Você está na página 1de 11

N.

o 18 — 22 de Janeiro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — II SÉRIE 1405


9 — O 1.o vogal efectivo substituirá o presidente do júri nas suas Mestre Ana Paula Moreira Rodrigues do Vale, professo-
faltas e impedimentos legais. ra-adjunta da Escola Superior Agrária do Instituto Poli-
técnico de Viana do Castelo.
21 de Dezembro de 1999. — O Presidente em Exercício, Luís
Miguel Cortez Mesquita de Brito. 9 — O 1.o vogal efectivo substituirá o presidente do júri nas suas
faltas e impedimentos legais.
Edital n.o 54/2000 (2.a série). — Luís Miguel Cortez Mesquita 21 de Dezembro de 1999. — O Presidente em Exercício, Luís
de Brito, professor-coordenador e presidente em exercício do Instituto Miguel Cortez Mesquita de Brito.
Politécnico de Viana do Castelo, faz saber que:
1 — Nos termos do disposto nos artigos 15.o e 16.o do Decreto-Lei
n.o 185/81, de 1 de Julho, e demais disposições legais em vigor, encon-
tra-se aberto concurso documental, pelo prazo de 30 dias a partir ÁGUAS DE GAIA, E. M.
da data da publicação do presente edital no Diário da República,
para recrutamento de um assistente do 1.o triénio, na área de Tec- Aviso n.o 1151/2000 (2.a série). — Torna-se público que o con-
nologia Alimentar, com formação específica em Processamento Ter- selho de administração dos Serviços Municipalizados de Águas e
mo-Físico dos Alimentos, para a Escola Superior Agrária de Ponte Saneamento do município de Vila Nova de Gaia, o qual foi substituído
de Lima, deste Instituto. pelo conselho de administração da Águas de Gaia, E. M., em 12
2 — A este concurso são admitidos candidatos com licenciatura de Abril de 1999, por força da transformação dos Serviços Muni-
adequada e informação final mínima de Bom ou com informação cipalizados em empresa municipal, nos termos da Lei n.o 58/98, de
inferior, desde que disponham de currículo científico, técnico ou pro- 18 de Agosto, em sua reunião de 11 de Janeiro de 1999 deliberou
fissional relevante, nos termos do disposto no artigo 4.o do Estatuto aprovar o Regulamento dos Sistemas Públicos e Prediais de Abas-
da Carreira do Pessoal Docente do Ensino Superior Politécnico. tecimento de Água e de Águas Residuais do Município de Vila Nova
3 — Do requerimento de admissão ao concurso, que deve ser diri- de Gaia, o qual foi aprovado pela Câmara Municipal de Vila Nova
gido ao presidente do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Apar- de Gaia na sua reunião de 19 de Fevereiro de 1999.
tado 51, 4901-909 Viana do Castelo Codex, em carta registada, com Mais se torna público que o referido Regulamento foi alterado
aviso de recepção, deverão constar os seguintes elementos: nome com- pelo conselho de administração nas suas reuniões de 12 de Abril
pleto, filiação, data e local de nascimento, estado civil, número e e de 28 de Junho de 1999, alterações aprovadas pela Câmara Municipal
data do bilhete de identidade e serviço de identificação que o emitiu, de Vila Nova de Gaia nas suas reuniões de 7 de Maio e de 3 de
residência actual, número de telefone, graus académicos e respectivas Setembro de 1999.
classificações finais, categoria profissional e cargo que actualmente O Regulamento foi aprovado pela Assembleia Municipal de Vila
ocupa. Nova de Gaia na sessão realizada em 9 de Junho de 1999, incluindo
4 — Os candidatos deverão instruir os requerimentos com os seguin- a primeira alteração, aprovada pelo conselho de administração e pela
tes documentos: Câmara Municipal nas suas reuniões de 12 de Abril e de 7 de Maio
a) Fotocópia simples do bilhete de identidade; de 1999, respectivamente, e a segunda alteração foi aprovada pela
b) Certificado do registo criminal; Assembleia Municipal na sua sessão de 14 de Outubro de 1999.
c) Atestado e certificado referidos no artigo 4.o do Decreto-Lei Torna-se ainda público que o Regulamento entra em vigor 15 dias
n.o 48 359, de 27 de Abril de 1968; após a publicação no Diário da República.
d) Documento comprovativo de terem satisfeito a Lei do Serviço
Militar; 17 de Dezembro de 1999. — O Presidente do Conselho de Admi-
e) Documento comprovativo de estarem nas condições exigidas nistração, Joaquim Poças Martins.
pelo artigo 4.o do Estatuto da Carreira Docente do Ensino
Superior Politécnico; Regulamento dos Sistemas Públicos e Prediais de Abasteci-
f) Certificado de habilitações; mento de Água e de Águas Residuais do Município de Vila
g) Três exemplares do curriculum vitae detalhado e de quaisquer Nova de Gaia.
documentos que facilitem a formação de juízo sobre as apti-
dões do candidato, nomeadamente das publicações e trabalhos Preâmbulo
citados no mesmo. o
O Decreto-Lei n. 207/94, de 6 de Agosto, e o Decreto Regu-
lamentar n.o 23/95, de 23 de Agosto, vieram actualizar a legislação
5 — Os documentos exigidos nas alíneas a) a f), inclusive, do número existente em matéria de sistemas públicos e prediais de abastecimento
anterior poderão ser substituídos por fotocópia, a autenticar nos ter- de água e de águas residuais, definindo os princípios a que devem
mos do Decreto-Lei n.o 48/88, de 17 de Fevereiro. obedecer a concepção, construção e exploração daqueles sistemas e
É dispensada a apresentação dos documentos referidos nas alí- neles se estipula que as autarquias locais devem alterar os seus regu-
neas b), c) e d) do n.o 4 aos candidatos que declarem nos respectivos lamentos em conformidade com estes diplomas.
requerimentos, em alíneas separadas, sob compromisso de honra, a O presente Regulamento surge, assim, para dar cumprimento a
situação em que se encontram relativamente ao conteúdo de cada este imperativo legal e destina-se a detalhar os aspectos deixados
uma daquelas alíneas. em aberto na regulamentação nacional, tendo em atenção as condições
6 — Critérios de selecção e ordenação dos candidatos: específicas do município de Vila Nova de Gaia.
a) Avaliação curricular, relevando a formação e experiência cien- Praticamente todos os arruamentos do concelho estão servidos pela
tífica e profissional na área a que se candidata; rede de abastecimento de água e, por outro lado, a grande maioria
b) Entrevista. dos poços não está em condições de proporcionar água própria para
consumo.
6.1 — Constitui factor de preferência a opção pelo exercício de Assim, por razões de saúde pública, a regra geral em Vila Nova
funções em regime de dedicação exclusiva. de Gaia deverá ser o abastecimento a partir da rede pública de abas-
7 — Das decisões finais proferidas pelo júri não cabe recurso, tecimento de água.
excepto quando arguidas de vício de forma. No entanto, no que diz respeito às águas residuais, a grande maioria
8 — O júri terá a seguinte constituição: da população utiliza, ainda, fossas sépticas, com infiltração no solo
ou ligadas, directa ou indirectamente, às linhas de água.
Presidente — Doutor Luís Miguel Cortez Mesquita de Brito, pro- Esta situação deverá ser alterada significativamente nos próximos
fessor-coordenador da Escola Superior Agrária do Instituto anos, com o desenvolvimento de um processo acelerado da construção
Politécnico de Viana do Castelo. de redes de drenagem e estações de tratamento.
Vogais efectivos: Sem prejuízo da obrigatoriedade legal de efectuar as ligações aos
Mestre Manuel José Marinho Cardoso, professor-adjunto sistemas de redes públicas de abastecimento de água e de águas resi-
da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de duais, quando disponíveis, considerou-se separadamente, dentro de
Viana do Castelo. um princípio de equidade, as construções novas e as existentes.
Mestre Juan Javier Castilho Sanchez, professor-adjunto da Para as novas, a regra geral é a ligação aos sistemas de redes públicas
Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana de abastecimento de água e de águas residuais, simultaneamente,
do Castelo. sempre que possível.
No entanto, a maioria das construções existentes dispõe de sistemas
Vogais suplentes: individuais em funcionamento, que determinaram o dispêndio de ver-
bas significativas, e, por outro lado, a adaptação das redes internas
Mestre José Pedro Pinto de Araújo, professor-adjunto da aos novos sistemas públicos implica gastos adicionais para os utentes.
Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana Assim, estas ficarão isentas das tarifas de ligação aos sistemas públi-
do Castelo. cos, beneficiarão de um desconto nos preços de execução dos ramais
1406 DIÁRIO DA REPÚBLICA — II SÉRIE N.o 18 — 22 de Janeiro de 2000

