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DA COMARCA DE PARANAÍBA/MS,
I – OBJETO DA AÇÃO.
OBJETO DA LIMINAR.
OBJETO DA INVESTIGAÇÃO.
Outras recomendações:
II- DO DIREITO.
1
Bancos filiados: http://www.equator-principles.com/index.php/members-reporting.
Princípios do Equador:
http://www.equator-principles.com/resources/equator_principles_portuguese_2013.p
df. Acesso em: 29.12.2014.
Equador e do Protocolo Verde (PNUMA)2. Editou ainda a Resolução nº 3792/2009,
que trata dos planos administrados pelas entidades fechadas de previdência
complementar e a observância dos princípios de responsabilidade socioambiental na
política de investimento (art. 16, § 3º, VIII).
A Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento (1992), ainda, registrou a necessidade de os Estados promulgarem
leis eficazes sobre o meio ambiente, que também precisam aplicar amplamente o
critério de precaução conforme suas capacidades, bem como que as autoridades
nacionais devem fomentar “a internalização dos custos ambientais pelo poluidor ou
degradador, e o uso de instrumentos econômicos que impliquem” o dever de o
poluidor, em princípio, arcar com os custos da degradação ambiental.
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O Protocolo Verde é um protocolo de intenções, celebrado por instituições financeiras
públicas brasileiras e pelo Ministério do Meio Ambiente em 1995 e revisado em 2008, cujo
objetivo é definir políticas e práticas bancárias exemplares em termos de responsabilidade
socioambiental e em harmonia com o desenvolvimento sustentável. Disponível em:
http://www.bb.com.br/docs/pub/inst/dwn/ProtocoloVerde.pdf. Acesso em 02.01.15.
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Lei nº 7.347/85 - “Art. 1º - Regem-se pelas disposições desta lei, sem prejuízo da ação
popular, as ações de responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: I - ao
meio ambiente”
ambiental não se confunde com a reconstituição do bem lesado, havendo uma
presunção da necessidade de cumulação dessa reconstituição (restauração ou
recuperação) com o dever de indenização/compensação do dano ambiental, em
decorrência da sua complexidade, do amplo espectro de impacto na flora, fauna e no
ser humano e do desestímulo à degradação ambiental, do dano real post factum e do
dano provável.
O Princípio da Precaução deve sempre orientar a
análise de atividades geradoras de impacto ambiental: “quando houver ameaça de
danos sérios ou irreversíveis, a ausência de absoluta certeza científica não deve ser
utilizada como razão para postergar medidas eficazes e economicamente viáveis
para prevenir a degradação ambiental.”4
Com o intuito de proteger o direito difuso fundamental
a um meio ambiente equilibrado, o Ministério Público é legitimado a ajuizar ação de
responsabilidade civil e criminal, porquanto à legislação impõe ao poluidor o dever
de indenizar e/ou reparar os danos causados ao meio ambiente, independentemente
da existência de culpa, tendo consagrado o ordenamento jurídico a responsabilidade
civil objetiva, baseada na Teoria do Risco Integral, que inadmite qualquer
excludente (caso fortuito, força maior, culpa exclusiva da vítima, dolo de terceiro,
licitude da atividade), bastando, para gerar o dever de indenizar, que fique
comprovado: o dano, a atividade e o nexo de causalidade entre ambos.
Esta responsabilidade decorre do Princípio do
Poluidor-Pagador, adotado em diversos países, após a Conferência de Estocolmo,
em 1972, e resultante do esforço desenvolvido para minorar os efeitos negativos de
impactos ambientais inevitáveis, decorrentes das atividades normais da sociedade de
produção e consumo.
Neste sentido, a questão conduzida ao Poder Judiciário
tem triplo enfoque: (i) Tutela preventiva: sob o enforque dos princípios da
prevenção e precaução, busca-se o combate ao ilícito como forma de se evitar e
prevenir a ocorrência de novos danos ambientais; (ii) Tutela
ressarcitória/reparatória/reintegratória/restauradora: visa-se à restauração e
4
Princípio 15 da Declaração do Rio de Janeiro, de 1992.
recuperação da área degradada para que retorne ao seu status original, com flora e
fauna preservadas e (iii) Tutela compensatória/indenizatória: almeja-se a reparação
pelos danos ambientais pretéritos (já causados) e sobre os quais restaria apenas
medida compensatória ou indenizatória.5
...
5
Marcelo Abelha ensina que: “por outro lado, se ainda não houve dano mas existe um
estado potencial de sua ocorrência, é possível dividir essa fase em dois momentos: a) sem
o dano, mas já ocorrido o ilícito; b) sem o dano, mas não ocorrido o ilícito. No caso a tem-
se uma conduta antijurídica de ferimento do direito mas que ainda não causou dano (e
pode nem vir a causar) e que deve ser debelada mediante uma tutela específica que
reverta o ilícito e permita seja alcançado o mesmo resultado que se teria caso o dever
positivo ou negativo fosse espontaneamente cumprido. No caso b nem o dano e nem o
ilícito ocorreram, mas existe um estado potencial de ocorrência de um e/ou outro. Nessa
situação, é possível o cumprimento da tutela específica que permita o alcance do
cumprimento da conduta que se espera seja cumprida.” (ABELHA, Marcelo. Ação Civil
Pública e Meio Ambiente. 2 e.d. Rio de Janeiro: Forense Universitária. 2004).
III– DO PEDIDO.
Termos em que
Pede deferimento.
Juliana Nonato
Promotora de Justiça