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Decisão Liminar
Afirma que a DESO teria afirmado em resposta, que providências foram adotadas
para a solução do problema, apenas citando irregularidade na rua B18, nº 196,
aduzindo, como se o problema fosse apenas na unidade consumidora reclamante,
na oportunidade teria afirmado ainda que promoveu o envio de carros pipa a
localidade para suprir as necessidades da população, enquanto busca a solução
para restabelecer a normalidade do fluxo da água, aduzindo ainda que teria
identificado a entrada de ar na linha, de modo que, a formação desse bolsão de ar,
tem dificultado o abastecimento, razão pela qual a água só chega de madrugada na
localidade.
e) Pagar multa diária na ordem de R$ 1.000,00 (hum mil reais) ou outro valor a ser
fixado por Vossa Excelência, a ser revertido para o Fundo Municipal de Defesa do
Consumidor, inserto na Lei 4.485/2013, pelo descumprimento dos itens
determinados na tutela antecipada.
É o relatório. Decido.
Ademais, preconiza a lei n°11.445/07 que versa sobre as diretrizes nacionais para o
saneamento básico:
I - universalização do acesso e
efetiva prestação do serviço;
II - integralidade, compreendida
como o conjunto de atividades e
componentes de cada um dos
diversos serviços de saneamento
que propicie à população o acesso
a eles em conformidade com suas
necessidades e maximize a
eficácia das ações e dos resultados;
(…)
XI - segurança, qualidade,
regularidade e continuidade;
(…)
(…)
II - fiscalizar a rede de
abastecimento de água para
coibir as ligações irregulares.
Por fim, destaco apenas que, quanto ao pedido de item “A”, sua imposição acarreta
obrigação de fazer de complexa execução, não sendo razoável o prazo de 30 dias
para regularização definitiva do serviço de abastecimento, pois, conforme exposto
pela concessionária ré, a efetiva resolução do problema demandaria realização de
obras que são reguladas pelo trâmite licitatório, sendo o aludido pleito, matéria a ser
abordada durante a fase cognitiva do processo.
II – Demais disposições
conciliação) é o da voluntariedade,
razão pela qual não se pode obrigar
qualquer das partes a participar, contra
sua vontade, do procedimento de
mediação ou conciliação (art. 2º, §2º
da Lei nº 13.140/2015). A audiência,
portanto, só acontecerá se nem o
autor, nem o réu, afirmarem
expressamente que dela não querem
participar (e o silêncio da parte deve
ser interpretado no sentido de que
pretende ela participar da tentativa de
solução consensual do conflito).
Desse modo, observo que, existindo insurgência de qualquer das partes, não há
como se aplicar, no caso concreto, o disposto no art. 334 do CPC, motivo porque
deixo de designar a audiência conciliatória em epígrafe, porquanto restada
impossibilitada a conciliação, mesmo existindo litisconsortes, uma vez que a medida
será inócua, tumultuará o processo, além do que ferirá as diretrizes norteadoras do
disposto no art. 334, § 6º do CPC, a dizer, a coesão dos princípios da cooperação
entre as partes, busca pela eficácia do processo, celeridade e economia
processuais, e, via de consequência faço prevalecer o princípio da duração razoável
do processo, previsto no art. 5°, inc. LXXVIII, da Constituição da República, à luz do
princípio da proporcionalidade, sobretudo por demonstrar a experiência a baixa
possibilidade de conciliação em feitos como o presente, afigurando-se, pois, muito
mais vantajosa a supressão de tal evento para a prestação jurisdicional.
Observo que, nos termos do art. 183 do CPC, sendo parte ré qualquer daquelas ali
elencadas, o prazo contar-se-á em dobro para oferta da defesa e demais
manifestações processuais.