de ligação e poderão beneficiar de pagamento em prestações em pra- 3 — Quando a interrupção de fornecimento for determinada pela
zos alargados. execução de obras ou por motivo não urgente, a EG avisará, prévia
e publicamente, os consumidores. Em todo o caso, compete a estes
tomar as providências necessárias para atenuar, eliminar ou evitar
TÍTULO I as perturbações ou acidentes resultantes da interrupção forçada do
abastecimento de água ou de drenagem de águas residuais.
Disposições gerais 4 — No caso da falta de disponibilidade de água, a EG definirá
as prioridades de abastecimento, as quais serão prévia e publicamente
Artigo 1.o publicitadas.
Objecto Artigo 5.o
O presente Regulamento, aprovado nos termos da Lei n.o 23/96, Obrigatoriedade de ligação aos sistemas públicos
de 26 de Julho, e ao abrigo do disposto no n.o 2 do artigo 32.o do 1 — Dentro da área abrangida, ou que venha a sê-lo, pelas redes
Decreto-Lei n.o 207/94, de 6 de Agosto, em conformidade com o de distribuição de água e ou recolha de águas residuais, os proprie-
Decreto Regulamentar n.o 23/95, de 23 de Agosto, em conjugação tários dos prédios existentes ou a construir são obrigados a:
com as alíneas d) e h) do artigo 16.o e a) e b) do n.o 1 do artigo 20.o,
ambos da Lei n.o 42/98, de 6 de Agosto (Lei das Finanças Locais), a) Instalar os sistemas prediais de abastecimento de água e de
tem por objecto os sistemas públicos de distribuição de água e de drenagem de águas residuais de acordo com as disposições
drenagem e tratamento de águas residuais no município de Vila Nova técnicas previstas no Decreto Regulamentar n.o 23/95, de
de Gaia, os sistemas prediais, a interligação desses sistemas e a sua 23 de Agosto, e ou demais legislação;
utilização. b) A requererem os ramais de ligação às redes, pagando o valor
Artigo 2.o fixado para a instalação dos mesmos, acrescido das corres-
pondentes tarifas de ligação.
Entidade gestora
A empresa pública municipal Águas de Gaia, E. M., é a entidade 2 — A obrigatoriedade em cada prédio diz respeito não só a todas
gestora (designada por EG) dos sistemas públicos de distribuição de as fracções que o compõem, mas também a zonas comuns que neces-
água e de águas residuais. A EG poderá ser alterada nos termos sitem de abastecimento de água e de recolha de águas residuais.
da legislação em vigor. 3 — Apenas são isentos da obrigatoriedade de ligação às redes de
Artigo 3.o distribuição de água e recolha de águas residuais os prédios ou fogos
cujo mau estado de conservação ou ruína os torne inabitáveis e estejam
Princípios de gestão
de facto permanente e totalmente desabitados.
A gestão dos sistemas públicos de abastecimento de água e de 4 — Aos proprietários dos prédios que disponham na via pública
drenagem e tratamento de águas residuais é conjunta, devendo a de rede de abastecimento de água e ou rede de águas residuais em
EG assegurar o equilíbrio económico e financeiro do serviço. serviço há mais de seis meses e que, depois de devidamente intimados,
por carta registada, com aviso de recepção, ou editais afixados nos
Artigo 4.o lugares públicos habituais, não cumpram com a obrigação imposta
Obrigações da entidade gestora no n.o 1 deste preceito, no prazo da notificação, poderá ser aplicada
a partir da data limite definida na notificação a tarifa de disponi-
1 — Cabe à entidade gestora: bilidade de ligação de saneamento.
a) Promover a elaboração de planos gerais de distribuição de 5 — Os arrendatários e comodatários, mediante autorização dos
água e de drenagem de águas residuais; proprietários, poderão requerer a ligação dos prédios por eles habi-
b) Providenciar pela elaboração de estudos e projectos dos sis- tados às redes de distribuição de água e de drenagem de águas resi-
temas públicos; duais, pagando o valor fixado regulamentarmente, nos prazos legal-
c) Promover o estabelecimento e manter em bom estado de mente estabelecidos.
funcionamento e conservação dos sistemas públicos de dis- 6 — Aos proprietários dos prédios que, depois de devidamente noti-
tribuição de água e de drenagem, tratamento e destino final ficados, não cumpram a obrigação imposta no n.o 4 do presente artigo
de águas residuais; dentro do prazo de 30 dias a contar da data da notificação será aplicada
d) Submeter os componentes dos sistemas públicos de distri- a coima prevista no artigo 59.o do presente Regulamento, podendo
buição de água e de drenagem de águas residuais, antes de então a EG mandar proceder à respectiva instalação, devendo o paga-
entrarem em serviço, a ensaios que assegurem a perfeição mento da correspondente despesa ser feito pelo interessado dentro
do trabalho executado; do prazo de 30 dias após a sua conclusão, findo o qual se procederá
e) Garantir que a água distribuída para consumo doméstico, à cobrança coerciva da importância devida.
em qualquer momento, possua as características que a defi-
nam como água potável, tal como são fixadas na legislação Artigo 6.o
em vigor; Responsabilidade dos técnicos
f) Garantir a continuidade do serviço, excepto por razões de
obras programadas, ou em casos fortuitos, em que devem 1 — A conformidade do projecto de sistemas prediais com a legis-
ser tomadas medidas imediatas para resolver a situação e, lação em vigor deverá ser expressamente atestada mediante declaração
em qualquer caso, com a obrigação de aviso aos utentes; do técnico responsável, de acordo com a minuta n.o 1 do anexo II.
g) Tomar as medidas necessárias para evitar danos nos sistemas 2 — A conformidade da execução dos sistemas prediais com os
prediais resultantes de pressão excessiva ou variação brusca respectivos projectos, as normas técnicas gerais específicas de cons-
de pressão na rede pública de distribuição de água; trução, bem como as disposições regulamentares aplicáveis, deverão
h) Promover a instalação, substituição ou renovação dos ramais ser expressamente atestadas mediante declaração do técnico respon-
de ligação aos sistemas; sável, de acordo com a minuta n.o 2 do anexo II.
i) Definir, para a recolha de águas residuais industriais, os parâ-
Artigo 7.o
metros de poluição suportáveis pelo sistema.
Zonas abrangidas e não abrangidas pelas redes
2 — A EG pode interromper ou restringir os serviços de abaste-
1 — Nas zonas delimitadas pelo Plano Director Municipal como
cimento de água e ou recolha de águas residuais nos seguintes casos:
aglomerados urbanos ou urbanizáveis, a EG instalará redes de abas-
a) Alteração da qualidade da água distribuída ou previsão da tecimento de água e de drenagem de águas residuais de acordo com
sua deterioração a curto prazo; os planos de investimento aprovados. Os interessados poderão propor
b) Avarias ou obras no sistema público de distribuição de água a antecipação do prolongamento das redes em condições a acordar
ou no sistema predial, sempre que os trabalhos justifiquem com a EG.
essa suspensão; 2 — Nas zonas não delimitadas pelo Plano Director Municipal como
c) Avarias ou obras no sistema público de colecta de águas resi- aglomerados urbanos ou urbanizáveis, a EG fixará, caso a caso, as
duais ou no sistema predial sempre que os trabalhos jus- condições em que poderão ser estabelecidas as ligações, ficando todos
tifiquem essa suspensão; os custos inerentes à concretização do prolongamento ou reforço das
d) Ausência de condições de salubridade no sistema predial; redes a cargo dos interessados.
e) Casos fortuitos ou de força maior, nomeadamente incêndios, 3 — No caso de loteamentos, urbanizações e condomínios, ficarão
inundações e redução imprevista do caudal ou poluição tem- a cargo dos promotores todos os custos de instalação das redes de
porariamente incontrolável das captações; abastecimento de água e de drenagem de águas residuais. Os res-
f) Trabalhos de reparação ou substituição de ramais de ligação; pectivos projectos devem incluir os elementos constantes do anexo II.
g) Modificação programada das condições de exploração do sis- 4 — As redes de abastecimento de água serão sempre executadas
tema público ou alteração justificada das pressões de serviço. pela EG, admitindo-se, no entanto, nos novos arruamentos, que a
N.o 18 — 22 de Janeiro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — II SÉRIE 1407
abertura, fecho de valas e reposição dos pavimentos seja da respon- CAPÍTULO II
sabilidade do promotor, mediante prévia autorização e fiscalização
da EG. Drenagem pública de águas residuais
5 — Se forem vários os interessados a requerer determinada exten-
são da rede geral, o seu custo, na parte que não for suportada pela SECÇÃO I
EG, será suportado tendo em conta o número de fogos a ligar.
6 — As redes de abastecimento de água e de drenagem de águas Disposições gerais
residuais referidas no presente artigo farão parte do património da
EG, entidade que as conservará, reparará e manterá em funciona- Artigo 13.o
mento mediante o pagamento das tarifas em vigor.
Concepção geral
Artigo 8.o 1 — No município de Vila Nova de Gaia o sistema de drenagem
Simbologia e unidades pública é separativo.
2 — Não são permitidas ligações de águas pluviais à rede de águas
1 — A simbologia e a terminologia dos sistemas é a indicada no residuais municipais.
Decreto Regulamentar n.o 23/95, de 23 de Agosto, e seus anexos I, 3 — Não são permitidos os lançamentos na rede de drenagem
II, III, VIII e XIII. pública de águas residuais de efluentes susceptíveis de pôr em risco
2 — As unidades em que são expressas as diversas grandezas são a saúde dos trabalhadores, as estruturas dos sistemas, o tratamento
as preconizadas pela legislação portuguesa. e o meio ambiente ou que contrariem a legislação em vigor.
4 — É da responsabilidade da EG a manutenção das redes de águas
residuais, quer fiquem situadas nas vias públicas, quer atravessem
propriedades particulares em regime de servidão, mesmo que o seu
TÍTULO II assentamento tenha sido realizado a expensas dos consumidores inte-
ressados, bem como os ramais de ligação aos prédios, incluindo as
Sistemas públicos câmaras de ramal situadas na via pública.
5 — Os sistemas públicos de drenagem de águas residuais abrangem
as águas residuais domésticas e, desde que obedeçam aos parâmetros
CAPÍTULO I de recepção fixados pela legislação em vigor e haja disponibilidade
de transporte e tratamento, as águas residuais industriais.
Distribuição pública de água

