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EXCELENTÍSSIMA SENHORA MINISTRA ROSA WEBER, PRESIDENTE DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

ALESSANDRO VIEIRA, brasileiro, casado, Senador da República, RG 811924


SSP/SE, CPF 719.437.905-82, com endereço profissional na Praça dos Três Poderes,
Palácio do Congresso Nacional, Senado Federal, Anexo 2, Ala Afonso Arinos, Gabinete
08, por seu procurador devidamente habilitado, vem, à presença de Vossa Excelência,
com fundamento no art. 144 do Código Penal e art. 726 e seguintes do Código de
Processo Civil, apresentar

INTERPELAÇÃO JUDICIAL

em face de VALMIR DOS SANTOS COSTA, brasileiro, casado, empresário, inscrito


no CPF sob n. 488.192.985-20, residente à Rua Coronel Sebrão, 26, apartamento 02,
Centro, Itabaiana/SE, CEP 49500-000, pelas razões de fato e de direito a seguir
aduzidas.
I. DO CABIMENTO E DA COMPETÊNCIA

Como é cediço, o art. 144 do Código Penal dispõe que se a partir de referências,
alusões ou frases, se inferir calúnia, difamação ou injúria, quem se julga ofendido pode
pedir explicações em juízo, de modo que aquele que se recusa a dá-las ou, a critério do
juiz, não as apresenta satisfatoriamente, pode vir a responder pela ofensa.

No mesmo contexto, o art. 726 do Código de Processo Civil, ora


subsidiariamente aplicado, estatui que aquele que tiver interesse em manifestar
formalmente sua vontade a terceiros a respeito de assunto juridicamente relevante, pode
notificar as pessoas participantes da mesma relação jurídica para cientificá-las de seu
propósito.

Esta Corte Suprema reconhece o cabimento da presente medida judicial de


caráter cautelar quando presentes situações de equivocidade, ambiguidade ou
dubiedade. Nesse sentido:

O pedido de explicações, admissível em qualquer das


modalidades de crimes contra a honra, constitui típica
providência de ordem cautelar, sempre facultativa (RT 602/368
– RT 627/365 – RT 752/611 – RTJ 142/816), destinada a
aparelhar ação penal principal tendente a sentença condenatória.
O interessado, ao formulá-lo, invoca, em juízo, tutela cautelar
penal, visando a que se esclareçam situações revestidas de
equivocidade, ambiguidade ou dubiedade, a fim de que se
viabilize o exercício eventual de ação penal condenatória.
(STF – Pet: 5.146 DF, Relator: CELSO DE MELLO, Data de
Julgamento: 21/02/2014, Data de Publicação: 27/02/2014.)

Notadamente, admite-se também a interpelação naqueles casos em que se


registre efetiva incerteza quanto aos destinatários específicos das imputações
moralmente ofensivas (Pet 4.444-AgR/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO, Pleno).
Desse modo, como se aprofundará nos tópicos seguintes, a hipótese sub examine
se amolda ao entendimento jurisprudencial no que diz respeito à ambiguidade,
dubiedade e equivocidade das declarações do interpelado, bem como com relação à falta
de clareza quanto às autoridades às quais são dirigidas as imputações caluniosas.

A competência deste E. Supremo Tribunal Federal é justificada pelo teor da


entrevista concedida pelo interpelado, a qual envolve não apenas o interpelante,
atualmente em exercício de mandato como Senador e candidato ao Governo de
Sergipe no último pleito eleitoral, como também outro Senador da República
(Rogério Carvalho - PT/SE), atingindo igualmente a honra e respeitabilidade de
membros do Tribunal Superior Eleitoral e do próprio Supremo Tribunal Federal,
não expressamente identificados, configurando-se a aludida incerteza quanto aos
destinatários.

II. DOS FATOS

Valmir dos Santos Costa, ora interpelado, mais conhecido como Valmir de
Francisquinho, foi prefeito de uma das maiores cidades do Estado de Sergipe, Itabaiana,
tendo se candidatado ao Governo de referido ente federativo no pleito eleitoral do
último ano.

