar o efeito da contração lateral
2) O efeito da contração no plano ver cal é considerado no
coeficiente de descarga
Dessa forma:

n= 1 para uma contração lateral ou n = 2 para duas contrações


laterais
OBS: Bons resultados prá cos se H < 0,5p e H < 0,5L
Vertedor Triangular
Vertedor Triangular:
U lizado para medição de pequenas vazões ( Q < 30 l/s)
Maior precisão na medida da carga, H.
São construídos em chapa de aço
Vertedor Triangular - Equação

Na realidade Cd varia com θ.


Na prá ca usa-se um triângulo isósceles com a bissetriz na ver cal
Thomson propôs um vertedor com θ = 90º e um Cd tal que:

Nesse caso: 0,05 < H < 0,38 m, p > 3 H e B > 6 H; Q em m³/s e H em m.

Nesse caso deve-se observar recomendações para p e para a largura b em


função da largura do canal onde o vertedor será instalado.
O valor de θ não pode ser muito pequeno pois há a influência da tensão
superficial, capilaridade e viscosidade. Em geral adota-se θ > 25º.
Vertedor Trapezoidal
Tem a forma de um trapézio de largura menor L e altura H.
É considerado como sendo formado por um vertedor retangular
e dois triangulares.
O trapézio é usado para compensar o decréscimo de vazão que
se observa devido às contrações.
Vertedor Cipolle
Cuidados no uso de vertedores para medida da vazão
Segundo E. Trindade Neves
• Usar vertedores retangulares, de preferência sem contração lateral e
com:
– Crista delgada, horizontal e normal à direção dos filetes líquidos (cristas
e montantes deves ser lisos e agudos).
– Distância da crista ao fundo e aos lados do canal deve ser superior a 2.H
e, no mínimo, 20 ou 30 cm.
– Paredes do vertedor devem ser lisas e ver cais.
– Lâmina livre e tocando a crista segundo uma linha apenas.
– Evitar gotejamento da lâmina: H > 5 cm.
– H inferior a 60 cm e medida a montante a, no mínimo, 5.H da soleira (o
ideal é entre 1,8m e 5,0m).
– Deve haver, a montante, um trecho re líneo de canal capaz de
regularizar o escoamento da água.
– O nível da água a jusante não deve estar próximo da crista.

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