SECÇÃO I SECÇÃO II
Disposições gerais Disposições técnicas
Artigo 9.o Artigo 14.o
Concepção geral Colectores
1 — São da responsabilidade da EG as redes de distribuição, quer 1 — Os colectores deverão ser executados com tubos de grés vidrado
fiquem situadas nas vias públicas, quer atravessem propriedades par- nas duas faces, polietileno de alta ou média densidades e PVC no
ticulares em regime de servidão mesmo que o seu assentamento tenha caso de escoamentos gravíticos, e de aço ou de ferro fundido dúctil,
sido realizado a expensas dos consumidores interessados, e ainda os da classe correspondente à pressão de serviço, no caso do escoamento
ramais de ligação aos prédios nos termos dos n.os 6 e 7 do artigo 27.o ser em pressão. A utilização de outros materiais depende da aceitação
2 — É da responsabilidade da EG a manutenção das canalizações da EG.
instaladas nos bairros e urbanizações integrados nos arruamentos e 2 — A classe da tubagem nunca pode ser inferior a 0,4 MPa,
logradouros de serventia das habitações. devendo ser utilizada a classe de 0,6 MPa para profundidades entre
2,5 m e 4 m, a partir de que será aplicada a classe mínima de 1 MPa.
Artigo 10.o
Artigo 15.o
Perdas e fugas
Acessórios da rede
Com o fim de permitir o controlo de perdas e fugas, toda a água
fornecida da rede pública, incluindo a rega de jardins, as lavagens 1 — As câmaras de visita terão a forma circular em planta, com
de arruamentos, o abastecimento de fontanários ou lavadouros e, um diâmetro interior mínimo de 1,25 m, e serão constituídas por uma
nos casos possíveis, em consumos derivados de incêndios, terá, obri- soleira de betão, um corpo devidamente cerezitado internamente, uma
gatoriamente, de ser contada. cobertura plana ou tronco-cónica assimétrica, degraus tipo passadeira
com um espaçamento de 0,30 m e tampa circular com o diâmetro
útil de passagem de 0,60 m, em ferro fundido dúctil, munida de aro
SECÇÃO II e fecho de segurança, e as que forem equipadas com queda guiada
deverão ser executadas com ressalto exterior, de acordo com o anexo I.
Disposições técnicas 2 — As câmaras de visita com altura superior a 5 m serão dotadas
de plataformas intermédias, de acordo com o anexo I.
3 — A instalação dos ramais de ligação deverá ser feita em simul-
Artigo 11.o tâneo com a dos colectores.
Condutas
1 — As condutas que constituem a rede deverão ser executadas TÍTULO III
com tubagem de PVC, PEAD ou ferro fundido dúctil, na classe cor-
respondente à pressão de serviço, ou de outros materiais tecnicamente Sistemas prediais
apropriados e aceites pela EG.
2 — O diâmetro nominal mínimo a aplicar no município de Vila
Nova de Gaia é de 90 mm. CAPÍTULO I
3 — A classe de pressão mínima admitida é de 1 MPa.
4 — As condutas deverão (em regra) situar-se na via pública, à Distribuição de água
distância de um 1 m da guia do passeio ou, na sua falta, no limite
da propriedade, a 1 m de profundidade, a contar da geratriz superior SECÇÃO I
do tubo.
Artigo 12.o Disposições gerais
Acessórios da rede
Artigo 16.o
1 — As redes deverão ser dotadas de válvulas de seccionamento
Concepção geral
em número de três nos cruzamentos e em número de dois nos
entroncamentos. 1 — Todos os novos edifícios deverão ter redes internas de dis-
2 — Deverão prever-se obrigatoriamente válvulas de corte nos tribuição de água, que devem obedecer às disposições legais e regu-
ramais e nas instalações que possam ter de ser isoladas. lamentares específicas, mediante projectos aprovados pela EG.
1408 DIÁRIO DA REPÚBLICA — II SÉRIE N.o 18 — 22 de Janeiro de 2000