Tanto o interpelado como seu filho, Talysson Barbosa Costa, estavam inelegíveis
pelo prazo de oito anos após decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe, a qual
reconheceu que Talysson havia sido beneficiado pela vinculação da cor, dos símbolos e
dos slogans de campanha com a publicidade institucional e com atos de governo do
município de Itabaiana, à época em que seu pai comandava o Executivo municipal.

Como se antecipou, em agosto de 2022, mesmo inelegível, o PL lançou o nome de


Valmir de Francisquinho para concorrer ao Governo do Estado, de modo que, em
setembro do mesmo ano, o TRE/SE indeferiu o registro da candidatura do interpelado,
decisão essa devidamente confirmada pelo Pleno do Tribunal Superior Eleitoral (autos
n. 0601568-70.2018.6.25.0000)
Contudo, no dia 13 de outubro de 2022, 15 (quinze) dias após o indeferimento de
sua candidatura em razão de abuso de poder político econômico, a Corte Eleitoral, em
sede de embargos de declaração, houve por bem em absolver o interpelado, afastando
sua inelegibilidade.

Note-se que, quando da disputa eleitoral, os embargos declaratórios estavam


pendentes de julgamento, tendo sido negado o pedido formulado por Valmir de
Francisquinho ao TSE para que pudesse concorrer sub judice.

Àquela altura, três dias antes das eleições, já não se dispunha de tempo hábil para
alterar os programas das urnas eletrônicas, tendo seu nome seguido disponível para o
eleitor.

Em resumo cronológico, tal como noticiado pelo Portal G1


(g1.globo.com/se/sergipe/noticia/2022/10/13/valmir-de-francisquinho-e-o-filho-
talysson-recuperam-a-elegibilidade-junto-ao-tribunal-superior-eleitoral.ghtml):

a) Em agosto de 2019, o deputado estadual Talysson Barbosa Costa, o Talysson de Valmir,


e o prefeito de Itabaiana, Valmir de Francisquinho, foram condenados por abuso de poder e uso
da máquina administrativa da Prefeitura de Itabaiana nas eleições de 2018;

b) Em agosto de 2022, o PL lançou oficialmente o nome de Valmir de Francisquinho para


concorrer ao Governo de Sergipe, mesmo estando inelegível;

c) Em setembro de 2022, o Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe (TRE/SE) indeferiu o


registro de candidatura de Valmir ao Governo do Estado, levando em consideração a decisão do
processo que o deixou inelegível;

d) Vinte dias após a decisão do TRE/SE, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve o
indeferimento da candidatura, entendendo que Valmir já havia sido condenado por abuso de
poder político e econômico e estava inelegível;

e) No dia 13 de outubro de 2022, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou os embargos


de declaração do processo inicial que deixou Valmir de Francisquinho e Talysson inelegíveis.
Por maioria, os Ministros entenderam que a decisão poderia ser revertida. Desta forma, Talysson
e Valmir voltaram a ficar elegíveis para as próximas eleições.

É precisamente a respeito desse contexto de complexa e longa litigância


judicial que o ora interpelado concedeu entrevista ao radialista Narciso Machado,
no Jornal da Fan, na Rádio Fan FM, na última segunda-feira, dia 17 de abril.

A entrevista encontra-se disponível no sítio eletrônico do Portal Fan F1 no


YouTube (www.youtube.com/watch?v=hDi4_T9m0qQ), tendo sido parcialmente
transcrita em outros veículos de comunicação (ffnoticias.com.br/ao-se-reposicionar-
valmir-derrapa-em-caminho-perigoso; fanf1.com.br/politica/2023/04/31949/valmir-
revela-que-apoiou-rogerio-para-ficar-elegivel-e-diz-q.html):

“Eu já tava fora, só ia poder ser candidato em 2028, e aí pra


mim (sic) me livrar eu declarei apoio ao Rogério, mas foi
uma declaração para aquele momento, eu não tenho
entendimento político de continuidade de fazer política com o
Rogério.
A minha linha era não declarar apoio nem a Fábio e nem a
Rogério, tá certo? É minha linha porque ambos trabalhou
(sic) para me deixar inelegível e me tirar do pleito eleitoral,
como todos, como Alessandro, como outras pessoas políticas
também, o mesmo discurso eu mantenho. Tá certo?
Agora não teve entendimento, não teve nada, então eu tinha
que ficar elegível, por que se fosse você, você faria o quê,
Fernando? Se dissesse: “Você tem possibilidade de ficar
elegível e seu filho voltar para a Assembleia. Você já tá morto,
já saiu, terminou o primeiro turno, isso na segunda-feira,
terminou a eleição no domingo, na segunda recebi um
telefonema. Aí disse: “Você tem possibilidade de ficar
elegível e o seu filho voltar para a Assembleia, você quer
voltar, declara apoio, a A ou a B, ambos votaram em Lula, tanto
um quanto o outro, eu era bolsonarista. A única diferença de
Rogério é que Rogério era PT. Todo mundo sabe que eu fiz. Se
não eu tava inelegível até 2028.
[...]
No segundo turno, eu não tinha opção: para ficar elegível, eu
tinha que declarar apoio à ‘A’ ou a ‘B’. Não tinha alternativa.
Escolhi a menos traumática para mim, aqui na região do
Agreste. Eu já estava fora, só poderia ser candidato em 2028
e aí, para me livrar, declarei apoio a Rogério, mas foi uma
declaração para aquele momento. Não tenho entendimento
político de continuidade em fazer política com Rogério, nem
com ninguém. Vou continuar fazendo política com o nosso
agrupamento.
[...]
Todos os meus adversários queriam me deixar fora do
páreo, pois sabiam que nós ganharíamos no primeiro turno. Eu
não quero me aprofundar, mas todo mundo sabe os motivos de
tudo isso ter acontecido. Foi para me tirar do processo e não
deixar Valmir ser governador do Estado. Isso é fato.”

As declarações apresentadas representam alegações dúbias, equívocas e


ambíguas, para além de não desvelarem a totalidade de seus destinários, induzindo
os seus ouvintes a lançarem as seguintes suspeitas:

a) o interpelante teria "trabalhado" para deixar o interpelado inelegível e fora


do pleito eleitoral;

b) o Senador Rogério Carvalho (PT/SE) teria exercido influência sobre


magistrados para adequar o resultado do julgamento do interpelado aos seus
anseios políticos;

c) Ministros do Tribunal Superior Eleitoral, alguns dos quais oriundos desta


Suprema Corte, teriam sido ilicitamente influenciados para a prolação de decisão
favorável ao interpelado.
Nesse sentido, convém notar que a própria higidez do Poder Judiciário é colocada
em xeque, na medida em que os comentários do interpelado levam a crer que teria
havido uma interferência política indevida em menoscabo da independência e da
autonomia dos julgadores. Nessa esteira, aviltam-se o prestígio e o respeito de que a
Justiça, especialmente em suas Cortes Superiores, deve gozar em um Estado
Democrático de Direito.

Como é sabido, não é dado a nenhum cidadão lançar dúvidas desprovidas de


qualquer lastro sobre o adequado exercício da função jurisdicional das Cortes
Superiores, como o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal, cenário
esse que torna imperioso o acolhimento da presente interpelação judicial.

III. DO DIREITO

Conforme anteriormente enunciado, a interpelação que ora se apresenta tem o


objetivo de esclarecer a manifestação do interpelado, a qual, por intermédio de
referências, alusões e frases, está a comprometer a honra, a reputação e a
respeitabilidade de autoridades públicas, in casu, de Senadores da República e de
magistrados de Cortes Superiores.

Destarte, extrai-se da disposição legal supra mencionada que, uma vez


identificada dúvida razoável acerca de um posicionamento, pode o interessado fazer o
uso desse instrumento pedindo explicações ao suposto ofensor que, caso se recuse ou as
dê de forma insuficiente, responderá pela ofensa.