2 — Não é permitida a interligação das redes entre fogos inde- 8 — A coluna montante terá um trajecto, sempre que possível, por
pendentes. uma parede da escada do prédio e as ramificações far-se-ão de modo
3 — A construção, manutenção e conservação dos sistemas prediais que o fornecimento de água possa facilmente suspender-se para um
serão da responsabilidade dos proprietários, usufrutuários ou con- consumidor sem prejuízo dos restantes.
domínios dos edifícios. 9 — A ramificação para cada domicílio não deverá atravessar qual-
4 — As obrigações atribuídas pelo número anterior aos proprie- quer dependência ou compartimento de domicílio diferente.
tários e usufrutuários dos prédios, considerar-se-ão transferidas para 10 — Quando se verificar a ligação dos sistemas prediais às redes
os seus arrendatários e comodatários quando estes as assumam perante públicas, serão obrigatoriamente desligados do sistema de forma per-
a EG, nos termos do n.o 6 do artigo 5.o manente os dispositivos particulares de captação, elevação, tratamento
5 — Os projectos deverão ser concebidos admitindo-se que a origem ou reserva, eventualmente existentes.
do abastecimento se obtém através da rede pública, mesmo nos casos
em que transitoriamente o não seja, por forma a permitir a fácil Artigo 19.o
ligação posterior, logo que o desenvolvimento das redes da EG o
permita. Acessórios
6 — Sem prejuízo do estabelecido no n.o 4, é da responsabilidade 1 — É obrigatória a instalação de válvulas de seccionamento à
do proprietários ou usufrutuários a manutenção das canalizações esta- entrada dos ramais de introdução individuais, dos ramais de distri-
belecidas para abastecimento privativo dos prédios, a partir do limite buição de instalações sanitárias e das cozinhas, a montante dos flu-
exterior das propriedades, até aos locais de utilização de água dos xómetros, de equipamento de lavagem de louça e de roupa, do equi-
vários andares, com tudo o que for preciso para o abastecimento, pamento de produção de água quente, de purgadores de água e ainda
incluindo os aparelhos para a utilização da água, com excepção dos a montante e jusante de contadores.
contadores. 2 — É obrigatória a instalação de válvulas de retenção a montante
7 — Os sistemas prediais alimentados pela rede pública devem ser de aparelhos produtores e acumuladores de água quente.
independentes de qualquer sistema de distribuição de água com outra 3 — É obrigatória a instalação de válvulas de segurança na ali-
origem. mentação dos aparelhos produtores e acumuladores de água quente.
8 — Não é permitida qualquer ligação entre a rede predial de dis- 4 — É obrigatória a instalação de válvulas redutoras de pressão
tribuição de água e as redes prediais de drenagem de águas residuais. nos ramais de introdução sempre que a pressão seja superior a
9 — No abastecimento de água a cisternas ou aparelhos sanitários 600 KPa.
deve ser acautelada a sua contaminação, quer por contacto, quer por 5 — Os equipamentos de produção de água quente deverão ser
aspiração, a jusante da torneira de admissão. instalados em obediência às normas de segurança, sendo obrigatória
10 — As canalizações instaladas à vista em caves ou zonas industriais a apresentação na EG de um termo de responsabilidade de um técnico
devem ser identificadas com a cor verde RAL 6010. qualificado.
6 — Os termoacumuladores em pressão a instalar deverão cumprir
todas as normas técnicas e de segurança exigíveis pela legislação em
SECÇÃO II vigor.
7 — Em prédios em altura, a coluna montante deverá, inferior-
Disposições técnicas mente, ser munida de um filtro intercalado entre duas torneiras de
corte.
Artigo 17.o
Artigo 20.o
Aprovação e fiscalização dos projectos
Responsabilidade
1 — É obrigatória, antes da aprovação do pedido do licenciamento,
As obras da rede de distribuição predial de água deverão ser exe-
a consulta à EG sobre os projectos dos sistemas prediais de distribuição
cutadas por empresas ou picheleiros inscritos na EG.
de água.
2 — Todos os projectos de construção ou de grandes reparações
apresentados à Câmara Municipal, para aprovação, deverão conter Artigo 21.o
o traçado das canalizações de distribuição interior. Inspecção
3 — Os projectos das redes interiores dos prédios devem incluir
dimensionamento hidráulico, memória justificativa, estimativa orça- 1 — A execução das instalações de distribuição predial fica sujeita
mental, além das peças desenhadas necessárias à representação do à fiscalização da EG.
traçado, seguido pelas canalizações dos sistemas de distribuição de 2 — O técnico responsável deverá notificar por escrito o seu início
água e dos dispositivos da sua utilização, de acordo com o anexo II. e conclusão à EG.
3 — A notificação de início da obra deverá ser feita com uma ante-
Artigo 18.o cedência de três dias úteis.
4 — A EG poderá exigir a presença do técnico responsável para
Concepção de novos sistemas efeitos de vistoria e ensaio das canalizações.
1 — Sempre que os níveis de pressão na rede não permitam o 5 — A aprovação das canalizações de distribuição predial não
abastecimento directo, de acordo com a legislação em vigor, deverá envolve qualquer responsabilidade para a EG por danos motivados
ser prevista a construção de cisterna no piso inferior, com uma capa- por roturas nas canalizações ou por mau funcionamento dos dispo-
cidade igual ao volume médio diário do mês de maior consumo, e sitivos de utilização, ou ainda pelo envelhecimento da rede.
respectivo sistema de bombagem. É admissível que seja efectuado
o abastecimento directo até ao piso onde for tecnicamente possível,
sendo os restantes pisos abastecidos pela cisterna.
2 — É da responsabilidade do projectista a consulta prévia à EG
CAPÍTULO II
sobre as condições de abastecimento de água em termos de pressão
e de caudal.
Drenagem de águas residuais
3 — As cisternas deverão possuir duas células cobertas em paralelo
e oferecer as necessárias garantias de estanquidade, acessibilidade, SECÇÃO I
isolamento térmico e ventilação, garantindo boas condições sanitárias
e de facilidade de limpeza e desinfecção. Disposições gerais
4 — As cisternas, além da sua localização e execução, deverão pos-
suir o revestimento interno adequado em termos sanitários e de faci- Artigo 22.o
lidade de limpeza e estar equipadas com os acessórios apropriados Concepção geral
ao bom funcionamento da admissão e distribuição da água, à regulação
do seu nível, às descargas de fundo e de emergência, à ventilação 1 — Todos os novos edifícios deverão ter redes internas de águas
e aos dispositivos de impedimento de intrusão de animais e insectos. residuais que obedeçam às disposições legais e regulamentares espe-
5 — Às cisternas deverão estar associados grupos hidropressores cíficas, mediante projectos aprovados pela EG.
convenientes, dos quais um servirá de reserva, equipados com todos 2 — Não é permitida a interligação das redes entre fogos inde-
os órgãos electromecânicos, de potência, de automatismo, de pro- pendentes.
tecção eléctrica e acústica. 3 — A construção, manutenção, conservação e responsabilidade
6 — Na construção em altura pode optar-se, para garantia do dis- sanitária dos sistemas prediais serão da responsabilidade dos pro-
posto no n.o 1, por dispositivos sobrepressores combinados com reser- prietários/usufrutuários ou condomínios dos edifícios.
vas apropriadas. 4 — As obrigações atribuídas pelo número anterior aos proprie-
7 — Nos prédios destinados a mais de uma habitação ou domicílio, tários e usufrutuários dos prédios considerar-se-ão transferidas para
a canalização particular terá uma coluna montante, da qual derivarão os seus arrendatários ou comodatários quando estes as assumam
ramificações para o interior de cada domicílio. perante a EG, nos termos do n.o 6 do artigo 5.o
N.o 18 — 22 de Janeiro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — II SÉRIE 1409
5 — Os projectos deverão ser concebidos admitindo-se que os 2 — O diâmetro interior do ramal deve ser determinado por cálculo
efluentes são drenados através de redes públicas, devendo ser dirigidos hidráulico, com um mínimo de 20 mm, devendo garantir uma velo-
a câmaras de ramal construídas do lado do edifício que confina com cidade compreendida entre 0,5 m/s e 2,0 m/s.
a via pública, projectadas com uma saída independente para a ligação 3 — Os ramais de incêndio serão independentes dos restantes e
às redes de águas residuais da EG, mesmo que ainda não existam. terão um diâmetro de acordo com a legislação em vigor.
6 — É da responsabilidade dos proprietários ou usufrutuários a 4 — A profundidade mínima do ramal é de 0,80 m na via pública
manutenção das canalizações estabelecidas para uso privativo dos pré- e de 0,50 m em passeios.
dios, incluindo eventuais estações elevatórias e câmaras de ramal que 5 — A inserção do ramal na rede pública deverá ser feita com
não estejam situadas na via pública. acessórios de modelo aprovado pela EG, incluindo obrigatoriamente
7 — As canalizações instaladas à vista devem ser identificadas com uma válvula de corte, e apenas em condutas de diâmetro igual ou
a cor castanha RAL 8007. inferior a 300 mm, excepto em casos excepcionais, devidamente
Artigo 23.o justificados.
6 — Os ramais até ao limite exterior dos prédios são considerados
Desactivação de fossas sépticas e poços sumidouros como parte integrante da rede pública, competindo à EG a sua ins-
Logo que a ligação à rede geral entre em funcionamento, os pro- talação e conservação.
prietários ou usufrutuários dos prédios onde existam ETAR, fossas 7 — Nos casos de construções novas ou de obras em que a Câmara
sépticas ou poços sumidouros são obrigados, dentro de um prazo Municipal obrigue à construção de passeio, é da responsabilidade
de 30 dias, a desactivá-los, removendo-os ou entulhando-os, depois do requerente a construção do troço do ramal até 0,30 m da linha
de esvaziados e desinfectados. exterior da guia do passeio, de acordo com o anexo III.
8 — A ramificação para cada domicílio não deverá atravessar qual-
quer dependência ou compartimento de domicílio diferente.
SECÇÃO II 9 — Cada ramificação deverá possuir, em espaço comum, um con-
junto de acessórios instalados no interior de um alvéolo (anexo IV),
Disposições técnicas constituídos, de montante para jusante, por uma torneira de passagem
selada privativa da EG, um contador e outra torneira de passagem
Artigo 24.o destinada a uso do consumidor, devendo a distância entre as torneiras
de passagem ser de 0,35 m no mínimo.
Aprovação e fiscalização dos projectos 10 — Neste conjunto poderão também estar integrados outros aces-
1 — É obrigatória, antes da aprovação do pedido do licenciamento, sórios, não obrigatórios, nomeadamente válvula de retenção, filtros,
a consulta à EG sobre os projectos dos sistemas prediais. manómetros e ventosas.
2 — Todos os projectos de construção ou de grandes reparações Artigo 28.o
apresentados à Câmara Municipal, para aprovação, deverão conter Alvéolos dos contadores
o traçado das canalizações interiores.
3 — Os projectos das redes interiores dos prédios devem incluir 1 — Deverão ser previstos na construção dos edifícios alvéolos para
(de acordo com o anexo II) dimensionamento hidráulico, memória a colocação dos contadores de água, independentemente da origem
justificativa, estimativa orçamental, além das peças desenhadas neces- do abastecimento.
sárias à representação do traçado seguido pelas canalizações e dos 2 — Os contadores, um por cada consumidor, devem ser colocados
dispositivos da sua utilização. isoladamente ou em conjunto, neste último caso numa bateria de
4 — É da responsabilidade dos projectistas a consulta prévia à EG contadores.
sobre as condições de ligação dos edifícios à rede pública, na fase 3 — O alojamento destinado aos contadores e seus acessórios será
de viabilidade. definido de acordo com anexo IV:
5 — Se o edifício for destinado para usos industriais, deverá obri-
gatoriamente ser previsto um local acessível para instalação de medi- a) Os alvéolos terão as dimensões mínimas de 0,60 m de largura,
dor de caudais e dispositivo para recolha de amostras de efluentes. 0,40 m de altura e 0,20 m de profundidade, para alojamento
de um contador;
Artigo 25.o b) Para cada contador a mais, a altura do alvéolo aumentará
de 0,15 m, com um máximo de 0,90 m, correspondente a
Responsabilidade seis contadores;
As obras da rede predial deverão ser executadas por empresas c) O alvéolo será fechado por uma porta.
ou picheleiros inscritos na EG.
4 — Nos prédios multifamiliares, os alvéolos devem localizar-se em
Artigo 26.o locais de fácil acesso, sendo obrigatório que se situem nos patamares
de escada ou corredores de acesso aos apartamentos.
Inspecção 5 — Nos edifícios confinantes com a via pública ou espaços públicos,
1 — A execução das instalações de distribuição predial fica sujeita os alvéolos dos contadores devem localizar-se no seu interior, na zona
à fiscalização da EG. de entrada ou em zonas comuns, consoante se trate de um ou de
2 — O técnico responsável deverá notificar por escrito o seu início vários consumidores.
e conclusão à EG. 6 — Nos edifícios com logradouros privados, os alvéolos dos con-
3 — A notificação de início da obra deverá ser feita com uma ante- tadores devem localizar-se:
cedência de três dias úteis. a) No logradouro, junto à zona de entrada contígua com a via
4 — A EG poderá exigir a presença do técnico responsável para pública, no caso de um só consumidor;
efeitos de vistoria e ensaio das canalizações. b) No interior do edifício em zonas comuns, ou no logradouro
5 — A aprovação das canalizações prediais de águas residuais não junto à entrada com a via pública, no caso de vários
envolve qualquer responsabilidade para a EG por danos motivados consumidores.
por roturas nas canalizações ou por mau funcionamento dos dispo- Artigo 29.o
sitivos de utilização ou ainda pelo envelhecimento da rede.
Pagamento dos ramais
1 — O preço a pagar é tabelado, competindo ao conselho de admi-
TÍTULO IV nistração a sua aprovação. A tabela é construída de forma a reflectir
em termos médios os respectivos custos de construção.
Interligação dos sistemas 2 — Nas ruas ou zonas onde venha a estabelecer-se a canalização
geral da água, a EG instalará simultaneamente os ramais de ligação
aos prédios.
CAPÍTULO I 3 — Poderá ser aceite o pagamento dos ramais em prestações men-
sais, acrescidas do juro de mora à taxa legal, mediante solicitação
Ramais de água dos interessados.
4 — Se o proprietário ou usufrutuário requerer para o ramal de
Artigo 27.o ligação do sistema predial à rede pública modificações, devidamente
justificadas, às especificações estabelecidas pela EG nomeadamente
Ramais de ligação
do traçado ou do diâmetro, compatíveis com as condições de explo-
1 — Os ramais de ligação deverão ser executados com tubagem ração e manutenção do sistema público, essa pretensão poderá ser
de polietileno de alta densidade, ou outra também homologada por autorizada desde que aquele tome a seu cargo o acréscimo nas res-
organismo oficial, aceite pela EG. pectivas despesas, se o houver.
1410 DIÁRIO DA REPÚBLICA — II SÉRIE N.o 18 — 22 de Janeiro de 2000