Desse modo, com as explicações dadas pelo interpelado, pode o interessado


melhor aferir a potencial prática de crime contra a honra, sendo sanadas eventuais
ambiguidades ou imprecisões e sendo possível, desse modo, o estabelecimento do real
alcance das expressões utilizadas pelo interpelado. Esse é o entendimento desta E.
Corte:

“Cumpre ter em consideração, neste ponto, que o pedido de


explicações – que constitui medida processual meramente
facultativa, “de sorte que quem se julga ofendido pode, desde
logo, intentar a ação penal privada, dispensando quaisquer
explicações, se assim o entender” (EUCLIDES CUSTÓDIO DA
SILVEIRA, “Direito Penal – Crimes Contra a Pessoa”, p. 260,
item n. 120, 2ª ed., 1973, RT; JULIO FABBRINI MIRABETE,
“Código Penal Interpretado”, p. 1.138, 5ª ed., 2005, Atlas;
PAULO JOSÉ DA COSTA JUNIOR, “Código Penal
Comentado”, p. 442, 8ª ed., 2005, DPJ) – reveste-se de função
instrumental, cuja destinação jurídica vincula-se, unicamente, ao
esclarecimento de situações impregnadas de dubiedade,
equivocidade ou ambiguidade (CP, art. 144), em ordem a
viabilizar, tais sejam os esclarecimentos eventualmente
prestados, a instauração de processo penal de conhecimento
tendente à obtenção de um provimento condenatório (...) (AC
3883 AgR, Relator(a): CELSO DE MELLO, Segunda Turma,
julgado em 10/11/2015, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-018
DIVULG 29-01-2016 PUBLIC 01-02-2016)

O instituto de que se faz uso é importante ferramenta de esclarecimento, a qual


possibilita ao interpelado detalhar suas declarações e explicitar à toda a sociedade sua
real intenção com os termos utilizados, sobretudo quando faz referência a valores tão
caros ao Estado de Direito.

Nesse sentido, é fundamental que a presente medida de caráter cautelar seja


deferida para oportunizar ao interpelado um esclarecimento acerca de suas falas. Na
doutrina, colhe-se a lição de Paulo José da Costa Júnior, citada pelo ex-Ministro Celso
de Mello:

"Se a ofensa for equívoca, por empregar termos ou expressões


dúbias, cabe o pedido de explicações previsto pelo art. 144.
Por vezes, o agente emprega frases ambíguas propositadamente,
quiçá para excitar a atenção dos outros e dar mais efeito ao seu
significado injurioso. Trata-se de medida facultativa, que
antecede o oferecimento da queixa. Só tem cabimento o pedido
nos casos de ofensas equívocas." (Código Penal Comentado,
pág. 442, 8ª edição, 2005, DPJ)

Embora não tenha previsão no Código de Processo Penal, a melhor doutrina e


jurisprudência entende que deve ser utilizado o processamento do Código de Processo
Civil para regular o procedimento da interpelação, haja vista o disposto no já aludido
art. 726, bem como os seguintes, transcritos a seguir:

Art. 726. Quem tiver interesse em manifestar formalmente sua


vontade a outrem sobre assunto juridicamente relevante poderá
notificar pessoas participantes da mesma relação jurídica para
dar-lhes ciência de seu propósito.

§ 1º Se a pretensão for a de dar conhecimento geral ao público,


mediante edital, o juiz só a deferirá se a tiver por fundada e
necessária ao resguardo de direito.

§ 2º Aplica-se o disposto nesta Seção, no que couber, ao


protesto judicial.

Art. 727. Também poderá o interessado interpelar o requerido,


no caso do art. 726, para que faça ou deixe de fazer o que o
requerente entenda ser de seu direito.