CAPÍTULO II TÍTULO V
Ramais de águas residuais Utilização dos sistemas
o
Artigo 30.
CAPÍTULO I
Ramais de ligação e câmaras de ramal
1 — Os ramais de ligação têm por finalidade assegurar a condução Distribuição de água
das águas residuais prediais desde as câmaras de ramal de ligação
até à rede pública. Artigo 31.o
2 — Os ramais de ligação serão executados com os materiais defi-
Contadores de água
nidos no n.o 1 do artigo 13.o
3 — O diâmetro nominal mínimo admitido nos ramais de ligação 1 — A utilização dos sistemas prediais só poderá concretizar-se após
é de 125 mm, devendo o seu traçado ser rectilíneo, tanto em planta a intercalação de um contador.
como em perfil, e será executado com os materiais definidos para 2 — Compete à EG a definição do tipo, calibre e classe metrológica
os colectores (secção II). do contador a instalar.
4 — No dimensionamento hidráulico-sanitário dos ramais de liga- 3 — Os contadores de água das ligações prediais são fornecidos,
ção deve atender-se ao caudal de cálculo e às seguintes regras: instalados ou substituídos pela EG, devidamente selados.
4 — Nos casos referidos no n.o 5 do artigo 17.o será sempre colocado
a) As inclinações não devem ser inferiores a 1 %, sendo acon- um contador-totalizador à entrada da cisterna e cujo consumo será
selhável que se mantenham entre 2 % e 4 %; comparado com o dos contadores colocados em cada fogo, perten-
b) Para inclinações superiores a 15 % devem prever-se dispo- cendo ao proprietário/usufrutuário ou ao condomínio a responsabi-
sitivos especiais de ancoragem dos ramais; lidade pelo valor das diferenças para mais, acusadas por aquele con-
c) A altura de escoamento não deve exceder a correspondente tador, sendo as diferenças para menos tomadas em consideração na
a meia secção. leitura seguinte.
5 — Nenhum contador pode ser instalado e mantido em serviço
5 — As câmaras de ramal deverão ser construídas, sempre que pos- sem a verificação metrológica prevista na legislação em vigor.
sível, nos logradouros dos prédios, em locais acessíveis para efeitos 6 — A EG procederá à substituição do contador quando tenha
de eventuais desentupimentos ou, caso não seja possível, nos passeios conhecimento de qualquer anomalia, alheia ao utilizador, por razões
ou faixas de rodagem. de exploração e verificação metrológica, sem qualquer encargo para
6 — As câmaras de ramal situadas nas faixas de rodagem serão o consumidor.
de secção circular com diâmetro interno de 1,00 m até à profundidade 7 — A EG procederá igualmente, por sua iniciativa, à substituição
de 2,50 m e de 1,25 m para profundidades superiores, e serão providas de contadores que ultrapassem o seu período de vida útil.
de soleira e de caneluras, de cobertura preferencialmente plana, dis- 8 — Todo o contador, independentemente da fiscalização da EG
positivo de fecho e degraus, com as seguintes características: fica sob vigilância e responsabilidade do consumidor respectivo, o
qual avisará a EG quando verifique a sua obstrução, paragem ou
a) O corpo será constituído por anéis de betão armado, assente suspeita de erros de medição, a existência de selos quebrados ou
em fundação e cerezitado internamente ou por outros mate- danificados ou detecte qualquer outro defeito.
riais a aprovar pela EG; 9 — Com excepção dos danos resultantes da sua normal utilização,
b) A cobertura será plana ou tronco-cónica assimétrica, em betão o consumidor responderá por todo o dano, deterioração ou perda
armado dimensionado para as acções locais; do contador.
c) O dispositivo de fecho será constituído por tampa em ferro 10 — O consumidor responderá também pelos prejuízos ou fraudes
fundido dúctil com as dimensões de 600 mm de diâmetro, que forem verificados em consequência do emprego de qualquer meio
com a inscrição «Águas residuais», além da indicação cor- capaz de influir no funcionamento ou marcação do contador.
respondente à sua classe. A classe será de acordo com a Norma 11 — Tanto o consumidor como a EG têm o direito de fazer verificar
Portuguesa NP EN 124; o contador no laboratório da EG ou em laboratório certificado,
d) Será dotada de degraus interiores espaçados de 0,30 m, pre- quando o julgarem conveniente, não podendo nenhuma das partes
ferencialmente do tipo passadeira em ferro fundido. opor-se a esta operação, e à qual o consumidor poderá assistir, acom-
panhado de um técnico da sua confiança, se assim o desejar.
7 — Nas câmaras de ramal situadas nos logradouros ou nos passeios, 12 — A aferição a pedido do consumidor só se realizará depois
a dimensão mínima em planta não deve ser inferior a 0,8 m da sua de o interessado depositar na Tesouraria da EG o respectivo preço,
altura, para alturas até 1 m, medida da soleira do pavimento, dispondo, importância que será restituída no caso de se verificar o mau fun-
neste caso, das seguintes características: cionamento do contador.
13 — Os consumidores são obrigados a permitir a inspecção dos
a) O corpo será constituído por blocos de betão, assente em contadores por representantes da EG, devidamente identificados,
fundação e cerezitado internamente ou outros materiais a durante o dia e dentro das horas normais de serviço, mediante aviso
aprovar pela EG; prévio.
b) A cobertura será plana, em betão armado dimensionado para Artigo 32.o
as acções locais;
c) O dispositivo de fecho será constituído por tampa em ferro Contratos de fornecimento de água
fundido com as dimensões 0,50 m×0,50 m. A classe será de
1 — A prestação de serviços de fornecimento de água é objecto
acordo com a Norma Portuguesa NP EN 124.
de contrato entre a EG e os interessados.
2 — Os contratos de fornecimento de água só podem ser estabe-
Para alturas superiores a 1 m as dimensões mínimas em planta lecidos após recepção de uma declaração do técnico responsável pela
e as características são as indicadas no n.o 6 do mesmo artigo, à obra que comprove estarem os sistemas prediais em conformidade
excepção do que se refere ao dispositivo de fecho, mantendo-se o com o projecto aprovado e em condições de serem ligados às redes
indicado na alínea c) deste número. públicas, e desde que estejam pagas pelos interessados as importâncias
8 — A inserção das redes particulares nas câmaras de ramal será devidas.
realizada ao nível de canelura, ou com queda guiada interiormente. 3 — Os contratos são elaborados em impressos de modelo próprio
9 — A construção das câmaras de ramal situadas nos logradouros da EG e instruídos em conformidade com as disposições legais em
é da responsabilidade dos proprietários sujeitos à fiscalização da EG. vigor.
10 — Os ramais de ligação e câmaras de ramal localizadas na via 4 — Os contratos consideram-se em vigor a partir da data em que
pública são considerados como parte integrante da rede municipal, entra em funcionamento o ramal de ligação, terminando a vigência
competindo à EG promover a sua instalação e conservação. quando denunciados.
11 — A título excepcional, poderá a EG autorizar que a construção 5 — Só podem celebrar contrato de fornecimento de água os pro-
do ramal e da câmara de ramal na via pública sejam executados pelos prietários ou usufrutuários dos imóveis ou os seus utilizadores desde
proprietários, com fiscalização da EG. Neste caso, o requerente deverá que legalmente autorizados por aqueles.
estar de posse de uma autorização da Câmara Municipal para inter- 6 — A prova de utilizador pode ser feita mediante a apresentação
venção no domínio público, assumindo todas as responsabilidades de documento que comprove a titularidade de propriedade ou o con-
inerentes. trato de arrendamento.
N.o 18 — 22 de Janeiro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — II SÉRIE 1411
Artigo 33.o Artigo 37.o
Trespasse Restituição da caução

A mudança de utilizador é considerada como nova ligação, pro- 1 — Findo o contrato de fornecimento, a caução prestada é res-
cedendo a EG à substituição obrigatória do contador e outorgando-se tituída ao consumidor, nos termos do Decreto-Lei n.o 195/99, de 8
novo contrato. de Junho, deduzida dos montantes eventualmente em dívida.
2 — Quando o valor da caução não for levantado no prazo de
Artigo 34.o três anos a partir da data da cessação do contrato de fornecimento,
Denúncia do contrato considerar-se-á abandonado e reverterá a favor da EG.
3 — No acto de pagamento da caução em dinheiro será emitido
1 — Os utilizadores podem denunciar os contratos que tenham subs- o respectivo recibo, sendo suficiente a sua apresentação para o levan-
crito desde que o comuniquem, por escrito, à EG. tamento do depósito, nos termos do n.o 1, mediante a exibição do
2 — Num prazo de 15 dias os utilizadores devem facultar à EG bilhete de identidade do titular do contrato.
a retirada do contador instalado, sendo o consumo residual debitado
na factura final. Artigo 38.o
3 — Caso não seja facilitado o acesso ao contador no prazo referido
no número anterior, continuam a ser os utilizadores os responsáveis Responsabilidade
pelos encargos decorrentes, considerando-se o contrato em vigor. 1 — A EG não assume qualquer responsabilidade pelos prejuízos
4 — Os proprietários ou usufrutuários dos prédios ligados à rede que possam vir a sofrer os consumidores, ou terceiros, em conse-
pública de distribuição de água, sempre que o contrato de forne- quência de perturbações acidentais nas canalizações das redes de dis-
cimento não esteja em seu nome, são obrigados a comunicar à EG, tribuição e da interrupção no fornecimento de água por avarias ou
por escrito e no prazo de 30 dias, a saída ou a entrada dos novos por efeitos de obras que exijam a suspensão do abastecimento, e
arrendatários. outros casos fortuitos, ou avarias nas instalações particulares.
5 — O não cumprimento do estipulado no número anterior constitui 2 — Compete aos consumidores tomar, em todos os casos, as pro-
contravenção punida com coima, passando os proprietários ou usu- videncias necessárias para evitar acidentes, devendo considerar a rede,
frutuários a serem os responsáveis pelos pagamentos relativos à uti- para todos os efeitos, permanentemente em carga.
lização da instalação em causa. 3 — Os consumidores são responsáveis por todo o gasto de água
6 — A EG reserva-se o direito de denunciar o contrato de for- em fugas ou perdas na rede de distribuição predial de água e dis-
necimento sempre que o utilizador não cumpra as suas obrigações positivos de utilização.
quanto ao acesso à leitura ou por falta de pagamento das facturas 4 — Em casos excepcionais, devidamente justificados, o consumo,
respectivas. normal, de uma factura para além da média, poderá ser recalculado
7 — A denúncia por parte da EG deverá ser feita em carta registada, ao preço do 2.o escalão doméstico, mediante solicitação a apresentar
com aviso de recepção, devendo o consumidor facultar a retirada no prazo de 30 dias, desde que esta faculdade não tenha sido utilizada
do contador; no impedimento à retirada do contador, o seu preço nos 24 meses anteriores.
actual será debitado na factura final, conjuntamente com o consumo Artigo 39.o
final estimado.
Interrupção do fornecimento pela entidade gestora
Artigo 35.o 1 — A EG poderá interromper o fornecimento de água nos seguin-
Pagamento da ligação tes casos:
a) Quando haja avarias ou obras nas canalizações de distribuição
No caso da ligação de um prédio novo, são devidos os seguintes interior, nas instalações das redes públicas e em todos os
pagamentos: casos de força maior que o exijam;
a) Preço do ramal de ligação, de acordo com a tabela em vigor; b) Quando as canalizações do sistema predial deixem de oferecer
b) Tarifa de ligação ao sistema público; condições de defesa da potabilidade da água, verificada pelas
c) Tarifa de colocação de contador. autoridades sanitárias;
c) Por falta de pagamento das facturas de consumo;
d) Quando seja recusada a entrada para inspecção das cana-
Artigo 36.o lizações e para leitura, verificação, substituição ou levanta-
Caução mento do contador;
e) Quando o contador for encontrado viciado ou for empregado
1 — Para garantia do pagamento do consumo de água, não é exigível meio fraudulento para consumir água;
a prestação de caução aos consumidores, excepto na situação de res- f) Quando o sistema de distribuição predial tiver sido modificado
tabelecimento de fornecimento, na sequência de interrupção decor- sem prévia aprovação do seu traçado;
rente de incumprimento contratual imputável ao consumidor, em con- g) Quando a instalação predial estiver a causar danos a habi-
formidade com o disposto no Decreto-Lei n.o 195/99, de 8 de Junho. tações vizinhas.
2 — A caução referida no número anterior é prestada por depósito
em dinheiro, cheque ou transferência electrónica ou através de garan- 2 — A interrupção de fornecimento de água não priva a EG de
tia bancária ou seguro-caução, conforme for deliberado pelo conselho recorrer à cobrança coerciva para lhe assegurar o uso dos seus direitos
de administração da EG, e o seu valor é calculado da seguinte forma: para reaver o pagamento dos débitos existentes.
3 — A interrupção de fornecimento de água a qualquer consumidor
a) Para os consumidores domésticos, será igual a quatro vezes com fundamento nas alíneas c), d), e) e f) do n.o 1 deste artigo só
o montante da factura correspondente ao consumo mensal pode ter lugar após aviso prévio, restabelecendo-se o fornecimento
de 10 m3 de água; dois dias úteis após sanada a causa que o originou.
b) Para os consumidores restantes, será igual ao montante da 4 — Nos casos referidos nas restantes alíneas, a suspensão poderá
factura correspondente ao consumo de 50 m3 de água; ser feita de imediato.
c) Para as instituições de fins não lucrativos, desde que registadas Artigo 40.o
nas suas próprias designações e sejam titulares da instalação,
o valor da caução será calculado como se de consumidores Pedido de interrupção de fornecimento
domésticos se tratassem; 1 — Os consumidores podem fazer interromper o fornecimento de
d) Ficam isentas de caução as instalações do Estado, institutos água dirigindo o respectivo pedido, por escrito, devidamente justi-
públicos, empresas públicas e instituições declaradas de uti- ficado, à EG.
lidade pública. 2 — A interrupção terá lugar no prazo de dois dias úteis após o
deferimento pela EG.
3 — Quando o consumo médio bimestral exceder em mais de 20 % 3 — A interrupção do fornecimento nos termos do artigo anterior
o montante das cauções referidas no número anterior, o valor da não desobriga o consumidor do pagamento da tarifa de disponibilidade
caução será igual ao valor desse consumo médio. enquanto não for retirado o contador e dos consumos residuais ainda
4 — Não será prestada caução se, regularizada a dívida objecto não facturados.
do incumprimento, o consumidor optar pela transferência bancária 4 — Quando a interrupção do fornecimento se tornar definitiva
como forma de pagamento. por qualquer motivo, será feita a liquidação de contas referentes aos
5 — Sempre que o consumidor, que haja prestado caução nos ter- consumos de água e taxa de disponibilidade em débito, à custa do
mos do n.o 1, opte posteriormente pela transferência bancária como valor da caução, restituindo-se o remanescente deste, se o houver,
forma de pagamento a caução prestada será devolvida. nos termos do artigo 46.o
1412 DIÁRIO DA REPÚBLICA — II SÉRIE N.o 18 — 22 de Janeiro de 2000