Art. 728. O requerido será previamente ouvido antes do


deferimento da notificação ou do respectivo edital:

I - se houver suspeita de que o requerente, por meio da


notificação ou do edital, pretende alcançar fim ilícito;
II - se tiver sido requerida a averbação da notificação em
registro público.

Art. 729. Deferida e realizada a notificação ou interpelação, os


autos serão entregues ao requerente.

Cumpre destacar que essa medida se reveste de caráter preparatório, não


demandando a instalação de um litígio a ser solucionado pelo Poder Judiciário,
conforme amplamente explicitado ao longo desta inicial. Desse modo, trata-se de ato
unilateral em que o interpelante busca comprovar ou documentar judicialmente a sua
intenção. Não é outro o entendimento de nossos Tribunais, conforme se depreende do
seguinte julgado:

PROCESSUAL CIVIL. INTERPELAÇÃO JUDICIAL.


PROCEDIMENTO PREPARATÓRIO PARA EVENTUAL
INTERPOSIÇÃO DE AÇÃO PENAL PRIVADA. 1. A
interpelação judicial é mero procedimento preparatório para
eventual propositura de ação penal privada, devendo o juiz se
limitar a observar se houve o atendimento das formalidades
legais, inexistindo atividade jurisdicional. Inteligência dos arts.
867 e seguintes do Código de Processo Civil. 2. Tendo sido, no
caso concreto, todas as formalidades atendidas, como o
oferecimento dos esclarecimentos pelo interpelado, é de se
determinar a entrega dos autos ao Sindicato Interpelante, para os
fins de direito. Acórdão Origem: TRIBUNAL – QUINTA
REGIÃO – Classe: INT – Interpelação – 58 – Processo:
200305000351869 UF: PE Órgão Julgador: Pleno – Data:
11/05/2004 – Página: 784 – N° 89 – Relator(a) Desembargador
Federal Geraldo Apoliano”.

O Supremo Tribunal Federal também já exarou entendimento nesse sentido:


“(...) A interpelação judicial, por destinar-se, exclusivamente, ao
esclarecimento de situações dúbias ou equívocas, não se presta,
quando ausente qualquer ambigüidade no discurso
contumelioso, à obtenção de provas penais pertinentes à
definição da autoria do fato delituoso. (...).” (RT 709/401, Rel.
Min. CELSO DE MELLO, Pleno)

Além de potenciais crimes contra a honra do interpelante e de outras


autoridades, há o potencial cometimento de outros crimes comuns tipificados pelo
Código Penal, a exemplo de advocacia administrativa (art. 321) e corrupção ativa (art.
333), razão pela qual a presente interpelação se mostra ainda mais necessária.

IV. DO PEDIDO

Como já demonstrado, diante do permissivo legal do art. 144 do Código Penal e nos
termos dos arts. 726 e seguintes do Código de Processo Civil, requer se digne V. Exa. a
determinar a notificação do interpelado para que apresente, no prazo legal, as
explicações sobre as afirmações feitas durante a entrevista sob exame, bem como
responda às seguintes perguntas:

a) Com base em quais provas afirma que o interpelante teria "trabalhado" para
deixá-lo inelegível, excluindo-o do último pleito eleitoral para o Governo de Sergipe?;

b) Quem efetuou o telefonema por meio do qual lhe teria sido dito "Você tem
possibilidade de ficar elegível e o seu filho voltar para a Assembleia"?;

c) Houve oferecimento explícito de vantagem indevida em seu benefício eleitoral?;

d) Mencionou-se o que exatamente seria feito para reverter a sua inelegibilidade?;

e) Mencionou-se o nome de algum Ministro ou outro servidor público?;


f) O acordo foi entabulado em nome do Senador Rogério Carvalho? Em caso
negativo, qual seria então o significado de sua afirmação "Eu já tava fora, só ia poder
ser candidato em 2028, e aí pra mim (sic) me livrar eu declarei apoio ao Rogério"?

Nesses termos,

Pede deferimento.

Brasília, 19 de abril de 2023.

CAIO CHAVES MORAU


OAB/SP 357.111
(assinado eletronicamente)

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