Artigo 41.o 2 — Para além da data limite de pagamento, as facturas deverão


ser pagas nos balcões da EG, acrescidas de juros de mora à taxa
Fornecimento de água
legal e taxa de relaxe igual a 10 % da tarifa de ligação em vigor.
1 — A EG fornece água para usos domésticos, comércio, indústria, No caso de ser utilizada outra forma de pagamento os juros e taxa
serviços públicos, Câmara, juntas de freguesia e instituições de cultura de relaxe serão incluídos na factura seguinte.
e beneficência, assistência e desporto. 3 — A reclamação do consumidor contra o valor da factura apre-
2 — São consideradas de uso doméstico todas as instalações des- sentada não o exime da obrigação do seu pagamento, sem prejuízo
tinadas a habitação unifamiliar, desde que legalmente consideradas da restituição das diferenças a que posteriormente se verifique tenha
como tal. direito.
3 — São consideradas como uso de comércio e indústria todas as 4 — Sempre que o consumo de determinado mês seja considerado
instalações que se destinem a abastecer actividades com fins comerciais anormal, poderá o consumidor apresentar pedido escrito à EG para
e industriais ou equiparadas. efectuar o seu pagamento em prestações mensais, no máximo de 12,
4 — Consideram-se serviços públicos todos os titulares cujas ins- mas sujeitas a juros de mora à taxa legal, devendo as facturas vincendas
talações sejam o Estado ou entidades dele dependentes, desde que ser liquidadas até à data limite do seu pagamento.
não exerçam actividades industriais. 5 — No caso de fugas em instalações, se a respectiva factura exceder
5 — As instituições de cultura, beneficência, assistência e desporto o consumo dos últimos 6, 12 ou mais meses, poderá ser, respecti-
poderão beneficiar de tarifa especial, se legalmente consideradas como vamente, pago em 6, 12 ou 24 prestações mensais, nas condições
instituições de utilidade pública, desde que sejam destinadas a fins do número anterior.
sociais não lucrativos e após pedido sujeito a apreciação pelo conselho Artigo 46.o
de administração.
6 — A EG poderá fornecer água a outros municípios desde que Pagamento coercivo
os caudais não prejudiquem o normal fornecimento ao concelho. 1 — Quando os consumidores não tenham satisfeito o pagamento
7 — O abastecimento à indústria e à utilização agrícola fica sujeito das facturas dentro do prazos fixados, ficarão sujeitos ao pagamento,
à disponibilidade de água, de modo a não pôr em causa o consumo além dos juros de mora legais, e da taxa de relaxe, nos termos do
para os usos indicados nos números anteriores, carecendo do acordo artigo 45.o, à interrupção do fornecimento nos termos do artigo 38.o,
prévio da EG. n.o 1, deste Regulamento, exigindo-se coercivamente o pagamento
8 — Os consumos avulsos ou para obras serão considerados como das facturas em débito.
uso de comércio e indústria. 2 — Quando tiver de ser exigido coercivamente o pagamento de
Artigo 42.o consumo de água, tarifa de disponibilidade, facturas de obras de liga-
Tarifas e preços ção e reparação, sê-lo-á nos termos estabelecidos para cobrança de
dívidas às autarquias, servindo de base à execução a respectiva certidão
1 — Compete aos consumidores o pagamento das tarifas de dis- de dívida extraída pelos serviços competentes da EG, que surtirá todos
ponibilidade e do consumo verificado, acrescido do IVA respectivo. os efeitos das certidões de relaxe e outras disposições do Código
2 — A tarifa de disponibilidade mensal será diferenciada segundo de Processo Tributário.
o calibre do contador respectivo, e cujo valor será fixado pelo conselho Artigo 47.o
de administração, sob ratificação da Câmara Municipal.
3 — Nos contadores de calibres superiores a 100 mm, os preços Avaliação de consumos
não necessitam da ratificação referida no número anterior e serão Em caso de paragem ou de funcionamento irregular do contador,
estabelecidos tendo em consideração o preço dos contadores. ou nos períodos em que não houve leitura, o consumo é avaliado
4 — Os preços de venda do metro cúbico de água e seus escalões do seguinte modo:
são fixados pelo conselho de administração da EG, sob ratificação
da Câmara Municipal. a) Pelo consumo médio apurado entre duas leituras consideradas
5 — O preço de venda de água para consumo em outros municípios válidas;
será fixado pelo conselho de administração da EG. b) Pelo consumo de equivalente período do ano anterior quando
6 — No caso da instalação de bocas-de-incêndio particulares, o seu não existir a média referida na alínea anterior;
consumo será facturado ao preço da tarifa de uso comercial, salvo c) Pela média do consumo apurado nas leituras subsequentes
nos casos de sinistro comprovado pelos bombeiros municipais. à instalação do contador na falta dos elementos referidos
nas alíneas anteriores.
Artigo 43.o
Leitura dos contadores Artigo 48.o

1 — As leituras dos contadores serão feitas pelo menos seis vezes Correcção dos valores de consumo
por ano, não devendo o intervalo entre duas leituras consecutivas 1 — Em caso de anomalia detectada no volume de água facturado,
ser superior a 68 dias. com excepção do caso referido no n.o 4 do artigo 45.o, o cliente
2 — Sempre que o consumidor se ausente do domicílio na época poderá apresentar pedido escrito para apreciação desses valores, com-
habitual de leituras, poderá fornecer por qualquer meio a leitura do petindo à EG elaborar o respectivo processo e proceder à verificação
seu contador, desde que, pelo menos, duas leituras por ano sejam técnica da instalação, se necessário.
feitas pela EG. 2 — Se for reconhecido que não assiste razão ao cliente, ser-lhe-á
3 — Quando o consumidor constate eventual erro de leitura, deverá dado conhecimento escrito. No caso de a factura não se encontrar
apresentar a devida reclamação até à data limite do seu pagamento. liquidada, incorrerá no pagamento de juros de mora e taxa de relaxe,
4 — No caso de a reclamação ser julgada procedente, será esse sem prejuízo da possibilidade de efectuar o pagamento em prestações
facto levado em conta no próximo pagamento com isenção de juros. mensais, nos termos do n.o 2 do Artigo 54.o
5 — Sempre que não se efectue leitura por o domicílio do con- 3 — Caso se venha a verificar que houve erro de leitura ou anomalia
sumidor se encontrar fechado e o consumidor não a tenha fornecido, técnica, será feita a respectiva correcção, apenas numa factura,
nos termos dos n.os 2 e 3 anteriores, os consumos serão estimados segundo o critério estabelecido pelo conselho de administração. Se
a partir dos valores anteriores. a factura em questão já estiver liquidada, creditar-se-á a diferença
nos meses subsequentes ou providenciar-se-á o seu reembolso.
Artigo 44.o
Facturação
1 — A periodicidade de emissão das facturas de consumos de água CAPÍTULO II
será igual à da leitura dos contadores, nos termos do n.o 1 do artigo
anterior. Drenagem de águas residuais
2 — As facturas emitidas deverão discriminar os serviços prestados,
as correspondentes tarifas, os volumes que dão origem aos valores Artigo 49.o
debitados e a taxa do IVA aplicada, nos termos da lei. Contrato de colecta de águas residuais
3 — As facturas deverão ainda informar qual a data limite do seu
pagamento. 1 — A prestação de serviço de colecta de águas residuais é objecto
Artigo 45.o de contrato entre a EG e os utilizadores.
2 — Se os utilizadores recusarem a outorga do contrato, cabe, obri-
Pagamento de consumos
gatoriamente, aos proprietários ou usufrutuários substituí-los.
1 — O pagamento das facturas referidas no artigo anterior deverá 3 — Quando houver mudança de utilizador, será, obrigatoriamente,
ser efectuado até à data limite de pagamento nos balcões da EG, outorgado novo contrato.
a todo o momento, ou por qualquer dos meios de cobrança dis- 4 — Os contratos só podem ser estabelecidos após vistoria que com-
ponibilizados. prove estarem os ramais em condições técnicas de serem ligados às
N.o 18 — 22 de Janeiro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — II SÉRIE 1413
redes públicas e desde que estejam pagas pelos interessados as impor- Artigo 57.o
tâncias devidas.
Montante da coima
Artigo 50.o
1 — A violação do disposto no artigo anterior constitui contra-
Alteração do titular do contrato -ordenação, punível com coima graduada entre um mínimo de 70 000$
e máximo de 500 000$, para pessoas singulares, a qual será elevada
1 — Os proprietários ou usufrutuários dos prédios ligados à rede
para 6 000 000$ no caso de pessoas colectivas.
pública de águas residuais, sempre que o contrato não esteja em seu
2 — A negligência é punível.
nome, são obrigados a comunicar à EG, por escrito e no prazo de
30 dias, a saída ou a entrada de novos arrendatários. Artigo 58.o
2 — O não cumprimento no estipulado no número anterior constitui
contravenção punida com a coima prevista. Outras obrigações
1 — Independentemente das coimas aplicadas nos casos previstos
Artigo 51.o no artigo 56.o, o infractor poderá ser obrigado a efectuar o levan-
tamento das canalizações no prazo máximo de oito dias úteis.
Pagamento da ligação 2 — Não sendo dado cumprimento ao disposto no número anterior
No caso da ligação de um prédio novo, são devidos os seguintes dentro do prazo indicado, a EG poderá efectuar o levantamento das
pagamentos: canalizações que se encontrem em más condições e proceder à
cobrança das despesas feitas com esses trabalhos.
a) Preço do ramal de ligação e respectiva câmara, se construída
pela EG, de acordo com a tabela em vigor; Artigo 59.o
b) Tarifa de ligação ao sistema público.
Aplicação da coima
Artigo 52.o O processamento e a aplicação das coimas pertence, nos termos
dos respectivos estatutos, ao conselho de administração da empresa
Facturação Águas de Gaia, E. M., por delegação do município de Vila Nova
de Gaia.
1 — As tarifas de saneamento serão cobradas bimestralmente pela Artigo 60.o
inclusão na factura de água e conjuntamente com esta, discriminando
os serviços prestados. Produto das coimas
2 — O valor da tarifa de disponibilidade de ligação à rede será O produto das coimas consignadas neste regulamento constitui
sempre facturado, independentemente de haver ou não utilização da receita da EG.
mesma. Artigo 61.o
Artigo 53.o Responsabilidade civil e criminal
Tarifas e preços O pagamento da coima não isenta o transgressor da responsabi-
1 — Compete aos utilizadores o pagamento das tarifas de dispo- lidade civil por perdas e danos, nem de qualquer procedimento cri-
nibilidade e de utilização, acrescido do IVA respectivo. minal a que der motivo.
2 — As tarifas de disponibilidade de ligação e de utilização serão
fixadas pelo conselho de administração, sob ratificação da Câmara TÍTULO VII
Municipal.
3 — As tarifas de utilização serão calculadas em função do volume
da água potável distribuída.
Disposições finais e transitórias
4 — No caso de o utilizador não ser consumidor de água fornecida
pela EG, o volume de água base do cálculo, previsto no número CAPÍTULO I
anterior, será estimado indexando-o à tipologia do edifício ou indústria
respectivos, segundo tabelas a aprovar pelo conselho de administração. Disposições transitórias
Artigo 62.o
Artigo 54.o
Pagamento da ligação
Pagamento coercivo
No caso de prédios existentes que estejam a ser servidos por sistemas
Sempre que os utilizadores não tenham satisfeito o pagamento das não públicos de saneamento, haverá lugar à isenção das tarifas de
facturas dentro dos prazos fixados, ficarão sujeitos ao pagamento coer- ligação ao sistema público e a um desconto de 20% relativamente
civo nos termos do artigo 45.o ao preço do ramal de ligação, durante um período excepcional de
dois anos a partir da entrada em vigor do presente Regulamento
Artigo 55.o ou, se a ligação for efectuada voluntariamente, dois meses após inti-
mação da EG, nos termos legais. O respectivo pagamento poderá
Efluentes industriais ser efectuado em 36 prestações.
As ligações e respectivas tarifas de águas residuais industriais são
Artigo 63.o
reguladas por normas próprias.
Ligações precárias
Nos casos em que a EG não puder assegurar que a rede de drenagem
de águas residuais está operacional antes das respectivas ligações se
TÍTULO VI tornarem necessárias, esta estabelecerá, caso a caso, em articulação
com a Câmara Municipal, uma solução transitória de tratamento e
Sanções destino final.
Artigo 64.o
Artigo 56.o Taxa de conservação
Contra-ordenações Enquanto não for fixado o valor da tarifa de saneamento man-
ter-se-á em vigor a taxa de conservação actualmente vigente no mon-
Constituem contra-ordenações: tante de 3 % do rendimento colectável.
a) O não cumprimento das disposições do presente Regulamento
e das normas complementares específicas de cada contrato;
b) A instalação de sistemas públicos e prediais de distribuição CAPÍTULO II
de água sem a observância das regras e condicionantes técnicas
aplicáveis; Disposições finais
c) Fazer uso indevido ou danificar qualquer obra ou equipa-
mento dos sistemas públicos; Artigo 65.o
d) Proceder à execução de ligações ao sistema público sem auto-
Normas aplicáveis
rização da EG;
e) Efectuar alterações na rede pública de abastecimento de água A partir da entrada em vigor do presente Regulamento, por ele
ou de drenagem. serão regidos todos os actos concernentes ao licenciamento, à fis-
1414 DIÁRIO DA REPÚBLICA — II SÉRIE N.o 18 — 22 de Janeiro de 2000

calização, ao fornecimento de água e à prestação de serviços de colecta c) As «Normas directoras básicas» vigentes, referentes à dis-
e tratamento de águas residuais, sem prejuízo do estabelecido nas tribuição de água e à colecta e tratamento de águas residuais.
disposições transitórias.
Artigo 66.o Artigo 67.o
Norma revogatória Fornecimento do Regulamento
A partir da publicação do presente Regulamento, são revogadas
as seguintes normas: O Regulamento será fornecido gratuitamente a quem o solicitar.

a) Edital da Câmara Municipal de 1 de Fevereiro de 1967 sobre Artigo 68.o


as «Normas regulamentares para a utilização da rede de dre-
nagem de águas residuais de Vila Nova de Gaia»; Entrada em vigor
b) Regulamento do Serviço de Abastecimento de Água do Con-
celho de Vila Nova de Gaia, publicado no Diário da República, O presente Regulamento entra em vigor 15 dias após a publicação
3.a série, de 21 de Fevereiro de 1993; no Diário da República.

ANEXO I

ANEXO II Elementos que instruem um projecto de abastecimento


de água e de águas residuais
Elementos que instruem um projecto de abastecimento
de água e de águas residuais Obras de urbanização — um original mais três cópias.
Redes prediais — original mais duas cópias. 1 — Peças gerais:
Peças escritas: Requerimento com referência ao número do processo de lotea-
Requerimento ao presidente da Câmara indicando o número mento e indicação da morada completa do requerente;
de processo de obras particulares; Declaração de responsabilidade de técnico de acordo com a legis-
Termo de responsabilidade (assinatura reconhecida), indicando lação em vigor, com assinatura reconhecida;
o número de inscrição do técnico na Câmara (minuta n.o 1); Planta geral de localização do loteamento.
Estimativa orçamental;
Memória descritiva indicando, nomeadamente: 2 — Abastecimento de água:
A origem da água; Memória descritiva e justificativa;
O destino e tratamento das águas residuais;
Pré-dimensionamento dos ramais domiciliários;
Calibre e tipo de tubagem e acessórios.
Medições/orçamento;
Peças desenhadas: Planta com implantação das infra-estruturas, devendo incluir:

Planta de localização (escala de 1:5000 ou 1:10 000 ou 1:25 000); Esquema de nós;
Planta de implantação (escala de 1:500 ou 1:1000 ou 1:2000); Tipologia do loteamento;
Cortes (pela cozinha e WC); Área total;
Pormenores; Número de fogos;
Planta dos pisos. Número de lotes.
N.o 18 — 22 de Janeiro de 2000 DIÁRIO DA REPÚBLICA — II SÉRIE 1415
3 — Águas residuais: de Gaia sob o n.o . . ., declara, sob compromisso de honra, ser o
3.1 — Drenagem: técnico responsável pela obra, comprovando estarem os sistemas pre-
diais em conformidade com o projecto, normas técnicas gerais espe-
Memória descritiva e justificativa: cíficas de construção, bem como as disposições regulamentares apli-
cáveis e está em condições de ser ligado à rede pública.
Pré-dimensionamento dos ramais domiciliários;
Vila Nova de Gaia, . . . de . . . de . . .
Caderno de encargos/condições especiais;
Medições/orçamento; . . . (assinatura reconhecida).
Planta geral com implantação das infra-estruturas, devendo
incluir o traçado do colector de águas pluviais ou juntar
cópia do mesmo; ANEXO III
Perfil longitudinal do colector de águas residuais, devendo
incluir o perfil do colector de águas pluviais ou juntar
cópia do mesmo;
Perfil transversal da vala;
Pormenores de câmara de visita, disco e resultado;
Idem de ramal de ligação e respectiva câmara;

3.2 — Sistema elevatório, se necessário:


Memória descritiva e justificativa pormenorizada, identificando:
População total a servir;
Caudal, altura manométrica, potência, etc.;
Consumo anual de energia previsto e englobando: ANEXO IV

Cálculo hidráulico-sanitário;
Definição dos arranjos exteriores.

Medições/orçamento;
Catálogos (sistema e elementos electromecânicos);
Planta dos arranjos exteriores e circuitos hidráulicos (escala de
1:200);
Definição de formas — plantas, cortes, alçadas (escala de 1:50);
Betão armado;
Quadro eléctrico, circuito de iluminação e tomadas, traçado de
cabos de força electromotriz, sinalização e telecomando;
3.3 — Sistema de tratamento, se necessário:
Será objecto de projecto da especialidade.

Minuta n.o 1

Termo de responsabilidade
(Nome) . . ., (categoria profissional) . . ., residente em . . ., n.o . . .,
(andar) . . ., (localidade) . . ., (código postal), . . ., inscrito no (orga-
nismo sindical ou ordem) . . ., e na Câmara Municipal de Vila Nova
de Gaia sob o n.o . . ., declara, para efeitos do disposto no n.o 1 do
Decreto-Lei n.o 445/91, de 20 de Novembro, com as alterações intro-
duzidas pelo Decreto-Lei n.o 250/94, de 15 de Outubro, que o projecto
de execução das obras de abastecimento de água e de drenagem e
tratamento de águas residuais de que é autor, relativo à obra de
construção de um prédio localizado em. . ., cujo licenciamento foi
requerido por. . ., observa as normas técnicas gerais específicas de
construção, bem como as disposições regulamentares aplicáveis.
Vila Nova de Gaia, . . . de . . . de . . .
. . . (assinatura reconhecida).

Minuta n.o 2

Termo de responsabilidade
(Nome). . ., (categoria profissional). . ., residente em . . ., n.o . . .,
(andar) . . ., (localidade) . . ., (código postal), . . ., inscrito no (orga-
nismo sindical ou ordem) . . ., e na Câmara Municipal de Vila Nova

Você também pode gostar